A IMPORTÂNCIA DOS MEDICAMENTOS GENÉRICOS NO CONTEXTO DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL E O PAPEL DO FARMACÊUTICO NESSE PROCESSO

THE IMPORTANCE OF GENERIC MEDICINES IN THE CONTEXT OF PUBLIC HEALTH IN BRAZIL AND THE ROLE OF THE PHARMACIST IN THIS PROCESS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202412091844


Bianca Thainnara Mendes de Alencar1
Francisco Ryan Costa dos Santos2
Izadora de Sousa Veloso3
Leonardo Luís Batista Cardoso4


RESUMO  

Os genéricos demonstram eficácia e segurança comprovadas, contendo o mesmo princípio ativo dos medicamentos de referência, mas a um custo menor. Além disso, o artigo diferencia os três tipos de medicamentos: referência, genérico e similar. O objetivo principal do trabalho é ressaltar a importância dos genéricos no contexto da saúde pública, analisando seu impacto econômico e a importância do papel do farmacêutico nesse processo, promovendo conscientização sobre o tema. A pesquisa foi conduzida por meio de revisão de literatura em bases de dados científicas, com critérios de inclusão e exclusão. Foram analisados 55 artigos, dos quais 17 foram utilizados nos resultados. O estudo apontou o contexto da saúde pública no Brasil, como também, a confiabilidade que o paciente tem no farmacêutico para a realização da troca dos medicamentos de marca para o genérico. O presente trabalho proporcionou visualizar com mais clareza questões como Sistema Único de Saúde, a eficácia dos genéricos, a diferença dos genéricos e dos fármacos de referência como também o seu custo benefício. 

Palavras-Chave: Medicamentos Genérico; SUS; Eficácia dos Genéricos. 

ABSTRACT 

Generics demonstrate proven efficacy and safety, containing the same active ingredient as reference medicines, but at a lower cost. Furthermore, the article differentiates between the three types of medicines: reference, generic and similar. The main objective of the work is to highlight the importance of generics in the context of public health, analyzing their economic impact and the importance of the role of the pharmacist in this process, promoting awareness on the topic. The research was conducted through a literature review in scientific databases, with inclusion and exclusion criteria. 55 articles were analyzed, of which 17 were used in the results. The study pointed out the context of public health in Brazil, as well as the trust that the patient has in the pharmacist when switching from branded to generic medications. The present work provided a clearer view of issues such as the Unified Health System, the effectiveness of generics, the difference between generics and reference drugs as well as their cost-benefit. 

Keywords: Generic Medicines; SUS; Efficacy of Generics. 

INTRODUÇÃO 

Com o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, a Constituição de 1998 garante o direito à saúde, formado por ações e serviços públicos anexados em uma rede regionalizada e hierarquizada, exigindo a combinação de diferentes serviços e profissionais (CHAVES et al, 2024). 

O Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com o artigo 198 da Constituição Brasileira e na Lei Orgânica de Saúde nº 8.080/1990, representa um conjunto de ações e serviços de saúde, tendo como princípios doutrinários e administrativos a promoção, proteção e recuperação da qualidade de vida para toda a população brasileira, garantindo a esses o acesso a uma assistência integral à saúde, visando a redução do risco de doença e de agravos. Considera-se que o acesso a medicamentos é um eixo norteador das políticas públicas na área da assistência farmacêutica no SUS e que os medicamentos são uma das principais intervenções terapêuticas utilizadas, impactando de forma direta sobre a resolutividade das ações de saúde (COSTA et al, 2022).  

Por conseguinte, em 1998, foi publicada a Política Nacional de Medicamentos (PNM), buscando garantir o acesso da população àqueles medicamentos considerados essenciais. A Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF) instituída pela Resolução Nº 338/ 20045, define a assistência farmacêutica como um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, individual e coletiva, a qual tem o medicamento como insumo essencial e busca promover o seu acesso e uso racional. A PNAF, desenvolve estratégias buscando promover o acesso a medicamentos no SUS, dentre as quais destaca-se o Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) que busca garantir a integralidade do tratamento medicamentoso para todas as doenças por ele contempladas. (BRITO; ARAÚJO, 2023). 

Em 1990, o país passava por dificuldades de acesso devido ao alto custo dos medicamentos de referência, que eram a única opção disponível no mercado, então, estabeleceu-se o conceito da política pública que regula o medicamento genérico, e uma das alternativas dessa introdução é da qual a população ganhasse maior racionalidade no uso dos medicamentos (SILVA et al, 2024). 

