A IMPORTÂNCIA DOS EXAMES DE RASTREAMENTO PARA A DETECÇÃO PRECOCE DO CÂNCER DE MAMA NA POPULAÇÃO FEMININA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10247021824


Thaynara Carlos Feitosa
Orientador(a): Prof. Esp. Alerrandro Guimarães Silva


RESUMO

Dentre os cânceres mais prevalentes na população feminina, destaca-se o de mama, tornando-se o que mais possui altas taxas de mortalidade entre as mulheres. O câncer de mama faz parte de um grupo de doenças crônico-degenerativas que não apontam uma causa específica, mas são influenciadas por aspectos multifatoriais de ordem biopsicossocial, causando modificações nas estruturas do crescimento celular, que resultam no surgimento dos tumores malignos, chamados de neoplasias. Este estudo teve o objetivo de realizar uma análise a respeito da relevância da detecção precoce do câncer de mama através dos exames de rastreamento. O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica de abordagem qualitativa, do tipo descritivo, realizada através de artigos científicos organizados na ferramenta de busca virtual de pesquisas Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no período de fevereiro de 2023 a agosto de 2024. Concluiu-se que os exames de rastreamento caracterizam-se como um método indispensável para o diagnóstico precoce do câncer de mama. É indispensável ocorrer a implementação de estratégias em saúde que levem conhecimento às mulheres, visando o incentivo da população feminina a realizar os testes de rastreio. Ainda, a redução dos fatores limitantes para realização dos testes de rastreio, torna-se imprescindível uma vez que, a persistência do medo, desigualdade do acesso aos serviços de saúde, falta de informação, entre outros, causam a perpetuação dos casos elevados de câncer de mama.

Palavras-chave: Câncer. Rastreamento. Exame. Mama. Detecção.

ABSTRACT

Among the most prevalent cancers in the female population, we highlight the breast, becoming the most high mortality rates among women. Breast cancer is part of a group of chronic degenerative diseases that do not point to a specific cause, but are influenced by multifactorial aspects of biopsychosocial order, causing changes in cell growth structures, which result in the emergence of malignant tumors, called neoplasms . This study aimed to conduct an analysis of the relevance of early detection of breast cancer through tracking exams. The present study is a bibliographic review of qualitative, descriptive type approach, carried out through scientific articles organized in the Virtual Health Library Research Tool (BVS), from February 2023 to August 2024. It was concluded that tracking tests are characterized as an indispensable method for early diagnosis of breast cancer. It is essential to implement health strategies that bring knowledge to women, aiming at encouraging the female population to perform the screening tests. Still, the reduction of limiting factors to perform screening tests becomes essential since the persistence of fear, inequality of access to health services, lack of information, among others, causes the perpetuation of high cases of cancer. Breast.

Keywords: Cancer. Tracking. Exam. Mama. Detection.

1  INTRODUÇÃO

O câncer é uma das principais causas de preocupação mundial quando se trata da saúde global, já que está presente em todas as faixas etárias. Devido a isso, é imprescindível que aprofundemos nosso conhecimento sobre a doença para combatermos seus efeitos devastadores.

Nos últimos anos, o câncer tem sido um dos principais motivos de mortalidade em todo o mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), são esperados mais de 9 milhões de mortes por ano até 2030. Diante desse cenário, torna-se evidente a importância de se investir na pesquisa sobre a doença para encontrar novos tratamentos e assim diminuir o número de vítimas.

O câncer é considerado o maior desafio de saúde pública no mundo, particularmente em países em desenvolvimento. Sua ocorrência e mortalidade se relacionam, principalmente, com o envelhecimento da população, pobreza e fatores comportamentais como sedentarismo, alimentação inadequada, tabagismo, consumo de álcool, entre outros (NEVES et al., 2022).

Dentre os cânceres mais prevalentes na população feminina, destaca-se o de mama, tornando-se o que mais possui altas taxas de mortalidade entre as mulheres. Assim, é imprescindível o conhecimento da população acerca da identificação, causas e dos diversos fatores que o acompanham, considerando que quanto mais cedo ocorrer o diagnóstico, maiores são as chances de cura. Dessa maneira, conhecer a patologia e conseguir identificar a sua presença precocemente através dos meios disponibilizados pelos serviços de saúde, torna-se essencial.

O câncer de mama faz parte de um grupo de doenças crônico-degenerativas que não apontam uma causa específica, mas são influenciadas por aspectos multifatoriais de ordem biopsicossocial, causando modificações nas estruturas do crescimento celular, que resultam no surgimento dos tumores malignos, chamados de neoplasias (PEREIRA; CALHAO, 2020).

Muitas pesquisas apontam o grande desafio à saúde pública para lidar com o câncer de mama e as altas taxas de morbidade e mortalidade feminina decorrentes desta doença. É notório, então, o quanto a detecção precoce é importante, pois proporciona ao paciente maior chance de usufruir de um tratamento menos invasivo e ter grandes possibilidades de cura.

Segundo dados fornecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2018, cerca de 627.000 mulheres morreram devido à neoplasia mamária, o correspondente a 15,00% dos casos de morte por câncer entre pacientes do sexo feminino. No Brasil, o panorama é similar, tendo sido a estimativa da incidência de câncer de mama feminino no país para o ano de 2019 de, aproximadamente, 59.700 casos. Destaca-se, entretanto, que esse registro não se distribui homogeneamente por todo o território nacional (RODRIGUES et al., 2021).

