THE IMPORTANCE OF CORN LEAFHOPPER CONTROL (DALBULUS MAIDIS) IN MAIZE CULTIVATION: A LITERATURE REVIEW
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202410311844
Guilherme Costa Couto1
Leonardo da Silva Felice2
Resumo
O controle da cigarrinha (Dalbulus maidis) é essencial para minimizar os prejuízos econômicos e garantir a produtividade na cultura do milho. O estudo revisou as principais estratégias de manejo da praga, com ênfase nos defensivos químicos, que, embora eficazes, têm enfrentado desafios como o aumento da resistência dos insetos e os impactos ambientais. Destaca-se a importância de monitoramento constante, especialmente nas fases iniciais de desenvolvimento do milho, quando os danos causados pela cigarrinha são mais severos. O uso de inseticidas biológicos e outras práticas preventivas foi identificado como significativos, desde que realizado com uma abordagem de Manejo Integrado de Pragas (MIP), que combina táticas variadas e sustentáveis. Conclui-se que o controle da cigarrinha na cultura do milho, ajustado às condições regionais, contribui para a resiliência da lavoura e para o desenvolvimento de uma agricultura de precisão, promovendo a saúde do solo, do milho e da sustentabilidade da produção agrícola.
Palavras-chave: Cigarrinha-do-milho. Manejo Integrado de Pragas. Agricultura. Milho.
1 INTRODUÇÃO
O milho (Zea mays) é uma gramínea pertencente à família Poaceae e destaca-se como uma das culturas agrícolas mais relevantes em escala global, tanto sob a perspectiva econômica, quanto social. A ampla versatilidade dessa planta permite que seja utilizado na produção de uma vasta gama de produtos, desde alimentos básicos, como farinhas e amidos, até insumos industriais, como biocombustíveis e óleos. A importância dessa cultura é refletida em sua presença em diversos mercados ao redor do mundo, onde desempenha um papel central na alimentação humana e animal, além de ser um componente essencial na cadeia produtiva de várias indústrias. A produção mundial de milho é de fundamental importância, com estimativas recentes apontando para uma redução significativa na safra 2023/24 devido a adversidades climáticas, o que ressalta a necessidade de estratégias agronômicas adaptativas para mitigar esses impactos (CONAB, 2024; XAVIER; TONELLO, 2023).
A produção de milho no Brasil tem demonstrado um crescimento expressivo ao longo das últimas décadas, impulsionada por condições edafoclimáticas favoráveis e pelo avanço das tecnologias aplicadas às sementes e ao manejo agrícola. Para a safra de 2024/25, obteve-se até o momento um acumulado de 7,03 milhões de toneladas exportadas, um valor 27,74% menor do que o observado no mesmo período em 2023. Apesar dessa redução, o cenário permanece promissor devido à desvalorização do real frente ao dólar, o que aumentou a competitividade do milho brasileiro no mercado internacional. Nesse contexto, ressalta a necessidade de práticas agrícolas mais eficientes e controle rigoroso de pragas para maximizar o rendimento das lavouras, especialmente diante da manutenção da China como um dos principais mercados compradores, apesar da sua participação ter reduzido para 13,6% das exportações em 2024 (CONAB, 2024; PEREIRA et al., 2020).
A intensificação dos cultivos sucessivos de milho tem levado a um aumento significativo da incidência de pragas e doenças, comprometendo a produtividade da cultura. Entre os principais desafios fitossanitários, destaca-se a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), atualmente considerada a praga de maior impacto econômico na cultura do milho. O inseto é vetor de patógenos responsáveis por doenças como o enfezamento pálido, causado pelo Spiroplasma kunkelii, e o enfezamento vermelho, associado a fitoplasmas do gênero Mollicutes, além de transmitir o vírus da risca (Maize rayado fino vírus). A presença contínua do hospedeiro ao longo do ano favorece múltiplos ciclos desses patógenos, enquanto as frequentes aplicações de defensivos agrícolas podem aumentar a pressão de seleção, potencializando a resistência e dificultando o manejo eficaz das pragas. Esse cenário reforça a necessidade de práticas de manejo integrado e estratégias de controle mais eficientes para mitigar os danos severos que esses patógenos causam, especialmente em fases críticas do desenvolvimento da cultura, como a fase vegetativa (COTA et al., 2021; JUNIOR SANTANA et al., 2019).
A quebra da sazonalidade no cultivo de milho, com plantios ocorrendo ao longo de todo o ano, especialmente na região do Cerrado brasileiro, tem favorecido a reprodução contínua da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), tornando-a um dos principais desafios para a cultura. A prática, combinada com a sobreposição de ciclos na safrinha, cria um ambiente ideal para a sobrevivência de patógenos e insetos vetores, como os molicutes e vírus, que comprometem a produtividade do grão. Em resposta a essa ameaça, os agricultores têm intensificado o uso de produtos químicos, mas tal abordagem, por si só, não é suficiente para controlar efetivamente a praga (JUNIOR SANTANA et al., 2019; RIBEIRO et al., 2022).
Diante desse cenário, a adoção do Manejo Integrado de Pragas (MIP) se torna fundamental. O conjunto de práticas inclui a eliminação de plantas voluntárias na entressafra, a rotação de culturas, o uso de sementes tratadas com inseticidas sistêmicos e a combinação de inseticidas sintéticos com biológicos, como aqueles à base de fungos dos gêneros Beauveria e Isaria. A redução da área cultivada em 3,1%, conforme observado na safra de 2022/23, reflete uma tentativa de mitigar a infestação, mas o sucesso a longo prazo dependerá de uma abordagem integrada que minimize o uso de agroquímicos, mantendo a cultura livre de pragas durante estádios críticos, como o vegetativo, e evitando danos econômicos significativos (XAVIER; TONELLO, 2023; CONAB, 2024).
Diante da crescente relevância da cigarrinha (Dalbulus maidis) como uma das principais pragas que afetam a cultura do milho e considerando os desafios impostos pela quebra de sazonalidade e a sobreposição de ciclos na cultura, que favorecem a propagação de patógenos transmitidos por essa praga, o presente artigo tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre a importância do controle da cigarrinha do milho, com foco nas estratégias utilizadas pelos produtores, analisando a eficácia das diferentes práticas de manejo, incluindo o uso de defensivos químicos e produtos biológicos.
