THE PARTICIPATION OF THE STATE OF TOCANTINS IN THE SCHOOL PARALYMPICS FROM 2013 A 2019
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202412191427
Alessandra Melo Araújo Gomes1
Andrea Lucena Reis2
Resumo
Introdução: Este estudo investiga a participação do estado de Tocantins nas Paralimpíadas Escolares entre 2013 e 2019, analisando modalidades, número de atletas e conquistas. A análise documental dos boletins do CPB revela um crescimento contínuo na participação e conquistas do estado no período. Objetivo: Investigar a participação do estado do Tocantins nas Paralimpíadas Escolares no período de 2013 a 2019. Materiais e Método: A pesquisa é caracterizada como documental, para isso foi analisado documentos oficiais tais como: os boletins das Paralimpíadas Escolares, publicadas no site do Comitê Paralímpico Brasileiro, e os documentos oficiais do Tocantins, o Regulamento dos Jogos Estudantis do Estado do Tocantins – Parajets, e a Instrução Normativa nº06, de 17 de fevereiro de 2023 e os dados foram analisados de forma quali-quantitativa. Resultados: A primeira edição das Paralimpíadas Escolares realizada em 2009, somente partir de 2013 que foi registrada participação do estado do Tocantins nas Paraolimpíadas Escolares, além disso, participou em quatro modalidades sendo: Atletismo, Natação, Bocha e Tênis de Mesa, a modalidade Atletismo registou o maior número de participações nesse período. Conclusão: A participação do estado do Tocantins nas Paralimpíadas Escolares durante o período estudado se mostra em ascensão, analisando a partir da quantidade de alunos inscritos e quantidade de medalhas conquistadas durante esse período, observa-se que houve um crescimento significativo, acredita-se que a participação crescente de estudantes paratletas nas Paralimpíadas Escolares pode ter aumentado a visibilidade das competições paradesportivas no estado do Tocantins, resultando em um crescimento na procura por modalidades paradesportivas no estado. Além disso, a participação das escolas nesse período no Programa Esporte na Escola pode ter auxiliado no desenvolvimento de alunos paratletas que disputam as Paralimpíadas Escolares.
Palavras-chave: Paradesporto. Pessoa com Deficiência. Paralimpíadas Escolares
1 INTRODUÇÃO
As Paralimpíadas Escolares é um evento realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro desde 2009, podem participar estudantes de escolas públicas e privadas, com idades entre 12 a 17 anos, podem participar alunos/paratletas como Deficiência Física (DF), Deficiência Intelectual (DI), Deficiência Visual (DV), seguindo os mesmos critérios de elegibilidade das deficiências estabelecidos pelo Comitê Paralímpico Internacional – IPC e Comitê Paralímpico Brasileiro- CPB.
No cenário esportivo para estudantes com deficiência no Brasil, as Paralimpíadas Escolares é o evento mais importante, pois promove a inclusão social, estimulando o desenvolvimento físico, emocional e social dos estudantes, além disso, o jogos servem para revelar talentos no esporte paralímpico nacional.
Objetivo deste estudo é investigar a participação do estado do Tocantins nas Paralimpíadas Escolares no período de 2013 a 2019. Além disso, pretende-se também identificar em quais modalidade tiveram a participação de paratletas do estado do Tocantins; identificar o número de paratletas inscritos no período de 2013 a 2019; analisar o quadro de medalhas conquistadas no período de 2013 a 2019; identificar a classificação geral e por modalidade no período de 2013 a 2019.
Portanto, fazemos o seguinte questionamento: Como foi a participação do estado do Tocantins nas Paralimpíadas Escolares no período de 2013 a 2019? Para responder esse questionamento, recorrer ao boletim das competições das Paralimpíadas Escolares disponíveis do site do Comitê Paralímpico Brasileiro, no recorde temporal estudado.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA
1 Aspectos históricos do Paradesporto
Paradesporto é qualquer modalidade praticada por uma pessoa com deficiência, podendo ser praticado em qualquer local, também permitem adaptações contribuindo com o processo de inclusão. Já o Esportes Paralímpicos, são aqueles esportes que fazem parte do cronograma de modalidades credenciadas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro e são realizadas em ginásios, estádios, piscinas, ruas, pistas, entre outros, dependendo do tipo de modalidade. (CPB, 2022).
