A PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM ACERCA DO CUIDADO AO PACIENTE COM ESTOMIA INTESTINAL ASSISTIDO NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE CAMETÁ/PA

THE PERCEPTION OF THE NURSING TEAM ABOUT THE CARE OF THE PATIENT WITH AN INTESTINAL STOMY ASSISTED IN THE BASIC HEALTH UNIT IN THE CITY OF CAMETÁ/PA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7705930


Adrielly Rodrigues Pinto de Castro1
Alessandra Moraes dos Anjos1
Ana Maria Virgolino Moraes1
Rita Leila Amaral da Cruz1
Everaldo dos Prazeres Ribeiro1
Karen Heloísa Xavier Rocha2
Derlane Gaia Barroso Nascimento3
Everton Benedito Barbosa Monteiro4
Luis Paulo da Silva Pantoja1
Maria José Chagas de Carvalho1
Josiane de Souza Almeida1
Patrícia da Silva Moia1
Simone Andrade Baia1
Rosele Lima Estumano1
Nádia Maria Machado da Costa1
Maria Alessandra Valente Oliveira5
Cristiane Pereira Leão1
Natália Maria Furtado Viana6
Luís Eduardo Siqueira Guimarães1


RESUMO

O presente estudo tem como objetivo analisar a percepção da equipe de enfermagem ao paciente com estomia intestinal atendidos em uma UBS localizada em um município localizado no norte do Brasil. Trata-se de um estudo descritivo, de natureza qualitativa, realizado no município de Cametá, no Estado do Pará, norte do Brasil, em cinco UBS que atendiam pacientes estomizados. Quanto aos critérios de inclusão foram incluídos 19 profissionais, sendo cinco enfermeiros e 14 técnicos de enfermagem de ambos os gêneros, efetivos ou contratados. Ademais, foram excluídos profissionais que estavam de férias ou afastados, recém-contratados, plantonistas ou que não compareceram nas datas da coleta de dados. Para coleta de dados foi utilizado como instrumento a entrevista semiestruturada e a análise de dados baseada em um modelo de Bardin. A partir da análise das falas, surgiram as seguintes categorias: a estomia no contexto da equipe de enfermagem e a falta de capacitação dos profissionais; a percepção da equipe de enfermagem sobre o aspecto emocional do paciente com estomia e; a visão da equipe de enfermagem voltado ao cuidado ao paciente com estomia intestinal. Entre os principais achados, destaca-se que os entrevistados relataram não se sentirem preparados para atender as necessidades dos pacientes com estomias. Nesse cenário, os profissionais de saúde relatam suas preocupações quanto ao processo prático de cuidado, já que durante a formação acadêmica e no ambiente de trabalho há carência de capacitação acerca de uma assistência qualificada e focada nas necessidades individuais dos pacientes. Em adição, destaca-se que o cuidado centrado ao paciente estomizado precisa ter um fluxo organizado e coordenado por um serviço de referência que ofereça apoio técnico-científico à equipe de enfermagem da UBS, pois se verificou que no município onde foi realizado este estudo há várias unidades que funcionam de forma inadequada, uma vez que não conseguem contemplar integralmente a assistência ao paciente colostomizado.

Palavras-Chaves: Ostomia; Cuidados de Enfermagem; Saúde Pública.

ABSTRACT

The present study aims to analyze the perception of the nursing staff to the patient with intestinal stoma treated in a UBS located in a municipality located in northern Brazil. This is a descriptive study, of a qualitative nature, carried out in the municipality of Cametá, in the state of Pará, northern Brazil, in five UBs that attended to stomach patients. As for the inclusion criteria, 19 professionals were included, five nurses and 14 nursing technicians of both genders, effective or hired. In addition, professionals who were on vacation or remote, newly hired, on duty or who did not attend the data collection dates were excluded. For data collection, it was used as an instrument to semi -structured interview and data analysis based on a Bardin model. From the analysis of the speeches, the following categories emerged: the stomy in the context of the nursing team and the lack of training of professionals; the perception of the nursing team about the emotional aspect of the patient with stomic and; The view of the nursing team aimed at care for the patient with intestinal stomats. Among the main findings, it is noteworthy that respondents reported not being prepared to meet the needs of patients with stomies. In this scenario, health professionals report their concerns about the practical process of care, since during academic education and the work environment there is a lack of training about qualified assistance and focuses on patients’ individual needs. In addition, it is noteworthy that centered patient care must have an organized and coordinated flow by a reference service that offers technical-scientific support to the UBS nursing team, as it was found that in the municipality where this study was performed there Several units that work inappropriately as they cannot fully contemplate care to the colostomized patient.

Keywords: Estomy; Nursing care; Public health.