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Cultura do milho
O milho (Zea mays), uma planta monocotiledônea da família Poaceae, é originário da América Central, especialmente do México e da Guatemala, e foi amplamente disseminado por outras partes do mundo, incluindo a Europa, Ásia e África (SILVA et al., 2023). Assim, esse cereal tem grande importância econômica e agrícola, sendo cultivado em quase todos os continentes, com o Brasil figurando como um dos maiores produtores globais. Nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do Brasil, a cultura se destaca, com a produção estimada em 126,40 milhões de toneladas na safra 22/23. Em Minas Gerais, o clima seco favoreceu a colheita e as produtividades estão abaixo das estimativas iniciais, esse resultado deve-se à redução significativa das precipitações a partir de abril, aliada à incidência de ataques de cigarrinha que impactaram negativamente o desenvolvimento da cultura (CONAB, 2024; PEREIRA et al., 2020).
O milho é uma espécie de ciclo anual e pertence ao grupo das plantas C4, conhecidas pela sua eficiência no uso de água e carbono. Apresenta porte ereto, baixa capacidade de afilhamento e grande adaptabilidade a diferentes condições ambientais. A planta é alógama, ou seja, sua reprodução ocorre por polinização cruzada, sendo monóica, com as estruturas reprodutivas masculinas no pendão e as femininas na espiga, suas raízes são fasciculadas, o caule é do tipo colmo, e as folhas são lanceoladas, com sementes do tipo cariopse, típicas das gramíneas (ALBUQUERQUE, 2024; ZANCANARI, 2019).
Do ponto de vista agronômico, o milho apresenta alta variabilidade genética, o que lhe confere adaptabilidade a diferentes regiões, desde o Equador até áreas de clima temperado. No Brasil, além de ser uma cultura alimentícia importante para humanos e animais, o milho também é amplamente utilizado na produção de biocombustíveis, como etanol, e na fabricação de silagem de alta qualidade. Aproximadamente 70% da produção mundial de milho é destinada à alimentação animal, sendo os grãos uma importante fonte de carboidratos e energia (XAVIER; TONELLO, 2023; FELDMANN et al., 2023).
O sistema produtivo do milho enfrenta desafios, principalmente relacionados a pragas e doenças. A cultura é suscetível a percevejos (Dichelops melacantus), que podem reduzir significativamente a produtividade, além da cigarrinha, vetor de molicutes que afetam a planta desde o estágio vegetativo. Com o aumento da adoção de sistemas de produção com múltiplos ciclos anuais, como o milho safrinha, houve uma intensificação dos problemas fitossanitários, dificultando o controle de pragas e doenças (SILVA et al., 2023). De acordo com Santos (2024), as perdas potenciais causadas por pragas, patógenos e plantas daninhas na cultura do milho podem atingir 15,9%, 9,4% e 40,3%, respectivamente, destacando a importância da implementação de um MIP eficaz.
Além da sua importância econômica, a cultura do milho tem um papel histórico e cultural significativo, sendo cultivada desde os tempos das civilizações astecas, maias e incas. A hipótese mais aceita sobre a domesticação do milho sugere que ele se originou do Teosinte, uma planta perene que, ao ser selecionada ao longo dos anos, resultou na planta que conhecemos hoje. A cultura também tem grande impacto industrial, contribuindo para a produção de mais de 150 diferentes produtos, como biocombustíveis, polímeros e bebidas (RIBEIRO et al., 2022; SANTOS, 2024; FELDMANN et al., 2023).
Diversos fatores influenciam a produtividade da cultura do milho, o que resulta em instabilidade produtiva tanto em nível nacional quanto global. Segundo Zancanari (2019), esses fatores abrangem todas as etapas do ciclo produtivo, desde o período anterior à semeadura até o pós-colheita. Entre eles, destacam-se a escolha da cultivar, a fertilidade do solo, a adubação (de base e de cobertura), o manejo da semeadura, a densidade populacional de plantas, as condições climáticas (como temperatura e precipitação), o momento da colheita, o beneficiamento e armazenamento dos grãos, além do controle de plantas daninhas, doenças e pragas.
2.2 Insetos-pragas da cultura do milho
Os insetos desempenham papéis cruciais no ecossistema agrícola, sendo alguns benéficos e outros prejudiciais à cultura. Aqueles que se alimentam diretamente das plantas cultivadas ou transmitem doenças fitopatogênicas são classificados como insetos-praga, causando prejuízos econômicos significativos aos agricultores. Na cultura do milho, os principais insetos-praga pertencem às ordens Coleoptera, Hemiptera e Lepidoptera, atacando diferentes partes da planta, desde as sementes até as espigas (JUNIOR SANTANA et al., 2019; MAREGA; MARQUES, 2021).
Entre os Coleópteros que afetam a cultura, destacam-se a larva-arame (Conoderus spp.), os corós (Eutheola humilis) e a larva-alfinete (Diabrotica spp.). Essas pragas comprometem o desenvolvimento das plantas atacando suas raízes, o que resulta em menor absorção de nutrientes e água, prejudicando o crescimento. No grupo dos Hemípteros, espécies como o percevejo-castanho (Scaptocoris castaneum), a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), a cigarrinha-das-pastagens (Deois flavopicta) e o pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis) são de grande relevância. Sendo assim, esses insetos são vetores de patógenos e podem causar deformações nas plantas e redução significativa na produção (MIRANDA; SOUSA; SANTANA, 2023).
As Lepidópteras, por sua vez, incluem lagartas que causam danos severos às folhas, espigas e colmos, entre as mais prejudiciais estão a lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), a lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea), a lagarta do velho mundo (Helicoverpa armigera) e a broca-da-cana (Diatraea saccharalis). Ademais, esses insetos, ao se alimentarem das partes aéreas da planta, comprometem a fotossíntese e o desenvolvimento das espigas, causando quedas significativas na produtividade (CARVALHO; GIGLIOLLI, 2023).
A lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) é uma das pragas mais relevantes da cultura do milho no Brasil, ocorrendo em praticamente todas as áreas produtoras. Essa praga ataca as folhas e o colmo da planta, dificultando o seu crescimento e desenvolvimento adequado. Além disso, o controle de insetos-praga como o percevejo-barriga-verde (Diceraeus furcatus e D. melacanthus) e o percevejo-marrom (Euschistus heros) é essencial para evitar danos no colmo e nas espigas, que resultam em perda de produtividade e qualidade dos grãos (CARVALHO; GIGLIOLLI, 2023; MIRANDA; SOUSA; SANTANA, 2023).
As condições climáticas desempenham um papel crucial na pressão de infestação e na prevalência das pragas, fatores como temperatura e precipitação podem favorecer o aumento ou redução da população de pragas, influenciando diretamente a severidade dos danos. A cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) é uma praga que tem ganhado importância crescente, devido ao seu papel como vetor de molicutes, como o enfezamento pálido e vermelho, doenças que impactam gravemente a produtividade do milho. Assim, essa praga tem se tornado cada vez mais frequente em lavouras de milho devido à intensificação dos sistemas produtivos, especialmente no milho safrinha (COTA et al., 2021; JUNIOR SANTANA et al., 2019).
