A IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA PARA A REDUÇÃO DE COMPLICAÇÕES OBSTÉTRICAS PARA GESTANTES: REVISÃO INTEGRATIVA

THE IMPORTANCE OF PRENATAL CARE IN PRIMARY HEALTH CARE FOR REDUCING OBSTETRIC COMPLICATIONS IN PREGNANT WOMEN: INTEGRATIVE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202411261123


Danyella Lucas De Oliveira Lopes1,
Sara Linhares De Souza2,
Izabella Araújo Morais3


RESUMO

INTRODUÇÃO: O pré-natal é todo o acompanhamento da saúde, por meio de consultas, de uma gestante. As altas taxas de mortalidade materna no Brasil evidenciam a importância do pré-natal na atenção primária para reduzir complicações durante a gestação. Ressalta-se que um acompanhamento qualificado é essencial para detectar precocemente problemas e garantir a saúde da mãe e do bebê, com o enfermeiro desempenhando um papel central nas consultas e nas estratégias preventivas para gestantes. OBJETIVO: Explorar a importância do pré-natal na atenção primária, destacando seu papel fundamental na prevenção de complicações obstétricas em gestantes. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa. Os artigos foram selecionados nas bases de dados: MEDLINE, LILACS, SciELO e PubMed, seguindo critérios de elegibilidade. RESULTADOS: Foram dispostos inicialmente 108 artigos, nos quais 3 eram duplicados, 84 foram excluídos e 14 selecionados no estudo. DISCUSSÃO: É abordado o papel central da atenção primária no acompanhamento gestacional, destacando que a qualidade do atendimento impacta diretamente na saúde materna e fetal. Evidenciam-se falhas nas unidades básicas, que comprometem a eficácia do cuidado. São mencionados desafios na realização de exames essenciais, como os testes rápidos, e a necessidade de estratégias preventivas para complicações obstétricas comuns. CONCLUSÃO: O acompanhamento efetivo ao pré-natal permite a detecção precoce de condições adversas, prevenindo desfechos negativos para mãe e bebê. Trazendo a importância do profissional enfermeiro e da Estratégia de Saúde da Família (ESF) na assistência integral, garantindo qualidade no pré-natal e educação continuada.

Palavra-Chaves: Cuidados ao pré-natal. Enfermagem na Atenção Primária. Complicações Obstétricas.

ABSTRACT

INTRODUCTION: Prenatal care is the complete health monitoring of pregnant women health through consultations. High maternal mortality hates in Brazil underscore the importance of prenatal care in primary health services to reduce pregnancy-related complications. Qualified monitoring is essential for early detection of problems, ensuring the health of both mother and baby, with nurses playing a central role in consultations and preventive strategies for pregnant women. OBJECTIVE: To explore the importance of prenatal care in primary health, highlighting its fundamental role in preventing obstetric complications in pregnant women. METHODOLOGY: This study is an integrative review guided by six steps of the review process. Articles were selected from databases, including Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), LILACS, Scientific Electronic Library (SciELO), and PubMed, following the established inclusion and exclusion criteria. RESULTS: Initially, 108 articles were identified, of which three were duplicates, 84 were excluded, and 14 were included in the study. DISCUSSION: The central role of primary care in gestational follow-up is discussed, emphasizing that the quality of care directly has a direct impact on both, maternal and fetal health. Failures in basic healthcare units that compromise the effectiveness of care are highlighted. Challenges in conducting essential diagnostic tests, such as rapid tests, are mentioned, alongside the need for preventive strategies to manage common obstetric complications. CONCLUSION: Effective prenatal follow-up enable early detection of adverse conditions, preventing negative outcomes for both mother and baby. This underscores the importance of nursing professionals and the Family Health Strategy (ESF) in providing comprehensive  care,  ensuring  quality  in  prenatal  services  and  ongoing  education.

Keywords: Prenatal Care. Primary Care Nursing. Pregnancy Complications.

1. INTRODUÇÃO

O Ministério da Saúde (2018), destacou que no Brasil existem grandes taxas de mortalidades obstétricas, por causas evitáveis durante o período gestacional. Dessa forma, o acompanhamento pré-natal é a melhor forma de intervir para reduzir essas causas e promover melhor qualidade de vida na gestação e no parto.

Partindo da citação acima, podemos definir a assistência pré-natal como a atenção que cuida da mulher desde o início da gestação, para que a saúde da mãe e da criança sejam garantidas durante esse período (Ramos et al., 2018). Sendo assim, para que isso ocorra, o enfermeiro deverá possuir conhecimentos para atuar na consulta, dentro da atenção primária, de forma completa, verificando as necessidades específicas de cada gestante e implementando as estratégias necessárias para prevenção de doenças gestacionais. (Gomes et al., 2017).

