REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7319312
Diego Nobre Rosas1
Presley Ferreira de Lima2
Thayná Oliveira de Moraes3
RESUMO
Define-se a patologia do Diabetes mellitus (DM) como sendo uma doença crônica, não transmissível e que está diretamente ligada ao processamento do açúcar no sangue pelo organismo, ou seja, quando o corpo não consegue mais produzir a insulina ou criar uma resistência a esta, ocorre o diabetes mellitus. O artigo propõe como objetivo identificar quais são os alimentos e suplementos que podem contribuir com a redução dos fatores de risco ao desenvolvimento ou agravo do Diabetes mellitus. O artigo é uma revisão bibliográfica, com abordagem qualitativa e com objetivos descritiva. O estudo realizado constatou que segundo as recomendações da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) é essencial que na alimentação de uma pessoa com diabetes seja composta de macronutrientes que podem ser assim descritos: 45 a 60% de carboidratos das necessidades energéticas, não devendo ser inferiores a 130 gramas diários, 15 a 20% de proteínas, 20 a 35 % de lipídeos e 30 a 50 gramas de fibras por dia. Enfim, já é fato comprovado que a educação nutricional é a maior ferramenta que o indivíduo tem para prevenir, controlar ou tratar doenças, e no caso do DM é essencial, pois, a dieta correta do diabético é fator fundamental para manter os níveis de glicemia nos limites desejados.
Palavras-Chave: Aporte Nutricional. Prevenção. Controle. Diabetes Mellitus.
ABSTRACT
The pathology of Diabetes mellitus (DM) is defined as a chronic, non-communicable disease that is directly linked to the processing of blood sugar by the body, that is, when the body can no longer produce insulin or create resistance to it. this, diabetes mellitus occurs. The article aims to identify which foods and supplements can contribute to the reduction of risk factors for the development or aggravation of Diabetes mellitus. The article is a literature review, with a qualitative approach and descriptive purposes. The study found that according to the recommendations of the Brazilian Society of Diabetes (SBD) it is essential that the diet of a person with diabetes is composed of macronutrients that can be described as follows: to 130 grams daily, 15 to 20% protein, 20 to 35% lipids and 30 to 50 grams of fiber per day. Finally, it is already a proven fact that nutritional education is the greatest tool that the individual has to prevent, control, or treat diseases, and in the case of DM it is essential, since the correct diet of the diabetic is a fundamental factor to maintain blood glucose levels. within the desired limits.
Keywords: Nutritional Contribution. Prevention. Control. Diabetes Mellitus.
1. INTRODUÇÃO
Define-se a patologia do Diabetes mellitus (DM) como sendo uma doença crônica, não transmissível e que está diretamente ligada ao processamento do açúcar no sangue pelo organismo, ou seja, quando o corpo não consegue mais produzir a insulina ou criar uma resistência a esta, ocorre o diabetes mellitus.
O ministério da saúde afirma ser os principais sintomas do DM: o aumento exagerado de fome; aumento na necessidade de urinar; aumento da sede; perda de peso repentino; entre outros. Ressalta-se que algumas pessoas não apresentam sintomas algum, o que dificulta a percepção da gravidade da patologia, bem como, outras pessoas também podem apresentar cansaço, fraquezas e infecções (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020).
Como fatores de contribuição para adquirir o DM, podemos citar que são as infecções, as deficiências nutricionais, microbiota intestinal, exposição a alimentos com muito glúten, estresse psicológico, isolados ou em combinações, a transição alimentar, o estilo de vida sem exercícios físicos, ou seja, de maneira sedentária e o excesso de peso (SBD, 2019).
Sua prevenção ocorre em três fases: a) a prevenção do seu início (prevenção primária), prevenção de suas complicações agudas e crônicas (prevenção secundária) ou reabilitação e limitação das incapacidades produzidas pelas suas complicações (prevenção terciária) (SBD, 2019).
