A MASCULINIZAÇÃO DA BELEZA: UM ESTUDO DE CASO EM UMA CLÍNICA DE ESTÉTICA EM MANAUS

THE MASCULINIZATION OF BEAUTY: A CASE STUDY IN A BEAUTY CLINIC IN MANAUS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ma10202506170831


Poliana Bruno de Oliveira1
Emerson Leão Brito do Nascimento2


Resumo 

A masculinização da beleza e a inserção masculina no universo estético refletem uma transformação cultural na qual os homens, cada vez mais, adotam práticas de cuidado corporal historicamente associadas ao feminino, ressignificando-as dentro de parâmetros que preservam traços tradicionais de virilidade. Logo, o presente estudo teve como objetivo geral analisar os sentidos atribuídos à beleza masculina e às práticas estéticas por homens atendidos em uma clínica de estética em Manaus. Como objetivos específicos, buscou-se: (i) identificar os tipos de procedimentos mais procurados pelo público masculino na clínica estudada; (ii) compreender as motivações e expectativas dos clientes homens em relação aos tratamentos estéticos; (iii) analisar como os ideais de masculinidade se manifestam no consumo estético. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa e quantitativa, ancorada em um estudo de caso realizado em uma clínica de estética localizada na cidade de Manaus, na qual, a pesquisa caracteriza-se como descritiva e exploratória. A fonte de dados consistiu em 50 prontuários clínicos de pacientes do sexo masculino que realizaram atendimentos estéticos na clínica entre janeiro e maio de 2025. Os resultados evidenciaram que os procedimentos mais demandados foram limpeza de pele (35%), aplicação de toxina botulínica (25%) e depilação a laser (20%), associados principalmente à valorização profissional e manutenção de uma imagem alinhada aos padrões hegemônicos de masculinidade. As motivações centrais incluíram autocuidado, competitividade no mercado de trabalho e influência das redes sociais, revelando uma masculinidade contemporânea que ressignifica práticas estéticas sem abandonar totalmente traços tradicionais de virilidade. Conclui-se que o consumo estético masculino em Manaus reflete uma negociação entre inovação e conservação de normas de gênero, mediada por contextos urbanos e dinâmicas de mercado. 

Palavras-chave: Beleza masculina. Consumo estético. Masculinidade.

1 INTRODUÇÃO 

Nas últimas décadas, os padrões de beleza deixaram de ser exclusivamente associados ao universo feminino e passaram a incorporar, de forma crescente, o corpo masculino. Esse fenômeno, que alguns estudiosos denominam “masculinização da beleza”, refere-se à crescente preocupação dos homens com a aparência física, influenciada por fatores midiáticos, sociais e econômicos (Silva et al., 2024). 

Com a consolidação da cultura da imagem, o corpo passou a ser compreendido como um capital simbólico, e os homens têm recorrido, cada vez mais, a práticas estéticas antes tidas como femininas — como tratamentos faciais, depilação, harmonização facial e procedimentos corporais. Este movimento é perceptível em diversos contextos urbanos, incluindo cidades em processo de reconfiguração cultural como Manaus, onde a expansão do mercado estético acompanha as transformações de comportamento e consumo entre os públicos masculinos (Silva et al., 2024). 

Diante desse panorama, surge a necessidade de investigar de que forma os homens estão se inserindo nesse universo tradicionalmente feminino e quais motivações, valores e representações sociais estão em jogo. Como se expressa, em um contexto local como o de Manaus, essa apropriação masculina as práticas estéticas? Quais fatores impulsionam os homens a buscar procedimentos estéticos? Essas questões orientam a presente pesquisa, que busca compreender os significados e os impactos da masculinização da beleza a partir de um estudo de caso em uma clínica de estética da capital amazonense. 

A relevância deste estudo está em contribuir para a compreensão das novas formas de subjetivação masculina mediadas pelo consumo estético, sobretudo em contextos fora dos grandes centros urbanos do Sudeste e Sul do Brasil. Ao investigar as práticas, discursos e dinâmicas de um público masculino em uma clínica de Manaus, pretende-se não apenas mapear as transformações culturais que envolvem o corpo e a beleza, mas também problematizar a intersecção entre masculinidade, mercado e identidade.  