Ao procurar a assistência primária a gestante deve ser acolhida pelo enfermeiro, cabendo nesta primeira etapa a confirmação da gravidez, podendo ser por realização do teste rápido ou Beta HCG (Silva et al., 2020). O Beta HCG é um exame hormonal, isso porque ele detecta o nível hormonal entre 8 a 11 dias após a concepção. Os resultados acima de 25mUI/ml são dados como positivos e menores que 5mUI/ml são dados como negativos (Brasil, 2012).

O acompanhamento gestacional é importante, pois é investigado as situações de baixo a alto risco, para identificar problemas e prevenir desfechos adversos. Portanto, a falta de controle do pré-natal aumenta o risco tanto para a mãe quanto para o recém-nascido, pois os mesmos, podem estar em risco a qualquer momento da gestação. (Balsells et al., 2018). Observa-se que entre as complicações mais comuns durante a gestação, estão: Diabetes Mellitus Gestacional, Eclâmpsia, Infecções e hemorragias (Aldrigh et al., 2021).

O Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento, impõe no SUS sobre a responsabilidade da equipe de saúde no acolhimento dentro da saúde da gestante, devendo abordar no acompanhamento gestacional, a prevenção de doenças, promoção da saúde e o tratamento de situações adversas ocorridas durante esse período. Sendo assim, é importante que dentro das consultas sejam mencionados temas sobre a gestação e saúde mãe-filho, bem como solicitados exames, dispostos dentro de cada período gestacional, para prevenção e acompanhamento de complicações.

Justifica-se de acordo com o Ministério Saúde, em 2021, que a qualidade da assistência ao pré-natal é deficiente em todo o país, pois mesmo em regiões com alta cobertura de consultas, a mortalidade materna se mantém elevada. Foram citados três indicadores que caracterizam a má qualidade do pré-natal no país. O primeiro se refere à alta presença de sífilis congênita (24/1.000 nascidos vivos no SUS), cuja prevenção, diagnóstico e tratamento são feitos durante a gravidez. O segundo, é a pré-eclâmpsia, onde o meio mais eficiente de redução desse tipo de complicação seria no adequado controle ao longo da gestação. O terceiro é que 37% das gestantes no Brasil não recebem nenhuma dose de vacinação antitetânica, o que também deveria ser controlado nas consultas de pré-natal.

Bem como, ressalta que a evidencia o pré-natal como forma de acompanhar o desenvolvimento desde o início gestação, possibilitando um parto saudável, sem intercorrências clínicas e psicossociais para a mãe e filho. Sendo assim, é essencial o início precoce das consultas, possibilitando a entrada da gestante na APS a partir do teste positivo, podendo ser o teste rápido e exame de beta HCG (Brasil, 2012). Porém, um estudo realizado em 2019, por Sanine et al., evidenciou que de 689 gestantes, em média 129 delas deram início ao pré-natal somente a partir do segundo ou terceiro trimestre.

Neste contexto surgiu a seguinte questão norteadora “como o pré-natal, quando conduzido de forma completa e integrada, possibilita na detecção precoce de complicações obstétricas?”. Este estudo, tem como objetivo explorar a importância do pré-natal na atenção primária, destacando seu papel fundamental na prevenção de complicações obstétricas em gestantes. Serão abordadas as principais complicações enfrentadas durante a gestação, os exames indispensáveis realizados durante o pré-natal, as práticas de cuidado e orientações fornecidas pelos enfermeiros em unidades de saúde primária, além da exposição de estudos e diretrizes clínicas utilizados para o acompanhamento das gestantes, evidenciando a relevância desse cuidado preventivo para a saúde materna e fetal.

2. METODOLOGIA

A pesquisa realizada por meio de uma revisão integrativa, utilizando a expertise dos autores em revisões anteriores como base. Com essa pesquisa visa reunir informações já existentes sobre um tema específico, a fim de promover uma compreensão mais abrangente do assunto. Essa abordagem combinou dados de fontes teóricas e empíricas, com diferentes finalidades, incluindo a definição de conceitos, revisão de teorias e evidências, e análise de problemas metodológicos relacionados a um tópico específico (Sousa 2017).

A revisão integrativa da literatura é composta por seis passos distintos que se complementam, a primeira se caracteriza pela identificação do tema e seleção da hipótese ou pergunta de pesquisa. Sendo assim, essa revisão norteou-se pela seguinte pergunta de pesquisa: Como o pré-natal, quando conduzido de forma completa e integrada, possibilita na detecção precoce de complicações obstétricas?

Para direcionar o desenvolvimento do tema, empregamos a estratégia PICO. Essa abordagem oferece ferramentas para inserção dos elementos essenciais, facilitando a definição e o desdobramento do tema (Mendes, et al.2019). Os componentes dessa estratégia, utilizados para formular a pergunta da revisão, suas definições e possíveis questionamentos associados, são delineados a seguir: P – População ou Problema: Gestantes na atenção primária; I – Intervenção ou Exposição: Assistência de pré-natal; C – Comparação de um estudo com o outro / Contexto: Não se aplica; O – Outcome: Para diminuir as complicações obstétricas em gestante.