Em se tratando de dados estatísticos da ocorrência do DM no Brasil, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o país ocupa a 8ª posição no ranking dos países que mais possuem pacientes do diabetes melitos, e estima ainda, que a glicemia seja o segundo fator de óbitos prematuros, sendo superado apenas pela Hipertensão, ou seja, a pressão arterial aumentada, sendo considerada um problema de saúde pública (OMS), e tem atingido um percentual de cerca de 30 a 40% das causas de morbidade entre os adultos, causando geralmente problemas de cunho vasculares (LADEIA et al, 2020).
Dentro de um contexto mundial, estima-se que para o ano de 2030, os portadores de DM atingirão cerca de 300 milhões (ZAPAROLLI et al, 2013).
No Brasil, segundo dados da SBD (2019) estima-se que o país possui mais de 13 milhões de portadores de DM, o que traduzindo em percentuais assume um índice de 6,9% da população brasileira.
Dessa maneira, o artigo propõe solucionar a seguinte questão problemática: Qual o papel do aporte nutricional na prevenção, tratamento e controle do Diabetes Mellitus?
Assim, considerando que o DM ocorre quando existe o aumento dos níveis de glicemia e que a dieta do indivíduo diagnosticado com o DM é um os fatores essenciais para que se mantenha estes em um nível desejado, podemos afirmar que a elaboração de uma alimentação balanceada é de suma importância, sendo necessário que esta esteja em sincronização com a insulina que o paciente toma.
A relevância do trabalho está no fato de que pode proporcionar aos leitores, seja a sociedade e principalmente as autoridades, uma reflexão da necessidade de que existam políticas públicas voltadas a prevenção desta patologia, haja vista que um dos seus fatores de risco é a nutrição deficiente e consequentemente o sobrepeso, afetando principalmente as pessoas menos favorecidas financeiramente e que possuem um estilho de vida sedentário, bem como, consomem alimentos não saudáveis, mas considerados de fácil acesso aos mesmos.
A justificativa para a pesquisa está na necessidade de se atualizar o acervo, haja vista que a maioria das produções científicas sobre o tema são antigas, bem como, informar situações novas que podem contribuir para a prevenção e o tratamento do DM, proporcionando com isso uma compreensão mais assertiva dessa patologia, mostrando que ela pode ser evitada e tratada de forma mais simples, com uma alimentação adequada, bem como, conscientizar, ainda, a sociedade da importância do acompanhamento do paciente portador do DM, por um profissional da área de Nutrição, para que possa assim elaborar uma dieta saudável e que a qual irá contribuir para uma qualidade de vida melhor.
O objetivo do artigo é identificar quais são os alimentos e suplementos que podem contribuir com a redução dos fatores de risco ao desenvolvimento ou agravo do Diabetes mellitus.
Foi também propostos alguns objetivos específicos: a) Apresentar por meio de literatura existente os principais aspectos do DM; b) Levantar dados estatísticos da ocorrência do DM no Brasil; e motivar a obtenção de uma qualidade de vida melhor por meio de uma alimentação saudável.
2. METODOLOGIA
Para Prodanov e Freitas (2013, p. 24), a metodologia é uma área que tem como objetivo estudar, compreender e avaliar os métodos disponíveis para a realização de uma produção acadêmica, ou seja, é a aplicação de procedimentos e técnicas que podem ser caracterizadas pelo caminho que o pesquisador irá percorrer para que seja realizada a referida produção acadêmica.
A pesquisa é de natureza revisão bibliográfica e de abordagem qualitativa. Revisão Bibliográfica porque foi feito levantamento de dados por meio de fontes literárias que já tinham sido publicadas sobre o assunto, ou seja, todo tipo de produção acadêmica que incluem desde livros a teses, e que fará parte da revisão literária apresentada neste artigo e qualitativa porque foi realizada uma interpretação do assunto abordado, não precisando de uso de métodos de estatísticas para expor os resultados e assim atender o objetivo geral.