INTRODUÇÃO

A colostomia é a construção de uma abertura para exteriorização do intestino grosso pela parede do abdome para eliminação de fezes, esse procedimento cirúrgico é indicado quando o paciente não consegue evacuar, normalmente, pelo ânus. Nesse caso, a colostomia é útil para a eliminação e o armazenamento das fezes por meio de uma bolsa específica que fica aderida à pele (BRASIL, 2018). Segundo, Aguiar et al. (2019) uma operação de colostomia é simples caracterizado pela abertura de um orifício (estoma) em qualquer parte do cólon. Entretanto, esse procedimento cirúrgico não causa apenas alterações físicas e fisiológicas, pois, fatores psicológicos e sociais dos pacientes com estomias são, extremamente, influenciados e merecem atenção da equipe de saúde (BRASIL, 2018).  

Dados epidemiológicos nacionais destacam que o quantitativo de portadores de colostomia é elevado, embora haja poucos estudos epidemiológicos sobre esta temática. Em adição, a Associação Brasileira de Ostomizados (ABRASO) estima que atualmente no país existam 33.844 pessoas estomizadas, entretanto, não é um dado totalmente confiável devido à subnotificação dos casos (NASCIMENTO et al., 2016). Além disso, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer foram registrados mais de 34 mil novos casos de câncer colorretal, sendo 16.660 homens e 17.620 mulheres (INCA, 2016). Outros dados nacionais destacam a estimativa, para cada ano do triênio de 2020-2022, de mais de 20 mil casos de câncer de cólon e de reto em homens e em mulheres, sendo que esses valores correspondem a um risco estimado superior a 19 casos novos a cada 100 mil homens e mulheres (BRASIL, 2019).

O câncer de cólon e de reto (colorretal) abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso (chamada cólon), no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e no ânus. Grande parte desses tumores inicia-se a partir de pólipos, que são lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. Apesar de uma doença grave, esse tipo de câncer é passível de tratamento e, na maioria dos casos, é curável, quando detectado precocemente e ainda não atingiu outros órgãos (INCA, 2019). Ademais, as principais causas de estomias intestinais incluem o tratamento cirúrgico de tumores colorretais, diverticulite, doenças intestinais inflamatórias, doença de Crohn, infecções perineais graves e doença de Chagas. Além do mais, podem ocorrer traumas, com perfuração do abdome em acidentes de trânsito, por arma de fogo e por arma branca, entre outros (SANTOS; CESARETTI, 2015).

Diante desse contexto, os profissionais de enfermagem são imprescindíveis para a manutenção de um cuidado holístico e humanizado focados nas particularidades de pessoas estomizadas, uma vez que esses pacientes necessitam de adaptações para a sua nova condição, além de ter que incorporar em novas rotinas diárias, costumes com a realização do autocuidado e com a manutenção de suas atividades sociais e interpessoais (CASTRO, 2020). Logo, o planejamento da assistência de enfermagem deve incluir o apoio psicológico e a educação em saúde de modo que conduza a pessoa estomizada para o autocuidado, o que conduzirá a um papel decisivo na adaptação fisiológica, psicológica e social (CASCAIS et al., 2017).

A partir desse cenário, este estudo parte da seguinte questão norteadora: Qual a percepção da equipe de enfermagem de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) sobre os cuidados necessários ao paciente com a estomia intestinal? Portanto, este estudo tem como objetivo analisar a percepção da equipe de enfermagem ao paciente com estomia intestinal atendidos em uma UBS localizada em um município localizado no norte do Brasil.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo, de natureza qualitativa, realizado no município de Cametá, no Estado do Pará, norte do Brasil, em cinco unidades básicas de saúde que atendiam pacientes estomizados. Quanto aos critérios de inclusão foram incluídos 19 profissionais, sendo cinco enfermeiros e 14 técnicos de enfermagem de ambos os gêneros, efetivos ou contratados e que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Em relação aos critérios de exclusão, não participaram dos estudos profissionais que estavam de férias ou afastados, recém-contratados, plantonistas ou que não compareceram nas datas da coleta de dados.

Depois de concedido a permissão do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), vinculado a Plataforma Brasil para a realização do estudo e da Secretaria de Saúde (SMS) de Cametá, os pesquisadores foram para campo para realizarem o roteiro de entrevista que foi dividido em duas etapas, a primeira com dados socioeconômicos que consta a idade, estado civil, escolaridade e a renda familiar. A segunda etapa foi de perguntas abertas, visando deixar a entrevista livre para discorrer sobre o questionamento a respeito da percepção da equipe de enfermagem ao paciente com estomia intestinal assistida na UBS.  

Para coleta de dados foi utilizado como instrumento a entrevista semiestruturada. Essa modalidade é a mais usada por principiantes. Já a entrevista aberta ou em profundidade, consiste numa interlocução livre, balizada pelos parâmetros do objeto de estudo (MINAYO; COSTA, 2018). A pesquisa recebeu parecer de aprovação sobre do Comitê de Ética em Pesquisa, sob o Número do Parecer: 5.501.987 e CAAE: 59257422.5.0000.5512.

