A IMPORTÂNCIA DO NUTRICIONISTA EM UAN NAS ESCOLAS DO ENSINO FUNDAMENTAL 1

THE IMPORTANCE OF THE NUTRITIONIST IN UAN IN ELEMENTARY SCHOOLS 1

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102410242325


Carla Monique da Silva Melo¹
Francilene Samias Franco¹
Regeanny da Silva Bastos Santos¹
Francisca Marta Nascimento de Oliveira Freitas2
Luiz Eduardo Rodrigues Lima3


RESUMO

A alimentação saudável é vital para o desenvolvimento infantil, impactando a saúde física e mental das crianças. Este estudo teve como objetivo analisar a importância do nutricionista nas escolas do ensino fundamental, focando na implementação de programas de educação alimentar e seu impacto na saúde dos alunos. A pesquisa foi uma revisão bibliográfica, utilizando fontes acadêmicas e científicas coletadas em bases como Scielo e Google Acadêmico, com ênfase em artigos publicados entre 2014 e 2024. A análise dos dados envolveu a observação dos efeitos da presença do nutricionista na alimentação escolar e nos hábitos alimentares das crianças. Os resultados indicaram que a atuação do nutricionista é fundamental na promoção de hábitos alimentares saudáveis e na prevenção de problemas como obesidade e desnutrição. O nutricionista não apenas planeja cardápios balanceados, mas também implementa a Educação Alimentar e Nutricional (EAN), educando alunos e famílias sobre escolhas saudáveis. A discussão destacou os desafios enfrentados, como a resistência dos alunos e a falta de recursos nas escolas. Embora a segurança alimentar seja assegurada pela Lei nº 11.346/2006, ainda existem falhas no planejamento e na infraestrutura. Em conclusão, a colaboração entre nutricionistas, educadores e famílias é essencial para garantir que as crianças tenham acesso a uma alimentação adequada, promovendo sua saúde e bem-estar. O papel do nutricionista vai além da nutrição, contribuindo para a formação de hábitos saudáveis que impactarão a vida das crianças a longo prazo.

Palavras-chave: Nutrição, Educação, saúde.

ABSTRACT

Healthy eating is vital for child development, impacting children’s physical and mental health. This study aimed to analyze the importance of nutritionists in elementary schools, focusing on the implementation of food education programs and their impact on students’ health. The research was a bibliographical review, using academic and scientific sources collected in databases such as Scielo and Google Scholar, with an emphasis on articles published between 2014 and 2024. Data analysis involved observing the effects of the nutritionist’s presence on school meals and children’s eating habits. The results indicated that the nutritionist’s role is fundamental in promoting healthy eating habits and preventing problems such as obesity and malnutrition. The nutritionist not only plans balanced menus, but also implements Food and Nutritional Education (EAN), educating students and families about healthy choices. The discussion highlighted the challenges faced, such as student resistance and the lack of resources in schools. Although food security is ensured by Law No. 11,346/2006, there are still flaws in planning and infrastructure. In conclusion, collaboration between nutritionists, educators and families is essential to ensure that children have access to adequate nutrition, promoting their health and well-being. The nutritionist’s role goes beyond nutrition, contributing to the formation of healthy habits that will impact children’s lives in the long term.

Keyword: Nutrition, Education, Health.

1         INTRODUÇÃO

A alimentação saudável é muito importante para o desenvolvimento do ser humano, ela é essencial para o desenvolvimento corporal, cerebral e social, sendo fundamental para promover uma boa saúde e um crescimento físico e intelectual adequados e é uma pré- condição para uma boa qualidade de vida e para a prevenção de muitas doenças e disfunções (Alves et al. 2020).