Assim, esta pesquisa tem como objetivo geral analisar os sentidos atribuídos à beleza masculina e às práticas estéticas por homens atendidos em uma clínica de estética em Manaus. Como objetivos específicos, busca-se: (i) identificar os tipos de procedimentos mais procurados pelo público masculino na clínica estudada; (ii) compreender as motivações e expectativas dos clientes homens em relação aos tratamentos estéticos; (iii) analisar como os ideais de masculinidade se manifestam no consumo estético. 

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA  

2.1 A construção sociocultural da masculinidade 

A masculinidade é compreendida hoje como um fenômeno social e histórico, e não como um atributo natural ou biológico. Conforme Oliveira (2024), a masculinidade hegemônica descreve padrões idealizados de força, domínio e racionalidade que mantêm privilégios estruturais para certos grupos de homens, de modo que, são construídos e reproduzidos culturalmente, atravessando instituições como família, mídia e educação. Logo, torna a masculinidade um campo de disputa e transformação constante. 

Em conformidade com a abordagem de masculinidades múltiplas, estudiosos como Lima-Santos & Santos (2022) reforçam que existem diversas formas de masculinidade, sendo tradicionais, modernas, híbridas, cada uma ressoando em contextos e trajetórias particulares. A noção de masculinidades híbridas combina traços tradicionais (força física, liderança) com aptidões emocionais e afetivas, permitindo uma performance masculina plural e diversificada frente às expectativas normativas. 

No Brasil, a construção da masculinidade está profundamente entrelaçada com a cultura patriarcal e com valores históricos como o autoritarismo, o militarismo e o machismo (Santos et al., 2021). De acordo com Luque & Redondo (2022), o homem brasileiro foi historicamente socializado para exercer poder sobre mulheres e outros homens, com base em discursos de virilidade, honra e domínio. Esse modelo tradicional ainda persiste, mas convive com transformações geracionais, midiáticas e políticas que abrem espaço para múltiplas formas de masculinidade. 

Ademais, no Brasil, Roberto (2024) propõe que a religião atue como mediadora do que entendemos por masculinidade. O estudo revela que homens religiosos internalizam conceitos culturais, sejam tradicionais ou domésticos, de forma reflexiva, indicando que a masculinidade é construída simultaneamente por pressão social e agência individual.  

A pandemia de COVID‑19 destacou ainda mais o caráter construído da masculinidade, pois de acordo com Soares et al. (2021), a imposição de isolamento social evidenciou padrões de masculinidade hegemônica, seja por divisão emocional, invulnerabilidade e resistência ao autocuidado, aumentando riscos à saúde mental masculina. O que de certo modo, demonstra que crises sociais podem intensificar a rigidez das normas de gênero, mostrando que a masculinidade é sensível às condições sociohistóricas. 

A masculinidade hegemônica também é associada a padrões de “machismo” na América Latina, marcados por agressividade, controle e misoginia, como apontado em Santos et al. (2021), no contexto latino-brasileiro. Embora essas características persistam, emergem alternativas urbanas, pluralizantes e menos violentas, frequentemente promovidas por gerações mais jovens e influências midiáticas que valorizam a vulnerabilidade e o autocuidado (Martins et al., 2020). 

De acordo com Balieiro (2021), quatro características emergem com destaque na chamada “masculinidade contemporânea”: inclusão, intimidade emocional, expressão física sensível e resistência a estereótipos rígidos. Ainda que vigente, a masculinidade tradicional convive com uma demanda por performances mais expressivas, afetivas e cooperativas, abrindo espaço para tratamentos estéticos que valorizam a aparência como expressão identitária. 

Atualmente, a mídia, sobretudo a publicidade e as redes sociais, têm desempenhado um papel síncrono na difusão e reconfiguração das imagens de masculinidade. Como Jablonka (2021), os modelos masculinos contemporâneos oscilam entre o “homem sensível” e o “homem de sucesso”, ambos marcados por apelos estéticos e corporais. Esse paradoxo revela como a masculinidade contemporânea se encontra em um momento de transição, absorvendo elementos tradicionalmente femininos (como o cuidado com o corpo) sem abrir mão de certos privilégios simbólicos. 