2.3 Cigarrinha-do-milho
A cigarrinha-do-milho (Figura 1), Dalbulus maidis (Hemiptera: Cicadellidae), é uma praga de grande relevância na cultura do milho no Brasil, uma vez que este é o único hospedeiro no qual a espécie completa seu ciclo biológico. Durante a entressafra, a cigarrinha pode se alojar em gramíneas como trigo, sorgo e braquiária, sem, contudo, reproduzir-se, comportamento comum quando essas culturas estão próximas às plantações de milho (COTA et al., 2021; ÁVILA et al., 2021).
Figura 1 – Dalbulus maidis adulto (A) e detalhe das máculas localizadas na parte frontal da cabeça (B).
Fonte: Gonzatto et al. (2023).
A Dalbulus maidis é um inseto hemimetábolo, com desenvolvimento dividido em três estágios: ovo, ninfa (Figura 2) e adulto. Os adultos medem entre 3,7 e 4,3 mm, têm coloração amarelo-pálida, asas transparentes, e apresentam duas manchas pretas arredondadas na cabeça, o que facilita sua identificação. As fêmeas, geralmente maiores que os machos, apresentam longevidade variada dependendo da temperatura, com estudos apontando que essa pode ser de 16,3 dias para machos e 42,1 dias para fêmeas a 23,4°C e 83% de umidade relativa (OLIVEIRA et al., 2018).
Figura 2 – Ovos (A) e ninfa (B) da Dalbulus maidis.
Fonte: Oliveira et al. (2018).
As ninfas passam por cinco instares, variando de 1 mm no primeiro ínstar a 4 mm no último. A duração desse estágio também depende da temperatura, sendo que a 23,4°C os ínstares duram em média de 2 a 3 dias cada. Já a fase de ovo dura de 7 a 10 dias, dependendo da temperatura e umidade. A cigarrinha-do-milho pode gerar até seis gerações durante a safra, com o ciclo de desenvolvimento variando entre 24 e 45 dias, dependendo das condições ambientais, como temperatura entre 26 e 32°C, com as fêmeas depositando entre 400 a 600 ovos ao longo da vida. Assim, esse inseto apresenta grande capacidade de migração, preferindo plantas jovens e recém-emergidas (CANALE; RIBEIRO, 2021).
Os danos diretos causados pela cigarrinha incluem a sucção de seiva, o que pode levar à paralisação do crescimento, seca e morte precoce das plantas, além da excreção de honeydew, que facilita o desenvolvimento de fungos como a fumagina, prejudicando a fotossíntese. O dano indireto mais significativo está relacionado à transmissão de fitopatógenos, como o Maize rayado fino virus, o Spiroplasma kunkelii e o fitoplasma Maize bushy stunt, que são transmitidos de forma persistente e propagativa pela cigarrinha (BARTMER, 2023; GONZATTO et al., 2023).
As condições climáticas influenciam diretamente na reprodução e na dispersão da D. maidis, sendo que temperaturas noturnas acima de 17°C e diurnas acima de 27°C favorecem a proliferação dos patógenos transmitidos pelo inseto. A fêmea realiza a postura endofítica, preferindo a nervura central das folhas de milho para depositar seus ovos. Taxonomicamente, Dalbulus maidis pertence à ordem Hemiptera, família Cicadellidae, e é a única espécie do gênero Dalbulus predominante no Brasil. Durante o ciclo de vida, o inseto passa por cinco instares ninfais, com o desenvolvimento completo de ovo a adulto variando entre 25 e 30 dias, dependendo da temperatura. A cigarrinha-do-milho tem demonstrado aumentar em populações durante a safrinha, devido à intensificação do cultivo e às condições climáticas favoráveis. Isso torna o manejo adequado essencial para evitar perdas de produtividade que podem chegar a mais de 70% nas lavouras de milho (BORGES, 2020).
2.4 Métodos de controle para a cigarrinha-do-milho
O aumento expressivo das áreas de cultivo de milho tem sido acompanhado por problemas crescentes com molicutes e, consequentemente, com a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis). Devido à importância econômica dessa praga, é indispensável adotar diferentes estratégias de manejo para controlar tanto a cigarrinha quanto os enfezamentos que ela transmite (Figura 3), visando manter a sanidade das lavouras e garantir altos níveis de produtividade, além de grãos e sementes de boa qualidade (CONTINI et al., 2019).
Figura 3 – Danos por enfezamentos causados pela Dalbulus maidis.
Fonte: Oliveira et al. (2018).
Entre os métodos de controle da cigarrinha-do-milho, a aplicação de inseticidas sintéticos é uma prática comum. No entanto, práticas sustentáveis, como o uso de inimigos naturais, extratos vegetais e técnicas culturais, têm ganhado destaque como alternativas viáveis para o controle sustentável dessa praga. O uso de inimigos naturais, como predadores e parasitoides, tem se mostrado satisfatório, com destaque para a liberação massiva dessas espécies no campo como uma alternativa promissora. Da mesma forma, o uso de extratos vegetais tem proporcionado bons resultados no controle da cigarrinha, configurando-se como uma alternativa potencial ao uso de agrotóxicos (OLIVEIRA et al., 2018; MENDES et al., 2019).
As táticas preventivas são cruciais no manejo da cigarrinha-do-milho e na redução dos danos causados pelas doenças transmitidas por essa praga. Dessa forma, entre os métodos recomendados estão a rotação de culturas, a eliminação de plantas voluntárias de milho (tigueras), evitar semeaduras tardias e cultivos sucessivos na mesma área, utilizar diferentes variedades de milho ou híbridos mais tolerantes à cigarrinha e aos molicutes, além de adotar sementes tratadas com inseticidas sistêmicos e reduzir a janela de plantio do milho na região (MENDES et al., 2019).
O Manejo Integrado de Pragas (MIP), que combina diferentes técnicas, é o mais eficiente no controle da cigarrinha. O uso de métodos culturais, como a rotação de culturas e uma adubação adequada, pode reduzir a população da praga. Quando combinado com o uso de inimigos naturais e extratos vegetais, o controle torna-se ainda mais satisfatório. Além disso, o monitoramento das plantas até o estádio V8 (quando há 8 folhas completamente desenvolvidas) é essencial, pois é nesse estágio que a cultura se encontra mais suscetível ao ataque da cigarrinha e à infecção pelos patógenos (XAVIER; TONELLO, 2023; MENDES et al., 2019).
