REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202410181735
Camila Grizotti Sobral1
Catia De Fátima Caputo2
Marcos Vinicius Ribeiro de Alencar3
Nádia Liasch4
Orientador: Profº M.Sc. Vinicius Gonçalves
RESUMO
O intuito desse trabalho é evidenciar a eficácia do método Pilates como plano intervencional para prevenção do transtorno de ansiedade, a partir de estudos de pesquisa de campo, qualiquantitativos e que estiveram dentro dos critérios adotados pelo grupo, as informações coletadas para estruturar a monografia foram extraídas de bases de dados, tais como, livros acadêmicos, sites especializados e artigos científicos. Buscamos informar o leitor sobre o conceito de saúde mental, enfatizando no transtorno de ansiedade e explicando sobre as crenças mitológicas equivocadas acerca do assunto, práticas adotas para enfim, introduzi-lo sobre a evolução e influência de pensadores, médicos e pesquisadores da época até os dias de hoje, além de juntar informações pertinentes, para apontar as sequelas deixadas pelo período pandêmico em decorrência do vírus COVID-19. O estudo conclui que há redução dos efeitos do transtorno de ansiedade ao seguir os princípios que compõe o método Pilates, mas aponta para a necessidade de mais pesquisas de campo em grupos acometidos pelo transtorno.
Palavra Chave: Saúde Mental, Pilates e Transtorno de Ansiedade.
ABSTRACT
The aim of this paper is to highlight the effectiveness of the Pilates method as an interventional plan for the prevention of anxiety disorder, based on qualitative and quantitative field research studies that met the criteria adopted by the group, the information collected to structure the dissertation was extracted from databases, such as academic books, specialized websites and scientific articles. We ought to inform the reader about the concept of mental health, emphasizing anxiety disorder and explaining the inaccurate and misguided beliefs and concepts regarding the matter and the practices adopted to finally introduce the reader to the evolution and influence of scholars, doctors and researches from the past to the present day. Moreover, we gathered relevant information to draw attention to the aftermath of the COVID-19 lockdown. The study comes to the conclusion that there is a reduction in the effects of the anxiety disorder when following the principles that constitutes the Pilates method. It remarks the need for more field research in groups affected by the disorder.
Key Words: Mental Health, Pilates and Anxiety Disorder.
1 INTRODUÇÃO
Reconhece-se que a saúde mental sempre foi um assunto presente na sociedade. Descobertas antropológicas datadas em 5000 A.C revelam que durante o período neolítico, conhecido como o “período da pedra”, os seres humanos acreditavam que indivíduos com comportamentos característicos de distúrbios mentais estavam possuídos por espíritos malignos que habitavam suas cabeças, e como intervenção, faziam buracos em seus crânios. O método duraria anos até o aprimoramento gradual das “técnicas de tratamento”. Quando a violência não era empregada, médicos e sacerdotes recorriam a rituais baseados em religião e superstição, alguns grupos da época ameaçavam e puniam a quem apresentasse tal comportamento (HORTA, M. et al., 2017).
Os autores Foucault, M. (1965) e Rosen, G. (1968) relatam em suas obras que na idade média, as crenças da Grécia antiga persistem, os médicos da época fariam uso de laxantes, eméticos e sanguessugas. A ideia basicamente era de que os desequilíbrios estavam por dentro dos indivíduos, e os remédios e métodos utilizados, ajudariam a expelir os “excessos” do corpo. Extrair sangue da testa ou veias das pessoas, era uma tentativa considerada viável para drenar os males para longe do cérebro. As famílias eram responsáveis pela custódia e cuidados das pessoas com dificuldades mentais, sendo vistas como motivo de vergonha e humilhação (FOUCAULT, M. 1965).
No século XX, com as transformações e os avanços de saberes como a psicanálise e o movimento de higiene mental, a família é vista de modo negativo, sendo culpabilizada pelo surgimento de um portador de transtorno mental. Muitas vezes os escondiam em porões ou os abandonavam nas ruas, devido a ideia obtusa associada aos distúrbios mentais, considerados defeitos hereditários e que desqualificavam a linhagem familiar. A prisão de pessoas afetadas não era incomum, e na Europa medieval, esses grupos poderiam ser submetidos a punições físicas e represálias, consideradas como a “solução” (FOUCAULT, M. 1965).
Em seu estudo sobre a história da psiquiatria e eugenia na América do Norte, Dowbiggin (1991) menciona que “boa parte deles eram recolhidos a hospitais gerais, instituições que desempenhavam um papel combinado de hospital médico, asilo, pensão, prisão, oficina de trabalho, orfanato e reformatório” (DOWBIGGIN p 1991. 3).
Durante o século XVI, diversas opções de tratamento para distúrbios mentais foram consideradas, incluindo alojamentos em igrejas e asilos adaptados. No entanto, a alta demanda por esses serviços resultou em condições desumanas nesses estabelecimentos (ROSEN, G. 1968)
“Com o tempo, o internamento se tornou maciço e as mais variadas figuras da exclusão social foram recolhidas a hospitais gerais. Trata-se da experiência que Foucault (1989) chamou de ‘a grande internação” (Foucault, M. 1965 p.17).
Ainda se acreditava que perturbação mental era uma escolha, e restrições físicas, tais como, camisa de força e até mesmo ameaças foram usadas para tentar “curar”, no século XIX, o Dr. Philippe Pinel propôs uma abordagem mais gentil no tratamento de pessoas com doenças mentais, ordenando a limpeza dessas instalações e uma abordagem mais humana aos pacientes (PINEL, P. 1798).
Um consenso entre autores aponta Philippe Pinel como o introdutor do enfoque moderno na abordagem da alienação mental, especialmente pela publicação da “Nosografia Filosófica, ou o Método de Análise Aplicado à Medicina” (1798) e do “Tratado Médico-Filosófico sobre a Alienação Mental, ou a Mania” (1801) (PINEL, P.1798).
“Na interpretação de Swain (1997), a notoriedade obtida por Pinel deveu-se ao fato dele ter levado a ideia dos direitos do homem para dentro das celas infectas de Bicêtre e Salpêtrière. Sua atuação foi um momento marcante de um amplo movimento de reformas das atitudes e instituições que caracterizou o período. Aos poucos, o intento de tratar os alienados tornou-se de aceitação geral, e Pinel encarnou o novo ideal humanitário que surgia.” (PINEL, P. 1798).
