A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA PELO AGENTE EDUCACIONAL DA EMEF JONAS ROBERTO MAGALHÃES

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202410310940


Francisco de Assis Da Mota¹;
Idaiana Ribeiro Leite Laureano².


RESUMO: O trabalho aborda a importância dos jogos pedagógicos para a efetivação da atuação do agente educacional assim como seu papel no processo de ensino-aprendizagem de matemática frente aos impactos dos benefícios trazidos pela prática do lúdico; sendo este indispensável na formação profissional e para o desenvolvimento do aprender do mesmo. Tendo como objetivo o reconhecimento da gama de adversidades para se atingir a excelência da aplicabilidade do fazer pedagógico e a influência epistemológica do brincar e do método dialético para facilitar o senso crítico da avaliação do nível da atividade do agente no ambiente escolar, por meio de uma abordagem qualitativa através de pesquisa de autores pertinentes sobre a temática como Freire, Kishimoto, Piaget, Smole, Vygotsky e dentre outros além de um questionário com um profissional foi possível elucidar sua vivência no tocante a educação e aos jogos pedagógicos na tentativa de otimizar a aprendizagem dos conteúdos de matemática. É possível destacar que quando se trabalha com jogos e torna essa abordagem uma prática pedagógica inerente a atuação, isso aos poucos se torna um lastro cultural onde tem como resultado o desenvolvimento do agente educacional e consequentemente torna palatável suas ações frente às nuances que regem o mundo escolar para os demais componentes que integram o meio. Dessa forma, é indispensável a prática desse método para a aprendizagem de matemática em que permite a conclusão da relevância do estudo dos jogos pedagógicos para o exercício do agente educacional.

Palavras-Chave: Aprendizagem. Fazer Pedagógico. Lúdico.

ABSTRACT: The work addresses the importance of pedagogical games for the effectiveness of the educational agent’s performance, as well asits role in the teaching-learning process of mathematics in the face of the impacts of the benefits brought by the practice of ludic; this being indispensable in the professional formation and for the development of the learning of the same. With the objective of recognizing the range of adversities to achieve excellence in the applicability of pedagogical practice and the epistemological influence of play and the dialectical method to facilitate the critical sense of the evaluation of the level of the agent’s activity in the school environment, through a qualitative approach through research of relevant authors on the subject such as Freire, Kishimoto, Piaget, Smole, Vygotsky and among others, in addition to a questionnaire with a professional, it was possible to elucidate their experience regarding education and pedagogical games in an attempt to optimize learning of math content.It is possible to highlight that when working with games and making this approach a pedagogical practice inherent to the performance, this gradually becomes a cultural ballast which results in the development of the educational agent and consequently makes their actions palatable in the face of the nuances that govern the world. school for the other components that make up the environment. Thus, it is essential to practice this method for the learning of mathematics, which allows the conclusion of the relevance of the study of pedagogical games for the exercise of the educational agent.

Keywords: Learning. Do Pedagogical. Ludic.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho aborda uma das temáticas de maior relevância e exposição no que tange a importância dos jogos pedagógicos como prática de ensino-aprendizagem dos conteúdos de matemática pelo agente educacional em que visa estabelecer o papel que a prática contínua do fazer pedagógico de forma lúdica tem para o exercício da função do mesmo, assim como a influência dele na esfera do ambiente escolar, das diretrizes e pontos norteadores para a excelência da educação e sucesso profissional dos atores inseridos na cadeia educacional. E trazendo ao lume algumas das principais concepções de estudiosos que dedicaram suas vidas em nortear a importância do lúdico para o ensino dos componentes e aprendizagem da mesma por parte do educando e a necessidade de uma melhor avaliação e qualificação do educador no quesito de tornar possível o saber crítico social no enfrentamento dos desafios que sucumbe o olhar do senso-comum que paira sobre a atividade da matéria em estudo.

Durante o percurso dos estudos destinados nesse curso, um dos assuntos mais trabalhados de forma clara, foi à importância dos jogos pedagógicos onde visa a materialização da aprendizagem do saber matemático, onde consiste no entendimento da complexidade que cerne os atores envolvidos no espaço ininteligível do arcabouço que tange a esfera do saber lógico e da necessidade de conhecer as novas perspectivas e utilização como a etino matemática e tantos outros modalidades do ramo que inclui sobre a gama de expandir a visão sobre os múltiplos aspectos que incide a disciplina e interdisciplinaridade dos conhecimentos sobre o agente educacional, em especial o educador.

Os objetivos para realização e construção do estudo busca conhecer um pouco mais sobre a importância do jogo pedagógico como uma ferramenta e uma prática pedagógica no ensino-aprendizagem da Matemática, tentar mostrar o papel dos agentes educacionais no aprimoramento e materialização do fazer pedagógico compreendendo o dinamismo e os desafios, assim como os benefícios da aplicabilidade do lúdico no dia a dia na rotina do professor e trazer algum a argamassa de concepções e estudos que cercam e norteiam uma das temáticas mais estudadas e que liberam tempo e esforço de estudiosos em diferentes épocas e tempos e espaços mostrando a importância e também a complexidade da matéria trazida à lume.

