THE INFLUENCE OF DIET ON PATIENTS WITH CHRONIC KIDNEY DISEASES
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102411192359
Priscila do Carmo Barros Franco ¹
Francisca Marta Nascimento de Oliveira Freitas ²
David Silva dos Reis ³
RESUMO
De acordo com base nos estudos a presença de cálculos renais causados por doenças crônicas renais representa um problema de saúde significativo nos EUA. Este artigo é uma releitura de estudos já elaborados por autores de estudos feito com pacientes de doenças crônicas renais, que destaca a alimentação como aliado para esses pacientes como forma de dar uma melhor qualidade de vida a quem faz tratamento de diálise e hemodiálise.
Palavras-chaves: Alimentação, doenças crônicas, cálculos renais.
ABSTRACT
According to studies, the presence of kidney stones caused by chronic kidney disease represents a significant health problem in the United States.This article is a reinterpretation of studies already prepared by authors of studies carried out with patients with chronic kidney disease, which highlights nutrition as an ally for these patients as a way of providing a better quality of life to those undergoing dialysis and hemodialysis treatment.
Keyword: Key-words: Diet, chronic diseases, kidney stones.
1 INTRODUÇÃO
A doença renal crônica (DRC) caracteriza-se pela deterioração gradual e irreversível das funções dos rins, tanto na produção de urina quanto na regulação hormonal. Nesse cenário, o corpo não consegue manter o equilíbrio do metabolismo e os níveis de fluidos e eletrólitos, resultando em uremia, uma síndrome clínica que afeta o funcionamento de vários órgãos e sistemas (Douglas, 2011).
As origens ou causas da insuficiência renal crônica podem ser classificadas em três categorias: 1) condições patológicas que afetam diretamente os rins; 2) condições sistêmicas que impactam igualmente os rins; e 3) doenças do sistema urinário ou urológico. A prevalência dessas causas varia conforme a idade e a população de doentes renais crônicos analisada, estejam eles em tratamento com diálise ou não (Andoroglo, Sardenberg; Suassuna, 1998).
A deterioração gradual e irreversível da atividade renal é conhecida como Doença Renal Crônica (DRC). As principais condições que levam a essa enfermidade incluem diabetes mellitus, hipertensão e glomerulonefrites (Morsch; Veronese, 2011).
É importante prestar atenção à DRC, pois ela se desenvolve de forma assintomática até chegar aos estágios mais avançados (Bastos et al., 2011).
Atualmente, a Insuficiência Renal Crônica (IRC) é vista como um desafio global em saúde pública (Lessa, 2004) e tem atraído crescente interesse da comunidade científica internacional, dado que estudos recentes têm mostrado sua alta prevalência (Bastos; Kirsztajn, 2011). Informações epidemiológicas indicam que cerca de um milhão de indivíduos com IRC estão em tratamento dialítico em nível mundial (Hafez Abdellatif; Elkhatib, 2006).
Estatísticas epidemiológicas indicam que cerca de um milhão de indivíduos com insuficiência renal crônica estão recebendo tratamento por meio de diálise globalmente (Hafez Abdellatif; Elkhatib, 2006).
Segundo Smeltzer et al. (2009), Um comprometimento da função renal pode ser causado pela qualidade e pela intensidade de agressões aos rins, o que pode resultar na perda das unidades funcionais desses órgãos, os néfrons. As razões mais frequentes para a falência renal nos dias de hoje incluem diabetes mellitus crônico, hipertensão arterial e glomerulonefrite crônica.
A nefropatia diabética atinge cerca de 40% dos indivíduos com diabetes e é a principal responsável pela insuficiência renal em aqueles que começam a receber tratamento de diálise. Mesmo com a presença de lesões nos rins, estes apresentam uma habilidade de compensação, permitindo que os néfrons ainda ativos realizem as funções renais por um período, até que se suceda a insuficiência polissistêmica irreversível (Douglas, 2011).
A dietoterapia pode desempenhar um importante papel na prevenção (Morgan, 2016). Com base no índice de supersaturação urinária e nos fatores de risco urinários, a gordura corporal total e a massa de gordura no tronco estão mais fortemente associadas a cálculos de ácido úrico do que massa corporal magra (Oliveira, 2014).
