DIGITAL INCLUSION IN EDUCATION NETWORKS
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202505092037
Klyvison Rijikard Rodrigues Bastos
RESUMO
Com as tecnologias modificando o mundo cotidianamente em diversos fatores, a educação encontra-se com o dever de atualizar suas metodologias e táticas, buscando se inovar mediante a essas alterações fazendo a inclusão de mecanismos tecnológicos, e sentindo a obrigação de aprimorar seus conhecimentos sobre o assunto, propondo melhorias para o ensino através deles. A inclusão digital dentro das redes de ensino, se tornou bastante importante para o desenvolvimento do aprendizado, propondo aos alunos melhor eficiência nas pesquisas e atividades desenvolvidas pela escola. Mediante a isso, as escolas apresentam fragilidades que precisam ser superadas, para que haja a garantia de um processo educativo de qualidade, implantando meios tecnológicos que acrescente melhor desempenho no âmbito escolar, mostrando a eficiência de seus profissionais no processo de ensino aprendizagem por meio da tecnologia.
Palavras-Chave: Modificações, Adaptação, Fragilidades, Inclusão, Mecanismos digitais, Alto-capacitação, TICs, Internet, Qualidade de ensino.
ABSTRACT
With technologies modifying the world on a daily basis in several factors, education has the duty to update its methodologies and tactics, seeking to innovate through these changes, including technological mechanisms, and feeling the obligation to improve its knowledge about the subject, proposing improvements for teaching through them. Digital inclusion within teaching networks has become very important for the development of learning, offering students better efficiency in research and activities developed by the school. Through this, schools have weaknesses that need to be overcome, so that there is a guarantee of a quality educational process, implementing technological means that add better performance in the school environment, showing the efficiency of its professionals in the teaching-learning process through technology.
Keywords: Modifications, Adaptation, Weaknesses, Inclusion, Digital mechanisms, High-skilling, ICTs, Internet, Teaching quality.
INTRODUÇÃO
O presente artigo retrata sobre a importância do uso das tecnologias da informação e as ferramentas virtuais, ao professor e aos demais profissionais da área. Hoje, observa-se o quanto uma sala de aula se desenvolve, como também toda a estrutura da escola e o trabalho que é desenvolvido pelos profissionais dentro dela.
A tecnologia vem cada vez mais sendo implantadas dentro das redes de ensino, proporcionando uma melhoria de ensino e aprendizado, onde grandes desafios são colocados como obstáculos a serem enfrentados. As escolas que adquirem esses elementos para seu processo educacional, contam com diversas vantagens que facilitam e acrescentam melhorias para os profissionais que atuam na área da educação.
O artigo mostra como o termo tecnologia não deve ser pensado apenas como mecanismos eletrônicos, digitais ou máquinas futuristas, destacando que, a tecnologia deve ser vista como algo usado e pensado para se desenvolver, evoluir e aperfeiçoar algum fator de grande importância para o desenvolvimento do ser.
A comunicação entre indivíduos vem sendo evoluída desde os primeiros grupos que habitavam a terra, transmitindo suas culturas e seus feitos através de pinturas em paredes e contos orais que eram repassados de geração á geração. Com a grande importância que a comunicação vinha causando, várias civilizações criaram para si, padrões de escritas, símbolos criados com o intuito de atribuir à algum objeto, causa e ensino, assim dando origem a vários tipos de escritas que eram usadas para a comunicação entre membros da mesma civilização e também de outras, surgindo assim a linguagem.
A linguagem conforme seu aperfeiçoamento, logo foi sendo usada para a transmissão de conhecimento e formação de grandes pensadores, pesquisadores e escritores, provendo para uma pequena classe mais privilegiada a construção de redes de ensino, assim foram sendo inventadas outras maneiras para que a comunicação ultrapassasse fronteiras, como correio, telefones, rádios e televisores, através deles, não só a comunicação se tornou possível à distância, mais também, o aprendizado que vinha se estabelecendo cada vez mais nas grandes potências da época.
Esses meios tecnológicos vêm se tornando cada vez mais eficazes dentro das escolas, tendo grande relevância no desenvolvimento cognitivo, político e social do indivíduo. Sendo assim, as instituições deram bastante valor a esses mecanismos, mostrando sua verdadeira importância como prática de ensino, sendo distribuída nos diversos setores do ambiente escolar.
Com o surgimento da internet que é outro artifício que permite a comunicação de pessoas em ambientes diferentes em tempo real, o termo educação à distância (EaD) que já vinha sendo utilizado em épocas mais distantes, ganha bastante conhecimento, sendo ela implantada em vários países onde as TICs já estavam em alta, assim facilitando ao cidadão o acesso à escola tanto pública quanto privada.
Com essa nova modalidade de ensino em alta, muitas pessoas passaram a frequentar aos ambientes de ensino virtuais, grande parte dessas pessoas que começaram a utilizar desses ambientes, apresentavam dificuldades de locomoção, muitas delas não tinham meios de transportes, já que, as grandes faculdades ficavam nas grandes capitais e centros urbanos, sem contar que os cursos de graduação presenciais, tinham alto valor nas universidades privadas. Com o surgimento do ensino à distância, houve grandes oportunidades para quem morava longe dos centros urbanos e capitais, já que agora, pode se estudar em casa, a qualquer hora e com um valor muito abaixo do que seria cobrado em um curso presencial.
E não só as instituições que forneciam cursos técnicos, graduações e pós-graduações que adquiriram para si essas ferramentas de comunicação e aparelhos eletrônicos. As escolas públicas que forneciam o ensino básico e médio, também passaram a utilizar desses artifícios incluindo-as na educação infantil, ensino fundamental e médio, criando um melhor ambiente que compactua com a realidade vivida fora dos prédios da escola, dando aos alunos total interesse, conforto e comodidade nas atividades escolares, já que, grande parte dos alunos, já se relacionam com esses mecanismo com grande facilidade, mostrando o quanto a curiosidade humana pode levar ao aprimoramento do sujeito.