No século XX Sigmund Freud foi um grande contribuinte para o avanço significativo de ideias e tratamentos que reconfiguraram o cenário. Os objetivos de Freud já não se restringiam a remover o sintoma, ao contrário, ele buscava promover uma profunda alteração psíquica no paciente. Nos textos em que introduziu o novo método como sendo a via pela qual se alcançariam estas conquistas. Freud defendeu pelo fato de ser “o mais penetrante, o que chega mais longe, aquele pelo qual se consegue a transformação mais ampla do doente” pois acreditava que a conversa e os sonhos abririam uma porta para o inconsciente do paciente, concedendo acesso a qualquer tipo de pensamento ou sentimento reprimido, o que consequentemente seria um influenciador para a instabilidade mental. Seus métodos são utilizados até hoje em psicanálise (FREUD, S. 1905).
Nos dias atuais podemos compreender que o termo “Saúde mental” é amplo em sua abordagem etiológica, porém, campos específicos podem ser mais bem explorados, a fim de ampliar a gama de possibilidades quanto a tratamentos. Sendo assim, o intuito deste estudo é evidenciar com base em pesquisas de campo a efetividade da intervenção do método Pilates na ansiedade, sendo essa, uma condição ainda notória no século XXI, e contribuinte direta para o desequilíbrio cognitivo social. As informações, estudos e dados estatísticos foram extraídos em base de dados dos órgãos responsáveis por divulgar informações de saúde, artigos científicos e literaturas pertinentes ao assunto (GOTTSCHALL, J. 2007).
Em percentual é perceptível o aumento no número de casos desde 2020, grande parte por influência do período pandêmico, o qual podemos considerar como um contraste histórico, pois novos hábitos foram criados, sendo o “lock down”, o mais impactante para a sociedade. Considerado um plano de contenção para diminuição da proliferação do vírus, a estratégia trouxe grandes impactos sociais, notabilizando a crescente no número de casos para pessoas com diagnóstico de ansiedade. A incerteza sobre futuro, pressão, demanda em casa e restrições do “ir e vir” foram fatores que contribuíram para o crescimento, um tema sempre presente, mas pouco falado pela sociedade, passou a ser pauta diária no convívio social. Hoje, com uma abordagem embasada e minuciosa, temos um campo mais amplo para identificar, diagnosticar e tratar os sintomas, atrelando o bem estar físico ao mental. Alguns tipos de transtornos caracterizam a ansiedade, sendo assim, consideramos pertinente especificá-los, a fim de construir uma visão rica e fundamentada, para um diagnóstico conciso e consequentemente traçar planos de tratamento eficazes com resultados perceptíveis (OPAS, 2022).
Além dos ansiolíticos que são considerados eficazes como opção de tratamento, pois o déficit mental é causado por alterações químicas no cérebro e que interferem diretamente no equilíbrio dos neurotransmissores, a pesquisa disseca sobre as opções alternativas além dos fármacos, evidenciando a eficácia de exercícios físicos dinâmicos e adaptáveis, e que interligam a mente e o corpo, e são fundamentados a partir de princípios importantes e que contribuem para um bom resultado (MORENO, J. L.; MORENO, Z. T.; SOARES, P. A. et al., 1999).
Respiração, concentração e controle são considerados princípios base e de grande importância dentro do método Pilates, que é o plano de intervenção abordado neste estudo (PILATES, J. 1945).
Desenvolvido por Joseph Hubertus Pilates no início do século XX, o Método Pilates é fundamentado em princípios essenciais como controle, respiração, concentração, fluidez e precisão nos movimentos, esses elementos além de contribuir para o fortalecimento do corpo de maneira equilibrada, promove a consciência corporal e o bem-estar mental.
Pilates dizia que “o engajamento total do corpo é a disciplina mental e física, a ética no trabalho e uma atitude em relação a si mesmo onde se assume o estilo de vida necessário para alcançar a saúde integral do corpo.” (Pilates, J. 1945).
Ao praticar Pilates, os indivíduos são incentivados a concentrar-se no presente, se conectar com sua própria respiração, a fim de executar os movimentos de maneira controlada e consciente. Essa abordagem não melhora apenas a coordenação motora e a força física, mas estimula a atenção plena e a redução do estresse, fatores esses que, são cruciais para o manejo da ansiedade, explorar o potencial terapêutico do Pilates no tratamento da ansiedade amplia as opções disponíveis para o cuidado da saúde mental (PILATES, J. 1945).
Observa-se uma crescente atenção e investimento por parte do Ministério da Saúde, pois a devida atenção à saúde mental pode reduzir problemas de saúde associados à ansiedade, como a maior probabilidade de desenvolver outras condições de saúde, incluindo depressão, transtornos alimentares, problemas de sono, dores crônicas, doenças cardiovasculares e condições gastrointestinais.
“As informações que temos agora sobre o impacto da COVID-19 na saúde mental do mundo são apenas a ponta do iceberg”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. “Este é um alerta para que todos os países prestem mais atenção à saúde mental e façam um trabalho melhor no apoio à saúde mental de suas populações” (OPAS, 2022).
1.1 Saúde Mental
Literaturas pertinentes consideram que saúde mental é uma condição ligada a maneira como o indivíduo reage às exigências do cotidiano.
“A saúde mental pode ser definida como a capacidade do indivíduo de enfrentar as demandas da realidade sem sentir um nível excessivo de ansiedade.” (Freud, 1914, p. 56).
Estudos epidemiológicos datam que no último século transtornos mentais tem tido um alto índice de diagnósticos. Conforme define a OMS (Organização Mundial Da Saúde), saúde mental é um estado de bem estar geral, que permite ao indivíduo aprender bem e realizar suas atividades; estar apto para trabalhar e contribuir com a sua comunidade, além de ser um componente integral da sociedade, que sustenta as capacidades individuais e coletivas para a tomada decisões, construir relações e ajudar na manutenção do mundo em que vivemos. O órgão responsável pelas diretrizes de saúde mundial, enfatiza que saúde mental é um direito básico do ser humano (KESSLER et al., 2007).
O instituto de métricas e avaliações em saúde, Global Burden of Disease tem como missão fornecer dados globais de saúde, com o intuito de melhorar as políticas e práticas de saúde. Os transtornos mentais estão entre as 10 principais causas de perda de saúde em todo o mundo, sendo que, ansiedade e depressão estão entre as mais comuns (INSTITUTE FOR HEALTH METRICS AND EVALUATION, 2024).