A aplicação de inseticidas químicos, seja por tratamento de sementes ou por pulverização foliar, continua sendo uma prática comum no controle da cigarrinha-do-milho. Entretanto, a eficiência desses inseticidas é maior quando aplicados no estágio inicial da cultura, o que reduz significativamente a incidência dos enfezamentos. Contudo, a migração da cigarrinha entre cultivos adjacentes pode comprometer a eficácia desses produtos, especialmente quando há alta pressão de inóculo (ALVES et al., 2020).
Pesquisas indicam que a aplicação foliar de inseticidas tem baixa eficiência no controle de adultos de D. maidis. Apesar disso, essa prática ainda pode reduzir a alimentação da cigarrinha e, consequentemente, diminuir a transmissão de doenças, sendo uma ferramenta útil no manejo integrado dessa praga. Atualmente, existem cerca de 73 produtos comerciais registrados para o controle da cigarrinha, pertencentes a grupos como neonicotinóides, piretróides, organofosforados e carbamatos (ALVES et al., 2020; XAVIER; TONELLO, 2023).
O uso de inseticidas em grande escala pode provocar impactos negativos à saúde dos trabalhadores, dos consumidores e ao meio ambiente, além de aumentar os custos de produção. Por isso, o manejo da cigarrinha deve integrar diferentes técnicas de controle para ser efetivo, uma vez que a aplicação de defensivos químicos isolados não é suficiente para controlar a praga de forma eficiente. Dessa forma, o MIP torna-se essencial, considerando que apenas a integração de métodos pode minimizar os prejuízos nas lavouras de milho (ÁVILA et al., 2021).
2.4.1 Controle biológico da cigarrinha-do-milho
O controle biológico é uma técnica baseada na ação de inimigos naturais, como predadores, parasitoides ou patógenos, para manter a população de pragas abaixo de níveis que causam danos econômicos às culturas. Assim, esses inimigos naturais, nativos ou exóticos são multiplicados em laboratórios e posteriormente liberados nas lavouras para controlar as pragas. Além disso, é um componente fundamental no MIP, que visa a regulação das populações de insetos-praga. Dentre os microrganismos entomopatogênicos, destacam-se vírus, fungos e bactérias, sendo os fungos particularmente eficazes devido ao seu amplo espectro de ação e capacidade de infectar diferentes fases de desenvolvimento dos insetos (KIST et al., 2020).
No caso da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), o controle biológico apresenta diversas vantagens em relação ao controle químico, entre elas estão a redução da exposição de produtores e técnicos aos defensivos agrícolas, a ausência de resíduos nos alimentos, o baixo risco de poluição ambiental, e a seletividade aos inimigos naturais. Assim, ao integrar essas abordagens, é possível reduzir a população da cigarrinha e, consequentemente, os danos causados pelos enfezamentos nas lavouras de milho. A adoção dessas práticas favorece uma produção agrícola mais sustentável e alinhada com as demandas por produtos com menor impacto ambiental (SANTOS, 2024).
Os fungos entomopatogênicos desempenham um papel crucial no controle da cigarrinha-do-milho. Espécies como Beauveria bassiana e Isaria fumosorosea já têm produtos registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e apresentam alta eficiência na redução das populações de D. maidis (LIBERA et al., 2022; KIST et al., 2020). Libera et al. (2022) avaliou o potencial de Beauveria spp. no controle da cigarrinha em campo, observando respostas variadas entre diferentes híbridos de milho, com alguns híbridos apresentando menor incidência de enfezamento e maior produtividade de grãos após a aplicação do fungo, outrossim, o resultado foi limitado, possivelmente devido à forma de preparação do inóculo.
Além dos fungos entomopatogênicos, outros insetos predadores, como joaninhas e a mosca das flores (Salpingogaster nigra), também desempenham um papel importante no controle da cigarrinha. Sendo que esses predadores se alimentam de ninfas e adultos da praga, ajudando a reduzir a sua população de forma natural. A alta taxa de reprodução da mosca das flores a torna uma aliada valiosa no controle biológico. No campo da inovação, pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Embrapa Meio Ambiente e Universidade de Copenhague, desenvolveram um bioinseticida natural utilizando o fungo Metarhizium robertsii, que se mostrou eficaz no controle da cigarrinha-do-milho. A aplicação desse bioinseticida preserva a fauna e flora local, sendo uma solução ambientalmente amigável e eficiente (MARCIANO et al., 2021).
Neste contexto, outros compostos naturais que também podem ser utilizados no controle da cigarrinha são o extrato de nim (Azadirachta indica). Santos et al. (2020) testaram diferentes doses de extrato de nim e observaram uma redução na população de cigarrinhas após a terceira aplicação, destacando o potencial repelente dessa planta. O nim possui compostos bioativos que afetam a mobilidade e a síntese de quitina nos insetos-praga, tornando-o uma alternativa eficiente e de baixo custo.
2.4.2 Controle químico da cigarrinha-do-milho
O controle químico da cigarrinha-do-milho envolve a aplicação de inseticidas nas sementes ou diretamente nas plantas, sendo considerado uma alternativa necessária e eficaz, especialmente nas fases iniciais do desenvolvimento da cultura. Borges (2020), o uso de inseticidas nesta fase é crucial para o manejo da praga. O tratamento de sementes é essencial para garantir a qualidade inicial das plantas, ao controlar pragas e patógenos, especialmente nas fases iniciais de desenvolvimento. Além disso, a pulverização nas plantas com produtos químicos também é recomendada para combater a cigarrinha (ALVES et al., 2020).
Borges (2020) recomenda o uso de inseticidas do grupo dos neonicotinóides para o tratamento de sementes, seguidos de pulverizações sequenciais com neonicotinóides, acefatos e piretróides a partir do estádio VE. Oliveira (2018) reforça que os métodos químico e cultural são os mais eficazes no controle da cigarrinha, com a aplicação de inseticidas nas fases iniciais da cultura e repetição das pulverizações a cada 2 a 4 dias, dependendo das condições do campo e da infestação da praga.
Somente produtos registrados no MAPA devem ser utilizados, tanto para o tratamento de sementes quanto para pulverizações. O número de aplicações deve seguir as recomendações do fabricante e considerar a presença da praga. A rotatividade dos grupos químicos também é essencial para evitar o surgimento de resistência nos insetos. De acordo com o MAPA, em dezembro de 2022, havia 39 produtos registrados para pulverização foliar e tratamento de sementes contra a cigarrinha, incluindo ingredientes ativos como acetamiprido, acefato, beta-ciflutrina, bifentrina, cipermetrina, clotianidina, etiprole, imidacloprid, lambda-cialotrina, lufenurom, profenofós, tiametoxam e tiodicarbe, esses ingredientes pertencem a grupos como neonicotinóides, piretróides, organofosforados, carbamatos e fenilpirazóis (ALVES et al., 2020; LIBERA et al., 2022; KIST et al., 2020).
