PATIENT’S PERCEPTION OF MAJOR DIFFICULTIES RELATED TO HEMODIALITIC TREATMENT OUTSIDE THE HOME
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202411280844
Tayne Santos Ramos
Camila da Costa Gomes Santos
Jaqueline Rodrigues Gobira
RESUMO
A Doença renal crônica (DRC) traz consigo complicação extremamente grave entre elas está a perda progressiva das funções renais, que acaba afetando a vida do indivíduo em diversos aspectos. Sendo assim tem-se como objetivo geral da pesquisa analisar as principais dificuldades enfrentadas pelo paciente em tratamento hemodialítico fora do seu domicílio. A pesquisa classifica-se de caráter descritivo e exploratório. Em relação a sua natureza, é do tipo quantitativa-qualitativa. São sujeitos desse estudo 30 (trinta) pacientes renais crônicos residentes em municípios circunvizinhos pactuados com a cidade em estudo que realizam tratamento hemodialítico a mais de seis meses e que estejam presentes na clínica no momento da coleta. Conclui-se que as dificuldades são especialmente relacionadas ao fato de ser necessário acordar muito cedo para deslocar- se até o município em que é realizado o tratamento, gerando sentimentos de ansiedade no paciente. A dificuldade de locomoção seja em longas ou curtas distancias, os três dias na semana fora de casa necessário para realizar as sessões de hemodiálise e as limitações impostas doença os afetam do convívio social e familiar e isso os afetam emocionalmente. As tarefas mais simples do cotidiano do lar quanto as mais complexas como dirigir ou trabalhar foram mencionadas como as que não conseguem mais realizar e, por isso, dependem de familiares. Os pacientes a fim de minimizar o sofrimento seguem sempre com resiliência, fé, religião e apoio da família.
Palavras-chave: Doença Renal Crônica. Hemodiálise. Atividades cotidianas.
ABSTRACT
Chronic Kidney Disease (CRF) brings with it an extremely serious complication. Among them is the progressive loss of kidney function, which ends up affecting the life of the individual in several aspects. Thus, the general objective of the research is to analyze the main difficulties faced by patients undergoing hemodialysis treatment outside their home. The research is classified as descriptive and exploratory. Regarding its nature, it is of the quantitative-qualitative type. Thirty (30) chronic renal patients living in surrounding municipalities agreed with the city under study undergoing hemodialysis treatment for more than six months and present at the clinic at the time of collection are the subjects of this study. It is concluded that the difficulties are especially related to the fact that it is necessary to wake up very early to travel to the municipality where the treatment is performed, generating feelings of anxiety in the patient. The difficulty of locomotion whether long or short distances, the three days a week away from home necessary for hemodialysis sessions and the limitations imposed disease affect them social and family life and this affect them emotionally. The simplest daily tasks of the home, as well as the most complex tasks such as driving or working, were mentioned as those that they can no longer perform and, therefore, depend on family members. Patients in order to minimize suffering always follow with resilience, faith, religion and family support.
Keywords: Chronic Kidney Disease. Hemodialysis. Daily activities.
INTRODUÇÃO
Os rins são órgãos extremamente importantes e essenciais para a vida humana. Pois eles realizam a filtração glomerular e a excreção de substâncias orgânicas indesejáveis ao organismo, além disso, promovem a homeostasia corporal (NOGUEIRA et al., 2016).
A diminuição da função renal leva à perda da capacidade dos rins de excretar metabólitos. Quando o indivíduo começa a apresentar a diminuição da função renal, ele começa a acumular resíduos orgânicos em seu corpo, que consequentemente irá contribuir para o desenvolvimento da doença renal crônica (DRC) (BARRETO et al., 2014).
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, o número de pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) no ano de 2016 era 122.825, comparado com os números de 2011, o total de pacientes com a função renal prejudicada cresceu em torno de 31,5 mil (SESSO et al., 2017).
Sendo assim, a DRC é um problema de saúde pública de extrema importância, devido às altas taxas de mortalidade e é caracterizada pela retenção de substâncias prejudiciais ao organismo (OLIVEIRA, 2012).
Neste sentido, Bibiano, Souza e Silva, (2014) falam da necessidade do uso de medidas terapêuticas para tratamento dessa patologia, como a hemodiálise e/ou transplante renal, que reduzem os sintomas da DRC e de certa forma melhora a qualidade de vida do indivíduo.