2.2 Corpo, beleza e consumo na contemporaneidade 

Na contemporaneidade, o corpo tornou-se uma plataforma simbólica central, por meio da qual se expressam identidades, aspirações e pertencimentos sociais. Mais do que uma entidade biológica, o corpo é hoje um artefato cultural continuamente moldado por discursos midiáticos, padrões estéticos e práticas de consumo. Ele deixa de ser apenas um suporte para a existência e passa a ser um projeto, de algo que deve ser trabalhado, transformado e exibido como sinal de valor individual (Gama et al., 2021).  

Nesse processo, Moreira e Bezerra (2021) discorrem que, a beleza adquire uma função reguladora, operando como norma que orienta condutas, desejos e afetos. Logo, a busca por um ideal estético específico, frequentemente inatingível, tornou-se um motor da cultura de consumo. A indústria da beleza, que inclui cosméticos, cirurgias plásticas, academias, dietas e produtos de cuidado pessoal, movimenta bilhões anualmente ao prometer não apenas corpos mais belos, mas também aceitação, sucesso e felicidade. 

Logo, o consumo de produtos ligados à aparência física não é meramente funcional, mas carregado de significados simbólicos, dado que consumir beleza é também consumir pertencimento e prestígio. De modo que, as mídias sociais intensificam esse processo ao transformar o corpo em espetáculo e vitrine, seja em aplicativos como Instagram e TikTok que promovem a exposição constante da imagem corporal, incentivando uma vigilância permanente de si. A lógica do “corpo ideal” é reforçada por algoritmos que privilegiam certos tipos físicos, ampliando desigualdades e gerando padrões homogêneos de beleza. Nesse ambiente, o corpo deixa de ser apenas um meio de expressão individual e passa a ser capital simbólico, medido em curtidas, seguidores e visibilidade digital (Moreira, 2021). 

Conforme Coêlho e Machado (2023), ao mesmo tempo, há uma pressão crescente para que os sujeitos se responsabilizem integralmente por seus corpos. Esse fenômeno, chamado por alguns autores de “biopolítica da beleza”, desloca para o indivíduo a obrigação de se adequar aos padrões estéticos, como se o fracasso em atender às normas corporais fosse um problema exclusivamente pessoal. Esvazia-se, assim, o debate sobre fatores sociais, econômicos e raciais que interferem na construção desses corpos, naturalizando desigualdades sob o verniz da livre escolha. 

As implicações desse cenário são múltiplas, em que de um lado, há um incentivo à autodisciplina e ao culto à performance, alinhado aos valores neoliberais de produtividade, controle e constante superação. O corpo tonificado, jovem e saudável torna-se um símbolo de competência e autocontrole, reforçando a ideia de que o sujeito ideal é aquele que administra a si mesmo como uma empresa. Por outro lado, há um sofrimento psíquico crescente, manifestado em transtornos alimentares, ansiedade, depressão e baixa autoestima (Thebaldi, 2020). 

De acordo com Conde e Seixas (2021), ainda que o padrão hegemônico de beleza seja excludente, também é possível observar a emergência de resistências e deslocamentos. Movimentos como o body positive, por exemplo, procuram desafiar as normas corporais e promover a valorização de corpos diversos, em termos de peso, idade, cor e deficiência. Essas iniciativas tensionam a lógica da padronização, mas também são, muitas vezes, cooptadas pelo mercado, que incorpora discursos de diversidade apenas para ampliar seu público consumidor, sem necessariamente questionar as estruturas que sustentam a exclusão estética. 

Contudo, ainda que haja intersecção entre corpo, beleza e raça, os padrões dominantes de beleza no Ocidente continuam sendo profundamente marcados pela branquitude, o que impõe às populações negras e indígenas pressões específicas para branqueamento simbólico, seja por meio de procedimentos estéticos, seja pela adoção de traços fenotípicos eurocêntricos. Assim, o corpo torna-se também campo de disputa colonial, onde a estética é atravessada por processos históricos de dominação e resistência (Maia, 2021). 