No entanto, nem toda instituição que possui o ambiente adequado para tais necessidades, estará apta para desenvolver táticas pedagógicas, pois, não depende somente da estrutura favorável da escola, e sim, da capacitação de quem trabalha para a melhoria do ensino e para que a escola em si, não se prenda a métodos que não foram adaptados à situação atual que vivemos hoje. Belloni enfatiza “que mesmo quando são oferecidos treinamentos, se apresentam distantes das práticas pedagógicas dos profissionais e de suas condições de trabalho”.
Mostrando a importância do uso das Tecnologias da Informação no processo de ensino e aprendizagem, identificando a eficácia do uso dos recursos pedagógicos, pode-se concluir, com este trabalho, que os problemas existentes na relação entre educação e tecnologias vão muito além das especificidades das tecnologias e da vontade dos professores em utilizá-las adequadamente em situações de aprendizagem.
A pesquisa evidencia que é imprescindível discutir as abordagens necessárias para capacitar o professor nesse processo de inovação constante na educação e aprendizagem. Alcançar o objetivo de integração significativa da tecnologia na sala de aula, não depende apenas de fatores relacionados à tecnologia, as crenças pedagógicas pessoais dos professores desempenham um papel fundamental em suas decisões pedagógicas sobre como integrar a tecnologia em suas práticas de sala de aula.
O grande desafio está em encontrar formas positivas e viáveis de integrar as TIC no processo de ensino-aprendizagem, no quadro dos currículos atuais, da situação profissional dos professores e das condições concretas de atuação em cada escola. O professor e todos que compõem o processo de ensino e aprendizado, precisam ter total domínio do que esse ambiente proporciona, caso contrário, ele pode apresentar insegurança aos que necessitam aprender, além disso, o educador deve ter profundo conhecimento sobre as tecnologias.
O princípio da tecnologia como conhecimento.
Desde os primórdios da sociedade, o homem vem buscando métodos para ampliar o seu conhecimento e o seu desenvolvimento em meio às causas mundanas que ocorrem com o passar do tempo e com as mudanças que sofrem no meio em que vivem. A forma de se comunicar e transmitir informação de forma oral era o meio mais adequado para a transmissão de saberes, na qual os povos antigos repassavam suas tradições e crenças de geração a geração.
Uma das primeiras façanhas como forma de comunicação, usadas pelos primeiros povos da humanidade, foi a linguagem (qualquer meio sistemático de comunicar ideias ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos, gestuais etc.) elaborada por vários povos distintos uns dos outros com o intuito de se comunicarem entre si e registrar relatos e aprendizado ao longo da vida. Logo, a escrita nos tempos pré-históricos se torna um avanço para a civilização, fazendo com que o homem em seu estado primitivo passe de um ser primata a um ser intelectual, capaz de se relacionar, interagir, compreender e se modificar ao meio em que vive.
Registros mais antigos indicam que, a escrita surgiu inicialmente por meio de desenhos nas cavernas, sendo os mesmos feitos com instrumentos como sangue de animais, folhas e terra, com o objetivo relatar e contar os fatos ocorridos em uma era pré-histórica, onde os homens pintavam os seus feitos através de imagens fixadas nas paredes escuras das cavernas. Logo vários outros povos adotaram em seu sistemas, os símbolos como forma de comunicação, chamados escritas que se diferenciavam de grupos a grupos, exemplos disso são as escritas cuneiforme, escrita hieroglífica, pictogramas etc.
Nos tempos pré-históricos, antes mesmo de surgir um sistema educacional, os povos daquela época, já haviam dado início ao que chamamos de linguagem. Segundo o portal de estudos passeiweb, em um artigo publicado sobre a origem da escrita, afirma que “a escrita surgiu pela primeira vez em três regiões distintas, cada uma, independentemente, tendo sua primeira aparição com os povos sumérios, cerca de 3.000 a. C na Mesopotâmia”.
Nenhum meio de comunicação foi, como já explicamos, tão poderoso e causador de tantas e tão profundas modificações na sociedade quanto a escrita. Todos forneceram de modo mais ou menos contundente, modificações na sociedade e na visão de mundo das pessoas. Fundamentalmente, todos sentem para a redução do espaço, ou seja, para a rapidez e eficiência da comunicação entre as pessoas e localidades (RECUERO, 2000. p. 3)
Nesse contexto, temos a linguagem e escrita como tecnologia, usadas para comunicação e informação, levando desenvolvimento e conhecimento ao longo das gerações. Com o passar do tempo, a linguagem foi moldando suas formas, suas regras e seus padrões, assim como ferramentas foram acrescentadas para facilitar o processo da linguagem como comunicação e informação. Logo essas ferramentas tecnológicas, foram sendo utilizadas a favor da educação, um exemplo disso foram as cartas de Padre Manoel de Nóbrega, a rádio que forneceu o primeiro curso a distância pelo instituto Radiotécnico Monitor, até a chegada da internet e a invenção do computador.