Os encontros foram realizados com os enfermeiros e técnicos de enfermagem das suas respectivas unidades, durante 10 (dez) dias, onde foram destinados dois dias para cada UBS citada anteriormente, sendo que em um dia foi primeiro o encontro com os participantes para apresentar a pesquisa e logo após foi agendado um segundo encontro para ser aplicada a entrevista para coleta de dados. A reunião para aplicação das perguntas ocorreu em um ambiente privativo permitindo assim um espaço organizado, escolhido para o encontro dos participantes com os pesquisadores, sendo que este foi utilizado para o momento da realização da pesquisa, com prévia programação. Os momentos foram programados nos horários e nos dias que foram selecionados pelos participantes conforme sua disponibilidade.

Cada encontro teve duração de 30 a 60 minutos, e com a permissão dos participantes para a aplicação da entrevista a respeito dos dados de identificação dos participantes. Em seguida, foram realizadas três perguntas para cada profissional, voltadas para a percepção da equipe de enfermagem sobre os cuidados com o ostomizado na UBS. Para manter o anonimato dos sujeitos utilizamos pseudônimos dos profissionais referente ao enfermeiro e o técnico de enfermagem (ENF 01, ENF 02, ENF 03…; TE 01, TE 02, TE 03…) as entrevistas foram gravadas em aparelhos celulares e em seguida foram transcritas e analisadas para melhor aproveitamento e respeito à fidedignidade das respostas, depois os áudios foram arquivados em um computador para a consulta somente dos pesquisadores. A sala para a realização dos encontros com os participantes foi organizada, buscando transformar o ambiente de forma acolhedora, facilitando a aproximação dos entrevistados, a fim de eles ficassem à vontade para responder as perguntas que foram aplicadas.

A análise de dados baseada em um modelo de Bardin (2011), no qual refere à análise de conteúdo sendo composta por três etapas, que foram abordadas abaixo sobre os seguintes tipos de pesquisa: Pré-análise, exploração do material e o tratamento dos resultados. Ademais, o estudo cumpriu todos os aspectos éticos de pesquisa desenvolvidos com seres humanos, estabelecidos pela Comissão Nacional de Pesquisa – CONEP, contidos na resolução 466/12-CNS/MS.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

No primeiro momento da pesquisa qualitativa, foi utilizado um questionário, relativo aos aspectos socioeconômicos dos entrevistados. No segundo momento, foram aplicadas as entrevistas, realizadas nas dependências do departamento, com dias e horários escolhidos pela equipe de Enfermagem, de acordo com suas disponibilidades. Os resultados foram organizados de acordo com os achados obtidos, que são explanados em quadros, como demonstrado a seguir.

Quadro 1 – Dados socioeconômicos da equipe multiprofissional atuante no da Unidade Básica de Saúde/SMS, ano 2022.

Fonte: Dados resultantes da pesquisa (2022).

Foram entrevistados 19 profissionais que atuam na regulação, sendo 17 do sexo feminino (89,47%) e 2 do sexo masculino, que equivale a 10,52%. Em relação à idade, 36,84% (n=7) pertencem à faixa etária de 20 a 30 anos, e 63,15% (n= 12) de 31 a 55 anos. Ao ser observado o tempo de estudo, 100% (n=19) dos participantes estudaram mais de 15 anos. Verificou-se uma diferença significativa quanto à renda, de modo que 36,84% (n=7) recebem uma renda mensal equivalente a mais de 2 salários-mínimos e a menos de 3 salários, e 63,15% (n=12) tem uma renda mensal de mais de 1 salário-mínimo e menos de 2 salários. 

Já no que se analisa o tempo de serviço prestado, 15,78% (n=3) trabalha menos que 1 ano e 73,68 (n=14) trabalha de 1 ano a 2 anos, e 10,53% (n=2) trabalha mais de 6 anos. Em relação a forma de ingresso, 10,53% (n=2) dos funcionários são efetivos e 89,46% (n=17), são temporários. Quanto à função desempenhada, contatou-se que 36,84% (n=7) são enfermeiros e 63,35% (n=12) são técnicos de enfermagem.

As entrevistas foram realizadas da seguinte forma: os pesquisadores chamavam os participantes um a um para que o questionário pudesse ser aplicado e o entrevistado tivesse privacidade para responder às perguntas relacionadas à assistência da equipe de enfermagem exercida nas UBS, voltado para o paciente portador de ostomia intestinal. Apesar da pesquisa ter sido orientada aos entrevistados quanto às suas expectativas e objetivos, podemos observar a resistência por parte dos entrevistados, com medo de possíveis represálias.

Para manter o anonimato dos entrevistados foram utilizados pseudônimos, como: ENF. 01, TE. 01, e assim consequentemente, utilizando-se indicadores em forma de unidade de registro. A partir da análise das falas, surgiram as seguintes categorias: a estomia no contexto da equipe de enfermagem e a falta de capacitação dos profissionais; a percepção da equipe de enfermagem sobre o aspecto emocional do paciente com estomia e; a visão da equipe de enfermagem voltado ao cuidado ao paciente com estomia intestinal.