A lei 2.022/91 foi a primeira normativa que objetivou a remoção do nome de marca comercial ou pelo nome “fantasia”, com o intuito em reduzir os custos com os medicamentos e ser uma opção mais acessível para os pacientes. Diante disso, surgiu o decreto 793/93, onde foi exigido que o nome genérico no rótulo das embalagens deve ser maior do que o nome da marca do produto. Além disso, definiu normas sobre a dispensação dos medicamentos nas farmácias e que a qualidade do produto deve ser garantida pela Vigilância Sanitária. A principal intenção desse decreto foi mostrar ao cliente as várias opções sobre o mesmo produto com a mesma eficácia, com os preços mais acessíveis (NETO, 2024).  

Com a Lei 9.787 de 1999, foi instituída a comercialização dos medicamentos genéricos, onde não apenas permitia a qualquer laboratório a comercialização dos medicamentos cujas patentes estivessem expiradas, como também trouxe as diretrizes, normas e características para a implementação, anulando o Decreto 793/93. (Conselho Federal de Farmácia, 2024).  

Há três tipos de medicamentos, a saber: medicamentos de referência, genéricos e similares. O medicamento de referência é o produto inovador desenvolvido em pesquisas, feitos testes, assinalado pela vigilância sanitária que tem sua eficácia, segurança e qualidade aprovadas cientificamente (MARQUES et al, 2021). Medicamento genérico apresenta o mesmo princípio ativo e forma farmacêutica como o de referência, aplicando testes de biodisponibilidade e bioequivalência. São identificados na embalagem com uma tarja amarela com o G de “Medicamento Genérico” (TEIXEIRA et al, 2023). Medicamento similar contém o mesmo princípio ativo do medicamento utilizado como referência na sua fabricação, se diferenciando por sua embalagem, data de validade, podendo ser identificado pelo nome de marca ou comercial (TAVARES et al, 2024). 

De acordo com a RDC nº 135/2003 e RDC nº 51/2007, o farmacêutico pode fazer a substituição de um medicamento de referência pelo genérico. Esse processo é chamado de intercambialidade e auxilia no cuidado dos usuários ao tratamento (TEIXEIRA et al, 2023). Caso o paciente deseje fazer a troca, o farmacêutico irá auxiliar o usuário para que substitua a referência pelo genérico. Entretanto, só não poderá realizar a troca caso o médico mencione expressamente na receita que não autoriza a substituição (CRUZ et al, 2021). 

O presente artigo tem como objetivo demonstrar a importância dos medicamentos genéricos no contexto da saúde pública no Brasil e o papel do farmacêutico nesse processo. Além disso, entender e analisar os benefícios do uso dos medicamentos genéricos como também a eficácia terapêutica e segurança dos mesmos. Nessa perspectiva, esse assunto foi notado pelos participantes do trabalho a disposição é que se tenha conhecimento abrangente de forma que chegue ao máximo de pessoas para fins educativos. 

METODOLOGIA 

O estudo se trata de uma pesquisa de revisão de literatura com abordagem descritiva e caráter qualitativo, dar-se mediante uma observação detalhada para resultados mais aprofundados para melhor interpretação. As pesquisas foram feitas por meio de revisão de literatura nas bases de dados da BVS, Scielo, PubMed, LiLacs. Foram aplicadas os seguintes descritores: MEDICAMENTOS GENÉRICOS, SUS, EFICÁCIA DOS GENÉRICOS com a finalidade de auxiliar nas buscas aos manuscritos. Foram considerados como critérios de inclusão artigos publicados nos últimos cinco anos, de acordo com o nosso tema na língua portuguesa, inglesa e espanhola. Por fim, foram usados como critérios de exclusão artigos que não atenderam a temática e que tivessem mais de cinco anos de publicação.  

Para melhor entendimento, a pesquisa seguiu os passos. Foram identificados 55 artigos e selecionados 17 para os resultados.  

Figura 1- Distribuição de artigos selecionados.

Fontes: Os autores 

RESULTADO E DISCUSSÃO 

Com a finalidade de simplificar e organizar as informações contidas dos estudos selecionados, optou-se por melhor entendimento elaborar a seguinte tabela que se encontra logo abaixo: 

Tabela 1. Tabela de resultados.

