TECHNOLOGICAL INNOVATION OF THE BIM MODEL AND ADVICE ON COMPATIBILITY OF CIVIL CONSTRUCTION PROJECTS
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/dt10202505180953
Monique Oliveira Soares de Azevedo1
Andressa Oliveira Falcão2
Fernanda Fernandes Campista3
RESUMO
As inovações tecnológicas se definem como mudanças que proporcionam melhorias em produtos e serviços, no qual, traz benefícios bastante significativos elevando a produtividade e competitividade global, nesse entendimento, o modelo BIM proporciona a construção civil a operacionalização de obras, prevenindo erros, falhas, conflitos e intercorrências nos projetos, destacando-se como ferramenta eficaz que facilita a integração e a cooperação interdisciplinar. Este estudo possui como propósito analisar as formas de contribuição na compatibilização de projetos de obras com o uso de tecnologia BIM, possuindo fundamentação teórica científica bem desenvolvida favorecendo análises específicas. O referido exame foi realizado sob pesquisa bibliográfica apresentando dados qualitativos em livros, artigos científicos, coletâneas, pesquisas científicas e, demais referenciais a respeito da problematização. O resultado do estudo verificou diversos benefícios, como melhorias significativas nos projetos proporcionando a identificação das incompatibilidades desde o planejamento até a finalização da execução da obra, reforçando a comunicação e interligação entre os setores dos projetos de obra diligenciando a minimização e erradicação dos retrabalhos, custos e tempos. Conclui-se que a usabilidade da tecnológica BIM é essencial para a inovação nos setores de obras e proporciona mais eficiência e qualidade no desenvolvimento de projetos na construção civil.
Palavras-chave: Construção civil; Compatibilização de projetos; BIM; Modelagem da informação.
1. INTRODUÇÃO
O desenvolvimento histórico e evolutivo na construção civil enfrentou inúmeros desafios e assim o surgimento da alternativa estratégica em unificar os projetos é conferido na contemporaneidade, ou seja, é uma ferramenta recente no mercado e tem ganhado espaço por sua elevada cooperação junto a inovação tecnológica para a uniformização de projetos de construção civil, em seus diversos setores correlacionados entre si, tais como, estrutura, organização, revestimento, pintura, orçamentos, arquitetura, dentre outros.
O tema dessa pesquisa concentra-se na inovação tecnológica nas edificações por meio do uso da tecnologia BIM que configura o gerenciamento e o equacionamento de custos sob o intuito de minimizar perdas e elevar a produtividade com auxílio de ferramentas que otimizam a produtividade na obra, buscando melhorias na qualidade dos serviços executados e aperfeiçoamento tecnológico para o desenvolvimento de aplicações no processo de produção, desempenho e nos custos produtivos.
A problematização concerne-se em analisar de que maneira o uso da tecnologia BIM pode auxiliar a construção de edificações, em outras palavras, o problema concentrou-se em analisar as contribuições da utilidade do modelo BIM em projetos civis buscando entender as possibilidades da utilidade do método BIM e suas resoluções na implementação de projetos civis com qualidade, eficiência e eficácia mediante a otimização dos processos.
Conforme observações realizadas ao longo da evolução da inovação tecnológica na construção civil obteve grandes dificuldades na execução de obras enfrentadas pelos profissionais e, diante desses desafios, detecta-se as possíveis decorrências em erros, falhas e intercorrências na conciliação de projetos necessitando revisão e correções realizando metodologias, técnicas e instrumentalidades mais integrativas e colaborativas como a tecnologia do BIM na construção civil (LIMA e SANTOS, 2017, p.23).
A oportunidade mediante a tecnologia BIM consiste na criação e gestão de projetos possuindo informações e dados referente às obras e assim Calmon (2016) explica que “a proporcionalidade do desenvolvimento das inovações tecnológicas e, com isso, permite maior controle, precisão e integração entre os projetos de construção civil e suas unificações como ferramenta a fim de detectar os erros, falhas e intercorrências nas obras”.
A escolha do tema de estudo conferiu-se com a percepção da grande importância de buscar o conhecimento e a aprendizagem diante das inovações tecnológicas proporcionando conhecimentos teóricos e resoluções em diversos campos de serviço com a tecnologia no mercado da engenharia civil, assim como, um tema que possui, Paim (2020) ressalta ainda que, “é necessário buscar do melhor desempenho e minimizar agravos, dos quais, possuem habilidades com a serventia de inovações tecnológicas através de atividades competentes, de atributos e conhecedora que possibilita a otimização dos processos da tecnologia do BIM reduzindo custos, na segurança e produtividade”.