A estomia no contexto da equipe de enfermagem e a falta de capacitação dos profissionais

 Nesta categoria são identificados o conhecimento dos profissionais de enfermagem acerca da estomia e suas vertentes. Todavia, os entrevistados destacam a carência de aulas práticas ou de cursos de capacitação durante sua formação, assim como as instituições de trabalhos desses profissionais não disponibilizam curso de capacitação. 

“Na prática não, só mesmo na teoria, entendeu? Na faculdade, o que eu vi foi bem breve também, questão do paciente pode estar com câncer ou teve algum problema no intestino delgado, ou no grosso […] Eu só vi mesmo o básico, eu tive contato, troquei a bolsa só no meu estágio […] Com certeza quem é preparado é a equipe do programa melhor em casa, porque já eles têm treinamento, no meu caso é necessário ter uma especialização, ou seja, não me acho preparado por falta de conhecimento” (ENF 01). 

“É um procedimento que faz a parte cirúrgica do paciente, o tema de vocês é específico para uma área? É isso que faz a cirurgia para adquirir a bolsa. Não participei de nenhum treinamento ou capacitação sobre o assunto” (ENF 04). 

Diante da necessidade de se compreender melhor sobre a temática, Aguiar et al. (2019) destaca que a estomia intestinal é uma operação de colostomia é simples e envolve fazer um orifício (estoma) em qualquer parte do cólon. Entretanto, esse procedimento cirúrgico não envolve somente a questão física e fisiológica, mas afeta diretamente o estado psicológico e social dos pacientes com estomia intestinal (BRASIL, 2018). Vale frisar que os enfermeiros participantes da pesquisa relataram que cuidar de pacientes com estomia intestinal não é uma tarefa fácil, já que requer cuidado a partir de conhecimento especializado e de treinamento.  

“Estomaterapia é o cuidado, cuidado das pessoas, dos pacientes que tiveram algum problema que ocorreu a remoção do intestino e eles estão precisando do uso da bolsa. […] Nunca participei de nenhum treinamento, não é fácil cuidar desses pacientes sem conhecimento” (ENF 05). 

Sabe-se que a assistência voltada ao cuidado ao paciente portador de colostomia, necessita de conhecimento teórico e prático da equipe de enfermagem. Durante a entrevista realizada com os enfermeiros, detectou-se que os participantes apresentam, em sua grande maioria, dificuldade em prestar a assistência ao estomizado, pelo fato de exigir conhecimentos específicos, como por exemplo, os cuidados necessários para troca do dispositivo, como agir diante de uma intercorrência, ou como realizar as técnicas corretas de assepsia na troca da bolsa entre outros pontos apresentados.  

Contudo, a formação do enfermeiro contempla aspectos relacionados aos cuidados com portadores de estomias, mas é consenso entre vários autores de que há uma lacuna no conhecimento teórico e prático do enfermeiro acerca do cuidado com estomias (MORAES, et al., 2012; POGGETO, 2012). Tal fato demanda maior organização nos processos de ensino da graduação e, mesmo da educação permanente nos serviços de saúde, a fim de aprimorar a assistência de enfermagem ao estomizado, como aponta a fala a seguir:  

“Não tenho conhecimento, a gente é formado na academia e não vi nada, então, eu já tive contato com pacientes com bolsa de colostomia, e ileostomia […], mas isso foi na graduação. Além disso, a capacitação extracurricular não teve também! A experiência que tive durante a academia foi bem pouca” (ENF 06). 

Para Vilar, Andrade, Alves (2013), ao conduzir o processo de cuidado e diminuir as preocupações da família e do portador de estoma, é importante que o enfermeiro tenha capacidade e habilidade com bagagem científica. Isto se justifica, pois nos tempos atuais, tem-se uma variedade de equipamentos e materiais diferenciados, muitos deles com alta tecnologia. De forma geral, são muitos os desafios do enfermeiro para conseguir prestar uma assistência digna ao paciente com estomia intestinal na UBS, uma vez que são inúmeras as dificuldades envolvidas nesse processo referente à qualidade da assistência visando o cuidado integral, a aceitação e a recuperação emocional do paciente submetido a esse procedimento, devido aos fatores envolvidos como a falta de capacitação do profissional não treinado para assistir o paciente de acordo com as suas necessidades. 

“Em relação a ter participado de alguma capacitação ou treinamento, não tive curso nenhum, mas assim, em área hospitalar a gente sempre encontra paciente com estomia, e aqui na unidade eu tive um paciente só que já vi com a bolsa de colostomia. Como a gente não tem sala de procedimento, não tem a estrutura física adequada na unidade básica, eu não realizei o procedimento e não tenho preparo, então o paciente pediu uma visita em domicílio. […]” (ENF 02). 

