EARLY PHYSIOTHERAPEUTIC INTERVENTION IN PATIENTS AFFECTED BY BRAIN VASCULAR ACCIDENT.
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE – UNINORTE
ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO SUPERIOR DE FISIOTERAPIA
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu pai, que não está mais ao meu lado; mas que em vida me disse para que eu não parasse de estudar, que eu me formasse, e que se ele estivesse aqui estaria muito orgulhoso de mim. Meu “coração salta de alegria” por tudo, pela conquista! Obrigada pai!
AGRADECIMENTO
Grata à Deus em primeiro lugar, por ter acreditado e me ajudado, pela Sua Presença no decorrer da minha caminhada, pois sem Deus comigo, eu jamais teria conseguido chegar até aqui. Também quero agradecer ao meu amor Odon Brasil, que sempre está do meu lado nos momentos bons e difíceis, pelo seu amor e seu cuidado, por me encorajar e me entender. Agradeço à minha Família, e principalmente a minha mãe, que me compreendeu e entendeu a minha ausência, nos dias e datas importantes, na qual eu não podia está presente, pois estava me dedicando aos meus estudos para fazer uma boa prova ou uma apresentação
Aos meus professores pelas correções e ensinamentos que me permitiram apresentar e desenvolver o melhor de mim no meu processo de formação profissional. Enfim cada um que colaborou para que eu pudesse hoje está realizando esse sonho.
EPIGRAFE
“O Senhor é o meu Pastor e nada me faltará”.
Salmos 23:01
RESUMO
Introdução: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é descrito como uma síndrome neurológica de início súbito, proveniente de uma interrupção do fluxo sanguíneo gerando lesão ao Sistema Nervoso Central (SNC). Metodologia: Esse estudo constitui-se de uma revisão sistemática analítica, por meio de artigos científicos com publicações nacionais e internacionais consultadas na base de dados como SciElo, Lilacs e Google Acadêmico. Resultados: Verificou-se por meio da bibliografia que existem diversos recursos que podem ser utilizados pela fisioterapia para a recuperação dos acometido de AVE; e Discussão: Por meio de comparações da literatura, viu-se que as seqüelas do AVE pode influenciar totalmente as atividades cotidianas dos indivíduos, assim sendo, é importante que o tratamento fisioterapêutico seja imediato, e, dessa forma o indivíduo poderá ter uma melhor qualidade de vida; Considerações Finais: Conclui-se que a intervenção precoce da fisioterapia se faz necessária na reabilitação dos acometidos por AVE.
Palavras-chaves: Fisioterapia. AVE. Intervenção precoce.
ABSTRACT
Introduction: The cerebrovascular accident (CVA) is described as a neurological syndrome of sudden onset, resulting from an interruption of blood flow causing damage to the Central Nervous System (CNS). Methodology: This study consists of an analytical systematic review, through scientific articles with national and international publications consulted in databases such as SciElo, Lilacs and Google Scholar. Results: It was found through the bibliography that there are several resources that can be used by physiotherapy for the recovery of those affected by stroke; and Discussion: Through literature comparisons, it was seen that stroke sequelae can totally influence the daily activities of individuals, therefore, it is important that the physical therapy treatment is immediate, and thus the individual can have a better quality of life; Final Considerations: It is concluded that the early intervention of physiotherapy is necessary in the rehabilitation of those affected by stroke.
Keywords: Physiotherapy. AVE. Early intervention.
1 INTRODUÇÃO
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é descrito como uma síndrome neurológica de início súbito, proveniente de uma interrupção do fluxo sanguíneo gerando lesão ao Sistema Nervoso Central (SNC). Quando causado por obstrução sanguínea denomina-se AVE isquêmico (AVEi) e quando for por extravasamento de sangue, caracteriza o AVE hemorrágico. Entre os principais sintomas do AVE estão os – de dormência ou fraqueza do braço, da perna ou da face, sobretudo em um dos lados do corpo (hemiparesia/hemiplegia) (RODRIGUES T. A. et al., 2012).
Albano, Pinheira e Coutinho (2013) relatam alguns fatores que podem ser considerados de risco para o AVE, podendo ser fatores não modificáveis, como – etnia, baixo peso ao nascer, idade, sexo e doenças hereditárias; ou fatores modificáveis, como síndrome metabólica, tabagismo, hipertensão, diabetes mellitus, doenças cardíacas, abuso de álcool drogas, reposição hormonal, doença arterial coronariana, estenosecarotídea, dislipidemia e outros.