Autor/ Ano  Título Tipo de Estudo Resultado 
JUNIOR et al, 2021.  Remédios genéricos no mercado farmacêutico – a importância do medicamento genérico para a sociedade. Estudo transversal Este estudo revelou que  71% da população confiam na eficácia dos medicamentos genéricos, 86% dos entrevistados realizaram pesquisa de preço, 66% compram os medicamentos genéricos por conta do preço e 75% dos entrevistados realizavam a troca quando recebiam orientação por parte do farmacêutico. 
TEIXEIRA et al, 2023. Medicamentos genéricos, sua confiabilidade e aceitação: uma revisão de leitura. Revisão da Literatura Com o avanço da tecnologia, as pessoas estão cada vez mais informadas sobre medicamentos genéricos, resultando em maior confiança. Os farmacêuticos desempenham um papel importante ao orientar sobre qualidade, eficácia e uso correto de medicamentos.  
CRUZ et al, 2021. Fatores associados à aceitação dos medicamentos genéricos pela população.  Estudo Transversal Observou-se que 96,5% dos entrevistados usaram medicamentos genéricos. Dos quais, 89,8%, relataram que obtiveram resultados eficazes e efeito desejado. 
PINHEIRO et al, 2020. Utilização de medicamentos genéricos em um estabelecimento farmacêutico do município de Teresina (PI).Estudo Quantitativo Uma pesquisa revelou que 32% dos usuários têm entre 18 e 25 anos. 59% usam medicamento contínuo, 92% já usaram genéricos e 55% optam pelos mesmos por confiança.  
REZENDE, 
2021.
Avaliação dos fatores que influenciam o consumo de medicamentos genéricos por parte do público geriátrico: uma revisão sistemática.Revisão Sistemática
da Literatura.
Contribuiu para demonstrar que a atuação do farmacêutico é crucial dentro das
instituições de saúde para orientar quanto
ao uso racional de medicamentos genéricos, especialmente
em idosos, isso ajuda a garantir tratamento seguro e eficaz.
VIEIRA et al
2021.
Relação custo benefício entre os medicamentos genéricos e os de referência em pacientes idosos.Pesquisa Bibliográfica.Outro estudo realizado por Utzig, Virtuoso e
Oliveira (2009) mostra que 98% dos entrevistados já 
adquiriram medicamentos genéricos. 
Sendo que 42% foram por orientação do farmacêutico, 26% por prescrição médica, 24% pelo próprio paciente, 
6% por terceiros e apenas 2% nunca compraram um medicamento genérico.
LUPPE et al, 2020.Análise de atributos na preferência entre consumo de medicamentos.Pesquisa Quantitativa.Aproximadamente 60% afirmaram ter preferência por medicamentos genéricos ou similares, 31% por 
medicamentos de referência e os 
demais declararam ser indiferentes ao tipo de medicamento.
SILVA et al, 2024.O papel do farmacêutico como educador sobre o medicamento genérico.Revisão Bibliográfica.Para desempenhar seu papel como educador sobre o uso de 
medicamentos genéricos, o farmacêutico
precisa estar atualizado em relação às legislações e regulamentações
que envolvem  esses  produtos.
ESTANISLA
O, 2021.
Estudo de bioequivalência de medicamentos anti hipertensivos de múltiplas fontes em comparação com o medicamento inovador para demonstrar sua equivalência terapêutica.Revisão e QuantitativoOs medicamentos anti-hipertensivos são bastante vendidos devido ao seu baixo preço comparado a um 
inovador. Pacientes que os usam 
frequentemente os colocam como um dos primeiros mais vendidos. 
Embora, os medicamentos genéricos tenham o mesmo princípio ativo, alguns
genéricos não tem estudos que comprovam sua eficácia.
CARNEIRO et al, 2024.Bioequivalência farmacêutica do 
medicamento 
sinvastatina: uma revisão bibliográfica.
Revisão de 
Literatura
Os resultados de bioequivalência entre o medicamento genérico e o de referência estão alinhados, sem 
alterações estatísticas significativas e mostram-se de acordo com as 
especificações descritas na Farmacopeia
Brasileira, sendo os métodos utilizados eficazes para o controle de qualidade.

FONTE: Elaboração própria, 2024. 

