A PERCEPÇÃO DO ENFERMEIRO SOBRE A SAÚDE MENTAL MATERNA DURANTE A CONSULTA DE PUERICULTURA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.12573109


Amanda De Andrade Bento Vidal1
Ana Luiza da Conceição Costa2
Maria Fernanda Barros Parreira3
Paloma Vitoria Belarmino de Carvalho4
Paula Raquel Monteiro Gomes Quevedo5
Raphael de Souza Costa Romeiro6
Lorrane Rafaela de Souza Brasileiro7
Rafaela Seixas Ivo8
Divinamar Pereira9
Jussara Soares Marques Dos Anjos10
Mylena Portela Santana11
Pamela Gregorio de Araujo12
Wilkerson Madson de Souza Alves13
Sátila Adriely Moreira Cabral14


Resumo

Objetivo: relatar a experiência dos estudantes do 9° período ao realizar consultas de Enfermagem em um ambulatório de saúde de uma instituição de Ensino Superior no Distrito Federal. Relato de experiência: Durante uma consulta de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, ao se questionar sobre as principais queixas da consulta, percebeu-se que a maior parte das queixas eram relacionadas a saude mental materna, sendo assim o instrumento principal deste relato foi de colocar em prática a Política Nacional de Humanização, através da abordagem de uma escuta ativa e qualificada, possibilitando a identificação da história pregressa, de doença atual, dados básicos sobre aleitamento, eliminação, sono, condições de saúde familiares, desenvolvimento gestacional, dados de nascimento, avaliação da interação mãe e filho e por último a realização do exame físico confirmando e/ou esclarecendo a respeito das respectivas queixas. Dentre os achados, foram identificadas queixas tanto em relação ao puerpério, quanto ao desenvolvimento do recém nascido; no entanto este relato foi desenvolvido levando em consideração a saúde mental materna durante o período pós parto (em até 45 dias), assim foram levantados Diagnósticos de Enfermagem utilizando-se o NANDA 2021 – 2023 e desenvolvimento do processo de enfermagem. Considerações finais: Com base nas percepções adquiridas através desta vivência de experiência, fica claro que o profissional enfermeiro precisa estar atento e com um olhar sensível e holístico desde o período de atenção pré natal, parto e se destaca uma abordagem integrada para a atividade no período puerperal, a qual reconheça e responda às necessidades físicas, sociais e emocionais das mães, visando promover seu bem-estar e o desenvolvimento saudável dos bebês.

Palavras – chave: Consulta de enfermagem, Puerpério, Saude Mental Materna.

Introdução

Grande parte das vezes, os profissionais de saúde tratam o ciclo gravídico-puerperal de forma não integrada. É raro todo esse período receber assistência de uma mesma instituição e, em geral, os mecanismos de referência e contrarreferência são inexistentes ou ineficientes (SANTOS, 2015). O puerpério é configurado como o tempo de seis a oito semanas após o parto, didaticamente, pode ser dividido em três períodos, sendo: imediato (1º ao 10º dia), tardio (11º ao 45º dia) e remoto (a partir do 45º dia). No puerpério ocorrem modificações internas e externas, configurando-se como um período carregado de transformações psíquicas, onde a mulher continua a precisar de cuidado e proteção (ANDRADE, 2015). Silva (2021) descreve o ciclo gravídico puerperal como um período de crise para as mulheres que precisam se adaptar às mudanças biopsicossociais, características desta fase, e ainda conciliar demandas e desafios da maternidade com papéis familiares, conjugais e profissionais desempenhados socialmente. A gestação, portanto, não é um fator de proteção à saúde mental materna, ao contrário, coloca a mulher em posição de maior vulnerabilidade ao sofrimento psíquico. O autor Marcacine (2022), relaciona a preocupação excessiva e duradoura, o pensamento intrusivo e persistente de que algo ruim vai acontecer com o bebê, a frustração, culpa, inquietação, falta de concentração, tensão muscular e distúrbios do sono são sintomas relatados frequentemente pelas puérperas, que podem experimentar dificuldade na interação com o bebê, percepção de menor capacidade para desempenhar a função materna com sucesso e insatisfação parental. Durante a gravidez, parto, e após o parto nota-se um aumento do risco de alteração da saúde mental entre puérperas. A saúde mental da mulher nesse período está relacionada ao desenvolvimento materno e do recém-nascido, influenciando no estado emocional e psicológico e, portanto, influencia no sentimento e ligação da gestante com o recém-nascido, além do grande impacto na amamentação. 