Mateus et al. (2017) destaca que as complicações relacionadas à imobilidade são comuns após o AVC, assim complicações físico-funcionais são observadas nos sistemas musculoesquelético, circulatório, respiratório e imunológico, o que pode retardar a recuperação e a oportunidade para a plasticidade cerebral e reparação de danos. Dentre estas complicações, podem ser observada, diminuição na força muscular e na amplitude de movimento das articulações e aumento no percentual de gordura, aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca de repouso, trombose venosa profunda, edema de membros, redução dos volumes e capacidades pulmonares, atelectasias, acúmulo de secreções, diminuição do peristaltismo intestinal, infecções do trato urinário, lesão por pressão, entre outros.
Segundo Mota; Natalino; Waltrick (2018) a intervenção fisioterapêutica auxilia na rápida e pronta recuperação do indivíduo com seqüela de AVE e é de suma importância que seja instituída precocemente.
A mobilização precoce caracteriza-se por um tempo de hospitalização (ou de permanência no leito) menor que o praticado normalmente e tem por objetivo acelerar a capacidade de caminhar ou mover-se, diminuindo o tempo para deambulação (MATEUS et al., 2017)
Nesse contexto, justifica-se entender como a intervenção fisioterapêutica precoce ao paciente com acidente vascular encefálico, pode ajudar na reabilitação desses pacientes e assim trazer uma melhor qualidade de vida, já que essa patologia pode trazer seqüelas graves em fases tardias quando não são tratadas precocemente.
A pesquisa tem como objetivo analisar como a intervenção fisioterapêutica precoce pode ajudar na reabilitação de pacientes com acidente vascular encefálico.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE).
De acordo com Martins et al (2018) o Acidente Vascular Encefálico (AVE) ou Acidente Vascular Cerebral (AVC) ocorre a nível dos vasos sanguíneos que transportam o sangue arterial para o cérebro, podendo ocorrer de duas formas: isquêmico – quando há um entupimento; ou hemorrágico – quando há um rompimento desses vasos. Esses acontecimentos podem provocar sequelas nas áreas que sofreram com a interrupção de circulação sanguínea, ocasionando algum tipo de disfuncionalidade, parcial ou total, sendo considerada uma doença grave e muito freqüente.
Fernandes et al. (2012), aponta que o AVE pode ocasionar diversas deficiências, como: disfunções motoras, sensitivas, mentais, perceptivas e da linguagem, manifestados na locomoção e no cuidado pessoal do acometido pela doença.
Logo após o AVE o individuo apresentará alterações de tônus, o qual o membro afetado se encontrará em um estado de flacidez, que impossibilita o individuo de manter o membro em qualquer posição. Desta forma ocorrerá a perda de padrões de movimento no membro afetado, gerando uma série de mecanismos compensatórios (MARTINS E. et al., 2018).
Entre três e seis meses após a lesão, os pacientes apresentam maiores chances de recuperação funcional, a fase crônica pode ser considerada em pacientes com mais de seis meses após o AVE (RODRIGUES, et al., 2012).
2.2 QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES ACOMETIDOS PELO AVE.
Cardoso C. V. et al (2018) apontam que os indivíduos após o AVE demonstram grande dificuldade na mobilidade e nas tarefas de “cuidados pessoais”, o preparo e a supervisão podem ser comuns inicialmente durante o programa de reabilitação, mas ao seu final, o preparo torna-se menos habitual, esperando que o cuidador já esteja suficientemente seguro para deixar o paciente realizar as tarefas sozinhas sem orientação.
Para Mota; Natalino; Waltrick (2018) após uma lesão cerebral aguda, os indivíduos que sobrevivem, começam a demonstrar recuperação comportamental e as manifestações biológicas essenciais da recuperação refletem a habilidade organizacional inerente ao sistema.
Para Fernandes et al. (2012) acredita que um indivíduo, ao assumir o papel de cuidador, deve realizar tudo pelo doente, não o considerando como ativo e participativo na sua recuperação, super protegendo e apresentando resistência em estimular o paciente.