Desta forma, pensar o corpo, a beleza e o consumo na contemporaneidade exige uma abordagem capaz de articular dimensões simbólicas, econômicas, políticas e afetivas. Não se trata apenas de denunciar padrões opressivos, mas de compreender como eles se articulam com lógicas mais amplas de controle social, mercantilização da vida e produção de subjetividades. O corpo, afinal, é onde essas forças se inscrevem com maior intensidade, é nele que se travam as batalhas entre autonomia e normatização, entre liberdade e controle, entre desejo e disciplina (Bandeira & Imanishi, 2023). 

2.3 A masculinização da beleza e o mercado estético 

Nas últimas décadas, assistimos a uma transformação na relação dos homens com a estética corporal. Se antes a vaidade era vista como atributo quase exclusivamente feminino, muitas vezes associada a frivolidade ou desvio da masculinidade tradicional, hoje, a beleza tornou-se também uma preocupação legítima do universo masculino. Logo, a mudança revela não apenas uma ampliação dos padrões de consumo ligados à aparência, mas uma reorganização simbólica dos papéis de gênero na cultura contemporânea (Kenalemang-Palm, 2023). 

Conforme Kenalemang-Palm (2023), a chamada “masculinização da beleza” não significa, porém, que os homens estejam simplesmente imitando os rituais estéticos tradicionalmente associados às mulheres. Trata-se de um fenômeno no qual os cuidados com o corpo são ressignificados dentro de parâmetros ainda alinhados à virilidade. Assim, o culto ao corpo masculino é frequentemente associado a atributos como força, vigor, produtividade e competitividade, valores historicamente ligados ao ideal hegemônico de masculinidade. A vaidade masculina, portanto, se constrói a partir de um discurso que busca compatibilizar beleza com poder. 

O mercado estético, atento a essa mudança cultural, passou a desenvolver produtos e serviços direcionados especificamente ao público masculino. Cosméticos, procedimentos dermatológicos, cirurgias plásticas, academias, suplementos alimentares e linhas de vestuário voltadas ao homem moderno são alguns exemplos de como o consumo da beleza masculina se tornou lucrativo. Nesse contexto, ser um “homem bem cuidado” passa a ser visto como sinal de sucesso, autocontrole e adequação social, e não mais como sinal de feminilidade ou desvio de conduta (Marten & Elyssnia, 2022). 

A mídia e a publicidade auxiliam na construção desse novo imaginário, na qual, propagandas de produtos estéticos masculinos evitam a associação direta com a vaidade e, muitas vezes, se apoiam em discursos de desempenho e funcionalidade: não se trata de “ficar bonito”, mas de “melhorar a performance”, “transmitir confiança” ou “potencializar resultados”. Essa linguagem é construída para manter uma distância simbólica em relação aos estigmas que ainda cercam a feminilidade em homens, reafirmando assim uma virilidade adaptada aos tempos atuais (Ramos, 2025). 

Por outro lado, Casadei (2023) discorre que, essa incorporação dos homens ao circuito da beleza também gera novas pressões. O corpo masculino passa a ser, como o feminino, um território de normatização e cobrança, em que surgem padrões estéticos específicos: corpo definido, sem gordura, com músculos aparentes, cabelo impecável, pele bem tratada, que produzem inseguranças e exigem investimento contínuo de tempo, dinheiro e energia. A masculinização da beleza, portanto, não rompe com a lógica de controle corporal, mas a expande, naturalizando a vigilância estética sobre todos os corpos. 

Essa mudança também revela um aspecto importante do neoliberalismo contemporâneo: 
A estetização da existência como parte da construção da identidade e da autoimagem profissional. Em um mundo onde tudo é mercadoria, inclusive o próprio corpo, o homem “vendável” é aquele que cuida da aparência como sinal de competência e sucesso. A gestão da imagem, antes mais presente no universo feminino, passa agora a compor o repertório masculino, convertendo a estética em capital simbólico e social (Casadei, 2023). 

3 METODOLOGIA  

Esta pesquisa foi conduzida com base em uma abordagem metodológica de natureza qualitativa e quantitativa, ancorada em um estudo de caso realizado em uma clínica de estética localizada na cidade de Manaus, cuja finalidade varia desde o emagrecimento saudável à estética corporal e facial. A escolha por esse delineamento visa compreender, de forma aprofundada, os modos como os homens vêm aderindo às práticas estéticas corporais, observando-se as dinâmicas internas da instituição e os registros documentais que expressam tal fenômeno.  