A televisão mostra aquilo que não podemos ver fisicamente, mas através dela, como uma extensão de nossos olhos. O rádio trouxe as notícias das quais não tínhamos conhecimento, como uma extensão dos nossos ouvidos. O telefone nos permitiu levar a voz a uma distância infinitamente maior do que jamais se havia pensado. E assim sucessivamente, cada meio representou uma extensão de uma capacidade natural dos seres humanos. A internet, no entanto, através da Comunicação Mediada por computador, implementou a extensão de vários recursos naturais. Não apenas podemos ver as coisas que nossos olhos naturalmente não veem. Podemos interagir com elas, tocá-las em sua realidade virtual, construir nosso próprio pensamento linear em cima da informação, ouvir aquilo que desejamos, conversar com quem não aceitamos. (RECUERO, 2000. p. 3)
Com uma era tecnológica, as instituições passaram a modificar-se com instrumentos pedagógicos. As salas de aulas agora contam com televisores, redes Wi-Fi, salas de informática, Tablets, aplicativos (Androids e Iphone) programas e softwares (Windows e Mac) que possibilitam um melhor acesso á materiais pedagógicos. Grandes partes desses objetos passaram a substituir outros que eram utilizados para as atividades escolares. A datilografia foi substituída por computadores, mimeógrafo por impressões digitais, a lousa por Datashow, os diários impressos e outros documentos importantes das escolas, agora são filtrados dentro de pastas digitais que são arquivadas em softwares e redes virtuais.
Assim como o trabalho dos educadores se facilita em diversos fatores, os educandos também podem contar esses benefícios, tendo melhor facilidade em conseguir conteúdos disciplinares, que até então só podia ser adquirido através de bibliotecas públicas e livrarias, além disso, documentários e vídeo-aulas são encontrados com facilidades na web, assim como filmes e outros recursos educativos. Muitos programas e aplicativos foram desenvolvidos para educar gradativamente o aprendizado das crianças, jovens e adultos, esses tipos de aplicações, contam com o trabalho de diversos profissionais na área de TI, mesmo assim, não poderia rejeitar a presença de educadores, pois, os mesmos possuem maior parte dos conhecimentos pedagógicos, metodológicos e avaliativos para proporcionar uma aplicação de total utilidade para o aprendizado do objeto alvo, que nesse caso é o aluno.
Com as frequentes mudanças que vêm acontecendo devido à globalização e o avanço das tecnologias, várias camadas da sociedade são afetadas com essas mudanças, tendo como opção, adaptar-se ao ritmo acelerado das tecnologias e das informações que a acompanham. Por este motivo, as instituições educacionais precisam modificar-se e moldar-se com os métodos pedagógicos em junção com as novas tecnologias, implantando-as dentro do ambiente escolar. Mas para isso, é necessário que os educadores não se confinar somente ao padrão do planejamento, pelo contrário, é necessário uma nova visão de plano, ou seja, algo que compactua com o nosso desenvolvimento humano atual, exigindo a capacitação do profissional que por sinal é um dos problemas mais frequentes no âmbito escolar.
Porém, conforme nosso ambiente vá sofrendo modificações, é inescusável que o profissional educador mantenha-se sempre atualizado aos novos padrões tecnológicos para que o mesmo possa utilizá-lo ao seu favor como ferramenta de aprendizado, mostrando habilidades em manipulá-los com facilidade, mostrando assim, firmeza no que está sendo transmitido como saber àqueles que precisam de suporte para fixar-se em instruir-se.
A importância da tecnologia na educação
Atualmente estamos vivendo em uma era tecnológica onde praticamente nosso dia-a-dia depende muito dessas ferramentas, por esse motivo, diversas áreas da sociedade aderiram à tecnologia como uma forma de facilitar algumas atividades. De fato, a tecnologia desenvolveu bastante vários ramos da sociedade, e a educação não ficou fora disso. As tecnologias tiveram muita relevância como instrumentos de ensino, já que, hoje o mundo está relacionado definitivamente com esses utensílios.
No mundo cada vez mais artificial e dominado pelos objetos feitos industrialmente, os indivíduos e os grupos, mais do que desenvolver e utilizar as tecnologias para adaptar o meio às suas necessidades, tem que desenvolver ou adquirir capacidades e habilidades cada vez mais complexas para entender minimamente seu próprio ambiente. Na atualidade, em um mundo em que ainda existe uma alta porcentagem de analfabetismo, já não só é preciso dominar a língua oral e escrita. Para poder tomar uma posição crítica e de valor e não só de consumo indiscriminado, precisa-se atender as chaves das linguagens audiovisuais e informáticas […]. (SANCHO, 1998, p. 11)
O ambiente escolar hoje, busca de alguma maneira se adaptar a essa onda de crescimento tecnológico, visando alcançar melhorias para a formação dos educandos. É dessa forma que vem se implantando cada vez mais essas ferramentas dentro das instituições educacionais, as salas de aulas agora possuem um ambiente climatizado, proporcionando conforto para os alunos, possuem câmeras de vigilância para uma melhor segurança do local, pequenos alto-falantes para facilitar a comunicação entre profissionais da escola, além desses elementos citados existem outros materiais que não são só utilizados para trazer segurança e conforto para o lugar, são aqueles que se infiltram dentro dos materiais pedagógicos para serem usados como item metodológico sendo inserido dentro da sala de aula como didática no desenrolar no processo de ensino.
Na educação infantil, por exemplo, já vemos televisores e aparelhos de som sendo usados como metodologias, pois, a aplicação do método tradicional já não chama mais tanto a atenção das crianças, já que, uma nova geração da chamada sociedade moderna se torna o desafio dos professores. Susana Alves da Silva defende em seu artigo de que em meia tantas mudanças e evoluções, os alunos já chegam à escola com um vasto conhecimento sobre as tecnologias e suas possibilidades de uso, pois possuem acesso aos diversos meios tecnológicos e consequentemente a uma gama de informação. A mesma também afirma que, quanto mais rico for o ambiente onde a criança está inserida, melhor será a sua interação. De fato a forma de como tais objetos chamam a atenção da criança, não é algo que desperta somente a curiosidade, mas, também o interesse, já que a maioria possuem relações de uso com esses objetos, e uma sala de aula equipada não somente com enfeites coloridos, mas também, com recursos tecnológicos não somente evolui a forma de ensinar dos professores como também aguça o interesse da criança em interagir com aula.