Observa-se ainda que admite a escolha do tema que, essencialmente, a construção civil tem sua funcionalidade da economia mundial e, desse modo, com o crescimento da urbanização o setor apresenta-se complexidades em projetos inovadores tecnologicamente, dos quais, se apoiam com instrumentalidade cabível que promova, integre e adicione as informações adequadas e eficientes nos processos de implementação de obras e no acompanhamento se faz necessário o comando na obra das edificações provindo ganhos econômicos sob concordância com as normas de desempenho e durabilidade.
Desse modo, o presente artigo possui o propósito de analisar as formas de contribuição da realização da compatibilização de projetos construtivos de obras por meio do uso do modelo BIM, tendo como objetivos específicos apresentar as inovações tecnológicas na construção civil, descrever os formatos da tecnologia BIM na engenharia civil e, por fim, mensurar as formas de visualizar as incompatibilizações de projetos da construção civil.
Conforme a objetividade acima citada, o estudo se estruturou no conhecimento teórico da construção civil, assim como, citando teorias e fundamentos das inovações tecnológicas no campo da construção civil e, por fim, abordando, os aspectos e fatores do uso da tecnologia BIM na implementação produtiva de edificações e demais obras civis.
2. A CONSTRUÇÃO CIVIL E O USO DAS TECNOLOGIAS
No compêndio do estudo observa-se que a construção civil abrange as produções das obras incluindo ações desde o planejamento percorrendo a execução, a subsistência e nos reparos das obras em diversos segmentos, não somente edifícios, mas também a infraestrutura urbana como estradas, instalações prediais, saneamento, dentre outros (BRASIL, 2000).
A mecanização na construção civil desenvolve-se em etapas do processo construtivo possuindo tarefas manuais poucos produtivos e com grande desperdício e, então, a importância da mecanização confere diante das finanças, dos quais, refletem na redução da mão-de-obra e no desperdício de materiais, entretanto, as vantagens aumentam caso proporcional ao investimento e a viabilidade dos equipamentos, em vista, que o planejamento facilita a organização dos processos elevando a qualidade dos serviços.
O processo de equiparação na mecanização se faz necessário conforme a realização de contas e gastos, empregando os equipamentos no intuito de economizar recursos e, desse modo, as obras se faz preciso na realização da mão-de-obra mecanizada mais adequada, possuindo um peso maior (SILVA & MELHADO, 2016 p.26-28 apud SOUZA, 2015).
A construção civil se faz presente na definição da industrialização, utilizada com tecnologias que substituem a habilidade do artesanato pelo uso da máquina, no qual permite ao homem inventar maquinários inovadores ao longo da historicidade, assumindo formas que trazem implícitos os princípios da padronização (KOELLN, 2015 p.16 apud ROSSO, 1980). Definitivamente, o método industrial, diante de suas várias modalidades de produção, se baseia essencialmente sob processos naturais repetidos e, dos quais, a variabilidade incontrolável e casual de cada momento da ação de trabalho, caracterizando, assim as ações artesanais substituída por graus pré-determinados de uniformidade e continuidade executiva caracterizando assim as modalidades operacionais mecanizadas (BLACHERE, 1977). Historicamente, conforme a seguir.:
Nos anos 1980 a construção civil inicia-se na industrialização mediante as inovações sendo introduzidas nos canteiros e nas obras com inovações tecnológicas consideradas como principal motor do aumento da produtividade elevando a competência em atuar na competição conquistando novos mercados e consumidores (MOREIRA e RODRIGUES, 2002)
Os avanços tecnológicos utilizados na construção civil são destacados como instrumento decisivo, a fim de garantir a competitividade das empresas e, de um modo geral, a inovação liga-se numa nova mentalidade, no qual é entendido metodologias e procedimentos se tornam suscetíveis a serem melhorados e, portanto, se tornam provisórios e transitórios, caracterizando as inovações como criações e introduções resolutivas na necessidade da empresa.