Para o Ministério da Saúde, o transtorno de ansiedade é caracterizado pela presença de sintomas físicos acompanhados na maioria das vezes de pensamentos de dúvida, antecipação de problemas ou pensamentos catastróficos, associados a modificações de comportamento, caracterizado como transtorno mental. Segundo pesquisas, as mulheres têm maior risco de desenvolver o transtorno de ansiedade ao longo da vida, seja pela pressão social que recebe, jornada de trabalho, renda inferior, aumento da exposição a violência ou a carga de manter a família sozinha (KESSLER et al., 2007).
O aumento de casos de transtorno de ansiedade pode ser pela falta de planejamento no cotidiano, traumas, abusos físicos ou psicológicos. Pesquisas que tratam sobre os impactos que a pandemia pela COVID-19 trouxe para a saúde mental, apontam para o aumento exponencial nos números de casos de ansiedade. Portanto, somos condicionados a novas maneiras de adaptação às atividades diárias (BROOKS et al., 2020).
De acordo com esse condicionamento, dá-se como consequência: o afastamento do convívio social. A pandemia da COVID-19 e o impacto na saúde mental em uma perspectiva global baseado na reputação da revista “The Lancet Psychiatry” fornece insights valiosos sobre os efeitos da pandemia na saúde mental em escala global, foi revisado dados de várias regiões do mundo para entender os impactos psicológicos da pandemia, incluindo a ansiedade. Esses impactos sugerem o aumento dos níveis de estresse e ansiedade devido à incerteza da situação passada, preocupações com a saúde em geral, mudanças na rotina, preocupações financeiras, sentimentos de solidão e isolamento, especialmente para aqueles que vivem sozinhos ou têm menos acesso a interações sociais virtuais dificuldades para adaptação ao novo, aumentando os riscos psicológicos como o “Burnout” (TAQUET et al., 2021).
“A saúde mental depende da capacidade do indivíduo de encontrar um equilíbrio entre suas necessidades internas e as demandas do mundo externo, mantendo ao mesmo tempo uma sensação de continuidade e integridade pessoal.” (Winnicott, D.W. 1953).
1.1.1 Transtorno de ansiedade
Vamos adotar, a título de referência, uma definição de ansiedade mais ampla, abordando a observação a partir de três prismas: a psicanálise, a psicologia e a psiquiatria. Contudo, não podemos ser, ao mesmo tempo, demasiadamente profundos no tema, pois a proposta do trabalho vai numa direção muito específica, nem tão pouco, superficiais, porquanto o tema central deste projeto foca na relação da prática do Pilates como tratamento eficaz quanto aos processos ansiosos. Conforme informações adquiridas de psicanalistas, a ansiedade é entendida como um estado de tensão interna que surge como resultado de conflitos inconscientes e da falta de resolução de desejos e impulsos reprimidos. Freud (1905) considerava a ansiedade como um sinal de perigo iminente para o ego, resultando em conflitos entre o id, o ego e o superego. A ansiedade pode se manifestar de várias maneiras, incluindo como ansiedade neurótica, ansiedade de castração, ansiedade de separação, entre outros (ZIMERMAN, D. 1999).
Como destaca Tallaferro “É perfeitamente conhecido o fato de que o bem estar do homem não depende exclusivamente de uma saúde física, mas também de uma correta adaptação ao meio, com uma capacidade adequada para enfrentar as necessidades sociais, econômicas e industriais da vida moderna.” (TALLAFERRO, 2016, p.04).
Na psicologia, a ansiedade é definida como uma emoção desagradável caracterizada por preocupação, medo, nervosismo e tensão física. Ela é vista como uma resposta natural do organismo a situações percebidas como ameaçadoras ou desafiadoras. A psicologia pode abordar a ansiedade de várias maneiras, incluindo como um sintoma de transtornos de ansiedade, como o transtorno de ansiedade generalizada (TAG), transtorno do pânico, fobias e etc (NOLEN-HOEKSEMA, S. et al., 2018).
Já, na psiquiatria, a ansiedade é considerada um sintoma comum de uma variedade de transtornos mentais, incluindo transtornos de ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de pânico, entre outros. Ela pode ser definida como uma resposta emocional desproporcional a estímulos externos, acompanhada por sintomas físicos e cognitivos. A psiquiatria geralmente se concentra na avaliação e tratamento dos transtornos de ansiedade, utilizando uma combinação de terapia medicamentosa e psicoterapia. É bom observar que nas três abordagens, a ansiedade possui características e sintomas em comum. Portanto, a ciência que estuda o psiquismo levanta o tema da ansiedade por um prisma bem comum entre as diferentes correntes científicas e sua correlação com sentimentos e emoções (NOLEN-HOEKSEMA, S. et al., 2018).
O órgão regulador de saúde mundial, OMS define ansiedade como um estado de tensão caracterizado por sentimento, apreensão, nervosismo ou preocupação, e acaba sendo a antecipação de uma situação futura ameaçadora e que pode se manifestar nos aspectos já citados: cognitivos, emocionais ou físicos. Os dados indicam que os transtornos de ansiedade afetam aproximadamente 301 milhões de pessoas em 2019. Os sintomas geralmente começam na infância ou adolescência, mas existem tratamentos altamente eficazes disponíveis. Infelizmente, apenas 1 em cada 4 pessoas com transtornos de ansiedade recebe tratamento. A ansiedade é uma resposta natural ao estresse. Mas torna-se problemática quando é excessiva, persistente e interfere nas atividades de vida diária, consequentemente afetando a qualidade de vida. O ministério da saúde, responsável por definir e divulgar diretrizes pertinentes à saúde nacional, define ansiedade como uma emoção que representa um sinal de alarme ao perigo e ameaça, seja real ou imaginária, representando um fator evolutivo de proteção. No entanto, enfatiza que, quando exacerbada ou desproporcional, pode construir um problema de saúde, passível de tratamento (INSTITUTE FOR HEALTH METRICS AND EVALUATION, 2020).
Alguns dos pioneiros e pesquisadores notáveis na área da ansiedade incluem Sigmund Freud, que abordou a ansiedade em sua teoria psicanalítica, e Aaron Beck, que desenvolveu a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), amplamente utilizada no tratamento de transtornos de ansiedade, eles elucidaram e desenharam um perfil da doença e de seus tipos o que pode ser descrito de uma forma a poder diagnosticar de maneira mais eficiente de acordo com os sintomas (NOLEN-HOEKSEMA, S. et al., 2018).