Na segunda etapa foram definidos os descritores através do site DeCS/MeSH, através da estratégia (“Prenatal Care” OR “Prenatal Diagnosis”) AND (“Primary Care Nursing” OR “Primary Health Care”) AND (“Pregnancy Complications” OR “Pregnancy, High-Risk”). A seleção dos artigos foi realizada nas bases de dados, Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library (SciELO) e PubMed. E estabelecido critérios para inclusão e exclusão de estudos, amostragem ou busca na literatura.

Ainda na segunda etapa foram incluídos critérios de inclusão, sendo eles: Todos os artigos com textos completos publicados em português, inglês ou espanhol que foram devidamente traduzidos para um melhor entendimento, nos últimos 11 anos, entre 2014 a 2024 que contém dados exclusivos e atualizados. Foram excluídos da pesquisa dissertações, teses, monografias os estudos duplicados, fora do ano de interesse e desatualizados, relatos de experiências e estudo de revisão. A definição dos descritores foi realizada por meio da busca em  artigos  previamente  selecionados,  onde  foram  pesquisados  os  descritores  mais frequentemente utilizados nesses estudos.

A definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados, foi estabelecido na terceira etapa, onde foram incluídos também protocolos e manuais do Ministério da Saúde. E contou com a extração das seguintes informações dos estudos selecionados: título, ano de publicação, resumo, objetivos, metodologia empregada, resultados e principais conclusões.

Posteriormente na quarta etapa foi realizado uma rigorosa leitura dos artigos e analisados critérios como: autenticidade, qualidade metodológica, relevância das informações e representatividade, aonde foram dispostos inicialmente 108 artigos, nos quais 3 eram duplicados, 84 foram excluídos 14 selecionados.

Na quinta etapa, a interpretação dos resultados ocorreu a partir da comparação dos dados obtidos nos estudos e conhecimento teórico, foi realizado levantamento de conclusões e identificados lacunas no estudo com objetivo de analisar a importância do pré-natal na atenção primária como estratégia fundamental para a redução significativa de complicações obstétricas em gestantes, de modo, a apontar as principais complicações obstétricas enfrentadas pelas gestantes durante a gestação.

A apresentação da revisão, síntese do conhecimento aconteceu na sexta etapa, foi feita a busca através dos descritores e realizado uma leitura completa e íntegra sobre o tema através dos artigos selecionados. Por fim, feito uma discussão levando para análise e comparação a relevância do tema nos artigos selecionados anteriormente. O Prisma (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses) é uma ferramenta utilizada para garantir a transparência e a qualidade na elaboração de revisões sistemáticas e integrativas. Ajuda a definir uma estrutura clara e organizada, desde a definição da pergunta de pesquisa até a apresentação dos resultados. Ele é composto por um fluxograma, exposto em Figura 1, que facilita a identificação, o processo de escolha, a elegibilidade e a inclusão de estudos. Isso ajuda a garantir que o processo seja conduzido de maneira objetiva e completa, aumentando a confiabilidade dos resultados (Moher et al., 2009).

Figura 1: PRISMA 2020.

Traduzido por: Verónica Abreu*, Sónia Gonçalves-Lopes*, José Luís Sousa* e Verónica Oliveira / *ESS Jean Piaget – Vila Nova de Gaia – Portugal de: Page MJ, McKenzie JE, Bossuyt PM, Boutron I, Hoffmann TC, Mulrow CD, et al. The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ 2021;372:n71. doi: 10.1136/bmj.n71

FONTE: Prisma Adaptado pelas Autoras.

3. RESULTADOS

O quadro a seguir, estabelece a relação dos artigos incluídos na revisão integrativa, especificando título, autores, ano de publicação e observações relevantes. Este quadro organiza os estudos utilizados, de forma a facilitar a compreensão das contribuições de cada um para a análise do pré-natal na atenção primária e sua relação com a redução de complicações obstétricas.

Quadro 1 – Estudos sobre Estratégias Assistenciais, Qualidade do Pré-Natal e Principais Complicações Obstétricas