Reconhecer a importância do lúdico como uma ferramenta inerente em sua atividade visando atender a um dos momentos mais importantes da realização do curso de pós-graduação lato sensu, onde a escolha da temática se deu a partir da grande relevância e busca do entendimento das práticas educacionais do sujeito em questão, no ensejo de práxis pedagógicas da complexidade do universo de estudo da matemática, sendo este um dos componentes mais vistos e detalhados durante o curso. A metodologia que reside na formação pedagógica de todo e qualquer profissional requerendo dos jogos e sua compreensão na didática satisfazer e superar os desafios propostos e que concatenam a diversidade que rege a procura de soluções e perspectivas que transitam o processo de ensino-aprendizagem dos sujeitos envolvidos e arcabouço da importância do lúdico no que se refere a praticidade possível e que é inerente ao dia a dia da atuação do agente educacional pois é quase impossível nos dias atuais imaginar o êxito de qualquer profissional da educação, em especial, em tempos do avanço da tecnologia da informação e comunicação (TIC’s) e de competências como as Soft Skills e Hard Skills no dia-a-dia do macro ambiente escolar onde o agente educacional precisa se policiar da necessidade da prática dos jogos e de sua capacidade de auxiliá-lo para efetivação de um sujeito crítico e de transformação no processo de ensino-aprendizagem do saber lógico-matemático.

Sendo viável mediante os pressupostos norteadores que resultam no trabalho do agente educacional no ambiente escolar e da necessidade de se fazer presente os jogos pedagógicos para a efetivação da ação em que concatena a esfera didática que propicia um dos pontos de maior tendência e relevância para aprendizagem do agente educacional que é o saber matemática através dos jogos pedagógicos. Um bastão para moldar as dificuldades e desafios que rege a visão de mundo de que a disciplina é difícil de aprender e nesse sentido torná-lo e direcioná-lo para o saber coletivo e a utilização da interação do aluno sobre o ambiente onde vivenciam as funções e objetos pertinentes em relação à matemática. Destacam-se assim os caminhos percorridos para se alavancar a fundamentação, as concepções sobre a temática com pesquisa livros e em periódicos disponíveis na internet fazendo uso de um vácuo campo de informações como material de estudiosos renomados sobre relação à aprendizagem do aluno.

Os jogos pedagógicos são uma bússola que tem como consequências ajudar a direcionar o ensino-aprendizagem dos agentes educacional, diminuindo os desafios que tanto delimitam os serviços e o exercício das funções do mesmo em seu dia a dia escolar, assim é tangível que a vivência e a realidades do público possam se fazer presente no tocante à atividade dos exercícios e conteúdo que vão ser trabalhados.

Como Afirmava John Dewey (1984), filósofo e pedagogo norte-americano, um dos fundadores da Escola Nova que não se pode trabalhar apenas a teoria sem se levar em conta os desejos, sentimentos e as experiências levadas para o meio escolar pelos alunos é tornar-se vazio e delimitar o Vasto saber da matemática uma vez que a mesma se encontra em todo meio que se possa imaginar e, assim, necessita dos fundamentos dos jogos para direcionar uma mudança de visão acerca dos conteúdos a que se propõe ensinar e aprender.

Os caminhos para se fazer esse presente trabalho se deu com base em uma pesquisa de campo através de um questionário com 7 questões com dois profissionais que regem o dia a dia do ambiente escolar e que direto ou indiretamente vivenciam a necessidade de se fazer valer a prática pedagógica por meio de medidas que tenham como “norte” a inclusão e a busca pela aprendizagem dos componentes de matemática.

Desse modo, é preciso compreender que existe uma argamassa de situações a serem percorridas e necessita de estratégias e peculiaridades para superação dos desafios, uma vez, que ficou bastante nítido que não é fácil a tarefa da aprendizagem especialmente de fazer de forma lúdica, mas que com aplicação e compromisso dos agentes pedagógicos é possível pavimentar os caminhos que delimitam o processo escolar.

2 O PAPEL DO AGENTE EDUCACIONAL FRENTE AOS JOGOS PEDAGÓGICOS

Entender o papel do agente educacional e a gama de métodos necessários para o seu crescimento quanto aprendiz do saber matemático não é um processo acabado, é salientar a capacidade equidistante de formador de opinião que integra os diversos personagens do meio escolar, seja ele interno ou externo e para isso requer compreender a argamassa teórico-prático dos princípios inerentes à utilização das concepções que buscam nortear as perguntas que emergem do tema em análise sendo indispensável a compreensão dos recursos necessários face às medidas que fazem a diferença na prática pedagógica.

Onde se observa como diferencial quando se trabalha a matriz curricular, os conteúdos, de forma lúdica onde os resultados alcançados tendem a ser melhores se comparados a situações onde ocorre a negligência ou o comodismo dos profissionais que trabalham e tem a obrigação de liderar o sistema escolar para uma melhor consonância entre as partes envolvidas que tem e que as práxis de fomentar o alicerce do fazer pedagógico na sala de aula para a melhoria da qualidade da educação. Assim:

É necessário permitir aos educandos o acesso à informação e a ferramentas que nada mais são do que estimulantes recursos para a aprendizagem (…) os saberes alheios, as experiências e leituras de mundo que os sujeitos realizam. Ao fazer uso de tais reflexões, o tutor pode provocar uma educação significativa e envolvente, na qual aprender será interessante e motivador. (OLIVEIRA, 2014, p. 02).

Dessa forma é fundamental que o aluno seja instigado a pensar, a ser questionado sobre os conteúdos que são estudados e se isso faz parte de sua realidade e é papel do professor fazer essa mediação visando uma melhor condição para aprendizagem dos mesmos. Não de forma mecânica com apenas o processo de transmissão dos conteúdos, mas conforme o autor que isso seja repleto de atitudes que levam a saída do comodismo e a abertura das capacidades inerentes aos agentes envolvidos.

