A NECESSIDADE DAS NORMAS DE BIOSSEGURANÇA NA REDUÇÃO DOS RISCOS DE CONTAMINAÇÃO EM LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8419593


Andre Luiz dos Santos Gonçalves1
Bruna da Silva Souza Avelino2
Omero Martins3
Maria Conceição Mendonça Amorim4


RESUMO

A biossegurança compreende uma série de medidas que são internados em um hospital, em busca da prevenção de acidentes que causem danos pessoais. Impedida mesma forma, a carga bacteriana e viral, entre outras. Diante disso, o objetivo geral do estudo consiste em realizar uma revisão da literatura sobre a importância das normas de biossegurança na redução dos riscos de contaminação em laboratórios de análise clínica. Trata-se de uma revisão bibliográfica, do tipo qualitativo, para a revisão realizou-se uma busca da literatura via internet, na qual a base de dados forma periódicos científicos. Conclui-se que as preocupações atuais da biossegurança referem-se ao pessoal qualificado, com formação adequada seguida de treinamento. Torna-se agente transformador em biossegurança o profissional qualificado com experiência e habilidades. É preciso resgatar o conhecimento e o interesse por esse assunto entre os colaboradores das instituições. Isso será de grande importância, uma vez que contribui para o estabelecimento de estratégias de prevenção de acidentes e, consequentemente, para melhoria das condições de trabalho dos profissionais, em especial da área da saúde organização.

PALAVRAS-CHAVES: Química Farmacêutica; Laboratórios; Educação em biomedicina.

ABSTRACT

Biosafety comprises a series of measures that are admitted to a hospital, in search of the prevention of accidents that cause personal injury. prevented likewise, the bacterial and viral load, among others. Therefore, the general objective of the study is to conduct a literature review on the importance of biosafety standards in reducing the risks of contamination in clinical analysis laboratories. This is a bibliographic  review, of the qualitative  type, for the review a literature search was carried out via the internet, in which the database forms scientific journals. It is concluded that the current concerns of biosafety refer to qualified personnel, with adequate training followed by training. The qualified professional with experience and skills becomes a transforming agent in biosafety. It is necessary to rescue the knowledge and interest in this subject among the collaborators of the institutions. This will be of great importance, since it contributes to the establishment of accident prevention strategies and, consequently, to the improvement of the working conditions of professionals, especially in the area of organizational health.

KEYWORDS: Chemistry, Pharmaceutical; Laboratories; Education in biomedicine.

1.      INTRODUÇÃO

A biossegurança compreende uma série de medidas que são internados em um hospital, em busca da prevenção de acidentes que causem danos pessoais. impedida mesma forma, a carga bacteriana e viral, entre outras, que podem causar infecções associadas aos cuidados de saúde (IACS). Essas infecções afetam pacientes que receberam uma consulta médica, que receberam alta, pessoal de saúde e o pessoal que trabalha no hospital (MELLO et al., 2017).

A Lei Nacional de Biossegurança aprovada e publicada no Brasil era a Lei nº 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e estabelecia as normas de segurança e mecanismos de fiscalização para o uso das técnicas de engenharia genética, transporte, liberação e descarte, no meio ambiente, de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs), quando foi revogada e substituída pela Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005, que, em sua redação original, estabelece de forma mais ampla os seus objetivos, no artigo 1º: que “estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização […] visando a proteger a vida e a saúde do homem, dos animais e das plantas, bem como o meio ambiente”.

O objetivo primordial da biossegurança é a prevenção e o controle de meios que oferecem risco à vida e à saúde. É expresso que o objetivo da biossegurança é “minimizar os riscos à saúde dos trabalhadores e proteger os ambientes tanto internos à organização, quanto aqueles direta ou indiretamente influenciados pelas operações da organização (SILVA, BARBOSA, PONTES, 2013).

A Biossegurança pode ser dita como um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades da Engenharia Genética, ou Biotecnologia; em relação à área da Saúde, a Biossegurança tem ainda como finalidade a promoção da qualidade de vida e da proteção à saúde, por meio dos órgãos governamentais e de suas respectivas políticas de saúde pública (MELLO et al., 2017).

