A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO PSICOLÓGICO EM PACIENTES APÓS ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL 

THE IMPORTANCE OF PSYCHOLOGICAL CARE FOR PATIENTS AFTER CEREBRAL VASCULAR ACCIDENT

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10046936


Kelly Raquel Viegas de Souza1
Rafaela Fernanda Mariano da Silva1
Juliana Reis de Alcântara Barros2 


Resumo 

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é comprovado como uma das principais doenças que afeta a população mundial, pode ocorrer em todas as idades, incapacitando pessoas ainda em idade produtiva e tem a tendência a manter essa posição até 2030, provocando grande número de mortes e incapacidades físicas, levando o sujeito a sofrer fortes impactos nas questões de natureza biológica, psicológica e social. A partir dessas considerações, o objetivo central desta pesquisa é identificar e analisar as principais estratégias utilizadas por psicólogos, para o tratamento de pacientes que sofreram AVC, durante o processo de reabilitação. Com relação a metodologia enquadra-se como compreensiva-interpretativa, e sua abordagem é revisão bibliográfica, o universo da amostra compreende 10 artigos nacionais entre os anos de 2015 a 2023. A pesquisa indicou que o AVC traz repercussões psicológicas ligadas a adaptação, afetando a Qualidade de Vida (QV), o que facilita o desencadeamento de transtornos psicológicos, nesse cenário conclui-se que se torna necessário dentro da equipe multidisciplinar o psicólogo orientando o funcionamento e evolução cognitiva e comportamental do paciente, visando minimizar os sintomas disfuncionais, mobilizando todos os elementos necessários para o envolvimento do indivíduo em seu processo de recuperação e adaptação a uma nova realidade. 

Palavras-chave: acidente vascular cerebral, psicologia, revisão bibliográfica 

1 INTRODUÇÃO 

As limitações impostas pelo AVC restringem a participação social do indivíduo, com prometendo a realização de tarefas da vida diária, viagens, atividades com familiares e com a comunidade. A incapacidade inclui limitações funcionais ou na estrutura do corpo, limitação para realização de atividades e/ ou restrição à participação social. 

O acidente vascular cerebral (AVC) ou derrame cerebral é uma infartação (morte) de uma parte específica do cérebro devido à irrigação sanguínea insuficiente, podendo ocorrer por oclusão (bloqueio) de um dos principais vasos que nutrem o cérebro, por obstrução parcial ou completa de um grande vaso intracraniano, ou por hemorragia (Black & Jacobs, 1996). 

Apontado como um problema de saúde pública mundial “O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é causa de 27% das internações em todo o mundo” (Steiner et al., 2014) e segundo World Health Organization [WHO], (2014) “a terceira causa de morte mundial”. No entanto, o número de pessoas com sequelas após o AVC é maior que o número de mortes, visto que a principal característica da doença são as limitações físicas e cognitivas que atingem até 80% das vítimas. Desta forma, isso torna o paciente profundamente dependente de cuidadores, até mesmo para atividades habituais (Brasil, 2013). 

Segundo o Ministério da Saúde (2019) O acidente vascular cerebral (AVC) pode ocorrer em todas as idades, incapacitando pessoas ainda em idade produtiva, promovendo a diminuição da força de trabalho e aumentando gastos previdenciários, a incidência em jovens e pessoas de meia idade tem crescido nas últimas décadas. Em pessoas com mais de 55 anos, a incidência aumenta a cada década de vida, com sequelas mais graves e maior taxa de mortalidade. Ainda de acordo com o Ministério da saúde, o AVC, ocupou o segundo lugar no ranking das principais causas de óbitos entre as brasileiras de todas as regiões e os brasileiros do Sul e Sudeste, com idades entre 30 a 69 anos, e tem a tendência a manter essa posição até 2030. 

As disfunções físicas e emocionais associadas em graus diferentes de severidade compõem um desafio para o indivíduo após o AVC. A dependência física, psicológica e econômica também são fatores que podem comprometer a reintegração social. Em relação às consequências psicológicas, alguns estudos relatam serem comuns a ansiedade, a depressão, os distúrbios do sono e da função sexual, distúrbios motores, sensoriais, cognitivos e de comunicação, além de alterações fisiológicas durante atividades físicas (dispneia, angina, hiper tensão), que causam limitações para o retorno ao trabalho produtivo. Os sintomas depressivos podem diminuir a motivação da pessoa para a reabilitação e diminuir a interação social, essa baixa pode incrementar os sentimentos de solidão e a falta de esperança, afetando a recuperação (Ostir et al., 2001). 