De acordo com Grieco et al. (2022), o nutricionista nas UANs escolares tem alguns desafios. O primeiro desafio é o fato de que ele precisa ter que encarar uma variedade de problemas, como obesidade, desnutrição e outros disfuncionais alimentares, também tem que lidar com a resistência dos alunos à adoção de hábitos alimentares saudáveis, e com as dificuldades de implementação de programas de alimentação saudável nas escolas. Além disso, tem que lidar com possíveis falta de recursos e personalizado que as escolas podem oferecer. Sendo assim, Grieco afirma que: “Os desafios e avanços na área da alimentação e a exigência dos clientes, fez com que as UANs procurassem qualidade no serviço para garantir seu lugar no mercado, tendo como objetivo garantir a qualidade (Grieco; Santos, 2022, pág. 112).”

Para Afonso (2022), um dos principais fatores que preocupa o nutricionistas e outros profissionais de saúde, é a obesidade e a desnutrição. De acordo com o autor, o que desencadeia a obesidade infantil é a falta de atividade física e a falta de uma alimentação saudável e equilibrada, isso pode ser causado pela falta de conhecimento ou de recursos das famílias, pela falta de acesso a alimentos saudáveis e pelo acesso facilitado de alimentos não saudáveis.

Em relação a desnutrição infantil, Costa et al. (2024) afirma que é um problema grave e comum entre as crianças em idade escolar, suas principais causas são a falta de alimentos saudáveis e nutritivos, principalmente para aquelas em situações de dificuldade financeiras, outra causa é também a falta de conhecimento sobre como se alimentar corretamente. Dito isso, Fraga et al. (2012) relata que a desnutrição tem um efeito negativo no desenvolvimento infantil, além do atraso no crescimento físico, perda da motivação e dificuldades no aprendizado.

Segundo De Jesus (2023), o nutricionista atua nas escolas por ser um profissional essencial na implementação de práticas alimentares saudáveis, este profissional tem um conhecimento profundo da dieta e da nutrição que são essenciais para a saúde, é capaz de apoiar as crianças na promoção de hábitos alimentares saudáveis e na prevenção de problemas de desnutrição e obesidade, também pode fornecer orientações e aconselhamento à comunidade e aos familiares das crianças, para garantir que eles tenham uma melhor compreensão das necessidades dietéticas para as crianças e o que eles podem fazer para garantir que elas sejam atendidas. Nesse caso, De Jesus afirma que o papel do nutricionista é selecionar alimentos que sejam ricos em nutrientes importantes, como vitaminas, minerais, proteínas e antioxidantes.

Considerando que as crianças são fortemente influenciadas por suas famílias, ambientes e mídias, e que nem sempre fazem as escolhas alimentares mais saudáveis, a atuação de um nutricionista se torna ainda mais relevante. Este profissional pode educar as crianças sobre como fazer escolhas alimentares saudáveis e entender os benefícios de uma boa alimentação. Além disso, a presença de um nutricionista pode contribuir para a criação de um ambiente escolar mais saudável, incentivando toda a comunidade escolar a adotar práticas alimentares adequadas (Da Silva Neto et al. 2023).

O objetivo geral desta pesquisa foi descrever a importância do nutricionista na alimentação infantil no ensino fundamental 1, examinar a implementação de programas de educação alimentar e nutricional e relatar o impacto da presença do nutricionista na saúde nutricional de crianças nas escolas.

2         METODOLOGIA
  • Tipo de estudo

Este trabalho tratou-se de uma pesquisa bibliográfica de revisão, que buscou analisar a relação entre a atuação do nutricionista e seus efeitos no âmbito escolar. O foco deste tipo de estudo foi a observação e análise das variáveis de interesse em seu contexto natural, com o objetivo de compreender melhor como a presença e atuação do nutricionista influenciam a alimentação e o desenvolvimento dos alunos nas escolas de Ensino Fundamental I. A pesquisa foi baseada na revisão de literatura existente, incluindo artigos acadêmicos, revistas científicas e outras publicações relevantes, para proporcionar uma visão abrangente e fundamentada sobre o tema.

2.2        Coleta de dados

Os dados bibliográficos foram coletados através da biblioteca virtual Scielo (Scientific Electronic Library Online), Google Acadêmico, com o seguintes descritores: UAN; Nutrição escolar; Nutrição saudável; Alimentação adequada; Nutricionista.