Para prevenir esse tipo de ocorrência, alguns princípios básicos devem ser adotados na Biossegurança, e, quando da manipulação de organismos infecciosos em laboratório, métodos de contenção devem ser adotados, para reduzir ou eliminar a exposição da equipe laboratorial. Segundo Barsano (2020) esse princípio pode ocorrer por meio de contenção primeira ou secundaria a dispersão dos agentes biológicos no meio ambiente: (I) Contenção primária: é a proteção da equipe laboratorial com equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas, jalecos e máscaras, além da proteção pessoal com vacinas; (II) Contenção secundária: é a proteção externa do laboratório, ou seja, abrange instalações, técnicas laboratoriais e práticas operacionais adotadas para que os agentes biológicos não sejam dispersos no meio ambiente externo.

A importância dessa pesquisa em ressaltar que a biossegurança é uma questão de saúde pública. Logo, precisa ser despertada em todas as camadas sociais. Trata-se de uma questão que envolve não só o profissional da área de saúde, mas toda e qualquer pessoa. Refere-se a um direito e dever de todos, para que se possa viver com segurança, prevenindo os comprometimentos à vida e saúde, assim como controlando aqueles que já se tornaram reais organização.

Diante do apresentado, esta pesquisa tem como o objetivo geral realizar uma revisão da literatura sobre a importância das normas de biossegurança na redução dos riscos de contaminação em laboratórios de análise clínica.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde

A saúde está envolvida, direta ou indiretamente, na prestação de serviços de saúde aos indivíduos. Esses serviços podem ocorrer em uma variedade de ambientes de trabalho, incluindo hospitais, clínicas, consultórios odontológicos, centros de cirurgia ambulatorial, centros de parto, atendimento médico de emergência, atendimento domiciliar e lares de idosos.

Assim, a preocupação com a proteção dos trabalhadores principalmente aqueles envolvidos em pesquisas clínicas com organismos geneticamente modificados, é da década de 1970. Com base nessas experiências, as questões relacionadas à exposição ocupacional e o conceito de biossegurança foram estudados e inseridos como temáticas em pesquisas, principalmente relacionadas a materiais biológicos, considerando a incidência, entre os profissionais de saúde, de doenças como a tuberculose e a hepatite B (SILVA, BARBOSA, PONTES, 2013).

A má gestão dos resíduos de serviços de saúde expõe potencialmente os profissionais de saúde, manipuladores de resíduos, pacientes e a comunidade em geral a infecções, efeitos tóxicos e lesões e riscos de poluir o meio ambiente. É essencial que todos os resíduos hospitalares sejam segregados no ponto de geração, devidamente tratados e descartados com segurança (CONCEIÇÃO et al, 2020).

Pode-se dizer que o ponto mais importante para se verificar no plano de gerenciamento dos resíduos sólidos de saúde é a segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde, onde a norma que regula essas diretrizes é a NR32, está norma tem a finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. (NR-32).

A Norma Regulamentado 32 estabelece diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores em serviços de saúde. Segundo Silva (2014) a NR possui o seguinte intuito:

tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral, visando eliminar ou controlar os riscos ocupacionais.

Organização mundial de saúde (OSM, 2020) apontas quais ações que protegem os trabalhadores de saúde de perigos físicos e biológicos:

  • Garantir a implementação de padrões mínimos de segurança do paciente, prevenção e controle de infecções e padrões de segurança ocupacional em todas as unidades de saúde em todo o sistema de saúde;
  • Garantir a disponibilidade de equipamentos de proteção individual (EPI) em todos os momentos, conforme relevante para as funções e tarefas desempenhadas, em quantidade adequada e adequação adequada e de qualidade aceitável. Assegurar um estoque regulador adequado e mantido localmente de EPI. Assegure treinamento adequado sobre o uso apropriado de EPI e precauções de segurança;
  • Garantir serviços ambientais adequados, como água, saneamento e higiene, desinfecção e ventilação adequada em todas as instalações de saúde;
  • Garantir a vacinação de todos os profissionais de saúde em risco contra todas as infecções evitáveis por vacinas, incluindo hepatite B e influenza sazonal, de acordo com a política nacional de imunização e, no contexto da resposta de emergência, acesso prioritário para profissionais de saúde às vacinas recém-licenciadas e disponíveis;
  • Fornecer recursos adequados para prevenir os trabalhadores de saúde de lesões e exposição prejudicial a produtos químicos e radiações; fornecer equipamento funcional e ergonomicamente projetado e estações de trabalho para minimizar lesões musculoesqueléticas e quedas;

