A INTERSECÇÃO ENTRE OBESIDADE, INFLAMAÇÃO E DISFUNÇÕES GINECOLÓGICAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA SOBRE OS MECANISMOS IMUNOLÓGICOS E METABÓLICOS ENVOLVIDOS 

THE INTERSECTION BETWEEN OBESITY, INFLAMMATION, AND GYNECOLOGICAL DYSFUNCTIONS: AN INTEGRATIVE REVIEW ON THE IMMUNOLOGICAL AND METABOLIC MECHANISMS INVOLVED 

LA INTERSECCIÓN ENTRE OBESIDAD, INFLAMACIÓN Y DISFUNCIONES GINECOLÓGICAS: UNA REVISIÓN INTEGRATIVA SOBRE LOS MECANISMOS INMUNOLÓGICOS Y METABÓLICOS INVOLUCRADOS 

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/dt10202511302304


Mario Cezar Saffi Junior1
Paulo Roberto Costa de Almeida2
Renato Van Wilpe Bach3
Luiz Antonio Favero Filho4
Giovani Marino Favero2


RESUMO 

Objetivo: Discutir as inter-relações entre obesidade, inflamação e disfunções ginecológicas, enfatizando os  mecanismos imunológicos e metabólicos que conectam o tecido adiposo à modulação endócrina e à saúde  uterina e ovariana. Métodos Realizou-se uma busca nas bases PubMed, SciELO e ScienceDirect, incluindo  estudos publicados entre 2015 e 2025. Foram selecionados artigos que abordam a fisiologia do tecido  adiposo, processos inflamatórios associados à obesidade e repercussões sobre a função reprodutiva  feminina, considerando aspectos hormonais, metabólicos e imunológicos. Resultados: Os estudos  analisados evidenciaram que o tecido adiposo funciona como um órgão endócrino ativo, capaz de liberar  citocinas pró-inflamatórias, como IL-6, TNF-α e IL-17. Esses mediadores participam de um eixo metabólico imune que interfere diretamente na função ovariana, no processo ovulatório e no microambiente uterino. Além  disso, observaram-se associações entre inflamação crônica de baixo grau e condições como síndrome dos  ovários policísticos, endometriose, infertilidade e maior risco para neoplasias hormônio-dependentes. Conclusão: A compreensão dessa interface entre metabolismo e inflamação oferece novas perspectivas para  terapias individualizadas em ginecologia e obstetrícia, com potencial aplicação em contextos clínicos e  preventivos. 

Palavras-chave: Obesidade, Ginecologia, Disfunções reprodutivas, Citocinas. 

ABSTRACT 

Objective: To discuss the interrelationships among obesity, inflammation, and gynecological dysfunctions,  emphasizing the immunological and metabolic mechanisms that link adipose tissue to endocrine modulation  and uterine and ovarian health. Methods: A search was conducted in the PubMed, SciELO, and ScienceDirect  databases, including studies published between 2015 and 2025. Articles addressing adipose tissue  physiology, inflammatory processes associated with obesity, and repercussions on female reproductive  function were selected, considering hormonal, metabolic, and immunological aspects. Results: The analyzed  studies showed that adipose tissue functions as an active endocrine organ capable of releasing pro inflammatory cytokines such as IL-6, TNF-α, and IL-17. These mediators participate in a metabolic–immune axis that directly affects ovarian function, the ovulatory process, and the uterine microenvironment. In addition,  associations were observed between low-grade chronic inflammation and conditions such as polycystic ovary  syndrome, endometriosis, infertility, and an increased risk of hormone-dependent neoplasms. Conclusion: Understanding this interface between metabolism and inflammation offers new perspectives for  individualized therapies in gynecology and obstetrics, with potential applications in both clinical and preventive  contexts. 

Key words: Obesity, Gynecology, Reproductive dysfunctions, Cytokines. 

