A INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA ESCOLIOSE

THE INFLUENCE OF PHYSICAL ACTIVITY ON SCOLIOSIS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8349367


Fábio Ribeiro Machado Lisboa


RESUMO

A escoliose ocorre de forma mais comum durante a fase de crescimento, pouco antes da puberdade, entretanto as atividades físicas podem contribuir com a sustentação da coluna. O objetivo geral foi abordar sobre a escoliose. Enquanto os objetivos específicos foram abordar sobre as causas e fatores de riscos da escoliose, discorrer sobre o desenvolvimento da escoliose e mecanismo biológico, abranger sobre os efeitos da atividade física na prevenção da escoliose, salientar sobre as abordagens de tratamento com atividade física e abordar sobre os impactos da atividade física em indivíduos com escoliose. O presente trabalho trata-se de uma revisão de literatura buscado em bases de dados online com tempo recorte de 10 anos. As perspectivas futuras no campo da relação entre atividade física e escoliose são promissoras, com pesquisas em andamento buscando aprimoradas ainda mais a compreensão e o tratamento da condição. Estudos em curso exploram novas abordagens de exercícios, técnicas de avaliação e intervenções personalizadas que podem otimizar os benefícios da atividade física para indivíduos com escoliose. As tecnologias avançadas, como análises biomecânicas mais precisas e modelos de simulação computacional, têm o potencial de oferecer insights mais profundos sobre os efeitos específicos dos exercícios na coluna vertebral. Além disso, a colaboração entre profissionais de saúde, fisioterapeutas e cientistas do movimento humano está impulsionando a criação de programas de exercícios cada vez mais adaptados e eficazes. À medida que a pesquisa continua a evoluir, espera-se que os resultados gerados possam contribuir para diretrizes mais refinadas e personalizadas sobre a incorporação da atividade física no tratamento da escoliose. Essas perspectivas futuras oferecem a possibilidade de ampliar ainda mais o impacto positivo da atividade física na qualidade de vida e no gerenciamento geral dessa condição.

Palavra-chave: Atividade Física. Escoliose. Benefícios. Influência. Impacto.  

ABSTRACT

Scoliosis occurs most commonly during the growth phase, just before puberty, however physical activity can contribute to supporting the spine. The overall objective was to address scoliosis. While the specific objectives were to address the causes and risk factors of scoliosis, discuss the development of scoliosis and the biological mechanism, cover the effects of physical activity in scoliosis prevention, emphasize treatment approaches with physical activity and address the impacts of physical activity on individuals with scoliosis. The present work is a literature review searched in online databases with a cut-off time of 10 years. Future prospects in the field of the relationship between physical activity and scoliosis are promising, with ongoing research seeking to further improve the understanding and treatment of the condition. Ongoing studies are exploring new exercise approaches, assessment techniques, and personalized interventions that may optimize the benefits of physical activity for individuals with scoliosis. Advanced technologies such as more accurate biomechanical analyzes and computer simulation models have the potential to offer deeper insights into the specific effects of exercise on the spine. In addition, collaboration between health professionals, physical therapists and human movement scientists is driving the creation of increasingly tailored and effective exercise programs. As research continues to evolve, it is hoped that the results generated will contribute to more refined and personalized guidelines on incorporating physical activity into the treatment of scoliosis. These future prospects offer the possibility to further amplify the positive impact of physical activity on quality of life and overall management of this condition.

Keywords: Physical activity. Scoliosis. Benefits. Influence. Impact.

1.  INTRODUÇÃO

A escoliose é uma condição médica caracterizada por curvaturas anormais da coluna vertebral, que podem ocorrer em diferentes graus de gravidade, essas curvaturas podem ser classificadas em dois tipos principais: incorporadas, que envolvem alterações ósseas na coluna, e não evoluídas, que são reversíveis e frequentemente relacionadas a fatores posturais ou musculares (PINTO, 2021).

A influência da atividade física na escoliose tem sido objeto de estudo e debate devido à sua capacidade potencial de afetar a postura, a musculatura e a saúde geral do indivíduo. A atividade física desempenha um papel fundamental na promoção da saúde e bem-estar, confiante para o desenvolvimento muscular, a flexibilidade e a manutenção do equilíbrio postural (MOURA et al., 2014).

Portanto, entender como a atividade física pode influenciar a escoliose é crucial para a abordagem e o tratamento dessa condição. Neste contexto, explore as relações entre a atividade física regular e a prevenção, o tratamento e a qualidade de vida relacionada à escoliose é de grande encorajamento para a saúde pública e a prática clínica (JUNIOR, 2023).

Mediante ao exposto, levantou-se a seguinte questão norteadora: qual a influência que a atividade física possui em indivíduos portadores de escoliose? 