O estágio pós-AVC, vai desde o acometimento da doença e reabilitação até a convivência com a cronicidade da doença, é acentuado, pois embora haja a possibilidades de retor no funcional, muitos pacientes de AVC são compelidas a conviverem com a cronicidade das limitações adquiridas com a doença. A carência da autonomia ocasionada pelas sequelas do AVC gera grande impacto na vida da vítima pós-AVC, exemplo disso são as alterações dentro da dinâmica familiar ocasionadas pela necessidade dos membros virem a desempenhar novos papéis dentro do núcleo familiar. 

Portanto se faz necessário ao psicólogo uma adequada compreensão quanto a meto dologiaa ser empregada no acompanhamento de pacientes após o acidente vascular cerebral, bem como a busca de possibilidades, para que este tenha uma melhor qualidade de vida, apesar das barreiras impostas pela doença, ajudando-o na aceitação dessa condição, minimizando o sofrimento, sendo este focado não só na saúde do corpo, mas na saúde mental e equilíbrio dos processos emocionais. 

Os comprometimentos cognitivos são muito comuns após um trauma cerebral, podendo afetar a atenção, a memória e a associação dessas habilidades. Tal fato gera uma redução na organização dos pensamentos, promovendo uma desorganização do processo de linguagem, incluindo problemas relacionados ao modo de falar e na produção sequencial das palavras, comprometendo assim a capacidade de compreensão das informações escritas ou faladas. A presença de distúrbios na cognição é um importante preditor de recuperação, afetando, diretamente, o processo de reabilitação e recuperação do paciente, Dantas et al. (2014) abordam que cabe ao psicólogo junto com a equipe multidisciplinar levantar hipóteses para um diagnóstico preciso, um planejamento terapêutico eficaz com um mapeamento das capacidades cognitivas preservadas e alteradas poderá intervir de forma positiva na reestruturação neuronal, permitindo que o paciente forme novas conexões sinápticas através de atividades que englobam exercícios sensório-motor, linguagem, memória, além de adaptações e modificações sociais e familiares que permitam ao paciente retornar de maneira segura, produtiva e independente as suas atividades diárias, diminuindo as sequelas permanentes. 

Sendo assim, com base nas informações científicas supracitadas, essa pesquisa tem por objetivo identificar e analisar as principais estratégias utilizadas por psicólogos, para o tratamento de pacientes que sofreram AVC, durante o processo de reabilitação. Através de uma revisão bibliográfica sobre o AVC e suas principais consequências orgânicas e psicológicas, analisando as principais estratégias cognitivas e comportamentais.

O interesse pelo estudo surgiu a partir da experiência de uma das pesquisadoras que passou por um episódio de AVC. Nesse sentido, ao longo do seu tratamento, observou a relevância do atendimento psicológico para sua nova condição. Somados, aos demais fatos apresentados, este artigo se mostra fundamental para responder o seguinte questionamento: Qual a relevância do psicólogo durante o processo de reabilitação do paciente pós-AVC?

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 

Para compreender completamente o AVC é essencial examinar os fatores de risco associados a essa condição. Está fundamentação teórica tem como objetivo fornecer uma base sólida para a compreensão do AVC, abrangendo suas várias facetas. A seguir, exploraremos detalhadamente cada um desses elementos: como ocorre um acidente vascular cerebral, quais as sequelas psicomotoras acarretadas pós-AVC, Impactos emocionais e relevância da atuação do psicólogo dentro da reabilitação em pacientes após-AVC. 

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (2004) O A VC pode ser definido como: “Um sinal clínico de desenvolvimento rápido de uma perturbação focal da função cerebral de possível origem vascular e com mais de 24 horas de duração”. Esta definição inclui a maioria dos casos de enfarte cerebral, hemorragia cerebral e hemorragia subaracnoidal. 