RESUMEN 

Objetivo: Discutir las interrelaciones entre obesidad, inflamación y disfunciones ginecológicas, enfatizando  los mecanismos inmunológicos y metabólicos que conectan el tejido adiposo con la modulación endocrina y  la salud uterina y ovárica. Métodos: Se realizó una búsqueda en las bases PubMed, SciELO y ScienceDirect,  incluyendo estudios publicados entre 2015 y 2025. Se seleccionaron artículos que abordaban la fisiología del  tejido adiposo, los procesos inflamatorios asociados con la obesidad y las repercusiones sobre la función  reproductiva femenina, considerando aspectos hormonales, metabólicos e inmunológicos. Resultados: Los  estudios analizados evidenciaron que el tejido adiposo funciona como un órgano endocrino activo, capaz de  liberar citocinas proinflamatorias como IL-6, TNF-α e IL-17. Estos mediadores participan en un eje metabólico inmune que interfiere directamente en la función ovárica, en el proceso ovulatorio y en el microambiente  uterino. Además, se observaron asociaciones entre la inflamación crónica de bajo grado y condiciones como  el síndrome de ovario poliquístico, la endometriosis, la infertilidad y un mayor riesgo de neoplasias  hormonodependientes. Conclusión: La comprensión de esta interfaz entre metabolismo e inflamación ofrece  nuevas perspectivas para terapias individualizadas en ginecología y obstetricia, con potencial aplicación en  contextos clínicos y preventivos. 

Palabras clave: Obesidad, Ginecología, Disfunciones reproductivas, Citocinas. 

INTRODUÇÃO 

A obesidade é reconhecida mundialmente como um dos principais problemas de saúde pública do  século XXI, apresentando taxas crescentes em diferentes faixas etárias e contextos socioeconômicos  (OKUNOGBE et al, 2022). Trata-se de uma condição multifatorial, resultante da interação entre fatores  genéticos, ambientais, comportamentais e metabólicos, cuja complexidade se expressa não apenas na  expansão do tecido adiposo, mas também em alterações profundas no funcionamento endócrino, imunológico  e metabólico do organismo. Nos últimos anos, tem se ampliado o entendimento de que a obesidade não é  apenas um acúmulo excessivo de gordura corporal, mas um estado de inflamação crônica de baixo grau,  caracterizado pela secreção exacerbada de citocinas pró-inflamatórias e pela remodelação funcional do tecido  adiposo (HOTAMISLIGIL, 2017). 

Além de seu papel consolidado no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, resistência à  insulina, diabetes mellitus tipo 2 e síndromes metabólicas, cresce o corpo de evidências que associa a  obesidade a desfechos negativos na saúde ginecológica e obstétrica (PASQUALI et al., 2003; BROUGHTON;  MOLEY, 2017). A relação entre excesso de adiposidade e disfunções reprodutivas é complexa e envolve  mecanismos hormonais, imunológicos e metabólicos interdependentes. Em mulheres, o tecido adiposo atua  como um órgão endócrino ativo, capaz de alterar a síntese de hormônios sexuais, modular a produção de  adipocinas (como leptina e adiponectina) e influenciar diretamente a função ovariana. 

No contexto da ginecologia, o excesso de tecido adiposo favorece a produção de citocinas pró inflamatórias, como IL-6, TNF-α e IL-17, que alteram a resposta imune local e sistêmica, interferindo em  processos fisiológicos fundamentais como a ovulação, a receptividade endometrial, a implantação  embrionária e a manutenção da gestação (SHI et al, 2022). Esses mediadores inflamatórios desempenham papel reconhecido na fisiopatologia de condições como síndrome dos ovários policísticos (SOP),  endometriose, adenomiose, infertilidade e até mesmo doenças neoplásicas hormônio-dependentes (SEKAR  et al., 2024) 

Essa interseção entre obesidade e inflamação tem sido investigada não apenas pela abordagem  clínica tradicional, mas também por modelos teóricos, matemáticos e computacionais. Estudos baseados em  redes complexas, como os conduzidos por Favero et al. (2023), demonstram que a interleucina IL-17 ocupa  posição central em sistemas imunológicos disfuncionais associados à obesidade, contribuindo para a  perpetuação do estado inflamatório crônico. Esses achados sugerem paralelos relevantes entre mecanismos  imunometabólicos descritos na obesidade sistêmica e aqueles presentes em distúrbios reprodutivos  femininos, reforçando a necessidade de abordagens integradas para compreender tais interações. 