Experimentos conduzidos por Santos (2024) demonstraram que o tratamento de sementes com imidacloprid ou tiametoxam reduz a população inicial de cigarrinhas e o inóculo de mollicutes, com imidacloprid mostrando-se mais eficaz. No entanto, relatou que no campo, o tratamento de sementes não garante a redução da incidência dos enfezamentos, sugerindo que a praga pode ter entrado na área experimental após o término do período residual do tratamento. Em outro estudo, Oliveira et al. (2018) destacou a eficiência de vários inseticidas, incluindo imidacloprid e thiamethoxam, e concluíram que ambos são eficazes no controle da cigarrinha, com taxas de controle superiores a 70% até o trigésimo dia de avaliação.
Silveira (2015) avaliou a eficácia de diferentes inseticidas, como tiametoxam, clorantraniliprole e clotianidina, aplicados nos estádios fenológicos V2 a V6 do milho. Os resultados indicaram que o tratamento de sementes foi mais eficaz nas fases iniciais da cultura, enquanto pulverizações foliares apresentaram menor eficiência no controle dos adultos de D. maidis, embora tenham reduzido a alimentação dos insetos e a taxa de transmissão de Spiroplasma kunkelii.
3 METODOLOGIA
Trata-se de um estudo exploratório e descritivo do tipo revisão bibliográfica, intitulado “A importância do controle da cigarrinha (Dalbulus maidis) na cultura do milho: uma revisão bibliográfica”, cujo objetivo foi realizar uma análise qualitativa das estratégias de controle da cigarrinha-do-milho. Buscou-se enfatizar a eficácia das práticas de manejo empregadas pelos produtores, incluindo o uso de defensivos químicos e biológicos. A metodologia de revisão bibliográfica foi selecionada por ser amplamente utilizada em estudos científicos, permitindo a coleta e análise crítica de informações já publicadas, sintetizando o conhecimento existente sobre o tema e avaliando a eficácia das diferentes práticas de controle.
Para estruturar a pesquisa, foi utilizada a estratégia PICO, com o seguinte esquema: a população (P) refere-se aos produtores de milho, o interesse (I) focou-se nas práticas de manejo da cigarrinha-do-milho, o contexto (C) incluiu o controle biológico e químico no cultivo, e o resultado (O) foi a avaliação da eficácia dessas práticas para o controle da praga e manutenção da produtividade. A partir dessa estrutura, foi definida a pergunta norteadora: “Quais estratégias de manejo, incluindo defensivos químicos e biológicos, têm sido eficazes no controle da cigarrinha (Dalbulus maidis) na cultura do milho?”
A busca bibliográfica foi realizada nas bases de dados Google Acadêmico e Scielo, entre os meses de maio e outubro de 2024, abrangendo publicações entre 2018 e 2024. As palavras-chave utilizadas incluíram: cigarrinha-do-milho, Dalbulus maidis, controle químico, controle biológico e MIP. Sendo assim, esses termos foram escolhidos por estarem diretamente relacionados ao foco da pesquisa, abarcando as diferentes abordagens de controle.
Foram incluídos artigos e documentos publicados em português e inglês, que abordassem o uso de defensivos químicos e biológicos no controle da cigarrinha-do-milho. O recorte temporal estabelecido considerou materiais publicados entre 2016 e 2023. Estudos duplicados, editoriais, cartas ao editor, resumos, livros e opiniões sem base científica foram excluídos. A seleção dos artigos seguiu uma triagem rigorosa, começando pela leitura de títulos e resumos, seguida da leitura completa dos textos que se adequaram aos critérios de inclusão.
A coleta de dados foi realizada em quatro etapas: (1) identificação dos artigos relevantes; (2) aplicação dos critérios de inclusão e exclusão; (3) verificação da elegibilidade para leitura completa; e (4) inclusão dos estudos na revisão. Cada artigo selecionado foi avaliado criticamente, considerando a metodologia utilizada, os resultados apresentados e as conclusões sobre a eficácia das práticas de controle da cigarrinha.
A revisão bibliográfica foi organizada de forma a oferecer uma visão abrangente sobre o manejo da cigarrinha-do-milho, com uma análise comparativa das práticas de controle químico e biológico. A discussão dos resultados envolveu a síntese das informações dos artigos analisados, destacando os benefícios e limitações de cada método. Além disso, foram identificadas lacunas no conhecimento e desafios enfrentados pelos produtores, especialmente na integração de estratégias de controle que sejam eficazes e sustentáveis.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A revisão bibliográfica resultou na seleção de um total de 40 estudos, dos quais 17 foram incluídos na análise após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos. A análise permitiu identificar temas centrais relacionados ao controle da cigarrinha-do-milho. O Quadro 1 a seguir sintetiza os principais estudos incluídos nesta análise:
QUADRO 1. Estudos selecionados sobre a Cigarrinha-do-Milho (Dalbulus maidis) e suas Estratégias de Manejo (continua).