O que é reforçado pelo estudo de Fukushima et al. (2016), em que os indivíduos têm dificuldade com adaptação à doença, o tratamento e o novo padrão de vida, visto que ele terá que alterar significadamente seus hábitos comportamentais, sua rotina de vida, dieta rigorosa e privada do excesso do consumo de líquido.
O estudo torna-se relevante pois favoreceu aos pacientes hemodialíticos a possibilidade de relatar suas experiências positivas ou negativas relacionadas ao convívio com a patologia, aos profissionais e toda a logística desenvolvida após início do tratamento hemodialítico, possibilitando ao pesquisador compreender particularidades desses sujeitos.
Diante do exposto questionou-se: quais as principais dificuldades enfrentadas pelo portador de DRC que se desloca de seu município para realizar o tratamento hemodialítico em uma unidade de Hemodiálise de um município do interior da Bahia? A fim de responder a pergunta objetivou-se, de modo geral, analisar as principais dificuldades enfrentadas pelo paciente em tratamento hemodialítico fora do seu domicílio. E, de modo específico, averiguo-se as dificuldades enfrentadas pelo paciente que realiza o tratamento fora do domicílio nos âmbitos: Social, econômico, emocional e nas relações interpessoais; investigar as principais interferências na rotina do paciente após o início do tratamento hemodialítico; e verificar quais as formas de enfrentamento do paciente as dificuldades do tratamento fora do domicílio.
REFERENCIAL TEÓRICO
OS RINS E SUA IMPORTÂNCIA
Os rins removem as substâncias excedentes e os produtos residuais do metabolismo, por meio da urina, auxiliando a manutenção da homeostase, ou seja, da composição química do meio interno (MONTANARI, 2016, p. 159).
Esse sistema além de eliminar toxinas também é responsável por regular a quantidade de água e sal do corpo (controle hidroeletrolítico), contribui para o controle da hipertensão arterial, ainda é responsável pela produção de hormônios que impedem a anemia e a descalcificação óssea e eliminam substâncias medicamentosas. Assim, doenças como hipertensão arterial sistêmica, diabetes e fatores genéticos, obesidade, uso excessivo de agentes nefrotóxicos podem ser fatores de risco para doenças renais (SEC-SP, 2016).
A Doença Renal Crônica (DRC) têm desenvolvimento assintomático, podendo comprometer tanto a estrutura quanto a função renal chegando ao quadro de insuficiência renal aguda que é a perda repentina da habilidade dos rins filtrarem resíduos, sais e líquidos do sangue. Em estágios mais avançados o paciente pode ser submetido a hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal, sendo o primeiro foco desse trabalho (BRASIL, 2013/2019).
Para Nogueira et al. (2016), quando um paciente apresenta uma doença renal ele necessita de tratamento contínuo para que a função renal seja substituída. O tratamento a que os pacientes com DRC são mais submetidos é a hemodiálise, que visa à retirada de líquidos e produtos do metabolismo que os rins estão incapacitados de realizar.
A hemodiálise é realizada por uma máquina, que promove a filtração do sangue mediante a circulação extracorpórea, age como um rim artificial realizando a filtração do sangue e garantindo o equilíbrio homeostático. Contudo, não existe um tempo determinado de tratamento, ele é realizado ao longo da vida e implica em diversas mudanças e necessidades de adaptações ao novo estilo de vida (PESSOA; LINHARES, 2015).
ALTERAÇÕES NA VIDA DO PACIENTE DURANTE O TRATAMENTO
A qualidade de vida, definida pela OMS como o modo como o indivíduo enxerga sua própria vida, é alterada quando esse possui alguma doença crônica e está também, relacionado ao tipo de doença e como o tratamento é realizado. No caso da hemodiálise como terapia da DRC o impacto e as repercussões no cotidiano são muitas vezes negativos (SANTOS; SARDINHA, 2018).
Silva et al. (2016) afirmam que as dificuldades mais evidentes e as que mais prejudicam os pacientes são as limitações físicas, financeiras e psicológicas. Elas podem incapacitar o indivíduo e reduzir seu bem-estar físico e mental, sendo necessário apoio familiar para auxiliá-lo na adaptação de sua atual circunstância.