Diante desse panorama, torna-se evidente que a interface entre obesidade e saúde ginecológica  ultrapassa a simples associação estatística, revelando-se um campo de interesse crescente para a medicina  translacional. A compreensão aprofundada dos mecanismos que conectam inflamação, metabolismo e função  reprodutiva oferece novas possibilidades para intervenções preventivas e terapêuticas, especialmente em um  cenário onde doenças metabólicas e reprodutivas apresentam crescente prevalência. 

Assim, o presente estudo tem como objetivo integrar criticamente a literatura existente sobre os  mecanismos imunometabólicos envolvidos na interface entre obesidade e disfunções ginecológicas,  destacando as bases fisiopatológicas que sustentam essa interação, os potenciais biomarcadores envolvidos  e as perspectivas para novas abordagens clínicas e terapêuticas. 

MÉTODOS  

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, conduzida segundo os princípios metodológicos  propostos por Whittemore & Knafl (2005), que estabelecem seis etapas fundamentais: identificação do  problema, definição das estratégias de busca, seleção dos estudos, avaliação crítica, extração e  categorização dos dados, e síntese dos resultados. Esse método foi escolhido por permitir a inclusão de  diferentes tipos de estudos — quantitativos, qualitativos e teóricos — favorecendo uma compreensão  abrangente dos fenômenos imunometabólicos relacionados à obesidade e às disfunções ginecológicas. 

A estratégia de busca foi realizada de forma estruturada nas bases de dados PubMed, SciELO e  ScienceDirect, entre janeiro e setembro de 2025. Para garantir amplitude e precisão na identificação dos  estudos relevantes, utilizou-se uma combinação de descritores controlados (MeSH) e palavras-chave livres,  incluindo: “obesity”, “inflammation”, “chronic low-grade inflammation”, “gynecology”, “reproductive  dysfunction”, “cytokines”, “IL-17”, “TNF-alpha” e “endocrine-immune interactions”. Operadores booleanos  (AND/OR) foram empregados para otimizar a sensibilidade e especificidade das buscas. 

Foram incluídos artigos originais, revisões sistemáticas, metanálises, ensaios clínicos e estudos  teóricos com relevância para o tema, publicados entre 2015 e 2025, nos idiomas português e inglês. Para  assegurar a qualidade metodológica, consideraram-se elegíveis apenas estudos que apresentassem  objetivos claros, metodologia definida, resultados completos e discussão coerente com o tema central. Foram  excluídos: artigos duplicados nas bases, relatos de caso, resumos de congresso, estudos com limitações  metodológicas significativas e publicações que não abordassem direta ou indiretamente a interface entre  obesidade, inflamação e saúde ginecológica. 

A seleção inicial resultou em 312 estudos identificados. Após leitura de títulos e resumos por dois  revisores independentes, 148 artigos foram considerados potencialmente relevantes. A leitura na íntegra  resultou em 76 estudos incluídos na síntese final. Divergências entre avaliadores foram resolvidas por  consenso, garantindo maior confiabilidade ao processo. 

Os dados extraídos foram organizados em matrizes analíticas contendo informações sobre autoria,  ano de publicação, desenho metodológico, população estudada, biomarcadores avaliados, principais achados e limitações. Em seguida, procedeu-se à categorização temática baseada na similaridade dos conteúdos e  convergência dos resultados. Três grandes eixos foram definidos: 

(1) mecanismos imunológicos da obesidade, com foco no papel de citocinas e adipocinas;

(2) impacto sobre o sistema reprodutor feminino, incluindo alterações ovulatórias, endometriais e obstétricas;

(3) perspectivas terapêuticas, abordando intervenções metabólicas, imunomodulatórias e integrativas. 

O processo de síntese utilizou abordagem narrativa integrativa, permitindo comparar resultados de  diferentes metodologias e construir um panorama atualizado sobre a interface entre obesidade, inflamação e  disfunções ginecológicas. 