Com esse avanço, todas as modalidades e etapas do ensino vem introduzindo essa maneira diversificada de ensinar, os livros didáticos físicos agora, para o ensino fundamental, médio e superior tornam-se arquivos PDF e já não ocupa estantes e mochilas mas sim, um pequeno espaço na memória de algum dispositivo ou memória virtual. As lousas passaram a ser substituídas por Datashow, os cartazes de apresentações em grupos passaram a ser substituídos por slides, as pesquisas em livros bibliotecários agora são pesquisas feitas no google ou em outras janelas da web, e a escrita a mão em grande parte, agora se tornou digitação.
Mediante a todas essas ferramentas que vêm sendo aplicadas como prática pedagógica, uma delas se põe como indeclinável.
O desenvolvimento tecnológico e científico propiciou a integração das potencialidades de cada sistema resultando na internet, uma estrutura global que interliga os computadores e outros equipamentos para possibilitar o registro, a produção, transmissão e recepção de informações e permite a comunicação entre as pessoas independentemente da posição geográfica. O termo é usado tanto para definir a infraestrutura (redes públicas de TCP/IP e outras redes interligadas) como para indicar o uso público (WWW, e-mail e espaços virtuais que permitem a comunicação (CURY, 2011. p. 12)
Essa ferramenta facilitou e muito a comunicação entre as pessoas, sendo possível conversar com outro indivíduo do outro lado do planeta ou obter informações de lugares distantes em tempo real, sendo assim, a distância já não é mais um problema, e dessa maneira, o aprendizado chega até os lugares mais remotos, e agora a educação já não é tão difícil de se alcançar, pois quem precisava gastar com transporte para se locomover até mesmo a outras cidades para ter um ensino adequado e de qualidade já não precisa mais sair de casa, desde que, o mesmo possua em sua residência um ponto de acesso que transmita sinal de internet.
Por esta razão, conclui-se que, a internet afetou positivamente, diversas atividades praticadas pela sociedade, tais como, o comércio, o transporte, a comunicação, a informação, a educação, entre outros. Logo, toda atividade que pode atribuir a internet ao seu favor, possui uma melhora drasticamente dependendo da forma em que é utilizada.
Esse tipo de desenvolvimento evoluiu bastante, e esse desenvolvimento foi muito útil para educação, pois com isso, surge uma nova modalidade de ensino, o Ensino a distância (EaD). Trata-se de uma modalidade de educação em que os professores e alunos mantêm contato em diversos lugares diferentes e em diferentes distâncias, planejada por instituições que utilizam diversas tecnologias da informação.
A educação a distância (EaD) é uma modalidade de ensino que tem se tornado cada vez mais comum. São oferecidos cursos técnicos, profissionalizantes, de aperfeiçoamento, de graduação, pós-graduação, entre outros. É uma forma de ensino-aprendizagem mediada por Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) que permite que o professor e o estudante estejam em ambientes físicos diferentes. Isso significa que, ao invés de todos se encontrarem em uma sala de aula, com dia e hora marcados, cada um estuda em um horário diferente e onde quiser, por exemplo, em casa, na biblioteca, no trabalho etc. (Adriano Ribeiro)
Essa nova modalidade, como foi destacado acima, assume um papel importante com o uso da tecnologia, fazendo com que ela se torne um objeto de aprendizagem, e não só isso, mas também, facilita o acesso ao ambiente escolar que agora é um ambiente virtual, há muitos usuários de zona rural e cidades longe da capital, ou até mesmo pessoas que procuram se formar em qualquer curso, sem ter o incômodo de se locomover até o polo mais próximo.
Devido a grande demanda do mercado em exigir experiência profissional onde a formação do ensino médio já não é tão válida, várias pessoas buscaram especialização em cursos profissionalizantes, notando essa procura por formações, surgem os cursos superiores em modalidade EaD. Muitas universidades já contam com esse meio de ensino, sendo que, anteriormente, só forneciam na modalidade presencial, dificultando a inclusão de pessoas em localidades muito distantes.
O ensino superior à distância é uma prática ainda recente se comparado às outras universidades presenciais. Os países só atribuíram investimento na EaD quando aconteceu o barateamento e a regularização dos serviços postais, por volta do ano de 1840, quando foi lançado na Inglaterra, o primeiro selo da história do correio. Atualmente, o ensino superior à distância está bem difundido mundialmente, e existem grandes centros localizados em todos os continentes.
Apesar do ensino EaD, ter surgido muito antes da invenção da internet, como cita o primeiro tópico desse artigo, na qual a comunicação a distância vinha sendo desenvolvida através do correio, da rádio, telefones e televisores da época, o pesquisador e escritor Demo, na década de 90 já havia retratado o ensino à distância como parte natural do futuro da escola e da universidade.
Valerá ainda o uso do correio, mas parece definitivo que o meio eletrônico dominará a cena. Para se falar em educação à distância é mister superar o mero ensino e a mera ilustração. Talvez fosse o caso distinguir os momentos, sem dicotomia. Ensino à distância é uma proposta para socializar informação, transmitindo-a de maneira mais hábil possível. Educação à distância, por sua vez, exige aprender a aprender, elaboração e consequente avaliação. (DEMO, 1994. p.60)
Contudo, para manter uma educação de qualidade no ensino a distância, requer, não só, as habilidades de quem transmite as aulas, é necessário aprender a aprender, elaborar, planejar, desenvolver e avaliar assim como afirma Demo na citação acima. E não é só isso, o envolvimento de outros profissionais como analistas e desenvolvedores de sistemas, profissionais em segurança cibernética e entres outros especialistas em TI. Pois para se trabalhar adequadamente nesse ambiente virtual, é necessário a criação de diversos aspectos que facilite o acesso e manuseio, chegando assim, à criação de janelas na web, softwares e aplicativos que seja acessado por qualquer aparelho eletrônico como celular, tablets, notebooks e computadores de maneira segura, já que, a maioria de portais usados por instituições educacionais contém dados de quem o utiliza e que não podem serem vazados.
