A IMPORTÂNCIA DO CIRURGIÃO-DENTISTA NA PREVENÇÃO E NO TRATAMENTO DAS LESÕES BUCAIS APÓS RADIOTERAPIA DE CABEÇA E PESCOÇO

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202503131235


Sofia Diniz Aguiar1
Ana Caroline de Mesquita2


RESUMO: O câncer de cabeça e pescoço é uma condição globalmente significativa, representando 10% dos tumores malignos em diversas localizações anatômicas. As principais causas incluem tabagismo, consumo excessivo de álcool e infecção pelo vírus HPV. As opções terapêuticas predominantes são cirurgia, radioterapia e quimioterapia, porém, frequentemente, esses tratamentos resultam em sérias complicações bucais. A radioterapia, em especial, é conhecida por causar alterações na cavidade oral e estruturas dentárias, levando a efeitos colaterais como mucosite, xerostomia, cárie de radiação e osteorradionecrose. A radioterapia é eficaz no tratamento, mas também gera efeitos adversos importantes. A saúde bucal deficiente afeta negativamente a qualidade de vida dos pacientes, tornando a preservação e reabilitação bucal essenciais para melhorar o bem-estar. Efeitos colaterais frequentes incluem xerostomia, mucosite oral, cárie de radiação, candidíase oral e osteorradionecrose. O cirurgião-dentista tem um papel central na equipe de cuidados a pacientes com câncer de cabeça e pescoço, exigindo um conhecimento profundo dos efeitos colaterais associados a esses tratamentos para um melhor controle, resultando em maior qualidade de vida para os pacientes e reduzindo o risco de complicações bucais. A revisão de literatura integrativa sobre esse tema se justifica devido à crescente importância e à necessidade de compreender o papel do cirurgião-dentista na prevenção e tratamento de lesões bucais após radioterapia, bem como a relevância do tema e as formas de tratamento indicada pelos autores analisados. 

Palavras-chave: Neoplasias de cabeça e pescoço, Radioterapia, Cirurgião-dentista, Lesões, Cavidade oral. 

ABSTRACT: Head and neck cancer is a globally significant condition, representing 10% of malignant tumors in various anatomical locations. Major causes include tobacco use, excessive alcohol consumption, and HPV infection. Predominant therapeutic options are surgery, radiotherapy, and chemotherapy, but often these treatments result in severe oral complications. Radiotherapy, in particular, is known to induce changes in the oral cavity and dental structures, leading to side effects such as mucositis, xerostomia, radiation caries, and osteoradionecrosis. Radiotherapy is effective in treatment but also generates significant adverse effects. Poor oral health negatively impacts patients’ quality of life, making oral preservation and rehabilitation essential to enhance well-being. Common side effects include xerostomia, oral mucositis, radiation caries, oral candidiasis, and osteoradionecrosis. The dentist plays a central role in the healthcare team for head and neck cancer patients, requiring in-depth knowledge of the side effects associated with these treatments for better control, resulting in an improved quality of life and reduced risk of oral complications. The integrative literature review on this topic is justified due to its growing importance and the need to understand the role of the dentist in preventing and treating oral lesions after radiotherapy, as well as the relevance of the subject and the treatment methods indicated by the analyzed authors. 

Keywords: Head and neck neoplasms, Radiotherapy, Dentist, Lesions, Oral cavity . 

1. INTRODUÇÃO 

A incidência de neoplasias malignas na região craniofacial e cervical é notavelmente relevante. A nível global, o câncer de cabeça e pescoço compreende 10% dos tumores malignos envolvendo diversas localizações anatômicas. Estudos demonstram que cerca de 40% destes casos têm sua origem na cavidade oral, 25% na laringe, 15% na faringe, 7% nas glândulas salivares e 13% em outras áreas anatômicas (CARDOSO et al., 2005). 

Dentre os principais fatores de risco, merecem destaque o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e a infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV), os quais exercem influência significativa na etiologia do câncer de cabeça e pescoço. Paralelamente, os tratamentos convencionais para essa neoplasia, tais como a radioterapia e a quimioterapia, embora de suma importância, frequentemente desencadeiam uma série de sequelas bucais de considerável relevância clínica. A radioterapia, em particular, representa um procedimento terapêutico amplamente empregado no combate ao câncer de cabeça e pescoço, contudo, é amplamente reconhecida como a principal desencadeadora de alterações adversas na cavidade oral de pacientes oncológicos. A exposição a radiações ionizantes pode impactar negativamente tanto a mucosa oral quanto às estruturas dentárias, desencadeando efeitos colaterais notáveis, como mucosite, xerostomia, cárie de radiação, osteorradionecrose e alterações na morfologia dos tecidos moles e duros orais (CIUPA et al., 2014; FREITAS et al., 2011; SILVA et al., 2021). 