Os critérios de elegibilidades foram de artigos originais, indexados nas bases de dados selecionados, nos idiomas português e inglês, publicados entre os anos de 2014 a 2024. os critérios de exclusão foram de publicações não relacionadas ao tema do artigo.

2.3        Análise de dados

A análise de dados foi conduzida de forma analítica e criteriosa, utilizando os principais resultados de artigos científicos, revistas acadêmicas e publicações referentes à alimentação saudável e à atuação do nutricionista nas escolas de Ensino Fundamental I. Cada fonte foi cuidadosamente examinada para extrair informações relevantes, permitindo uma compreensão aprofundada do papel do nutricionista na promoção de hábitos alimentares saudáveis e na melhoria da saúde e desenvolvimento dos alunos. Foi avaliados aspectos, como métodos utilizados, resultados obtidos e conclusões apresentadas, com o objetivo de identificar padrões e tendências que possam embasar as conclusões deste estudo.

Figura 1 – Fluxograma de seleção de artigos e obras literárias.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1      Atuação do nutricionista na UAN escolar

Na UAN escolar, o nutricionista busca garantir a segurança alimentar e nutricional, promover uma educação nutricional adequada e fornecer suporte e aconselhamento as famílias e crianças sobre como criar hábitos alimentares saudáveis e evitar problemas de saúde relacionado ao que eles comem ou não comem, segundo Tasca et al. (2020), em relação a atuação, o nutricionista pode promover uma dieta equilibrada e saudável entre os alunos, através do uso de materiais e atividades educacionais, trabalhando em conjunto com os professores e a equipe escolar para fornecer orientação sobre como promover e estimular práticas alimentares saudáveis e sustentáveis e propor ou implementar o planejameto de eventos focados na promoção de uma alimentação saudável na escola.

O nutricionista é essencial para promover a saúde alimentar de crianças e adolescentes nas escolas. A escola é fundamental para formação de hábitos alimentares, através de influências executadas pelos professores ou por outros responsáveis. É de grande importância promover ações que tem como intuito, oferta alimentos adequados, portanto, o papel do nutricionista é importante para a melhoria da qualidade alimentar dos alunos (Afonso, 2022).

De acordo com a pesquisa de Caniné et al. (2007), é ideal que o nutricionista tenha uma formação sólida pedagógica e consciência de seu papel de profissional da saúde, para usar o espaço-tempo de sua atividade nas escolas, adaptando-se as duas dimensões, da educação e nutrição, ampliadas para: educação para a saúde; educação e alimentação saudável e entre outras tantas. Em questão de programas, existem possibilidades que o nutricionista responsável pelo programa pode desenvolver atividades educativas em nutrição, tendo como objetivo a promoção da saúde da comunidade escolar, discutindo sobre fatores condicionantes dos hábitos alimentares, distribuição, acesso aos alimentos, entre outros (Costa et al. 2001).

Tabela 1 – Contribuições do Nutricionista em UAN escolar.