Os recursos de inovações correlacionam com as transformações dos produtos e serviços, como também, frente as rotinas e procedimentos, caracterizados à inovação gerencial ou organizacional, evidenciando assim a percepção das necessidades da sociedade e, desse modo, manter o alinhamento dos valores empresariais e de mercado, em consonância e conformidade com os valores da sociedade (MIRANDA, 2019, p.31 apud CORRÊA, 2010).
Conforme Martins (2004) é ressaltado que, “com os avanços no campo da construção civil confere como importante forma estratégica e competitiva na atividade material e componentes, dos quais, incidem na concorrência promovidas na abertura do mercado nacional e frente a concorrência entre os fabricantes de produtos”.
No que se concerne nos materiais, nas técnicas e nos estágios das obras, ao longo da história, vêm sendo evoluído acentuadamente, requerendo a busca de maiores conhecimentos multidisciplinares e, novos processos vêm sendo adotados, baseados nas práticas tradicionais das edificações, ocasionando em insucessos técnicos e econômicos, provocando mudanças de caráter profundo e radical (THOMAZ, 2002).
Ao longo da evolução construtiva tecnológica, incidem as mudanças das geneses das obras e, assim, as inovações substituem materiais construtivos que chegam nas obras sob o regime Just-in-time, possibilitando a visualização das mudanças no mercado de maneira significativa em relação a organização e o conhecimento teórico e técnico das edificações e, nesse processo inovador, se diferenciam métodos, técnicas, instrumentos, máquinas, equipamentos e ferramentas desenvolvidas.
2.1 Building Information Modeling (BIM)
Historicamente, a tecnologia CAD foi perdendo espaço na engenharia civil e, desse modo, foi-se convertendo como ferramenta de suporte em projetos de construção. Nesse sentido, os problemas que surgiram ao longo da história possibilitaram que a tecnologia se atualizasse individualmente e, possibilitando alterações do modelo e, dessa forma, oportunizando um trabalho árduo e minucioso na compatibilização, no empenho e no planejamento dos projetos (AMORIM, 2015, p.28).
A tradução da expressão em português é entendido como Modelagem da Informação da Construção, correlacionados entre si, denominados “Building Information Models” e, desse modo, Miranda (2019 apud CBIC, 2016) descreve que “a expressão é definida como políticas que apresentam estágios com suporte tecnológico, de maneira combinada, gerando métodos na gerência dos procedimentos do projeto de edificação, captando o desempenhos e a condução das informações e dos dados, dos quais são utilizados em plataformas digitais”.
A definição do BIM é compreendida como tecnologia de moldes sob as ações de produção, comunicação e análise dos projetos e, desse modo, é definido como modelo construtivo que dispõe de particularidades que contenham objetos de construção, que possuem atributos associadas aos preceitos de parâmetros analisados sob processamentos específicos, que contenham as informações consistentes, possuindo ainda as coordenações nas representações dos protótipos de maneira organizada (AMORIM, 2015, p.41 apud EASTMAN et al, 2014, p.13). Nesse sentido,
A gestão de informações sobre as obras facilita integralmente o fluxo e a entrega de protótipos mediante a colaboração tecnológica 3D, dos quais, são ricos em quaisquer etapas da construção (PAIM, 2020, p.22 apud UNDERWOOD & ISIKDAG, 2010, p.41,)
Dessa forma, percebe-se que as informações possuem armazenamento de dados sólidos, alimentando colaborativamente aos profissionais e acarretando maior confiabilidade ao projeto, permitindo decisões mais assertivas.
Conforme Silva & Melhado (2016, p.11 apud Campestrini, 2015) “o modelo BIM fornece informações precisas, como também, aumentam a quantidade necessária e, nesse termo, as interações políticas, processuais e tecnológicas devem ser sempre articuladas”, dos quais envolvem preceitos em relação ao modelo BIM diante de regras, regulamentos, diretrizes e padronizações, como também em processos que, precisamente, o processo é definido na ação. Tecnologicamente, a aplicabilidade do conhecimento prático inclui os equipamentos, hardwares, softwares, dentre outros. Nesses termos, explica-se abaixo.:
Observa-se que os edifícios são objetos montados no sistema do BIM configurado como modelo construtivo definida como estrutura paramétrica sob dimensões controladas que, alternativamente, são simplesmente, pavimentação, linhas de paredes ou combinação e, desse modo, sendo instâncias embutidas com informações paramétricas sob configuração definida mediante a instância do próprio edifício (LIMA & SANTOS, 2017, p.17-18 apud EASTMAN et al., 2014, p. 33).