Os pacientes oncológicos têm como opções terapêuticas predominantes a cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Apesar da eficácia dessas modalidades no combate ao câncer, é imperativo reconhecer que tais abordagens acarretam modificações substanciais nos tecidos saudáveis, resultando em consequências que revestem profundo interesse para os profissionais da odontologia. Em muitos casos, as neoplasias malignas são diagnosticadas em estágios avançados, o que geralmente torna a quimioterapia e a radioterapia as alternativas terapêuticas preponderantes. Todavia, é crucial salientar que os efeitos colaterais associados a esses tratamentos na região craniofacial e cervical exercem um impacto determinante na qualidade de vida dos pacientes. (VOLPATO, et al., 2014) 

A associação de quimioterapia e radioterapia tem sido uma área de considerável interesse e exploração nos últimos anos no contexto do tratamento das neoplasias de cabeça e pescoço. Entre as diversas combinações terapêuticas possíveis, a administração concomitante de ambas tem se destacado como a mais eficaz em termos de aumento da sobrevida e controle locorregional. Vale ressaltar que tanto a quimioterapia quanto a radioterapia, embora sejam modalidades terapêuticas com o objetivo de erradicar tumores malignos, frequentemente desencadeiam efeitos colaterais significativos, os quais demandam um profundo conhecimento por parte dos cirurgiões-dentistas (SANTOS C.C et al., 2013). 

A precariedade da saúde bucal constitui um fator que inegavelmente diminui a qualidade de vida dos pacientes oncológicos. Portanto, a preservação da saúde bucal, aliada à reabilitação adequada, desempenha um papel crucial na melhoria da qualidade de vida desses pacientes. As alterações mais frequentes observadas em pacientes submetidos à quimioterapia e radioterapia incluem a xerostomia, a mucosite oral, a cárie de radiação, a candidíase oral e a osteorradionecrose. (TUPINAMBÁ, et al., 2009) 

O cirurgião-dentista ocupa uma posição central dentro da equipe multidisciplinar que atende pacientes oncológicos. Para desempenhar essa função de maneira eficaz, é imperativo que ele detenha um conhecimento aprofundado sobre os diversos efeitos colaterais que podem emergir na cavidade bucal durante o tratamento. O adequado controle desses efeitos adversos pode resultar em uma significativa melhoria na qualidade de vida dos pacientes, e o acompanhamento contínuo realizado pelo cirurgião-dentista ao longo do tratamento reduz substancialmente o risco de complicações bucais. A realização de uma revisão de literatura integrativa sobre “A Importância do Cirurgião-Dentista na Prevenção e Tratamento das Lesões Bucais Após Radioterapia da Cabeça e Pescoço” se justifica devido à crescente relevância clínica desse tópico, uma vez que a radioterapia é um tratamento comum para o câncer de cabeça e pescoço, mas frequentemente resulta em complicações bucais substanciais. Compreender a atuação do cirurgião-dentista na prevenção e manejo dessas lesões é essencial para a promoção da qualidade de vida dos pacientes oncológicos. Além disso, a síntese de evidências científicas atuais e relevantes sobre esse assunto contribuirá para uma prática clínica embasada em conhecimento, garantindo a oferta de cuidados de saúde bucal mais eficazes e adequados a essa população de pacientes. (SANTOS C.C et al., 2013). 

2. METODOLOGIA 

Esta revisão integrativa da literatura foi meticulosamente empreendida por meio de uma pesquisa direcionada e abrangente de artigos relacionados à temática selecionada, valendo-se das principais plataformas de pesquisa acadêmica de renome, incluindo o Portal Regional da BVS, Scielo, LILACS e PubMed. Os critérios de inclusão foram estritamente delineados, atentando para a seleção de artigos publicados no período de até 20 anos, a fim de abarcar uma ampla gama de conhecimentos. Para uma apreensão mais abalizada dos avanços nesse campo e da relevância no contexto em questão, procedeu-se à subsequente filtragem, restringindo-se a análise aos artigos que incorporassem as palavras-chave em seus títulos. No tocante aos critérios de exclusão, estes foram aplicados de forma criteriosa, excluindo-se artigos com data de publicação superior a 23 anos e aqueles que se mostrassem destituídos de pertinência para a produção científica contemplada neste trabalho. As palavras-chave empregadas no processo de busca foram as seguintes: Cirurgião-dentista, radioterapia de cabeça e pescoço e lesões orais. 

3. OBJETIVOS 

3.1 OBJETIVOS GERAIS 

Realizar uma análise profunda e abrangente do tema, visando a compreensão holística do assunto e a exploração minuciosa das questões centrais levantadas pelos autores. Além disso, propõe-se a delinear de maneira precisa o papel do cirurgião-dentista no manejo das lesões bucais no contexto do tratamento. 