Por meio do cumprimento da NR-32, acredita-se que melhorias poderão ser alcançadas na promoção da saúde dos trabalhadores e na prevenção de acidentes e adoecimento no trabalho. Além disso, compreender a NR-32 e suas implicações visa a orientar os próprios profissionais da saúde quanto às preconizações da norma, despertando um olhar crítico dos trabalhadores sobre as questões em saúde do trabalhador, entendendo que, como sujeitos ativos de sua própria vida e saúde, eles precisam intervir politicamente e lutar pela promoção de sua própria qualidade de vida no trabalho (MARZIALE et al., 2012).

2.2. Riscos hospitalares

Qualquer prática ou situação que ocorra em um ambiente ocupacional e tenha o potencial de causar danos corporais ou mentais ou represente outros riscos à saúde de um ou mais trabalhadores constitui um risco no local de trabalho. Diferentes ocupações representam diferentes tipos de riscos potenciais para os funcionários.

Existem muitos riscos para a saúde no local de trabalho, por exemplo ruído, vibração, radiação, produtos químicos, temperaturas extremas, fatores ergonômicos e agentes biológicos. A exposição a riscos para a saúde pode resultar em doenças ocupacionais ou relacionadas ao trabalho. Muitos destes são insidiosos e só se manifestam após um período prolongado de exposição aos perigos; alguns são irreversíveis e não têm cura (BARSANO; BARBOSA, 2018).

Quadro 2 – Categorias de riscos potenciais em hospitais.”

Categoria de riscoDefiniçãoExemplos encontrados no ambiente hospitalar
BiológicoAgentes infecciosos ou biológicos, tais como bactérias, vírus, fungos ou parasitas, que podem ser transmitidos por contato com pacientes infectados ou com secreções contaminadas.HIV, enterococos resistentes à vancomicina (VRE), estafilococos aureus resistentes à meticilina (MRSA), vírus da hepatite B e C, tuberculose.
QuímicoVárias formas de produtos potencialmente tóxicos ou irritantes para o corpo, incluindo medicação, soluções e gases.Óxido de etileno, formaldeído, glutaraldeído, resíduo de gases anestésicos, drogas perigosas como os agentes citotóxicos, pentamidina ribavirina.
FísicoAgentes no ambiente de trabalho que podem causar traumatismos.Radiação, lasers, barulho, eletricidade, temperaturas extremas, violência no ambiente de trabalho.
Ambiental, mecânico ou biomecânicoFatores encontrados no ambiente de trabalho que causam ou potencializam acidentes, traumatismos, pressões ou desconforto,Risco de queda, equipamentos largados, qualidade do ar, pisos escorregadios, espaços confinados, áreas de trabalho ou passagens obstruídas, excesso de força física, posturas incômodas, vibrações, extremos de temperatura, movimentos repetitivos e prolongados, levantar peso ou mobilizar pacientes.

Fonte: adaptado de Burmester (2013)

As medidas de segurança dos riscos ocupacionais devem partir da empresa, seja por mudança de posição frente ao empregado ou simplesmente por investir em uma gestão dinâmica e contingencial.

2.3. Equipamentos de proteção

Perigos existem em todos os locais de trabalho em muitas formas diferentes: bordas, objetos caindo, faíscas voadoras, produtos químicos, ruído e outras situações potencialmente perigosas. No Brasil os NRs exigem que os empregadores protejam seus funcionários de riscos no local de trabalho que podem causar ferimentos.