2.1 FUNDAMENTOS DOS JOGOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA

Certamente uma das coisas que mais se fala mundo educação é importância de se trabalhar práticas pedagógicas que possam combinar com o desenvolvimento de práticas pedagógicas que aproximem o docente-discente e isso implica diretamente no serviço do agente educacional onde possibilita a prática do exercício de conteúdos e um dessas ferramentas sem dúvida é o trabalho do jogo pedagógico onde historicamente já tiveram várias concepções a respeito das formas de se usar e também do seu valor como atividade pedagógica cabendo destacar os componentes de estudiosos que se debruçaram acerca dessa temática, especialmente, ajudando na compreensão de fazer o estudo da matemática para trata mecanismos do arcabouço dos agentes educacionais tratando-se do ponto de vista histórico.

Nesse sentido, aborda a necessidade do desenvolvimento como forma de aprendizagem do manuseio por que a partir das experiências vinculavam a percepção e assimilação de caracteres do ambiente e aos poucos e esse fazendo parte do processo de intercepção do indivíduo em que era partir de estágios que eu mesmo desenvolvia a capacidade de entendimento onde Segundo Fontana e Cruz (1996), para Piaget (1896-1980) o desenvolvimento do pensamento da criança se daria em quatro estágios diferentes: O sensório motor (0 a 2 anos), o pré-operacional (2 a 7 anos) e os dois principais nos quais se fundamenta esse artigo, operações concretas (6 a 12 anos) e operações formais (após os 12 anos). Para Piaget a criança busca ativamente compreender o seu ambiente explorando, manipulando e examinando de forma a assimilá-lo. Esse processo é constante para cada nova experiência.

Na visão do pensamento e análise desse autor entende-se que o educador seria um meio de mediação entre o sujeito e o objeto, espécie de facilitador do processo de ensino-aprendizagem. Por outro lado, Lev Vygotsky (1896-1934) autor que teve grande impacto e influência na formação dos fundamentos da formação da gestão e dos métodos de ensino no Brasil destacava a importância do ambiente e do meio cultural no processo de desenvolvimento e, sobretudo crítico social do indivíduo em que o mesmo trazia a abordagem histórico-cultural para o centro da aprendizagem escolar. Pode-se citar Kishimoto (1994, P. 41): “… O ato de brincar, assim como outros comportamentos do ser humano, sofre intensa influência da cultura na qual está inserida a criança”.

Destaca as funções superiores humanas como perceber, representar, explicar, atuar e sentir como originária da vida em sociedade. Afirmava que o processo de desenvolvimento está enraizado nas ligações entre história individual e história social. Ele dividia o desenvolvimento em duas partes: O real, aquilo que a criança é capaz de fazer sozinha e o proximal, aquilo que a criança consegue fazer com a ajuda do outro. Assim o desenvolvimento proximal de hoje será o desenvolvimento real de amanhã. O papel do professor na visão de Vygotsky diferencia um pouco da visão de Piaget, pois era fundamental o contato direto com o acompanhamento teórico-prático e ações concretas com os meios conhecidos dos alunos, nessa abordagem o educador teria o papel de possibilitar o contato sistemático e intenso com os sistemas organizados de conhecimentos (aulas preparadas antecipadamente), fornecendo instrumentos para elaborá-los e principalmente valorizar a relação interpessoal (VYGOTSKY 1998, p. 112).

Assim, conforme o autor é indispensável para aprendizagem do aluno que aconteça a mediação professor-aluno através de instrumentos que permeiam a realidade e também a exigência de planejamento antecipado e organizado visto uma melhor avaliação dos resultados a serem alcançados e dos problemas a serem superados frente aos mecanismos disponíveis para poder pavimentar o saber de forma lúdica para o maior interesse dos mesmos.

Para Piaget (1973),

O papel inicial das ações e das experiências lógico matemáticas concretas é precisamente de preparação necessária para chegar se ao desenvolvimento de espírito dedutivo, e isto por duas razões. A primeira é que as operações mentais ou intelectuais que intervém nestas deduções posteriores derivam justamente das ações: ações interiorizadas, e quando esta interiorização, junto com as coordenações que supõem, são suficientes, as experiências lógico matemáticas enquanto ações materiais resultam já inúteis e a dedução interior se bastará a si mesmo. A Segunda razão é que a coordenação de ações e as experiências lógico matemáticas dão lugar, ao interiorizar-se, a um tipo particular de abstração que corresponde precisamente a abstração lógica e matemática (PIAGET 1973, P. 57).

Para o autor é tocante que o desenvolvimento do raciocínio a princípio ocorre de forma natural, mas que é através das experiências que tal fundamento é potencializado visto que os esquemas que são adquiridos através das relações com o meio onde se encontram o indivíduo norteia o mecanismo de acomodação que direciona o raciocínio lógico em decorrência dos métodos praticados pelos agentes envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.

Para Vygotsky (1991) na teoria sócio interacionista a zona de desenvolvimento proximal caracterizava-se pela distância entre o nível real (da criança) de desenvolvimento determinado pela resolução de problemas independentemente e o nível de desenvolvimento potencial determinado pela resolução de problemas sob a orientação de adultos ou em colaboração com companheiros mais capacitados (VYGOTSKY 1991, P. 97). Sendo preponderante para a saída da criança do estado de menoridade proposto pelo filósofo Immanuel Kant (1985, p.100) onde abordava a necessidade da ajuda externa, das experiências para a ruptura do senso comum e transformação através das metodologias trabalhadas onde

Segundo Araújo (1992, P. 64), “jogo é uma atividade espontânea e desinteressada, admitindo uma regra livremente escolhida, que deve ser observada, ou um obstáculo deliberadamente estabelecido, que deve ser superado”.