Conforme Sullivan (1993), o acidente vascular cerebral (AVC) resulta da restrição na irrigação sanguínea ao cérebro, causando lesão celular e danos às funções neurológicas. De acordo com Hood e Dincher (1995), um paciente com um AVC num lado do cérebro terá paralisia no lado oposto do corpo (hemiplegia), porque as vias nervosas motoras atravessam o cérebro de um lado para outro, um destaque importante é que pacientes com AVC, que envolva o hemisfério cerebral esquerdo, podem apresentar dificuldades na fala ou na compreensão da palavra falada (afasia) e pacientes com danos ao hemisfério direito do cérebro tendem a apresentar problemas de percepção 

Toole (2007), afirma que todas as vezes que o suprimento sanguíneo cerebral é interrompido por um determinado tempo, mesmo que por 30 segundos, o resultado é uma isquemia, alterando, consequentemente, o metabolismo. Se este tempo aumentar, após 1 minuto, pode ocorrer a interrupção da função neural e, após 5 minutos, pode haver o infarto cerebral. De acordo com alguns estudos, se a isquemia é transitória e durar menos de 10 a 15 minutos, pode não permanecer o déficit neurológico, contudo, se ultrapassar este limite podem ocorrer lesões neuronais irreversíveis como disfunção neurológica, incapacidade ou mesmo a morte. 

O quadro clínico compõe-se por diversas alterações, incluindo danos sensitivos, motores, mentais, perceptivos e da linguagem. Os distúrbios motores se caracterizam por hemiparesia ou hemiplegia no lado do corpo oposto ao local da lesão. Hemiplegia é um termo geralmente usado para se referir a uma grande veracidade de problemas decorrentes do AVC. (Downie, 1999) afirma ser a causa mais comum de disfunção neurológica na população adulta. 

SEQUELAS PSICOMOTORAS 

De acordo com, Borges et al. (2007) O impacto que o AVC causa na vida dos pacientes e familiares é imenso, uma vez que a patologia é complexa, haja vista a variedade das sequelas, entre elas: motoras, sensitivas, cognitivas, visuais, emocionais, comportamentais, entre outras. A habilidade para realizar atividades de forma independente em casa, no trabalho e na comunidade depende de três funções: física, psicológica e social. (Kisner C, Colby LA, 2005). 

A função física engloba aspectos inter-relacionados, que são: equilíbrio, desempenho muscular, flexibilidade, coordenação, estabilidade e resistência física, e os sistemas que controlam esses aspectos desenvolvem adaptações em função das sobrecargas impostas a eles. (Kisner C, Colby LA, 2005; P.15) 

Segundo Balint (2005) O paciente sequelado de acidente vascular cerebral, diante do corpo enfermo, vulnerável, frágil, observa-se dividido em duas partes: um lado com movi mento e o outro lado com a sequela motora e, portanto, sem movimento, tal situação gera me do, vergonha e impõe novos desafios para os quais não foi preparado e não sabe por onde começar a construção de novas etapas. 

O enfrentamento desses sintomas de desesperança, tristeza, raiva, negação, permitirá ao paciente constatar que as alterações produzidas pela doença ou lesão constituem uma crise na qual poderá haver crescimento e a descoberta de novos sentidos para sua existência. Tudo irá depender de como ele se posicionará frente a todo esse processo (GOODY, 2013, P.18).

Nesse sentido, temos lidado com: sequelas motoras (com perda total ou parcial do movimento de um lado do corpo); sequelas sensitivas (com diminuição ou perda da sensibilidade); sequelas senso – perceptivas visual, auditiva e gustativa; sequelas psicoafetivas (com diminuição da motivação e da participação em atividades e diminuição da interação social); sequelas cognitivas (com prejuízo importante no que se refere aos aspectos relacionados à memória, atenção, concentração e raciocínio) e sequelas que envolvem a área da linguagem. (Dejours,1994). 

Veruskys (1989) também acrescenta que tanto o problema físico como a doença grave impõe grande ameaça ao indivíduo adoecido, podendo precipitar uma crise existencial. Antes da doença o paciente não tinha restrições, podia desenvolver suas atividades laborativas e podia se mover livremente. 

O mesmo autor acrescenta: 

Agora em virtude das sequelas motoras a que foi acometido pelo AVC, o paciente passará a lidar com uma nova imagem corporal, se sentindo diferente, o que irá repercutir na sua identidade pessoal e social. (Veruskys,1999; P. 25)

IMPACTOS EMOCIONAIS 

De acordo com Silva (2010) a pessoa quando acometida por uma doença que deixa deformidades físicas e psicológicas, sente-se obrigado a vivenciar novos hábitos que lhe são impostos por esse adoecer. Muitas das vezes prejudicados por não poder realizar as atividades que antes estavam presentes no seu cotidiano ou, ao deixar a prática dos afazeres que antes lhe era habitual, ou lhe parecia possível, um sentimento de fragilidade o acomete, tornando-se alvo de pensamentos invasores que a leva a condição de incapaz, devido a interpretações errôneas que faz sobre si mesma, causando grandes impactos emocionais. 