Os exames de rastreamento configuram-se como um valioso instrumento para obtenção do diagnóstico precoce do câncer de mama, sendo capaz de detectar a presença da doença em seu estágio inicial. No entanto, muitas mulheres ainda possuem receio a respeito da adesão aos testes, seja por medo, vergonha ou falta de informação.

Os dilemas do rastreamento no país não estão exclusivamente atrelados à disponibilidade de recursos. Há fatores que diminuem a adesão das mulheres ao rastreamento, como: baixa renda domiciliar, baixa escolaridade, falta de recomendação médica, comorbidades debilitantes e área de domicílio rural (SILVA et al., 2023).

Dessa forma, dentre os fatores que estão relacionados com a falta de realização do rastreamento, destacam-se razões culturais, individuais e socioeconômicas. Assim, é evidente que razões internas como o medo, atitudes de pudor, estigmas associados ao carcinoma e fatores externos como falta de suporte da família, falta de suporte das unidades configuram-se como barreiras para a ausência de aceitação por parte da população feminina, impossibilitando a constatação da neoplasia mamária.

Para a sociedade em geral, a orientação do Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Mastologia, assim como a Sociedade Brasileira de Radiologia é que seja oferecido o rastreamento com mamografia em mulheres a partir dos 40 anos de idade, seguindo a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e de países que aderem o rastreamento mamográfico proporcionando um tratamento mais eficiente e menos mórbido, minimizando o índice de mortalidade (BATISTA et al., 2020).

Considerando tamanha relevância do diagnóstico precoce da neoplasia, é oportuno salientar a escassez de estudos e de programas que abordem e que transmitam conhecimento a respeito da doença. Tal situação, só causa uma piora no sistema de educação em saúde, podendo contribuir para a desinformação e para as altas taxas de diagnóstico tardio.

Alterações suspeitas de câncer nas mamas, sejam identificadas em mamografia de rastreamento ou encontradas no autoexame ou pelo médico durante o exame físico, precisam ser investigadas. Essa investigação diagnóstica pode ser realizada por meio da realização de outros exames de imagem e da análise histopatológica da lesão, que é o padrão ouro para confirmar o diagnóstico da neoplasia. (FIGUEIREDO, 2021).

Posto isto, considerando que o câncer de mama é um dos cânceres mais prevalentes e causadores da mortalidade feminina e por possuir uma grande dificuldade na obtenção do diagnóstico precoce, muitas mulheres descobrem a neoplasia em estágio avançado o que acaba ocasionando altas taxas de prevalência e óbito. Desse modo, estudos mostram a relevância da realização dos exames de rastreamento para a detecção prévia da neoplasia mamária. Portanto, este estudo tem por objetivo realizar uma análise acerca da importância da realização dos exames de rastreamento para a obtenção da detecção precoce do câncer de mama.

2  OBJETIVOS
2.1  Objetivo geral

● Analisar a relevância da detecção precoce do câncer de mama por meio dos exames de rastreamento.

2.2  Objetivos específicos
  • Ressaltar      a        importância   do      incentivo       à        realização          dos     exames        de rastreamento da neoplasia;
  • Destacar a relevância da obtenção de um diagnóstico precoce do câncer de mama;
  • Identificar as principais barreiras que impedem as mulheres de terem acesso ao diagnóstico precoce.
3  REFERENCIAL TEÓRICO
3.1  ASPECTOS CONCEITUAIS E HISTÓRICOS

O câncer, de modo geral, é uma doença maligna caracterizada pelo crescimento descontrolado de células anormais. Estas células desordenadas começam a invadir os tecidos e órgãos, se espalhando de forma descontrolada e gerando tumores potencialmente agressivos que podem disseminar-se por outras partes do corpo. Segundo (OLIVEIRA et al., 2022, p. 218) “Câncer é uma denominação que abrange diversas doenças, identificadas por mutações genéticas, caracterizadas por uma proliferação desordenada das células”.

Desse modo, “O câncer de mama é uma doença heterogênea causada pela multiplicação anormal de células da mama que se desenvolve em decorrência de alterações genéticas” (ALCÂNTARA; MILAGRES; SANTANA, 2022, p.52).

O carcinoma Ductal é uma doença em que existem diversos fatores relacionados e ocorre devido a um crescimento de células da região mamária devido a alterações impróprias dos genes ao decorrer do processo de multiplicação celular.

A identificação precoce da neoplasia mamária é, portanto, essencial para aumentar as probabilidades de cura, visto que o Ministério da Saúde recomenda a mamografia de rastreamento a cada dois anos em mulheres entre 50 e 69 anos (DEMARCHI et al., 2022). Assim, os exames de rastreamento perpetuam-se como um dos maiores instrumentos para a detecção precoce da neoplasia, haja vista que a detecção tardia do câncer de mama é uma das principais causas da mortalidade feminina decorrente deste tipo de câncer.

O debate mais antigo a respeito do carcinoma ductal na medicina brasileira concerne ao começo do século XX. Neste período, alguns profissionais tratavam a neoplasia de maneira isolada, sobretudo revelando casos clínicos em convenções da Associação Médica do Rio de Janeiro e da Sociedade de Cirurgia. Para os médicos da época, era necessário estar sempre em alerta aos sinais como processos inflamatórios e danos causados por choques mecânicos, atentar para manchas, sangramentos, caroços e para as demais “anormalidades” que poderiam se manifestar na mama (LIMA et al., 2022).

Apesar dos profissionais da saúde já discutirem a respeito da neoplasia mamária há alguns anos atrás, sabe-se que na época não se obtinha acesso a informações que colaboram para um processo adequado da doença. Assim, atualmente, com o avanço da tecnologia e da medicina é possível ter ao alcance informações que colaboram para a identificação da doença e a maneira adequada de conduzi-la.