Nesse sentido, ressalta-se a importância do apoio familiar ao paciente durante seu tratamento. Visto que a patologia faz com que grande parte dos trabalhadores deixe o emprego, alterando suas atividades rotineiras e, muitas vezes, restringem a interação social e isso repercute de maneira negativa em sua vida (SILVA et al., 2016).
Uma problemática do país em relação ao tratamento hemodialítico é que poucos municípios possuem clínicas de diálise. Censo realizado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia em 2016 revelou que havia 747 clínicas ativas, sendo 49% dessas no Sudeste, o Nordeste conta com 18% (MARTINS, 2016). Na Bahia são cerca de 34 clínicas para atender 7.196 pacientes que são assistidos pelo SUS (AMORIM, 2019).
De modo que esse indivíduo passa grande parte do tratamento se deslocando de casa para o local da diálise, isso repercute de maneira negativa na vida deste cliente, pois o indivíduo acaba se sobrecarregando devido às situações de cansaço, ansiedade e em alguns casos raiva (MARINHO et al., 2017).
Desde o ano de 1999, com a portaria nº 55, de 24 de fevereiro, que “dispõe sobre a rotina do Tratamento Fora de Domicílio no Sistema Único de Saúde – SUS” (BRASIL, 1999) ficou estabelecido a garantia do acesso de pacientes de um município, quando esse não puder oferecê-lo, a serviços assistenciais de outro município. (SAÚDE/BA, s.d.).
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Para Oliveira (2012), o tratamento hemodialítico requer muito tempo do indivíduo para sua realização, três vezes na semana, durante o período de quatro horas por dia. É uma rotina cansativa, que junto com as limitações físicas e emocionais fazem com que o indivíduo necessite de atenção.
Durante as sessões de hemodiálise, a presença da equipe de enfermagem é de suma importância na unidade, pois o enfermeiro tem um maior contato com o paciente. Ao obter essa maior proximidade com os pacientes, a equipe pode assimilar melhor as dificuldades e as necessidades de cada indivíduo, e com isso prestando uma melhor assistência, visto que reconhecem as demandas de cada indivíduo (SANTANA et al., 2017).
Nesse contexto, os cuidados de enfermagem com os pacientes renais devem ir além do que acompanhar e realização da hemodiálise. O enfermeiro deve ter o objetivo de preservar a função cognitiva, promover a segurança do paciente, reduzir a ansiedade e incentivar a todo o momento o autocuidado, orientando o paciente e a família a importância deste (SANTOS; NAKASU, 2017).
METODOLOGIA
A pesquisa em questão é de caráter descritivo e exploratório. Descritivo, pois ela descreve a população a ser analisada, sendo uma de suas características a utilização de técnicas padronizadas para coleta de dados, como o uso de entrevistas estruturadas, questionários e/ou formulários. E exploratória, pois permite uma maior afinidade com o problema, no qual pode envolver levantamento bibliográfico e análise de exemplos que facilitam a compreensão (GIL, 2010).
Em relação a sua natureza, classifica-se como qualitativo-quantitativo. Qualitativa, pois ela examina e interpreta a complexidade do fenômeno trabalhando com uma realidade que não pode ser quantificada (OLIVEIRA, 2012). E quantitativa, pois ela retrata a quantificação dos entrevistados em dados matemáticos, que podem ser apresentados em forma de tabela e gráficos (MARCONI; LAKATOS, 2011).
O estudo foi realizado no município de Itapetinga-BA localizado na região sudoeste da Bahia, distante em 562 km da capital Salvador, possuindo 1.651,158 km² de extensão e um contingente populacional de 68.283 mil habitantes no ano de 2010, segundo dados do (IBGE,2010).
A clínica de hemodiálise em estudo denominada SARE – Serviço de Assistência ao Paciente Renal LTDA-ME, fundada no ano de 2015, tem como seu represente legal Dr. Luiz Caramuru Ramos Cairo. Conta com atendimento misto (público/privado) em dois turnos de funcionamento de segunda a sábado, com uma demanda de setenta atendimentos/dia, totalizando 1680 atendimentos mensais. A instituição atende pacientes do município em estudo e de regiões circunvizinhas pactuadas ao município. A clínica de hemodiálise conta com uma equipe multidisciplinar de médico, enfermeiro, psicólogo, nutricionista, assistente social, técnico em enfermagem.