Autor | Objetivo | Resultado | Conclusão |
Ávila et al. (2018) | Estudar a concentração da cigarrinha nas fases iniciais do milho. | A praga se concentra entre as fases de emergência (VE) e V8, com danos mais severos. | O manejo deve focar nessas fases iniciais para mitigar os danos. |
Caldeira (2018) | Avaliar a eficácia de tratamentos com inseticidas. | Tratamentos com Acetaprimido + Endosulfan + NaCl foram eficazes nas primeiras semanas. | Modalidades de inseticidas podem ser mais eficazes em determinados estágios do milho. |
Oliveira e Sabato (2018) | Destacar as características biológicas da cigarrinha-do-milho. | O Dalbulus maidis tem alta capacidade reprodutiva e mobilidade, complicando o manejo. | O controle deve combinar diversas táticas simultâneas, dado que não há um nível de controle estabelecido. |
Querino et al. (2018) | Identificar inimigos naturais da cigarrinha-do-milho. | Espécies parasitas foram registradas como eficientes no controle de ovos da cigarrinha. | O uso de parasitoides pode ser uma estratégia valiosa no manejo da cigarrinha-do-milho. |
Diniz (2019) | Comparar o desempenho de fungos entomopatogênicos no controle da cigarrinha. | O Metarhizium anisopliae foi mais eficaz que Beauveria bassiana. | O Metarhizium anisopliae pode ser uma alternativa biológica viável no manejo da cigarrinha. |
Ruegger (2019) | Testar a eficácia do extrato de folhas de mamona contra a cigarrinha. | O extrato de mamona teve controle similar ao da imidacloprida. | O extrato de Ricinus communis é uma opção a se considerar no controle da cigarrinha. |
Silveira (2019) | Avaliar o MIP para a cigarrinha-do-milho. | O controle químico, biológico e práticas culturais devem atuar em conjunto. | É necessário adotar práticas preventivas para evitar a multiplicação da cigarrinha. |
Alves et al. (2020) | Explorar abordagens diversificadas no controle da cigarrinha-do-milho. | O controle é possível com métodos variados, incluindo o manejo cultural. | Sincronizar a semeadura e eliminar plantas voluntárias são fundamentais para reduzir a infestação. |
Kist et al. (2020) | Analisar a relação entre condições climáticas e a eficácia de fungos entomopatogênicos. | A eficácia dos fungos depende de temperatura, umidade e pressão da praga. | O monitoramento adequado é essencial para a aplicação de produtos biológicos. |
Ribeiro Junior (2020) | Investigar a eficácia de inseticidas biológicos contra a cigarrinha. | O controle químico foi mais eficaz do que os fungos entomopatogênicos. | O controle químico continua sendo o mais usado, mas o uso de agentes biológicos deve ser considerado. |
Ávila et al. (2021) | Analisar a importância da cigarrinha-do-milho e sua relação com os enfezamentos. | A cigarrinha-do-milho é o principal vetor de fitoplasmas e espiroplasmas, que causam enfezamentos. | A disponibilidade constante do milho como hospedeiro favorece a manutenção e multiplicação do inseto-vetor, aumentando a disseminação de doenças. |
Cota et al. (2021) | Investigar a eficácia do manejo baseado na presença do inseto. | O controle é baseado na presença ou ausência da cigarrinha e deve incluir monitoramentos constantes. | Medidas preventivas são essenciais, pois a baixa densidade de cigarrinhas pode garantir a disseminação de doenças. |
Cunha (2021) | Analisar a densidade populacional da cigarrinha-do-milho. | A densidade populacional atinge pico no estágio vegetativo do milho, aumentando o risco de transmissão de doenças. | A densidade populacional deve ser monitorada para um controle eficaz. |
Fonte: Dados da pesquisa (2024).
QUADRO 1. Estudos selecionados sobre a Cigarrinha-do-Milho (Dalbulus maidis) e suas Estratégias de Manejo (conclusão).
Autor | Objetivo | Resultado | Conclusão |
Ribeiro e Canale (2021) | Analisar a complexidade do controle da cigarrinha devido à sua alta mobilidade. | O manejo eficaz deve ser baseado na presença ou ausência do inseto, especialmente entre os estágios V1 e V5 do milho. | A alta mobilidade do inseto exige um controle mais rigoroso. |
Ribeiro et al. (2022) | Comparar modalidades de aplicação de inseticidas. | Tanto a aplicação via gotejamento quanto a pulverização foram eficazes, mas o gotejamento teve melhor desempenho em curto prazo. | A escolha da modalidade de aplicação é crucial para o controle da cigarrinha. |
Libera et al. (2022) | Testar a eficiência de Beauveria spp. no controle da cigarrinha-do-milho. | Resultados de laboratório foram promissores, mas os testes de campo não foram eficazes. | Necessidade de mais estudos para otimizar o uso de fungos em condições de campo. |
Santos (2024) | Examinar a relação entre a densidade da cigarrinha e a disseminação de doenças. | Um único inseto infectado pode contaminar diversas plantas. | O manejo deve integrar várias técnicas para mitigar danos. |
Fonte: Dados da pesquisa (2024).
Inicialmente, verificou-se que devido ao milho ser a única planta hospedeira onde a cigarrinha-do-milho se reproduz, a disponibilidade constante dessa planta, seja cultivada ou voluntária, cria um ambiente propício para a manutenção e multiplicação do inseto-vetor e dos patógenos que ele transmite, aumentando a disseminação dos enfezamentos. A cigarrinha-do-milho é uma praga significativa no cultivo do milho, reconhecida pela sua capacidade de transmitir patógenos como espiroplasma e fitoplasma, que são os principais responsáveis pelas doenças conhecidas como enfezamentos (ÁVILA et al., 2021).
O estudo de Ávila et al. (2018) mostra que essa praga tende a se concentrar nas fases iniciais de crescimento do milho, especialmente entre as fases de emergência (VE) e V8, quando os danos causados pelos enfezamentos são mais severos. Além disso, a migração das cigarrinhas de áreas com milho em estágios avançados de desenvolvimento para cultivos recém-semeados representa um desafio adicional para o controle dessa praga.
Nesse sentido, o estudo anterior corrobora com Oliveira e Sabato (2018), no qual destacam que o Dalbulus maidis é o principal vetor dos fitoplasmas e espiroplasmas que causam enfezamentos na cultura do milho. O inseto possui características biológicas que complicam seu manejo, como a alta capacidade reprodutiva, a habilidade de se deslocar por longas distâncias e a eficiência na transmissão de molicutes. Ribeiro e Canale (2021) concordam ao elucidarem que a alta mobilidade do inseto torna seu controle complexo, e, por isso, o manejo eficaz deve combinar diversas táticas simultâneas. Embora ainda não exista um nível de controle estabelecido para a cigarrinha, o manejo é baseado na presença ou ausência do inseto, especialmente no período crítico de infecção entre os estágios V1 e V5 do milho (COTA et al., 2021; SANTOS, 2024).
Além disso, devido à baixa tolerância a insetos vetores, o uso de inseticidas tem sido indicado, com aplicações sequenciais durante o período de desenvolvimento inicial da planta, além de monitoramentos constantes para determinar a necessidade de novas intervenções (RIBEIRO; CANALE, 2021). Dessa forma, essas particularidades dificultam a implementação de protocolos eficazes de manejo, aumentando os danos às lavouras. Ademais, segundo Cunha (2021), a densidade populacional da D. maidis atinge seu pico no estágio vegetativo do milho, aumentando o risco de transmissão de doenças nas lavouras, principalmente durante a segunda safra.