2.3 A INTERVENÇÃO PRECOCE DA FISIOTERAPIA.
As sessões de fisioterapia devem começar o quanto antes, ainda no hospital e deve ser realizada preferencialmente todos os dias, porque quanto mais rápido o paciente for estimulado, mais rápida será a sua recuperação (FIGUEIREDO; MEJIA, 2014).
Silva e Lima 92016), apontam que a reabilitação durante o estágio agudo pode ter imediato (dentro de 48 horas se o paciente estiver clinicamente estável) e os objetivos dessa reabilitação precoce são a prevenção de deterioração secundária tanto física, como intelectual e emocional, e preparo do paciente e familiares para os desafios à frente.
Assis e Soares (2011) afirmam que quando iniciada precocemente a fisioterapia motora aperfeiçoa o potencial do paciente para a recuperação funcional, dessa forma, são usadas técnicas convencionais com o objetivo de promover estímulos sensoriais para a recuperação dos movimentos, estimulando novas conexões com o Sistema Nervoso Central contribuindo para a plasticidade neural.
De acordo com Figueiredo, Mejia, (2014) a fisioterapia após AVE melhora a qualidade de vida e a recuperar os movimentos perdidos. O principal objetivo é devolver a capacidade motora e fazer com que o paciente seja capaz de realizar suas atividades da vida diária sozinho, sem necessitar de um cuidador.
Para Assis; Soares (2011), a cinesioterapia, o posicionamento e manuseio correto no leito que se faz importante principalmente na fase aguda, trazendo benefícios como: prevenção de deformidades, prevenção de problemas circulatórios, estimulo do dimídio comprometido, promovendo também a consciência corporal, além de estimular o alinhamento corporal para que não hajam complicações.
De acordo com Figueiredo.; Mejia,. (2014), esses são alguns exemplos de exercícios de fisioterapia que podem ser usados após um AVE para recuperar força e mobilidade nos braços e pernas incluem: abrir e fechar os braços, à frente do corpo, podendo variar em: abrir somente um braço de cada vez e depois os dois ao mesmo tempo; caminhar em linha reta, e depois alternando entre ponta dos pés e calcanhares; uso da bicicleta ergométrica por 15 minutos, depois pode-se variar resistência e distância alcançada; caminhar na esteira durante cerca de 10 minutos com ajuda do fisioterapeuta. Estes exercícios podem ser feitos de forma contínua de acordo com o limite fisiológico do paciente. É importante ressaltar a importância da higiene brônquica e alongamentos musculares antes dos exercícios para que não haja o acumulo de secreção e os músculos extirem.
Fernandes et al. (2012) afirmam que além da intervenção na parte motora, se faz necessário um acompanhamento da fisioterapia respiratória, com o objetivo de aperfeiçoar a ventilação e a oxigenação alveolar, pois devido as alterações musculares causadas pela doença pode-se resultar em um déficit na função respiratória, que se não acompanhada, pode evoluir para o uso da ventilação mecânica (VM).
Para Figueiredo; Mejia, (2014) a fisioterapia pode conseguir muitos benefícios, como: melhorar a simetria facial; aumentar a movimentação dos braços e pernas; facilitar o andar, e tornar o indivíduo mais independente nas suas atividades diárias, como pentear o cabelo, cozinhar e se vestir, por exemplo.