Podem praticar o Paradesporto qualquer pessoa com deficiência, independentemente do tipo de deficiência ou grau de comprometimento. Já os Esportes Paralímpicos são necessários que o atleta passe por uma classificação funcional. De acordo com o Comitê Paralímpico Brasileiro (2022), a classificação do esporte paralímpico que consiste em nivelamento e classificação de acordo com o nível de deficiência é exigida antes da participação em competições nacionais e internacionais, e somente algumas competições municipais e regionais. Cada tipo de esporte tem uma classificação específica. Atletas com deficiência visual são oftalmológicas, atletas com deficiência física são funcionais e atletas com deficiência intelectual são psicológicas.
O Paradesporto surgiu na década de 40 após a segunda guerra mundial, objetivando inicialmente a reabilitação terapêutica de lesões medulares e amputações em veteranos de guerra através do esporte adaptado. (Araújo, 1996).
Naquele período pós-guerra a reabilitação dos soldados feridos foi prioridade dos governos dos países envolvidos na segunda guerra mundial, com o intuito de minimizar os danos caudados pela guerra, a fim de responder a sociedade mostrando que estavam fazendo algo para melhorar a expectativa e qualidade de vida dos veteranos. (Araújo, 1996).
Em 1944 o governo britânico convidou para estabelecer o centro de reabilitação o médico Dr. Ludwing Gutmann, que foi responsável por criar um programa para tratar soldados com lesões medulares e amputações. Nos primórdios de 1945 surgiu no Hospital de Stoke Mandeville o primeiro programa de esporte em cadeira de rodas, com o intuito de exercitar troncos, membros superiores, além de aliviar o tédio praticando esportes como forma terapêutica, teriam ainda outros benefícios tais como prevenir e superar complicações e doença secundárias em função da deficiência, melhor a expectativa de vida prevenindo a morte prematura, aprender a lidar com estereótipos sociais. (Araújo, 1996; Mauerberg-De Castro; Campbell e Tavares, 2016)
Inicialmente o Paradesporto era voltado as práticas terapêuticas e reabilitação (Benfica, 2012). Quando o Paradesporto chegou ao Brasil no ano de 1958 através de Robson Sampaio de Almeida e Sergio Serafim Del Grande, fundaram as primeiras equipes de basquetebol em cadeira de rodas com objetivo de participar de competições. (Seron e Brandolin, 2020). Porém, somente a partir de 1972 que o Brasil teve sua primeira participação em Jogos Paralímpicos. (CPB, 2023).
No início da década de 80 no Brasil alguns órgãos como Secretaria de Educação Física e dos Desportos (SEED), o Centro Nacional de Educação Especial (CENESP) e o Ministério da Educação (MEC) estabeleceram uma relação com o objetivo proporcionar maior suporte e apoio a Educação Física e o Esporte para pessoas com deficiência. (Silva, 2019)
Posteriormente em 2005 no Brasil, o Paradesporto no contexto escolar obteve muitos avanços após o surgimento do Projeto Paralímpicos do Futuro criado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro com o objetivo de ofertar formação para professores de educação física e promover participação e acesso ao esporte para alunos com deficiências em várias escolas brasileiras (Gorla, Calegari, 2017).
O Projeto Paralímpicos do Futuro obtiver muito êxito, sendo desenvolvido em diversas escolas brasileiras e com muitos adeptos, levando ao Comitê Paralímpico Brasileiro a realizar a primeira edição das Paralimpíadas Escolares em 2009 devido ao grande sucesso e repercussão do projeto. (Gorla, Calegari, 2017). As Paralimpíadas Escolares é um evento escolar destinado a estudantes com deficiências que ocorrem desde 2009, inicialmente era voltado para alunos atletas com idade entre 12 e 20 anos de idade, desde então várias adaptações foram feitas a fim de aumentar o número de modalidades e participantes. (Santos et al, 2020)
2 Programa Esporte na Escola no Estado do Tocantins
O Programa Esporte na Escola é um projeto criado pela Secretaria de Educação do Estado do Tocantins. Segundo a Instrução Normativa nº06, de 17 de fevereiro de 2023, no art 1º o programa é uma ferramenta educacional utilizada para o desenvolvimento integral do aluno, cujo objetivo é garantir e incentivar a prática de esportes na escola, preparando-o para competições esportivas, levando em conta os relevantes benefícios do esporte para a formação do aluno (Tocantins, 2023).