Para se pensar em educação EaD com o mesmo resultado que se obtém pelo ensino presencial, é necessário atender todos os requisitos que formam esse processo. Inclui-se um leque de estratégias baseadas em vários moldes do desenvolvimento humano, para que por fim a implantação desses processos não venha trazer problemas futuros. Por este motivo, é inaceitável a ausência de pessoas altamente formadas e capacitadas, tanto na área da educação, administração e tecnologia, para um melhor desenvolvimento de estratégias, metas, metodologias e ferramentas que irão realmente causar um impacto positivo no que se refere à educação à distância.
Tecnologias da informação e seu impacto na educação.
As TICs levaram a sociedade a um contato instantâneo e global, tendo grande impacto de mudança, sendo capazes de provocar alterações nos mais diversos setores. Com essa constante transformação de mundo, a área educacional também recebeu interferências com a difusão da tecnologia digital, pois o uso delas vem provocando transformações paradigmáticas e impulsionando as pessoas a conviverem com a concepção de aprendizagem sem barreiras e sem pré-requisitos (SANTOS; RADTKE, 2005).
Essas mudanças que ocorrem e que vem moldando a educação, que tem como foco o uso das TICs, influenciou no surgimento em designar a aprendizagem realizada utilizando-se dos meios eletrônicos e os ambientes virtuais. O e-learning é uma combinação que ocorre entre o ensino com o auxílio da tecnologia e a educação à distância. Por esse meio, o aluno é ensinado através de conteúdos colocados nos computadores ou em outras ferramentas da internet, e o professor fica à distância, utilizando a rede como comunicação. Como citado no tópico anterior, isso possibilitou a criação de diversos cursos de curto, médio e longo prazo, que podem ser feitos em tempo real ou off-line com teletransmissões individuais ou em grupos. Dessa forma, são sistemas de “comunicação mediada por computadores” (MELO, 2006).
De outra maneira, o e-learning também pode ser usado até mesmo para complementar a formação presencial, como um bônus extra de conhecimento. Nas grandes universidades, as novas TICs estão presentes de várias formas, com objetivos e usos diversos, desenvolvidos para discentes e docentes e disponíveis nos portais das instituições, onde cada vez mais os sistemas acadêmicos estão inclusos, permitindo que os alunos realizem vários serviços virtualmente, como se matricular, acessar a biblioteca e até mesmo efetuarem o pagamento de mensalidades. Além disso, outras possibilidades são adquiridas como, poder se comunicar com os professores, enviar uma mensagem para toda turma de uma só vez, consultar as notas e disciplinas oferecidas.
Outras ferramentas virtuais de comunicação também foram aprimoradas para serem inclusas no ambiente escolar para complementar ainda mais os estudos, são softwares e aplicativos que permitem ao usuário obter conteúdos disciplinar, comunicação com o professor para questionamentos e dúvidas e também para atividades avaliativas, como alguns exemplos de aplicabilidades digitais usadas para atividades educacionais temos o classroom, google meet, grupos de telegram e whatsapp e outros portais usados para desenvolver as habilidades cognitivas dos alunos, proporcionando uma melhor qualidade de ensino e adaptando os seus discente ao uso devidamente correto dessas programações.
Facilita bastante o uso desses utensílios em algumas causas que podem acarretar na interrupção das aulas, como por exemplo, em caso de reformas da escola, na falta de recursos para se manter as atividades, em casos de saúde de algum aluno, entre outros fatores que podem levar ao uso emergencial desses meios, para que a escola possa continuar atuando de forma que não atrase o ensino e saia dos planos pedagógicos e cronograma que a instituição precisa seguir.
A importância do ensino à distância em época de pandemia.
A humanidade de vez em quando, passa por problemas globais, como economia, guerras, catástrofes naturais e várias outras causas que trazem como consequência, o desespero da sociedade em estabilizar o ocorrido, procurando formas de corrigir ou adaptar-se a situações extremas.
Estamos todos inextricavelmente interconectados em um ambiente global de informações que nos traz uma consciência global e, com ela uma responsabilidade global por um desenvolvimento sustentável, pela busca de soluções para a poluição, a pobreza, as pandemias e as mudanças climáticas, assim, como pela aprendizagem de como viver juntos (TIFFIN; RAJASINGHAM, 2007, p. 25).
Um caso que se tornou uma catástrofe mundial foi a pandemia causada pelo vírus COVID-19, que praticamente parou várias atividades humanas, trazendo um grande impacto negativo para a saúde, segurança, economia, política, esporte, cultura e educação. As pessoas foram obrigadas a se isolarem em suas casas sem ter contato com o mundo exterior. Com isso, as pessoas procuram meios para se entreterem, através de atividades dentro de casa, isso também levou-as a utilizarem dos meios tecnológicos para diversas causas como a comunicação entre parentes e conhecidos, assistir conteúdos como filmes e séries, e outros buscavam estudar dentro de casa.
Com a paralisação de todos os setores, somente a comunicação e informação se mantiveram ativas, e por este método, as instituições educacionais pretendiam continuar suas atividades para que alunos não fossem prejudicados, mas, que também não corressem o risco de serem contaminados pelo vírus. Libâneo aponta:
Assumem uma importância crucial ante as transformações do mundo atual. Num mundo globalizado, transnacional, nossos alunos precisam estar preparados para uma leitura crítica das transformações que ocorrem em escala mundial. Num mundo de intensas transformações científicas e tecnológicas, precisam de uma formação geral sólida, capaz de ajudá-los na sua capacidade de pensar cientificamente, de colocar cientificamente os problemas humanos (LIBÂNEO, 2011, p. 03).