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Esse estudo constitui-se de uma revisão sistemática analítica, por meio de artigos científicos com publicações nacionais e internacionais consultadas na base de dados como SciElo, Lilacs e Google Acadêmico, utilizando-se de termos como: Fisioterapia Precoce, Acidente Vascular Cerebral, Acidente Vascular Encefálico somente em língua portuguesa. Os critérios para a seleção dos artigos foram: artigos sobre a temática publicados nos últimos 10 anos foram citados no trabalho artigos especificamente de 2011 a 2018 e excluídos os artigos que não estavam de acordo com o tema proposto nessa pesquisa.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1. Resultados do levantamento dos artigos incluídos na revisão sistemática
ANO | AUTOR | TIPO DE ESTUDO | RESULTADO |
2011 | ASSIS; SOARES | Estudo de caso Exploratório e Descritivo | Os resultados deste estudo mostraram que a cinesioterapia contribuiu na melhora do quadro álgico de pacientes com AVE. |
2012 | FERNANDES ET AL. | Estudo Transversal | Os resultados da análise bivariada mostraram que as pontuações da Medida de Independência Funcional não foram significativamente superiores para os indivíduos que faziam fisioterapia quando comparados àqueles que não faziam. Isso foi observado, tanto quando se considerou o escore total, quanto por domínios. Apenas a análise por dimensões mostrou que o item \”transferência\” foi estatisticamente significante para os que faziam fisioterapia. Considerando que o treinamento de atividades de transferência e locomoção são atividades nas qual a fisioterapia tem maior participação. |
2012 | RODRIGUES, T. A. et al. | Estudo de caso analítico | Após as análises feitas dos estudos de caso presente na pesquisa, observou-se que a bandagem terapêutica reduz o limiar de dor no ombro hemiplégico do acometido por AVE. |
2013 | ALBANO; PINHEIRA; COUTINHO. | Estudo de caso não experimental do tipo comparativo | Viu-se na pesquisa que os cuidados de fisioterapia produzem alterações significativas em indivíduos com seqüelas de AVC em condição crônica em nível da marcha. |
2014 | FIGUEIREDO; MEJIA.. | Revisão Bibliográfica | Concluiu-se que a Fisioterapia tem como propósito proteger ou restaurar a identidade pessoal e social dos pacientes. Estes profissionais contribuem de forma decisiva no tratamento dos pacientes que por conta de suas incapacidades e disfunções neurológicas são deixados nos leitos e/ou cadeiras de rodas, sem que haja a oportunidade de reabilitação e reintegração destes pacientes à sociedade. |
2016 | SILVA; LIMA. | Revisão Sistemática | Foi visto através da pesquisa que as abordagens fisioterapêutica auxiliam no processo de recuperação precoce dos pacientes com AVC, atuando diretamente no ganho de aspectos funcionais, físicos e sociais contribuindo assim para a melhora da qualidade de vida promovendo diversos benefícios como: melhora da marcha, melhora na mobilidade física, melhora do equilíbrio, melhora da função motora, melhora na transferência, melhora da capacidade aeróbia, independência funcional, bom controle postural, melhora da sensibilidade e da força muscular. |
2018 | CARDOSO ET AL. | Estudo Randomizado comparativo. | Este estudo mostrou que o treinamento resistido é muito importante para as pessoas com sequelas de hemiplegia pós AVE, por melhorar a capacidade funcional como o equilíbrio dinâmico, além de contribuir em suas atividades cotidianas com o aumento da força muscular global. |
2018 | MARTINS ET AL. | Pesquisa descritiva de abordagem qualitativa | Concluiu-se nesse estudo, que é necessária uma atuação fisioterapêutica precoce, sendo preconizado os recursos manuais, a cinesioterapia, posicionamento no leito e ajustes dos parâmetros ventilatórios |
2018 | MATEUS ET AL. | Revisão bibliográfica sistemática | Observaram-se através deste estudo que os melhores resultados ocorreram por meio da mobilização precoce aplicada após 24 horas do acidente vascular cerebral com melhora funcional em longo prazo e redução de complicações graves quando comparada a terapia convencional. |
2018 | MOTTA; NATALIO; WALTRICK | Pesquisa descritiva e documental | Concluiu-se que foi de suma importância a atuação e intervenção fisioterapêutica, a qual auxiliou na rápida e pronta recuperação do indivíduo com seqüela de AVE. |
Assis e Soares, 2011, em seu estudo, mostraram que houve uma melhora mais significativa do quadro álgico ao repouso, promovido pela mobilização passiva. Ressaltando que em apenas um número pequeno de sessões o resultado foi positivo, confirmando que a grande importância da intervenção fisioterapêutica precoce tem na prevenção de futuras deformidades e da diminuição do quadro álgico, possibilitando ao paciente acometido pelo AVE, a melhora na funcionalidade e qualidade de vida.
No estudo de Fernandes et al. 2012, foram avaliados não apenas indivíduos em tratamento fisioterapêutico, mas também aqueles que nunca foram submetidos à reabilitação motora, sendo observado que pontuações médias elevadas prevaleceram, invariavelmente, em todos os itens.
Em uma pesquisa bibliográfica realizada por Rodrigues et al. 2012,verificou-se que o uso da bandagem no ombro hemiplégico, por quatro semanas, em pacientes com AVE agudo, limitou o desenvolvimento de dor no ombro doloroso quando comparado ao grupo controle e ao grupo que realizou a técnica de placebo.