Para responder a problemática o objetivo geral foi abordar sobre a escoliose. Enquanto os objetivos específicos foram abordar sobre as causas e fatores de riscos da escoliose, discorrer sobre o desenvolvimento da escoliose e mecanismo biológico, abranger sobre os efeitos da atividade física na prevenção da escoliose, salientar sobre as abordagens de tratamento com atividade física e abordar sobre os impactos da atividade física em indivíduos com escoliose. 

2.  DESENVOLVIMENTO

A escoliose é uma condição complexa que pode ser influenciada por diversos fatores. Entre as possíveis causas da escoliose, destacam-se as origens genéticas, neuromusculares e idiopáticas. Causas genéticas podem predispor indivíduos a curvaturas anormais da coluna vertebral, enquanto causas neuromusculares podem resultar de desequilíbrios musculares ou condições neurológicas subjacentes. No entanto, a forma mais comum de escoliose é a idiopática, em que não há uma causa viável (SANTOS, 2021).

Além disso, existem diversos fatores de risco associados ao desenvolvimento da escoliose, a idade é um fator crucial, pois a escoliose idiopática tende a se manifestar durante uma fase de crescimento rápido, geralmente na adolescência. Sexo também desempenha um papel, uma vez que as curvas de escoliose são mais comuns em meninas do que em meninos. Outros fatores, como histórico familiar, posturas casadas, desconfortos musculares e lesões na coluna, podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento da condição (SANTOS et al., 2021).

O desenvolvimento da escoliose envolve complexos controles biológicos que passaram a estrutura e a função da coluna vertebral, onde múltiplos fatores genéticos podem contribuir para a predisposição à condição, influenciando o crescimento e a herança óssea da coluna. Ademais, variações hormonais, como as que ocorrem durante a puberdade, podem desempenhar um papel na progressão da curvatura esclerótica (JUNIOR, 2023).

A influência genética e hormonal pode levar a alterações no crescimento e desenvolvimento assimétrico da coluna vertebral, provocada na formação de curvas anormais. Mecanismos biomecânicos também desempenham um papel, como desaparecem musculares que podem acentuar as curvas e contribuir para a motivação da postura. A compreensão desses movimentos é essencial para orientar os terapeutas, incluindo a incorporação da atividade física como parte do tratamento (MOURA et al., 2014).

A atividade física regular desempenha um papel significativo na prevenção da escoliose, especialmente durante o crescimento rápido, os exercícios que visam fortalecer a musculatura do tronco, alongar os músculos encurtados e melhorar a postura podem contribuir para o desenvolvimento de uma coluna vertebral mais saudável. A atividade física ajuda a promover o equilíbrio muscular e a distribuição de cargas na coluna, ansiosa a probabilidade de desvios anormais (SANTOS, 2021).

Estudos têm sugerido que a prática regular de atividade física, quando orientada com atenção, pode ser positivamente controlada da coluna vertebral e minimizar os riscos de curvaturas anormais. Ao abordar a prevenção da escoliose por meio da atividade física, é crucial considerar a importância da supervisão profissional e da personalização dos programas de exercícios para atender às necessidades individuais (SANTOS et al., 2021).

As abordagens de tratamento para a escoliose frequentemente incorporam uma atividade física como componente fundamental. Os exercícios terapêuticos direcionados podem desempenhar um papel crucial no fortalecimento dos músculos que sustentam a coluna vertebral e na melhoria da postura. Profissionais de saúde, como fisioterapeutas e quiropráticas, muitas vezes prescrevem rotinas de exercícios personalizados, visando reduzir o progresso das curvas escleróticas e melhorar a função geral da coluna (BLUM, 2018).  

A seleção de exercícios apropriados depende da gravidade da escoliose e das características individuais do paciente. Exercícios de alongamento, fortalecimento e equilíbrio são frequentemente incorporados para compensar desequilíbrios musculares e promover a estabilidade da coluna. A utilização de dispositivos auxiliares, como coletes de suporte, em conjunto com a atividade física também pode ser considerada em certos casos (JUNIOR, 2023).

A implementação adequada de abordagens de tratamento com atividade física requer orientação de profissionais de saúde especializados, que avaliarão cuidadosamente o quadro clínico do paciente e adaptarão conforme intervenção de acordo. A eficácia dessas abordagens reside na combinação de exercícios apropriados, monitoramento contínuo e ajustes conforme necessário (MOURA et al., 2014).

A atividade física desempenha um papel relevante no bem-estar de indivíduos que enfrentam a escoliose. Além de contribuir potencialmente para a melhora da postura e fortalecimento muscular, a prática regular de exercícios pode auxiliar na redução do desconforto associado à escoliose. Aumentar a estabilidade da coluna e promover a mobilidade adequada pode ajudar a aliviar a tensão muscular e melhorar a funcionalidade da deficiência (PINTO, 2021).