Os riscos podem e devem ser minimizados ou eliminados preferencialmente pela adoção das medidas de engenharia e administrativa. O uso de EPI deve ser usado de forma complementar às medidas de proteção coletiva e administrativa (DE ARAÚJO, 2014).

Segundo Burmester (2013) os EPIs são equipamentos de proteção individual, comumente referido como “EPI”, é o equipamento usado para minimizar a exposição à variedade de perigos. Exemplos de EPI incluem itens como luvas, proteção para os pés e os olhos, aparelhos auditivos de proteção, capacetes, respiradores e roupas de corpo inteiro.

Nesse mesmo sentido, no país, a NR regula a utilização desses equipamentos é a NR-6, que conceitua os Equipamento de Proteção Individual (EPI) como todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e saúde no trabalho.

Na N-6 é tratado, entre outros aspectos, das responsabilidades e classificação dos grupos de EPI visando controle da exposição aos agentes ambientais nocivos, quando as medidas de ordem coletiva (engenharia e administrativa) não forem suficientes ou tecnicamente possíveis de serem implementadas.

Zago (2013) especifica que os tipos de EPIs utilizados podem variar de acordo com a função exercida como. As NRs pontuam que os equipamentos de proteção individual devem ser cedidos pelos empregadores para os empregados. No qual, é enfatizado da mesma forma pela NR-6, que poderá que a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento”.

3.  METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão bibliográfica, do tipo qualitativo. A estratégia elaborada para a inclusão nessa pesquisa foram: pesquisa disponível em línguas portuguesa. Disponíveis na íntegra, de forma gratuita, que abordassem sobre a importância das normas de biossegurança na redução dos riscos de contaminação em laboratórios de análise clínica. Os dados apresentados foram coletados de artigos publicados no período de junho/2023 a agosto/2023.

Para a revisão realizou-se uma busca da literatura via internet, na qual a base de dados foram PubMed, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), SciELO, Google Acadêmico. Para a seleção dos artigos relevantes, foram utilizados inicialmente seus títulos. Em seguida, procedeu-se à leitura dos resumos, certificando que os artigos eleitos tratavam o tema proposto e se enquadraram nos critérios de inclusão. Por último, os artigos eleitos pelo título e resumo foram lidos de forma completa.

Sendo assim, a base de dados para o estudo foram: Plataformas para pesquisa de artigos via internet: PubMed, BVS, SciELO, Google Acadêmico; Descritores utilizados na pesquisa: Química Farmacêutica; Laboratórios; Educação em biomedicina; Chemistry, Pharmaceutical; Laboratories; Education in biomedicine; e para seleção de artigos foram considerados critérios de inclusão e exclusão.

A estratégia elaborada para a inclusão nesta pesquisa foram: estudos publicados em revistas indexadas em inglês, espanhol e português, disponíveis na íntegra, gratuitos, que abordassem sobre o tema proposto, e que foram devidamente publicados no período de 2013 a 2023. A estratégia elaborada para exclusão foram estudos publicados antes de 2013 que não estavam disponíveis na íntegra, e não tinham relação com o tema proposto.

Figura 1 – Fluxograma da busca sistemática e seleção de artigos para discentes da educação infantil e fundamental em âmbito escolar.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O presente estudo destaca a importância das normas de biossegurança na redução dos riscos de contaminação em laboratórios de análise clínica. Para alcance desse intuito foi necessário utilizar artigos que pesquisaram sobre o tema proposto, assim o resultado é apresentado na tabela 1.

A tabela 1 foi dividida em 4 secção, a primeira está descrita os autores e ano da publicação do estudo, na segunda secção é o apontamento o objetivo da pesquisa que destra porque aquele estudo foi realizado, e na terceira secção é destacado o método utilizado, e por último é ponderado as conclusões e considerações obtidas pelos autores em suas respectivas pesquisas.