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

  • Analisar as complicações bucais decorrentes da radioterapia de cabeça e pescoço. 
  • Avaliar o papel do cirurgião-dentista na prevenção das lesões resultantes desse tratamento. 
  • Examinar os tratamentos adequados para os pacientes afetados. 
  • Explorar protocolos atuais e promover a conscientização sobre os riscos e cuidados necessários.  
  • Compreender as implicações bucais da radioterapia, bem como, promover estratégias eficazes para prevenir e tratar as lesões, melhorando a qualidade de vida dos pacientes submetidos a esse procedimento médico. 

4. REVISÃO DE LITERATURA 

4.1 CARCINOMA 

Os carcinomas de cabeça e pescoço constituem um grupo heterogêneo de tumores malignos que afetam as diversas estruturas anatômicas nessa região crucial do corpo humano. Entre os tipos mais comuns de carcinomas de cabeça e pescoço estão o carcinoma de células escamosas, que engloba o câncer de boca, língua, laringe, faringe, cavidade nasal e seios paranasais. Além disso, outros tipos incluem o carcinoma de glândulas salivares, carcinoma de tireoide e carcinoma de nasofaringe, entre outros. (AMARAL et al., 2021; CIUPA et al., 2014; ROCHA et al., 2021). 

Esses carcinomas, embora possam surgir em locais diferentes dentro da região da cabeça e pescoço, compartilham características comuns, como a origem nas células epiteliais e a propensão a se disseminar para estruturas vizinhas. Os fatores de risco para esses tipos de câncer variam, mas incluem frequentemente o tabagismo, consumo excessivo de álcool, infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV), exposição a substâncias carcinogênicas entre outros. (AMARAL et al., 2021; CIUPA et al., 2014; ROCHA et al., 2021). 

A radioterapia, enquanto elemento fundamental nesse cenário, revela-se como um dos pilares primordiais no enfrentamento do câncer de cabeça e pescoço, notabilizando-se por sua eficácia no controle tumoral e na promoção da qualidade de vida dos pacientes. Trata-se de uma modalidade terapêutica que se materializa na administração de radiação ionizante, com o desígnio de aniquilar ou obstar o crescimento das células cancerosas. O êxito da radioterapia é inextricavelmente ligado à aptidão das células neoplásicas em absorver e reagir à radiação, bem como à apreciação do potencial de toxicidade da radiação sobre os tecidos saudáveis circundantes. (AMARAL et al., 2021; CIUPA et al., 2014; ROCHA et al., 2021). 

A aplicação da radioterapia pode se desdobrar, quer precedendo, quer sucedendo à intervenção cirúrgica, ou, alternativamente, como abordagem única para pacientes com doença localmente avançada ou inoperável. Essa técnica se erige como uma das estratégias oncológicas mais frequentemente empregadas no contexto da cabeça e pescoço, pautada na utilização de radiação ionizante, que atua de maneira direta sobre o DNA das células tumorais, deflagrando o óbito celular ou a perda de sua capacidade reprodutiva, mantendo a preservação da integridade das estruturas celulares e minimizando o potencial de indução de novas neoplasias. Não obstante, impera frisar que a radioterapia comumente engendra efeitos adversos, sobretudo na esfera bucal. (AMARAL et al., 2021; CIUPA et al., 2014; ROCHA et al., 2021). 

Tais manifestações bucais adversas podem eclodir tanto durante o tratamento quanto após a exposição à radiação, incluindo a xerostomia (sensação de boca seca), cárie de radiação, mucosite (inflamação da mucosa oral), trismo (dificuldade de abrir a boca), osteorradionecrose (necrose óssea), disfagia (dificuldade de deglutição) e disgeusia (alteração do paladar). Portanto, é crucial a apreensão da relevância da condução adequada desses efeitos adversos no contexto da prática clínica, bem como a imperiosidade de uma abordagem interdisciplinar que abarque o cirurgião-dentista como componente integrante da equipe de cuidados destinada aos pacientes acometidos pelo câncer de cabeça e pescoço (AMARAL et al., 2021; CIUPA et al., 2014; ROCHA et al., 2021). 

4.2 RADIOTERAPIA 

A radioterapia constitui uma intervenção fundamental no tratamento de tumores malignos em regiões delicadas, como cabeça e pescoço, devido à sua capacidade de atuar diretamente no DNA nuclear das células tumorais. Esse efeito direto ocasiona a morte dessas células ou compromete sua capacidade de reprodução, tornando as células tumorais mais sensíveis a essa abordagem terapêutica. (CARDOSO et al., 2005; SILVA et al., 2018). 