TÍTULOAUTORESANOOBSERVAÇÃO
Avaliação da cascata de cuidado na prevenção da transmissão vertical do HIV no Brasil.Miranda, Angélica Espinosa et al.2016Este estudo teve como objetivo avaliar a sequência de cuidados para a redução da transmissão vertical do HIV em alguns estados. Entre os anos de 2007 e 2012, foi observado um aumento na taxa de detecção de HIV durante a gestação em cinco estados. No entanto, menos de 90% das mulheres usaram antirretrovirais durante o pré-natal, incluindo aquelas que já sabiam ser portadoras do HIV.
Implantação dos testes rápidos para sífilis e HIV na rotina do pré-natal em Fortaleza – Ceará.Lopes ACMU, Araújo MAL de, Vasconcelos LDPG, Uchoa FSV, Rocha HP, Santos JR.2016O estudo mencionado descreveu a implementação dos Testes Rápidos (TR) para sífilis e HIV na rotina do pré-natal em unidades de saúde primárias de Fortaleza, Ceará. Constatou-se que os TR estavam disponíveis em 62,5% das unidades, sendo realizados em 37,5% delas, e, destas, 55,6% incluíam esses testes como parte da rotina do pré-natal.
Qualidade do pré-natal: uma comparação entre gestantes atendidas na Faculdade de medicina de BarBacena e na universidade Federal de Juiz de Fora.Amaral F.E, Amarante P.O, Andrade R.V.P, et al.2016O propósito central deste estudo é avaliar a qualidade do cuidado pré-natal, levando em consideração o número de consultas e a idade gestacional no início do pré-natal. Isso será feito por meio da criação de um modelo experimental que se baseia tanto na assistência clínica quanto na realização de exames complementares, evidenciando a importância do suporte ao pré-natal.
Cuidados pré-natais e puerperais às gestantes de um centro de saúde de Minas Gerais quanto ao risco de pré- eclâmpsia: aspectos clínicos, nutricionais e terapêuticos.Silva, Patrick Leonardo Nogueira da; Oliveira, Jéssica Soares de; Santos, Aline Patrícia Oliveira; Vaz, Maria Dolores Tiago.2017A amostra deste estudo incluiu 36 mulheres em acompanhamento pré-natal e puerperal. Concluiu-se que há falhas no acompanhamento profissional das gestantes no nível da Atenção Primária à Saúde, especialmente no que se refere à terapêutica, o que compromete a qualidade da gravidez.
Fatores assistenciais e gestacionais associados à anemia em nutrizes atendidas em um banco de leite humano.Ferreira, Larissa Bueno et al.2018O estudo destacou uma prevalência moderada de anemia gestacional (29,2%), associada a fatores como a falta de consultas de pré-natal e gestações múltiplas, destacando a anemia como um problema de saúde pública com impactos negativos para mães e bebês. Mostrou que apesar das ações, a prevalência de anemia permanece elevada, especialmente entre gestantes com assistência pré-natal inadequada.
Atenção ao pré-natal de gestantes sobre risco e fatores associados no Município de São Paulo, Brasil.Sanine, Patricia Rodrigues et al.2019O estudo observou o pré-natal de gestantes de alto risco em São Paulo, ressaltando a importância desse acompanhamento para a saúde materna. Mostrou que houve avanços, como o início precoce do pré-natal, mas também desafios, como o acesso limitado a exames e a falta de conhecimento sobre a maternidade de referência.
Fatores associados ao pré-natal e à testagem para HIV e sífilis durante a gestação na atenção primária à saúde.Freitas, Cláudia Helena Soares de Morais et al2019O estudo examinou o acesso ao pré-natal e a realização dos testes de HIV e sífilis durante a gestação na atenção primária à saúde. Mostrou que a maioria das mulheres frequentaram 06 ou mais consultas pré- natais, porém, muitas não realizaram os testes, revelando uma lacuna na prevenção e diagnóstico precoce dessas infecções, havendo uma disparidade na cobertura dos testes rápidos.
Assistência pré-natal em grupo no México: perspectivas e experiências do pessoal de saúdeIbañez-Cuevas, Midiam et al.2020O estudo analisou as barreiras e facilitadores para implementar o modelo de Cuidado Pré-Natal em Grupo (GPC) no México, a partir da perspectiva do pessoal de saúde. As principais barreiras incluíram a falta de espaço físico adequado nas unidades de saúde, sobrecarga de trabalho e dificuldade em estabelecer uma relação horizontal com as gestantes durante as sessões em grupo.
Relação entre oferta de diagnóstico e tratamento de sífilis na atenção primária e incidência de sífilis gestacional e congênita  Figueiredo, Daniela Cristina Moreira Marculino de et al.2020O estudo analisou a relação entre as ofertas de diagnóstico e tratamento da sífilis na atenção básica e as incidências de sífilis gestacional e congênita. Mais de 95% das equipes realizavam testes para sífilis, aumentando a detecção de casos. Contudo, havia limitações no tratamento, porém, com mais testes e penicilina mostraram maior detecção de sífilis gestacional, mas menor sífilis congênita.
Desvelando o cuidado às gestantes de alto risco em serviços de atenção primária do Município de São Paulo, Brasil: a ótica dos profissionaisSanine, Patricia Rodrigues et al.2021O estudo avaliou a atenção às gestantes de alto risco na atenção primária à saúde (APS) de São Paulo, destacando três principais pontos: a rotina de trabalho baseada em protocolos rígidos, o sistema de referência e contrarreferência, e a corresponsabilização da equipe de APS. A pesquisa ressalta a importância de adaptar as práticas para atender às necessidades específicas das gestantes e melhorar a articulação com os serviços de referência.
  Melhoria da qualidade do atendimento à sífilis gestacional no município do Rio de Janeiro.Cerqueira, Brena Gabriella Tostes de; Silva, Eliane Pereira da; Gama, Zenewton André da Silva.2021O estudo analisou os efeitos de uma intervenção abrangente no cuidado de gestantes com sífilis na atenção primária à saúde realizado em 26 unidades de saúde no RJ, para melhorar o cuidado de gestantes com sífilis na atenção primária à saúde. Ele destaca a escassez de estudos sobre o assunto e a importância de intervenções para lidar com esse problema de saúde pública.
Planejamento e estratégias na gestão do pré-natal de alto risco: estudo fenomenológico.Medeiros, Fabiana Fontana; Santos, Izabel Dayana de Lemos, et al2022O estudo foi realizado com 13 gestores para entender o propósito do planejamento das atividades na gestão do pré-natal de alto risco, onde mostrou que os gestores estão buscando melhorar a capacitação da equipe de saúde da atenção primária para lidar com o pré-natal de alto risco, reconhecendo a importância da educação permanente. E que são necessários investimentos em educação continuada, infraestrutura e tecnologias para educação a distância.
Avaliação pré-natal de gestações de alto risco na atenção ambulatorial primária e especializada: um estudo misto.Medeiros, Fabiana Fontana; Santos, Izabel Dayana de Lemos, et al.2023O estudo avaliou a assistência pré-natal de alto risco em 319 puérperas em uma maternidade pública, encontrando lacunas nos registros e nos cuidados prestados, especialmente na gestão dessa área. A falta de comunicação entre os serviços e a ausência de um fluxo institucionalizado, a implementação de sistemas informatizados sendo uma estratégia valiosa para melhorar a qualidade do cuidado, requerendo comprometimento e investimento financeiro.
Qualidade do pré-natal e a pré- eclâmpsia: Estudo transversalLima, l. H. De m.; Souza, d. C.; Maranhão, et al.2024A análise relacionou a qualidade do atendimento pré-natal oferecido a gestantes com pré-eclâmpsia aos desfechos maternos. Os dados foram coletados por entrevistas, cartões de pré-natal e prontuários eletrônicos. A maioria das gestantes teve acompanhamento inadequado, o que se associou a um aumento significativo na probabilidade de desenvolver pré-eclâmpsia grave.
4. DISCUSSÃO
4.1 PRÉ-NATAL NA  ATENÇÃO PRIMÁRIA E SUAS PRINCIPAIS FALHAS