No atendimento à mulher, gestante e/ou puérpera, faz se necessário a presença de profissionais de saúde com um olhar amplo, integral e humanizado, devendo estes atuar respeitando as particularidades e individualidades de maneira a fornecer informações sobre o estado geral de saúde, prevenção de agravos, bem como a identificação de sinais e/ou sintomas que caracterizam alteração do estado emocional podendo ou não comprometer a maternidade da mesma.

O atual estudo teve como finalidade relatar a experiência dos estudantes do 9° período ao realizar consultas de Enfermagem em um ambulatório de saúde de uma instituição de Ensino Superior no Distrito Federal.

Relato de experiência:

Trata – se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência referente ao atendimento dos acadêmicos durante a consulta de Enfermagem, tendo como base o Caderno de Atenção Básica n° 33 do Ministério da Saúde, que trata os aspectos do Crescimento e Desenvolvimento Infantil.

No campo de estágio do 9° período de enfermagem de um centro de ensino superior do DF, foram realizadas consultas por seis acadêmicos no consultório de enfermagem, em fase de Estágio Supervisionado I em Atenção Primária à Saúde (APS), situado em um ambulatório escola, no turno matutino, no intervalo de 16 a 30 de abril de 2024.

O estágio supervisionado I possui uma carga horária de 400h e prevê que o acadêmico de enfermagem seja capaz de estabelecer o ensino teórico – prático durante o treinamento contribuindo para a autonomia e a segurança gradual do aluno. Direcionando a metodologia de trabalho com o aperfeiçoamento dos princípios, diretrizes e fundamentos da assistência de enfermagem para resolutividade e impacto da situação de saúde das pessoas e coletividades.

O processo para as consultas de enfermagem aconteceram da seguinte maneira: primeiro os acadêmicos foram separados em duplas tendo como principal intuito aprimorar os conhecimentos técnicos e científicos relacionados à enfermagem em Saúde da Criança e da Mulher. A consulta de enfermagem foi realizada através de instrumento específico para coleta de dados e após, registrado em prontuário eletrônico – foram colhidos dados sociodemográficos, tipos de aleitamento (exclusivo, misto ou formulado), antropometria, avaliação do sinais vitais (SSVV), interação da díade, presença de eliminações fisiológicas, queixa principal e avaliação do exame físico seguindo o roteiro proposto. Ao início das consultas foi orientado sobre o sigilo das informações relatadas, neste contexto foram atendidos 3 pacientes por turno. No consultório de enfermagem eram realizados desde a entrevista para obtenção dos dados da anamnese até o exame físico – avaliação do crescimento e desenvolvimento, avaliação da amamentação, avaliação do frênulo lingual, avaliação dos dados antropométricos, cálculo de ganho de peso diário, presença de marcos de desenvolvimento infantil, avaliação dos reflexos neurológicos do bebê e avaliação estado mental da puérpera, seguido de levantamento de diagnósticos de enfermagem, prescrição da assistência de enfermagem e demais condutas.

Durante a consulta, primeiro se realizou a escuta ativa e qualificada em relação ao recém nascido conforme relato materno (que se encontra no puerpério), conforme recomenda a Política Nacional de Humanização – HUMANIZASUS, em seguida foram levantados os dados sociodemográficos e os dados básicos sobre aleitamento, eliminação, sono, condições de saúde familiares, patologias pregressas, desenvolvimento gestacional, dados de nascimento, avaliação da interação mãe e filho e por último a realização do exame físico confirmando e/ou esclarecendo a respeito das respectivas queixas. Dentre os achados, foram identificadas queixas tanto em relação ao puerpério, quanto ao desenvolvimento do recém nascido; no entanto este relato foi desenvolvido levando em consideração a saúde mental materna durante o período pós parto (em até 45 dias), entre as queixas principais a mãe relata o cansaço, a privação de sono, a ausência de rede de apoio, alta demanda dos afazeres do lar juntamente com as demandas de aleitamento do recém nascido e da filha maior com aproximadamente 5 anos de idade, uma incontrolável vontade de chorar quase todos os dias, a importância da fé como esperança de dias melhores, dificuldade em gerenciar as condições familiares e uma vontade de viajar para a cidade natal e se sentar embaixo de uma árvore sozinha sem filhos e companheiro. A expressão facial foi observada palidez, tristeza ao relatar sobre as queixas, em alguns momentos emoção a flor da pele, cabeça sempre baixa e por último uma diminuição instantânea do reflexo de ejeção de leite em um momento em que ela relatava sobre o cansaço e as dificuldades em conciliar o cuidado na presença das duas filhas, uma Recém Nascida e a outra com aproximadamente 5 anos de idade. Ainda na mesma consulta foi aplicado um instrumento para avaliação do estado de saude mental materna, a Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo (EPDS), o grupo de acadêmicos realizou a leitura e explicação sobre a forma de realização do instrumento a paciente em questão e após o preenchimento, na leitura e avaliação dos resultados, identificou – se pontuação superior a 15 pontos.