Professores tiveram que se inovar, e mostrar a realidade que o mundo estava passando para seus alunos e apresentar a importância de se educar e de aprender, modificando se possível, os hábitos que antes eram praticados antes da pandemia. Por este motivo, foi feito do EaD a solução para o problema de suspensão das aulas presenciais nas redes de ensino, notando que as tecnologias da informação se tornam um auxílio de emergência para manter as atividades, metodologias e avaliações de ensino.
Diante do caos causado pela pandemia, e seu impacto nas escolas públicas e privadas, surge o Ensino Híbrido e o Ensino Remoto. O Ensino Híbrido é uma nova forma de ressignificar os processos de ensino aprendizagem numa ambiência escolar que está imersa na Cultura Digital. O Ensino Remoto é uma experiência extremamente nova e suas atividades pedagógicas não presenciais, não devem ser, portanto, consideradas como modalidades de ensino, uma vez que se constituem como alternativa para a manutenção do processo de ensino aprendizagem até pouco tempo realizado na modalidade presencial.
Por estas inclusões, o ensino deu continuidade, mesmo não tendo a mesma eficácia que o presencial, foi a melhor alternativa encontrada para se adequar aos ocorridos que mundo estava passando, de fato, houve uma decadência no interesse dos alunos, mas isso ocorre pela acelerada infiltração desses modos de ensino e o pouco preparo tanto dos educadores quanto dos alunos.
Esse fator, dificultou bastante o trabalho docente, já que muitos professores não se preocupavam em oferecer o conhecimento amplo sobre o assunto, tendo o interesse somente em repassar os conteúdos disciplinares sem total suporte para os alunos que muitas das vezes ficavam confusos em meio a tanta informação sem acompanhamento do educador.
Desafios e dificuldades na tecnologia a serem enfrentadas no processo educativo.
Com tantos obstáculos sendo superados na educação, pelo uso diversificado da tecnologia, é óbvio que haverá também dificuldades a serem enfrentadas, pois, os obstáculos que foram superados com o passar do tempo, antes eram também dificuldades, no entanto, algumas dessas dificuldades ainda permanecem. As tecnologias estão se modificando constantemente, em uma velocidade impressionante, e as instituições educacionais como agora possuem diversos recursos desse tipo, precisa adaptar-se à essa velocidade, caso contrário, ficará aprisionada ao tempo, e não irá avançar enquanto não for resolvido o problema.
Agora, grande parte desses recursos tecnológicos são indispensáveis dentro da educação, o seu uso é fundamental e a sua importância significativa, pois assim como o mundo sofre mudanças geológicas e o homem procura adaptar-se à essas mudanças, a sociedade também sofre alterações, e cabe a ela adquirir maneiras para se sobrepor em meia á essas modificações. Buscar metas e soluções para os desafios dentro da educação é um trabalho que requer conhecimento e especialidade na área, no entanto, um conhecimento extra, precisa ser valorizado também, e esse conhecimento extra, trata-se da qualificação dos educadores em utilizar as tecnologias dentro do ambiente escolar.
[…] Essas novas tecnologias – assim consideradas em relação às tecnologias anteriormente existentes-, quando disseminadas socialmente, alteram as qualificações profissionais e a maneira como as pessoas vivem cotidianamente, trabalham, informam-se e se comunicam com outras pessoas e com todo o mundo. (KENSKI 2008. p. 22)
A falta de conhecimento dos professores e até mesmo dificuldades em aprender a usar corretamente os aparelhos eletrônicos, softwares e aplicativos virtuais, é um dos principais problemas que vem sendo enfrentados dentro das escolas, muitos desses profissionais ainda se prende muito aos métodos tradicionais, esquecendo assim de se aperfeiçoar em sua prática pedagógica, ficando para trás até mesmo dos alunos quando se trata desses aparelhos e ferramentas virtuais.
Entende-se a alfabetização tecnológica do professor como um conceito que envolve o domínio contínuo e crescente das tecnologias que estão na escola e na sociedade, mediante relacionamento crítico com elas. Este domínio se traduz em uma percepção global do papel das tecnologias na organização do mundo atual e na capacidade do professor em lidar com as diversas tecnologias, interpretando sua linguagem e criando novas formas de expressão, além de distinguir como, quando e porque são importantes e devem ser utilizadas no processo educativo. (SAMPAIO, LEITTE, 2013. p.75)
Mesmo nos cursos superiores de pedagogia atual, tendo uma breve introdução de tecnologias da informação e o uso de algumas ferramentas virtuais, cabe ao professor e aos demais profissionais da área, atualizar-se sempre que for possível e manter o domínio contínuo e crescente como defende Sampaio e Leitte no trecho destacado acima.
Hoje, se pode ter noção do quanto uma sala de aula se desenvolveu, e não só a sala de aula como também toda a estrutura da escola e o trabalho que é desenvolvido pelos profissionais dentro dela, porém, nem toda instituição que possui o ambiente adequado para tais necessidades estará apta para desenvolver táticas pedagógicas, pois, não depende somente da estrutura favorável da escola, e sim, da capacitação de quem trabalha para a melhoria do ensino e para que a escola em si, não se prenda a métodos que não foram adaptados à situação atual que vivemos hoje.