A Instrução Normativa nº06, de 17 de fevereiro de 2023, também determina como deve ser a lotação do professor de Educação Física para atuar no Programa Esporte na Escola, sendo descrita no Art. 3º seguinte forma: O professor deverá possui no mínimo 9 (nove) horas/aulas semanais do componente curricular de Educação Física, para ser lotado com 5 (cinco) horas/aulas semanais no Programa Esporte na Escola, e possuir no mínimo 18 (dezoito) horas/aulas semanais no componente curricular de Educação Física para ser lotado com 10 (dez) horas/aulas de Programa Esporte na Escola. (Tocantins, 2023).
Sobre o Paradesporto, a Instrução Normativa nº06, de 17 de fevereiro de 2023, no Art. 4º determina que o professor lotado com 5 (cinco) horas/aulas semanais no Programa Esporte na Escola, poderá ser lotado com mais uma hora de treinamento paradesportivo, reduzindo 01 (uma) aula semanal no componente curricular de Educação Física. E o professor lotado com 10 (dez) horas/aulas semanais poderá ser lotado com mais duas horas de treinamento paradesportivo, reduzindo 02 (duas) aulas semanais no componente curricular de Educação Física. (Tocantins, 2023).
As modalidades ofertadas são: atletismo, tênis de mesa, parabadminton, judô, natação e bocha. A faixa etária indicada é de 11 a 17 anos, as aulas de treinamento devem ser realizadas no mínimo duas vezes por semana, em dias alternados por turma, tento em vista que o professor de educação física, será lotado com uma hora aulas no treinamento paradesportivo, esse horário deverá ser divido entre dois dias alternados. A turma deve ser composta por no mínimo três e máximo 15 alunos por cada turma, de acordo com as modalidades ofertadas pela escola, podem participar estudantes com deficiência física, deficiência visual e deficiências intelectual. Quanto aos horários, os alunos devem participar das aulas de treinamento em horário diferente de suas aulas regulares, e as aulas de treinamento não deverão ultrapassar as 21 horas de casa dia. E para participar o aluno deverá apresentar documento de autorização do Pai e/ ou Responsável Legal. (Tocantins, 2023).
É responsabilidade das escolas, possuir professor de Educação Física para adesão ao programa, garantir espaço físico adequado e em bom estado de conservação para o treinamento das modalidades almejadas. Adquirir e repor os materiais esportivos e implementos necessários para o desenvolvimento do treinamento das modalidades pretendidas, além de zelar pela qualidade e em quantidade suficiente para realização das aulas. (Tocantins, 2023)
2 Jogos Estudantis Paradesportivos do Tocantins
Em 2014 foi realizada a primeira edição dos Jogos Estudantis Paradesportivos do Tocantins (Parajets) e este ano de 2024 será realizada a 10ª edição do evento que conta com a participação de milhares de estudantes do estado.
Os Jogos Estudantis Paradesportivos do Tocantins (Parajets) é um evento promovido pelo Governo do Estado do Tocantins e organizados pela Secretaria de Estado da Educação em parceria com as Diretorias Regionais de Educação, com apoio de Prefeituras Municipais e Entidades Educacionais, Esportivas e Culturais e Filantrópicas existentes no Estado. (Tocantins, 2023)
Tem como finalidade fomentar e estimular a participação dos estudantes do Tocantins com deficiência física, visual, intelectual na prática de atividades esportiva, oportunizando um ambiente para o desenvolvimento dos destaques esportivos paralímpicos. (Tocantins, 2023)
O evento tem como objetivo, contribuir com o desenvolvimento integral do aluno com deficiência, fomentar a prática do paradesporto no ensino fundamental e médio, utilizar o esporte como instrumento de inclusão social, promover o intercâmbio socioesportivo, promover a integração, solidariedade, tolerância e respeito mutuo, oportunizar a descoberta de destaques esportivos Paralímpicos, e classificar alunos para representar o Estado nas etapas Regional e Nacional das Paralimpíadas Escolares e no Jogos Escolares Brasileiros – JEB´s. (Tocantins, 2023)