RESULTADOS E DISCUSSÃO 

A análise dos 76 estudos incluídos nesta revisão evidenciou, de forma consistente, que as citocinas  pró-inflamatórias IL-6, TNF-α e IL-17 emergem como mediadores centrais na interface entre obesidade,  inflamação e função reprodutiva feminina. Esses marcadores compõem um eixo imunometabólico essencial  para compreender como o microambiente inflamatório, resultante do excesso de tecido adiposo, interfere  diretamente na fisiologia ovariana e uterina. 

A IL-17, em especial, destacou-se como um dos elementos mais relevantes nos estudos analisados.  Diversos trabalhos apontaram sua participação na disfunção ovulatória, modulando a resposta imune  ovariana por meio da ativação de linfócitos Th17, células altamente especializadas na produção dessa citocina  (SHI et al., 2022; SCHON et al, 2024). A IL-17 também mostrou forte associação com a patogênese da  endometriose, contribuindo para o recrutamento de neutrófilos, estimulação da angiogênese e perpetuação  do microambiente inflamatório peritoneal e pélvico — fatores fundamentais para a sobrevivência e proliferação  de implantes endometrióticos (SHI, et al., 2022). 

Além das citocinas clássicas, observou-se que a obesidade induz uma resposta inflamatória sistêmica  crônica de baixo grau, modulada por alterações no perfil de adipocinas, como leptina e adiponectina. A leptina,  geralmente aumentada em pessoas com obesidade, exerce efeitos pró-inflamatórios e pode interferir na  esteroidogênese ovariana, prejudicando a maturação folicular e a ovulação (VORUS et al., 2025). A  adiponectina, por outro lado, reduzida em quadros de obesidade, está envolvida na sensibilidade à insulina e  possui efeitos anti-inflamatórios, sendo sua deficiência relacionada a maior risco de anovulação e  abortamento precoce (SKORACKA et al, 2021). 

O ambiente inflamatório decorrente da obesidade promove alterações na receptividade endometrial,  diminuindo a expressão de moléculas-chave para a implantação, como integrinas e citocinas anti inflamatórias. Essa desregulação pode explicar, ao menos parcialmente, a maior prevalência de infertilidade  e complicações obstétricas — incluindo pré-eclâmpsia, parto prematuro e abortamento — em mulheres com  obesidade (GONNELLA et al., 2024; ŠIŠLJAGIĆ et al., 2024). 

Outro achado importante diz respeito ao envolvimento das citocinas na carcinogênese ginecológica.  A inflamação crônica mediada por IL-6 e TNF-α está associada à progressão de neoplasias hormônio dependentes, como câncer de endométrio e de ovário, influenciando vias de proliferação celular e resistência  ao estresse oxidativo. A literatura recente também sugere que IL-17 pode contribuir para a modulação do  microambiente tumoral, atuando tanto na progressão quanto na evasão imunológica (BROWNING et al., 2018;  LIU, et al., 2025). 

A partir das evidências analisadas, verificou-se que intervenções voltadas à redução da inflamação  sistêmica apresentam impacto positivo nos parâmetros reprodutivos. Entre as estratégias destacam-se: 

  • Dietas anti-inflamatórias e balanceadas, com redução de ultraprocessados e aumento de consumo de fibras,  ácidos graxos insaturados, antioxidantes e compostos bioativos;
  • Prática regular de atividade física, capaz de reduzir marcadores inflamatórios, melhorar a sensibilidade à  insulina e modular positivamente o perfil hormonal; 
  • Suplementação direcionada, incluindo aminoácidos com propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras  (como glutamina, arginina e taurina), que demonstraram potencial para melhorar o ambiente inflamatório e  metabólico; 
  • Terapias combinadas, integrando manejo nutricional, farmacoterapia e apoio multidisciplinar, que se  mostraram mais eficazes do que intervenções isoladas. 

De modo geral, os estudos convergem para a conclusão de que a inflamação decorrente da  obesidade não é um processo periférico, mas um elemento central que reconfigura a fisiologia reprodutiva  feminina. A modulação das vias inflamatórias, em especial aquelas envolvendo IL-6, TNF-α e IL-17  (ALASHGAR et al, 2021), representa um caminho promissor para novas abordagens terapêuticas em  ginecologia, fertilidade e obstetrícia. 