A baixa densidade de cigarrinhas, mesmo quando observada, é suficiente para garantir a disseminação de doenças, uma vez que um único inseto infectado pode contaminar diversas plantas (SANTOS, 2024). Nesse contexto, a eficácia do manejo de pragas depende da integração de diversas técnicas que ajudem a mitigar os danos causados por esses insetos. O controle químico, biológico, práticas culturais adequadas e o uso de cultivares resistentes podem atuar em conjunto no MIP (SILVEIRA, 2019).
No caso da cigarrinha-do-milho, é desafiador estabelecer níveis precisos de controle e de dano econômico, pois os prejuízos causados por esses insetos são indiretos e nem sempre proporcionais ao tamanho da população. Portanto, é indispensável adotar práticas preventivas que impeçam a multiplicação e disseminação dos insetos-vetores, evitando a propagação das doenças que eles transmitem (OLIVEIRA; SABATO, 2018). Ávila et al. (2021) destacam que as práticas de manejo preventivo são essenciais para evitar que a população de cigarrinhas e a incidência das doenças atinjam níveis críticos. Como não existem medidas curativas para controlar os enfezamentos, essas práticas se tornam fundamentais.
Já Alves et al. (2020) ressaltam que é possível controlar a cigarrinha e minimizar seus danos, utilizando uma abordagem diversificada que associe diferentes métodos de controle, incluindo o manejo cultural. Assim, para controlar a disseminação da praga, é crucial sincronizar a semeadura em toda a região, evitando o plantio subsequente, já que a presença de plantas de milho em diferentes estágios pode servir como fonte de inóculo para safras futuras. Além disso, recomenda-se eliminar tigueras, rotacionar cultivares e realizar o tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos para aumentar a eficácia do controle e reduzir a pressão da cigarrinha.
Segundo Ribeiro et al. (2022) o controle químico tem sido amplamente utilizado, especialmente o tratamento de sementes com inseticidas. Embora esta medida seja eficaz em estágios iniciais, pesquisas mostram que seu impacto é limitado quando a pressão da praga é baixa. Silva e Lima (2021) investigaram duas modalidades de aplicação de inseticidas químicos, utilizando imidacloprida e acefato. O estudo comparou a aplicação via gotejamento subterrâneo (T1) e pulverizador hidráulico tratorizado (T2). Ambos os métodos foram eficazes no controle de Dalbulus maidis até 14 dias após a aplicação, porém, o sistema de gotejamento mostrou maior eficiência em 7 dias após a aplicação de imidacloprida. Os resultados indicam que ambos os métodos reduziram gradativamente a população de cigarrinhas, mas com diferenças de eficiência ao longo do tempo.
Caldeira (2018) avaliou 13 tratamentos com inseticidas para o controle de D. maidis e concluiu que o tratamento com Acetaprimido + Endosulfan + NaCl foi eficaz nas primeiras quatro semanas de desenvolvimento do milho, especialmente em estágios iniciais da cultura. O tratamento proporcionou um controle eficiente, evitando a necessidade de aplicações logo após a emergência. O tratamento com Acetaprimido + Imidacloprida foi mais eficaz nas últimas semanas, sendo indicado em áreas com alta migração de cigarrinhas de lavouras vizinhas. Dessa forma, esses resultados corroboram com o estudo anterior ao enfatizar a importância de modalidades e combinações de inseticidas no manejo da cigarrinha-do-milho.
Por outro lado, no estudo de Ruegger (2019), foi usado o extrato de folhas de mamona (ricinina) com a imidacloprida no controle da cigarrinha. Dessa forma, foram usadas concentrações de 0,07 g/L e 0,007 g/L de extrato de mamona, além de um controle positivo com inseticida e outro com água. Os resultados mostraram que o extrato de mamona e o imidacloprida apresentaram controle similar, sugerindo que o extrato de Ricinus communis pode ser uma opção viável no controle da cigarrinha.
Cota et al. (2021) apontam que o controle químico isolado não é suficiente para conter os danos causados por molicutes transmitidos pela cigarrinha, sendo necessário adotar estratégias de manejo integrado e regionalizado. Queiroz e Cury (2021) também observaram que apenas o uso de inseticidas não controla adequadamente a população de D. maidis. Assim, recomendam medidas preventivas e culturais, como o uso de cultivares resistentes, eliminação de plantas voluntárias e redução do plantio sucessivo, além de plantios mais precoces, para minimizar a infestação da cigarrinha-do-milho.
Estudos conduzidos por Oliveira et al. (2018) verificaram que inseticidas sistêmicos, atuam sobre as cigarrinhas à medida que elas se alimentam da seiva contaminada. Contudo, observou-se que a transmissão de fitoplasma ainda pode ocorrer em insetos intoxicados, devido ao tempo que levam para morrer. Nos experimentos, os inseticidas tiametoxam e imidacloprido, aplicados via tratamento de sementes, demonstraram eficiência igual ou superior a 70% até o trigésimo dia após a emergência das plântulas, sendo necessárias de 4 a 24 horas para alcançar essa taxa de mortalidade.
Silveira (2019), avaliou o efeito de quatro produtos aplicados no tratamento de sementes: tiametoxam, clorantraniliprole, imidaclopride, tiodicarbe, e clotianidina. Os resultados iniciais mostraram que, nas primeiras 24 horas, todos os inseticidas testados apresentaram taxas de mortalidade significativamente maiores, com destaque para a clotianidina, que apresentou o melhor desempenho. Foi observado que a eficácia da clotianidina atingiu 65,93% até o estádio V2, mas diminuiu para 35,71% no estádio V6. O tiametoxam, por sua vez, mostrou um controle de 61,54% em V2 e apenas 14% no estádio V5. Após 120 horas, o clorantraniliprole foi o produto que apresentou a maior taxa de controle sobre Dalbulus maidis, evidenciando sua eficácia a longo prazo no manejo desse inseto.
Alves (2020) também investigou a eficácia de diferentes produtos. Nesse sentido foi evidente que após um dia de aplicação, os produtos Acefato Nortox, à base de acefato, e Marshal 400 SC, à base de carbossulfano, mostraram uma taxa de controle de 81%. No entanto, três dias após a aplicação inicial, houve uma queda significativa na eficiência, possivelmente devido ao aumento populacional da cigarrinha e sua natureza migratória, movendo-se de áreas mais antigas para áreas mais jovens. Assim, o autor obteve resultados contraditórios, já que foi verificado que ao final das avaliações, nenhum inseticida demonstrou ser completamente eficaz no controle de D. maidis, evidenciando que o controle químico isolado não é suficiente para o manejo dessa praga.