Para tanto, a pesquisa caracteriza-se como descritiva e exploratória. O caráter descritivo refere-se à sistematização dos dados extraídos dos documentos, enquanto o aspecto exploratório se relaciona à natureza emergente do objeto de estudo: a masculinização da beleza no contexto da estética contemporânea. O foco foi compreender o perfil e as demandas estéticas masculinas a partir da análise dos registros clínicos disponíveis na instituição. 

A fonte de dados consistiu em 50 prontuários clínicos de pacientes do sexo masculino que realizaram atendimentos estéticos na clínica entre janeiro e maio de 2025. A seleção dos documentos se deu por critério não probabilístico, intencional, baseado na disponibilidade e na legibilidade das informações. Todos os prontuários analisados foram previamente autorizados para uso acadêmico pela direção da clínica, que garantiu o acesso aos dados com a devida supressão de nomes, documentos e qualquer elemento identificador, assegurando o anonimato e a confidencialidade dos indivíduos. 

A análise documental concentrou-se em três eixos principais: (1) registros de anamnese estética, (2) histórico de procedimentos estéticos realizados (tipo, frequência, sequência) e (3) justificativas e objetivos relatados pelos pacientes. A partir dessa triagem, foi possível identificar padrões e recorrências que evidenciam aspectos relevantes da masculinidade contemporânea e do consumo de estética entre homens. 

Para a organização dos dados, foi utilizada uma planilha eletrônica no Microsoft Excel, onde os prontuários foram categorizados conforme as variáveis de interesse. As informações quantitativas foram tabuladas e apresentadas em termos de frequências absolutas e relativas, o que permitiu identificar as tendências predominantes na procura por procedimentos, faixas etárias mais representadas e perfis profissionais mais frequentes. 

Os dados qualitativos, extraídos das descrições presentes nos campos de anamnese e nas observações dos profissionais da clínica, foram tratados por meio da análise de conteúdo, conforme proposta por Bardin (2016). Essa técnica permitiu organizar o material em categorias temáticas emergentes, como “autocuidado”, “preocupação com a aparência profissional”, “influência das redes sociais” e “conformidade com padrões de masculinidade”. A análise buscou interpretar esses conteúdos em diálogo com os referenciais teóricos sobre masculinidade, corpo e estética. 

Dessa forma, a metodologia adotada permitiu compreender a masculinização da beleza a partir de evidências concretas registradas no cotidiano clínico, oferecendo subsídios relevantes para refletir sobre os novos contornos da estética masculina no contexto contemporâneo. 

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 

A análise documental realizada com base nos prontuários de atendimento da clínica estética, referentes ao período de janeiro a maio de 2025, permitiu identificar o perfil dos pacientes do sexo masculino e os principais procedimentos por eles realizados. A amostra analisada correspondeu a 50 prontuários masculinos, representando uma média de 10 atendimentos por mês para esse público. 

Conforme o Gráfico 1, durante esse período, observou-se que os homens representaram uma parcela de 20% do total de pacientes atendidos pela clínica, indicando uma tendência de crescimento na busca por procedimentos estéticos entre esse grupo. O gráfico a seguir apresenta a proporção percentual de pacientes homens em relação ao total de atendimentos mensais da clínica:

Os dados revelam que, embora ainda minoritários em comparação ao público feminino, os homens têm comparecido com regularidade aos atendimentos, o que evidencia a consolidação de novos hábitos de consumo e cuidado com a aparência. Os procedimentos mais frequentemente realizados por esses pacientes foram: limpeza de pele, toxina botulínica (botox), depilação a laser, endolaser e harmonização íntima masculina.