A replicação do DNA, um processo essencial durante a mitose, confere às células tumorais um maior potencial replicativo, o que, por sua vez, justifica sua maior suscetibilidade à radiação. Essa radiossensibilidade se traduz em um benefício significativo para pacientes submetidos ao tratamento de câncer de cabeça e pescoço. No entanto, a eficácia desse tratamento depende de uma cuidadosa determinação da dose de radiação, a qual deve ser estabelecida de acordo com protocolos específicos, considerando a localização e a extensão do tumor. (CARDOSO et al., 2005; SILVA et al., 2018). 

A moderna radioterapia tem evoluído com o objetivo de minimizar os efeitos colaterais da terapia, especialmente no que se refere à toxicidade aguda e tardia nos tecidos saudáveis circundantes. Nesse contexto, a terapia de intensidade modulada de radiação (IMRT) se destaca como uma técnica altamente precisa, capaz de ajustar a intensidade da radiação de modo a atingir o tumor com a máxima precisão, ao mesmo tempo em que reduz a exposição dos tecidos saudáveis a níveis mínimos. A IMRT tem sido amplamente empregada no tratamento do câncer de cabeça e pescoço, demonstrando resultados promissores (CARDOSO et al., 2005; SILVA et al., 2018). 

É relevante salientar que a dose total de radiação necessária para uma cura eficaz em pacientes submetidos à radioterapia na região da cabeça e pescoço geralmente varia de 50 a 70 Gy, divididos ao longo de cinco a sete semanas e administrados cinco dias por semana, com uma intervenção adicional semanal de 2 Gy. No entanto, é importante ter em mente que a radioterapia ainda pode desencadear sequelas bucais, incluindo mucosite oral, xerostomia (boca seca), cárie dentária e osteorradionecrose, que podem impactar a qualidade de vida dos pacientes a longo prazo. Portanto, o cuidado odontológico emerge como uma parte crucial e inalienável do tratamento integral do paciente oncológico, tanto antes, durante quanto após a radioterapia. A atenção a esses aspectos é de suma importância para minimizar o impacto negativo da radioterapia e garantir uma melhor qualidade de vida para os pacientes afetados por essas condições. (BHIDE et al., 2010; FREITAS et al., 2011). 

4.3 REAÇÕES ADVERSAS 

É imperativo enfatizar que tanto a radioterapia quanto a quimioterapia não se restringem a um direcionamento específico exclusivamente às células neoplásicas, as quais se caracterizam por sua proliferação desregulada. Essas modalidades terapêuticas exibem uma ação inespecífica, afetando não apenas as células cancerosas, mas também as células saudáveis dos tecidos circundantes, o que resulta na manifestação de reações adversas não apenas a nível sistêmico, mas também na cavidade bucal. (ANDERSON, et al., 2014) 

Consoante as observações, as complicações bucais que emergem em pacientes oncológicos podem ser atribuídas diretamente ao tratamento em si, devido à ação não seletiva inerente a essas terapias, ou até mesmo à mielossupressão, uma condição decorrente do tratamento que interfere na produção de células sanguíneas na medula óssea. Essa mielossupressão contribui para um aumento da vulnerabilidade do paciente a infecções e sangramentos, agravando ainda mais as complicações orais. (ANDERSON, et al., 2014) 

Desse modo, torna-se essencial reconhecer que a ação indiscriminada da radioterapia e da quimioterapia afeta não apenas as células cancerosas, mas também as células saudáveis, gerando um extenso espectro de complicações bucais que demandam atenção especializada e cuidados odontológicos integrados como componente integral do tratamento oncológico. (ANDERSON, et al., 2014) 

4.3.1 XEROSTOMIA 

A xerostomia ou hipossalivação, emergente como uma afecção clinicamente relevante nos pacientes submetidos à radioterapia na região de cabeça e pescoço, denota uma redução substancial ou, em alguns cenários, uma completa cessação da produção salivar. Esse inconveniente é precipitado pela exposição à radiação ionizante, a qual compromete a funcionalidade das glândulas salivares, resultando em um desequilíbrio hidroeletrolítico na cavidade bucal.  (AMARAL et al., 2021; LOPES et al., 2020; MERCADANTE et al., 2017; PLEMONS et al., 2014). 

Os sintomas que abarcam dificuldades na deglutição, mastigação e articulação da fala. A condição desencadeia um cenário propício para o desenvolvimento de alterações orais adversas, tais como cáries dentárias, doença periodontal e candidíase oral. O fenômeno encontra sua justificativa na incorporação frequente das glândulas salivares no campo de irradiação, sujeitando-as a danos irreparáveis, visto que a radiação impacta diretamente nas estruturas celulares envolvidas na produção salivar. (AMARAL et al., 2021; LOPES et al., 2020; MERCADANTE et al., 2017; PLEMONS et al., 2014). 

