A MELHORIA E EFETIVIDADE DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE SEXUAL E SEU IMPACTO NA SAÚDE PÚBLICA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11488678


Ana Cristina do Rosario Teodorico Santos Cauê de Melo Felix Ivo;
Orientador(a): Prof(a) Aline Aparecida Soares Duque.


RESUMO 

O aumento das ocorrências de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) na população brasileira, principalmente em adolescentes causa grande preocupação em relação à saúde pública. A falta de informação e a ausência do auxílio familiar e escolar para efetivação e melhoria da educação sexual colaboram para que os casos sejam cada vez maiores. Desta maneira é dada como essencial explorar não somente o contexto e a influência social, como também a fisiopatologia e epidemiologia das infecções, para que a população alcance o conhecimento e os cuidados básicos de prevenção contra essas patologias e consequências.

Palavras-chave: Saúde sexual, Saúde Pública, Educação em saúde.

1 INTRODUÇÃO  

A educação sexual ganhou visibilidade a partir das políticas públicas de promoção norteadas pela Lei Orgânica da Saúde (lei n. 8.080/90). Nesse modo, a educação sexual como estratégia de saúde pública pode interferir e contribuir diretamente na redução dos indicadores de morbimortalidade que atingem jovens e adolescentes, como as taxas de incidência de ISTs (Araújo et al., 2019). No entanto, essa incidência continua alta nesse público, mesmo perante maior debate sobre o tema. 

Apesar da importância da educação em saúde sexual, ainda existem desafios significativos que dificultam a sua efetividade. Alguns desses desafios incluem uma  sociedade onde muitas vezes trata a sexualidade como um assunto tabu, o que dificulta a discussão aberta e honesta sobre saúde sexual. O estigma e a falta de compreensão em relação à sexualidade podem levar à desinformação e à perpetuação de mitos e crenças errôneas, assim também como a falta de acesso à educação em saúde sexual em muitas comunidades, sendo limitado ou inexistente devido a barreiras sociais, culturais e econômicas, bem como à falta de políticas e programas governamentais que promovam a educação em específico, a resistência cultural e falta de apoio institucional onde aguns indivíduos e grupos podem se opor à educação em saúde sexual devido a crenças religiosas, valores conservadores ou medo de que a educação sexual encoraje comportamentos promíscuos. 

Assim então, em primeira instância, é válido destacar que no Brasil os índices de gravidez na adolescência vem crescendo exponencialmente isso porque há certa carência na educação sexual tanto por parte dos familiares quanto por parte das escolas o que prejudica todo o desenvolvimento pessoal e social desses Jovens, apontando a relevância das escolas em abordar temas de sexualidade, prevenindo as relações que estão cada vez mais prematuras e consequentemente a gravidez na adolescência entre outras problemáticas como infecções sexualmente transmissíveis. 

1.1 PROBLEMA

Será que os jovens e adolescentes têm recebido as informações sobre sexualidade da maneira correta e efetiva? 

2 OBJETIVOS  

Conscientizar de maneira abrangente e inclusiva, abordando todos os aspectos da saúde sexual, desde a prevenção e cuidado até a sexualidade. 

2.1 Geral

Fornecer informações claras e acessíveis sobre a educação em saúde sexual. 

2.2 Específico

Contribuir para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, a redução de gravidez indesejadas, a promoção de relacionamentos saudáveis e o combate à discriminação e ao estigma associados à sexualidade. 

3 JUSTIFICATIVA 

A educação em saúde sexual desempenha um papel fundamental na promoção da saúde pública. Ao fornecer informações precisas e acessíveis sobre sexo, contracepção, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e relacionamentos saudáveis, a educação em saúde sexual capacita os indivíduos a tomar decisões informadas sobre sua saúde sexual. 

 Através da educação em saúde sexual, é possível prevenir a propagação de ISTs, reduzir a taxa de gravidez indesejada e promover a saúde e o bem-estar sexual de indivíduos de todas as idades. Além disso, a educação em saúde sexual também contribui para a redução da discriminação e do estigma associados à sexualidade.  

4 REFERENCIAIS TEÓRICOS 

4.1 Resumo histórico das ISTs e Educação Sexual 

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) têm uma longa história que remonta ao século XVI. Naquela época, uma epidemia de IST derrubou a Europa, gerando terror e medo na população, tendo a primeira menção registrada de uma epidemia de IST por volta de 1495, e ao notarem que o contágio acontecia por relações sexuais, interpretaram essa infecção a um castigo divino, consequências de relações “sexuais ilícitas”. Então iniciou-se o uso de preservativos que eram feitos com forro de linho do tamanho do pênis e embebidos em ervas, como forma de prevenção; Desde então as ISTs têm sido uma preocupação de saúde pública. 