Tabela 1 Estudos

 ITEMAUTOR (ES)/ ANOOBJETIVOMÉTODOSCONCLUSÃO
 1Da Silva, Resende e Campos (2017)Apontar o conhecimento dos profissionais do laboratório acerca das normas de biossegurança e sua relação com os acidentes de trabalho com materiais biológicosAplicação do questionário e pesquisa bibliográficaCapacitação permanente dos profissionais para a observação das normas de Biossegurança e, consequentemente, a redução dos acidentes e melhoria da qualidade de vida no trabalho
 2Silva e Almeida (2017)Avaliar o processo de descarte de medicamentos vencidos ou não usados de acordo com o conhecimento da sociedade acerca do tema, em áreas adjacentes à Estratégia da Saúde da Família (ESF) no município de Sete Lagoas -MGPesquisa de campo, descritiva, transversal e de natureza quantitativaA falta de informação sobre o descarte correto de medicamento, teve como consequência a maneira que os moradores eliminam os medicamentos em suas residências; sendo possível esse fator ser revertido através da aplicação do modelo da logística reversa.
 3Probst et al. (2019)Descrever a experiência de um grupo de estudantes do curso de Biomedicina a partir da implementação da Metodologia da Problematização como uma estratégia do Projeto Integrador para aprendizagem dos conceitos básicos em Biossegurança.Estudo descritivo, do tipo relato de experiênciaO desenvolvimento de habilidades e competências a atenção a saúde, na qual sendo aplicadas de forma correta minimizam acidentes laboratoriais, otimizam as atividades e aumentam a produtividade.
 4Campo (2019)Caracterizar, por meio de uma revisão bibliográfica, a legislação que rege o exercício das atividades do biomédico na atuação em laboratório de análises clínicas e a sua aplicação na prática.Revisão bibliográfica, qualitativa e descritiva,Os profissionais vêm se adequando para melhorar a aplicação da legislação no ambiente de trabalho, a fim de garantir a qualidade do serviço prestado e sua própria segurança.
 5Silva (2018)Constatar a importância da biossegurança e esclarecer os riscos ocupacionais a que o profissional influente em laboratório de análises clínicas pode estar propenso.Estudo de revisãoO uso na prática dos equipamentos de proteção, além de treinamentos corretos a todos os funcionários sobre pesquisas epidemiológicas de acidentes laboratoriais que possibilitam o diagnóstico de áreas em que o treinamento e fiscalização são mais necessários
 6Segati et al. (2021)Relatar as atividades voltadas para biossegurança e boas práticas laboratoriais no estágio em análises clínicas na pandemia.Relato de experiênciaO conhecimento da biossegurança promove o cumprimento das normas de biossegurança vigentes no protocolo de biossegurança para prevenção da COVID-19
 7Amorim (2019)Observar a conduta de profissionais de saúde dentro dos laboratórios de análises clínicas e a exposição potencial a agentes biológicosDescritivo observacionalAs empresas, enquanto gestoras do ambiente de saúde possuem responsabilidade de fornecer boas condições inerentes à saúde dos seus clientes, colaboradores e ao meio ambiente
 8Dos Santos e Cezar (2020)Avaliar a noção e entendimento, a respeito de biossegurança, de estudantes dos cursos de Farmácia e BiomedicinaDescritiva e exploratória/ quantitativa, através da aplicação de questionárioOs resultados expressaram a necessidade de medidas preventivas em relação a biossegurança dentro do laboratório com o propósito de evitar possíveis riscos à saúde dos mesmos.
 9Marques (2022)Identificar quais medidas de biossegurança foram adotadas na prevenção da covid-19 entre os profissionais de laboratórios clínicos durante a pandemiaRevisão narrativa de literatura,Práticas de biossegurança são imprescindíveis, cada laboratório, identificando os riscos potenciais, implementando procedimento operacional padrão e capacitando os trabalhadores para a prevenção da disseminação do doenças são ações fundamentais
 10Xai-Xai, Chicra e Manuel (2022)Compreender a complexidade dos princípios éticos nos Laboratórios ClínicosEstudo de campo que se baseou na coleta e análise de dados por meio de entrevistas,Os princípios éticos dentro dos Laboratórios Clínicos estão relacionados diretamente com as condições físicas em que os laboratórios se encontram, conduta dos provedores de saúde, incumprimento dos procedimentos laboratoriais

Fonte: Autor (2013-2023)

Os laboratórios de análises clínicas são locais de grande risco à saúde, pois esses locais existem agentes contaminantes, por isso as medidas de biossegurança devem ser associadas à rotina dos trabalhadores, por meio da aplicação de medidas de segurança, utilização dos EPI ou EPC, são indispensáveis para todos os profissionais. Para corroborar tal prerrogativa foram usadas 10 pesquisas acadêmicas que tratavam sobre esse assunto.