Em se tratando dos fins, a pesquisa utilizou o tipo descritiva, uma vez que foi necessário expor as principais características do fenômeno estudado, neste caso a violência doméstica de crianças e adolescentes e quanto as técnicas utilizadas para a coleta dados foi a do tipo bibliográfica, utilizando para tanto, produções acadêmicas coletadas em sites acadêmicos
O critério de inclusão foram a seleção de produções acadêmicas que continham as palavras-chave: Diabetes Mellitus. Aporte Nutricional. Prevenção. Tratamento, bem como, as que foram publicadas no idioma português e que foram essenciais a obtenção dos objetivos propostos.
Como critério de exclusão foram descartadas as produções acadêmicas que estavam em outros idiomas ou que não apresentavam literatura que pudesse contribuir para a obtenção dos objetivos, geral e específicos.
Abaixo no quadro 1, apresentam-se as produções acadêmicas que foram utilizadas como apoio literário.
Base de dados | Título | Autor(es) | Ano |
SCIELO | Promoção da saúde e diabetes: discutindo a adesão e a motivação de indivíduos diabéticos participantes de programas de saúde | COSTA. J.A. et al | 2011 |
Revista Norte | Hipertensão e dislipidemia em pacientes diabetes mellitus tipo 2. | PINHO. L et al | 2015 |
SCIELO | Prevalência de diabetes mellitus e fatores associados na população adulta brasileira: evidencias de um inquérito de base populacional. | FLOR, L.S; CAMPOS, M.R. | 2017 |
Unifafibe | Diabetes Mellitus 2 | BERTONHI, L.G.; DIAS, J.C. R | 2018 |
bmjcom | Dietary and nutriotinal approaches for prevention anda management of type 2 diabetes. | FOROUHI, N.G | 2018 |
Pubmed | Sucesso of nutrition-therapy interventions ins persons with type 2 diabetes. | FRANZ, M.J MACLEOD, J. | 2018 |
UFOP | Diabetes Mellitus: principais aspectos e diagnostico através da dosagem de hemoglobina glicada. | MARQUES I. | 2018 |
UNIVALE | Implicações nutricionais no diabetes mellitus tipo 2: uma revisão bibliográfica. | PINHO, A.S.L et al | 2018 |
ATLAS | Diabetes | IDF | 2019 |
American Diabetes Association | Standards of medical care in diabetes | – | 2019 |
Ciência Saude Colet | Internações por diabetes mellitus e Estratégia Saúde da Família, Paraná, Brasil, 2000 a 2012. | ARRUDA, G. O | 2019 |
RBAC | Correlação da hemoglobina glicada com a glicemia de jejum no diagnóstico do diabetes mellitus. | MOREIRA, R.B. et al | 2019 |
UFPEL | Atenção à pessoa com diabetes e/ou hipertensão na rede básica de saúde: Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade | NEVES, R. G | 2019 |
Braz. J. Hea. Rev | Análise do entendimento do paciente sobre programa de automonitoramento da diabetes. | LADEIA, F.J et al | 2020 |
Pensenatural | 15 melhores alimentos anti-inflamatórios para incluir na dieta | Fábio Dias | 2020 |
Brasilian Journal of Davelopmen | Diabetes Mellitus: causas, tratamento e prevenção | CESARIN D.E. et al | 2022 |
Fonte: Elaborado pela autora (2022).
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 DIABETES MELLITUS (DM)
3.1.1 Epidemiologia
Nas últimas décadas várias tentativas foram realizadas para acertar a epidemiologia do Diabetes Mellitus, e a maioria dos estudos baseiam-se apenas nas alterações apresentadas pela glicemia, apesar de existirem uma série de manifestações clinicas e condições que podem estar associadas ao DM e durante estes períodos observou-se a sugestão de vários fatores como genéticos, ambientais e imunológicos, os quais possuem importante papel na patogênese, no curso clínico e no aparecimento de complicações do diabetes (SBD, 2019, p. 12).
Estudos realizados pelo IDF (2021), mostram que o Brasil é um dos dez países que possuem o maior índice de pessoas com DM, assumindo a 6ª posição em termos de incidência, o que corresponde a um total de 15,7 milhões de doentes entre 20 e 79 anos, perdendo apenas para a China, Índia, Paquistão, Estados Unidos e Indonésia, e numa estimativa a incidência da doença em 2045 será de aproximadamente 23,2 milhões.