Quanto ao monitoramento do câncer de mama no Brasil, as primeiras informações datam do final da década de 1970 com a chegada dos primeiros mamógrafos, no entanto as ações de controle deste câncer tiveram seu marco histórico no início da década de 1980, com o lançamento do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM). As práticas se limitavam, no entanto, ao exame clínico das mamas (ECM) e ao autoexame das mamas (CHIPOLESCHI et al., 2022).

3.2  EPIDEMIOLOGIA

O câncer de mama esporádico (sem fatores genéticos) é o mais recorrente mundialmente, com 90% dos casos dessa forma de câncer. Sendo, esse carcinoma atrelado intensamente com a síntese de esteróides sexuais. Desse modo, fatores de risco intrínsecos a condições endócrinas moduladas pela função ovariana, como menarca precoce, menopausa tardia e gestação, aumentam potencialmente o surgimento de um câncer de mama. Ademais, diversos estudos comprovam como fatores ambientais (tabagismo, uso de hormônios, TRH – terapia de reposição hormonal por tempo prolongado, obesidade, fumo e alcoolismo) influenciam nessa incidência do câncer de mama (CRUZ et al., 2023).

Assim,        torna-se       imprescindível        conhecer      os agentes        causadores   da neoplasia mamária, tendo em vista que o conhecimento desses fatores proporciona a conduta adequada para o controle do câncer de mama e, consequentemente, uma redução nos números de incidência e óbitos.

O câncer de mama é a forma de neoplasia mais incidente na população feminina, no Brasil, excluindo o câncer de pele não melanoma. No país, estimou-se a incidência anual de 66.280 casos novos de câncer de mama no triênio 2020-2022, e um risco de 61,6 casos a cada 100 mil mulheres. Entre 1980 e 2018, a mortalidade por esse câncer aumentou 50,6%, revelando o desafio do controle da doença no âmbito nacional (TOMAZELLI et al., 2023).

A partir dos dados constatados acima é possível afirmar que há diversos desafios a serem enfrentados para que haja uma menor incidência nos casos da neoplasia mamária. Ademais, os números representam grande preocupação ao mostrar que com o passar dos anos os casos de câncer de mama tiveram um aumento significativo.

Nos países com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), observa-se o impacto na redução das taxas de ocorrência e mortalidade por câncer pelas intervenções eficazes para prevenção, detecção precoce e tratamento. Já nos países em transição, essas taxas seguem aumentando ou estáveis. Sendo, portanto, o desafio para esses países a melhor utilização dos recursos e os esforços para tornar mais efetivo o controle de câncer (SILVA., 2023).

Dessa forma, é evidente que a incidência dos casos de neoplasia mamária está minuciosamente relacionado a forma como os países direcionam seus recursos e interesses para o combate e prevenção do câncer de mama. Ademais, fatores comportamentais, ambientais e econômicos são alguns dos elementos que contribuem para a perpetuação do problema de grandes números de casos da neoplasia mamária.

3.3  INCIDÊNCIA DE CASOS NA REGIÃO NORDESTE

Apesar de os óbitos por Causas Mal Definidas (CMD) terem diminuído nas últimas décadas no Brasil (indicando uma melhora na qualidade da informação registrada no Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM), ainda existem deficiências, principalmente nas regiões Norte e Nordeste 19,22. No ano 2000, os óbitos por CMD representavam, em média, 14,3% do total de óbitos do país, com proporções variando de 6,3%, no Sul, a 28,4%, no Nordeste (COUTO et al., 2017).

Pesquisas demonstram que as mortes por CMD são decorrentes, principalmente, do câncer de mama. Assim, torna-se cada vez mais necessário a constatação dos dados com suas referidas causas, tendo em vista que se o motivo dos óbitos forem explícitos, consequentemente, haverá mais visibilidade e assim haverá medidas para resolução do problema.

O acesso aos serviços de saúde no Brasil apresenta alterações entre as cidades no interior dos Estados e as suas respectivas capitais, que traduzem disparidades nas taxas de óbitos por câncer de mama em todo o país (BARROS et al., 2020).

A região nordeste configura-se como uma das regiões com um dos maiores índices de incidência da neoplasia mamária, o que é decorrente, principalmente, da falta de acesso aos serviços de saúde. O que torna-se uma das principais barreiras a ser enfrentada para que a população feminina tenha acesso ao diagnóstico e tratamento precoce.

Embora o Sistema Único de Saúde (SUS) tenha Diretrizes bem estabelecidas, observamos que a cobertura mamográfica nacional brasileira não atende às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Encontra-se em torno de 60% das mulheres entre 50 e 69 anos, com grande variação regional. Enquanto nas regiões Sudeste e Sul a cobertura varia entre 65% e 68%, nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte a cobertura é de, respectivamente, 56%, 48% e 39%. Por outro lado, a OMS recomenda no mínimo 70% de cobertura para haver efeito na redução de mortalidade por câncer de mama (MACHABANSK et al., 2022).

Os exames de rastreamento do câncer de mama são métodos indispensáveis para contribuição da detecção precoce do câncer de mama. Dessa maneira, verifica-se uma ineficiência na cobertura de realização dos exames de prevenção do câncer de mama. Sendo assim, sua implementação de forma igualitária e acessível torna-se indispensável para a constatação do carcinoma ductal.