Ao fim da consulta de enfermagem, os acadêmicos fizeram evolução da consulta de acordo com o relato obtido, e buscavam o diagnóstico NANDA – I para guiar. Seguindo o NANDA – I os domínios que obtiveram maior prevalência nos diagnósticos foram: Domínio 2 – que trata da Nutrição (Ingestão e Hidratação). Domínio 7 – que trata os papéis e relacionamentos (Papéis do cuidador; Relações familiares e Relações familiares). Os principais diagnósticos de enfermagem levantados seguindo a ordem crescente por domínios foram: Disposição para amamentação melhorada e Produção insuficiente de leite materno, Risco de paternidade ou maternidade prejudicada, Tensão do papel de cuidador, Processos familiares disfuncionais, Conflito no papel de pai/mãe, Desempenho de papel ineficaz; Relacionamento ineficaz. De acordo com as situações e problemas evidenciados foram realizadas orientações como: a necessidade de descansar para que a mãe esteja emocionalmente e fisicamente bem para realizar o cuidado dos familiares, bem como manutenção da produção de leite materno, a importância da realização do autocuidado, solicitar apoio de familiares/ amizades para tarefas do lar e até mesmo cuidado com as crianças, ter uma alimentação adequada rica em frutas e verduras, exposição a luz solar em momentos recomendados das 8h às 9:30h da manhã e/ou das 16h às 17h no período da tarde para síntese de vitamina D (para fortalecimento do sistema imunológico), fazer períodos curtos de pausas de aproximadamente 30/40 minutos durante o dia para descanso físico e mental, retorno com 7 dias para acompanhar peso e estatura do RN e avaliação materna e agendar consultas com especialidades – psicologia clínica para acolhimento e demais assistências, psiquiatria para avaliação do estado mental com solicitação de relatório de contrarreferência.

A escolha do paciente para elaboração do relato de experiência ocorreu no fim do turno, após a finalização de todos os atendimentos, com o objetivo de avaliar o desenvolvimento do raciocínio clínico dos acadêmicos. Para a construção do relato houve orientações para a utilização de roteiros e ferramentas necessárias seguindo os critérios específicos para a produção do material. Os orientadores acompanharam o avanço na elaboração e auxiliaram nas dúvidas que surgiram como as necessidades de seguir as normas de formatação, modelo da revista, linguagem formal, articulação teórica e análise crítica.

Discussão:  

O nascimento de um bebê, devido à sua absoluta dependência no início da vida, exige cuidado e atenção em tempo integral, o que evidencia a importância de uma rede de apoio nesse momento. As mães salientam a necessidade de ajuda com o bebê e, principalmente, do apoio emocional da sua própria mãe/ familiares próximos para que elas também se sintam cuidadas.

Estudos da Fundação Oswaldo Cruz (2020), relatam que durante as alterações do período pós-parto, está o fenômeno conhecido como baby blues, caracterizado por uma condição que muitas mulheres encaram nos primeiros dias do puerpério. É comum as recém mães apresentarem sintomas entre o terceiro e décimo dia pós-parto, o baby blues é atribuído às alterações hormonais que ocorrem nesse período, além disso, podem enfrentar realidades sem apoio e com sobrecarga materna.