Dessa forma, o jogo tem a propriedade de trazer as experiências do mundo exterior para o espírito humano, de maneira que, jogando com elas, a cultura possa ser criada, revista, corrigida, ampliada, garantindo o ambiente da existência. Ora, todos sabem que no nosso espírito as experiências viram imagens, viram ações internas, imaginação (…). A matéria da experiência, tornada representação mental, especialmente na atividade de jogo, ganha uma praticidade que se distancia muito do real. E é com essa plasticidade que jogamos para criar outro mundo, aquele ao qual podemos nos ajustar.

2.2 DESAFIOS DO USO DE JOGOS COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Falar da importância do lúdico quando se propõe a aprendizagem de conteúdos matemático concomitante se fala das dificuldades em estabelecer os componentes da materialização do trabalho de dinâmicas pelo agente educacional no ambiente escolar, onde em muitos casos pela carência de manuseio e disponibilidade dos recursos tangíveis que possam usufruir e simplificar a matéria prática de se analisar de forma mais concisa percebe-se que é um componente da sua formação acadêmica onde segundo D’Ambrósio (1996) sem dúvida o racional, isto é, aquilo que se aprendeu nos cursos, incorpora-se à prática docente e à medida que a vamos exercendo, a crítica sobre ela, mesclada com observações e reflexões teóricas, vai aos dando elementos para aprimorá-la (D’AMBRÓSIO 1996, P. 91).

Ou seja, entende-se que o processo acadêmico de formação do educador quando aluno tem influências na sua carreira docente e, especialmente, nas práticas pedagógicas trabalhadas no dia a dia como saber quando utilizar e fizer uso dos jogos na aplicabilidade dos conteúdos pois de acordo com Antunes (1998) A utilização dos jogos devem ser somente quando a programação possibilitar, e somente quando se constituírem em um auxílio eficiente, ao alcance de um objeto dentro dessa programação. Para viabilizar o desenvolvimento do raciocínio lógico e o Learning By Doing, o aprender fazendo, pois assim se tornar essencial na consonância em que para o autor entende-se por habilidade operatória uma aptidão ou capacidade cognitiva e apreciativa específica, que possibilita a compreensão e a intervenção de indivíduo nos fenômenos sociais e culturais e que o ajude a construir conexões.

Dessa forma, requer uma melhor análise do que é o jogo, para que serve, como e quando utilizá-lo mediante a problemática e os níveis de aprendizagem e dificuldades dos alunos refere-se ao aspecto cultural e de defasagem da aprendizagem no tocante a heterogeneidade do educando e assim deve-se fazer prática do lúdico em sintonia com o pensamento de Grando em que afirma:

Quando nos referimos à utilização dos jogos nas aulas de matemática como suporte metodológico, consideramos que tenha utilidade em todos os níveis de ensino. O importante é que os objetivos com o jogo estejam claros, a metodologia a ser utilizada seja adequada ao nível que se está trabalhando e, principalmente, que representa uma atividade desafiadora ao aluno para o desencadeamento do processo (GRANDO 2008, p 25).

Assim necessita da clarividência de aplicação dos conceitos e visão do jogo não apenas como uma saída do exercício numa aula ou da resolução de uma questão problemática, mas que isso se torne uma questão cultural da prática e da atividade escolar aplicado pelo agente educacional onde D’Ambrosio (1990, P. 17), aborda a importância da valorização pela escola dos aspectos culturais em que a criança está inserida, em que descreve:

Cada grupo cultural tem suas formas de se matematizar. Não há como ignorar isso e respeitar essas particularidades quando do ingresso da criança na escola e não. Nesse momento, todo o passado cultural da criança deve ser respeitado. Isso não só lhe dará confiança em seu próprio conhecimento, como também lhe dará uma certa dignidade cultural ao ver suas origens culturais sendo aceitas por seu mestre e desse modo saber que esse respeito da família e cultura.”

Seguindo essa linha de raciocínio se faz crucial o entendimento dos desafios do fazer pedagógico sabendo quando e o que é o jogo e nesse sentido Kishimoto (1994, P. 2) alerta para o fato de que um mesmo fenômeno pode ser considerado um jogo ou não jogo, dependendo do significado atribuído a ele, nas diferentes culturas. Neste sentido, a autora pondera:

Se para um observador externo a ação da criança indígena que se diverte atirando com arco e flecha em pequenos animais é uma brincadeira, para a comunidade indígena nada mais é que uma forma de preparo para a arte da caça necessária à subsistência da tribo. Assim, atirar com arco e flecha, para uns, é jogo, para outros, é preparo profissional. (KISHIMOTO,1994, P.2)

Se faz indispensável a evidência dos desafios que o educador tem com relação ao ensino da matemática como os múltiplos significados e conceitos vigentes nesta matéria e sendo inerente à sua participação na esfera de construção e realização que novos significados para saber onde construir conceitos matemáticos, dependendo do tipo de intervenção a que será submetido.

Conforme afirma Macedo et al (2000, P. 23):

“A discussão desencadeada a partir de uma situação de jogo, mediada por um profissional, vai além da experiência e possibilita a transposição das aquisições para outros contextos. Isto significa considerar que as atitudes adquiridas no contexto de jogo tendem a tornar se propriedade do aluno, podendo ser generalizadas para outros âmbitos, em especial, para situações em sala de aula”.

É tangível que quando a criança joga, ela se apropria dos mecanismos que o jogo favorece e tende a utilizá-lo no seu dia a dia, pois em um jogo de xadrez com regras básicas onde cada peça corresponde a um movimento dentro de um contexto, ao se apropriar desses preceitos ela tende a reutilizá-los como instrumentos em outras situações tornando como parte de seu aprendizado assim é indiscutível a necessidade de se fazer a mediação na sala de aula frente aos benefícios da prática dos jogos.