3.4  IMPORTÂNCIA DO RASTREAMENTO

Com o crescente número de casos de neoplasia nos últimos tempos, esta patologia tornou-se uma questão de saúde preocupante, figurando entre as principais causas de morte e de morbidade. A neoplasia de mama é a segunda mais comum no planeta, tendo vários fatores que a influenciam. Infelizmente, muitas mulheres acabam por descobrir a doença em estágios avançados, quando já existe uma elevada gravidade (GOIS et al., 2023).

O câncer de mama configura-se como um dos maiores responsáveis pela incidência e mortalidade entre o público feminino, tornando-se um dos maiores problemas de saúde pública decorrente, principalmente, de um diagnóstico tardio.

A realização do rastreamento mamográfico é apontado, atualmente, a maneira mais eficiente para o diagnóstico precoce da neoplasia mamária. O rastreamento é a aplicação sistemática de teste em população presumivelmente assintomática, que se destina a identificar indivíduos com uma anormalidade significativa de câncer. Assim, a mamografia é considerada o método padrão-ouro preconizado para o rastreamento no Brasil, sendo que a recomendação para a população feminina de 50 a 69 anos é a execução deste exame a cada dois anos (AZEVEDO et al., 2019).

Exames de detecção do carcinoma ductal são reconhecidos como os métodos mais eficazes para a identificação precoce da neoplasia. Estes sistemas possibilitam a detecção antes que sintomas sejam percebidos, tornando-se essenciais para um diagnóstico preciso da doença.

Dentre os métodos de rastreio, a ressonância magnética das mamas tem demonstrado bons resultados na detecção e caracterização de lesões mamárias, sendo um diagnóstico por imagem a mais no estudo e diagnóstico, além da ultrassonografia. Assim, a mamografia, a ressonância magnética e demais tecnologias em estudo desempenham papel fundamental na detecção, no diagnóstico e no comportamento das doenças mamárias. Por fim, o exame mamográfico feito na Atenção Primária à Saúde, é ainda um dos métodos mais realizados anualmente em mulheres com mais de 40 anos, além do autoexame feito em casa, usado como estratégia complementar à prevenção da doença (PEREIRA et al., 2021).

Vários são os exames de rastreamento que corroboram para que o público feminino obtenha o diagnóstico de neoplasia mamária de maneira precoce. Desse modo, os métodos de detecção tornam-se fundamentais para que o carcinoma da mama seja identificado e tratado precocemente.

3.5  INCENTIVOS A REALIZAÇÃO DO RASTREAMENTO

A realização de ações educativas voltadas para conscientização da população é de suma relevância, com a finalidade de rastrear casos de câncer de mama, possibilitando reduzir a ocorrência dos casos de mortalidades causadas pela doença. Contudo, nem sempre as pessoas conhecem esses cuidados em saúde, ressaltando que o estímulo à disseminação de informações e às mudanças de comportamento são ações fundamentais principalmente para aquelas mulheres que estão em maior situação de risco (VASCONCELOS, 2022).

Para garantir um estilo de vida de maior qualidade, faz-se necessário a criação de planos e medidas educacionais sobre saúde que divulguem informações e estimulem os exames preventivos. Deste modo, é possível fomentar a prevenção e uma vida mais saudável.

O acesso e a verificação diagnóstica com agilidade e qualidade são um direito de toda a população feminina independente de etnia, raça/cor ou classe social. Inclusive, encontram-se legislações que visam respaldar e assegurar o acesso à saúde, a destacar a Lei n° 11.664 de 2008 que versa sobre o direito de toda mulher, a partir dos 40 anos de idade, à efetivação de mamografia de rastreamento, indicada para mulheres que não possuem fatores de hereditariedade a partir de 50 anos, podendo ser executada a cada dois anos (CICILIOTTI; SILVA; PEREIRA, 2022).

De acordo com a Constituição Federal de 1988 a saúde é direito de todos. Assim, o alcance aos métodos tanto de prevenção, quanto de intervenções do câncer de mama são de responsabilidade do poder público, disponibilizado pelo sistema público de saúde. Portanto, as normas regulamentadas pela constituição, configuram-se como ferramentas que colaboram para incentivar as mulheres a aderir aos exames de rastreamento.

A Política Nacional de Atenção Oncológica foi reafirmada no ano de 2011 com o plano de fortalecimento das ações para prevenção e qualificação da detecção e tratamento dos cânceres do colo do útero e da mama. Esta política foi atualizada em maio de 2013 com a Política Nacional para a Prevenção e Inspeção do Câncer na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (IBACACHE, 2020).

Existem diversos programas e políticas públicas que visam o incentivo à realização dos exames de detecção da neoplasia mamária. No entanto, faz-se necessário esforços para que tais políticas cheguem ao alcance de toda a população feminina em geral, tendo em vista que boa parte das mulheres não realizam os testes de verificação recorrentemente, por falta de acesso aos serviços.

3.6  PRINCIPAIS BARREIRAS QUE IMPEDEM O DIAGNÓSTICO PRECOCE

A mortalidade por neoplasia em geral segue crescente em todo o mundo, o câncer de mama manifesta uma situação específica de diminuição nos países desenvolvidos, como os do Norte e Oeste da Europa. Em países em desenvolvimento, como o Brasil, verifica-se situação inversa, em consequência da presença de fatores comportamentais, problemas socioculturais e dificuldades de acesso a serviços de saúde para detecção precoce, elucidação diagnóstica e tratamentos (CASTRO et al., 2020).

De maneira geral, o câncer de mama é uma das doenças mais frequentes entre mulheres, possuindo múltiplas causas e tornando-se um obstáculo significativo a ser enfrentado por todos e pela saúde pública.