Segundo Ardigo e Amante (2013), para um cuidado eficaz o profissional precisa de conhecimento científico e capacidade prática, pois o despreparo para o atendimento dos estomizados pode trazer sentimentos de temor, insegurança e rejeição à condição de estomizado. Nesse sentido, no tocante aos conhecimentos teóricos relacionados ao cuidado de enfermagem ao ostomizado, pode-se observar que, alguns enfermeiros participantes da pesquisa manifestaram dúvidas quanto à definição dos termos técnicos específicos relacionados à estomia intestinal. 

Um ponto bastante discutido que se concluiu, foi à falta de capacitação em serviço, que é uma dificuldade frequente encontrada por enfermeiros da Atenção Primária em vários estudos. Moraes et al. (2012) refere que é necessária capacitação e treinamentos relacionados ao tema a esses profissionais, todavia, há falta de investimento dos municípios voltada para a capacitação dos enfermeiros. Dessa forma conclui-se, que além da grande dificuldade apresentada pelos enfermeiros, também se observou no relato de alguns técnicos de enfermagem, que discorrem sobre o mesmo problema de assistir o paciente estomizado na UBS, por falta de suporte com materiais e capacitação na unidade para os profissionais da equipe de enfermagem da rede pública do município de Cametá/PA. 

“Acho que falta material, que tinha que ter na UBS para utilizar na bolsa de colostomia, para fazer o curativo. “Falta investimento no conhecimento para os profissionais da unidade” (TE 10) 

“Em relação a dificuldade não tem os suportes, os materiais que não têm para fazer os curativos, fazemos apenas curativos simples, pós-operatório” (TE 11). 

Assim, percebe-se que a ausência de capacitação por parte das instituições é um fator limitador que interfere na assistência de enfermagem ao estomizado, pois o profissional pouco detém do conhecimento sobre o assunto. A sensação de insegurança, por sua vez, pode acabar gerando sentimento de impotência nesses profissionais, com consequente ideia de incompletude da assistência prestada (SANTOS; CORREA; SILVA, 2017).  

Do mesmo modo, no presente estudo pode-se perceber que todos os participantes referiram sentir necessidade de capacitação, tanto teórica como prática. E ainda que, a falta de prática com esse tipo de cuidado é um fator dificultador para a assistência de enfermagem. Os enfermeiros e técnicos entendem como um cuidado importante ao estomizar o apoio psicológico, olhar, cuidar do emocional do paciente. O profissional considera relevante um cuidado de enfermagem para além do cuidado físico, ou seja, destaca os aspectos de ordem psicossocial junto à habilidade técnica. As falas a seguir revelam que os enfermeiros percebem a necessidade de prestarem apoio psicológico relacionado à aceitação da nova situação vivenciada pelo paciente.  

“Acho que tem que orientar a família a respeito da questão psicológica do paciente, pela aceitação que é difícil, principalmente no início quando descobre que vai ter que colocar a bolsa” (ENF 07). 

Nessa perspectiva, Poggeto et al. (2012) estudando o conhecimento do profissional enfermeiro sobre colostomia na Atenção Primária, colocam que o apoio psicológico é o aspecto do cuidado mais enfatizado pelos enfermeiros. No presente estudo também é possível perceber que os enfermeiros se preocupam com o bem-estar psíquico dos pacientes e sua readaptação ao ambiente familiar e social.  

Já em relação às atividades que os profissionais de enfermagem desenvolvem na sua prática, a maioria tanto enfermeiros como técnicos de enfermagem relataram que não executam na UBS nem um tipo de assistência aos cuidados ao estomizado, devido tudo o que já foi citado anteriormente como a falta de recursos materiais necessários, falta de capacitações qualificadas para equipe de enfermagem para atender com segurança e conhecimento técnico e específico os pacientes estomizados e pelo fato de não terem a demanda dos pacientes, sendo que os mesmos procuram a UBS, e quando aparecem com alguma intercorrência são logo encaminhados para o Programa Melhor em casa que assiste os pacientes no domicílio, e também são encaminhados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e hospitais da cidade, como podemos ver nos relatos a seguir: 

“Não desenvolve nenhuma atividade e assistência aqui no meu trabalho, porque ele não vem os pacientes no posto, eles vão direto pra UPA e os hospitais” (TE 11) “Não realizo aqui na UBS esse trabalho porque não temos o suporte, mandamos esses pacientes para UPA que é a primeira porta de entrada para atender esses pacientes, o Chiquinho Nabiça que são treinados e o melhor em casa que atende eles na casa” (TE 12). 