Para Flor (2017), a alta prevalência de diabetes mellitus e suas complicações leva a sociedade de maneira geral a pensar na necessidade de investimentos em políticas públicas voltadas a prevenção e controle desse problema de saúde considerado um dos mais graves que tem afetado hoje e poderá afetar a nova geração, ou seja, esta enfermidade pode ser evitada ou controlada, no entanto, se faz necessário ações voltadas a atenção primária dessa patologia (ARRUDA, 2018), bem como, voltadas a facilitar o acesso das pessoas a saúde pública, bem como, este atendimento seja considerado suficientes e adequados para atender à crescente demanda, buscando evitar complicações, hospitalizações, óbitos e elevados gastos do sistema de saúde (NEVES, 2018).
3.1.2 Aspectos conceituais
Para Martins (2017), o DM pode ser definido como sendo um distúrbio que ocorre no sistema endócrino e sua etiologia é considerada múltipla e tem como principal característica a elevação da glicose plasmática de forma crônica, mas conhecida como hiperglicemia crônica.
Seguindo a mesma linha de raciocínio da citação acima, dos Santos (2020), afirma que a DM é uma patologia crônica que apresenta como principal característica o aumento dos níveis da hiperglicemia, causando com isso a elevação dos níveis de glicose no sangue, e que ocorrem por meio da secreção deficiente da insulina essencial ao funcionamento correto do metabolismo no organismo.
3.1.3 A fisiopatologia
Para se falar da fisiopatologia do DM, é importante citar antes de tudo a glândula pancreática, no qual compõe um dos sistemas digestivo e endócrino presentes nos seres humanos e tem sua formação por dois tipos de tecidos que são os ácidos que tem como função secretar o suco digestivo do duodeno e as ilhotas que têm como função secretar os dois hormônios considerados mais importante que são a insulina e glucagon, que por sua vez tem atuação direta no sangue (ORIÁ e BRITO, 2016).
A insulina pode ser caracterizada como um peptídeo que geralmente é liberado em períodos absortivos, produzidos pelas células beta-pancreáticas em resposta à elevação da glicose plasmática, exercendo assim seus efeitos principalmente no músculo esquelético, cardíaco, no fígado e tecido adiposo. Ao se ligar na porção alfa do seu respectivo receptor (IRS), uma rápida mudança conformacional induz o aumento da captação da glicose circulante para dentro das células de tecidos sulino dependentes e através da mobilização de receptores específicos de glicose (GLUT) para as membranas celulares (NOLASCO & MARTINS, 2017).
3.1.4 Classificações
Segundo a Associação Americana de Diabetes (ADA, 2019), o DM pode ser classificado em quatro classes: DM tipo 1 (DM1: tipo 1A e 1B), DM tipo 2 (DM2), diabetes mellitus gestacional e secundário a outras patologias, sendo o DM2 o mais comum, assumindo um percentual de 90% dos casos, seguido de 10% dos casos no DM1 (BRASIL, 2020).
Classificação | Caracterização |
DM tipo I | Este tipo de DM, pode ser verificada como sendo do tipo autoimune e sua ocorrência é por meio de interações de fatores ambientais, genéticos e imunológicos e que causa a resposta do tipo necroinflamatória do pâncreas e com isso a sua destruição de forma progressiva, o que ocasiona a baixa produção da insulina (GUARIGUATA et. Al., 2014). |
DM tipo II | Neste tipo de DM, os sintomas podem ser brandos, e manifesta- se geralmente na população adulta, principalmente os que estão em sobrepeso e que possuem familiares com histórico de DM tipo 2. Neste ocorre a deficiência da insulina, ou seja, ela se apresenta como um estado de resistência à ação da insulina, apresentando um defeito na secreção, sendo menos intenso do que a DM tipo I (SBD, 2019, p.29). |
DM Gestacional | DM gestacional: hiperglicemia de graus variados diagnosticada durante a gestação, na ausência de critérios de DM prévio. |
Fonte: adaptado de Guariguata et al (2014) e SBD (2019) e ADA (2019).