No enunciado acima, os objetos paramétricos são inteligentes e inovadores, possuindo atributos e parâmetros de informações relevantes nas relações e, nesse sentido, primeiramente, no desenvolvimento, é necessário obter esclarecimentos conceituais do BIM em relação a interoperabilidade dos aplicativos que são utilizados na obra.
O BIM utilizado no formato arquivo, buscador em solucionar problemas e, assim, proporcionando a produção da obra os especialistas que trabalham com softwares específicos das áreas, do contrário, dificilmente serão realizados nas etapas do projeto, pois, necessariamente, cada etapa possui uma especialidade e, portanto, a indústria possa usufruir dos benefícios de troca ou compartilhamento de informações (MIRANDA, 2019, p.25 apud MANZIONE, 2013).
Ressalta-se, ainda, que o BIM é um conjunto de programações vinculados entre si, com o propósito de obter um modelo tridimensional que possibilite a visualização exata das informações necessárias na edificação e, assim, oportunizar a solução de problemas através da troca de informações e dados entre os sistemas do BIM, vínculo esse denominado de interoperabilidade.
Corrobora-se, então, Reis (2019, p.14 apud Kowaltowski et al., 2011) “a questão da interoperabilidade é a capacidade de identificar as informações e dados transmitidos aos outros programas, eliminando réplicas geradas e apresentando resistências no uso da interoperabilidade”. Entretanto, o vínculo dos softwares do BIM otimiza as atividades em equipe, formadas pelos projetistas, através do compartilhamento de dados e informações. Assim, a interoperabilidade é denominada de parametrização, que consiste na realização de parâmetros necessários, especificando o objeto geométrico e permitindo maior flexibilidade nas alterações do modelo, ou seja, o objeto é atualizado automaticamente conforme a parametrização, alterando características do objeto no processo do BIM. Nesse sentido, a aplicabilidade do BIM no mercado tecnológico das obras civis cresce e possibilita extensões e impactos no comércio e, consequentemente, na economia e, desse modo, permitindo que a tecnologia BIM seja implementada de forma apropriada, facilitando o processo do projeto integrado, resultando nas construções de qualidade, minimizando custos e de tempo de execução.
2.2 A Articulação entre Programas e o Uso do Sistema BIM
Entende-se que é a incorporação de dados consolidados desde o início do projeto e percorrendo entre os estágios de execução até a finalização da obra, ou seja, perpassando pelo gerenciamento, controle e manutenção das edificações, com objetivo de evitar perdas e prejuízos.
Corrobora-se Lima e Santos (2017, p.16 apud Campestrini, 2015) ao explicar que, “o BIM é um sistema tecnológico computacional desenvolvido para a execução de obras, sendo composto por vários modelos específicos sob única plataforma, tornando-se um modelo integrativo de dados e informações”.
Nesse sentido, a articulação de programas se define como processo que busca detectar interferências, falhas e erros, ocasionando prejuízos com atrasos e custos imprevistos e, diferentemente do modelo tradicional de compatibilização, o BIM é um processo potencialmente confiável, e as incompatibilidades são encontradas, possibilitando verificação por meio de sistemas tecnológicos que realizam as coordenações e toda a gestão da obra.
No que concerne aos softwares de modelagem, podemos citar o Revit, dos quais são verificados a duplicidade de objetos e sobreposições. Temos ainda, o Autodesk, que analisa as interferências mais amplas, verificando complexidades e precisões, possibilitado através de recursos que geram relatórios contendo as verificações realizadas. Em síntese, as formas de modelagem na compatibilização buscam sanar todos os erros e inconsistências encontradas ao longo do projeto construtivo (AMORIM, 2015, p.20).
Na elaboração e planejamento do projeto visa determinar quantidade, tipo de material e a dimensionalidade do material a ser utilizado na construção da edificação, no propósito de garantir segurança e conforto. Nesse sentido, o dimensionamento e detalhamento da construção são feitos utilizando métodos de cálculos realizados manualmente, através de software que possuem foco em analisar o modelo estrutural do projeto.