Nas mulheres pós-menopausa, a medida que aumenta a quantidade, mas não a intensidade da atividade física, o risco de cálculos incidentes declina (Sorensen et al, 2012)
O presente trabalho aborda um tema de inquestionável relevância: a doença renal crônica impõe grande sofrimento aos pacientes, comprometendo em extremo a qualidade de vida dos mesmos. Nessa situação, estão especialmente aqueles que passam por algum tipo de tratamento de diálise. São pessoas que passam horas em tratamento e que, para sobreviver, necessitam permanecer ligadas a um aparelho. Essas pessoas, além dos desafios relacionados à enfermidade que afetam todos os portadores de doença renal crônica, lidam com dificuldades particulares em sua rotina diária.
O objetivo desta pesquisa é investigar os efeitos de uma dieta específica no manejo de doenças crônicas renais, tendo por objetivo específico diminuir a necessidade de hemodiálise e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
2 METODOLOGIA
2.1 Tipo de estudo
Este estudo é uma revisão integrativa da literatura sobre os efeitos da dieta em pessoas com doença renal crônica. De acordo com Souza, Silva e Carvalho (2010), A revisão integrativa representa uma abordagem metodológica ampla, que abrange tanto estudos experimentais quanto não experimentais, visando uma compreensão mais profunda do fenômeno. Ela une informações teóricas e empíricas, englobando a definição de conceitos, a revisão de teorias e evidências, bem como a análise de questões metodológicas. Para direcionar esta pesquisa, foi elaborada a seguinte pergunta central: Qual o papel da alimentação na vida de pacientes com doenças renais crônicas?
2.2 Coleta de dados
A busca de artigos científicos indexados nas bases de dados Scielo, BVS e Google acadêmico foi realizada entre os meses de fevereiro a dezembro de 2024, considerando as publicações dos últimos 10 anos. Para guiar este trabalho, formulou-se a seguinte questão norteadora: Qual a importância da alimentação para pacientes crônicos renais?. Para a realização das buscas, utilizou-se os seguintes descritores: artigos científicos e sites oficiais.
Os critérios de inclusão definidos foram artigos originais publicados no idioma português que descrevessem sobre a alimentação/dieta na dietoterapia de pessoas com doença renal crônica, e que respondessem a questão norteadora. Para os critérios de exclusão, monografias, trabalhos de conclusão de curso, dissertações, teses, editoriais, cartas aos editores, trabalhos disponíveis somente com resumo ou com a apresentação apenas do tema, estando o conteúdo indisponível, e trabalhos em outros idiomas.
2.3 Análise de dados
A busca inicial realizada nas bases de dados, com a utilização de todos os descritores, resultou em um total de 50 artigos. Após análise pelo título, excluiu-se 28 artigos, resultando em 5 trabalhos selecionados para leitura criteriosa. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 17 trabalhos foram excluídos, resultando em 50 que foram incluídos na presente revisão.
Figura 1 Fluxograma de análise de dados
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 Fundamentando a definição das Doenças Renais Crônicas (DRC)
A nutrição desempenha um papel fundamental no manejo de pacientes com doença renal crônica, influenciando diretamente na qualidade de vida. Os principais sinais e sintomas incluem: hálito característico de uréia, pressão arterial elevada, aumento dos níveis de glicose no sangue, acidose metabólica e inflamações conjuntivais (Prado; Ramos; Valle, 2007).
O indivíduo que apresenta sintomas em aumento da insuficiência renal crônica deve ser encaminhado para um centro de diálise ou transplante de forma antecipada durante o desenvolvimento da doença renal em progresso. Normalmente, a diálise é proposta quando o paciente não consegue Sustentar um modo de vida adequado apenas por meio de tratamento conservador (Smeltzer et al., 2009).
3.2 Doenças Persistentes Não Contagiosas
A definição utilizada é a que foi apresentada pela National Kidney Foundation dos Estados Unidos (NKF) em seu relatório denominado Qualidade dos Resultados em Doenças Renais. Initiative (K/DOQI). Essa definição leva em consideração os seguintes critérios: a presença de lesão por um período de três meses ou mais, caracterizada por anomalias estruturais ou funcionais nos rins, com ou sem redução da taxa de filtração glomerular (FG), corroborada por mudanças histopatológicas ou marcadores que indiquem lesão renal, incluindo variações em exames de sangue e urina, além de exames de imagem; e a taxa de filtração glomerular inferior a 60 mL/min/1,73 m² por um período igual ou superior a três meses, com ou sem lesão renal.