Paula et al. (2008) em um estudo teórico, ao falar sobre a relação entre depressão e disfunção cognitiva em pacientes após acidente vascular cerebral, relata que: “A depressão tem sido detectada em 20% a 50% dos pacientes que sofreram AVC, variando de acordo com o critério estabelecido, bem como com a população estudada” 

Dando continuidade aos pensamentos dos autores, a instauração de um quadro de de pressão pós-AVC tem importantes implicações para o tratamento e recuperação do paciente. A depressão pós- AVC está associada ao aumento da mortalidade e maior prejuízo no funcionamento físico e cognitivo. Ela apresenta sintomas como: humor triste, vazio ou irritável, acompanhado de alterações somáticas e cognitivas que afetam significativamente a capacidade de funcionamento do indivíduo. 

A depressão é uma síndrome psiquiátrica, atualmente considerada o sintoma não motor mais incidente pós-AVC, atinge cerca de 40% desses pacientes e está correlacionada ao declínio do paciente na reabilitação e ao aumento do risco de mortalidade. A depressão é caracterizada por uma tristeza profunda e persistente perda de interesse em atividades prazerosas, e é associada a sentimento de culpa, desesperança, insônia e falta de apetite, e incapacidade de realizar atividades diárias por pelo menos duas semanas, trazendo prejuízos no funcionamento social e ocupacional (DSM-V, 2014). 

Em estudo Ostir, Markides, Peek, & Goodwin, (2002) apontam que o transtorno depressivo na maioria dos casos, manifesta-se na fase crônica (após 6 meses da lesão) por consequência das sequelas motoras, porém pode se manifestar também na fase aguda, mais relacionada a adaptação psicossocial que as sequelas pós-AVC geram nos indivíduos. Em contra partida, pessoas com humor positivo tendem a engajar-se mais em relacionamentos sociais, a serem otimistas quanto ao futuro, a ter mais sucesso no enfrentamento e a sentirem-se no controle de suas vidas (Ostir et al., 2001). 

REABILITAÇÃO COM AUXÍLIO PSICOLÓGICO 

A realização de atividades de reabilitação é fundamental para o sucesso do tratamento após o acidente vascular cerebral pelo fato destes pacientes apresentarem inúmeras sequelas como alterações físicas e repercussões psicológicas que variam desde tristeza até depressão. Nesse contexto, a equipe multidisciplinar é de grande relevância, pois, deve identificar as funções prejudiciais e estimulá-las, objetivando melhorias da funcionalidade, sua reinserção no meio social e consequentemente melhor qualidade de vida (CECATTO; ALMEIDA, 2010). 

Ainda de acordo com os autores, Motta; Natalio; Waltrick, (2008) A reabilitação após o AVC deve ser iniciada ainda no meio intra-hospitalar com o intuito de estimular precocemente o paciente a usar toda sua capacidade, a adaptar-se a nova situação tentando reassumir suas atividades, e favorecendo assim a redução no tempo de internação. 

Por meio de técnicas e métodos, a fisioterapia produz resultados significativos em indivíduos que possuem sequelas de AVC em condição crônica a nível da marcha e atividades de vida diária, porém essas alterações não são significativas tanto quando comparadas com alterações encontradas em indivíduos nas mesmas condições a quem não foram prestados cuidados de fisioterapêuticos (ALBANO et al., 2013) 

No entanto, Silva et al. (2014) destaca que o sucesso da reabilitação não depende apenas de várias sessões de fisioterapia, como também do que ocorre com o paciente durante as horas restantes do dia e da noite. Acrescentando que quanto mais cedo tiver início o trata mento, maiores as chances de reabilitação. 

Rangel, Belasco e Diccini, (2013) afirmam que a reabilitação psicológica também é feita por meio da realização de atividades físicas, que trazem benefícios emocionais, melhoram a autoconfiança e a elaboração de novos projetos e objetivos para a superação da crise, decorrente de perdas que são inerentes ao paciente de AVC. 