Existem inúmeras definições e formas de explicar a compatibilização dos programas projetos, pois é uma técnica usada há muito tempo e evoluindo conforme a historicidade e, assim, Miranda (2019, p.28 apud Chippari, 2014) ressalta-se ainda que, “a unificação dos programas tecnológicos consiste em realizar análises objetivando solucionar as possíveis interferências de maneira homogênea”.
A ação na compatibilização consiste em verificar os componentes dos sistemas que ocupam espaços conflitantes entre si, assim garantindo dados compartilhados, possuindo conexão segura até a finalização do projeto. Resumindo, a compatibilização é entendida como todos os projetos sendo sobrepostos e analisados juntos, na finalidade de encontrar as irregularidades. As compatibilizações podem ser feitas em diversos projetos como estrutural, arquitetônico, hidráulico, impermeabilização, elétrico, telefonia, topográfico, paisagismo, prevenção de incêndio, dentre outros.
O procedimento de compatibilização de projetos busca conciliar todos os componentes que interagem nos elementos verticais e horizontais da edificação, permitindo que o planejamento da obra interaja desde o início até a execução da obra, sob o intuito de discutir e viabilizar soluções das discrepâncias e/ou incoerências produzidas nos programas, através da troca de informações, prejudicando a compatibilização e, consequentemente, a entrega de uma obra com qualidade e racionalização nas soluções, uma vez que, verifica-se os erros, falhas e incoerências sejam detectados (PAIM, 2020, p.24 apud ARAUJO, 2015).
A compatibilização é o processo complementar, administrado e executado pelo responsável e coordenador de projetos, sob amplo conhecimento multidisciplinar, possuindo elevada capacidade na gestão, integrando os profissionais e equipes de projeto, nesse modo, o coordenador de projetos não deve ser visto como custo, mas sim como investimento, pois sua atividade se concentra numa fase que antevê as dificuldades de execução e eliminando retrabalhos, racionalizando custos em obra (PAIM, 2020, p.23 apud MELHADO et al., 2005).
Em síntese, a compatibilização permite a identificação das interferências, erros e falhas, e busca corrigi-los, possibilitando minimização de gastos e vencimentos, garantindo a boa funcionalidade da obra, portanto, facilitar a execução das obras e suas análises antecipam os problemas futuros, diminuindo retrabalhos, as incompatibilidades, as falhas, erros, interferências que foram detectadas ao longo da execução e seguindo programações de reparo dos problemas aumentando o custo do empreendimento e tornando dispendiosa.
3. METODOLOGIA
O estudo caracterizou-se sob a pesquisa bibliográfica, oferecendo dados qualitativos, diante dos conteúdos coletados, fundamentada em fontes bibliográficas acerca da temática, fundamentando através dos acervos e todo referencial conceitual, técnico e prático.
A padronização de informação oportuniza visualização completa das obras e, desse modo, necessita abordagem analítica e crítica diante dos desafios e demais conjunturas empíricas acerca da tecnologia do BIM, realizando ainda, os estudos que permitem encontrar resoluções metodológicas por meio da compatibilização realizada com a tecnologia do BIM entregando um projeto autêntico que enfrenta os impactos práticos da tecnologia nos projetos das obras (SILVA e MELHADO, 2016, p.26-35).
Baseada na problematização de estudo, os métodos utilizados diante de dados científicos e empíricos comprovados em estudos alheios e, desse modo, possuindo como técnicas e instrumentos de pesquisa os livros, artigos, publicações, revistas, dentre outros, possuindo organização diante dos conteúdos coletados na investigação.
A pesquisa possibilitou a coleta de dados mediante o uso de livros, revistas, depoimentos, reportagens e demais acervos bibliográficos que retratam o tema, através da realização de critérios de inclusão e exclusão, que possibilitou a seletividade dos referenciais e, assim, cumprir com a cientificidade deste estudo.
No que se refere aos critérios de inclusão, confere estudos mais recentes com comprovações científicas, descrevendo dados identificáveis da pesquisa, que passaram pelo comitê da ética, encontrados em bibliotecas públicas e acervos digitais publicados em faculdades e revistas científicas eletrônicas e confiáveis, como Scielo, PubMed. Como critérios de exclusão, estudos muito antigos que não apresentam fontes e não passaram pelo comitê de ética.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A construção civil engloba na indústria, e suas metodologias produtivas divergem de outros setores industriais, dos quais, foram evoluindo e aprimorando ao longo do surgimento das novas tecnologias.