A Fundação Oswaldo Cruz refere ainda que entre os principais sintomas, as mulheres podem ter um misto de sentimentos que vão desde depressão, ansiedade, privação de sono e/ou sobrecarga emocional, resultando em episódios de choro sem causa conhecida. O blues puerperal não é a mesma coisa que depressão pós-parto, mas, se os sintomas persistirem após algumas semanas, pode ser um sinal de agravo do caso, onde é necessário ter uma atenção maior.

A saúde mental está relacionada ao estado emocional, psicológico e ao bem-estar dos indivíduos e pode, portanto, influenciar o sentimento e o funcionamento de gestantes ou puérperas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde mental como “…estado de bem-estar em que o indivíduo é consciente de suas próprias capacidades, podendo lidar com o estresse normal da vida, trabalhar de maneira produtiva e contribuir para sua comunidade’’ (BRASIL, 2021). Contudo, o bem-estar não é frequentemente avaliado, e muitas gestantes e puérperas que estão sob risco não são diagnosticadas quando em estado negativo de bem-estar, e, portanto, perde-se a oportunidade de identificar situações de ansiedade, estresse e problemas de enfrentamento.

Segundo o Caderno de Atenção Básica 32, o acolhimento da gestante na atenção básica implica a responsabilização pela integralidade do cuidado a partir da recepção da usuária com escuta qualificada e a partir do favorecimento do vínculo e da avaliação de vulnerabilidades de acordo com o seu contexto social, entre outros cuidados. O profissional deve permitir que a gestante expresse suas preocupações e suas angústias, garantindo a atenção resolutiva e a articulação com os outros serviços de saúde para a continuidade da assistência e, quando necessário, possibilitando a criação de vínculo da gestante com a equipe de saúde.

No contexto da assistência integral à saúde da mulher, a assistência pré-natal deve ser organizada para atender às reais necessidades da população de gestantes, mediante a utilização dos conhecimentos técnico-científicos existentes e dos meios e recursos disponíveis mais adequados para cada caso. As ações de saúde devem estar voltadas para a cobertura de toda a população-alvo da área de abrangência da unidade de saúde, assegurando minimamente 6 (seis) consultas de pré-natal e continuidade no atendimento, no acompanhamento e na avaliação do impacto destas ações sobre a saúde materna e perinatal.

A amamentação é uma estratégia importante na promoção do vínculo mãe-bebê e da saúde biopsicossocial de ambos, sendo a disponibilidade materna para amamentar, um fator modificável importante à medida que repercute expressivamente na motivação da puérpera desde o início até a continuidade dessa estratégia diante das dificuldades provenientes desta prática (Abuchaim, 2023). Portanto, um importante aspecto da assistência materna é o apoio para gestante valorizando a sua capacidade em adquirir, desenvolver e manter a resiliência. Apesar de ser uma realidade difícil, ser resiliente contribui para que esta mulher desenvolva habilidades e estratégias para lidar com a ansiedade e o estresse, bem como redução do sentimento de medo comum ao puerpério e contribuir para um amamentar tranquilo.

O corpo da mulher produz leite, mas a sua saída durante a sucção acontece por conta da ocitocina, hormônio que promove a contração das glândulas mamárias, os níveis elevados de estresse podem reduzir a ocitocina e, assim, dificultar o processo de amamentação. A prolactina, é o hormônio responsável por estimular a produção do leite materno, também pode sofrer interferências em decorrência da exaustão. A rede de apoio vai fazer com que a mulher passe por esse momento da amamentação de forma mais tranquila, sem estar sobrecarregada com afazeres domésticos, por exemplo. Durante a amamentação, a mulher fica mais frágil, mais vulnerável e precisa ser ouvida.

Para Andrade et al. (2015) muitas vezes, os profissionais tratam o ciclo gravídico- puerperal de forma não integrada. É raro todo esse período receber assistência de uma mesma instituição e, em geral, os mecanismos de referência e contrarreferência são inexistentes ou ineficientes. Contudo, o bem-estar não é frequentemente avaliado, e muitas gestantes e puérperas que estão sob risco não são diagnosticadas quando estão em estado negativo de bem-estar, portanto, perde-se a oportunidade de identificar situações de ansiedade, estresse e problemas de enfrentamento materno ainda na gestação. A amamentação é uma fase de aprendizados, desafios e mudanças que podem refletir na sua saúde mental da mulher, causando estresse e exaustão Essa fadiga emocional é capaz de interferir em diversos fatores, inclusive na produção de leite.