Em uma definição mais específica, o transtorno de ansiedade é uma condição mental, caracterizada por sentimentos intensos e persistentes de medo e antecipação ao que pode acontecer, existem alguns tipos de transtornos que são característicos do transtorno de ansiedade, os mais comuns são: Transtorno de ansiedade generalizada (TAG), caracterizado por preocupações exacerbadas e persistentes sobre as áreas da vida, tais como, trabalho, relacionamentos, e saúde, mesmo que não haja ameaça evidente. Transtorno de pânico, caracterizado por ataques de pânico repentinos e intensos, acompanhados por sintomas físicos como sudorese, tremores, e sensação de falta de ar. Fobia social, caracterizada por medo intenso em situações sociais, que consequentemente faz o indivíduo evitar interações e acentuar a ansiedade quando exposto e essas situações. Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), é caracterizada por pensamentos intrusivos e indesejados, que levam o indivíduo a ter comportamentos repetitivos como forma de aliviar a ansiedade. Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), desenvolve-se após a exposição em eventos traumáticos, resultando em flashbacks e pesadelos (KESSLER, R. C. et al., 2007).
O Transtorno de Ansiedade, inclui inquietação, irritabilidade, tensão muscular, fadiga, dificuldade de concentração, e problemas com o sono. Além disso, produz sintomas clássicos como palpitações, que é a sensação de batimentos cardíacos rápidos, fortes ou irregulares. Pode ser percebida como uma aceleração do coração e geralmente é acompanhada por uma sensação de ansiedade. Outro sintoma é a respiração rápida ou superficial, muitas vezes sentida como falta de ar ou dificuldade em respirar profundamente podendo resultar em hiperventilação, a sudorese excessiva que é classificada como a produção aumentada de suor, especialmente nas palmas das mãos, axilas ou testa, e esse sintoma é em resposta à ativação do sistema nervoso simpático durante episódios de ansiedade. Os tremores e tiques nervosos são caracterizados por movimentos involuntários e repetitivos de partes do corpo, como mãos, lábios ou pernas, o que podem ser sutis ou mais pronunciados e são frequentemente observados em situações de estresse ou ansiedade. A tensão muscular generalizada é uma sensação de rigidez ou aperto nos músculos do corpo, especialmente nos ombros, pescoço, mandíbula e costas, gerando uma tensão muscular em resposta comum ao estresse e pode contribuir para dores musculares crônicas. Todos esses sintomas físicos podem variar em intensidade e podem ser acompanhados por outros sinais de ansiedade, como tremores nas mãos, boca seca, desconforto no estômago, dores de cabeça tensionais e tonturas. É importante reconhecer que esses sintomas físicos são uma resposta natural do corpo ao estresse e à ansiedade, mas em alguns casos podem causar desconforto significativo e interferir na qualidade de vida. O tratamento da ansiedade geralmente envolve uma abordagem integrada que discute tanto os aspectos físicos quanto os psicológicos do transtorno (BROOKS, S. K. et al., 2020).
Em caráter neurológico, o transtorno de ansiedade é associado a desequilíbrios em neurotransmissores, substâncias químicas do cérebro, e incluem a serotonina, noradrenalina, e o GABA (ácido gama-aminobutírico) que são determinantes na regulação do humor e para resposta do estresse, desequilíbrios estes que contribuem para o desenvolvimento dos transtornos de ansiedade (KESSLER, R. C. et al., 2007).
A predisposição genética também é um forte influente para desenvolver ansiedade. As áreas que são responsáveis pela regulação emocional, respostas ao medo e processamento de informações relacionadas ao estresse, sendo a amigdala, córtex frontal, e o hipotálamo têm sido associadas aos transtornos de ansiedade. O sistema nervoso autônomo que é responsável por regular as funções corporais involuntárias, sendo a frequência cardíaca, respiração e sudorese quando em desequilíbrio é um fator preponderante para o desenvolvimento do transtorno (THE LANCET PSYCHIATRY, 2020).
1.1.2 Diagnóstico
O diagnóstico de sinais e sintomas quando identificados precocemente, ajuda a traçar planos para promoção da saúde mental. Rastreamento é primeira forma de identificação, e acontece em um primeiro contato, queixa de cansaço físico sem explicação médica é um indício considerável para identificação do transtorno, situação de estresse importante nos últimos meses e/ou tabagismo, álcool ou uso de medicamentos. Para o diagnóstico de transtornos de ansiedade deve-se desconsiderar que os sintomas sejam causados por doenças clínicas, uso de fármacos ou por algum transtorno relacionado com o diagnóstico diferencial. Avaliação através da anamnese e exame clínico, caso necessário exames complementares para em casos de suspeita clínica (NOLEN-HOEKSEMA, S. et al., 2018).
O DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), é um documento criado pela Associação Americana de Psiquiatria (APA) para padronizar critérios diagnósticos tendo como critérios, o número mínimo de sintomas que uma pessoa apresenta, sendo considerados aspectos comportamentais, emocionais, cognitivos e físicos, a duração desses sintomas, o impacto funcional no cotidiano do indivíduo e algumas variantes específicas que podem servir como critério para inclusão e exclusão do diagnóstico (NOLEN-HOEKSEMA, S. et al., 2018).
1.1.3 Epidemiologia
Em 2013 a Assembleia Mundial da Saúde estabeleceu metas registradas para Ação Integral de Saúde Mental da OMS, endossadas até 2020, esse plano foi estendido até 2030, visando saúde mental na Atenção Primária, apoio psicossocial e pesquisa em saúde mental (OPAS, 2020).
“É extremamente preocupante que, apesar da necessidade evidente e crescente de serviços de saúde mental, que se tornou ainda mais crítica durante a pandemia de COVID-19, as boas intenções não estejam sendo atendidas com investimentos”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS (OPAS, 2020).
No Brasil, durante a 17º Conferência Nacional de Saúde (CNS), o Ministério da Saúde ampliou o orçamento da Rede de Atenção Psicossocial, com o objetivo de aumentar a assistência na rede de saúde mental no SUS (CNS, 2022).
O aumento de 27% no orçamento na política de saúde mental dentre as prioridades está o cuidado integral, reinserção psicossocial e garantia dos direitos humanos. No Brasil e no mundo a saúde mental passou a ser uma demanda cada vez maior no sistema de saúde, principalmente após a pandemia de Covid 19, a tentativa do Ministério da Saúde é reconstruir a defasagem de investimentos na Rede de Atenção Psicossocial que nos últimos seis anos teve um dos mais baixos crescimentos desde 2001.
“Essa portaria é parte de um processo muito maior. Sem esse reforço, não poderemos fazer a diferença na saúde mental, com uma abordagem humanizada, que considera a cada um dos usuários do SUS como cidadãos e cidadãs.” (Ministério da Saúde, 2023).