No Brasil, o histórico das ISTs e da educação sexual remonta a várias décadas, começando pela década de 1980 onde o Brasil enfrentou uma epidemia de HIV/AIDS, que despertou a atenção para a necessidade de prevenção e educação sexual. De início, a população homossexual foi estigmatizada, atribuindo de forma única e exclusiva a infecção a gays pela imprensa, dessa forma, debater sobre esse assunto era implementar o preconceito, diminuir um segmento populacional e a moralização de valores e costumes, a partir desse mito a sociedade foi propicia a pensar na sexualidade como uma questão social e sobre a necessidade de uma educação voltada a esse tema, assim surgindo diversas ações e campanhas de conscientização com foco na importância da prevenção e cuidado. 

No final dos anos 1990, o Ministério da Saúde iniciou o Programa Nacional de DST/AIDS, que tinha como objetivo principal a prevenção e o controle das ISTs, incluindo o HIV/AIDS. Esse programa implementou ações de educação sexual nas escolas, com a finalidade de promover a informação e a prevenção entre os jovens. 

5 METODOLOGIA 

Pesquisa bibliográfica, Pesquisa documental, Pesquisa experimental, Pesquisa exploratória  

Nessa pesquisa estudamos 15 artigos e 6 foram descartados, também foi coletado dados sobre o tema em tempo real em um posto infectológico da cidade para uma análise da efetividade e evolução da saúde sexual da comunidade assim como dados de taxas de ISTs (Infecções sexualmente transmissíveis), gravidezes indesejadas ou na adolescência, após a análise vimos que a educação em saúde voltada a sexualidade e suas vertentes têm sido quase nulas com poucos resultados, principalmente para jovens e adolescentes, com isso elaboramos palestras e rodas de conversa interativas e adaptadas para alunos do ensino médio, funcionários de escolas públicas e jovens da cidade de Caçapava – SP.

6 RESULTADOS

Momentos onde estamos abrindo uma roda de conversa e aplicando os jogos. Onde as dúvidas foram tiradas.

7 CONCLUSÃO 

Ao aplicar os jogos e as rodas de conversa, notamos que logo na primeira ação já houve muitas dúvidas e questões do público em geral, mas a vergonha de falar sobre certos pontos eram bem visíveis, porém na segunda ação o público já se sentia mais confortável e a vontade em falar e comentar sobre os assuntos abordados, tornando a palestra e a roda de conversa mais fluida, agregando o conhecimento planejado para eles. 

Dito isso vemos que com a educação sexual aplicada da forma correta, é possível levar o conhecimento necessário e torná-lo integralmente efetivo, assim podendo diminuir as taxas de ISTs, gravidez indesejadas e seus efeitos sob a saúde pública. 

8 REFERÊNCIAS 

1. A primeira epidemia de IST: a história da doença sexual que levou Europa a culpar a América no século 16. LAIS. 07 de fevereiro de 2019 
2. Série ‘The Making of Modern Medicine’ (Bastidores da Medicina Moderna). BBC. 22 de julho 2018 
3. Carvalho GRO, Pinto RGS, Santos MS. Knowledge about the sexually transmitted infections by adolescents students of public schools. Adolesc Saúde. 2018 Jan/Mar
4. Falkenberg MB, Mendes TPL, Moraes EP, Souza EM. Educação em saúde e educação na saúde: conceitos e implicações para a saúde coletiva. Cienc. saúde colet. 2014 Mar. 
5. Oliveira PS, Abud ACF, Inagaki ADM, Alves JAB, Matos KF. A vulnerabilidade dos adolescentes com as ISTs no cuidado primario. J Nurs UFPE. Março de 2018
6. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Área de Saúde do Adolescente e do Jovem. Marco legal: saúde, um direito de adolescentes. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.   
7. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. A melhoria contínua da qualidade na atenção primária à saúde: conceitos, métodos e diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Disponible en: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/MCQ_2010.pdf. Accessed: September 2013.
8. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Marco teórico e referencial: saúde sexual e saúde reprodutiva de adolescentes e jovens. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
9. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Cadernos de Atenção Básica, n. 26 (Saúde sexual e saúde reprodutiva). Brasília: Ministério da Saúde, 2010