As modalidades presentes no Parajets são: Atletismo, Bocha, Natação, Tênis de Mesa, Parabadminton, nas categorias masculino e feminino, na faixa etária de 11 a 17 anos. Podem participar alunos/paratletas regularmente matriculados e frequentes de escola da rede pública, privada e especial. (Tocantins, 2023)
Podem participar alunos/paratletas nas seguintes deficiências: Deficiência Física (DF), Deficiência Intelectual (DI), Deficiência Visual (DV), seguindo os mesmos critérios de elegibilidade das deficiências estabelecidos pelo Comitê Paralímpico Internacional – IPC e Comitê Paralímpico Brasileiro- CPB onde os alunos/paratletas com Deficiência Auditiva (DA) que não apresentarem outra deficiência são inelegíveis para participar dessa competição. (Tocantins, 2023)
3 MATERIAIS E MÉTODO
A pesquisa qualiquantitativa. Tipo de pesquisa caracterizado como documental, onde segundo Marconi e Lakatos (2017) a pesquisa documental tem como fonte de coleta de dados apenas documentos, utilizando-se de três variáveis fontes escritas ou não, fontes primarias ou secundárias, contemporâneas ou retrospectivas. Para isso foi analisado documentos oficiais tais como: os boletins das Paralimpíadas Escolares, publicadas no site do Comitê Paralímpico Brasileiro, e os documentos oficiais do Tocantins, o Regulamento dos Jogos Estudantis do Estado do Tocantins – Parajets, e a Instrução Normativa nº06, de 17 de fevereiro de 2023.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS
A primeira edição das Paralimpíadas Escolares realizada em 2009, em Brasília durante o mês de novembro, podem participar estudantes de todas as Unidades Federativas do Brasil com Deficiência Física, Visual e Intelectual (CPB, 2024). Somente partir de 2013 que foi registrada participação do estado do Tocantins nas Paralimpíadas Escolares. O recorte temporal desta pesquisa corresponde ao período de 2013 a 2019, optamos por analisar o período que antecede a Pandemia do Covid19.
As Paralimpíadas escolares desde a sua criação passaram por diversas alterações em seus regulamentos de competições, dentre elas, a faixa etária dos participantes, vamos considerar aqui as alterações no período correspondente ao estudado entre 2013 a 2019.
Figura 1- Faixa etária de acordo ao regulamento das Paraolimpíadas Escolares no período estudado de 2013 a 2019.
Fonte: Boletim Paraolimpíadas Escolares- Comitê Paralímpico Brasileiro, adaptado pela autora.
A figura 1, mostra que no período entre 2009 a 2013 segundo o regulamento das Paralimpíadas Escolares a faixa etária para participar era de 12 a 20 anos de idade e no período de 2014 a 2019 a faixa etária era de 12 a 17 anos de idade.
Figura 2 – Relação de modalidades e ano da Participação do Tocantins nas Paraolimpíadas Escolares
Fonte: Boletim Paraolimpíadas Escolares- Comitê Paralímpico Brasileiro, adaptado pela autora.
A figura 2, mostra as modalidades nas quais o estado do Tocantins já participou nas Paralimpíadas Escolares no período entre 2013 a 2019. A modalidade Atletismo é a que mais aparece, estado presente em todos os anos do período estudado, seguido pelas modalidades Tênis de Mesa, Natação respectivamente como a segunda e terceira com quantidade de vezes em participação, a modalidade Bocha, registrou apenas uma participação durante esse período.
Figura 3- Relação de paratletas do Tocantins inscritos em cada ano nas Paraolimpíadas Escolares
Fonte: Boletim Paralimpíadas Escolares- Comitê Paralímpico Brasileiro, adaptado pela autora.
A figura 3 mostra quantidade de Paratletas do estado do Tocantins inscritos em cada ano nas Paralimpíadas Escolares no período entre 2013 a 2019. O ano de 2013 no qual foi registrado a primeira participação do estado do Tocantins na Paralimpíadas Escolares foi a que registrou menor número de participantes sendo 9 paratletas e o ano que maior quantidade de inscritos foi 2019 com 38 paratletas inscritos no evento.
Quadro 1- Quadro de medalhas e classificação geral e por modalidade – Tocantins De 2013 à 2019 nas Paralimpíadas Escolares.
Fonte: Boletim Paralimpíadas Escolares- Comitê Paralímpico Brasileiro, adaptado pela autora. Legenda: CG- Classificação Geral, ATL- Atletismo, CL- Classificação, NAT- Natação, TM- Tênis de Mesa, O- Ouro, P- prata, B- Bronze, T- Total.