Desse modo, quando se trabalha com o jogo em sala de aula tem como consequência desencadear na criança as múltiplas relações interpessoais e do avanço das funções superiores como atenção concentração onde requer uma melhor compreensão por parte do professor que se encontra no e faz o processo de mediação para concatenar possibilidades da vida real e fazer analogias como material vivenciado pela criança.

2.3    RESULTADOS    DA    APLICAÇÃO DE JOGOS PEDAGÓGICOS PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA PELO AGENTE EDUCACIONAL

Muitos se falam dos benefícios advindos da aplicabilidade da aplicação dos estudos da matemática de forma lúdica, todavia segundo diversos autores face dos ganhos significativos com essa proposta de ensino requer um processo de formação e organização para se alcançar as metas e a satisfação dos atores envolvidos onde segundo Kishimoto (2000) Para o desenvolvimento do raciocínio lógico matemático, o mediador deve organizar jogos voltados para classificação, seriação, sequência, espaço, tempo e medidas.

Dessa forma, a mesma contempla a necessidade de que segundo ela com o exercício do jogo como prática pedagógica, a criança terá elementos para estabelecer relações e desenvolver seu raciocínio lógico matemático, o que é importante para o desenvolvimento da capacidade de ler e escrever. Concatenando esse raciocínio merece destacar os componentes descritos nos Parâmetros Curriculares Nacionais de matemática (1997) em que aborda possíveis resultados da indução sistemáticos no dia a dia do ensino de forma lúdica em que diz:

Um aspecto relevante nos jogos nas aulas de matemática é o desafio genuíno que eles provocam no aluno, que gera interesse e prazer. Por isso, é importante que os jogos façam parte da cultura escolar, cabendo ao professor analisar e avaliar a potencialidade educativa dos diferentes jogos e o aspecto curricular que se deseja desenvolver (BRASIL, 1997,48-49).”

Sendo assim, é perceptível as nuances da potencialidade da permeabilidade existente no trabalho do jogo no tocante a sua gama de resultados em que de acordo com Kishimoto (2004),

A utilização do jogo potencializa a exploração e a construção do conhecimento, por conta da motivação interna, típico do lúdico, mas o trabalho pedagógico requer a oferta de estímulos externos e a influência de parceiros bem como a sistematização de conceitos em outras situações que não os jogos. Ao utilizar, de modo metafórico, a forma lúdica (objeto suporte de brincadeira) para estimular a construção do conhecimento, o brinquedo educativo conquistou um espaço definitivo na educação infantil (KISHIMOTO 2004, p. 43).

Parafraseando Kishimoto Smole (2007) lembra que, a utilização de jogos na escola não é algo novo, tem um histórico de aplicação e também de visão de mundo em que muitas vezes o jogo foi visto com uma perda de tempo em que não levava a aprendizagem e a formação do sistema escolar era voltado para o tradicionalismo onde o aluno era visto um adulto em miniatura marcado pela rigidez e a mecânica funcional mas com passar dos tempos percebeu-se o potencial do lúdico para o ensino e aprendizagem em muitas áreas do conhecimento. Assim, a autora expõe que:

O trabalho com jogos é um dos recursos que favorece o desenvolvimento da linguagem, diferentes processos de raciocínio e de interação entre os alunos, uma vez que durante um jogo cada jogador tem a possibilidade de acompanhar o trabalho de todos os outros, defenderem pontos de vista e aprender a ser crítico e confiante em si mesmo (SMOLE. 2007, P. 1).

Sendo assim o envolvimento do aluno de forma integral nas diversas esferas do conhecimento contribui para torná-lo um ser ciente de suas responsabilidades e de seus valores no que tange a educação e a transformação da sociedade no aspecto de mudança constante da aprendizagem e análise do macro ambiente e microambiente, uma vez que o mesmo se encontra no espaço social onde necessita interagir e buscar soluções que permeiam a diversidade e a prática de medidas que possibilitem o avanço de saberes e a cultura onde cabe destacar Moura (2007) onde para ele os caminhos que os agentes educacionais devem traçar e seguir para policiar e fomentar no que quesito da esfera pedagógica se encontra nas teorias da aprendizagem de Piaget e Vygotsky (1984): Onde numa abordagem interacionista o jogo é instrumento para desenvolvimento cognitivo, já que para Piaget não há aprendizagem sem desenvolvimento.

Dessa forma, o educador deve utilizar o jogo como desafio aos alunos. A abordagem sócia interacionista considera que a criança ao lidar com jogo de regras consegue entender melhor o conjunto de conhecimentos sociais e desenvolve-se cognitivamente porque para elas o jogo está impregnado de aprendizagem. A criança, colocada diante de situações lúdicas, apreende a estrutura lógica da brincadeira e, deste modo, apreende também a estrutura matemática presente.

Salientando esses procedimentos refere-se a interação consequências que tais visões de conhecimento tiveram sobre a formação mecanismos e na formação de profissionais de ensino ao longo do tempo onde voltados para uma mudança de perspectiva percebeu-se se fazer necessário um trabalho pedagógico que tivesse incluído a esfera lúdica e os meios próximos da vivência do aluno em cabe ao educador buscar envolver a teoria dos conteúdos e aproximar da prática do aluno e assim tendo uma mudança de paradigma e de Cultura onde segundo Freire (2002, P. 88) ao se referir ao jogo cultural, destaca que se a cultura humana é uma construção que depende de uma atividade interior, o jogo tem a propriedade de “sugar” para esse interior as vivências da real humanidade, sendo o jogo indispensável à formação da cultura.