Autor/ anoMétodo de pesquisaResultados pesquisadosConclusão
    Afonso (2022)Estudo epidemiológico observacional descritivo                    de desenho transversal.A comunidade escolar identifica            más escolhas alimentares, obesidade infantil e desperdício alimentar como os principais problemas                                                     alimentares.                                                                                           Indica que o nutricionista é valorizado pela comunidade escolar na educação alimentar e promoção de hábitos saudáveis, mas sua atuação na oferta alimentar das escolas é menos reconhecida, apontando a necessidade de maior visibilidade nesse aspecto.
  Caniné et al. (2001)Pesquisa qualitativa para analisar                    as práticas                      e concepções das nutricionistas do Instituto de Nutrição Annes Dias.Revelaram que as nutricionistas do Instituto de Nutrição Annes Dias veem seu papel como agentes de promoção da saúde e educação alimentar nas escolas.    Ressalta que os nutricionistas nas escolas do Rio de Janeiro são essenciais para promover a saúde e a educação alimentar dos alunos. Eles atuam como agentes de transformação, enfatizando a interação multidisciplinar e o controle social.
    Cesar et al. (2018)        Utilizou                 uma revisão integrativa                  da literatura.Tanto     no                  Brasil quanto nos Estados Unidos, a adesão e a aceitação                       da alimentação              escolar são baixas entre os estudantes. Os fatores socioeconômicos, como renda familiar e nível de educação dos pais, influenciam as escolhas alimentares.    Ressalta que a baixa adesão e aceitação da alimentação escolar no Brasil e nos Estados Unidos é um desafio significativo, afetado por fatores socioeconômicos, alimentos competitivos e preferências dos alunos. Apesar das diferenças entre os programas de alimentação escolar dos dois países, ambos enfrentam problemas semelhantes.
          Silva et al. (2021)Utilizou         a revisão                    de literatura como método                    de pesquisa.                   Os autores analisaram estudos e dados publicados sobre                              a obesidade infantil                    no Brasil, identificando causas, consequências e a prevalência da condição.  A obesidade infantil está                       crescendo rapidamente              entre crianças                brasileiras. As principais causas identificadas foram os hábitos              alimentares inadequados, como o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, e o sedentarismo,                 que inclui o aumento do tempo             dedicado              a atividades sedentárias.          Abesidade infantil se tornou um problema alarmante no Brasil, impulsionado por hábitos alimentares inadequados e um estilo de vida sedentário. As consequências para a saúde das crianças são severas, incluindo o aumento do risco de doenças crônicas e problemas psicológicos.
        Ramos et al. (2013)          Utilizou                 uma revisão sistemática                  da literatura.Os                 estudos demonstraram          que houve uma melhoria no conhecimento dos alunos sobre nutrição e        nas         opções alimentares disponíveis, prejudicando que as intervenções realizadas conseguiram aumentar                     a conscientização sobre hábitos               alimentares                                                     saudáveis.                                                                                                                                                               Apesar de um aumento no conhecimento das crianças sobre nutrição por meio da educação alimentar nas escolas, não houve melhorias significativas no estado nutricional. É necessário implementar intervenções mais eficazes e inovadoras e aumentar a produção de pesquisas na área. Em suma, é crucial desenvolver estratégias que promovam a adoção de hábitos básicos
3.2    Educação Alimentar e Nutricional (EAN)

Os programas de alimentação escolar têm como objetivo fornecer lanches ou refeições durante os intervalos das atividades educacionais. Segundo Ramos et al. (2013), a EAN é um importante instrumento para promover hábitos alimentares saudável. A educação alimentar e nutricional é um campo de ação da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e da promoção da saúde, ela é uma estratégia para prevenir e controlar os problemas alimentares e nutricionais nos tempos atuais, como as deficiências nutricionais e doenças crônicas não transmissíveis. Este programa contribui para valorização das diferentes expressões da cultura alimentar, fortalecendo os costumes regionais, do consumo sustentável e também da alimentação saudável (Boog, 2010).

Em relação ao conceito de EAN, podemos entender que é um campo transdisciplinar e multiprofissional que busca promover a adoção de hábitos alimentares saudáveis de forma autônoma e voluntária. Ela integra diretrizes da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN) e é uma estratégia crucial para enfrentar problemas relacionados à má nutrição no Brasil, como o excesso de peso e a obesidade. A EAN considera toda a cadeia produtiva de alimentos, desde a produção até o abastecimento e acesso a alimentos saudáveis (MDS, 2018).

3.3      Segurança Alimentar e Nutricional (SAN)

Segundo Kepple et al. (2011), em relação a lei n° 11.346, de 15 de setembro de 2006, artigo 3°, diz que a segurança alimentar e nutricional tem como significado garantir que todas as pessoas tenham acesso constante a alimentos de boa qualidade, em quantidade adequada, sem prejudicar o acesso a outras necessidades básicas. Esse conceito se fundamenta em práticas alimentares que promovem a saúde, respeitam a diversidade cultural e são sustentáveis do ponto de vista ambiental, econômico e social.