Os problemas existentes na relação entre educação e tecnologias vão muito além das especificidades das tecnologias e da vontade dos professores em utilizá-las adequadamente em situações de aprendizagem. Como enfatiza Belloni, mesmo quando são oferecidos treinamentos, se apresentam distantes das práticas pedagógicas dos profissionais e de suas condições de trabalho. (KENSKI, 2008. p. 58)
As qualidades dos professores consistem na ação, a reflexão crítica, a curiosidade, o questionamento exigente e a inquietação em determinado assunto ainda não solucionado definitivamente, e algumas dessas qualidades passam despercebidos pelos próprios sujeitos que deveriam praticá-las, isso influencia muito de forma negativa, o aprendizado dos educandos.
Não apenas as metodologias de aprendizagem com tecnologias apresentam problemas, algumas tarefas técnicas atribuídas a cada membro que compõe a escola, tais como HTP, diário, plano de aula, plano de gestão, regimento interno, PPP, entre outros que são desenvolvidos através de computadores e outros meios, também apresentam dificuldades na utilização dos mesmos, sendo que, essas responsabilidades não podem ser substituídas por outros sujeitos fora daquela determinada escola, mesmo que a pessoa possua conhecimentos avançados em informática.
O professor ou qualquer outro dentro da escola que é encarregado do aprendizado, precisa ter total domínio do que esse ambiente proporciona, caso contrário, ele pode apresentar insegurança aos que necessitam aprender, além disso, o educador deve ter profundo conhecimento sobre as tecnologias, principalmente as da informação (TICs) que apresentam dois lados, positivo e negativo, que por sinal, também, é uma dos problemas a serem solucionados, pois o uso indevido deles, principalmente para adolescente, é um problema gravíssimo que inclusive é bastante comentado nas escolas, mas que precisa ser bastante debatido entre aluno e professor.
Segundo o site da universia, afirma que assim como as TICs trazem benefícios e mudanças para o ensino, também trás consigo muitas desvantagens para os usuários trazendo distrações, fomentação ao vício e isolamento. Algumas dessas desvantagens podem causar problemas psíquicos, como por exemplo, o uso abusivo das TICs gera um menor contato, no mundo físico, entre indivíduos, levando a pessoa a um isolamento, pretendendo se manter longe das relações e interações com outras pessoas, e essa falta de contato físico provoca a perda da assertividade podendo criar até perfis fakes para se manter longe dos tais chamados ciberbullying. Além disso, grande parte das informações divulgadas na internet são falsas, por isso, muitas delas não são confiáveis, e a distribuição desses conteúdos, chamada Fake News, facilita ainda mais a má informação, fazendo assim que diversas pessoas acreditem no que não é verídico.
Diante alguns pontos negativos, a página da web Educadora do Futuro cita alguns pontos negativos referente às TICs na educação que podem ser prejudiciais aos alunos que a usam. Em alguns desses pontos estão inclusos a:
Habilidade de escrita comprometida; onde se afirma que as pessoas estão cada vez menos usando a caneta e papel para escrever, substituindo-os por celulares, computadores, tablets e notebooks.
Problemas com a socialização; que afirma que ao implementar a tecnologia no processo de ensino aprendizagem, é fundamental não deixar que os alunos se prendam aos seus interesses particulares.
Risco à segurança das informações; como citado anteriormente, a segurança das informações é essencial para que não haja vazamentos de dados, e é desta maneira que o uso de aplicativos e de plataformas de ensino para divulgar materiais, atividades, provas e notas, precisa contar com uma tecnologia que garanta a integridade desses dados e o acesso apenas a pessoas autorizadas.
Atenção dispersa; que é uma das causas mais comum que ocorrem no âmbito escolar, o uso indiscriminado desses atributos pode fazer com que os alunos dispersem a atenção do conteúdo que o professor está tentando ensinar.
Esses são grandes desafios a serem enfrentados, são obstáculos que não podem prejudicar de maneira nenhuma o aprendizado do aluno, o foco deve se ater ao conteúdo das disciplinas, e não deve ser desviado por qualquer outra interrupção. Por este fator é dever do educador, mostrar a importância e o por que de tal artefato está sendo usado, e cabe ao mesmo atribuí-lo da forma mais correta, mostrando também o lado ruim que o mesmo artifício produz ao ser usado de forma inadequada, por este motivo, a educação precisa de profissionais que se atente à evolução da sociedade mediante as tecnologias.
Fragilidades da inclusão digital nas escolas públicas.
Outro problema bastante encontrado relacionado às tecnologias no ambiente educacional, principalmente nas escolas públicas, são a falta de recursos para atender com eficiência o tipo de realidade que vem predominando nos dias de hoje. A falta de uma sala de informática, dentro das escolas, redes wi-fi e outros utensílios, acabam fazendo de certa forma com que as metodologias que dependem desses meios, se dificultem ainda mais, pois não teriam os mesmos impactos avaliativos se os obtivessem. Além disso, boa parte dos alunos que frequentam as escolas públicas, não vivem em boas condições financeiras, principalmente aqueles que moram nas periferias das cidades longe dos grandes centros urbanos. Essa falta de investimento do poder público traz um grande impacto negativo para a educação, tanto para professores quanto para alunos, pois ambos precisam desses recursos.
Já que muitos não têm acesso à esses apetrechos virtuais e eletrônicos, é certo que que eles busquem no próprio prédio da escola, e se a mesma não possui, de fato a meta a ser alcançada terá um notável declínio, mostrando grande fragilidade em não poder atender 100% de seus interesses, causando assim uma exclusão, já que muitos terão um atendimento diferenciado dos demais que possuem os recursos necessários para manter os estudos atualizados.
Na estrutura organizacional se torna preciso uma cultura informática educativa no que pode integrar os instrumentos, tanto no nível da concepção quanto no da prática, levando em conta a complexidade da relação entre os meios tecnológicos, os conhecimentos e as técnicas utilizadas pelo docente. Mesmo que a utilização das TICs na educação não substitua o educador, vale refletir que, o trabalho docente pode ser apoiado por essas ferramentas.