3.1.5 Fatores de Risco
Os fatores de risco vão muito além da predisposição genética, ela assume os fatores ambientais como a obesidade e o sedentarismo, podendo, ainda, ser o envelhecimento, Pré-diabetes, ou DM gestacional (DMG), bem como, a presença de componentes de síndrome metabólica, tais como a hipertensão arterial e dislipidemia, e que ocorrem com mais frequência nos adultos com histórico de sobrepeso ou de familiar portador do diabetes (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020), já no DM do tipo 2, os principais fatores são a obesidade e falta de exercício físico e sendo o principal índice de portadores do DM, assumindo um índice de aproximadamente 90% dos casos existentes, sendo os outros 10% do DM tipo 1 (BRASIL. 2020).
A Sociedade Brasileira de Diabetes (2019) cita ainda como fatores de risco do DM, síndrome de ovários policísticos, uso de glicocorticoides, alguns distúrbios psiquiátricos como esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar e apneia do sono.
3.1.6 Sintomas
O DM do tipo 1, apresenta seus sintomas logo na infância, e estão ligados a sinais evidentes de algo errado no organismo, como por exemplo a perda de peso repentinamente, irritabilidade, desidratação e a descompensação em cetoacidose (SBD, 2019) e sendo este tipo de DM a que apresenta a hereditariedade existindo um trabalho de anamnese e investigação da história do paciente em relação a sua família, devido a possibilidade de existência de predisposição genética para que seja gerado a disfunção autoimune nas células beta pancreáticas (BARRETO, 2016).
Ribeiro (2016), afirma ser os sintomas mais comuns da hiperglicemia: polidipsia (sede aumentada), poliúria (excesso de urina), polifagia (fome exagerada), perda de peso, alteração visual, dificuldade de cicatrização de feridas, cansaço, déficit de crescimento e maior susceptibilidade a infecções, sendo, ainda, a cetoacidose diabética geralmente aparece como uma das primeiras manifestações da doença, sendo o foco principal para o diagnóstico.
3.1.7 Diagnóstico
Para Saraiva et al (2010, p. 78), por muitos anos, o diagnóstico da diabetes era voltado exclusivamente para os valores glicêmicos em jejum, ao acaso ou após uma PTGO com 75g), mas os critérios de diagnósticos que hoje são aceitos pela OMS e SBD tem como referência os valores estabelecidos pela Federação Internacional de Diabetes, que no qual são determinados pelos valores glicêmicos, bem como, a associação de um ou mais sintomas dos quais podemos citar: Sintomas de poliúria, polidipsia e perda ponderal acrescidos de glicemia casual ≥ 200 mg/dL. Compreende-se por glicemia casual aquela realizada a qualquer hora do dia, independentemente do horário das refeições. Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dL (7 mmol/L). Em caso de pequenas elevações da glicemia, o diagnóstico deve ser confirmado pela repetição do teste em outro dia. Glicemia de 2 h pós-sobrecarga de 75 g de glicose ≥ 200mg/dL (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2019, p.11).
Para o diagnóstico laboratorial do DM tipo 1, é necessário observar alguns parâmetros, mas na maioria das vezes utilizam-se os padrões determinados pela OMS, ADA e SBD, e de acordo com estas instituições, os parâmetros podem ser assim definidos:
Meio de diagnóstico | Caracterização |
Glicemia em jejum | Glicemia de forma aleatória, ou seja, coleta em qualquer momento e que são realizadas em pessoas que apresentam algum sintoma do DM. |
Teste Oral de Tolerância a Glicose (TOTG) | É quando se faz a ingestão de sobrecarga de 75 gramas de dlicos e que cuja mesma deve estar abaixo de 200 mg/dl e com isso seja normal. |
Hemoglobina glicada | Os valores que podem ser considerados normais entre 4,5 – 5,6%, os pré-diabéticos apresentam valores entre 5,7 – 6,4%, sendo assim os valores ≥ 6,5% considerados como um possível diagnóstico de DM, sendo, às vezes, necessária a repetição dos exames para confirmação do diagnóstico de forma segura e precisa (BARRETO, 2016). |
índice HOMA-IR (Homeostases Model Assessment for Insulin Resistance), | Utilizado frequentemente por possuir a vantagem de ser calculado através de uma única amostra de sangue. Esse índice é calculado pela fórmula [(FPI μU/mL x FPG mmol/L) / 22,5], onde se compara a quantidade de insulina no plasma em jejum (FPI) com a quantidade de glicose no plasma em jejum (FPG) e valor de resistência da população descrita como de referência (SBD, 2019). |
Fonte: elaborado pelo autor adaptado de (ADA, 2019)
3.1.8 Prevenção
Segundo WHO (2016), prevenção primária se estabelece a partir de um regime alimentar saudável e atividade física regular que atendam às necessidades de atenção à doença. A prevenção secundária inclui diagnóstico precoce e tratamento adequado, abrangendo o controle do diabetes reduzindo substancialmente o risco das complicações da doença.