A Tabela 1 apresenta a distribuição percentual dos procedimentos estéticos mais realizados por pacientes do sexo masculino atendidos na clínica entre os meses de janeiro e maio de 2025. Ao todo, foram registrados 50 procedimentos, sendo a limpeza de pele o mais frequente, representando 35% do total. Em seguida, destaca-se a aplicação de toxina botulínica (botox) com 25%, enquanto a depilação a laser correspondeu a 20% dos atendimentos. Procedimentos mais específicos, como Endolaser e harmonização íntima masculina, apresentaram menor demanda, ambos com 10% cada. Esses dados demonstram que, embora práticas tradicionais de cuidado facial ainda predominem, há uma diversificação crescente nos tipos de intervenção procurados por homens. A seguir, o Gráfico 2 ilustra visualmente essa distribuição percentual.

Conforme o Gráfico 2, a limpeza de pele foi o procedimento mais frequente entre os homens, sendo 18 procedimentos entre o período do estudo, apontando uma crescente valorização da aparência facial, sobretudo em relação à prevenção da acne, controle da oleosidade e rejuvenescimento. Segundo Kenalemang-Palm (2023), práticas básicas de cuidado facial têm se tornado cada vez mais comuns entre homens jovens e adultos como expressão de autocuidado e profissionalismo, especialmente em áreas urbanas e entre trabalhadores da área de serviços. 

Já o uso de botox foi observado principalmente em pacientes acima de 30 anos, com foco na suavização de linhas de expressão, notadamente na região da testa e dos olhos. Ao total foram 12 procedimentos realizados, ou seja, 25%, o que reforça os achados de Montes & Dutton (2024), que identificaram o aumento da procura masculina por procedimentos minimamente invasivos, ligados a um ideal de juventude duradoura e competitividade profissional. 

A depilação a laser, por sua vez, foi procurada por 20% dos homens para áreas como tórax, costas e região íntima, demonstrando a busca por um corpo mais “limpo” e dentro dos padrões hegemônicos de beleza, sendo 10 procedimentos em si. Essa prática pode ser relacionada ao que Ramos (2025) denomina de “masculinidade higienizada”, uma construção contemporânea que valoriza o corpo disciplinado, depilado e alinhado aos imperativos do mercado estético. 

A presença do Endolaser e da harmonização íntima masculina, que totalizaram 20% dos procedimentos mais procurados, procedimentos que indicam um avanço nos padrões de consumo estético masculino, superando cuidados básicos e adentrando o campo da remodelação corporal e da performance genital. Tais práticas dialogam com estudos de Camargo et al. (2025), que afirmam que a estética íntima masculina rompe com tabus tradicionais e expressa uma nova masculinidade baseada na visibilidade e no controle do corpo. 

Esses resultados apontam para uma clara reconfiguração dos modos de ser homem na contemporaneidade, em que a estética corporal se torna uma ferramenta de identidade, afirmação e até distinção social. O homem que consome estética não necessariamente rompe com padrões hegemônicos de masculinidade, mas atualiza-os conforme as exigências contemporâneas de desempenho, juventude e aparência. 

A presença constante de homens na clínica ao longo de cinco meses demonstra também a consolidação de um novo perfil de consumidor estético, mais atento ao cuidado com a aparência e à manutenção da imagem pessoal. Ao mesmo tempo, a atuação da clínica como espaço de mediação entre corpo, consumo e identidade reforça o papel das instituições estéticas na construção e reprodução de padrões de beleza masculinos. 

Ademais, pode-se considerar que, o argumento de autores como Silva, Garcia & Pereira (2024), que discutem a estetização da masculinidade como parte de um movimento mais amplo de “mercadorização do corpo”, em que a aparência física se torna central nas dinâmicas sociais e afetivas. A análise documental, ainda que limitada, faz compreender as motivações e expectativas dos homens que recorrem aos procedimentos estéticos na clínica. Em geral, os registros indicam que os pacientes buscam melhorar a aparência facial e corporal, com ênfase em aspectos como rejuvenescimento, prevenção de sinais de envelhecimento, cuidado com a pele e redução de pelos. Muitas vezes, essas intervenções são associadas à valorização profissional, autoconfiança e até melhora da autoestima em relações interpessoais.  