O uso das tecnologias no trabalho docente requer concepções e metodologias de ensinos diferentes das tradicionais, para que possam atender às necessidades educacionais atuais. Por isso, é necessário que os professores desenvolvam um debate sobre a relevância das tecnologias no trabalho docente e sobre a melhor maneira de utilizá-los, para que não sejam vistas como recurso meramente técnico.
Porém é importante ressaltar que é preciso muito mais do que apenas ter domínio instrumental, é indispensável o conhecimento das potencialidades proporcionadas para cada tipo de tecnologia de acordo com cada método de ensino a ser aplicado. O professor precisa ser reflexivo e se questionar, de que modo essa tecnologia favorece o seu trabalho e como ela pode transformar a sua atividade, criando novos objetivos, novos processos de trabalho e novos modos de interação com seus alunos.
Outra dificuldade bastante encontrada, é o número de aulas e quantidades de conteúdos a serem trabalhados, segundo Zabala (2008).
Precisamos incluir “em primeiro lugar, atividades suficientes que permitam realizar as ações que comportam estes conteúdos tantas vezes for necessário e, em segundo lugar, formas organizadas que facilitem as ajudas adequadas às necessidades específicas de cada um dos alunos”, tendo em vista que. Cada aluno tem seu ritmo de aprendizagem.
Portanto seria essencial aumentar a carga horária de modo que os alunos pudessem ver o conteúdo gradativamente, unindo teoria e prática na construção do conhecimento. Outra dificuldade que é importante destacar, é o receio dos professores em não corresponder às expectativas dos alunos, sendo que o educador é visto como condutor do processo ensino aprendizagem e aquele que domina o conteúdo, trazendo contribuição para o aprendizado do aluno. Dentro do contexto educacional, em especial na sala de aula, o professor se torna o ator principal, onde todos os olhares estão voltados para sua figura e, neste momento o professor sente a relevância de seu papel de transmitir conteúdos sistemáticos, críticos, concretos e articulados com as realidades sociais, por isso que:
Um dos grandes desafios que os professores brasileiros enfrentam está na necessidade de saber lidar pedagogicamente com alunos e situações extremas: dos alunos que já possuem conhecimento avançados e acesso pleno às últimas inovações tecnológicas aos que se encontram em plena exclusão tecnológica; das instituições de ensino equipadas com mais modernas tecnologias digitais aos espaços educacionais precários e com recursos mínimos para o exercício da função docente. O desafio maior, no entanto, ainda se encontra na própria formação profissional para enfrentar esses e tantos outros problemas. (KENSKY, 2008. p. 103)
O professor ao atuar no trabalho docente, irá se deparar diante de situações muito complexas para as quais ele deve buscar e solucionar respostas, muitas das vezes podem até se tornarem repetitivas e em outros casos criativas, que vai valer muito da sua capacidade e habilidade de leitura da realidade e também do contexto em que ele está inserido. Em sua formação profissional deve se preparar para enfrentar o cotidiano imprescindível da sala de aula.
Conclusão
Portanto, deve-se pensar em inclusão digital não só em adquirir equipamentos eletrônicos dentro de uma rede de ensino, mas também, buscar o domínio desses processos inovadores para aplicá-lo dentro da sala de aula. Ter uma alta compreensão do assunto possibilita uma transmissão de ensino mais clara e segura, pois assim, o educador pode notar as fragilidades que esse tipo de ensino pode trazer dentro do ambiente em que ele atua e através delas propor novas direções e metas. Por outro lado, a falta de conhecimento sobre esses termos, pode chegar a ficar cada vez mais confuso tanto para o professor quanto para o aluno, já que o professor é o gatilho para estimular a curiosidade e o interesse de quem ele ensina, então se o mesmo não demonstra segurança naquilo que transmite, é notável que seus alunos percam o interesse naquilo que está sendo ensinado.
O problema da falta de especialização dos professores em usar adequadamente os meios virtuais comunicativos e aparelhos eletrônicos que substituem materiais mais ultrapassados, pode ser amenizado com um trabalho coletivo vindo da parte dos integrantes que compõe o desenvolvimento político pedagógico dentro da escola, chegando à conclusão de que, é dever dos profissionais de educação, atualizar-se sempre aos meios tecnológicos.
Deve-se pensar na implantação de tutoriais para o aprimoramento e domínio desses mecanismos digitais, através de palestras e rodas de conversas. Porém, para não tomar tempo nos turnos em que estão ocorrendo as aulas e interromper o cronograma da escola, pode se sugerir a criação de portais na web, softwares e aplicativos digitais que possibilitem aos tutores e alunos um amplo conhecimento do termo tecnologias, propondo profundo embasamento sobre esses meios, facilitando o seu uso por meio de vídeo-aulas, testes avaliativos, documentos para leitura e suporte de especialistas na área.
No entanto a inclusão digital não acontece somente adquirindo os conceitos básicos sobre as tecnologias, para que a mesma funcione as instituições de ensino devem procurar atender a todas as classes sociais, de maneira que todos possam ter o ensino adequado e igualitário. Sendo assim, a escola deve oferecer um ambiente que possua esses mecanismos para o uso do aluno, por exemplo, cursos extracurriculares deveriam ser implantados nas redes de escola pública, como aulas de informática, robótica, mídias sociais etc.
Como resultado, pode se ter uma rede de ensino altamente preparada para o desenvolvimento, formando cidadãos aptos para o mercado de trabalho e relações sociais, preparando-os para o futuro e para as contínuas alterações que o mundo tecnológico nos oferece.
Referências
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