3.4    Fatores que resultam na obesidade e desnutrição infantil

Silva et al. (2021) relata que 1 a cada 5 crianças em idade escolar sofre com a obesidade. Quando são comparadas com outras crianças, as obesas estão no percentil considerado inadequado em relação a sexo e idade. Os principais fatores que colaboram com a obesidade são a genética, dificuldades ambientais, hábitos não saudáveis e falta de atividade

física. Além disso ,deve considerar os demais fatores como, a qualidade e a quantidade do consumo alimentar, em relação a esses dois fatores, Linhares et al., (2016) afirma que, o consumo de bebidas com alto teor de açucar( refrigerantes, sucos em pó, etc.) e fast food ( hambúrguer, batata frita, salgados, etc.), atuam no papel de ganho de peso nas crianças.

Valentim (2014) diz que, a obesidade infantil em ambientes escolares é um tema que exige esforços coordenados e coletivos de muitas partes interessadas que trabalham em várias áreas e ambientes. É importante que as escolas sejam locais de intervenção estratégica para o desenvolvimento de um comportamento saudável em relação a alimentação e atividade física, visto que as escolas são lugares vitais para a transmissão de hábitos saudáveis.

É dentro das escolas que as crianças constroem seus hábitos alimentares, porém, se não for supervisionado, pode levar a um distúrbio nutricional. As crianças são vulneráveis a deficiências nutricionais devido ao crescimento rápido e a imaturidade do sistema imunológico e fisiológico (Lima et al. 2011).

Segundo Monteiro (2003), sobre a desnutrição, ou deficiências nutricionais, refere-se a várias condições causadas por uma ingestão insuficiente de energia e nutrientes, ou pelo aproveitamento inadequado dos alimentos devido a doenças, especialmente infecções. Em relação a desnutrição, Gurmini et al. (2017), afirma que uma alimentação adequada nos primeiros anos de vida pode prevenir desnutrição, deficiências de micronutrientes e problemas como sobrepeso e obesidade. Além disso, uma vez estabelecidos hábitos alimentares inadequados antes dos dois anos, é difícil corrigir o déficit nutricional posteriormente. Em questão de fatores da desnutrição “A prevalência de desnutrição infantil está associada a fatores diversos como nível de desenvolvimento econômico, distribuição de riquezas, estabilidade política e padrão sociocultural(Felberg et al. 2018).

3.5    Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)

PNAE é o maior programa de suplementação alimentar no brasil, colaborando com a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), tornando possível a promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA), através da alimentação adequada. O principal objetivo do PNAE é ofertar uma alimentação adequada para os estudantes, assegurando uma nutrição segura e de qualidade, (Libermann et al. 2015).

Este programa atente todas as escolas públicas, independente das condições econômicas dos estudantes, diante disso, não elimina o fato de que alunos que consomem a alimentação escolar com frequência, na maioria, são com condições econômicas baixas. O PNAE oferece alimentação básica para todas as escolas públicas, promove ações de educação alimentar e nutrição para os alunos (Brasil, 2017).

3.6    Planejamento de cardápio adequado nas escolas

Para a criação do cardápio adequado em escolas, o nutricionista deve elaborar através das recomendações do Guia Alimentar da População Brasileira, do Ministério da Saúde, assim, o cardápio deve ofertar alimentos saudáveis, contendo opções variadas de frutas e hortaliças, evitando alimentos ricos em açucar,gorduras totais, gorduras saturadas e sódio. Deve promover o prazer e satisfarção na hora das refeiçoes, segundo PNAE em relação ao planejamento do cardápio, deve recomendar os alimentos saudáveis sempre respeitando as características socioculturais da população (Ygnatios et al. 2017).

Sabendo que o cardápio é uma ferramenta primordial para o nutricionista, na Resolução FNDE nº 26/2013 do art. 12 em relação ao nutricionista ser responsável técnico do PNAE, diz que: planejar, elaborar, acompanhar e avaliar o cardápio da alimentação escolar de acordo com a cultura alimentar, o perfil epidemiológico da população atendida e a vocação agrícola da região, acompanhando desde a aquisição de gêneros alimentícios, o preparo, a distribuição até o consumo das refeições pelos  escolares (CD/FNDE, 2013).