A percepção da equipe de enfermagem sobre o aspecto emocional do paciente com estomia

 Os enfermeiros e técnicos entendem como um cuidado importante ao estomizar o apoio psicológico, olhar, cuidar do emocional do paciente. O profissional considera relevante um cuidado de enfermagem para além do cuidado físico, ou seja, destaca os aspectos de ordem psicossocial junto à habilidade técnica. As falas a seguir revelam que os enfermeiros percebem a necessidade de prestarem apoio psicológico relacionado à aceitação da nova situação vivenciada pelo paciente. O cuidado de enfermagem para a pessoa estomizada é delicado. Em geral, os pacientes não estão preparados para serem estomizados, pois quando recebem a notícia da necessidade do estoma entram em um processo de luta para aceitarem a situação. 

“Acho que tem que orientar a família a respeito da questão psicológica do paciente, pela aceitação que é difícil, principalmente no início quando descobre que vai ter que colocar a bolsa” (ENF 07). 

Nessa perspectiva, Poggeto et al. (2012) estudando o conhecimento do profissional enfermeiro sobre colostomia na Atenção Primária, colocam que o apoio psicológico é o aspecto do cuidado mais enfatizado pelos enfermeiros. No presente estudo também é possível perceber que os enfermeiros se preocupam com o bem-estar psíquico dos pacientes e sua readaptação ao ambiente familiar e social. Vale citar que o abalo psicológico gerado pela nova condição clínica ao paciente pode provocar um isolamento de forma que o paciente precise de um tratamento psicológico, tanto ele quanto seus familiares. 

“Porque, são uns cuidados que requerem a gente ir até a casa, eles ficam um pouco assim, tipo tem toda a questão do preconceito, de sair, a gente tem que trabalhar muito a questão do psicológico né, as vezes nós da equipe de enfermagem claro que tem que ter a questão da equipe multiprofissional, mas agente atua muito nessa questão das orientações, orientar a família, orientar o paciente, para tentar aceitar aquela condição, que é uma condição, principalmente pra sociedade é meio que anormal fazer as necessidades fora do fisiológico” (ENF 03) 

O enfermeiro é um profissional capacitado, responsável pelo processo de adaptação e se responsabilizando por ele, devendo estar preparado para auxiliar o estomizado a resolver seus problemas, não só física, mas também emocional, social e espiritualmente, entre outros (MOTA et al., 2015). Ademais, o aconselhamento de enfermagem pode melhorar a compreensão e aceitação das novas condições de vida do estomizado e de seus familiares, minimizando o impacto negativo que essa nova situação pode trazer para si e para sua família. Essas consultas são amparadas por teorias que embasam a prática profissional do enfermeiro, pois as pessoas que são estomizados não são consideradas pacientes, mas sim deficientes, e devem estar preparadas para chegar o mais perto possível da vida normal e retomar suas vidas (SOUZA et al., 2020). 

No que se refere ao sentimento, as questões emocionais que estão envolvidas, ver como esse paciente está tendo o enfrentamento da necessidade de uma ostomia para as eliminações. Como se pode ver a seguir o relato de uma técnica de enfermagem falando da importância de cuidar do emocional do paciente. 

“Eu acho importante entender, entender os sentimentos do paciente, entender como ele está enfrentando, entender o contexto familiar em que ele vive […] quem são as pessoas que vão dar apoio para o paciente, quem vai dar auxílio quando estiver precisando de apoio, eu tenho que cuidar também do psicológico dele” (TE 07) 

No que diz respeito às repercussões psicossociais, é sabido que as estomias trazem situações especiais para a qualidade de vida dos indivíduos, podendo comprometer a autoestima e levar a situações de isolamento do convívio social e laboral. Em adição, ao considerarmos, ainda, que alguns pacientes podem apresentar problemas sociais e psicológicos advindos do procedimento cirúrgico, na qual este se sente invadido e agredido, com prejuízo real ou não, ligados ao preconceito relacionado ao paciente, onde esse se ver diferente de outras pessoas e acabam por se isolar, rompendo relações com amigos e familiares (SILVA; CASTRO; GARCIA, 2016).  

É necessário que os pacientes obtenham orientações especiais dos profissionais de saúde (como os enfermeiros), sendo fundamental para suprir as necessidades e adaptação dos pacientes, pois a perda da função intestinal relacionada à abertura permanente do abdômen é uma situação que desencadeia diversas mudanças na vida do paciente e pode levar a conflitos nas relações interpessoais (NIEVES et al., 2017). 

A visão da equipe de enfermagem voltado ao cuidado ao paciente com estomia intestinal

Na perspectiva do enfermeiro sobre seus cuidados com estomia intestinal, muitos reconhecem a sua importância, mas informam sobre o despreparo profissional, falta de capacitação e até mesmo dificuldade em reconhecer os cuidados como competência profissional do enfermeiro e não só do estomaterapeuta (ROSADO et al., 2020). Assim, pode-se observar que realmente os entraves são muitos, quando se ouve as queixas dos profissionais em relação ao despreparo na sua prática. 