As taxas de mortalidade materna e infantil são indicadores essenciais que mostram a qualidade do sistema de saúde e as condições socioeconômicas de uma região. A Atenção Primária à Saúde (APS), é fundamental nesse contexto, pois possui características que permitem uma melhor identificação e resolução de problemas de saúde (Sanine et al., 2021).

Dessa forma, Amaral et al. (2016) diz que, para um atendimento eficaz em gestação, parto e pós-parto, é necessário contar com uma equipe de profissionais qualificados e com recursos adequados, que podem ser físicos (como equipamentos) ou laboratoriais (como testes e análises). Além disso, é importante ter uma rede de referência que possa lidar com possíveis complicações que possam surgir.

As consultas devem seguir um cronograma de acordo com o risco da gestação que está sendo acompanhada. A princípio, serão intercaladas por médicos e enfermeiros, seguindo o tempo de intervalo entre cada uma. O total deverá ser no mínimo 6 consultas, devendo ocorrer mensamente até a 28ª semana, quinzenalmente até a 36º semana e semanalmente até a 41ª semana (Sanine et al., 2021).

Para Medeiros et al. (2022), as consultas gestacionais na Atenção Primária (APS), englobam diversos fatores que tendem a melhorar essa assistência, sendo uma dela a gestão da APS. Logo, afirmam também que, a formação em enfermagem pode ser muito vantajosa para um cargo de gestão, especialmente quando envolve o gerenciamento de equipes e o planejamento assistencial para gestantes de baixo a alto risco.

As unidades básicas de saúde (UBS) aonde a assistência de saúde da população é iniciada (porta de entrada), constitui-se de Equipes de Saúde da Família (ESF), contendo em sua composição enfermeiros, médicos, técnicos de enfermagem, ACS e odontologistas. Sanine et al. (2019), destaca que seu papel é identificar as necessidades de saúde da população e um estreitamento dos laços com as famílias e a comunidade, promovendo uma maior integração entre o serviço e a população. Isso é evidenciado por práticas como a delimitação da área de cobertura e a restrição no tamanho da população atendida.