A notícia do diagnóstico de uma doença como o câncer, que ainda popularmente é relacionado ao sofrimento e a morte, causa enorme impacto na mulher e em sua família. Desse modo, a notícia do câncer de mama é recebida pelas mulheres com muito sofrimento, sentindo-se inseguras e angustiadas com o avanço da doença e do tratamento (SOSKA, 2022).

Diversas são as causas que impedem as mulheres de obterem a detecção precoce da neoplasia mamária. Dentre tais fatores, é possível destacar o medo acerca do tipo de tratamento o qual a mesma será submetida, vergonha, a falta de acesso a serviços de saúde e o receio com relação à autoestima.

Independentemente do Brasil contar com um Sistema de Saúde público e universal desde 1990, e uma Política Nacional de Atenção Oncológica desde 2005, quando comparado aos países de alta renda, ainda demonstra maior percentual de tumores de mama detectados em estádios avançados e maior taxa de letalidade por carcinoma ductal, apesar da menor taxa de incidência. Tais dados representam as disparidades no acesso aos programas de rastreamento, a detecção precoce e tratamento imediato (CAMPOS et al., 2022).

Dessa forma, apesar do Brasil contar com um conjunto de normas que reafirmam o direito de assistência oncológica em saúde a população, é elevado o percentual de diagnósticos tardios e de mortes devido à neoplasia mamária. Desse modo, torna-se evidente que é necessário ampliar e fortalecer as regulamentações que determinam o direito da mulher em possuir acesso aos serviços disponibilizados pelo sistema de saúde.

Existem, então, barreiras para realização do rastreio do câncer de mama que vão desde as causas socioeconômicas como também culturais. Muitos aspectos devem ser considerados, como a ausência de recurso financeiro que torna precário o sistema de informação, e consequente falta de equipamento próximo ao local de moradia, dificultando a realização do exame por meio do SUS, assim como alternância dos profissionais (PEREIRA et al., 2021).

Nessa perspectiva, é evidente que questões relacionadas à vida financeira da população feminina se perpetuam como um dos maiores problemas que impedem o diagnóstico precoce da neoplasia mamária, o que, consequentemente, ocasiona uma série de outros fatores que mantém em seguimento a problemática.

4  METODOLOGIA
4.1  TIPO DE ESTUDO

O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica de abordagem qualitativa, do tipo descritivo, realizada através de artigos científicos organizados na ferramenta de busca virtual de pesquisas Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).

4.2  PERÍODO DO ESTUDO

A presente pesquisa foi realizada entre o período de fevereiro de 2023 a agosto de 2024.

4.3  AMOSTRAGEM

Foram utilizados 26 trabalhos acadêmicos, os quais demonstraram a relevância dos exames de rastreamento e detecção precoce do câncer de mama.

4.4  CRITÉRIOS DE SELEÇÃO
4.4.1  Inclusão

Como         critérios        de      inserção       foram designados   os artigos          científicos publicados        em     português,    publicados    nos últimos         06      anos,  abrangendo  a configuração temporal de 2017 a 2023. Ainda, foram inseridas as publicações que correspondem aos propósitos do estudo, cujo tema central era o diagnóstico precoce da neoplasia mamária através dos exames.

4.4.2  Não inclusão

Como parâmetros de exclusão destacam-se os artigos que não condizem com o objetivo da pesquisa, as publicações que não citavam os exames de rastreamento como essencial para o diagnóstico do câncer de mama, os que apresentavam trabalhos fora do corte de tempo e os duplicados nas bases de dados.

4.5  COLETA DE DADOS

Posteriormente, após a definição da área temática pretendida, introduziu-se uma procura de publicações nas seguintes bases de dados: SciELO (scientific Electronic Library Online), LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) por serem bases de dados que possuem um grande acervo científico e por possuírem grande prestígio no ambiente acadêmico.

4.5.1  SciELO

Nessa plataforma, na área de busca, foram utilizados os seguintes descritores: câncer de mama, neoplasia mamária, detecção precoce, carcinoma ductal e rastreamento. Foram aplicados filtros para idioma, ano de publicação, área temática e para artigos, revisões, e estudos de caso. Foi finalizado com um total de 23 artigos para uma análise descritiva do conteúdo.

Assim, após ser feita uma avaliação dos artigos, foram excluídas 5 publicações por não aprofundarem com exatidão os exames que são realizados para a detecção precoce da neoplasia mamária.

Dentre os artigos selecionados, foram considerados os que apresentaram de maneira sucinta a relevância dos testes para detecção precoce do carcinoma ductal.

4.5.2  LILACS

Nessa ferramenta de pesquisa, no campo de busca, foram utilizados os consecutivos descritores: câncer de mama, neoplasia mamária, diagnóstico precoce, carcinoma ductal e rastreamento. Foram utilizados filtros para idioma, ano de publicação, área temática e artigos, revisões e estudos de caso. Foi concluída a pesquisa com um total de 12 trabalhos para análise descritiva do conteúdo.

Posteriormente, após a análise dos trabalhos, foram retirados 4 artigos por fugirem do objetivo da pesquisa, citando outras formas de diagnóstico precoce.

Dentre        os      artigos          incluídos,      foram classificados os que    condizem      e atenderam ao objetivo do estudo.

4.5.3  BVS

Nessa base de dados, no campo de pesquisa, foram utilizados os consecutivos descritores: câncer de mama, neoplasia mamária, diagnóstico precoce, carcinoma ductal e rastreamento. Utilizou-se filtros para idioma, revisões, estudos de caso, artigos, área temática e ano de publicação. A pesquisa foi finalizada com 12 trabalhos para avaliação do conteúdo.