Os medicamentos, sejam genéricos ou de referência, no que visa o processo de compra, tem influência direta no consumidor. Deste modo, o comprador busca tomar decisões mais racionais. Nesse pensamento, existe um anseio dos profissionais de saúde na busca do melhor tratamento ao paciente. É de grande importância o incentivo e a melhoria nas terapias com a mesma qualidade e segurança, porém, no menor preço, que são os genéricos. Atualmente, estudos mostram que os preços mais baixos não mudam a eficácia dos genéricos, mas sim, apresentam uma economia de custo benefício. (LUPPE et al, 2020).        

Para ESTANISLAO (2021), nos testes feitos de bioequivalência dos anti-hipertensivos demonstrou na dissolução e de similaridade que o atenolol genérico apresenta desempenho correspondente ao do inovador, portanto, para o primeiro estudo de perfil de dissolução foi realizado nos pH 1,2, 4,5 e 6,8 pelo método espectrofotométrico linear, como resultado em comportamentos semelhantes com coeficiente de variação <2. Os resultados de ambos os medicamentos mostram que suas concentrações no plasma, tempo e velocidade são similares. Diante dos intervalos limites permitidos em todos os parâmetros farmacocinéticos que foram menores a 0,5, conclui-se que o anlodipino 10mg e NORVAS 10mg são bioequivalentes.  

No estudo de CARNEIRO et al (2024), sobre a equivalência entre o medicamento genérico e referência da sinvastatina, foram realizados testes como peso médio, testes de friabilidade, dureza, desintegração, determinação de teor de princípio ativo e teste de dissolução. Nos testes do peso médio dos genéricos e o referência estão abaixo de 7,5%, sendo aprovados, pois, maior que duas unidades está fora do padrão aceito. Além disso, tem durezas aprovadas de 30 N ou 3,0 kgf, pois nos valores se mostraram superiores ao valor mínimo tolerável. Nos testes de friabilidade, todos os comprimidos apresentaram perda de massa inferior ou igual a 1,5% em relação ao seu peso inicial, não possuindo rachaduras, quebraduras, sendo aprovados nos resultados finais. Na desintegração foram dissolvidos antes de chegar aos 30 minutos, seguindo a regra da Farmacopeia Brasileira. Nos testes de quantificação dos comprimidos mostraram-se 90 a 110% do teor de princípio ativo, sendo positivos aos resultados. Já na análise de dissolução, os comprimidos foram eficazes na diluição em 80% em 30 minutos, sendo assim, aprovados. Diante disso, o estudo e testes de equivalência dos comprimidos da sinvastatina, foram satisfatórios e estão de acordo com a Farmacopeia Brasileira. Além disso, as características de dissolução dos medicamentos genéricos seguiram cinética de dissolução em comparação à referência, demonstrando-se seguros e eficazes. 

Com o aumento gradativo dos gastos em saúde, o acesso aos medicamentos de referência se mostra limitado pelo seu preço elevado, tornando-se o acesso aos genéricos mais contínuo pela população devido ao seu baixo custo, sendo assim, comercializados constantemente (CRUZ et al, 2021). Assegurando a mesma eficácia aos seus usuários, os genéricos são 35% mais em conta que os de referência e representam 85% dos medicamentos dispensados no Programa Farmácia Popular do Brasil. (PINHEIRO et al, 2020).  

Os idosos estão entre os grupos de pessoas que mais fazem uso dos medicamentos, incluindo os genéricos, buscando mais a área dos serviços de saúde que os jovens. Além disso, um dos fatores que induz esse uso é o aumento da expectativa de vida dessa população (REZENDE, 2021). Um exemplo a ser posto é a Hidroclorotiazida, diurético usado para doenças cardiovasculares, onde, para adquirir uma unidade do medicamento de referência, seria necessário comprar quase 10 unidades dos genéricos na farmácia popular (VIEIRA et al, 2021).  

Com a redução de preços, a política de genéricos constituiu ponto de êxito de sua implantação, ao contribuir para a oferta de produtos farmacêuticos mais baratos e com mais critérios para assegurar sua qualidade. Porém, com o aumento da adesão aos medicamentos genéricos por parte da população idosa, precisa ter mais incentivo dos profissionais de saúde, em especial dos prescritores, ajudando a reduzir os custos para o paciente sem prejudicar a eficácia de seu tratamento (REZENDE, 2021).  