O novo Atlas de Saúde Mental (Mental Health Atlas), da Organização Mundial de Saúde divulgado em 2021 revelou o cenário de atenção à saúde mental, indicando a falha mundial em recursos, que inclui 171 países não resultando aumento de escala no tratamento de saúde mental, publicado a cada três anos com dados fornecidos por países do mundo todo sobre políticas de saúde mental (MENTAL HEALTH ATLAS, 2021).
O Global Burden of Disease, uma organização independente que visa realizar pesquisas populacionais sobre saúde, disponibilizou gráficos, em percentual, que elucidam dados de 1990 até 2019 sobre o total de YLDs (Anos vividos com incapacidade) e DALYs (Anos de vida perdidos ajustados por incapacidade). Em DALYs a Ansiedade apresentou 0,72% do total em 1990, com variação anual de 1,55%, em 2019 o transtorno teve em percentual 1,13% total com variação também de 1,55%. Já o YLDs em 1990 apresentou 3,48% do total com variação de -0,14, e em 2019 3,34% de carga total e variação de – 0,14. Para este estudo foi incluído o ano inicial e o final, os anos dentro em intervalo não foram considerados, os números referem-se a escala global (GBD, 2019).
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 2020, apontam que a prevalência mundial do Transtorno de Ansiedade é de 3,6%. No Brasil, onde o Transtorno de Ansiedade está presente em 9,3% da população possuindo o maior número de ocorrências entre todos os países do mundo, com cerca de 18.657.943 casos além de relatar que no primeiro ano de Pandemia de Covid 19 a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou 25% (OMS, 2022).
1.1.4 Tratamento farmacológico
Uso de medicação sob prescrição médica sendo antidepressivos e ansiolíticos são fármacos de primeira linha para o tratamento, que atuam no nível cerebral para reduzir os sintomas. A resposta ao tratamento deve ser avaliada periodicamente, a cada quatro a seis semanas, utilizando dose adequada prescrita. Podendo ter a insônia, disfunção sexual e mal-estar gástrico como efeitos colaterais (ANDREATINI, R.; BOERNGEN-LACERDA, R.; FILHO, D. 2002).
A prescrição de ansiolíticos e antidepressivos é o tratamento mais convencional para tratar sintomas, mesmo com a eficácia e melhora do quadro clínico comprovada, o uso prolongado pode acarretar em dependência medicamentosa, e com avanço do agravo de saúde mental na população tem se tornado cada vez mais difícil enfrentar as doenças, tornando-se um caso de saúde pública, por isso nas últimas duas décadas vem sendo pautado a importância da atenção primária à saúde e a mudança de estilo de vida como forma de tratamento a saúde mental (MORENO, R.; MORENO, D.; SOARES, M., 1999).
1.1.5 Tratamento alternativo
A Atividade física é uma alternativa potencial para manutenção da saúde tanto do corpo como da mente, ajuda na melhora dos desequilíbrios fisiológicos, sendo que durante a prática o corpo produz endorfina, componente importante para o nosso cérebro, contribuindo para o aumento do fluxo sanguíneo e melhora das funções cognitivas. Praticar exercícios físicos é benéfico para a saúde no geral, principalmente por ser um estimulante direto na melhora no sistema nervoso central, responsável por ativar grande parte do córtex frontal, influenciar na produção de proteínas BDNF que tem como função promover a plasticidade sináptica contribuir com a produção de noradrenalina e dopamina, que são responsáveis pela diminuição da sensação de dor, e consequente promoção da sensação de bem-estar e euforia (VIVAR, C. 2017).
De acordo com Cristina Melo (2021), diversos estudos apontam que o Método Pilates pode ajudar a reduzir os níveis de estresse e proporcionando uma sensação de relaxamento, bem-estar físico e mental a pacientes com transtorno de ansiedade, diminuição da dor lombar crônica, redução do nível de dor em gestantes, melhora da flexibilidade, melhora da força muscular, promoção na qualidade de vida, aumento do controle muscular em crianças com paralisia cerebral e melhora na saúde mental estão entre os benefícios do Pilates (MELO, C. 2021).
O primeiro exercício descrito no método Pilates foi o “The Hundred” que é baseado em exercícios de equilíbrio, força e flexibilidade, controle muscular, postura e respiração, e visa trabalhar o controle de corpo. Esta técnica pode ser um grande exemplo de como podemos usar o Pilates como tratamento alternativo contra a ansiedade (PILATES, J. 1945).
1.2 Pilates
Pilates é uma prática de exercício físico que tem como objetivo fortalecimento, alongamento e equilíbrio do corpo por inteiro, de forma global ou isolada, dependendo do objetivo, foi desenvolvida por Joseph Hubertus Pilates e disseminado por alguns seguidores no mundo inteiro.
Conforme dito por Joseph “O Pilates desenvolve um corpo uniforme, corrige posturas erradas, restaura a vitalidade física, vigora a mente, e eleva o espírito.” (PILATES, J. 1945).
Criado no início do século XX, é um método de exercícios que tem como objetivo fortalecer o corpo de forma equilibrada, melhorar a postura, aumentar a flexibilidade e promover o bem-estar físico e mental. Com ênfase na respiração, controle, concentração, fluidez e precisão dos movimentos, o Pilates trabalha o corpo de maneira integrada, proporcionando benefícios para pessoas de todas as idades e níveis de condicionamento físico, seja para reabilitação de lesões, melhoria da performance atlética ou simplesmente para manter a saúde e o equilíbrio do corpo, o Pilates é considerado uma prática completa e versátil, que visa a harmonia entre mente e corpo (PONT, J. P., & ROMERO, E. A., 2012).