É observado um mercado bastante competitivo, exigindo esforços contínuos para garantir posicionamento no mercado, usando estratégias e possibilitando obtenção de vantagens competitivas e, desse modo, observa-se a necessidade de tornar mais ágil e eficiente, a fim de atender as demandas.
Observa-se, Thomaz (2002), “a necessidade de inovação tecnológica mais efetiva resultando na busca de maiores automações e facilitadoras de gestão, organização e processos”, nesse sentido, os resultados tendem a facilitar o gerenciamento e produção, minimizando os impactos e focando na sustentabilidade.
A construção civil possui avanços significativos que foram impulsionados pela integração de tecnologias e por adotar abordagens inovadoras, e assim, explorando tecnologias e inovações que permitiram novas molduras no setor e, nesses termos, a inovação tecnológica é percebida como essencial no enfrentamento dos desafios atuais, proporcionando maior eficiência, minimização de custos e sustentabilidade.
Assim, Paim (2020, p.37 apud Duarte, 2007) é entendido que, “a inovação promove a modernização dos processos gerando competitividade no mercado proporcionando resolução das demandas mais existentes no mercado diante da qualidade, sustentabilidade e economia evitando desperdícios e perda de tempo”.
O BIM ganha destaque no setor de construção frente à tecnologia essencial ao projeto de desenvolvimento de programas mais eficientes e sustentáveis, sendo utilizado nas obras sob metodologia que possibilite a criação de novos programas que integrem compartilhamento de informações centralizadas nas partes que compõem o sistema, do início ao fim.
Corrobora-se Amorim (2015, p.36 apud Almeida, 2004) ao afirmar que, “o BIM é um modelo digital que possibilita a criação e a gestão de informações e, nesse termo, a tecnologia BIM abrange dimensionalidades”, dos quais citamos o 2D (Desenho no plano), 3D (Modelo tridimensional), 4D (Cronograma de obra), 5D (Orçamento), 6D (Sustentabilidade) e 7D (Manutenção) (Gonçalves, 2020). Ressalta-se ainda o potencial da dimensão 6D (Sustentabilidade) e, diante disso, a tecnologia permite análises diante de aspectos e fatores correlacionados direta e indiretamente no projeto, no propósito de atingir o equilíbrio do projeto.
A metodologia BIM busca obter maior integração de projetos sob um modelo visual, objetivando melhorar a interoperabilidade e a comunicação entre os colaboradores, reduzindo erros e elevando a eficiência do setor construtivo nos aspectos de gestão, viabilidade e produtividade. Nesse sentido, ressalta Miranda (2019, p.31 apud Coelho, 2017) que “a execução do BIM proporciona melhoria significativa na comunicação entre os projetistas e otimiza o processo do projeto, evitando os erros e retrabalhos, possibilitando ainda, a compatibilização entre diversos setores do projeto, que discernem como essencial na redução de conflitos e otimizando o tempo de execução”.
Complementa Silva & Melhado (2016, p.23 apud Graziano, 2013) que “a compatibilização dos programas incide quando os componentes não conflitam entre si, ou seja, entendida como ferramenta relevante para tornar o empreendimento factível e que determina a existência ou não de interferência entre projetos, incidindo em intervenções nas edificações das informações interligadas”.
O projeto das obras é desenvolvido por diversos projetistas reunidos na execução dos serviços na obra e, nesse cenário, o procedimento gera incompatibilidades que compromete a qualidade do produto, causando enormes perdas de recursos e produtividade e, fundamentalmente, existe coordenação de projetos que compatibiliza os projetos (LIMA & SANTOS, 2017, p.26 apud PICCHI, 1993, p.462).
É relevante entender, na visão de Lima & Santos (2017 apud Picchi, 1993) que, “a compatibilização de programas minorar as perdas tempo e materiais indicando dificuldade que ocorre pós-erro necessitando modificar as projeções com alterações que apresentem maior eficiência” e, desse modo, é discorrido acerca dos atrasos recorrentes em obras, sob a importância das informações minuciosamente detalhada e de fácil acesso aos executores.
Portanto, Reis (2019, p.15 apud Eastman, 2011) descreve que, “o BIM trabalha na percepção de erros, interferências e falhas no projeto, pois, é ferramenta computacional que permite o uso do arquivo do projeto vinculado aos outros projetos, desse modo, o BIM apoia o processo de colaboração no desenvolvimento, detalhamento e integração entre os programas”, nesses entendimentos, o BIM reduz prazos e custos aprofundando a integração do projeto.