Contudo, Medeiros et al. (2023), vem contraponto trazendo estudos nos quais apontam a carência de um mecanismo sistemático no qual prove uma rede segura nos atendimentos subsequentes para as gestantes, trazendo a instabilidade entre os agendamentos de retorno das consultas de pré-natal, sendo ela totalmente ligada a própria equipe de Atenção Primária e da ESF. Defendendo também a ausência de conhecimento partindo da equipe de saúde, ao lidar com as necessidades de cuidado a saúde das gestantes.

Sanine et al. (2019), destaca o impacto e as vantagens acerca das visitas domiciliares, possibilitando a formação e consolidação de vínculos. Após coletas de relatos de gestantes em acompanhamento pré-natal, trouxe ressaltavas mediante a ausência de visitas domiciliares e até mesmo o desconhecimento perante as gestantes quanto ao ACS, levantando limitações quanto ao vínculo, e elucidando as ocorrências dos inícios tardios do acompanhamento ao pré-natal, e a falha na comunicação entre as gestantes com a equipe de saúde.

Um importante indicador de qualidade da atenção é o conhecimento prévio sobre a maternidade onde ocorrerá o parto e a orientação no qual informada através dos profissionais durante o pré-natal, Sanine et al. (2019), destaca perante estudos que aos quais menos de 60% das gestantes foram instruídas sobre a maternidade de referência para seu parto. Em concordância, Medeiros et al. (2022), afirma que a grande maioria das gestantes não teve acesso as ações educativas e visita às maternidades.

Miranda et al., (2016) ressalta que a estratégia para diminuição dos casos de HIV é à testagem anti-HIV, realizado nas gestantes durante o pré-natal, para impedir ou minimizar a exposição do feto e tratar o mais rápido a gestante e seu parceiro. Porém, no decorrer do estudo foi identificado grandes números de mulheres que não haviam realizado os testes rápidos. Havendo assim uma falha no manejo do tratamento, e aumentando a transmissão vertical do HIV.

Entre as falhas na infraestrutura das UBS, Ibañez-Cuevas et al. (2020) traz a importância e os desafios apontados pelas equipes, em desenvolver um atendimento de excelência em consultórios pequenos e desconfortáveis, limitando assim o conforto e aconchego para as gestantes.

Segundo informações fornecidas pelos gestores de UBS, Medeiros et al. (2023), ressalta que a uma falha de conhecimento nas ações dos cuidados perante as equipes de saúde frente as consultas de pré-natal, trazendo problemas na rotina habitual desses profissionais e dificultando a continuidade do cuidado compartilhado com reciprocidade as essas gestantes.

Medeiros et al. (2022), traz a necessidade da educação permanente entre os profissionais garantindo o aperfeiçoamento das ações em saúde, trazendo ressalvas nas quais impossibilitam essa educação, bem como, a falta de recursos financeiros, desinteresse entre os próprios profissionais, ou até mesmo a falta de apoio dos gestores das unidades. Já (Medeiros et al., 2023, apud Khubone et al., 2020), contrapõe trazendo que o investimento financeiro é desnecessário, qualificando assim a ação exclusiva a conscientização e compromisso dos profissionais de saúde, pois esse é um dos maiores desafios para garantir uma qualidade assistencial.

4.2. COMPLICAÇÕES OBSTÉTRICAS MAIS COMUNS E SEUS MANEJOS DURANTE O PRÉ-NATAL
4.2.1. Sífilis Congênita

A sífilis congênita é uma doença infecciosa que ocorre quando a infecção é transmitida da mãe para o feto, sendo dividida em recente, com sintomas surgindo até o 2º ano de vida, e tardia, quando os sintomas aparecem após esse período (Freitas, 2021; Silva, 2022 apud Fontinele, 2023).

Estudos apontam várias falhas no manejo da sífilis gestacional que contribuem para o aumento da sífilis congênita, sendo elas o início tardio do pré-natal, um número insuficiente de consultas, atrasos ou falta no diagnóstico, tratamento inadequado ou incompleto, não tratamento das parceiras sexuais e falta de conhecimento das gestantes sobre a doença. Essas falhas podem levar a uma maior incidência da doença e, portanto, destacam a necessidade de melhorar o acompanhamento e o tratamento das gestantes. (Domingues RMS, et al. e Magalhães DM et al., 2013, apud Cerqueira BGT et al., 2021).

Freitas et al. (2019) reforçam a necessidade de diagnóstico e tratamento da sífilis durante a gestação para evitar a transmissão da doença para o bebê. O estudo enfatiza que, para evitar a transmissão vertical da sífilis, é essencial que o diagnóstico e o tratamento ocorram precocemente durante a gestação, pois medidas tomadas apenas após o nascimento não são eficazes para prevenir a infecção. Assim, garantir uma assistência pré-natal de qualidade e enfrentar esses desafios é crucial para o seu controle.