“Olha, primeiramente, eu acho que um treinamento é muito importante porquê, porque olha minha especialidade aqui é sala de vacina, porque eu já sei eu consigo lidar, conheço cada criança, avaliar entendeu então cada situação é uma situação. Para gente seria muito bom muito viável sim porque o treinamento, a gente ia passar por essa capacitação tanto em nós esse conhecimento seria bom, nos ajudaria e da mesma forma a gente ia também ia ajudar o paciente porque, a gente sabe da necessidade de um paciente que vem lá da ilha lá da estrada com esses problemas e chega aqui a gente não tem como porque além de não caber a gente, a gente também não consegue entrar no conhecimento. Então como a gente lida com vidas, o que a gente faz, a gente encaminha, porque a gente jamais vai colocar a vida de um paciente numa coisa que a gente não sabe entendeu, a gente já ouviu falar, mas a gente não tem conhecimento” (TE 02). 

Diante dessa visão, percebe-se que as barreiras são frequentes, para que a equipe profissional venha assistir o colostomizado como deveriam, não só pela falta de habilidade, mas também, por que a UBS não desempenha essa rotina como procedimento específico pelo fato de os pacientes serem acompanhados pelo Programa Melhor em Casa.  

O que não deveria acontecer, pois sabe-se que o paciente é inserido na rede de saúde para ser atendido inicialmente pela Atenção Primária, sendo um direito do usuário ser assistido pela UBS que deve lhe dá cobertura nos diversos tipos de atendimentos, como também nos casos de qualquer outra patologia que houver necessidade de cuidados que sejam voltados para esse nível de assistência, uma vez que é papel da enfermagem prestar esse tipo de cuidado ao usuário no nível primário de atenção. Afinal, tratando-se de estomias, a Portaria nº 400 de 16 de novembro de 2009, define no Art. 2º que a atenção à saúde das pessoas com estoma seja composta por ações desenvolvidas na atenção básica e em serviços de assistência ao estomizado. A portaria define, em parágrafo único, que as ações de orientação para o autocuidado e prevenção de complicações nas estomias serão realizadas na atenção básica (BRASIL, 2009). 

Nesses casos, é o enfermeiro da atenção básica, da ESF, quem presta a assistência, na maioria das vezes na UBS ou, quando existe a limitação física para o deslocamento do usuário, por meio do cuidado na visita domiciliar. Para a enfermagem, a educação em saúde é indispensável e de grande importância no processo do cuidado e esta resulta em uma assistência de qualidade, pois o enfermeiro, além de cuidador, é um educador, não apenas em relação aos demais membros da equipe de enfermagem, mas ao paciente e aos seus familiares (ROSADO et al., 2020).  

Durante as entrevistas foram relatadas algumas preocupações dos profissionais em relação ao cuidado devido com o paciente colostomizado, quando se referem especificamente com os curativos que devem serem feitos na ostomia, uma vez que a prestação de assistência deve ser de qualidade em todos os sentidos, e para que isso ocorra exige-se do profissional de saúde, principalmente de enfermagem, uma reflexão sobre os aspectos de educador e orientador que vem acompanhar o paciente desde o início da sua adaptação a sua nova vida de estomizado ensinando como utilizar o dispositivo de maneira correta, cuidados com assepsia na bolsa, trocas de curativo, até o aspecto de reabilitação, aceitação e recuperação emocional, com conhecimento de suas necessidades que, além de serem diversas, mudam constantemente.  

Contudo, observa-se a necessidade de se conhecer melhor sobre as possíveis intercorrências que possam vir a ocorrer. Os estomas podem apresentar complicações imediatas, precoces ou tardias. As complicações imediatas ocorrem logo no pós-operatório que são: sangramentos ou hemorragia, isquemia, necrose e edema. Dentre as complicações precoces que podem ocorrer nos primeiros dias de pós-operatório estão: afundamento ou retração, descolamento muco cutâneo, evisceração periestoma, fístula periestoma. Já as complicações tardias podem ocorrer meses após a construção e incluem: retração, estenose, prolapso, hérnia paraestomal, e as complicações da pele periestoma (SANTOS; CESARETTI, 2015). Em adição, como se pode ver no relato do enfermeiro a seguir sobre as complicações que surgem nas estomias: 

“Pode haver necrose, edema, questão de fungos e bactérias, e varizes pode também chegar a ter feridas até grau quatro se não cuidar vira as úlceras. Sim tem várias também, mas eu não lembro muito os nomes. (ENF 01)” 

Através da fala da entrevistada percebeu-se preocupações relacionadas a possíveis complicações as quais podem prejudicar o tratamento e a recuperação do estomizado e prolongar por mais tempo o processo terapêutico. 