Consoante a investigação científica atual, a xerostomia acomete aproximadamente de 63% a 93% dos pacientes submetidos à radioterapia na região de cabeça e pescoço, o que reforça a sua considerável incidência como sequela do tratamento. Ademais, importa salientar que, além da radioterapia, a administração de fármacos vinculados à terapia oncológica pode influenciar negativamente o funcionamento das glândulas salivares. Quimioterápicos e agentes imunossupressores, por exemplo, demonstram a capacidade de comprometer a produção de saliva, exacerbando os efeitos da xerostomia. (AMARAL et al., 2021; LOPES et al., 2020; MERCADANTE et al., 2017; PLEMONS et al., 2014). 

Dessa forma, torna-se premente que os pacientes compartilhem detalhadamente com os profissionais de saúde a lista de medicamentos sob uso, viabilizando uma análise aprofundada dos potenciais riscos associados à xerostomia. Para mitigar o desconforto causado por essa condição, profissionais da saúde bucal podem recomendar a aplicação de substâncias sialagogas e soluções tópicas com a finalidade de estimular a produção de saliva. Tais produtos apresentam eficácia no sentido de manter a mucosa oral devidamente hidratada, mitigando o risco de ocorrência de lesões cariosas e outras manifestações patológicas bucais associadas à xerostomia. Nesse contexto, estudos recentes corroboram a eficácia dessas abordagens terapêuticas na atenuação dos sintomas de xerostomia em pacientes submetidos à radioterapia na região de cabeça e pescoço. (AMARAL et al., 2021; LOPES et al., 2020; MERCADANTE et al., 2017; PLEMONS et al., 2014). 

Entretanto, é fundamental que os profissionais de saúde realizem uma avaliação completa do paciente, considerando suas necessidades específicas, e forneçam orientações precisas sobre a aplicação adequada dessas intervenções, a fim de garantir um tratamento seguro e eficaz.  

4.3.2 MUCOSITE 

A mucosite, uma condição inflamatória aguda, incide sobre as mucosas orais, faríngeas, laríngeas e esofágicas, caracterizando-se pela infiltração inflamatória na camada basal devido à atrofia das células do epitélio escamoso. Esta manifestação é frequente em pacientes submetidos a tratamentos oncológicos, como quimioterapia e radioterapia, notando-se agravamento decorrente de deficiência nutricional, imunossupressão e negligência na higiene bucal do paciente. Pesquisas recentes estabelecem uma conexão direta entre a mucosite e tais fatores. (NEVILLE et al., 2009; SILVA et al., 2018).

Figura 1: Mucosite induzida pela radiação Wood & Goaz. Differential diagnosis of oral & maxillofacial lesions. 5. Ed. Capítulo 6: Condições ulcerativas e de mucosa avermelhada)

Clinicamente, se apresenta como uma lesão eritematosa decorrente de vasodilatação, evoluindo para ulceração e hemorragia. Os pacientes frequentemente relatam sensações de ardor, desconforto e dor na região oral, elementos que, em muitos casos, interferem com a ingestão alimentar e a qualidade de vida, especialmente no que concerne à nutrição. Diversos pesquisadores ressaltam a relevância de avaliar e monitorar a mucosite, juntamente com a implementação de estratégias preventivas e tratamentos para minimizar os seus impactos negativos na saúde bucal dos pacientes. (NEVILLE et al., 2009; SILVA et al., 2018). 

Ademais, ela apresenta inflamação dolorosa na mucosa oral que pode afetar indivíduos sob tratamentos oncológicos, tais como quimioterapia e radioterapia. Essa condição tem o potencial de restringir a ingestão de alimentos, causar desconforto e comprometer a qualidade de vida dos pacientes. Abordagens preventivas e terapêuticas podem incluir o uso de enxaguantes bucais, analgésicos e anti-inflamatórios, bem como a adoção de práticas de higiene bucal adequadas e a manutenção de uma dieta apropriada. Ressalta-se a importância de um tratamento precoce e eficaz da mucosite oral, pois ele desempenha um papel crucial na melhoria da qualidade de vida e na recuperação dos pacientes sob tratamento oncológico, conforme indicam estudos recentes (NEVILLE et al., 2009; SILVA et al., 2018). 