Após a realização da análise dos artigos, foram excluídos 4 trabalhos por não corresponderem ao objetivo da pesquisa.

Dentre os trabalhos selecionados, foram incluídos os que corresponderam ao objetivo da investigação.

5  RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para a elaboração do seguinte trabalho, foram realizadas buscas em artigos e meios eletrônicos com a realização de uma leitura minuciosa com o intuito de embasar e assegurar as informações contidas na seguinte investigação.

Na presente revisão bibliográfica de abordagem qualitativa, do tipo descritivo, analisou-se um total de 35 artigos científicos publicados nas seguintes bases de dados: SciELO (scientific Electronic Library Online), LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) entre o período de 2017 a 2023 os quais foram excluídos 9 trabalhos por não corresponderem ao objetivo da pesquisa e foram utilizados 26 pesquisas as quais atenderam aos propósitos do estudo.

Para elucidar de forma clara e objetiva a identificação das informações dos artigos que foram utilizados, foi elaborado um quadro com a coleta de dados categorizados conforme a autoria, ano de publicação, título, procedência e resultados obtidos.

No Quadro 1 apresentam-se    as      informações  dos     artigos que    foram utilizados para os resultados da presente investigação.

Quadro 1– Características dos artigos designados para elaboração do presente estudo que abordam a importância da detecção precoce do câncer de mama através dos exames de rastreamento.

Os artigos selecionados para a seguinte investigação demonstraram a relevância dos testes de rastreamento para a detecção precoce da neoplasia mamária, ressaltando que quando o câncer é diagnosticado de forma precoce, as chances de cura aumentam.

Além disso, os autores destacaram a relevância do incentivo à realização dos testes de rastreamento pela população feminina, que ocorre, principalmente, por meio da identificação e da resolução dos principais problemas que impedem as mulheres de realizarem os exames.

Conforme a análise dos autores, há uma grande carência na oferta da cobertura dos exames de rastreamento, o que, consequentemente, ocasiona um grande percentual de incidência e mortes por câncer de mama, situação que é considerada um problema de saúde pública.

O câncer de mama tem etiologia multifatorial e suas causas estão relacionadas com a combinação de fatores genéticos e ambientais. Cabe ressaltar que se detectado precocemente e tratado ainda em fases iniciais é considerado um tumor de bom prognóstico. Não obstante, sua alta taxa de mortalidade corresponde ao diagnóstico da doença em estágios avançados (NEVES et al., 2022).

Quando ocorre a identificação e a realização do tratamento precoce da neoplasia mamária a probabilidade de sobrevida da paciente aumenta de maneira considerável. Ressaltando ainda que o percentual elevado de óbitos da doença está relacionado com a detecção do câncer desenvolvido.

O rastreamento do câncer de mama é baseado na investigação de indivíduos assintomáticos, além de identificar os possíveis indivíduos com alteração significativa justificando quando da detecção em estágio pré clínico, e o subsequente tratamento da condição em questão de proporcionar melhor prognóstico (PEREIRA et al., 2021).

Segundo a visão do autor, os exames de rastreamento são capazes de identificar a presença da doença em mulheres que ainda não manifestaram os sintomas do carcinoma ductal, sendo eficaz na detecção de modificações significativas em desenvolvimento inicial.

Entender os principais sintomas e sinais atrelados ao carcinoma mamário é primordial na detecção precoce da doença, e o exame clínico configura-se como um fator essencial nessa propedêutica diagnóstica. Sendo nessa etapa que é realizado o estadiamento do câncer de mama (CRUZ et al., 2023).

A identificação dos primeiros sinais e sintomas da doença que possa se manifestar apresenta-se como essencial para haver um diagnóstico precoce da doença. Sendo assim, torna-se crucial incentivar a mulher a investigar a causa das manifestações através dos testes de rastreamento.

Os propósitos dos métodos de prevenção secundária se fundamentam nos meios de rastreamento e detecção precoce. Visto que, já existe a instalação da doença, a prevenção secundária tem como objetivo a redução das consequências graves do câncer. O rastreamento pode ser definido como o exame de pessoas assintomáticas, para classificar aquelas com maior chance de desenvolvimento e apresentação da neoplasia. A detecção precoce propõe-se a descobrir o mais cedo possível uma doença, através da presença de fatores de riscos ou dos sintomas e\ou sinais clínicos que a mulher apresente (NEVES et al., 2022).

Conhecer as causas, fatores de risco e os sinais e sintomas do câncer de mama torna-se indispensável para a sociedade, tendo em vista que, uma vez que se obtém esse conhecimento, torna-se mais simples a identificação da presença da doença e, por conseguinte, as medidas para diagnosticá-la.

A detecção precoce do câncer de mama – antes que se tenha um nódulo palpável – aumenta as chances de sobrevida. Assim, recomenda-se seu rastreamento por mamografia. No Brasil foi instituído um programa de rastreamento oportunístico, quando as mulheres procuram espontaneamente os serviços. Sendo necessário esclarecer a população sobre a importância da sua realização (ALVES, 2020).

A realização de ações e programas que disseminem informações a respeito da relevância do rastreamento torna-se essencial, uma vez que quando a população obtém o conhecimento a respeito da doença, as chances de existir uma resistência por parte das mulheres em relação aos exames de rastreamento diminuem consideravelmente.

O rastreamento do câncer de mama proporciona a detecção da doença em fase inicial, permitindo que aumente a chance de cura e que sejam utilizadas formas de tratamentos menos radicais e sistêmicas e, dessa forma, diminuem suas consequências, conduzindo a uma recuperação mais efetiva (AZEVEDO et al., 2019).