Foram critérios de inclusão: Ter 18 anos ou mais, estar em tratamento hemodialítico a mais de seis meses, visto que com esse tempo o paciente já apresenta o impacto da doença em sua vida, ser oriundo de cidades circunvizinhas ao município, sem restrição de estado civil ou gênero e estar lúcido e orientado, e tendo como critério de exclusão: moradores da localidade.
A pesquisa foi realizada no primeiro semestre de 2019.
Foi utilizada nesta pesquisa entrevista estruturada em duas partes, objetiva e subjetiva, elaborada pela pesquisadora, composta por um questionário com perguntas objetivas na qual investigava as características sóciodemográficas e de saúde. A segunda composta por seis perguntas de caráter subjetivo, que avaliaram as dificuldades e limitações dos pacientes, a sobrecarga emocional imposta pela doença, o suporte social e financeiro e o enfrentamento do paciente com o tratamento.
Foi utilizado para analisar os dados sociodemográficos do software Microsoft Office Excel 2013, viabilizando a construção de tabelas e gráficos. Além disso, ele permite a realização de cálculos estatísticos. E após a tabulação e criação das tabelas, foi feita a análise dos dados com base em autores referenciados.
A seguir, as entrevistas foram transcritas para análise das falas utilizando a técnica de análise de conteúdo de Bardin (2006, p. 38), ou seja, “um conjunto de técnicas de análise das comunicações”.
Para seguir os trâmites éticos e legais foi encaminhado um ofício, solicitando ao Colegiado do Curso de Enfermagem da UniFtc o Termo de Anuência do Gestor – TAG. Que foi apresentado ao responsável legal da instituição de saúde denominada SARE onde se realizou a pesquisa em campo.
A coleta de dados teve início somente após a autorização do Conselho de Ética em Pesquisa (CEP) envolvendo seres humanos e permissão da instituição envolvida por meio de Termo de Consentimento e Anuência do Gestor – TAG.
O projeto foi submetido a Plataforma Brasil que é a base nacional e unificada de pesquisa envolvendo seres humanos, que acompanha a pesquisa em submissão até a aprovação final do conselho de ética e pesquisa – CEP da Faculdade Independente do Nordeste- FAINOR. Segue protocolo de aprovação: CAAE nº 12227019.8.0000.5578.
Os participantes colaboraram com a pesquisa por livre e espontânea vontade, assinaram o Termo de consentimento livre e esclarecido – TCLE, respeitando a Resolução nº 466/12, onde foram esclarecidos sobre a natureza da pesquisa, seus objetivos, métodos, direitos, riscos e potenciais benefícios.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A população estudada consistiu de um grupo de 30(trinta) pacientes que se faziam presentes no momento da coleta de dados sendo nomeados P1, P2, P3, […] P30, para resguardar suas identidades.
Os dados objetivos da pesquisa foram tabulados de forma a quantificar a população estudada nos quesitos sociodemográficos e de saúde. Enquanto a segunda parte foi composta por seis perguntas de caráter subjetivo onde as falas dos entrevistados foram gravadas, transcritas e posteriormente analisadas pelo Conteúdo de Bardin. Durante a entrevista, o paciente tinha a oportunidade de se expressar de maneira mais conveniente na qual foram adquiridas informações que respondiam os objetivos da pesquisa.
PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E DE SAÚDE
Mediante exploração dos dados obtidos, na tabela I descrevemos as variáveis dos entrevistados como: Sexo, faixa etária, ocupação, renda, situação conjugal, escolaridade, número de filhos, tempo de diagnostico, tempo de tratamento e outras doenças além da DRC.
Tabela 1 – Dados sociodemográficos e condições de saúde
Fonte: Dados da pesquisa (2019).
De acordo com o que foi apresentado na tabela 1 os pacientes participantes da pesquisa em sua grande maioria são do sexo masculino, aposentados, casados, com filhos, idade de 60 anos ou mais, apresentando renda de até 1 salário mínimo. Metade dos pacientes não são escolarizados, motivo pelo qual a entrevista foi gravada em áudio. 80% receberam o diagnóstico e realizam o tratamento hemodialítico há mais de 6 meses e 67% afirmaram ter outras comorbidades.
Segundo dados do Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia 2016 (MARTINS, 2016), 25% dos pacientes em tratamento hemodialítico na região Nordeste tem mais de 65 anos, corroborando com os dados apresentados por essa pesquisa.