Já em relação ao controle biológico, Ávila et al. (2021) destaca que a utilização de patógenos como Beauveria bassiana ou Isaria fumosorosea, tem se mostrado eficaz na redução da população de cigarrinhas para cultivos subsequentes, embora sua ação seja mais lenta que a dos inseticidas químicos. Nesse contexto, Diniz (2019) comparou o desempenho de fungos entomopatogênicos no controle da cigarrinha-do-milho, observando que o fungo Beauveria bassiana teve uma performance inferior quando comparado a Metarhizium anisopliae. O último apresentou um controle similar ao tratamento químico com Tiametoxam + Lambdacialotrina, tornando-se uma alternativa para o manejo da praga. Apesar disso, segundo o autor a Beauveria bassiana ainda é considerado um agente promissor para o controle microbiano da cigarrinha, embora sua virulência possa ser influenciada por fatores mais complexos e não completamente compreendidos.
Adicionalmente, Libera et al. (2022) sugerem que o desenvolvimento de estratégias envolvendo Beauveria bassiana pode enfrentar desafios devido à possível atividade antimicrobiana de bactérias associadas à cultura do milho. Assim, esses microrganismos, através de antibiose ou competição direta, podem inibir o crescimento do fungo, o que representa um obstáculo para a otimização do uso de fungos entomopatogênicos dentro de um manejo integrado de pragas. Outros estudos foram conduzidos através de experimentos com a Beauveria bassiana. Os resultados reforçam a necessidade de mais estudos para otimizar a utilização de fungos entomopatogênicos em condições reais de cultivo.
Ribeiro (2022) avaliou o controle da cigarrinha-do-milho através da pulverização foliar dos fungos Beauveria bassiana, Metarhizium anisopliae e do indutor de resistência silicato de potássio (K2SiO3), isoladamente ou em misturas binárias, em experimentos conduzidos em Orizona-GO. Os tratamentos incluíram as misturas Bb+SilK, Ma+SilK, além de um controle químico com Tiametoxam+Lambda-cialotrina. As avaliações de controle foram realizadas até 12 dias após a aplicação, revelando que Beauveria bassiana apresentou a menor eficiência de controle. A mistura Ma+SilK apresentou eficiência intermediária, enquanto Metarhizium anisopliae e o controle químico com o inseticida foram os mais eficazes ao final do período experimental.
Ribeiro Junior (2020) realizou um estudo sobre o controle da cigarrinha-do-milho utilizando inseticidas biológicos e aplicou os seguintes tratamentos: Metarhizium anisopliae, Beauveria bassiana, uma combinação de M. anisopliae com B. bassiana e o inseticida químico Imidacloprido com Acefato. Os resultados indicaram que o controle químico foi mais eficaz no controle da cigarrinha do que os fungos entomopatogênicos. Nesse sentido, Kist et al. (2020) destacaram o uso de três fungos entomopatogênicos para o controle da cigarrinha-do-milho: Beauveria bassiana, Isaria fumosorosea e Metarhizium anisopliae. No entanto, destacaram que a eficácia desses agentes biológicos está diretamente relacionada às condições climáticas, como temperatura, umidade e pressão da praga infestante, o que ressalta a importância de se realizar o monitoramento adequado antes da aplicação dos produtos biológicos.
Ademais, nos últimos anos, tem havido um crescente interesse em diversos países pela identificação de inimigos naturais da cigarrinha-do-milho, com foco especial em parasitoides. Esses inimigos naturais se dividem em dois grupos: os que parasitam ninfas e adultos, e os que atacam ovos. As espécies mais destacadas que atacam os ovos pertencem às famílias Mymaridae e Trichogrammatidae, enquanto que as ninfas e os adultos são parasitados por Dryinida, Pipunculidae e Strepsiptera. No sudeste do Brasil, já foram registrados parasitoides eficazes para o controle de ovos de Dalbulus maidis, como Anagrus breviphragma Soyka e Oligosita sp., ambos com boa eficiência de controle (QUERINO, 2018).
Segundo Querino (2018) diversas espécies de plantas daninhas e silvestres atuam como hospedeiras intermediárias de pragas e doenças transmitidas por vetores. No caso do fitoplasma do milho, ainda há poucas informações sobre quais são os hospedeiros específicos, tanto do fitoplasma quanto da cigarrinha Dalbulus maidis. Contudo, sabe-se que há uma certa especificidade entre o vetor e o patógeno.
Com base na análise dos estudos selecionados, observa-se que o manejo da cigarrinha-do-milho requer uma abordagem integrada, considerando a complexidade biológica da praga e sua capacidade de transmissão de patógenos. Os dados indicam que a concentração da cigarrinha nas fases iniciais do milho, combinada com sua alta mobilidade e reprodutividade, torna crucial a implementação de estratégias de controle preventivas e contínuas. Assim, a integração de diferentes táticas de manejo, como o uso de cultivares resistentes e a eliminação de plantas voluntárias é fundamental para reduzir os danos econômicos.
5 CONCLUSÃO
O estudo enfatiza a importância do controle da cigarrinha (Dalbulus maidis) na cultura do milho, destacando que o manejo adequado é fundamental para minimizar prejuízos econômicos e impactos na produtividade agrícola. Observou-se que, embora os defensivos químicos sejam amplamente utilizados devido à sua eficácia imediata, o aumento da resistência da cigarrinha e os impactos ambientais associados a esses produtos exigem alternativas complementares.
Os estudos ressaltam a importância de focar nas fases iniciais de desenvolvimento do milho, onde os danos são mais severos, assim como a necessidade de monitoramento constante para otimizar as intervenções. A combinação de inseticidas, incluindo o uso de inseticidas biológicos mostra-se promissora, mas deve ser acompanhada por medidas preventivas e uma compreensão detalhada das dinâmicas populacionais da cigarrinha e dos fitoplasmas que ela transmite.
O consenso entre os autores é que, embora o controle químico continue sendo uma ferramenta vital, o uso de um MIP é fundamental para garantir a sustentabilidade das lavouras de milho frente a essa ameaça. Dessa forma, essas práticas não apenas ajudam a mitigar os danos ambientais, mas também promovem a saúde do solo e do milho, aumentando a resiliência da lavoura. Logo, o controle da cigarrinha na cultura do milho ajustado às condições regionais e sustentado por um monitoramento contínuo, se mostra crucial para o desenvolvimento de uma agricultura de precisão, potencializando a produtividade de forma segura e eficiente.
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1 Discente do Curso Superior de Agronomia do Centro de Ensino Superior de São Gotardo e-mail: gcocu2@gmail.com
2 Docente do Curso Superior de Agronomia do Centro de Ensino Superior de São Gotardo. Mestre em Estudos Linguísticos (PPGEL/UFU). e-mail: lsfelice@gmail.com.