4.3.3 CÁRIE POR RADIAÇÃO 

A cárie de radiação, que se tornou um desafio para a área odontológica, especialmente no que tange ao seu tratamento e prevenção, está estreitamente associada à hipossalivação, uma condição comum entre pacientes submetidos à radioterapia na região da cabeça e pescoço. A redução tanto na quantidade quanto na qualidade do fluxo salivar propicia a descalcificação dos tecidos dentais, levando ao desenvolvimento rápido e agressivo da cárie.Essa forma de cárie de radiação geralmente emerge após a exposição à radioterapia, particularmente em pacientes que passaram por tratamentos na região craniofacial. Embora se manifeste tardiamente, o processo é notavelmente destrutivo para as estruturas dentárias. Em geral, o surgimento da cárie de radiação é veloz, ocorrendo em aproximadamente 90 dias após o tratamento radioterápico. Este fenômeno é diretamente atribuído à hipossalivação e hipofunção das glândulas salivares. A condição é classificada em três tipos conceituais distintos: a lesão semelhante à cárie, que afeta o colo do dente; a lesão que inicialmente apresenta coloração marrom e evolui para tons negros na coroa dental; e a lesão de cárie que se inicia com um aprofundamento nas bordas incisais, oclusais, bem como nas superfícies linguais e vestibulares dos dentes (SILVA et al., 2018; SILVA et al., 2021). 

4.3.4 OSTEORRADIONECROSE 

A osteorradionecrose (ORN), uma condição patológica desencadeada pelo tratamento de radioterapia na região da cabeça e pescoço, é caracterizada pela exposição prolongada do tecido ósseo por mais de 90 dias, em uma área que tenha recebido, no mínimo, 50Gy de radiação. Essa condição é mais frequentemente observada na mandíbula, uma área notoriamente menos vascularizada, justificando assim a necessidade de doses irradiadas substancialmente elevadas para que a osteorradionecrose se manifeste. (MENDONÇA et al., 2021; MENDONÇA et al., 2005; SANTOS et al., 2015). 

Os sintomas da osteorradionecrose abrangem manifestações dolorosas, parestesia, ocorrência de fraturas e desenvolvimento de fístulas. Uma variedade de fatores, tais como más higienes bucais, presença de doença periodontal, hábitos tabagistas e consumo de álcool, pode contribuir para a ocorrência dessa patologia, agravada pelo tratamento de radiação. A literatura vigente sugere que o tratamento mais eficaz envolve terapia hiperbárica, desbridamento cirúrgico do tecido necrótico e excisão cirúrgica de todo o material afetado. (MENDONÇA et al., 2021; MENDONÇA et al., 2005; SANTOS et al., 2015). 

Do ponto de vista clínico, a osteorradionecrose se apresenta como uma exposição óssea que, posteriormente, evolui para uma condição infectada, resultando em sintomas dolorosos, parestesia associada a fraturas e no desenvolvimento de fístulas. Alguns pesquisadores concebem essa condição como sendo multifatorial, envolvendo fatores como hipóxia, redução na vascularização local do tecido ósseo e diminuição da presença de células viáveis na área, como resultado das doses de radiação administradas. (MENDONÇA et al., 2021; MENDONÇA et al., 2005; SANTOS et al., 2015).

Figura 2: ORN em maxila, causada por extrações de molares superiores. (Núcleo de Odontologia Hospitalar HU-UFSC)

Em síntese, a osteorradionecrose representa uma preocupante ameaça que pode surgir após a radioterapia na região da cabeça e pescoço, exercendo impacto adverso sobre a saúde óssea e bucal dos pacientes. Portanto, torna-se essencial que os profissionais de saúde que participam do tratamento desses pacientes estejam vigilantes em relação a essa condição e busquem medidas preventivas e terapêuticas eficazes para atenuar os seus efeitos e assegurar a mais elevada qualidade de vida possível aos pacientes (MENDONÇA et al., 2021; MENDONÇA et al., 2005; SANTOS et al., 2015). 

A aplicação de terapia a laser em um paciente de 60 anos diagnosticado com carcinoma espinocelular de orofaringe em 2018. O paciente, etilista e tabagista há 42 anos, apresentava mucosite de grau 2 e dor autorreferida com escore de 10 na escala EVA. Com base nessas informações, foi desenvolvido um plano de tratamento que abarcava orientações de higiene oral e sessões de laserterapia, com um total de três tratamentos semanais. Na terceira sessão, constatou-se completa remissão das lesões e dos sintomas dolorosos, demonstrando que tratamentos eficazes estão disponíveis para tratar as principais sequelas bucais da radioterapia na região da cabeça e pescoço.

Essa evidência é apoiada pelo estudo de SILVA et al. (2022), que obteve resultados expressivos com o uso da terapia a laser de baixa potência em um paciente masculino de 56 anos, diagnosticado com carcinoma espinocelular, tabagista e alcoólatra. O paciente apresentava mucosite de grau 4 e sintomas dolorosos que prejudicavam sua alimentação. Os autores optaram por um protocolo de laserterapia de baixa potência, consistindo em cinco sessões semanais. Após oito dias de tratamento, observou-se uma significativa redução nos sintomas dolorosos e sinais notáveis de cicatrização das lesões decorrentes da mucosite oral. Esses resultados indicam que a terapia a laser é eficaz no tratamento da mucosite oral, levando a uma redução de aproximadamente 75% na administração de analgésicos para o controle da dor, além de uma melhora de 100% nas condições de deglutição e uma menor incidência de lesões. É importante notar que a terapia a laser atua por meio de efeitos biológicos e bioquímicos, promovendo um aumento da atividade mitocondrial, contribuindo para a melhora das lesões já estabelecidas, reduzindo os sintomas de dor e facilitando a deglutição (ASSIS et al., 2021; BEZERRA, 2021; MELO ANDRADE et al., 2022). 