Em questão de falhas no cardápio, Antunes et al. (2020) relata que “os cardápios avaliados não atenderam as necessidades nutricionais mínimas em relação ao fornecimento energético, de macronutrientes e micronutrientes aos alunos em um mesmo dia, como determinado pela legislação do PNAE”, ou seja, algumas falhas são cometidas, seja elas na alteração dos alimentos planejados, falta de infraestrutura para o preparo das refeições e suas distribuições, entre outras.

3.7      A Importância da alimentação saudável para crianças nas escolas

Segundo Santos (2022), a alimentação é de extrema importância dentro do âmbito escolar, para que os alunos, principalmente as crianças possam se desenvolver de maneira adequada dentro do período escolar, tendo em vista a prevenção de desnutrição, carência e excessos nutricionais. A oferta da alimentação nas escolas é uma ótima maneira de apoio do desenvolvimento infantil por meio da nutrição adequada (Cesar et al. 2018).

Quando falamos sobre alimentação saudável em escolas infantis, estamos nos referindo a um estilo de vida balanceado e nutritivamente completo que é proporcionado às crianças

através dos alimentos que elas comem e dos hábitos de vida que aprendem. O objetivo é fornecer um ambiente saudável e educacional onde as crianças podem aprender e viver uma vida saudável. Para isso, é importante que as crianças recebam uma alimentação balanceada e variada, com muita fruta, legumes, carne magra, peixe, ovos, cereais integrais e leite (Cirino et al. 2022).

4         CONCLUSÃO

A atuação do nutricionista nas escolas é imprescindível para promover a saúde e o bem- estar dos estudantes, uma vez que a alimentação adequada é um dos pilares fundamentais do desenvolvimento infantil. Esse profissional não apenas planeja cardápios equilibrados, mas também garante que as refeições atendam às necessidades nutricionais das crianças e adolescentes, respeitando as diretrizes do PNAE e do Guia Alimentar para a População Brasileira. Ao fomentar hábitos alimentares saudáveis desde cedo, o nutricionista ajuda a prevenir doenças relacionadas à má alimentação, como a obesidade e a desnutrição, contribuindo para a formação de uma geração mais consciente sobre sua própria saúde.

Além disso, o trabalho do nutricionista vai além da simples oferta de refeições adequadas. Por meio da Educação Alimentar e Nutricional (EAN), ele desempenha um papel ativo no ensino de práticas alimentares sustentáveis, envolvendo toda a comunidade escolar em atividades educativas que estimulam escolhas alimentares conscientes e saudáveis. Isso cria uma cultura de saúde e bem-estar dentro da escola, permitindo que os alunos desenvolvam uma relação positiva com a comida, entendendo sua importância e seu impacto no bem-estar físico e mental.

Contudo, para que essa atuação seja verdadeiramente eficaz, é necessário superar desafios como infraestrutura inadequada e a falta de recursos em algumas escolas. A colaboração entre nutricionistas, professores, gestores escolares e famílias é fundamental para garantir que as iniciativas de alimentação escolar tenham sucesso. Quando todos os envolvidos trabalham em conjunto, o ambiente escolar se transforma em um espaço de aprendizado que vai além da sala de aula, ajudando a promover a segurança alimentar e a contribuir para o desenvolvimento pleno das crianças e adolescentes.

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¹ Graduanda   do   Curso   de   Bacharelado   em   Nutrição   do   Centro   Universitário   FAMETRO.   E-mail: moniquegmc17@gmail.com; Vi.francilene@gmail.com; anny.santos2428@gmail.com.

² Orientadora do TCC, Doutora em Biotecnologia pela Universidade Federal do Amazonas. Docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: francisca.freitas@fametro.edu.br.

3 Co-orientador(a) do TCC, Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Amazonas. Docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: luiz.lima@fatecamazonia.com.br.