Xai-Xai, Chicra e Manuel (2022) buscou compreender a complexidade dos princípios éticos nos Laboratórios Clínicos, segundo resultados da pesquisa há falta do cumprimento das normas de biossegurança e outros procedimentos laboratoriais. Pois, é comum os técnicos manusearem equipamentos com luvas usadas que cujo procedimentos operacionais internos não recomendam o manuseio dos mesmos com luvas. O outro exemplo e a falta de segregação correta do lixo perigando a saúde de todos e tornando difícil a incineração do lixo. Outra prática erronia é a falta de sala apropriada para coleta de amostras para certos exames como exsudato vaginal.

Porém, Amorim (2019) observou a conduta de profissionais de saúde dentro dos laboratórios de análises clínicas e a exposição potencial a agentes biológicos, diante dos achados as boas práticas de biossegurança nos laboratórios visitados são parcialmente satisfatórias. Então, os resultados das observações indicam possibilidade de contaminação por agentes microbiológicos no ambiente laboral, além de riscos à saúde ocupacional dos profissionais dos laboratórios. Diante disso, percebe-se a importância de promover a educação continuada entre os profissionais dos laboratórios de análises clínicas, além da participação dos seus gestores e dos responsáveis técnicos, para que as atividades laborais venham a ser seguras, minimizando impactos negativos nos ambientes de saúde.

No estudo narrativo realizado Marques (2022) verificou-se que as medidas de biosseguranças implementadas para redução de risco na pandemia de covid-19, em laboratório de análise clínica foram medidas para o acondicionamento e transporte seguro de amostras de pacientes com suspeita clínica ou confirmação de covid-19; uso de cabine de biossegurança nível II ao realizar procedimentos que geram aerossóis; preferência por instrumentos e analisadores automatizados e desinfecção ou autoclavagem das amostras logo após as análises. Na conduta e gerenciamento dos profissionais destacaram-se: higienização das mãos; distanciamento social; monitoramento regular da saúde dos trabalhadores; isolamento dos casos suspeitos; utilização correta, paramentação, desparamentarão e descontaminação dos EPIs; equipes menores de trabalho e redução dos dias consecutivos de trabalho

Dos Santos e Cezar (2020) elencaram noção e entendimento, a respeito de biossegurança, de estudantes dos cursos de Farmácia e Biomedicina, diante dos resultados compreenderam-se que os acadêmicos entenderam que a biossegurança no decorrer do curso na área de saúde melhora a percepção sobre possíveis danos à saúde dos estudantes. Além do mais, observou-se que grande parte dos estudantes de biomedicina 70% têm o conhecimento da lei da biossegurança, mas existem alguns alunos que ainda não têm esse conhecimento.

No relato de experiencia realizada por Segai et al. (2021), constatou-se que a constante taxa de evolução e desenvolvimento da ciência na prática de biomedicina exige o desenvolvimento profissional contínuo para promover e apoiar a inovação, a capacidade criadora e a flexibilidade, juntamente com o conhecimento em procedimentos, especialmente no período de pandemia, pois permitem práticas de biossegurança a educação continuada dos professores e técnicos e a disseminação de conhecimento e informações em saúde.

No estudo realizado por Da Silva, Resende e Campos (2017) concluiu-se, com as respostas obtidas, que o uso correto dos EPIs ou EPCs pelos profissionais de saúde que atuam em laboratório de análise clínica, está relacionado ao grau de escolaridade profissional. Por isso, os autores propõem a profissionalização ou capacitação continuadas para a prevenção de acidentes baseadas em indicadores de riscos ocupacionais, uma vez que, conhecimento mais amplo sobre a relevância da aplicação das normas de biossegurança e sobre a gravidade dos riscos decorrentes dos acidentes ocupacionais.