Dessa forma, entende-se que DCR é uma condição caracterizada por danos nos tecidos dos rins ou pela redução da função renal que se estende por um intervalo de três meses ou mais.
Em 2008, a Organização Mundial da Saúde (OMS) avaliou que aproximadamente 36 milhões de pessoas faleceram em decorrência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), representando 63% do total de mortes. Entre essas condições, destacam-se as enfermidades respiratórias, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas.
Essas patologias afetam pessoas de diversas classes sociais, com um impacto particular nas populações mais vulneráveis, como os idosos com baixos níveis de escolaridade e renda. Aproximadamente 80% dos óbitos por DCNT ocorrem em nações de baixa ou média renda, onde 29% das vítimas têm menos de 60 anos, em contraste com apenas 13% de mortes precoces registradas em países de alta renda (Who, 2011).
As DRC’s não transmissíveis representam um dos principais desafios à saúde mundial, levando a um número significativo de óbitos precoces, diminuição da qualidade de vida e incapacitação. Além disso, essas condições geram repercussões econômicas para famílias, comunidades e para a sociedade como um todo (Who, 2011).
No Brasil, assim como em outros lugares, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) representam o principal desafio à saúde, sendo a causa de 72% das fatalidades. A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca quatro categorias principais de óbitos: doenças cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias crônicas e diabetes. Além disso, as DCNT geram significativos custos econômicos que afetam o sistema de saúde, a sociedade e as famílias. Segundo a OMS, essas condições estabelecem um ciclo vicioso com a pobreza, prejudicando o progresso econômico dos países, sobretudo aqueles com renda média e baixa.
3.3 Os estágios da DRC
Os estágios 1, 2 e 3 representam a fase conservadora da enfermidade, com a finalidade de impedir a piora do quadro. Nesses estágios, é realizado um trabalho que envolve intervenções “conservadoras”, que incluem o uso de medicamentos, recomendações dietéticas, realização de exames, atividades físicas e orientações relevantes (Ministério da Saúde, 2014)..
No estágio 4, conhecido como pré-diálise, mantém-se o tratamento conservador e, em situações mais severas, inicia-se a preparação para o futuro tratamento de diálise, esclarecendo ao paciente sobre o processo e as alternativas disponíveis que podem substituir a função renal (Ministério da Saúde, 2014)..
O próximo estágio, o 5, ainda não envolve o início do Tratamento Renal Substitutivo (TRS), mas o paciente se prepara para esse momento, recebendo informações e treinamento. Por fim, no estágio 5 dialítico, o TRS é implementado (Ministério da Saúde, 2014)..
As opções para o TRS incluem Hemodiálise, Hemodiálise Peritoneal e Transplante Renal, sendo a escolha do método feita conforme a recomendação médica, com base nas condições de saúde do paciente e suas preferências (Ministério da Saúde, 2014).
3.4 Tratamento das DRCs
No Brasil, aproximadamente 100 mil pessoas estão em tratamento de diálise, e a taxa de mortalidade para aqueles que passam por esse procedimento é de 15% (Brasil, 2015).
O TRS provoca transformações significativas na vida e nas atividades diárias do paciente. Pesquisas indicam que o tratamento altera a percepção sobre a qualidade de vida desses indivíduos. Conforme apontam Ravagnani,
Domingos e Miyazaki (2007), ocorrem mudanças notáveis nas esferas psicológica, física e social. Entre essas transformações, destaca-se o estresse gerado pelo próprio processo da enfermidade e pelas exigências do tratamento, como no caso da hemodiálise, que exige que o paciente compareça às sessões, geralmente realizadas três vezes na semana. Isso pode resultar em obstáculos à inserção no mercado de trabalho, levando à preocupação com a situação financeira (Ministério da Saúde, 2014).
A pesquisa conduzida por Campos et al. (2015) em um contexto de saúde privado em Ponta Grossa/PR, envolvendo 23 participantes, revelou que a maior parte dos pacientes com Doença Renal Crônica expressou preocupações significativas em relação à dinâmica familiar, além de sentimentos de angústia, temor da morte, e períodos de tristeza e desânimo diante das mudanças em suas funções sociais. O estudo também evidenciou um sentimento de ambivalência em relação ao tratamento de hemodiálise, pois os pacientes manifestaram frustração pela dependência na rotina imposta pelo tratamento e pelo uso dos equipamentos, mas reconheceram que esta abordagem é essencial para a manutenção da vida.