O trabalho do psicólogo, durante a reabilitação abrange inúmeras dimensões, não sendo simplesmente a recuperação de funções perdidas ou alteradas, é algo que envolve o indivíduo por inteiro. Além disto, é importante ressaltar que reabilitar não significa curar, e sim reabilita-se a pessoa, o ser humano na sua magnitude física, emocional e social (FARO, 2006, p.129). 

Para tanto, faz-se necessário à inclusão de um programa de reabilitação cognitiva, no sentido de entender todas as variáveis do dano cerebral e sua evolução, considerando que as sequelas podem ser temporárias ou permanentes (Rangel, Belasco e Diccini, 2013, P.18-26). 

Dando continuidade aos pensamentos dos autores, a reabilitação cognitiva juntamente das medidas preventivas de promoção e prevenção à saúde poderá trazer ao paciente uma nova concepção de tratamento humanizado, com intenção de ajudar o mesmo a melhorar e adaptar-se ao novo estilo de vida, por meio de técnicas psicológicas com o foco na redução e diminuição de pensamentos disfuncionais gerados pelas sequelas do AVC. 

A terapia cognitiva baseia-se na premissa de que a inter-relação entre cognição, emoção e comportamento está implicada no funcionamento normal do ser humano (Beck et al., 1997). Desta forma, a Terapia Cognitivo-Comportamental dá uma grande ênfase aos pensa mentos do cliente e a forma como este interpreta o mundo. Centra-se nos problemas que estão sendo apresentados pelo paciente no momento em que este procura a terapia, sendo que seu objetivo é ajudá-lo a aprender novas estratégias para atuar no ambiente de forma a promover mudanças necessárias. A metodologia utilizada na terapia é de uma cooperação entre o terapeuta e o paciente de forma que as estratégias para a superação de problemas concretos são planejadas em conjunto (Lima e Wielenska, 1993) 

Nesse sentido Albuquerque e Scalabrin (2007) defendem que um planejamento terapêutico eficaz com um mapeamento das capacidades cognitivas preservadas e alteradas poderá intervir de forma positiva na reestruturação neuronal, permitindo que o paciente tenha novas conexões sinápticas através de exercícios que incluam atividades sensório-motor, memória, linguagem, além de adaptações sociais e familiares que permitam ao paciente restituir de maneira segura, produtiva e independente as suas atividades diárias, diminuindo as sequelas permanentes. 

Desse modo, a partir do diagnóstico das sequelas temporárias ou permanentes do AVC, o psicólogo formulará um delineamento com medidas preventivas, métodos estrutura dos, utilizando-se das técnicas da Terapia Cognitivo-Comportamental voltados para a reabilitação e execução de ações para identificar os déficits e capacidades cognitivas, considerando o contexto pessoal e social do indivíduo, oferecendo ao paciente a compreensão das suas limitações e ajudando-o a compensar ou restaurar as funções perdidas de forma a melhorar a adaptação e facilitar a independência (Wright, Basco e Thase, 2008). 

3 METODOLOGIA 

Este artigo de reflexão crítica, com abordagem compreensiva-interpretativa, utilizou uma revisão bibliográfica como método. De acordo com Souza, Silva e Carvalho (2010) esse método de pesquisa tem como foco investigar os estudos científicos relevantes, estabelecendo critérios pré-definidos que fundamentam e delimitam a pesquisa em fases, como forma de identificar uma problemática e investigá-la. Esse método por sua vez avalia a qualidade dos estudos, reúne evidências científicas, extrai os dados, organizando-os, e por fim sintetiza para revelar os resultados publicados. 

Optamos por realizar consulta nas bibliotecas virtuais de periódicos eletrônicos cientific Electronic Library Online (SciELO); e ao Portal de Periódicos Eletrônicos de Psicologia (PEPSIC), devido ao amplo acervo de documentos completos e gratuitos, que inclui importantes bases de busca para a saúde coletiva e assistência social. 

Utilizamos os estudos que estavam integralmente disponíveis para o acesso público e sua seleção aconteceu entre fevereiro a setembro de 2023, os critérios de inclusão da pesquisa foram artigos científicos on-line, gratuitos, estudos brasileiros, na língua portuguesa, publica dos entre os anos de 2015 a 2023. E os critérios de exclusão: artigos incompletos, duplicados, títulos e resumos irrelevantes ao tema proposto. 