3 METODOLOGIA

O método para construção desse trabalho foi com base numa abordagem qualitativa, a partir de uma pesquisa de campo a fim de corroborar os materiais de estudiosos disponíveis na internet com relação à temática em estudo, onde se vale de um vasto campo de informações pertinentes como livros, artigos em que se foi possível fazer contato com teses e experiências acerca do assunto, mostrando a importância da prática do jogo no campo da educação e dos caminhos a serem percorridos na aplicação desta ferramenta. Onde conforme Moreira (1988, p.52): “O que caracteriza a atividade de pesquisa é a observação controlada, a conversão de eventos em registros e estes, através de transformações metodológicas, em asserções de conhecimento.”

Assim, não é apenas uma questão de reprodução de saberes já existentes, mas uma busca por algo que ainda não se conhece, porém que já existe através da prática e vivência no ambiente escolar e que precisa ser observado e tornado público. Desse modo, a pesquisa de campo tem a importância e audácia de aglutinar fundamentos secundários e a inerência de informações primárias que concatena novas visões sobre a temática em estudo.

Pode-se destacar a leitura de autores renomados como Jean Piaget, Lev Vygotsky e vários outros autores brasileiros que dedicaram seus esforços para compreensão da aprendizagem e dos fatores necessários para o seu desenvolvimento, tendo o lúdico como uma ferramenta indispensável para a materialização desse processo e do desenvolvimento do saber matemático.

Em consonância com o arcabouço teórico acerca da temática em estudo realizei uma pesquisa de campo, fazendo uso de um questionário com 7 questões onde segundo Gil (2009), ele é uma técnica de investigação com questões que possuem o propósito de obter informações a respeito de determinado assunto e com o intuito de pormenorizar os detalhes da prática pedagógica do agente educacional da EMEF Jonas Roberto Magalhães, onde com o intuito de compreender as nuances e o lume da atuação no processo acadêmico e das práticas educacionais que se dispõe e tem conhecimento para efetivação do processo de aprendizagem significativa de matemática. O questionário foi aplicado a dois agentes educacionais das turmas de 4° ano da referida escola em que permitiu traçar novos parâmetros acerca da prática e dos benefícios trazidos pelos jogos pedagógicos.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Com base no questionário realizado, é possível traçar uma análise de que os jogos pedagógicos são uma realidade na prática dos agentes educacionais da escola em questão e que por meio das informações colhidas ficam nítidos que as concepções que regem a ludicidade para o ensino da matemática não se encontram num pedestal. O que se entende que os profissionais da atualidade buscam constantemente se qualificar e fazer dos preceitos, embora tenham um longo caminho a ser percorrido diante do dinamismo que é a educação dos indivíduos da sociedade. As perguntas e respostas acerca do questionário se encontram logo abaixo sempre na mesma ordem, sendo a primeira resposta correspondente ao professor 01 e a segunda ao professor 02:

Pergunta 1: Qual o seu entendimento acerca da importância dos jogos pedagógicos na aprendizagem dos conteúdos de matemática?

“Os jogos pedagógicos são comprovados diariamente e sua importância para o desenvolvimento da aprendizagem. Onde se percebe um maior entendimento quando o professor envolve o material concreto naquele momento a criança interage o conteúdo com o concreto, dessa forma facilita uma maior compreensão do mesmo”.

“Os jogos pedagógicos são de extrema importância pois permite ao aluno passar por situações da sua vivência do dia a dia, como saber a hora do dia, fazer uma compra no comércio e dentre outros”

Através do enunciado permite ponderar que os mesmos têm uma visão acerca da prática e dos benefícios trazidos pelos jogos pedagógicos, sendo fundamental na incorporação do manuseio do material estruturado que permita a sintonia teórico-prática de coordenar os pressupostos teóricos que integram as diretrizes curriculares que visam as habilidades necessárias para a aprendizagem dos agentes envolvidos no processo educacional.

Pergunta 2: Como a aprendizagem de novos jogos pedagógicos, sejam pelo uso da tecnologia ou por meio de instrumentos tangíveis, contribui para sua formação no ambiente escolar?

“Precisamos diariamente acompanhar a evolução da tecnologia principalmente nos professores nesse meio educacional do qual escolhemos para atuar. Dessa forma a introdução de novos jogos pedagógicos vão nos proporcionar mais conhecimentos a fim de aprimorar minhas ações pedagógicas para uma melhor aprendizagem de nossas crianças.”

“É preponderante a busca por conhecer e se atualizar frente a inovação de ferramentas que se encontram no contexto tecnológico e educacional, pois o aluno está diretamente inserido e muitas vezes é de seu interesse”

É possível estabelecer por meio denunciado acima que os mesmos detêm uma noção acerca do atual momento do contexto educacional e da sociedade, visto que a introdução dos mecanismos tecnológicos e competências de seu uso é satisfatório e se molda constantemente ao avanço de novas políticas de integração e praticidade da inclusão de softwares que são utilizados e que direcionam o ensino-aprendizagem.

Pergunta 3: É necessário aprender novas metodologias de ensino para potencializar a qualidade do agente educacional quanto a contingência com os demais atores do meio escolar para a aprendizagem de matemática? Se sim, descreva algumas metodologias que você tem tido acesso?

“Sim, uma delas são os jogos pedagógicos onde os professores no momento de sua aula trazem para seu contexto algo de concreto antes da introdução do conteúdo para uma melhor exploração da aula.”