Por outro lado, conforme aponta Madeiro et al. (2010), existe um descontentamento relacionado aos cuidados que devem ser realizados fora das sessões de hemodiálise, os quais interferem nas atividades diárias e de lazer, uma vez que a intensidade física das atividades precisou ser reduzida e cuidados especiais com a fístula arteriovenosa (FAV) são necessários para evitar hematomas e complicações.
3.5 Orientações e dados relevantes para pacientes com Doença Renal Crônica
Os indivíduos com Doença Renal Crônica (DRC) sob cuidados conservadores precisam manter uma boa saúde geral e emocional que esteja alinhada com o grau de progressão da sua condição. Para isso, é fundamental o uso de diversos medicamentos, a realização regular de exames laboratoriais e a adesão a uma dieta rigorosamente controlada (Canhestro, et al., 2010). É importante destacar que, no que se refere à alimentação, esses pacientes devem evitar o consumo de carambola, pois sua toxicidade pode levar a consequências graves.
Uma pesquisa discute a importância de manter uma conduta apropriada em relação à adesão ao tratamento, envolvendo não apenas os pacientes, mas também seus familiares. Essa adesão é afetada por uma variedade de aspectos que dizem respeito ao paciente, à enfermidade, ao tratamento, além dos serviços e dos profissionais da saúde (Canhestro, et al., 2010).
É importante destacar que as Unidades de Saúde da Família, ao adotarem uma abordagem abrangente e eficaz, desempenham um papel fundamental na transmissão de informações e orientações (Ferreira, et al, 2009). Suas recomendações sobre esse assunto são cruciais, uma vez que atuam diretamente nas residências promovendo ações de prevenção e saúde.
O profissional dessa área deve estar sempre disponível, reconhecendo as demandas do paciente por meio de uma comunicação constante. Isso o torna um recurso valioso para construir vínculos de confiança entre o profissional e o paciente (Leite, 2012). Os enfermeiros têm interação direta com pacientes, familiares e a comunidade, sendo capazes de realizar, de forma independente ou em equipe, ações voltadas para a promoção, proteção, prevenção e recuperação da saúde (Oliveira, 2006). Eles se deparam com indivíduos que necessitam de cuidados e que exigem uma atenção que vai além das competências técnicas (Preto; Pedrão, 2009).).
Na colaboração entre diferentes disciplinas em uma equipe de profissionais de várias áreas, é possível desenvolver um método de aprendizado focado na atenção integral à saúde, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos indivíduos (Ferreira, et al., 2009).
Conforme o pesquisas, o Brasil apresenta um total de 1.170.498 mortes registradas no Sistema de Informações sobre Óbitos (SIM) no ano de 2011. Destas, 800.118, que correspondem a 68,3%, foram atribuídas às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).
Após ajustes para corrigir a subnotificação e redistribuir as causas de morte mal definidas, essa porcentagem subiu para 72,7%. Dentre as causas de morte investigadas, as doenças cardiovasculares foram as mais comuns, representando 30,4%, seguidas por neoplasias com 16,4%, doenças respiratórias com 6% e diabetes com 5,3%. Juntas, essas quatro condições somam 79,8% dos óbitos por DCNT, enquanto outras DCNT, incluindo doenças renais crônicas e doenças autoimunes, constituem 14,7% do total de mortes (Malta, 2014).
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), também conhecidas como “doenças de longa duração”, são identificadas como uma das principais causas de morte no Brasil. Esses casos afetam especialmente pessoas de baixa renda, que estão mais vulneráveis a fatores de risco e enfrentam maiores barreiras para acessar cuidados de saúde (Malta, 2014).
A miséria também impede que os pacientes tenham acesso a tratamentos longos e custosos, que geralmente estão disponíveis apenas para classes privilegiadas, exacerbando assim a desigualdade social (Braveman; Gottlieb; 2014).
Dada a seriedade das doenças crônicas não transmissíveis, é essencial discutir compromissos internacionais relacionados a essa questão. A reunião resultou em um pronunciamento político, no qual os países membros se comprometeram a combater o aumento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) por meio de iniciativas voltadas para a prevenção dos principais fatores de risco, além de assegurar um atendimento de saúde adequado. Posteriormente, na 66ª Assembleia Mundial da Saúde, foi aprovado um plano global que visa reduzir em 25% a mortalidade por DCNT ao longo de uma década (Malta, 2014).