1.2.1 Joseph Hubertus Pilates
Conforme bibliográfia, Joseph Hubertus Pilates nasceu na Alemanha em 9 de dezembro de 1883 na cidade de Mönchengladbach, alguns relatos dizem que essa data pode estar incorreta devido ele ter nascido em uma época em que era comum os registros acontecerem anos após o nascimento devido há como era difícil chegar nas cidades onde era realizados os registros e também por sua família ser grande e carente. Alguns relatos dizem que Joseph Pilates ficava doente com frequência, asma, raquitismo, bronquite e febre reumática, foram as patologias datadas, ao que tudo indica essas condições o influenciaram a estudar e começar a pensar sobre estratégias para que pudesse ter uma vida mais saudável. Ele era apaixonado por esporte e costumava esquiar, fazer ginástica, boxe, natação e yoga, que certamente influenciou na criação do seu método, pois o Pilates consiste também em movimentos que remetem a esses esportes. Joseph Pilates estudou anatomia, fisiologia, medicina oriental e ocidental, combinado com as práticas de seus esportes preferidos Joseph começou a desenvolver um plano de treinamento que tinha como base alguns pilares dos esportes que ele praticava. Joseph Pilates teve como mentores Friedrich John que foi conhecido pelo método de ginástica Calistenia e Per Henrik Ling um pedagogo sueco que desenvolveu o sistema Ling mais tarde conhecido como Ginástica Sueca. Podemos ver influência desses nomes também no método desenvolvido por Joseph Pilates pois muitos movimentos podem ser vistos em muitas das práticas desses mentores. Essas práticas eram geralmente feitas ao ar livre e com ênfase no controle corporal para a melhorar a saúde física e mental de seus praticantes, principalmente devido à crescente piora da saúde com doenças contagiosas e ao aumento da mortalidade infantil (PONT, J. P., & ROMERO, E. A., 2012).
No período em que Joseph estava na Inglaterra se inicia a 1ª guerra mundial, por ser de origem alemã, ele acabou sendo exilado na Ilha de Man, posteriormente chamado de “novo acampamento para cidadãos inimigos dos Britânicos”. Esses acampamentos tinham condições precárias de saúde e higiene, desta forma Joseph achava importante continuar com sua rotina de exercícios diários para que pudesse manter-se saudável. Ao cumprir com sua disciplina acabou incentivando todos os companheiros de seu pavilhão, que passaram a praticar seus exercícios com o mesmo intuito de Joseph, realizar a manutenção da saúde física e mental (PILATES, J. 1945).
Pilates não descansou até que todos fizessem seus exercícios até mesmo os que estavam acamados ou em cadeiras de rodas, assim ele iniciou as ideias para seus equipamentos. Ele retirou as molas das camas e adaptou tanto nas cadeiras quanto nas camas e estimulava para que todos fizessem sua série de exercícios. Assim se deu o grande início para suas invenções e estilo da técnica, pois mesmo em condições de inatividade eles poderiam ser executados. A quem diga que ao realizarem a rotina de exercícios desenvolvida por ele e na época nomeado como Contrologia nenhum de seus companheiros foi acometido pela grande pandemia de gripe em 1918 (PILATES, J. 1945).
Joseph incluiu em seu trabalho a seguinte frase: “Contrologia é a ciência e arte do desenvolvimento completo do corpo, mente e espírito. Através do controle consciente de todos os movimentos musculares do corpo, trazemos a mente e o corpo para um estado de equilíbrio e harmonia. A Contrologia desenvolve o corpo uniformemente, corrige posturas erradas, restaura a vitalidade física, revigora a mente e eleva o espírito.” (PILATES, J. 1945).
1.2.2 História do Pilates
O século XX mal tinha começado quando Joseph Pilates começou a chamar a atenção para os malefícios do ritmo acelerado da vida moderna e para a necessidade de se desenvolver a mente e manter o corpo saudável. Ainda na década de 1920, ele já se preocupava com maneiras de combater a estafa física e mental, contrária à lei da natureza e causada por pressões econômicas e políticas, bem como pelo uso de telefones, automóveis e etc. Pilates divulgou seus exercícios como tratamento contra os efeitos do que, hoje, chamamos estresse, e contra os resultados da negligência física. Ele acreditava que, ao praticá-los, seus clientes poderiam obter o controle do próprio corpo e resgatar o ritmo e a coordenação motora naturais, comprometidos pela vida civilizada. Pilates defendia a ideia de que o corpo humano foi projetado para movimento e que a falta de movimento adequado pode levar a uma série de complicações de saúde (PILATES, J. 1945).
1.2.3 Objetivo do Pilates
O método tem como objetivo melhorar a força, flexibilidade, equilíbrio e postura do corpo, através de exercícios que fortalecem os músculos centrais do corpo, conhecidos como “powerhouse”, promover maior consciência corporal, proporcionando controle superior da respiração, sendo essencial para prevenir e reduzir o estresse e a ansiedade (PILATES, J. 1945).
A técnica é composta por níveis básicos, intermediários e avançados sendo plural e adaptável para cada indivíduo, independente de gênero ou classe etária com o intuito de promover harmonia entre corpo e mente.
Ao invés de hipertrofiar alguns músculos, como em aulas de musculação, ou trabalhar exclusivamente uma parte do corpo, como glúteos e abdome, o método exercita e alonga o corpo todo (PILATES, J. 1945).
Pilates ensina a respiração correta, enfatizando os movimentos rítmicos do diafragma, músculo que força a entrada e saída de ar dos pulmões e expirações prolongadas e controladas. Vários exercícios do método clássico de Pilates envolve um rolamento suave da coluna para cima e para baixo, que, além de melhorar a flexibilidade dessa região, também exercita os pulmões (PILATES, J. 1945).
O programa original de condicionamento de Joseph Pilates consiste em 34 exercícios, os quais, conforme ele mesmo declarava, transformam o corpo se praticados com regularidade, ainda que seus sucessores tenham simplificado esses exercícios em sequências de movimentos que fossem compreendidas mais facilmente por iniciantes, todos os professores do método ensinam fundamentalmente os mesmos exercícios centrais, no mesmo ritmo estabelecido originalmente pelo fundador saúde (PILATES, J. 1945).
1.2.4 Princípios do Pilates
Joseph Pilates dizia: “Concentre-se nos movimentos certos cada vez que você fizer um exercício, caso contrário, você os executará de forma inadequada e eles perderão seu valor.”
O Método tem bases em fundamentos anatômicos, fisiológicos e cinesiológicos, e é compreendido atualmente dentro de cinco princípios, que são: concentração, centralização, fluidez, respiração e precisão/controle, de acordo com a sua técnica (PILATES, J. 1945).
1.2.4.1 Concentração
Durante toda a prática dos exercícios de Pilates a mente, a atenção é direcionada para cada parte do corpo, com o intuito de garantir que o movimento seja desenvolvido com a maior eficácia possível, concentração no que diz respeito ao movimento do corpo é necessária em todos os momentos.
Ao realizar o exercício sem a devida concentração, 50% da sua eficiência era perdida (PILATES, J. 1945).
1.2.4.2 Precisão/Controle
Este princípio é fundamental para a qualidade do movimento, sobretudo, ao realinhamento postural do corpo, consiste no refinamento do controle e equilíbrio dos diferentes músculos envolvidos em um movimento.
incluindo o discernimento da atividade motora de agonistas primários numa ação específica, o controle e a precisão são responsáveis pela integração da atividade motora de todo o corpo visando um padrão suave e harmônico de movimento (PILATES, J. 1945).