“Sim, por meio da busca de se conhecer novas dinâmicas e brincadeiras para serem usadas na prática escolar.”

Compreende assim que é satisfatório uma melhor análise e mediação através de instrumentos que possam ser trabalhados em sala, uma vez que se foi trabalhar um conteúdo sem aproximar a teoria da prática, o aluno não possa pegar e ver que de fato a teoria ele vivencia no seu dia-a-dia. Assim, os caminhos para aprendizagem ficam muito mais difíceis.

Pergunta 4: Quais os benefícios de se trabalhar a matemática utilizando jogos pedagógicos?

“É comprovado que as aulas em que o professor faz uso do concreto têm um resultado melhor na aprendizagem das crianças. Um exemplo é o relógio quando o educador explica sem o uso do relógio de verdade não se tem um resultado positivo, por isso a importância dos jogos diariamente nas aulas de matemática.”

“Muitas vezes a matemática é tido como uma disciplina que se encontra num pedestal e que é difícil de ser memorizada, todavia quando ocorre de fato a transmissão dos conteúdos de forma que seja prazerosa para o aluno percebe-se um maior interesse e consequentemente a aprendizagem.”

O acesso e um melhor direcionamento visto o relógio e seus conceitos se for trabalhado apenas a teoria rua aluno tem que a não memorizar todos os detalhes, mas quando se trabalha a partir do instrumento a chance de lhe aprendeu gta chance daily aprender e forma acústico todos arranjos é muito maior que assim fica visível e assim fica nítido que aplicação de conteúdos através de material estruturado é o caminho a ser percorrido e praticado pelos professores em saúde aula.

Pergunta 5: Qual o papel do agente educacional frente a equipe pedagógica e para a excelência do trabalho escolar?

“O papel está atrelado ao bom relacionamento entre ambas as partes, diálogo, apoio pedagógico e um direcionamento em seus planejamentos onde planejamos metas, estratégias os dois juntos para conseguirem atingir seus objetivos que é a aprendizagem das crianças. “

“Destacar a necessidade de estabelecimento da mediação como ponto de característica um êxito no trabalho e alcançar as metas determinadas, ou seja, requer uma melhor compreensão e busca de conhecimento o fortalecimento do ambiente escolar.”

Permite a compreensão de uma melhor observação acerca da relação necessária e do papel a ser percorrido pelo agente educacional para o estabelecimento do fazer pedagógico e fundamentos para a prática de suas ações perante as possibilidades que direcionam o processo de possibilitar estratégias para a materialização dos pressupostos traçados e planejados.

Pergunta 6: Você considera o trabalho em equipe importante para a efetivação da sua função pedagógica e para potencializar o seu desempenho no dia a dia escolar? De que forma isso ocorre no seu local de trabalho?

“Sim. O trabalho em equipe é fundamental para o sucesso de qualquer empresa, principalmente quando se fala de educação. Na escola precisamos ter esse espírito de coletividade, um apoiando o outro. Sendo que a escola do qual faço parte sempre tentamos buscar essa coletividade para assim todos caminhar com o mesmo objetivo, realizando trocas de experiências do seu dia a dia a fim de aprimorar suas práticas pedagógicas e é nessa troca que percebemos onde podemos e devemos melhorar.”

“Sim. É por meio da união que se faz e permite uma melhor interação e superação dos problemas inerentes à prática pedagógica. Sendo comprovado que quando se trabalha reconhecendo o outro e que não se encontra sozinho a chance de sucesso do trabalho é muito maior”

É possível destacar a importância do trabalho em equipe, ou seja, que a chance segundo os mesmos de se fazer presente a troca de ideias para que se possam superar os desafios do dia a dia é algo tangível e que possibilita melhorias na aprendizagem pedagógica. Sendo indispensável na preparação para uma melhor análise do processo educacional no que tange a busca pela qualidade do ensino-aprendizagem dos pontos norteadores da educação.

Pergunta 7: Quais os fatores necessários para manter a motivação docente-discente no processo de aprendizagem da disciplina de matemática? E qual a importância do agente educacional frente a esse processo?

“O respeito e a empatia são fatores de extrema importância para a atuação do discente e docente. Onde se faz necessário a cada dia tentar inovar em suas ações pedagógicas em que nesse processo atuam como coordenadores pedagógicos nesse meio para orientar e ajudar dentro do alcance para o aperfeiçoamento na aprendizagem.”

“Sem dúvidas, o estabelecimento do compromisso da equipe pedagógica assim como um planejamento sério e que possibilite um trabalho harmonioso é fundamental para a aproximação docente-discente, tendo um papel fundamental no processo de liderança das estratégias a serem utilizadas para o melhor resultado a ser alcançado.”

Percebe-se com o levantamento de informações que o agente educacional em questão é uma pessoa que busca uma formação pedagógica contínua com o desenvolvimento das competências soft skills e hard skills para satisfazer às exigências acerca do cargo que exerce e especialmente que a possibilite galgar novos ares no que tangencia o esforço indispensável para pavimentar os caminhos na superação das arestas da missão árdua que é o mundo real da educação e suas vertentes para aprendizagem dos entes pedagógicos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Verificou-se com o desenvolvimento e formação do presente trabalha que não existe uma única prática pedagógica correta a ser usada pelo agente educacional e tampouco uma única forma de utilização da atividade de jogos e das ferramentas possíveis da permeabilidade do agir e do fazer lúdico e sim o que existe é que o mesmo é indispensável para fazê-lo pedagógico em que não concebe como um fim, mas um meio a ser empregado para se chegar aos objetivos traçados.