Conforme estudos realizados por Cerqueira et al. (2021) e Freitas et al. (2019), a testagem dos parceiros sexuais e o registro adequado do tratamento das gestantes são áreas com baixa adesão. Sendo assim, Figueiredo et al. (2020) destaca também que, no Brasil, há evidências de que o tratamento dos parceiros de gestantes com diagnóstico de sífilis é insuficiente. Normalmente, a comunicação com os parceiros é feita pela própria gestante ou por um profissional de saúde. Contudo, essa dificuldade em abordar e tratar os parceiros pode contribuir para a baixa adesão ao tratamento e para a ocorrência de falhas terapêuticas, resultando em uma menor eficácia na prevenção da transmissão da sífilis.

Figueiredo et al. (2020) sugerem que, na atenção primária, as estratégias para diagnosticar a sífilis gestacional incluem a triagem com o teste VDRL e o teste rápido, realizados no primeiro e no terceiro trimestres da gravidez. Caso a sífilis seja diagnosticada, o tratamento recomendado é com penicilina G benzatina.

Com isso, Lopes et al. (2016) afirma que os testes rápidos são uma estratégia eficaz para melhorar o atendimento às gestantes. Esses testes não exigem tecnologias complexas e fornecem resultados em cerca de 30 minutos. Essa agilidade pode ajudar a aumentar a cobertura de testagem, otimizar o tempo de diagnóstico e tratamento da mãe e facilitar a adoção rápida das medidas necessárias para prevenir a sífilis congênita. Assim, os testes rápidos também podem tornar o processo mais eficiente e acessível.

Dessa forma, os serviços de assistência pré-natal desempenham um papel crucial na eliminação da transmissão vertical da sífilis. Seu tratamento pode ser efetivo com o uso de penicilina, que é um tratamento barato e eficaz, desde que a infecção seja diagnosticada corretamente e o mais precoce possível durante a gravidez (Freitas et al., 2019).

4.2.2. Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)

No Brasil há uma predominância da propagação quanto a infecção através do vírus da imunodeficiência humana, sendo responsável pela disseminação da AIDS, atacando o sistema imunológico. Estudo nacional destaca mais de 23 mil puérperas entre 15 e 49 anos são portadoras de HIV, totalizando 0,4% das gestantes. (Miranda et al., 2016).

Como método para o controle da transmissão vertical do HIV, Miranda et al. (2016), destaca a realização do teste rápido (testagem anti-HIV), das terapias antirretrovirais (TARV) com a utilização de medicações como tratamento para a gestante e o recém-nascido, durante todo o processo do pré-natal até a finalização do seguimento da criança exposta. Ressalta que os testes rápidos realizados durante o pré-natal são como estratégias preventivas, de modo a evitar qualquer problemática para gestante e o bebê, bem como, garantir um tratamento o mais rápido possível. Assistência na qual, está totalmente articulado as unidades básicas de saúde.

Em contraponto, Lopes et al. (2016) aponta que a melhor estratégia para minimizar os casos de HIV durante a gestação, é através da Rede Cegonha pelo Governo Federal, onde tem como proposta a excelência na assistência ao pré-natal até o nascimento do bebê. Já em concordância traz também como de detecção do HIV a realização da testagem anti-HIV, garantindo um tratamento precoce.

Lopes et al. (2016), revela que a implementação dos testes rápidos enfrenta dificuldades, mas que essas não são as principais causas da baixa realização dos exames nas unidades e durante a assistência pré-natal, e sim, a capacitação dos profissionais. Onde é crucial para o sucesso dos testes, sendo necessário aumentar o número de profissionais treinados e facilitar a realização dos exames.

4.2.3 Pré-Eclâmpsia

A pré-eclâmpsia é uma complicação da gravidez caracterizada pelo aumento da pressão arterial e pela presença de proteínas na urina após a 20ª semana de gestação. Ela pode afetar a mãe e o bebê, causando sérias complicações se não for tratada. Os níveis de PA são medidas através de duas aferições em um intervalo de 2h, onde a pressão sistólica se dá por > 140mmHg e a diastólica > 90mmHg (Silva, Patrick et al., 2017).

A investigação dos antecedentes familiares e fatores de risco da gestante durante o pré- natal é de grande importância para o acompanhamento ideal dessa síndrome. Silva et al. (2017), diz também que quanto maior for o número desses antecedentes diagnosticados, maior é o risco da gestação.

Segundo Lima et al. (2024), vários fatores de risco estão associados ao desenvolvimento da pré-eclâmpsia, incluindo idade materna avançada, nuliparidade, histórico prévio da condição, obesidade, descolamento prematuro de placenta, restrição do crescimento intrauterino, hiperglicemia na gravidez atual e hipertensão crônica.