Quanto ao sexo dos pesquisados um trabalho realizado por Sesso et al. (2016), em que foi efetuado um inquérito sobre a diálise no país os autores constataram que 57% dos pacientes eram do sexo masculino. Em outro estudo de revisão de literatura Marinho et al. (2017) também obtiveram maior prevalência do sexo masculino, 58%, em concordância com o resultado aqui apresentado.
Teixeira (2016) divulgaram um estudo a respeito da resistência do homem em procurar os serviços de saúde e concluíram que as políticas públicas referentes a essa clientela ainda são tímidas, o que fomenta o desinteresse dos mesmos. Em estudo semelhante, Moura, Gomes e Pereira (2017) afirmam que a maioria dos homens alegou não ter problemas de saúde e se automedicam mais vezes em relação a mulheres. Desse modo, acredita-se que a DRC pode ser o resultado de pouca procura pelo serviço médico preventivo.
67% dos sujeitos entrevistaram afirmaram ter mais alguma doença além da DRC e as enfermidades mais mencionadas foram: hipertensão, diabetes e cardiopatia, conforme expresso pelos entrevistados:
P8 “Eu tenho problema de coração, tem hipertensão e diabetes”.
P27 “Eu to com a diabetes e a pressão alta”.
P22 “Tem diabetes, no coração, e hipertensão”
Atualmente os problemas cardiovasculares são a causa mais frequente de morbimortalidade na população mundial. Os fatores de risco que mais funcionam como atores principais para essa questão são a Hipertensão Arterial Sistêmica e o Diabetes Mellitus, pois são prejudiciais para a qualidade de vida do paciente, especialmente por agravarem outras doenças crônicas, como a DRC. (LIMA; GAIA; FERREIRA, 2012; BRASIL, 2017).
ASPECTOS SOCIAIS
Quando questionados se após o início do tratamento encontraram dificuldade nas atividades do dia a dia, 26 (vinte e seis) dos entrevistados afirmaram está enfrentando dificuldades na execução desde tarefas mais simples do cotidiano, como “pegar peso”, realizar os afazeres domésticos, e trabalhar, alguns ainda relatam que tiveram que abandonar os seus trabalhos por conta da DRC. As seguintes falas dos entrevistados evidenciam tais afirmativas:
P6 “[…] Limpar a casa fazer comida não posso mais”.
P4 “[…] Porque eu dirigia hoje não to podendo dirigir mais eu transportava estudante”.
P19 “[…] Eu trabalhava de carpinteiro mexia no telhado de casa com forro essas coisas hoje não posso mais”.
Santos et al. (2018) realizaram estudo com 20 pacientes renais transplantados, que antes passaram pelo processo de hemodiálise e informaram que as atividades diárias interrompidas foram narradas por todos os entrevistados como um aspecto negativo a ser incorporado no cotidiano.
Segundo Almeida e Palmeira (2018) em sua pesquisa realizada no município de Guanambi-BA, como objetivo de avaliar a qualidade de vida (QV) de pacientes renais crônicos, constataram que a QV desses pacientes é diminuída, pois as atividades diárias e trabalho são variáveis importantes para a manutenção da qualidade de vida.
Silva et al. (2017) reiteram que os pacientes hemodialíticos viverão seu cotidiano com restrições impostas pela complexidade do tratamento e isso vai refletir na impossibilidade de realizar atividades diárias. Os autores afirmam ainda que tal condição afetará a percepção da qualidade de vida pessoal, especialmente nos mais idosos acostumados com a independência adquirida ao longo da vida.
ASPECTOS ECONÔMICOS
A terceira questão diz respeito ao questionamento se recebem algum benefício para realizar as sessões de hemodiálise fora de seu domicílio. Oitenta e seis por cento dos entrevistados conforme pode ser observado na tabela a seguir e em suas falas, que foram transcritas para análise, afirmaram receber o auxílio do TFD (Tratamento Fora de Domicílio):
Tabela 2 – Benefício financeiro (TFD)
CATEGORIAS | VARIÁVEIS | N | % |
Recebem | Sim | 20 | 86 |
Não recebem | Não | 10 | 14 |
Fonte:Dados da pesquisa (2019).
P2 “[…] Acho que recebo cento e pouco”.
P19 “Recebo o TDF”.