Em outro estudo, realizado em Hospital Municipal, elaborado por Silva e Almeida (2017), constatou-se que as condições adequadas de armazenamento e uso afetam a efetividade e segurança, por isso quando não se obtém orientações de como fazê-lo gera graves problemas de saúde como uso incorreto.

Probst et al. (2019) evidenciaram por meio do seu estudo que todos os laboratórios de análises clínicas devem ter um procedimento interno de treinamento e capacitação de colaboradores, o qual deve ser estritamente revisado pelo responsável técnico de segurança do trabalho, sua revisão e atualização são feitas anualmente pela auditoria da empresa, para assim se evitar acidentes e fazer os ajustes necessários no estabelecimento e a capacitação dos profissionais são uma constante no laboratório.

Nos resultados do estudo de Campo (2019) percebe-se que a biossegurança tem sido aplicada nos laboratórios de análises clínicas, mesmo que ainda haja falhas, nota-se um progresso através de ações internas estabelecidas pelos profissionais no ambiente de trabalho. A agência de vigilância da saúde e os programas de controle de qualidade desempenham um importante papel através da sua fiscalização, promovendo ações que estimulam o melhoramento de práticas aplicadas nos laboratórios. Os riscos sempre existirão, e por essa razão, a segurança do trabalhador do meio ambiente e da sociedade devem sempre ser priorizadas proporcionando qualidade de vida e proteção aos indivíduos e ao meio ambiente.

Na compreensão de Silva (2018) a importância de estudos sobre conhecimento de biossegurança, o uso na prática dos equipamentos de proteção, além de treinamentos corretos de todos os funcionários e pesquisas epidemiológicas de acidentes laboratoriais, que possibilitarão o diagnóstico de áreas em que o treinamento e fiscalização são mais necessários.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo de revisão tratou sobre a importância das normas de biossegurança na redução dos riscos de contaminação em laboratórios de análise clínica. Conforme evidenciado, os profissionais de saúde que trabalham em laboratórios de diagnóstico clínico estão expostos a muitos riscos tornando-se um ambiente desafiador. Por isso, quanto mais os laboratórios se conscientizarem e aderirem às precauções de segurança recomendadas e baseadas na ciência, menor será o risco.

As preocupações atuais da biossegurança referem-se ao pessoal qualificado, com formação adequada seguida de treinamento. Torna-se agente transformador em biossegurança o profissional qualificado com experiência e habilidades. É preciso resgatar o conhecimento e o interesse por esse assunto entre os colaboradores das instituições. Isso será de grande importância, uma vez que contribui para o estabelecimento de estratégias de prevenção de acidentes e, consequentemente, para melhoria das condições de trabalho dos profissionais, em especial da área da saúde organização.

Diante disso, sugere-se que os laboratórios realizem programas de biossegurança na redução de risco para o mais próximo possível de zero, embora o risco zero ainda seja inatingível, uma vez que os profissionais atuam com amostras de pacientes e organismos vivos. Essas diretrizes devem promover uma cultura de segurança e incluem recomendações que representam a ciência atual, normas de segurança e o bom senso que podem promover um ambiente de trabalho seguro para todos os laboratoristas, colegas de trabalho, pacientes, familiares e meio ambiente é a maior preocupação de segurança.

Diante disso, a pesquisa reforça a importância do treinamento e da educação em biossegurança, além mais pode-se incluir uma revisão anual de desempenho dos procedimentos de segurança. Mas, destaca-se a necessidade de certificar que os funcionários participem do treinamento anual, siga as políticas e participe ativamente.

6. REFERÊNCIAS

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1ORCID: https://orcid.org/0009-0003-4788-4122
E-mail: andrefendii40@gmail.com

2E-mail: bruna.avelino@uniniltonlins.edu

3ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8552-3278
E-mail: omeromartins.farma@gmail.com

4E-mail: ceicamorim.maria@gmail.com