JUNIOR et al (2021) em sua pesquisa concluiu que 71% da sociedade considera seguro e eficaz os medicamentos genéricos, na ausência dos medicamentos de referência 74% preferem os genéricos. Além disso, 87% afirmaram que os genéricos são mais baratos e 66% adquirem por conta do preço. O mesmo autor relata que 54% dos médicos prescrevem genéricos e 75% dos entrevistados faziam a mudança dos medicamentos genéricos quando recebiam orientação por parte do farmacêutico.  

Diante do avanço tecnológico, o entendimento sobre os genéricos têm estado mais evidente, pois, os usuários demonstraram mais confiança, passando a comprá-lo mais. Além disso, o farmacêutico exerce importante papel na orientação e promoção do uso racional dos medicamentos aos usuários, sendo de grande valia na sua aceitação e utilização. Os farmacêuticos têm papel importante na orientação quanto à tomada de decisão por parte dos consumidores (CRUZ et al, 2021).  

O farmacêutico deve alertar o paciente sobre os riscos da automedicação ressaltando a importância de, antes de iniciar qualquer tratamento medicamentoso, buscar sempre orientação dos profissionais aptos. Ademais, essa informação fortalece a promoção, conscientização do acesso à saúde e reduz os gastos com medicamentos desnecessários, permitindo aos consumidores confiança em optar pelos medicamentos genéricos. É importante salientar que a segurança e o acolhimento que o farmacêutico traz para o paciente é de grande importância no tratamento do uso dos genéricos, pois demonstra uma relação de confiabilidade, permitindo ao usuário expressar suas dúvidas e opiniões que contribuem em muito com a adesão terapêutica e evitam reações adversas (SILVA et al, 2024). 

O farmacêutico é essencial na melhora e na qualidade de vida do consumidor, destacando-se a sua importância na assistência farmacêutica, pois proporciona o cuidado técnico referente ao controle, aquisição, distribuição e dispensação de medicamentos, proporcionando atenção e assistência farmacêutica (TEIXEIRA et al, 2023). No estudo realizado por CRUZ et al (2021), sobre à confiabilidade que o paciente tem no farmacêutico para a realização da troca do medicamento de marca pelo genérico, 6,8% confiam no farmacêutico fazer a troca, 85,2% acreditam que os genéricos possuem mesma qualidade que o de referência, enquanto 14,8% disseram que não. 

Para SILVA et al (2024), o farmacêutico deve explicar aos usuários como tomar o medicamento genérico na dose e horários certos, comunicar sobre possíveis efeitos indesejáveis ou efeitos colaterais que podem acometer o paciente, permitindo ao consumidor estar inteirado dos prováveis riscos relacionados ao uso dos genéricos. Também pode orientar, no armazenamento adequado garantindo a qualidade do medicamento, evitando riscos de contaminação ou danificação do produto. O descarte certo dos genéricos ajuda no cuidado ao ambiente e evita problemas relacionados à automedicação e ao uso indevido desses produtos. É importante salientar que o farmacêutico está apto aos conhecimentos adquiridos durante sua formação acadêmica e profissional, garantindo ao paciente informações seguras e eficazes sobre os genéricos. 

CONCLUSÃO 

O presente trabalho proporcionou visualizar com mais exatidão questões como Sistema Único de Saúde (SUS), a eficácia dos genéricos, seu custo benefício. É importante reiterar, que o farmacêutico proporciona a sociedade informações seguras e amplas do conhecimento. Prestando ao paciente, uma assistência farmacêutica e farmacoterapêutico na conscientização do uso correto dos medicamentos, garantindo-lhes um retorno seguro e de qualidade.  

É notório que a presença de um farmacêutico nos ambientes de dispensação dessas medicações é de suma importância, pois com o conhecimento adquirido ele conduzirá os pacientes aos cuidados que se devem tomar, não somente orientando-os, mas favorecendo uma qualidade de vida para aquele paciente. 

Diante do exposto, espera-se que essa pesquisa seja de grande valia proporcionando aos leitores maior profundidade e conhecimento sobre o tema, afim de proporcionar um estímulo e clareza no estudo abordado. 

REFERÊNCIAS 

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1Graduanda do curso de Bacharelado em Farmácia pela UNIFAESF – biancalencar7@gmail.com
2Graduando do curso de Bacharelado em Farmácia pela UNIFAESF – ryan_santos0308@outlook.com
3Graduanda do curso de Bacharelado em Farmácia pela UNIFAESF – sousaizadora1234@outlook.com
4Orientador e professor do curso de Bacharelado em Farmácia da UNIFAESF – llbcardoso33@gmail.com