O Quadro 1, mostra o quadro de medalhas conquistadas pelos paratletas do estado do Tocantins durante o período de 2013 a 2019 entre, ouro, prata e bronze por cada modalidade participante, classificação por modalidade e classificação geral no evento. A modalidade que mais conquistou medalhas foi Atletismo seguido por Natação e Tênis de Mesa respectivamente, a modalidade Bocha não conquistou medalhas durante esse período. Em relação do total de medalhas conquistadas observa-se um aumento significativo, esse aumento tem relação à quantidade de inscritos apresentados na Figura 3, a quantidade de inscritos cresceram ao longo dos anos e respectivamente a quantidade de medalhas.
No período analisado entre 2013 e 2019, observou-se um aumento na participação de paratletas escolares do Tocantins, o que por sua vez impactou no número de medalhas conquistadas nesse período. Possivelmente, o aumento da participação de escolares paratletas nas Paralimpíadas Escolares aumentou a visibilidade das competições paradesportivas, levando a um aumento na adesão às modalidades paradesportivas no estado.
Além disso, o Programa Esporte na Escola e a participação das escolas nesse período no programa podem ter contribuído para o crescimento de escolares paratletas que participam das Paralimpíadas Escolares.
5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
A participação do estado do Tocantins nas Paralimpíadas Escolares durante o período estudado se mostra em ascensão, analisando a partir da quantidade de alunos inscritos e quantidade de medalhas conquistadas durante esse período, observa-se que houve um crescimento significativo.
Em relação as modalidades em que os paratletas do Tocantins participaram entre 2013 e 2019, foram quatro: Atletismo, Natação e Bocha e Tênis de Mesa. Neste período, a modalidade de Atletismo registrou sete participações no evento, seguido por tênis de mesa que participou seis vezes, natação cinco vezes e bocha apenas uma vez.
Em relação ao número de participantes ao longo desse período, notou-se um aumento expressivo, indo de 9 paratletas em 2013 para 38 em 2019. Esse crescimento foi refletido no número de medalhas obtidas em participações no evento, onde se observou um crescimento expressivo de 3 medalhas em 2013 para 38 medalhas em 2019.
No que fiz respeito à classificação geral na competição, a melhor classificação foi obtida em 2018, posicionando-se na 20ª posição geral. Já em relação à classificação por modalidade, o Atletismo obteve a melhor classificação em 2017 ao ficar na 13ª posição, a Bocha obteve melhor classificação em 2016 ao ficar na 19ª posição, a melhor classificação da modalidade Natação foi 17ª posição que se repetiu em 2014 e 2018 e Tênis de Mesa obteve melhor classificação em 2014 ficando na 12ª posição.
A participação crescente de estudantes paratletas nas Paralimpíadas Escolares pode ter aumentado a visibilidade das competições paradesportivas no estado do Tocantins, resultando em um crescimento na procura por modalidades paradesportivas no estado. Além disso, a participação das escolas nesse período no Programa Esporte na Escola pode ter auxiliado no desenvolvimento de alunos paratletas que disputam as Paralimpíadas Escolares.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Paulo Ferreira de Desporto Adaptado no Brasil: origem, institucionalização e atualidade. Campinas, SP: [s. n.], 1996. Disponível em <https://repositorio.unicamp.br/Busca/Download?codigoArquivo=470372>
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COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO. ATLETISMO. São Paulo, 2022. Disponível < https://www.cpb.org.br/modalidades/46/atletismo > 12/11/2022
GORLA, José Irineu. CALEGARI, Déco Roberto. O esporte como ferramenta de reconhecimento e valorização da pessoa com deficiência no Brasil. Conexões: Educação Física, Esporte e Saúde, Campinas, v. 15, n. 2, p 257-279, abr./jun. 2017. Disponível em https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/conexoes/article/view/8649230/16500
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MAUERBERG- DE CASTRO, E.; CAMPBELL, D. F; TAVARES, C. P. The global reality of the Paralympic Movement: Challenges na opportunities in disability sports. Revista Motriz, Rio Claro, V. 22 n. 3, p. 111-123, jut/set. 2016. Disponível em https://doi.org/10.1590/S1980-6574201600030001
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1Mestranda em Educação Física pela Universidade Católica de Brasília, Campus Taguatinga. Bolsista pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). e-mail: alessandra.melo.araujo.gomes@gmail.com
2Docente do PPGEF Universidade Católica de Brasília, Campus Taguatinga. Doutora em Educação Física pela Universidade Católica de Brasília. e-mail: andrea.reis@p.ucb.br