P29 “Tenho o TFD da prefeitura”.
Para ter direito ao TFD o paciente deve procurar atendimento médico, após anamnese, recebe um laudo atestando a indispensabilidade do tratamento. O paciente ou seu familiar dá entrada na documentação que será avaliada por uma comissão médica da Central Estadual de Regulação de Alta Complexidade (CERAC) ou pela Central Nacional de Regulação de Alta Complexidade (CNRAC), em seguida o administrativo do TDF confirma e agenda a viagem com o paciente (SAÚDE/BA, s.d.). Desse modo, percebe-se que os pacientes, a maior parte de baixa renda e com pouca escolaridade, é bem instruída quanto ao direito ao benefício.
ASPECTOS EMOCIONAIS
Uma das seis questões abordadas buscou responder o objetivo geral da pesquisa que consistia em quais foram as principais dificuldades para realizar as sessões de hemodiálise fora do seu domicílio?
Os resultados mencionados com maior frequência dizem respeito a acordar muito cedo, gerando situações de ansiedade; também ao longo percurso de suas residências até a clínica onde realizam as sessões de hemodiálise, fazendo com que a viagem se torne cansativa, desconfortável e estressante. Conforme afirmado nas falas dos pesquisados abaixo:
P1 “[…] mais acordar cedo é ruim no dia que venho pra cá nem durmo de noite direito amanheço acordada fico com aquela ansiedade”.
P6 “Dificulta é ter que acordar cedo de madrugada pra vim, enjoa armaria o carro não tem ar é uma quintura esses dias passou apertado com esse calor”.
P8 “[…] E que a estrada tá ruim demais sabe cansativa demais tem os buracos o carro ruim demais os pneus careca esses dias mesmo furou o pneu no meio da estrada”.
Mercado-Martinez et al. (2015) afirma que o transporte para os pacientes que necessitam do descolamento entre municípios é gratuito, no entanto é demorado e argumenta que especialmente nos municípios de pequeno porte a problemática é ainda maior. Raramente o paciente volta para sua residência logo após a sessão de diálise, é necessário aguardar que todos os demais sejam atendidos a fim de regressarem juntos ao final do dia, sendo esse o motivo de passarem tantas horas fora de casa.
Ao serem inquiridos a respeito se já havia procurado algum acompanhamento psicológico, 50% dos pacientes responderam que sim, que receberam atendimento no serviço oferecido pela clínica onde realizam a diálise ou buscaram em outros serviços.
Tabela 3 – Acompanhamento psicológico
CATEGORIA | VARIÁVEIS | N | % |
Procurou atendimento | Sim Não | 1515 | 5050 |
Fonte:Dados da pesquisa (2019).
Os resultado podem ser confirmados a partir de alguns trechos das falas dos entrevistados, transcritos a seguir:
P2 “passo, converso é bom porque explica a gente alguma coisa”.
P12 “passo, passo todo mês”.
P28 “passo com o dr aqui da clínica mesmo de vez enquanto”
Segundo Santos, Cardoso e Reis (2015) ao estar envolvido nessa circunstância tão adversa em que se vê preso a uma máquina, dieta alimentar restrita, medicamentos com efeitos colaterais e tantos outros procedimentos que não lhe garantem a cura, pode levar esse paciente a sofrer de doenças psicológicas, sendo a depressão uma delas.
Ainda segundo os autores acima, o tratamento psicológico visa, nesse momento, elaborar, juntamente com o paciente, os significados que o mesmo dá a doença e a vida fora da sala de hemodiálise.
Almeida e Palmeira (2018) reitera que o psicólogo torna-se um membro importante da equipe multidisciplinar ao passo que contribui para que o paciente se adapte da melhor forma ao tratamento e tenha mesmo nesse momento qualidade de vida, além disso auxiliar na reestruturação das emoções e sentimentos a fim de aliviar sintomas de ansiedade e depressão, por exemplo.
Por fim, a última ideia central foi a respeito de como o paciente enfrenta as dificuldades por ele mencionadas. Em grande parte, por meio da resiliência, da fé e religião e do apoio familiar, reveladas por algumas falas transcritas a seguir:
P30 “eu aceito vou na igreja apego com Deus”;
P17 “eu tento não ligar, eu explico quando perguntam eu respondo não levo pra minha vida a sorte ruim as críticas não absorvo não, não tenho aceitação e apoio da família e da equipe”;
P12 “eu entrego na mão de Deus ele resolve os problema tem apoio da família”.
