A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES

THE PRACTICE OF PHYSICAL EXERCISES IN THE PREVENTION OF CARDIOVASCULAR DISEASES

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102412092304


Edivania Da Rocha Pereira1
Willma Maria Alves De Carvalho2
Mario Ribeiro Nunes Júnior3
Victor Gabriel Carnib De Castro4
Alyane Osório Reis Menezes Feitosa Rocha5


RESUMO: As enfermidades cardiovasculares (ECV) são a principal causa de óbitos no Brasil e no planeta, além de provocar um aumento da morbidade, mortalidade antecipada, incapacidades, diminuição da qualidade de vida e dos gastos diretos e indiretos com a saúde. A prática regular de exercícios físicos é um dos pontos mais enfatizados. O exercício físico proporciona inúmeros benefícios para a saúde cardiovascular, como a melhora na circulação sanguínea, o fortalecimento do coração, o controle dos níveis de colesterol e a redução da pressão arterial. A pesquisa foi realizada por meio de revisão de literatura cientifica utilizando a base de dados, Google Acadêmico, Scielo e PubMed, foram utilizados artigos atuais publicados nos anos de 2016 a 2024, pesquisados nas bases de dados dos seguintes descritores: Fisioterapia, Doenças Cardiovasculares, Exercícios Físicos. Após as análises foram utilizados 6 artigos para a produção deste trabalho, a maioria desses estudos descreviam amostras reduzidas e apresentavam o exercício físico como um componente para a saúde. Apenas 10 estudos apresentavam relação da aderência à prática de exercícios físicos como prevenção cardiovascular ,onde foram constatados que, o exercício físico promove adaptações fisiológicas que contribuem para o relaxamento dos vasos sanguíneos, diminuição da resistência vascular periférica e aumento da eficiência do sistema cardiovascular, a prática regular de exercícios físicos é crucial para trazer benefícios em pacientes com doenças cardiovasculares.

Palavras-chave: Fisioterapia. Doenças Cardiovasculares. Exercícios Físicos.

ABSTRACT: Cardiovascular diseases (CVE) are the main cause of deaths in Brazil and on the planet, in addition to causing an increase in morbidity, early mortality, disabilities, decreased quality of life and direct and indirect health expenses. Regular physical exercise is one of the

most emphasized points. Physical exercise provides numerous benefits for cardiovascular health, such as improving blood circulation, strengthening the heart, controlling cholesterol levels and reducing blood pressure. The research was carried out through a review of scientific literature using the database, Google Scholar, Scielo and PubMed, current articles published in the years 2016 to 2024 were used, searched in the databases of the following descriptors: Physiotherapy, Cardiovascular Diseases, Physical Exercises. After the analyses, 10 articles were used to produce this work, most of these studies described small samples and presented physical exercise as a component for health. Only 10 studies reported adherence to physical exercise as cardiovascular prevention, where they found that physical exercise promotes physiological adaptations that contribute to the relaxation of blood vessels, a decrease in peripheral vascular resistance and an increase in the efficiency of the cardiovascular system, Regular physical exercise is crucial to bring benefits to patients with cardiovascular diseases.

Keywords: Physiotherapy. Cardiovascular Diseases. Physical Exercises.

INTRODUÇÃO

Segundo Bourbon (2016) As enfermidades cardiovasculares (ECV) são de vários tipos, sendo as mais preocupantes a doença das artérias coronárias (artérias do coração) e a doença das artérias do cérebro. Quase todas são provocadas por aterosclerose, ou seja, pelo acúmulo de placas de gordura e cálcio no interior das artérias que dificultam a circulação sanguínea nos órgãos e podem mesmo chegar a impedi-la.

Para Gomes (2021) As enfermidades cardiovasculares (ECV) são a principal causa de óbitos no Brasil e no planeta, além de provocar um aumento da morbidade, mortalidade antecipada, incapacidades, diminuição da qualidade de vida e dos gastos diretos e indiretos com a saúde.

De acordo com De Oliveira (2020) diversos estudos científicos têm identificado vários fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, incluindo hipertensão arterial, hiperlipidemia, obesidade, diabetes mellitus e sedentarismo. Neste contexto, os exercícios físicos têm sido reconhecidos como uma estratégia eficaz na prevenção e no controle dessas condições, além de contribuírem para a promoção da saúde cardiovascular.

Segundo De Oliveira (2020) levando em conta os fatores de risco, a prática regular de exercícios físicos pode impactar positivamente nas variáveis relacionadas ao seu diagnóstico como força muscular, massa muscular e condicionamento físico, enquanto o sedentarismo pode acelerar o surgimento de algumas dessas condições.

De acordo com Bourbon (2016) quando a arteriosclerose surge nas artérias coronárias, pode ocasionar sinais e enfermidades como a angina do peito, ou provocar um infarto do miocárdio. Quando se desenvolve nas artérias do cérebro, pode gerar sintomas como, por exemplo, alterações na memória, vertigens ou causar um acidente vascular cerebral (AVC).