Inicialmente, fizemos uma busca avançada nos Portais SciELO e PEPSIC, mediante o uso de termos situados em qualquer parte, por meio dos descritores em Ciências da Saúde (Desc): psicologia, reabilitação, Acidente vascular cerebral, sequelas psicomotoras. A filtragem decorreu através do operador booleano “AND”, com as seguintes combinações “psicologia” and “reabilitação” and “Acidente vascular cerebral” and “sequelas psicomotoras”. A busca inicial apresentou um total de 20 artigos, dispostos da seguinte forma: 13 artigos no SCIELO e 7 no PEPSIC .Após a leitura minuciosa dos títulos e dos resumos, foram excluídos 9 artigos, por não tratarem do tema pesquisado, pelos seguintes motivos: tem por objetivo aspectos médico-farmacológico, não AVC. Não detectamos estudos duplicados em nenhuma das fases de busca. Chegou-se, então, aos 10 artigos que compuseram esta revisão. Na Figura 1, é ilustrado o Fluxograma dos procedimentos de busca na base de dados SciELO e PEPSIC, onde inicialmente foram encontrados 20 artigos. 

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS 

A síntese das informações dos Principais estudos Publicados sobre Aspectos Psicológicos pós-AVC no Período de 2015 a 2022, que compuseram essa revisão está apresentada no Quadro 1. Sendo classificados a partir das seguintes informações: autores, título e ano de publicação. 

Quadro 1- Representação e a elaboração de estudos pesquisados

AutorTítuloAno de Publicação
Acioli A1, et alAtuação do Psicólogo na Reabilitação de Pacientes Pós-Acidente Vascular Cerebral2020
Chagas Júlio, Silva JulianaA atuação da equipe multiprofissional na reabilitação do paciente com acidente vascular cerebral – relato de experiência2021
Costa TF, et alAcidente vascular encefálico: características do paciente e qualidade de vida de cuidadores2016
Dornelas FatimaAvaliação da incapacibilidade de indivíduos com história de acidente vascular cerebral2018
Fábris Elaine, Martins DanielleAvaliação funcional e da qualidade de vida de pacientes com sequelas de AVC antes e após um programa de reabilitação em um centro especializado em reabilitação2021
Martins Gabriela, Silva Karina, Santos Rita Relação entre sintomas depressivos com a função motora e cognitiva em pacientes pós-AVC2021
Melo ElaineRevisão Teórica de atualização da Depressão Pós-AVC: Diagnóstico e Indicações de Tratamento2015
Renan Gomes LaraContribuições da Reabilitação Neuropsicológica em pacientes com Acidente Vascular Cerebral2021
Thums Luana. Rodrigues JaquelineBem-estar subjetivo, qualidade de vida e sintomas psicológicos em adultos após acidente vascular cerebral2022
Utida Kam, Batiston AP, Souza LANível de independência funcional de pacientes após acidente vascular cerebral atendidos por equipe multiprofissional em uma unidade de reabilitação2016

Os artigos analisados apresentam um perfil com dados nacionais dos últimos anos sobre o AVC. Abordando que essa doença é grave, geradora de danos psicológicos/cognitivos que em muitos casos são irreparáveis. Com base nos artigos selecionados, percebeu-se que o número de publicações em português não mostra uma vasta produção que contemple a temática específica desta pesquisa. 

Outro indicador utilizado para esta pesquisa diz respeito à metodologia adotada pelos autores na composição dos estudos. Observou-se que dentre as 10 publicações que com puseram essa revisão, 7 trabalhos (70%) utilizaram a metodologia quantitativa, com desta que para 1 trabalho na modalidade de relato de experiência (10%). Constatou-se, ainda, que 3 estudos (30%) tiveram abordagem qualitativa, tendo como método revisão da literatura bibliográfica.

É importante ressaltar o número de estudos selecionados que utilizaram a revisão de literatura (n = 3). Destes, 2 investigaram a depressão após AVC sobre as diferentes perspectivas: Acioli A, et al. (2020) e Melo Elaine. (2015) dissertam acerca das consequências psicológicas da depressão pós-AVC. Em contra partida o trabalho de Renan Gomes, Lara (2020) tem como objetivo identificar as contribuições da neuropsicologia para o processo de reabilitação dos pacientes, que foram acometidos pelo Acidente Vascular Cerebral, bem como as consequências da lesão cerebral que comprometem os aspectos biopsicossociais. 