CONCLUSÃO 

A obesidade, longe de representar apenas uma condição metabólica isolada, configura-se como um  estado inflamatório crônico de baixo grau que impacta profundamente a fisiologia reprodutiva feminina,  influenciando processos ovarianos, endometriais e imunológicos mediados por citocinas pró-inflamatórias  como IL-6, TNF-α e IL-17, as quais se destacam tanto como marcadores diagnósticos quanto como potenciais  alvos terapêuticos. Esses achados reforçam a necessidade de abordagens clínicas multidimensionais que  integrem monitoramento metabólico, modulação imunológica, intervenções nutricionais e suporte  ginecológico especializado, de modo a restaurar o equilíbrio imunometabólico e reduzir o risco de disfunções  associadas. Assim, compreender de forma aprofundada a interface entre metabolismo, inflamação e  reprodução abre caminhos promissores para estratégias preventivas, diagnósticos mais precoces e terapias  individualizadas, contribuindo para melhores desfechos e para uma atenção integral e personalizada à saúde  reprodutiva de mulheres com obesidade. 

REFERÊNCIAS 

ALASHQAR A, et al. Role of inflammation in benign gynecologic disorders: from pathogenesis to novel  therapies. Biol Reprod. 2021; 105: 7-31. 

BROUGHTON DE, MOLEY KH. Obesity and female infertility: potential mediators of obesity’s impact. Fertil  Steril. 2017; 107: 840-847. 

BROWNING L, et al. IL-6 and ovarian cancer: inflammatory cytokines in promotion of metastasis. Cancer  Manag Res. 2018; 5: 6685-6693. 

DOSSUS L, et al. Obesity, inflammatory markers, and endometrial cancer risk: a prospective case-control  study. Endocr Relat Cancer. 2010; 17:1007-19. 

FAVERO, G. M. et al. A Theoretical Essay on Interactions of SARS-CoV-2 Infection with Chronic Obesity  Inflammation. Brazilian Archives of Biology and Technology, 2023; 66: e23220713. 

GONNELLA F, et al. The Molecular Link between Obesity and the Endometrial Environment: A Starting Point  for Female Infertility. Int J Mol Sci. 2024; 25: 6855. 

HOTAMISLIGIL, GS. Inflammation, metaflammation and immunometabolic disorders. Nature, 2017; 542: 177–185.

LIU, C. et al. Inflammation and immune escape in ovarian cancer: pathways and therapeutic implications.  Journal of Inflammation Research, 2025; 18: 1-15. 

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OKUNOGBE, et al. “Economic Impacts of Overweight and Obesity.” 2nd Edition with Estimates for 161  Countries. World Obesity Federation, disponível em: https://www.worldobesity.org/.2022. Acessado em: 17 de  junho de 2022. 

PASQUALI R, et al. Obesity and reproductive disorders in women. Hum Reprod Update. 2003; 9: 359-72. 

SEKAR, PKC. et al. Genes linked to obesity-related infertility: bridging the gap between adiposity and  reproductive health. Reproductive Medicine, 2024; 3: 78-86. 

SCHON SB, et al. The impact of obesity on reproductive health and metabolism in reproductive-age females.  Fertil Steril. 2024; 122:194-203. 

SHI JL, et al. IL-17: an important pathogenic factor in endometriosis. Int J Med Sci. 2022; 19: 769-778. ŠIŠLJAGIĆ, A. et al. The Interplay of Uterine Health and Obesity. Biomedicines. 2024; 12: 2801. 

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VOROS C, et al. Molecular Signatures of Obesity-Associated Infertility in Polycystic Ovary Syndrome: The  Emerging Role of Exosomal microRNAs and Non-Coding RNAs. Genes (Basel). 2025; 16:1101. 

WHITTEMORE, R.; KNAFL, K. The integrative review: updated methodology. Journal of Advanced Nursing,  2005; 52: 546-53.


1Universidade Estadual de Maringá (UEM), Departamento de Medicina. Maringá – PR.

2Universidade Estadual de Ponta Grossa, Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas.
Ponta Grossa – Ponta Grossa, PR.

3Universidade Estadual de Ponta Grossa, Departamento de Medicina. Ponta Grossa – PR.

4Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Departamento de Ciências da Saúde. São Mateus – ES.