Segundo Cichocki (2017) alterações no estilo de vida são fortemente recomendadas na prevenção de enfermidades cardiovasculares e, apesar da mencionada relação com o número de falecimentos na população global, dados consistentes da literatura mostram que a não exposição aos fatores de risco como o fumo, alimentação inadequada, inatividade física, assim como a obesidade e a hipertensão arterial podem fazer com que o número de óbitos relacionados às doenças cardiovasculares diminua significativamente.

Objetivo geral desse estudo é analisar os efeitos da prática dos exercícios físicos na prevenção das doenças cardiovasculares.

METODOLOGIA

Para a elaboração deste artigo realizou-se uma pesquisa bibliográfica do tipo exploratória, onde foram consultadas bases de dados eletrônicos, incluindo Google acadêmico e Scielo, utilizando termos de busca com os descritores fisioterapia, doenças cardiovasculares e exercícios físicos. O ano de publicação dos artigos estudados, realizados na literatura foram do ano de 2014 a 2024. Para maior clareza do leitor foram construídos quadros nos resultados e discussões utilizando o programa Word. Para a coleta de dados deste estudo foram utilizados critérios inclusão de artigos publicados em português e datados entre 2014 a 2024 e os critérios de exclusão foram artigos publicados antes de 2014, e aqueles que não tenha relação com objetivo desse estudo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a leitura dos artigos selecionados (Quadro 1.0), percebeu-se que os assuntos mais relevantes estão relacionados a condições genéticas já existente, bem como fatores de risco como a diabetes, obesidade, sedentarismo, hipertensão arterial, dentre outras, todas diretamente ligadas a pratica de exercícios físicos.

Quadro 1.0: Artigos selecionados segundo os critérios de inclusão e exclusão

Fonte: autores 2024

A atividade física regular (AFL) exerce um papel fundamental na proteção contra doenças cardiovasculares (DCV) e outras condições crônicas não transmissíveis (DCNT). A evidência de que a AFL está inversamente associada à mortalidade por todas as causas, incluindo as cardiovasculares, reforça sua importância como um dos principais determinantes da saúde publica. A ideia de que a prática regular de atividades físicas não só diminui o risco de desenvolver DCV, mas também melhora a qualidade de vida e o bem-estar geral dos indivíduos. A atividade física é capaz de proporcionar benefícios que vão além da saúde cardiovascular, abrangendo a saúde mental e a manutenção de um peso saudável, fatores que são cruciais em um contexto em que a obesidade e o sedentarismo são prevalentes em diversas populações (Gomes, 2021).

Atividades moderadas, como exercícios de resistência e atividades aeróbicas mais vigorosas, têm demonstrado uma associação mais forte com a melhoria da função cardiovascular e da saude geral. E importante incentivar os idosos a progredirem para esses níveis de intensidade, pois a adesão a um regime de exercícios mais intenso pode trazer benefícios adicionais à saúde, incluindo a prevenção de doenças crônicas e a promoção do bem- estar psicológico (De Oliveira, 2020).

Por outro lado, o fato de que atividades de alta intensidade apresentaram os menores escores na avaliação de desempenho sugere que muitos idosos podem não estar dispostos ou capazes de se envolver em exercícios vigorosos, seja devido a medos relacionados a quedas, falta de confiança ou questões de saúde preexistentes. Portanto, é essencial considerar intervenções que introduzam gradualmente a intensidade dos exercícios, permitindo que os idosos se sintam confortáveis e seguros ao tentar novas modalidades de atividade física (De Oliveira, 2020).

É importante a regularidade e a intensidade da prática de atividades físicas para adultos e idosos, especialmente no contexto da redução do risco cardiovascular. A principal conclusão é que não basta apenas realizar exercícios físicos de forma esporádica; é essencial que essa prática seja constante e que atinja níveis moderados ou intensos para que se observe um impacto significativo na saúde cardiovascular (Cichocki, 2027).

A regularidade no exercício é fundamental, pois permite adaptações fisiológicas no organismo, como a melhoria na capacidade cardiorrespiratória, redução da pressão arterial, controle dos níveis de colesterol e melhora na sensibilidade à insulina.

Essas adaptações são cruciais para a modulação dos fatores de risco cardiovascular, contribuindo para a prevenção de doenças como hipertensão, aterosclerose e outras condições relacionadas ao coração (Chichoki, 2017).

Á adesão de indivíduos com doenças cardiovasculares (DCV) a programas de exercício aeróbio têm potencial para impactar positivamente o condicionamento físico, a força muscular e a qualidade de vida ao longo das diferentes fases do envelhecimento. os exercícios aeróbios é uma intervenção eficaz para promover a saúde cardiovascular, melhorar a aptidão física e contribuir para um envelhecimento mais saudável (Estrela, 2017).