Percebeu-se também que a conceituação e significado acerca dos jogos tiveram mudanças significativas ao longo tempo tornando-se mais de caráter educacional e inerente a aprendizagem quase como resposta ao pensamento do filósofo Arthur Schopenhauer de que a disciplina em análise foi alocada a um pedestal onde poucos conseguiriam aprender e nesse caso não é que a grande maioria das pessoas fosse inapta ao saber, o que faltava era justamente o saber ensinar de forma inclusiva e palatável e assim o lúdico é fundamental para o educador no quesito do ensino e uma luz para o educando no campo de apreciar a experiência da mesma de forma da hermenêutica do saber e das transformações.

Portanto, os jogos são ferramentas muito importantes para o ensino-aprendizagem da matemática e para efetivação do trabalho do agente educacional como sujeito de mudança e construção do saber crítico, pois conforme Freire “as experiências motivam a descoberta e faz com que todos no ciclo escolar se tornem sujeitos do processo de aprendizagem em consonância com o docente-discente”.

É possível clarividência que os objetivos traçados na realização desse trabalho foram a priori alcançados tendo como base o papel que os jogos pedagógicos tem para a vivência e fundamentação dos anseios e experiências do agente educacional quanto a aprendizagem e exercício dos conteúdos de matemática.

Assim é por meio dos estudos e materialização do arcabouço teórico-prático dos jogos pedagógicos no ambiente escolar que se caminha para o direcionamento do senso crítico pedagógico e construção de novos paradigmas que concerne a educação e o processo de aprendizagem de seus atores que ganham mais visibilidade e ao mesmo tempo responsabilidade frente a um mundo volátil e imprevisível.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, CELSO. Jogos para estimulação das múltiplas inteligências. Petrópolis: Vozes, 1998

ARAÚJO, V NIA CARVALHO DE. O jogo no contexto da educação psicomotora. São Paulo: Cortez, 1992.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros curriculares brasileiros. Brasília, 1999.

D’AMBROSIO, UBIRATAN, WEIL, PIERRE, CREMA, ROBERTO. Rumo à Nova Transdisciplinaridade: sistemas abertos de conhecimento. São Paulo, Summus Editorial, 1993. 175p.

FONTANA, ROSELI; CRUZ, NAZARÉ. Psicologia e trabalho pedagógico. Série: Educador em construção. São Paulo: Atual, 1996.

FREIRE, JOÃO BATISTA. O Jogo: entre o riso e o choro. Campinas, SP, Autores Associados, 2002, 125 p. __Educação de Corpo Inteiro: teoria e prática da Educação Física. São Paulo, Scipione, 1997, 4ª ed., 223 p.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2009.

GRANDO, REGINA CÉLIA. O Jogo e suas Possibilidades Metodológicas no Processo Ensino-Aprendizagem da Matemática. Dissertação (Mestrado em Educação). Campinas, SP, FE/ UNICAMP, 1995, 175p. __ O Conhecimento Matemático e o uso de Jogos na sala de aula. Tese (Doutorado em Educação), Campinas, SP, FE/ UNICAMP, 2000. 224p. __ O Jogo e a Matemática no contexto da sala de aula. São Paulo, Paulus, 2004, 115 p.

GRANDO, REGINA. CÉLIA; MARCO, FABIANA FIOREZI DE. O movimento da resolução de problemas em situações com jogo na produção do conhecimento matemático. In: MENDES, Jackeline Rodrigues; GRANDO, Regina Célia (Orgs.). Múltiplos olhares: matemática e produção de conhecimento. São Paulo: Musa, 2007, 152p.

KISHIMOTO, TIZUKO MORCHIDA. Jogos, brinquedos, brincadeiras e educação. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

MACEDO, LINO. A importância dos jogos de regras para a construção do conhecimento na Escola. São Paulo, 1993. (texto)

MOREIRA, M. A. O professor-pesquisador como instrumento de melhoria do ensino de Ciências. Em Aberto, Brasília, ano7, n. 40, p. 43-54, 1988. Disponível em: http://www.emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/671/598 Acesso em 29 jul 2022.

MOURA, MANOEL ORIOSVALDO DE. A série busca no jogo: do lúdico na matemática. In. KISHIMOTO, Tizuko (org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 2000. (p. 72-87).

OLIVEIRA, Ana Paula da Silva Conceição. Práticas pedagógicas inspiradas no sociointeracionismo: em busca de uma educação a distância significativa. 2014. Disponível em: <http://www.abed.org.br/hotsite/20-ciaed/pt/anais/pdf/165.pdf>.

PIAGET, J. (1982). O Nascimento da Inteligência na Criança. 4ª edição, Rio de Janeiro: Zahar.

___________. A Formação do Símbolo na Criança: 04, 140 p. imitação, jogo e sonho, imagem e representação. 3. ed. Tradução Álvaro Cabral e Christiano Monteiro Oiticica. Rio de Janeiro, Zahar, 1978, 370p.

SMOLE. K. S. Jogos matemáticos de 1º ao 5º ano. Porto Alegre. Artemd. 2007

VYGOTSKY, LEV S. A Formação Social da Mente. São Paulo, Martins Fontes, 1991, 168p.


¹Concludente do Curso de Pós-Graduação em Metodologia do Ensino da Matemática e História e Geografia pela Faculdade M-Educar – FAMED.
²Concludente do Curso de Gestão Comercial pela EAD Unicesumar. Graduada em Pedagogia pela Faculdade Nossa Senhora de Lourdes – FNSL, com MBA em Comunicação e Marketing pela Cruzeiro do Sul.