4.4 MANEJO DO CIRURGIÃO-DENTISTA NA RADIOTERAPIA 

O cirurgião-dentista desempenha um papel fundamental no controle da mucosite oral em pacientes submetidos à radioterapia de cabeça e pescoço. Sua atuação é crucial em diversas etapas do processo, começando antes mesmo do início do tratamento radioterápico. Nesse estágio inicial, o cirurgião-dentista avalia minuciosamente a saúde bucal do paciente, identificando quaisquer problemas dentários, como cáries, doenças periodontais, dentes fragilizados ou impactados, que possam representar riscos durante a radioterapia. O tratamento prévio dessas condições é frequentemente necessário para minimizar possíveis complicações no decorrer do tratamento. SANTOS C.C et al., 2013). 

Além disso, o cirurgião-dentista desempenha um papel vital na orientação do paciente sobre a importância da higiene bucal adequada durante o tratamento radioterápico. Essas orientações incluem instruções detalhadas sobre a escovação suave dos dentes e da língua, o uso correto de fio dental e o enxágue bucal com produtos especialmente recomendados para pacientes em tratamento de radioterapia. Também é aconselhado ao paciente evitar produtos de higiene bucal que contenham álcool ou agentes irritantes que possam agravar a mucosite oral. SANTOS C.C et al., 2013). 

Quando o cirurgião-dentista identifica lesões mucosas, cáries ou problemas periodontais antes do tratamento radioterápico, ele realiza o tratamento dessas condições para reduzir a probabilidade de complicações durante a radioterapia. Procedimentos restauradores, como obturações, e intervenções cirúrgicas periodontais são aplicados conforme necessário. (SANTOS C.C et al., 2013; SILVA et al., 2018; SILVA et al., 2021) 

Durante o tratamento radioterápico, o cirurgião-dentista também utiliza terapia a laser de baixa potência, com o objetivo de aliviar a dor, promover a cicatrização e melhorar a deglutição em pacientes que desenvolvem mucosite oral. Ademais, ele pode encaminhar os pacientes para sessões de terapia hiperbárica, que aumentam a oxigenação dos tecidos afetados, em casos mais graves de mucosite. (SANTOS C.C et al., 2013; SILVA et al., 2018; SILVA et al., 2021) 

Para aliviar a dor intensa associada à mucosite oral, o cirurgião-dentista pode prescrever medicamentos, como analgésicos e anti-inflamatórios específicos. Essa abordagem visa melhorar o conforto do paciente durante o tratamento radioterápico e minimizar o impacto negativo da dor na qualidade de vida. (SANTOS C.C et al., 2013; SILVA et al., 2018; SILVA et al., 2021) 

O profissional também oferece orientação nutricional, já que a mucosite oral frequentemente dificulta a alimentação. Ele recomenda uma dieta equilibrada e rica em nutrientes essenciais para apoiar a saúde e a recuperação do paciente. (SANTOS C.C et al., 2013; SILVA et al., 2018; SILVA et al., 2021) 

Além de sua atuação ativa durante o tratamento, o cirurgião-dentista continua acompanhando o paciente após o término da radioterapia. Esse acompanhamento contínuo envolve avaliações regulares para monitorar a recuperação do paciente, identificar possíveis complicações tardias e oferecer orientações sobre cuidados a longo prazo. (SANTOS C.C et al., 2013; SILVA et al., 2018; SILVA et al., 2021). 

5. DISCUSSÃO  

Amaral et al. (2021), Ciupa et al. (2014) e Rocha et al. (2021) enfatizam unanimemente que o cirurgião-dentista desempenha um papel de extrema importância no cuidado e bem-estar dos pacientes submetidos à radioterapia de cabeça e pescoço. De acordo com Ciupa et al. (2014), essa atuação é vital e deve ocorrer durante todas as fases do tratamento. Rocha et al. (2021) acrescenta que a saúde bucal é um fator crucial que pode afetar diretamente o resultado do tratamento oncológico. 

Todos os autores compartilham a mesma visão quanto à necessidade de uma avaliação pré-tratamento minuciosa. Segundo Amaral et al. (2021) e Ciupa et al. (2014), essa avaliação deve incluir a identificação e tratamento de problemas dentários existentes, como cáries, doenças periodontais e dentes impactados. Isso ocorre para evitar complicações durante e após a radioterapia. 