Corroborando Silva et al. (2016) dizem que o paciente hemodialítico lança mão de estratégias de enfrentamento, adaptam-se e modificam a própria realidade para prosseguirem mesmo com a doença.
Rudnicki (2014) explica que o ideal para que as relações interpessoais é incentivar o paciente a lidar com a situação enquanto momento presente, a partir dela, sem alimentar o passado antes da doença. O mundo que se põe diante dele, a realidade da “máquina” e das implicações dela são agora seu novo modo de vida e é necessário experiênciá-la com dignidade.
ASPECTOS INTERPESSOAIS E SOCIAIS
Ao serem questionados se houve mudanças quanto às relações interpessoais e sociais foram narradas pelos pacientes que mencionaram principalmente a dificuldade de locomoção, seja em longas ou curtas distâncias. Os três dias na semana fora de casa para realizar o tratamento, o repouso necessário para se recuperar da viagem, cuidados com a saúde, e limitações impostas pela doença, os afastam do convívio social e familiar, e isso os afetam emocionalmente.
P1“notei porque as pernas dói aí não consigo andar muito assim sabe, aí nos lugar perto ainda vou mais longe não”.
P2“os amigos às vezes se afasta um pouco”.
P3 “tem mudança né, as pessoas lhe vê com outros olhos preocupação as vezes acha que você tá sempre em risco de vida a gente nota aquela preocupação das pessoas, as pessoas as vezes fala a você tem que se limitar se expõe demais não faz isso”.
Freitas et al. (2015) ao falarem a respeito das relações interpessoais elencam o fato do paciente ter reduzido o seu convívio social por não poder se descolar e por muitas vezes perderem eventos familiares, ou ainda ter seus amigos longe de si, pode contribuir negativamente para a percepção da qualidade de vida desse paciente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho em questão destinou-se a avaliar a percepção do paciente quanto às principais dificuldades relacionadas ao tratamento hemodialítico fora do seu domicílio. Conforme exposto pelas falas e nas discussões de dados percebeu-se que as maiores dificuldades enfrentadas foram de cunho social, econômico, nas relações sociais e interpessoais, mas principalmente nas relações emocionais.
Por meio das entrevistas e do contato com os pacientes foi possível perceber que o cotidiano desse tratamento é complexo e envolve questões que vão além daquilo que a equipe multiprofissional pode prever. Os pacientes demonstram aceitar a doença e o tratamento, porém não se limitam ao lugar de aquiescência, questionam, são resilientes e desejam sua melhora.
Baseada nas entrevistas analisadas pode-se afirmar que as dificuldades são especialmente relacionadas ao fato de ser necessário acordar muito cedo para deslocar- se até o município em que é realizado o tratamento. Além disso, a viagem é cansativa e acentua as dores sentidas pelos pacientes. As tarefas mais simples do cotidiano do lar quanto as mais complexas como dirigir ou trabalhar foram mencionadas como as que não conseguem mais realizar e, por isso, dependem de familiares.
Os entrevistados em sua maioria do sexo masculino, resultado que trouxe uma reflexão da importância que os serviços de saúde e seus agentes tem em realizar campanhas para incentivar esse público a buscar a prevenção e atendimento nos serviços de saúde a fim de evitar doenças como a DRC e outras patologias crônicas como a hipertensão arterial sistêmica e a diabetes, também mencionadas pelos entrevistados.
Pode-se mencionar também que os aspectos psicológicos são importante mecanismo para o enfrentamento da doença. Esses, quando bem trabalhados, auxiliam na qualidade de vida durante o tratamento. Os pacientes entrevistados demonstraram resiliência e afirmam que o atendimento psicológico contribuiu para o fato de se sentirem confiantes, mesmo quando as relações interpessoais não são vivenciadas em sua plenitude. Boa parte recebe ajuda do TFD para o transporte e sentem-se acolhidos pelo serviço.
As questões advindas das dificuldades enfrentadas pelo paciente em tratamento hemodialítico fora do seu domicílio não se esgotam e o presente trabalho tem potencial para se desdobrar em outros de igual relevância, por exemplo, se há diferença na percepção do paciente do próprio município em relação ao tratamento.
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