O corpo da mulher produz leite, mas a sua saída durante a sucção acontece por conta da ocitocina, hormônio que promove a contração das glândulas mamárias. Níveis elevados de estresse podem reduzir a ocitocina e assim dificultar o processo da amamentação. A prolactina, hormônio responsável por estimular a produção do leite materno, também pode sofrer interferência em decorrência da exaustão. BRASIL,2022.

De acordo com Silva (2023) o cansaço extremo, a insegurança, o isolamento dos primeiros dias, trazem dificuldades no processo de aleitamento e, principalmente as oscilações hormonais associadas às emoções trazidas pelas novas experiências da maternidade e estão entre os fatores que contribuem para o surgimento de alguns distúrbios psicológicos. Apesar de ser muito frequente, os acontecimentos por vezes são subnotificados, pois parte dos profissionais de enfermagem envolvidos no cuidado da díade, relacionam essa condição apenas a uma dificuldade da puérpera em se adaptar à chegada do bebe, e não ao transtorno mental temporário associado ao pós parto. Além das alterações hormonais, incluem-se como fatores de risco: eventos estressores, gravidez não planejada, dificuldades para amamentar e idealização de um pós- parto perfeito.

Contudo, o bem-estar não é frequentemente avaliado, e muitas gestantes e puérperas que estão sob risco não são diagnosticadas quando estão em estado negativo de bem-estar, portanto, perde-se a oportunidade de identificar situações de ansiedade, estresse e problemas de enfrentamento materno ainda na gestação.

Conclusão

Com base nas percepções adquiridas através desta vivência de experiência, fica claro que o profissional enfermeiro precisa estar atento e com um olhar sensível e holístico desde o período de atenção pré natal, parto e se destaca uma abordagem integrada para a atividade no período puerperal, a qual reconheça e responda às necessidades físicas, sociais e emocionais das mães, visando promover seu bem-estar e o desenvolvimento saudável dos bebês. É importante considerar a amamentação como componente vital para vínculo mãe-bebê ( quando não há nenhum impedimento patológico ) e influenciando na saúde de ambos. No entanto, o estresse e exaustão podem interferir nesse processo, dificultando a sucção do bebê e o suporte emocional materno. Faz-se necessário incentivar o aprimoramento de programas de prevenção voltados à saúde mental de todas as mulheres a serem desenvolvidos antes, durante e após a gravidez, e em especial, para aquelas que dispõem de uma rede de apoio frágil.

É importante considerar ainda que muitos desses aspectos, também se tornam potenciais quando comparados à realidade compartilhada por influencers do meio digital através da exposição excessiva de cotidianos puerperais distorcidos. Uma sugestão seria a implantação de uma assistência continuada à saúde através de grupos operativos em que o público seja composto de equipe multiprofissional, as gestantes e as novas mães para e compartilhamento de informações de acordo com as temáticas concernentes às Políticas Públicas de Saúde – promoção da saúde, prevenção de agravos, aleitamento, cuidados com bebês, temas relacionados à puerpério entre outros, visando o fortalecimento emocional e segurança materna.

Referências

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Dully Andrade, Raquel, et al. “REFLEXÃO | REFLEXÃO.” Nery , vol. 19, não. 1, 2015, pp. ://doi.org/ 10.5935/1414-8145.20150025.

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Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.Saúde da criança : crescimento e desenvolvimento / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2012.


1Ac de Enfermagem

2Ac de Enfermagem

3Ac de Enfermagem

4Ac de Enfermagem

5Ac de Enfermagem

6Ac de Enfermagem

7ORIENTADOR- Enfermeira Me Ciencia e Educação

8Enfermeira Me Saude da Criança

9Enfermeira, Especialista em Emergência e Urgência pela universidade Católica de Goias; especialista em Qualidade hospitalar e Segurança do paciente pela Fiocruz; mestranda. Email: divinamar.pereira@uniceplac.edu.br
https://orcid.org/0000-0002-2861-4317

10Enfermeira Mestre em Gerontologia, Especialista em Neonatologia e Pediatria

11Ac de Enfermagem

12Ac de Psicologia

13ENFERMEIRO

14Enfermeira Especialista em UTI Adulto