A avaliação do risco para o desenvolvimento de pré-eclâmpsia, realizada desde a primeira consulta, é uma estratégia preventiva essencial. Para Lima et al. (2024), essa abordagem inclui a administração de ácido acetilsalicílico (AAS) e a suplementação de cálcio durante o primeiro trimestre da gestação. O estudo mostrou que o uso de AAS pode diminuir em até 70% o risco de pré-eclâmpsia pré-termo, devido à sua capacidade de promover a produção de mediadores anti-inflamatórios derivados de lipídios.

Já para Silva et al. (2017), uma estratégia importante de acompanhamento a gestantes que são diagnosticadas com essa síndrome hipertensiva, é o uso de tratamentos alternativos, como fitoterapia e plantas medicinais, pode ser benéfico para a manutenção da saúde durante a gestação, pois pode ajudar a reduzir a necessidade de medicamentos. Além disso, durante o pré- natal, é fundamental que tenha o acompanhamento nutricional da gestante, com ênfase na restrição de sal e gorduras. Essa abordagem visa diminuir os riscos da pré-eclâmpsia e promover uma gravidez mais saudável.

4.2.4. Anemia

A OMS (2015), relata que mais de 50% das gestantes de países desenvolvidos apresentam anemia. Já o MS traz uma estimativa em relação ao Brasil com a prevalência de 30% dessas gestantes possuem anemia (WHO., 2015, apud Ferreira et al., 2018). Ferreira et al. (2018) destaca que a anemia se dá através de uma baixa concentração de hemoglobina no sangue, gerando um déficit de nutrientes essenciais.

Há grandes ocorrências de anemia durante a gestação devido as adaptações fisiológicas, bem como, o aumento do nível plasmático para suprir a hipertrofia vascular do útero devido a expansão durante a gravidez, trazendo também a amenorreia gestacional causando a redução do ferro e a absorção intestinal desse mineral. Observando que há uma grande demanda de ferro durante a gestação, trazendo a importância da suplementação e acompanhamento que serão prestados durante o pré-natal (Aragão Fks et al., 2014, apud Ferreira et al., 2018).

O déficit desse mineral durante a gestação traz consigo diversas consequências, entre a qualidade de vida mãe-filho, favorecendo o incremento da taxa de mortalidade entre ambos, maior risco de prematuridade, baixo peso ao nascer, e falta de reservas de ferro (Brandão et al., 2011, Rodrigo et al., 2010, apud Ferreira et al., 2018).

Garantindo a promoção a saúde e qualidade de vida durante a gestação, o pré-natal vem com a finalidade de reduzir e prevenir qualquer tipo de fatores determinantes da morbimortalidade materno-infantil, decorrente também da anemia. (Morse et al., 2011, Vettore et al., 2013, apud Ferreira et al., 2018). Ferreira et al. (2018) destaca que o MS prevê a realização de no mínimo 06 consultas de pré-natal durante a gestação, porém ressaltando que há uma baixa nos índices referente a esses acompanhamentos estando diretamente ligado a falta de informação, escolaridade, ausência de parceiro, renda familiar e idade.

5. CONCLUSÃO

Conclui-se que o acompanhamento adequado do pré-natal na atenção primária é essencial para reduzir as complicações obstétricas em gestantes. Em virtude dos fatos mencionados, a pesquisa mostrou que o pré-natal permite detectar precocemente condições adversas e fornecer o suporte necessário para prevenir desfechos negativos para mãe e bebê. Contudo, ao identificar os principais fatores de risco e complicações comuns durante a gestação, destacou-se a necessidade de condutas e orientações adequadas para o atendimento.

O trabalho também destaca que, apesar dos avanços, há falhas estruturais e operacionais nas unidades de saúde, como a carência de recursos, falta de continuidade nos cuidados e necessidade de capacitação dos profissionais para atender às necessidades específicas das gestantes. Foram identificados também, fatores como início tardio do pré-natal e baixa adesão a testes rápidos, que podem comprometer a eficácia do cuidado e contribuir para a mortalidade materna e infantil.

Além disso, o estudo reforça o papel crítico do enfermeiro e das equipes de saúde na promoção de uma assistência integral e de qualidade. Dessa forma, foi notável também que a melhoria no acesso e na qualidade do pré-natal, está diretamente ligada à educação continuada dos profissionais, onde é fundamental para reduzir a mortalidade mãe-filho e melhorar a saúde da população gestante.

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1Graduanda em Enfermagem Instituição De Ensino Superior De Brasília (IESB)
danyy.lopes26@gmail.com https://orcid.org/0009-0004-0604-5311

2Graduanda de Enfermagem Instituição De Ensino Superior De Brasília (IESB)
saralinharesouza@gmail.com https://orcid.org/0009-0007-4216-6470

3Docente da graduação em Enfermagem em Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB).
Mestre em Ciências e Tecnologias em Saúde pela Universidade de Brasília (UNB). enf.izabellamorais@gmail.com https://orcid.org/0000-0001-8923-6420