“Olha eu acredito que  o curativo de assepsia tira a bolsa faz a assepsia, tem que tomar muito cuidado com aquele prolapso com aquele intestino que está pra fora, a gente sempre tem que fazer, é uma mucosa, é intestino mas a gente precisa ter porque são dejetos, é tudo aquilo que não presta, mas exatamente por isso, precisamos ter cuidado ali é uma porta de entrada, assim a gente imagina aquele paciente está com uma estomia, uma ileostomia, colostomia, ele tem uma condição vulnerável entendeu, é um paciente geralmente com CA[…] então a gente sabe que ele tem uma condição vulnerável ali né de saúde, não tem integridade na pele, então a gente precisa sempre orientá-lo, assepsia cuidado então esses curativo ele não vai promover a integridade da pele né, por exemplo a gente não vai usar estimulante de colágeno, a gente não vai usar ali pra estimular a integridade da pele não[…] a gente vai realizar a assepsia daquela pele que foi rompida e que tem uma função pra isso não é uma laceração basicamente seria um curativo antisséptico” (ENF 06).  

Vale dar ênfase, que o cuidado integral e humanizado da equipe de enfermagem para o paciente estomizado é de fundamental importância na assistência, para que seja alcançado em todas as suas necessidades biopsicossociais, através de uma atenção diferenciada a este paciente, com olhar cuidadoso aos seus sentimentos, emoções, dúvidas e sofrimento que interferem no seu processo de reabilitação.

CONCLUSÃO

O presente estudo teve como finalidade conhecer a percepção da equipe de enfermagem acerca da assistência do cuidado ao paciente com ostomia intestinal assistido na Unidade Básica de Saúde. Diante disso, conclui-se que os enfermeiros e técnicos de enfermagem da Atenção Primária que foram entrevistados, relatam esse tipo de assistência especial como sendo um cuidado difícil, uma vez que necessita de conhecimentos específicos para ser executado.  

Outra questão que dificulta o cuidado a essa clientela está relacionado à situação de ser uma assistência de cuidado que não faz parte da rotina da UBS, devido à  presença de algumas impossibilidades presentes, como à falta de estrutura física das unidades em estudo, assim como a falta de recursos materiais, assim como a falta de capacitação e treinamentos que não são oferecidos para os profissionais, o que faz com que eles não tenham habilidades e técnicas necessárias para realizar os procedimentos específicos voltado para os cuidados com o portador de colostomia.  

Apesar da resistência dos profissionais da equipe de enfermagem em colaborar com a pesquisa, mesmo depois de orientados da sua confiabilidade, o estudo contribui no sentido de servir como meio sinalizador de como atuam os profissionais em nosso município. Um outro entrave que foi relatado pelos profissionais, está relacionado ao fato dos pacientes estomizados serem acompanhados em domicílio pelo programa do Governo Federal Melhor em Casa, o que faz com estes muitas vezes nem procuram a UBS para serem assistidos, e mesmo quando chegam até a unidade com alguma intercorrência logo são encaminhados, não apenas para o programa, mas também à UPA e para os hospitais da cidade. 

Contudo, vale mencionar que o cuidado do estomizado precisa ter um fluxo organizado e coordenado por um serviço de referência que ofereça apoio técnico-científico à equipe de enfermagem da UBS, pois se verificou que no município onde foi realizado este estudo possui várias unidades que funcionam de forma inadequada, sendo que não conseguem contemplar integralmente a assistência ao paciente colostomizado. 

Espera-se que a pesquisa contribua na formação dos profissionais de enfermagem atuantes no serviço no sentido de buscar atualizações referentes aos assuntos trabalhados, pressupondo que a partir disto haja uma melhoria significativa das pessoas com ostomia fazendo se entender a importância da educação em saúde a esses profissionais. Diante de tudo o que foi exposto vale dizer, que a equipe de enfermagem é o elo entre os conhecimentos e informações e as práticas desses cuidados, que devem ser ensinados desde o momento do conhecimento da somatização, por evidenciar melhoria significativa nos cuidados dentro da atenção Básica.

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1Bacharelado em Enfermagem, Universidade Paulista (UNIP). Cametá, Pará, Brasil.
2Bacharel em Enfermagem, Universidade do Estado do Pará (UEPA). Especialista em Ciências Biológicas Aplicadas a Saúde, Instituto Federal do Pará (IFPA). Cametá, Pará, Brasil.
3Bacharelado em Enfermagem, Universidade Federal do Amapá. Mestrado em Ciências da Saúde, Universidade Federal do Amapá. Cametá, Pará, Brasil.
4Bacharel em Enfermagem, Universidade da Amazônia (UNAMA). Mestrado em Epidemiologia e Vigilância em Saúde, Instituto Evandro Chagas. Cametá, Pará, Brasil.
5Enfermeira, Escola Superior da Amazônia (ESAMAZ). Especialização em MBA em gestão e controle de infecção, Faculdade Centro de Estudos Avancados e Tecnologia. – FACEAT. Brasil.
6Enfermeira, Universidade Paulista (UNIP). Pedagoga, Universidade Federal do Pará (UFPA). Assistente Social, UNIASSELVI. Cametá, Pará, Brasil.