Amaral et al. (2021), Ciupa et al. (2014) e Rocha et al. (2021) salientam que o cirurgião-dentista deve fornecer orientações detalhadas ao paciente sobre práticas de higiene bucal adequadas durante o tratamento radioterápico. Ciupa et al. (2014) destaca a importância de instruir o paciente sobre a escovação cuidadosa, o uso do fio dental e a escolha de enxágues bucais adequados para minimizar os riscos de mucosite oral.  

Os autores são unânimes na importância de realizar tratamentos odontológicos preventivos, como o tratamento de lesões mucosas, cáries e problemas periodontais antes do início da radioterapia. De acordo com Amaral et al. (2021) e Ciupa et al. (2014), essas intervenções podem incluir a restauração de obturações e procedimentos cirúrgicos periodontais, se necessário. 

Amaral et al. (2021) e Silva et al. (2022) concordam que a terapia a laser de baixa potência é uma abordagem eficaz para aliviar a dor e promover a cicatrização da mucosite oral, tornando-a uma opção importante no arsenal de tratamentos disponíveis. Ademais, eles destacam o uso da terapia hiperbárica em casos mais graves de mucosite oral. Essa abordagem, conforme apontada pelo autor, pode melhorar a oxigenação dos tecidos afetados, acelerando o processo de cicatrização. Também ressaltam a importância da prescrição de medicamentos, como analgésicos e anti-inflamatórios específicos, para aliviar a dor associada à mucosite oral e garantir o conforto do paciente durante o tratamento. 

O papel do cirurgião-dentista na orientação nutricional é enfatizado por Amaral et al. (2021), destacando sua importância. Isso é crucial, uma vez que a mucosite oral frequentemente dificulta a alimentação, e a adequada nutrição desempenha um papel fundamental no suporte à saúde e recuperação do paciente. 

Outrossim, todos os autores reconhecem as complicações bucais comuns associadas à radioterapia, como xerostomia, cárie de radiação, mucosite, osteorradionecrose e outras, indicando que o cirurgião-dentista deve estar preparado para lidar com essas questões. 

Todos os autores concordam sobre a importância de uma abordagem interdisciplinar e enfatizam a necessidade de integrar o cirurgião-dentista como um membro vital da equipe de cuidados para pacientes com câncer de cabeça e pescoço. 

Assim, essas opiniões diretas dos autores destacam de forma detalhada a concordância em pontos-chave e as recomendações compartilhadas para uma abordagem completa e eficaz no controle da mucosite oral em pacientes submetidos à radioterapia de cabeça e pescoço. 

6. CONCLUSÃO 

Diante da elevada incidência de neoplasias malignas na região craniofacial e cervical, com destaque para o câncer de cabeça e pescoço que representa uma parcela considerável dos casos de tumores malignos a nível global, é incontestável a importância de abordar o papel do cirurgião-dentista na prevenção e tratamento das lesões bucais após radioterapia. Este tema adquire relevância clínica considerável, uma vez que a radioterapia, embora vital no tratamento do câncer de cabeça e pescoço, frequentemente desencadeia efeitos colaterais adversos de relevância clínica, afetando a qualidade de vida dos pacientes. As complicações bucais, como a mucosite, xerostomia, cárie de radiação, osteorradionecrose e outras alterações nos tecidos orais, demandam atenção especial e manejo adequado. 

Nesse contexto, os cirurgiões-dentistas desempenham um papel central como parte da equipe multidisciplinar que cuida de pacientes oncológicos. Sua atuação inclui a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento das lesões bucais, contribuindo significativamente para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes submetidos à radioterapia e/ou quimioterapia. Além disso, o acompanhamento contínuo realizado por esses profissionais ajuda a reduzir o risco de complicações bucais, bem como a promover a educação e conscientização sobre os cuidados necessários. 

A revisão integrativa da literatura sobre esse tema é fundamental, pois sintetiza evidências científicas atuais e relevantes, proporcionando embasamento para uma prática clínica baseada em conhecimento. O conhecimento aprofundado sobre os efeitos colaterais, tratamentos e estratégias de prevenção das lesões bucais após radioterapia é imprescindível para garantir que os pacientes oncológicos recebam cuidados odontológicos eficazes e adequados.  

Portanto, é imperativo que a comunidade médica e odontológica, bem como os pacientes e seus familiares, esteja ciente da importância do cirurgião-dentista no processo de prevenção e tratamento das lesões bucais nesse contexto. Uma abordagem interdisciplinar, aliando conhecimento científico e cuidado personalizado, é essencial para enfrentar os desafios associados ao câncer de cabeça e pescoço e para melhorar a qualidade de vida dos pacientes afetados por essa condição. 

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

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