Os indivíduos com escoliose que incorporam atividade física em sua rotina podem experimentar uma maior qualidade de vida e níveis reduzidos de dor. No entanto, é importante considerar a adaptação dos exercícios às necessidades específicas de cada pessoa, levando em conta o grau de curvatura e as condições gerais de saúde. A atividade física bem orientada pode contribuir para um impacto positivo no bem-estar físico e emocional desses indivíduos (SANTOS, 2021).

Sendo assim, a atividade física sob orientação pode proporcionar um papel positivo para pessoas com escoliose. Exercícios direcionados fortalecem os músculos do tronco, estimulam a estabilidade da coluna e a postura. Isso alivia desconfortos e promove a mobilidade. Além dos ganhos físicos, a atividade física supervisionada eleva a autoestima e a confiança. Porém, é crucial que os profissionais de saúde acompanhem os programas, garantindo eficácia e segurança. Em conjunto com tratamentos convencionais, uma atividade física adequada pode enriquecer a qualidade de vida de indivíduos com escoliose (SANTOS et al., 2021).

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Esse trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica, onde foram utilizados artigos científicos buscados nas bases de dados online Scielo, PubMed, Google Acadêmico e Lilacs. Os artigos científicos utilizados estavam no idioma inglês ou português, que foram publicados entre 2013 e 2023, indicando um tempo recorte de 10 anos. 

Os critérios de inclusão foram artigos científicos publicados no idioma inglês ou português, que obtinham o tema proposto no resumo e nos objetivos e que foram publicados entre 2013 e 2023. Já os critérios de exclusão foram artigos duplicados, incompletos, pagos e que no momento da leitura completa não tinham os pontos certos para o desenvolvimento do presente estudo. 

Os artigos foram escolhidos de acordo com as seguintes fases: primeiro, excluíram-se as duplicações. Então, os artigos remanescentes foram triados por título, resumo e texto completo. Os artigos foram selecionados com base nos critérios de elegibilidade acima citados. Caso a elegibilidade não pudesse ser determinada durante a triagem inicial do título e do resumo, obteve-se o texto completo dos artigos passando por uma primeira leitura criteriosa, para determinar a inclusão.

4. CONCLUSÃO

Em conclusão, a influência da atividade física na escoliose revela-se como um fator de forca forte no manejo dessa condição ortopédica. Ao longo deste estudo, emergiu uma compreensão mais profunda das formas pelas quais a prática regular de exercícios pode desempenhar um papel significativo na prevenção e na mitigação dos efeitos da escoliose. A análise das pesquisas e evidências disponíveis destacam a capacidade da atividade física adequada em fortalecer a musculatura de suporte da coluna vertebral, promovendo uma postura adequada e verificada. Ademais, a prática regular de exercícios pode contribuir para a manutenção da progressão da curvatura, proporcionando uma abordagem complementar aos tratamentos tradicionais.

As perspectivas futuras no campo da relação entre atividade física e escoliose são promissoras, com pesquisas em andamento buscando aprimoradas ainda mais a compreensão e o tratamento da condição. Estudos em curso exploram novas abordagens de exercícios, técnicas de avaliação e intervenções personalizadas que podem otimizar os benefícios da atividade física para indivíduos com escoliose.

REFERÊNCIAS

BLUM, R. Efeito do método pilates solo em dores inespecíficas da coluna vertebral. Tese (Dissertação) – Graduação em Educação Física, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, f. 50, 2018.

JUNIOR, A. Avaliação da influência de polimorfismos nos genes da leptina e seus receptores no desenvolvimento e prognóstico de escoliose idiopática do adolescente. Tese (Dissertação) – Doutorado em Ciências, Faculdade de Medicina do Ribeirão Preto, f. 117, 2023. 

MOURA, P. et al. Efeito do método Pilates sobre a escoliose idiopática: estudo de caso. Scientia Medica. [online], v. 24, n. 4, p. 391-398, 2014. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/view/18253. Acesso em: 

PINTO, A. Intervenção fisioterápicas para tratamento de escoliose idiopática no adolescente: uma revisão narrativa da literatura. Tese (Dissertação) – Especialista em Fisioterapia Ortopédica, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, f. 35, 2021.  

SANTOS, I. Qualidade de vida de adolescentes com escoliose idiopática: contribuições da fisioterapia. Tese (Monografia) – Bacharel em Fisioterapia, Centro Universitário AGES, Paripiranga, f. 68, 2021. 

SANTOS, G. et al. Os efeitos do Pilates em adolescentes com escoliose idiopática diagnosticada – uma revisão de literatura. Brazilian Journal of Development. Curitiba, v.7, n.1, p.8738-8747, 2021. Disponível em:http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/16400/1/PDF%20%20Ramon%20Ramyres%20Soares%20dos%20Santos.pdf. Acesso em: 16 ago. 2023. 


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