Acrescenta Koelln (2015, p.16 apud Mcnell, 2011) afirmando que “o uso do BIM na armazenagem de dados e de informações são disponibilizados eletronicamente ao longo da edificação” sendo representado conforme abaixo:
Imagem 01: Incompatibilidade de Projetos

Na imagem acima, observou-se que a compatibilização apresenta as falhas, erros e interferências detectadas ao longo da execução e, desse modo, ocasiona inviabilizar impactos seja estético, financeiro e funcional, buscando soluções improvisadas na obra, pois, desse modo, acarretou patologias no projeto e, consequentemente, resultando em maiores prejuízos futuros.
Portanto, o BIM permite essa compatibilização por meio do compartilhamento de informações entre os programas tecnológicos e complemente no desenvolvimento do projeto da obra e, assim, contribua na flexibilidade de ideias e buscando soluções evitando as incompatibilidades e, desse modo, resultar em perdas de dados já realizados, nesses termos, a execução das obras viabiliza simulações com possíveis cronogramas mais completos e realistas obtendo melhor relação do custo-benefício da obra e, nesse sentido, é relevante mencionar que, as contribuições tecnológicas abrangem na minimização e eliminação de erros, de falhas e interferências no projeto.
5. CONCLUSÃO
O estudo possibilitou compreender que o BIM é a ferramenta essencial em projetos de construção civil, que possibilita a geração de melhorias significativas na detecção de interferências, assim como na qualidade do planejamento e na efetividade da execução das obras. Compreende-se, ainda, que o uso do BIM auxilia na diminuição de retrabalhos, na economia, no aprimoramento da comunicação e na maior previsibilidade da construção capacitando cenários, assim como, visualizando e integrando as informações do projeto, sinalizando avanços frente ao método convencional de construção civil.
O modelo convencional possui técnicas antiquadas, ocasionando elevados custos e, assim, orçamento inconsistente e, nesses termos, o estudo permitiu maior organização com maior cautela em diversos aspectos e fatores, e, assim, obtendo segurança e confiabilidade.
Compreendeu-se, com o estudo, a importância nos avanços frente ao gerenciamento e na otimização de tempo e custos, através de avanços técnico-metodológicos mais colaborativos, sustentáveis e eficientes, tornando o BIM uma ferramenta de inovação e transformação fundamental no planejando e execução de obras civis, com eficácia, rapidez e integração entre os programas e, assim, ocasionando crescimento e evolução ao setor construtivo.
Por fim, conclui-se, acerca do estudo, que a contribuição na utilização da tecnologia BIM, baseado na busca da sustentabilidade, é consistido diante do gerenciamento e acompanhamento da obra, aprimorando procedimentos aplicados. Portanto, proporciona e otimiza custos e tempo, através da troca de dados e informações, possibilitando a correção de erros, falhas e intercorrências e, com isso, as obras serem executadas com segurança e confiabilidade.
O estudo proporcionou o entendimento de buscar continuamente o aperfeiçoamento de softwares utilizados na execução das obras, pois é essencial para o alcance da expansão do mercado da engenharia por meio das inovações tecnológicas, ao auxiliar a construção civil sob o objetivo metodológico em viabilizar o empreendimento, lançando orçamentos sem variações relevantes, transmitindo confiança.
Desse modo, corrobora-se, potencialmente, que o BIM melhora a qualidade do projeto, possibilitando confiabilidade e proporcionando maiores seguranças, custos e tempo nos empreendimentos. Portanto, resultando em produtividade elevada, com qualidade e eficiência, proporcionando benefícios significativos dos processos do projeto construtivo, encontrando erros e evitando gastos desnecessários, poupando custos e tempo de execução da obra.
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1Discente do Curso Superior de Engenharia Civil do Instituto Univassouras Campus Maricá e-mail: monique31azevedo@gmail.com
2Discente do Curso Superior de Engenharia Civil do Instituto Univassouras Campus Maricá e-mail: andressaofalcao@hotmail.com
3Docente do Curso Superior de Engenharia Civil do Instituto Univassouras Campus Maricá. Mestre e Doutora em Dinâmica das Estruturas (UERJ). e-mail: fernanda.campista@univassouras.edu.br