Uma detecção em estágio avançado do câncer de mama ocasiona consequências negativas à saúde da mulher, uma vez que o diagnóstico tardio está relacionado com a proliferação das células cancerígenas pelo corpo, o que torna o tratamento mais complexo. A detecção antecipada da neoplasia possibilita à mulher o acesso a tratamentos menos agressivos, que causam menos impactos à sua integridade física, levando à recuperação efetiva.

O diagnóstico precoce da neoplasia mamária configura-se como a melhor estratégia de combate no ambiente da prevenção secundária, sendo realizado por meio da mamografia, do exame clínico das mamas e da prática sistemática do autoexame das mamas (VASCONCELOS et al., 2022).

Para auxiliar a fornecer um indício do diagnóstico da neoplasia mamária, é imprescindível incentivar o autoexame das mamas, o qual pode auxiliar na detecção precoce de alterações mamárias, fornecendo um indicador e, consequentemente, incentivando a mulher a procurar um serviço de saúde para realizar os exames.

Em 2008, no contexto do SUS, havia um total de 650 mamógrafos na região Nordeste, passando para 1.312, em 2017, acréscimo de 101,84% no período.

Entretanto, é possível analisar vazios na provisão do equipamento, principalmente nos Estados do Maranhão e Piauí, indicando uma inadequação entre oferta e demanda na distribuição (MOURA et al., 2020).

A indisponibilidade de recursos financeiros, falta de informações e regiões afastadas da cidade são alguns dos fatores que estão relacionados à baixa adesão da população feminina aos exames de rastreamento, sendo necessários mais esforços do poder público para haver uma cobertura maior da oferta dos exames.

Estima-se que, em 2018, 59.700 novos casos do câncer de mama surgiram no Brasil. Segundo esta estimativa do órgão federal, o câncer de mama é o mais prevalente entre as mulheres, correspondendo a 29,5% dos casos de câncer em mulheres nesse período de tempo. Entre as regiões do país, os maiores índices do câncer de mama em mulheres estão concentrados nas regiões Sul, Sudeste, Centro-oeste e Nordeste, na região Norte ele se encontra como o segundo tumor de maior incidência. No ano de 2022, foram cerca de 66.280 casos novos, o que representa uma taxa ajustada de recorrência de 43,74 casos por 100.000 mulheres (INCA, 2022).

Os dados analisados demonstram que, ao longo dos anos, os casos de câncer de mama têm aumentado de forma gradativa, o que se deve, sobretudo, à dificuldade de proporcionar estrutura para efetivação dos exames em algumas regiões do país, o que ocasiona a ausência da realização dos exames de rastreamento.

Entre os anos de 1920 a 2022 o câncer de mama configurou-se como uma das principais causas de óbitos entre a população feminina, ocupando o primeiro lugar no Brasil, correspondendo a 16,3% do total. Os dados constatados se assemelham entre as regiões do país, exceto a região Norte, local onde as mortes por neoplasia mamária ocupam a segunda posição, com 13,6%. Os maiores percentuais na mortalidade proporcional por câncer de mama foram os do Sudeste (17,2%) e Centro-Oeste (16,8%), seguidos pelo Nordeste (15,6%) e Sul (15,5%) (INCA, 2022).

As informações apresentadas demonstram que a dificuldade em controlar a disseminação do câncer de mama perpetua-se há muitos anos no país, tendo em vista que a doença configura-se como a principal causa de morte entre as mulheres há mais de um século.

Durante os anos de 2015 a 2020, as mulheres com idades entre 50 a 59 anos apresentaram elevadas taxas de incidência de câncer de mama, com o percentual médio de casos nesta faixa etária de 27 %, variando de 26,1% a 27,7% ao longo dos anos. A segunda faixa etária com maior destaque foi a de indivíduos entre 60 a 69 anos, que foram responsáveis por 23,1% de todos os casos durante o período analisado (MATOS; RABELO; PEIXOTO, 2021).

Os dados apresentados acima reforçam que a idade apresenta-se como um fator determinante para a elevação progressiva de óbitos por câncer de mama na população feminina, sendo assim, quanto mais cedo houver a detecção do câncer, menores são as probabilidades de mortalidade.

Em 2021, foram efetuadas 3.497.439 mamografias em mulheres no SUS, sendo 351.509 mamografias e 3.145.930 mamografias de rastreamento. Além disso, nos últimos anos houve uma queda na realização de mamografias de rastreamento em mulheres de 50 a 69 anos. Houve certa estabilidade ao longo do período de 2026 a 2021, com queda de 41% no ano de 2020, em consequência da pandemia de Covid-19. Em 2021, a produção voltou a aumentar, porém foi um ano ainda marcado pelo impacto da pandemia (INCA, 2022).

A diminuição no número de mamografias demonstra grande preocupação para a saúde pública, uma vez que evidencia um grande déficit em atingir a população alvo estabelecida pela OMS, o que indica dificuldades a serem superadas para a realização dos exames de rastreamento.

A produção de mamografia com finalidade diagnóstica na população feminina também sofreu redução, em 2020, sendo essa proporcionalmente menor quando comparada a quantidade de rastreamento. No ano de 2021, também houve retomada na produção de exame, em patamar um pouco inferior ao período pré -pandemia. O adiamento na investigação de lesão palpável deve ser particularmente evitado dada a maior urgência de comprovação dos casos sintomáticos (INCA,2022).

A mamografia apresenta-se como um dos principais métodos para detecção precoce do câncer de   mama, pois o exame permite que seja realizada a detecção da    doença         antes  que    haja    manifestação dos     sintomas.     Dessa forma, é imprescindível a realização do exame pela população feminina.