A aplicação de escalas: Mini Exame do Estado Mental (MEEM); Inventário de Depressão de Beck (BDI); Escala de Equilíbrio de Berg (EEB); Escala de Avaliação de Fugl Meyer (EFM); foram os principais instrumentos escolhido pelos pesquisadores, principal mente aqueles cujo objetivo foi verificar a incidência de transtornos de ansiedade e depressão (a exemplo de Martins Gabriela, et al., 2021). 

Essa revisão também buscou investigar de que modo a faceta psicológica da Qualidade de Vida (QV) é modificada após o AVC. Este fator foi mostrado em 9 artigos, com pondo 90% do total de artigos. A maioria deles buscou comprovar que há um rebaixamento da QV após um AVC. Ressalta-se aqui o artigo de Thums Luana, Rodrigues Jaqueline (2022), que buscou, para além do rebaixamento da QV, analisou que quem realizava intervenções em psicoterapia, teve um impacto positivo no processo de recuperação e retomada das atividades, visto que quanto maiores os níveis de depressão e ansiedade, menores os índices de afetos positivos, influenciando o rebaixamento da QV. 

Dados da literatura, reforçados pela presente pesquisa mostraram que a reabilitação na fase aguda além de diminuir a presença de complicações secundárias, beneficiou a aptidão de produzir diversas tarefas, elevou a autoestima, e contribuiu com a recuperação motora, funcional e a autonomia do paciente aumentando assim a QV do mesmo ao longo dos atendimentos. 

De acordo com a publicação de Utida KAM, Batiston AP, Souza LA (2016), os pacientes acometidos pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC), apresentam o grau de dependência, avaliado pelo IB (Índice de Barthel), na admissão e no momento da alta hospitalar, a maior parte dos pacientes na admissão apresentava dependência total ou grave (55,9%), sendo que na alta, a maior parte dos pacientes apresentava dependência leve ou independência total, nesse sentindo a publicação de Chagas Júlio, Silva Luciana (2021), que traz a atuação da equipe multiprofissional na reabilitação, desde o momento inicial da internação, até os cuidados após a alta, mostra-se relevante, ressaltar o papel do psicólogo dentro da equipe multiprofissional, a importância das intervenções dos profissionais da psicologia, se utilizando de técnicas de comunicação. Assim como, acompanhamento dos familiares que se encontravam fragilizados com a situação de seu ente. Na reabilitação da pessoa acometida pelo AVC o psicólogo deve informar e orientar o paciente e a sua família sobre as mudanças no seu comportamento que ocorrerão no meio familiar devido à debilidade do adoentado. 

Considerando que o AVC é um evento inesperado na vida do paciente, o protagonismo familiar na prestação de cuidados torna-se evidente. Por esse motivo, desde a internação, a equipe multiprofissional precisa encorajar a participação do familiar/cuidador nas terapias de reabilitação, na assistência à alimentação e ao banho, na administração de medicamentos, entre outros, e fornecendo orientações básicas, com o objetivo de prepará-los para a continuidade do cuidado no domicílio. Considerando que a presença do familiar no papel de cuidador tem efeito catalisador na recuperação do paciente com AVC, a inclusão do mesmo no planejamento e execução das ações de reabilitação tem papel fundamental visando os melhores resultados possíveis quanto à recuperação funcional e inserção social. 

Estudos como os de Felício e Almeida (2015), argumentam sobre a abordagem à família em tratamentos terapêuticos como sendo vital à resposta de pacientes, sendo assim, a família é incluída como parte integrante do tratamento do paciente. Há também estudos que descrevem programas de intervenção nos quais a família se torna uma unidade específica de cuidado e ganha intervenções pensadas particularmente para ela. Entretanto, as famílias dos pacientes, com as mudanças na rotina para adequar-se às novas necessidades, se envolve totalmente no cuidado ao familiar adoecido. Nesse contexto o artigo de Costa TF, et al.(2016),que faz parte dessa revisão busca estudar as características do paciente e qualidade de vida dos cuidadores, esses cuidado prestado a um paciente pós- AVC, principalmente na fase aguda, é altamente estressante e pode afetar o bem-estar físico e psicológico dos cuida dores, trazendo preocupações ao paciente, prejudicando assim ao progresso do tratamento, mostrando-se relevante implementações no sentido de minimizar os aspectos negativos do processo de cuidar. 