Albano, Pinheiro e Coutinho, 2013, em seu estudo de caso, fizeram comparação das variáveis no inicio do tratamento, no final e dois meses após o tratamento, não revelando diferenças significativas entre grupos. O grupo que recebeu cuidados apresenta ganhos significativos em algumas variáveis no final do tratamento, mas sem significado quando comparado com o grupo que não recebeu cuidados.
Figuereido e Meija, 2014 sugerem que após o conhecimento proporcionado pelo trabalho à comunidade, a fisioterapia no AVE apresenta-se como uma resolução dos seus problemas. Porém, o tempo dedicado ao atendimento no domicílio e a metodologia de eleição dos usuários que necessitam de atendimentos apresenta-se como um grande desafio a ser esclarecido no processo de trabalho do fisioterapeuta juntamente com os demais profissionais da atenção básica.
Silva e Lima, 2016, em sua revisão sistemática apresenta algumas evidencias de que as intervenções fisioterapêuticas direcionadas para a modulação desses processos otimizam a reorganização do tecido neural, havendo assim, uma melhora mais expressiva da condição inicial do paciente com sequelas de lesões centrais.
Cardoso et al.2018, analisaram pacientes que participaram de um programa de exercícios de condicionamento físico no período de setembro de 2011 a julho de 2013. Observando o aumento significativo em força muscular dos membros inferiores se comparados com o inicio do tratamento.
Martins et al, 2018, apontam que todos os profissionais que participaram da pesquisa, concordaram que é necessária uma atuação fisioterapêutica precoce, sendo preconizado os recursos manuais, a cinesioterapia, posicionamento no leito e ajustes dos parâmetros ventilatórios. Sendo as complicações motoras e respiratórias as mais citadas dentre as complicações secundárias.
De acordo com a literatura aplicada no estudo de Mateus et al. 2018, afirma-se que a mobilização precoce pode otimizar o estado funcional e o tratamento convencional é mais seguro no acidente vascular encefálico.
Motta, Natalio e Waltrick, 2018, em seu estudo onde foram coletados 180 prontuário s de pacientes com AVE, internados no Hospital Governador Celso Ramos de Florianópolis, no período de julho de 2004 a julho de 2005. De acordo com os dados adquiridos nos prontuários, pode-se verificar que a intervenção da fisioterapia reduziu o tempo de internação dos pacientes, excluindo, entretanto, casos excepcionais de intercorrências graves e de maior comprometimento que ainda encontravam-se internados ao fim desta pesquisa.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através deste artigo, conclui-se que as seqüelas do AVE pode influenciar totalmente as atividades cotidianas dos indivíduos, assim sendo, foi importante a pesquisa, pois com o tratamento imediato, o indivíduo poderá ter uma melhor qualidade de vida.
Portanto, o objetivo geral deste trabalho foi alcançado, pois mostrou que a intervenção precoce da fisioterapia na reabilitação dos acometidos por AVE se faz necessária, como também, mostrou os vários métodos que a fisioterapia pode atuar nessa reabilitação.
A leitura bibliográfica nos mostrou também que apesar de se ter diversos recursos que podem ser utilizados pela fisioterapia para a recuperação dos acometido de AVE, entretanto é necessário que cada profissional planeje metas possíveis, com um bom programa de tratamento para esses pacientes, que respeitem suas limitações e adéquem essas formas de intervenção conforme as necessidades dos pacientes.
5 REFERÊNCIAS
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ASSIS, C. S.; SOARES, A. T. G. N. Intervenção fisioterapêutica no acidente vascular encefálico: relato de caso.Rev. Horus., v. 4, n.1, p.216-227, 2011. Disponível em: https://docplayer.com.br/19717635-Intervencao-fisioterapeutica-no-acidente-vascular-encefalico-relato-de-caso.html. Acessado em: 19/09/2021.
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FERNANDES M. B; CABRAL D. L; SOUZA R. J. P; SEKITANI H. Y; SALMELA L F. T.; LAURENTINO G. E. C. Independência funcional de indivíduos hemiparéticos crônicos e sua relação com a fisioterapia. Revista SciElo. Fisioter. mov. 25 (2). Junho 2012. Disponível em:<https://www.scielo.br/j/fm/a/SwZcTb7vhdyjHj3MyGGfnNh/?lang=PT>. Acesso em: 28.
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