A concentração de exames de rastreamento na faixa etária de 50 a 69 anos vem aumentando desde 2012. Essa faixa etária é a recomendada para o rastreio, a cada dois anos, em função do melhor equilíbrio entre benefícios e riscos dessa estratégia, de acordo com as atuais Diretrizes para a Detecção Precoce da neoplasia mamária no Brasil. Em 2012, somente 52,8% das mamografias de rastreamento realizadas pelo SUS, no Brasil, foram em mulheres de 50 a 69 anos, enquanto, em 2021, a porcentagem chegou a 65,3% (INCA, 2O22).

As evidências científicas indicam que o rastreamento do câncer de mama na faixa etária recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) pode contribuir para a redução da mortalidade por neoplasia mamária, o que justifica a necessidade de intensificar a cobertura na faixa etária alvo.

Em 2012, a proporção de equipamentos de mamografia para cada 100.000 mulheres era de 1,5 no Brasil, com a região Sul apresentando a maior proporção (2,0); e a região Norte, a menor (1,0). A região Norte também apresenta a menor proporção de profissionais treinados para realizar mamografia (25,6 profissionais para cada 100.000 mulheres), enquanto que o Sudeste apresenta a maior proporção (41,2 profissionais para cada 100 mil mulheres). Além disso, o número de 3.995.627 mamografias realizadas no Brasil em 2012 é inferior à capacidade produtiva de 7.735.294 mamografias do país em 2023 (SILVA et al., 2023).

É evidente que a qualidade dos testes ofertados, do acesso, do diagnóstico, dos tratamentos e dos profissionais qualificados para realização dos exames de rastreamento influenciam na eficiência e segurança dos resultados obtidos, devendo haver uma maior preocupação com os fatores apresentados.

O rastreamento do câncer de mama no Brasil é oportunístico, sem convocação ativa. Há cobertura de 27% da população-alvo, substancialmente inferior à recomendada pela Organização Mundial da Saúde (70%) (MORO et al., 2021).

É possível notar que é necessário implementar o rastreamento organizado do câncer de mama (que é quando são criados programas governamentais para a implementação de pesquisas sobre grupos populacionais para detectar a doença), uma vez que é baixo o número de mulheres que fazem o rastreamento de forma oportunística (que é quando a paciente procura o serviço de saúde por outro motivo e o profissional solicita a realização de exames para rastrear a doença).

Vale ressaltar que, a remoção das barreiras para a diminuição da taxa de óbitos por CA de mama na população feminina no Brasil compreende não somente o fácil acesso a mamografia de rastreio, mas, também, o controle dos fatores preventivos, além da estruturação da rede assistencial, a qual fornece um rápido e oportuno meio de investigação diagnóstica e acesso humanizado ao tratamento de qualidade oferecido à mulher (COSTA et al., 2021).

Além de facilitar o acesso aos testes de rastreio, é essencial que haja ações com foco na prevenção da doença. Além disso, é fundamental uma organização para o fornecimento do atendimento de qualidade às mulheres, o qual proporcionará um diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento de forma efetiva.

Os elementos essenciais para a detecção precoce, descritos pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) 2021, são: a conscientização e procura por assistência de saúde; avaliação clínica e diagnóstica; acesso ao recurso terapêutico (LIMA, 2023).

A disseminação de informações apresenta-se como um elemento indispensável para ocorrer a conscientização da população a respeito da doença, o que ocasionará o interesse na mulher em investigar a possível presença do câncer de mama. Por conseguinte, proporcionará a realização da análise clínica patológica e medidas do tratamento, caso confirmado.

O câncer de mama não é apenas um problema de saúde do Brasil, sendo ele considerado como um problema de saúde mundial, sendo assim, faz-se necessário maiores investimentos em pesquisas centradas no diagnóstico precoce e na melhora da qualidade de vida, da população vulnerável (LIMA, 2023).

Para ocorrer uma diminuição nos casos da neoplasia, é fundamental o investimento em estudos que abordem a detecção prévia, bem como métodos que colaborem para o bem-estar em geral da população em situação de vulnerabilidade. Dessa forma, possivelmente ocorrerá uma diminuição nos casos de câncer de mama.

A dificuldade de acesso ao diagnóstico e ao tratamento adequado, juntamente com a ausência de informação sobre a doença e seus fatores associados, contribuem para que as pacientes procurem ajuda em estágios mais avançados do CA de mama, o que piora o prognóstico (COSTA et al., 2021).

6  CONCLUSÃO

Diante do que foi exposto, ficou evidenciado que os exames de rastreamento caracterizam-se como um método indispensável para o diagnóstico precoce do câncer de mama, sendo demonstrado que os casos de bom prognóstico e a submissão aos tratamentos menos agressivos estão associados à detecção precoce da neoplasia mamária.

Além disso, foi demonstrado que é indispensável ocorrer a implementação de estratégias em saúde que levem conhecimento às mulheres, visando o incentivo da população feminina a realizar os testes de rastreio, uma vez que, a ausência da efetivação dos testes de rastreio está relacionada com a falta de estímulo por parte da população. Dessa forma, a disseminação de informação colabora para o preenchimento das lacunas existentes em torno do câncer de mama presente na sociedade.

A redução dos fatores limitantes para realização dos testes de rastreio, torna-se imprescindível uma vez que, a persistência do medo, desigualdade do acesso aos serviços de saúde, falta de informação, entre outros, causam a perpetuação dos casos elevados de incidência e óbitos do câncer de mama.

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