Percebe-se a maior incidência de AVC em indivíduos do sexo feminino, sendo sua maioria entre 6 artigos que compuseram essa revisão, para Fábris Elaine, Martins Danielle (2021) Observou-se que 80% da amostra apresentou comorbidades destacando-se a HAS em 60% dos indivíduos. Reforçando dados da literatura estudada, podemos perceber que a de pressão é atualmente o sintoma não-motor mais incidente pós- AVC, atinge cerca de 40% desses pacientes e está correlacionada ao declínio funcional e ao aumento do risco de mortalidade.

Mesmo a literatura apresentando que o AVC pode ocorrer em todas as idades, percebemos a falta de estudos enfatizando o público com idades produtivas, vale salientar que a incidência de AVC tem crescido ao longo dos anos no público jovem. Um recente estudo divulgado pela revista médica The Lancet (2021) levantou a suspeita de que o excesso de trabalho como causador de estresse pode estar relacionado a um maior risco de AVC em jovens. Esse resultado pode ser explicado de maneira multifatorial: o excesso de trabalho faz com que a pessoa tenda a se alimentar mal, a fazer menos exercícios físicos e a ter menos tempo para cuidar de sua saúde. Além disso, o estresse pode também aumentar a incidência de hipertensão e diabetes. 

Os sintomas depressivos, mesmo que leves, estão presentes em indivíduos crônicos pós AVC, conforme o estudo Martins Gabriela, Silva Karina, Santos Rita (2021) constatou que 50% da amostra apresentou sintomas depressivos, sendo que 33,33% sintomas leves e 16,67% sintomas moderados. 

O AVC segundo Albertini et al. (2015) além das sequelas deixadas por ele, tem como efeito secundário consequências importantes para o sofrimento da pessoa, podendo as sim, desencadear transtorno depressivos e de ansiedade, devido às possibilidades das sequelas ativarem ou fortalecerem crenças centrais disfuncionais. Dando continuidade aos pensa mentos dos autores, a pesquisa também evidencia que uma reabilitação precoce em indivíduos com depressão pós AVC, traz melhores resultados funcionais, físicos, prevenção e redução nos sintomas depressivos. O estudo também mostrou que em relação ao tempo de diagnóstico da doença, é mais comum a depressão pós AVC na fase aguda, período de tempo na qual as pessoas começam a perceber que disfunções físicas existentes persistiram. 

De modo complementar, Matsuzaki et al. (2015) apontou que a depressão pode atingir cerca de 25% das vítimas de AVC em idade produtiva, podendo estar associada à falta de recuperação funcional das mesmas. Esses autores relataram que as limitações causadas pela doença tendem a afastar do trabalho as pessoas que sofreram AVC, ocasionando impacto financeiro e, com isso, podem facilitar o surgimento de um quadro clínico de depressão. 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Conforme apontado ao longo desta revisão bibliográfica, os pacientes com AVC que possuem condições de incapacidade apresentam problemas psicológicos de ajustamento relacionados à aceitação dos limites impostos pelas sequelas psicomotoras, impactando na qualidade de vida, e assim podendo ocasionar depressão e outros transtornos psicológicos, o que foi corroborado com a pesquisa acima. Sendo considerada a terceira causa de morte mundial, causando sequelas como limitações físicas e cognitivas, essa pesquisa mostra-se relevante, para buscar melhorar a qualidade de vida no indivíduo pós-AVC, dessa forma é perceptível a necessidade do acompanhamento psicológico a esses pacientes de forma que eles obtenham ganhos em sua nova condição de vida. 

Embora os estudos científicos tenham fornecido evidências do psicólogo no processo da reabilitação, como parte da equipe multiprofissional. Critica-se que, as pesquisas relacionadas à atuação do psicólogo com esse público são restritas. Como também, a escassez de estudos publicados referente ao tema, que incluem o psicólogo como parte fundamental da equipe multiprofissional, também mostra-se uma carência em estudos que aprofunda-se no AVC em público jovem explorando suas causas. Assim, cabe à comunidade científica pesquisar e produzir artigos científicos que se voltem às repercussões psicológicas pós-AVC que corroborem a atuação do psicólogo na reabilitação cognitiva. 

REFERÊNCIAS 

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1Discentes do Curso Superior de Bacharelado de Psicologia da Faculdade Carajás Campus Marabá – PA e-mail: kellyraquelviegas@gmail.com/ rafaelafernanda1023@gmail.com 
2Docente do Curso Superior de Bacharelado de Psicologia da Faculdade Carajás Campus Marabá – PA Mestre em Psicologia. e-mail: julianareisalcantarabarros@gmail.com