1.2.4.3 Centralização
Pilates chamou este princípio de “Power House” ou centro de força, o ponto focal para o controle corporal, a técnica influencia na postura e controle do tronco, o que faz com que o treinamento da região abdominal e lombo-pélvica sejam enfatizados durante toda a prática e todo o exercício (PILATES, J. 1945).
1.2.4.4 Respiração
Fator primordial no início do movimento, fornecendo a organização do tronco pelo recrutamento dos músculos estabilizadores profundos da coluna na sustentação pélvica e favorecendo o relaxamento dos músculos inspiratórios e cervicais. Afirmou Joseph (1945), ele acreditava que a respiração era um fator importante para a qualidade na circulação de sangue e oxigenação correta, nutrindo corretamente os músculos, pois o oxigênio é essencial para a produção de energia, ele contribui para a qualidade e eficiência na realização dos movimentos, ele dizia: “Respirar é o primeiro e último ato da vida.” (PILATES, J. 1945).
1.2.4.5 Fluidez
Está relacionada à qualidade e fluidez na execução dos movimentos, que devem ser de forma controlada e contínua, para que haja absorção dos impactos do corpo com o solo, contribuindo para a manutenção da saúde do corpo.
Influenciado pelo Yoga praticado durante toda a infância, Joseph tem como base trabalhar diversos grupos musculares, sempre com eficiência, qualidade e fluidez (PILATES, J. 1945).
1.2.5 Pilates para o século XXI
De acordo com Joaquim Munuzzo e Rafaela Gimenes, o método Pilates pode ser aplicado de forma a aproveitar a biomecânica dos movimentos e seguir os princípios e objetivos estabelecidos por Joseph Pilates. Sob essa perspectiva, é possível tratar disfunções de diversos tipos, considerando que o método enfatiza o esforço global e se fundamenta na integração corpo-mente, proporcionando a recuperação de disfunções (VEJA, et al., 2019).
Observando por esse ângulo, o método Pilates vai além de ser simplesmente uma prática esportiva e de condicionamento físico, torna-se em uma abordagem que busca reabilitar e restabelecer funções corporais, ao mesmo tempo em que promove a melhoria da saúde mental. Como afirmou Joseph Pilates: “A mente, ao controlar o corpo, pode encontrar o equilíbrio e a paz.” (PILATES, J. 1945).
2 OBJETIVOS
Comprovar a eficácia do Pilates na redução dos sintomas de ansiedade. Através de estudos clínicos que demonstrem consistentemente a melhora dos sintomas de ansiedade em indivíduos que praticam Pilates em comparação com grupos de controle desse transtorno.
Demonstrar como a prática do Pilates pode abordar esses sintomas de diferentes maneiras, por exemplo, o fortalecimento muscular e a melhoria da postura podem ajudar a reduzir a tensão muscular, o foco na respiração pode contribuir para acalmar o sistema nervoso, reduzindo a agitação e a taquicardia, a consciência corporal desenvolvida no Pilates pode melhorar a conexão mente-corpo, ajudando na redução dos pensamentos ansiosos.
2.1 Geral
Realizar uma síntese de evidência científica com identificação dos estudos relevantes, onde incluiremos todos os estudos pertinentes ao Pilates na redução dos sintomas de ansiedade.
2.2 Específicos
Identificar quais são os mecanismos fisiológicos pelos quais o Pilates pode influenciar a ansiedade.
Destacar áreas menos exploradas dentro da prática do Pilates, como também, os sintomas típicos da ansiedade.
Comparar os resultados encontrados, fornecendo informações relevantes a área da saúde na atuação do Pilates.
3 JUSTIFICATIVA
O estilo de vida atual com as altas demandas diárias, situações esporádicas ou cotidianas, que por vezes, colocam o indivíduo em condições vulneráveis ou arriscadas, sendo contribuintes diretos para a oscilação ou declínio psicológico. Com base em dados estatísticos datados entre 2018 e 2023, com grande enfoque voltado para o tema “Ansiedade”, decidimos que essa pesquisa seria importante para demonstrar que pequenas mudanças no cotidiano podem ser benéficas.
O medo de não atender às projeções de vida, ainda que por vezes intangíveis, acaba sendo um fomento para o desequilíbrio nos níveis de serotonina.
Sendo um tema recorrente, nós, autores deste estudo, buscamos profundidade e robustez científica, prática e teoria, a fim de elucidar com base em estudos clínicos a eficácia do Pilates como plano de intervenção no transtorno de ansiedade.
4 CRONOGRAMA
5 METODOLOGIA DE PESQUISA
Este trabalho utiliza-se de uma metodologia de pesquisa em revisão de literatura, com caráter integrativo e qualitativo quantitativo, tendo como a ferramenta DECS como base para busca de artigos científicos, seguindo etapas e considerando filtros para critérios de inclusão e exclusão. As bases de dados utilizadas foram: Medline, LILACS, IBECS, WPRIM, BDENF e INDEXPISCOLOGIA.
Utilizamos termos em português “Pilates”, “Ansiedade” e em inglês: “Pilates” e “Anxiety”, todos com filtros e palavras específicas sendo o operador de busca AND.
Os critérios para exclusão foram artigos de revisão sistemática, de literatura e bibliográfica. Critérios de inclusão foram quaisquer outros tipos de artigos que não se enquadrassem nos critérios de exclusão e pesquisa de campo e pesquisa randomizada.
5.1 Fluxograma
5.2 Plano de análise
6 RESULTADO E DISCUSSÃO
Analisaram-se artigos considerados elegíveis a partir dos critérios de inclusão do grupo, sendo que, o objetivo do estudo é evidenciar a eficácia do Pilates como plano de intervenção na prevenção da ansiedade através de seus princípios. Foram encontrados 58 artigos, sendo 10 elegíveis para leitura integral. Os objetivos apresentaram-se iguais, mas em nichos diversificados.
YILDIRIM P, 2022, realizou um estudo com o intuito de esclarecer sobre os impactos do método Pilates na dor, humor e qualidade do sono, em pacientes com dor lombopélvica em decorrência da gravidez. O estudo foi randomizado controlado, aplicado em um grupo controle e um grupo Pilates, e utilizou questionários atinentes às condições apresentadas pelo grupo do estudo. Os autores concluíram que o exercício terapêutico baseado em Pilates é uma opção de tratamento promissora para manutenção da dor lombopélvica, e além disso, ao equiparar os efeitos da terapia nos níveis de humor. Foi-se demonstrado que há uma diferença significativa a favor do grupo Pilates quando comparado ao como grupo controle.