No entanto, as escolhas revelam uma preferência por procedimentos discretos e de resultados sutis, o que aponta para uma preocupação em manter uma imagem que não fuja aos padrões convencionais de masculinidade. Esse comportamento está em sintonia com estudos recentes que identificam um “cuidado calculado” no universo masculino, em que o homem moderno permite-se cuidar da estética desde que isso não comprometa sua identidade viril tradicional (Serpa et al., 2024). 

Os prontuários analisados indicam uma busca por equilíbrio entre aparência bem cuidada e manutenção de traços “másculos”, como a rigidez do maxilar, ausência de traços delicados e o aspecto limpo, mas não “afetado”. A escolha de procedimentos como botox e limpeza de pele, por exemplo, aparece vinculada a um cuidado preventivo, quase funcional, enquanto a harmonização íntima e o endolaser — menos comuns — podem indicar um avanço na abertura a práticas antes consideradas femininas.  

Assim, os ideais contemporâneos de masculinidade se atualizam no espaço da estética: 
Há uma flexibilização no que é permitido ao corpo masculino, mas ainda dentro dos limites impostos por um modelo hegemônico que valoriza o autocontrole, a racionalidade e a virilidade visível (Serpa et al., 2024). O consumo, portanto, torna-se uma forma de performance de gênero, em que o homem moderno reafirma sua masculinidade mesmo ao entrar em um espaço tradicionalmente feminino, como o da estética corporal. 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 

A pesquisa sobre a masculinização da beleza em uma clínica de estética em Manaus revelou transformações nos padrões de consumo e cuidado corporal masculino, além de destacar as motivações e representações sociais envolvidas nesse processo. Os resultados demonstraram que os homens estão se inserindo progressivamente no universo estético, tradicionalmente associado ao feminino, mas de maneira ressignificada, alinhando práticas de beleza a valores como profissionalismo, autoconfiança e manutenção de uma imagem viril. 

No que tange a identificação dos procedimentos mais procurados, os procedimentos mais demandados pelos homens na clínica foram limpeza de pele (35%), aplicação de botox (25%) e depilação a laser (20%). Procedimentos como Endolaser e harmonização íntima masculina, embora menos frequentes (10% cada), indicam uma diversificação crescente no consumo estético masculino. Ou seja, evidenciam uma preferência por intervenções discretas e funcionais, que não comprometam a imagem tradicional de masculinidade. 

As motivações principais incluem a valorização profissional, a busca por rejuvenescimento e a melhora da autoestima. Os homens associam os tratamentos estéticos a benefícios práticos, como transmitir confiança e competitividade no mercado de trabalho, reforçando a ideia de um “cuidado calculado” que não desafie normas de gênero hegemônicas. Ademais, a análise revelou que os homens atualizam os ideais de masculinidade ao adotar práticas estéticas, mas dentro de limites que preservam traços viris. Por exemplo, o botox é justificado como uma forma de “manutenção” da vaidade, enquanto a depilação a laser reflete um ideal de corpo “higienizado” e disciplinado.  

Logo, em Manaus, a apropriação masculina das práticas estéticas ocorre de forma gradual e contextualizada, com clínicas adaptando serviços e linguagens para atender a um público que busca funcionalidade e discrição. A cidade, em processo de reconfiguração cultural, reflete tendências globais, mas com nuances locais, em que os principais fatores são a pressão por competitividade profissional, a influência das redes sociais (que difundem padrões estéticos) e a busca por aceitação social. A mídia e a publicidade também são importantes ao associar beleza masculina a desempenho e sucesso, evitando estereótipos feminizantes.  

Portanto, o estudo contribui para a compreensão das novas subjetividades masculinas em contextos urbanos fora dos grandes centros do Sudeste e Sul do Brasil, destacando a interseção entre gênero, mercado e identidade. Como limitação, a pesquisa restringe-se a uma única clínica, sugerindo a necessidade de futuros estudos com amostras mais diversificadas e métodos complementares (como entrevistas) para aprofundar as motivações subjetivas.  

REFERÊNCIAS 

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1Discente do Curso Superior de Administração da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (FUCAPI); e-mail: polybruna20@yahoo.com
2Docente do Curso Superior de Administração da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (FUCAPI); Doutorando em Engenharia Elétrica pela Flórida University USA (FUUSA).
e-mail: eng.emersonleaobrito@gmail.com