O Brasil teve uma participação significativa nesse esforço internacional ao desenvolver um conjunto de ações estratégicas para enfrentar as DCNT, estabelecendo metas, compromissos e investimentos de 2011 a 2022 no país para o enfrentamento dos desafios representados pela DCNT e seus fatores de riscos nos próximos dez anos, destaca-se entre as metas traçadas, a redução de 2% ao ano na mortalidade devida as quatro principais causas de mortalidade por DCNT destacadas pela OMS e focadas em plano (Malta, 2014)
Tabela 1 – Na tabela 1, observa-se a % de riscos nutricionais das DRC’s.
Autor e ano | Objetivo do estudo | Tipo de estudo | Resultados |
Reisen et al., 2024. | Analisar os elementos relacionados ao aumento de peso interdiálico em pacientes em tratamento de hemodiálise em uma área urbana no Brasil | Transversal | Há uma relação entre o ganho de peso durante as sessões de diálise e a ausência de trabalho remunerado, bem como a ausência de métodos para reduzir a ingestão de sal na dieta. Assim, compreender esses fatores pode ser fundamental para proporcionar recomendações adaptadas a esse grupo. |
Carmo et al., 2022 | Analisar a adequação do consumo alimentar de acordo com as recomendações publicadas pelo Kidney de Sease Outcome Quality A iniciativa Kdoqi visa analisar tanto os macro quanto os micronutrientes, bem como examinar a capacidade total de antioxidantes presente na dieta de indivíduos com doença renal crônica (DRC). | Transversal | Foi constatado que 43% e 55% dos pacientes tiveram uma ingestão de calorias e proteínas superior ao que é recomendado pelo kdoqi, respectivamente. Em relação aos micronutrientes, 77% dos pacientes estavam com a ingestão de cálcio abaixo do aconselhado, enquanto 65% apresentaram níveis de fósforo superiores às diretrizes atuais. Além disso, 67% e 40% dos pacientes alcançaram um consumo adequado de sódio e potássio. O perfil lipídico das dietas dos pacientes evidenciou um desequilíbrio na proporção entre ômega 6 e ômega 3, com um ktd de 4,05 mmol/dia. |
Carolino et al., 2020 | Analisar a possível associação entre a ingestão de tirosina e fenilalanina e as concentrações plasmáticas de proteínas catabólicas em indivíduos com doença renal crônica que não estão em diálise. | Estudo Transversal | Concluindo, os resultados do nosso estudo sugerem que a cc (circunferência da cintura) e o perfil lipídico foram associados ao dm e a drc, sendo que aumenta do vldl – c aumenta as chances de ocorrência do dm e o aumento do colesterol total implica em diminuição das chances de ocorrência da doença para esclarecer o mecanismo por trás desses efeitos diferenciais do colesterol total, mas pesquisas são necessárias com uma avaliação mais detalhada dos impactos do perfil lipídico para essa população. Além disso, entre os diabéticos, o índice cc e o imc foram maiores quando comparados a indivíduos sem dm. A unidade da cc na prática clínica pode estratificar melhor os pacientes em risco nessa população do que o imc que é amplamente utilizado. |
Grassmann et al., 2005 | Analisar a adequação do consumo alimentar de acordo com as recomendações publicadas pelo Kidney de Sease Outcome Quality A iniciativa Kdoqi visa analisar tanto os macro quanto os micronutrientes, bem como examinar a capacidade total de antioxidantes presente na dieta de indivíduos com doença renal crônica (DRC). | Estudo Exploratório | Pessoas que sofrem de Doença Renal Crônica (DRC) apresentaram alterações na formação da microbiota intestinal, o que leva à produção de substâncias nocivas, como o p-cresil sulfato (PCS), surgem devido à fermentação bacteriana dos aminoácidos tirosina (Tyr) e fenilalanina (Phe) presentes na alimentação. Dessa forma, a dieta pode influenciar de maneira significativa a produção de toxinas urêmicas pela microbiota intestinal. |
Moreira et al., 2010 | Testar a hipótese de que a inflamação média as associações entre ingestão alimentar, estado clínico-nutricional e homocisteína plasmática (Hcys) em indivíduos em hemodiálise (HD). | Transversal | Em relação aos efeitos diretos, a ingestão de vitaminas do complexo B foi negativamente associada ao índice de massa corporal, e o diabetes mellitus foi positivamente associado à CRP. A CRP plasmática também mostrou uma associação negativa com Hcys, e a proporção de ingestão de ácidos graxos saturados e poli-insaturados mostrou uma associação positiva com Hcys. Em relação aos efeitos indiretos, os resultados mostraram que a relação entre a presença de diabetes mellitus e Hcys é mediada pela PCR plasmática. Em relação entre Hcys e diabetes mellitus em indivíduos em HD |
Conforme Reisen et al., 2024 existe uma ligação entre o aumento de peso durante o intervalo entre diálises e a falta de emprego remunerado, além da não implementação de estratégias para diminuir a quantidade de sal na alimentação. Assim, a compreensão desses fatores relacionados pode representar uma opção significativa para a orientação personalizada desse grupo.