BO-HWA C; KIM, J, 2023, tratou de entender quais os efeitos do Pilates, na dor, função física, qualidade do sono e fatores psicológicos em mulheres jovens com dismenorreia, condição que contribui para a exacerbação de dores pélvicas e fluxo intenso durante o período menstrual. Com base nos achados do estudo realizado por dois grupos, controle e Pilates, no período menstrual, mulheres apresentam sintomas de ansiedade, estresse e perca na qualidade do sono. O grupo controle teve como intervenção a prescrição de analgésicos, enquanto o grupo Pilates recebeu a prescrição de exercícios. O estudo considerou que os exercícios com base no método Pilates, foram eficazes na redução dos sintomas pré amenorreia e dores menstruais, além de contribuir para melhora da flexibilidade, força muscular e qualidade do sono, mas ponderou que os níveis de ansiedade não apresentaram melhora em nenhum dos dois grupos.
MIKKONEN J et al, 2023, traçou um protocolo de exercícios idênticos com e sem técnicas respiratórias, para o tratamento de dor lombar crônica inespecífica, com o intuito de avaliar a viabilidade do protocolo de exercícios terapêuticos específicos, atrelados a respiração correta durante a execução. Ao discorrer o estudo percebesse que os princípios adotados no estudo são os mesmos apontados no método Pilates.
AMARAL S; PASSÁRO. A; CASOROTTO R, 2023, através de um ensaio clínico randomizado, teve como objetivo associar os efeitos de recursos físicos terapêuticos e exercícios baseados no método Pilates, na dor, depressão, ansiedade e em dor lombar crônica inespecífica. Ao comparar as técnicas nos grupos de estudo, os autores consideraram que os recursos físicos não proporcionaram melhoria nos sintomas de dor e ansiedade, mas em contrapartida, comprovou que o método Pilates é uma terapia eficaz, sendo uma conduta suficiente para o tratamento.
FLEMING K; COOTE S; HERRING M, 2021, quantificou os efeitos do Pilates domiciliar nos sintomas de ansiedade, depressão e fadiga, aplicando questionários para mensurar os níveis de acometimento nos pacientes avaliados, e exercícios baseados no método Pilates durante semanas. Segundo autores, o Pilates domiciliar melhorou significativamente os sintomas de ansiedade, e enfatizaram sobre o potencial do método se aplicado em domicílio, sendo notável como uma modalidade alternativa contribuinte direta na manutenção da saúde mental em pacientes com limitação de mobilidade.
VICENTINI D, 2020, Relacionou os indicativos de sintomas de ansiedade e depressão em pacientes praticantes de Pilates no solo, e a partir dos resultados obtidos percebeu-se a influência da ansiedade e depressão, mesmo em pacientes praticantes frequentes do método, e segundo análise, o acometimento deve-se ao acúmulo de comorbidades nesses pacientes, sendo um influente direto para comprometimento da saúde mental, no entanto, destaca que, fatores sociodemográficos, que foram parte da análise, não são influentes diretos para desenvolver a patologia. Ao contrário de VICENTINI D, 2020, consideramos que fatores sociodemográficos são influentes diretos e que acentuam os níveis e sintomas de ansiedade devido às particularidades de cada indivíduo dentro da sociedade, somando a aspectos relacionados ao país em que estamos inseridos.
FLEMING K; ARENQUE M, 2019, quantificou em percentual os efeitos do Pilates na saúde mental, apontando para os Pilares que Joseph considera primordiais para a eficácia da técnica, destacando que o sistema de exercícios é descrito como de intensidade baixa a moderada, predominantemente exercícios mente-corpo baseados no solo, e que abordam estabilidade central, força muscular, flexibilidade, respiração e postura. O estudo aponta para os efeitos positivos das técnicas quando bem aplicadas, sendo estatisticamente concludente quando estabelecidas como plano de tratamento contra os efeitos da ansiedade, o estudo ainda aponta para a redução percentual dos sintomas em pacientes acometidos após a terapia.
FLEMING M, Karl et al 2019, viabilizou e eficiência do método, comprovando que a respiração correta, controle e fluidez na execução dos movimentos são princípios importantes, mas apontou para a importância de maior acuidade em pesquisas, a fim de, compreender melhor os efeitos do método.
Assim como FLEMING M, Karl et al 2019, identificamos a necessidade de mais estudos relacionados ao assunto, contribuição e congruência entre as equipes multidisciplinares, a fim de aprimorar a abordagem e melhorar os diagnósticos, sugerimos que seja realizado mais estudos randomizados para verificar a eficácia do Pilates enquanto plano referencial intervencional na manutenção dos sintomas de ansiedade em nichos específicos, considerando que os estudos analisados não tem público alvo.
7 CONCLUSÃO
Após leitura de todos os artigos relacionados nesse trabalho concluímos que o Pilates tem sinais de melhora significante em pacientes com transtorno de ansiedade e que podem auxiliar no desmame do tratamento medicamentoso, o que traz benefícios para a saúde como um todo. Dentre os artigos estudados podemos ver benefícios não apenas nos transtornos da saúde mental mais também na dor crônica, capacidade funcional, composição corporal, flexibilidade, equilíbrio dinâmico e resistência muscular. Isso se aplica a todas as idades e condições de saúde do praticante, seja jovem, adulto, gestante, com patologias pré-existentes ou adquiridas no decorrer da vida. Sendo capaz de ajudar não apenas nos aspectos físicos mas também psicológico.
É muito importante ressaltar que essa revisão bibliográfica tem como intensão analisar que o método pode ser aplicado e ter benefícios comprovados cientificamente, porém, é necessário que seja realizados outros trabalhos para comprovar com base em pessoas que praticam e observar os resultados de maneira a evidenciar que eles são significantes e podem ser incluídos como parte do tratamento inicial da ansiedade para assim minimizar o uso de medicamentos por períodos prolongados, evitando assim a dependência de remédios e enfatizando o exercício físico como um aliado importante para o tratamento de doenças da mente.
Esta linha de raciocínio visa introduzir ao leitor, sobre quais os benefícios do Pilates como plano de intervenção na ansiedade, assim, será mais fácil compreender a importância de pesquisas e análises robustas e de modo a ampliar a gama de tratamentos e diminuir os índices dias perdidos por incapacidade devido a problemas relacionados com a saúde mental.
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