Há uma correlação significativa entre a prática de atividade física e a redução do risco de doenças cardiovasculares a longo prazo, destacando que adultos e idosos que se envolvem em atividades físicas moderadas ou intensas têm menos probabilidade de desenvolver essas doenças em um período de 10 anos (Cichoki, 2017).

Em particular, o impacto de atividades moderadas e intensas se mostra mais evidente devido ao estimulo maior que elas proporcionam ao sistema cardiovascular. Durante a atividade física, o coração é exercitado, o que leva a adaptações fisiológicas benéficas, como o fortalecimento do miocárdio e a dilatação dos vasos sanguíneos. Essas adaptações são cruciais para o controle de fatores de risco, como a hipertensão e o acumulo de placas de gordura nas artérias (Cichoki,2017).

A prática regular de exercícios físicos é um dos pontos mais enfatizados. O exercício físico proporciona inúmeros benefícios para a saúde cardiovascular, como a melhora na circulação sanguínea, o fortalecimento do coração, o controle dos níveis de colesterol e a redução da pressão arterial. Essas atividades contribuem para o desenvolvimento de um sistema cardiovascular mais resistente e eficiente, reduzindo a probabilidade de eventos como infartos e AVCs (Dutra, 2016).

A atividade física é importante na redução da pressão arterial e na diminuição da morbimortalidade cardiovascular, apontando que o efeito hipotenso do exercício físico se torna mais significativo após cerca de dez semanas de treinamento regular. O exercício físico promove adaptações fisiológicas que contribuem para o relaxamento dos vasos sanguíneos, diminuição da resistência vascular periférica e aumento da eficiência do sistema cardiovascular (Dutra, 2016).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A prática regular de exercícios físicos é uma estratégia eficaz na prevenção e controle das doenças cardiovasculares, deve ser incentivada desde cedo e mantida ao longo da vida para prevenir doenças cardiovasculares e melhorar a saúde geral da população.

A atividade física moderada e intensa, especialmente aeróbicas, promovem adaptações fisiológicas essenciais, como o fortalecimento do coração, a melhora da circulação sanguínea, o controle dos níveis de colesterol e a redução da pressão arterial. Além disso, observou-se que a adesão a programas de exercícios físicos, especialmente em idosos, está associada a uma melhor qualidade de vida e a um envelhecimento mais saudável. Assim, o estudo reforça que incorporar a atividade física de maneira consistente é crucial para a modulação dos fatores de risco cardiovascular, sugerindo que políticas públicas e programas de saúde promovam ativamente o exercício físico como medida preventiva.

REFERÊNCIAS

BOURBON, et al. Doenças Cardiovascular. Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, 2016. Disponível em: http://hdl.handle.net/10400.18/3447. Acessado em: 19 Novembro 2024. CICHOCKI, et al. Atividade Física e Modulação do Risco Cardiovascular. Revista Brasileira de     Medicina            do                   Esporte,                  2017.                    Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbme/a/hgg6xvshpj3s6m8sDwWWLZv/#. Acessado em: 19 Novembro 2024.

DUTRA, et al. Doenças Cardiovasculares e Fatores Associados em Adultos e Idosos Cadastrados em Uma Unidade Básica de Saúde. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.9789/2175-5361.2016.v8i2.4501-4509. Acessado em: 19 Novembro 2024.

ESTRELA, André. BAUER, Moisés. Envelhecimento Saudável e Atividade Física. Instituto de Pesquisa Biomédicas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande Do Sul, 2017. Disponível em: https://search.app/mxipekvkfdMpkLyKA. Acessado em: 19 Novembro 2024. GOMES, C. et al. Fatores Associados ás doenças Cardiovasculares na População Adulta Brasileira.         Revista                       Brasileira   de                   Epidemiologia,                 2021.                        Disponível em: https://www.scielosp.org/article/rbepid/2021.v24suppl2/e210013/pt/.       Acessado     em:   19 Novembro 2024.

OLIVEIRA, et al. A Duração e a Frequência da Prática de Atividade Física Interferem no Indicativo de Sarcopenia em Idosos. Fisioterapia e Pesquisa, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1809-2950/19004527012020. Acessado em: 19 Novembro 2024.


  1. Graduanda em fisioterapia pelo Centro Universitário UNIFAESF-Email: willmamaria2615@gmail.com
  2. Graduanda em fisioterapia pelo Centro Universitário UNIFAESF-Email: edivaniarocha35@gmail.com
  3. Graduanda em fisioterapia pelo Centro Universitário UNIFAESF-Email: Juniormartins13.mj@gmail.com
  4. Graduanda em fisioterapia pelo Centro Universitário UNIFAESF-Email: Magiconoz1234567@gmail.com
  5. Professora e Orientadora do cu so de Fisioterapia do Centro Universitário UNIFAESF. Email: alyaneosorio@hotmail.com/