De acordo com Carmo et al., 2022 constatado que 43% e 55% dos pacientes tiveram uma ingestão de calorias e proteínas superior ao que é recomendado pelo kdoqi, respectivamente. Em relação aos micronutrientes, 77% dos pacientes estavam com a ingestão de cálcio abaixo do aconselhado, enquanto 65% apresentaram níveis de fósforo superiores às diretrizes atuais. Além disso, 67% e 40% dos pacientes alcançaram um consumo adequado de sódio e potássio. O perfil lipídico das dietas dos pacientes evidenciou um desequilíbrio na proporção entre ômega 6 e ômega 3, com um ktd de 4,05 mmol/dia.
Conforme Carolino et al., 2020 , que os resultados do estudo sugerem que a CC (circunferência da cintura) e o perfil lipídico foram associados ao dm e a DRC, sendo que aumenta do vldl – c aumenta as chances de ocorrência do dm e o aumento do colesterol total implica em diminuição das chances de ocorrência da doença para esclarecer o mecanismo por trás desses efeitos diferenciais do colesterol total, mas pesquisas são necessárias com uma avaliação mais detalhada dos impactos do perfil lipídico para essa população. Além disso, entre os diabéticos, o índice cc e o imc foram maiores quando comparados a indivíduos sem dm. A unidade da cc na prática clínica pode estratificar melhor os pacientes em risco nessa população do que o imc que é amplamente utilizado.
De acordo Grassmann et al., 2005 pessoas que sofrem de Doença Renal Crônica (DRC) mostraram uma alteração na composição da microbiota intestinal, o que resulta na produção de substâncias tóxicas, como o p-cresil sulfato (PCS), exclusivamente através da fermentação de aminoácidos como a tirosina (Tyr) e a fenilalanina (Phe) presentes nos alimentos. Dessa forma, a dieta pode influenciar significativamente a quantidade de toxinas urêmicas geradas pela microbiota intestinal.
Já Moreira et al., 2010 afirma que em relação aos efeitos diretos, a ingestão de vitaminas do complexo B foi negativamente associada ao índice de massa corporal, e o diabetes mellitus foi positivamente associado à CRP. A CRP plasmática também mostrou uma associação negativa com Hcys, e a proporção de ingestão de ácidos graxos saturados e poli-insaturados mostrou uma associação positiva com Hcys. Em relação aos efeitos indiretos, os resultados mostraram que a relação entre a presença de diabetes mellitus e Hcys é mediada pela PCR plasmática. em relação entre Hcys e diabetes mellitus em indivíduos em HD
3 CONCLUSÃO
Diante dos estudos no qual foi na primeira busca foram encontrados 2577, sendo excluídos 2497 por não atenderem os critérios necessários, incluídos para leitura de resumo 80 e utilizados 23. Nos estudos revisados observou-se que a diminuição do cálcio, sódio e proteína animal dos pacientes analisados tiveram uma melhora considerável, e a ingestão de alimentos vegetais e grãos e tem uma melhor aceitação para os pacientes de DRC (Doenças Renais Crônicas), fazendo com que os mesmos tenham um menor agravamento em seus quadros clínicos, isso nos faz refletir que é necessário uma maior pesquisa diante do assunto. Para que haja uma diminuição no agravo da doença e um melhor acompanhamento para os pacientes. No Brasil não se encontram muitos estudos relacionados ao assunto.
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1 Graduanda do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: francopry16@gmail.com
2 Orientadora do TCC, Doutora em Biotecnologia pela Universidade Federal do Amazonas. Docente do curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: francisca.freitas@fametro.edu.br
3 Co-orientador do TCC, Mestre pela Instituição Centro Universitário do Norte – UNINORTE LAUREATE. Docente do curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: david.reis@fametro.edu.br