No Brasil, existem vários fatores considerados gargalos para que haja uma eficiente assistência à saúde no que tange a atenção primária do DM, haja vista que existe o precário funcionamento dos mecanismos de referência e contrarreferência; no desconhecimento dos profissionais da AB quanto aos fluxos de acesso aos demais pontos de atenção; em déficits na formação das equipes, falta de compromisso de alguns profissionais no cumprimento das normas técnicas e com os resultados esperados; condições de trabalho precárias, incluindo a instabilidade dos vínculos trabalhistas, salários defasados, problemas na relação quantitativa de equipe/população e a falta de equipamentos e outros insumos (GONÇALVES et al, 2014).
Há inúmeros fatores envolvidos na prevenção do DM, onde a maioria depende de aceitação do próprio paciente, e nesta variedade de prevenções podemos citar os que envolvem medidas terapêuticas como dieta, exercício físico, ou seja, a nutrição é um dos tratamentos mais adequados, haja vista, que hábitos alimentares, favorece uma qualidade de uma vida melhor (CASSARIN et al, 2021, p. 10069).
3.1.9 Tratamento do DM
O tratamento do DM, tem como finalidade a normalização dos níveis glicêmicos e metabólico, e o paciente com DM precisa ser orientado a seguir a prescrição de medicamentos e as mudanças de estilo de vida, que compreendem hábitos alimentares saudáveis e a prática de atividade física (VILLAS BOAS et al, 2012)
O uso da insulina é fundamental para a sobrevida do paciente com DM e o tratamento adequado é primordial para o alcance do controle glicêmico satisfatório. Entretanto, a omissão de doses de insulina parece ser frequente, entre os indivíduos com DM 1, refletindo em morbidade, altas taxas de hospitalização por hipoglicemia e cetoacidose (RIBEIRO, 2016).
No tratamento com a insulina segundo dados do Ministério da Saúde (2020): A principal função da insulina é fazer com que o açúcar proveniente dos alimentos possa entrar nas células transformando se em energia, em casos de diabetes, esse açúcar absorvido pelo intestino e levado para o sangue não consegue entrar nas células devido à falta de insulina, aumentando sua quantidade no sangue causando a hiperglicemia, que é a principal manifestação da doença (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020).
Para Bertonhi e Dias (2018) os pacientes do DM podem utilizar-se de dois tipos de medicamentos: os antidiabéticos orais que são substâncias que atuam na redução da glicemia e assim, conseguem manter os níveis considerados normais. Esses são geralmente utilizados por pacientes do DM tipo 2 e a insulinoterapia que é a aplicação intramuscular de insulina exógena diária para a manutenção dos níveis glicêmicos, podendo ser prescrita tanto para pessoas com DM tipo 1 ou 2.
Segundo dados da OMS (2018), além das insulinas distribuídas pelo SUS, existem também as insulinas análogas de ação ultrarrápida que podem ser as asparte, lispro e glusilina e aquelas que possuem ação prolongada como glargina, detemir e degludeca e ainda as insulinas que são administradas periodicamente por injeção, bem como, as insulinas por sistema de infusão contínua, que é feito através do uso de bombas de infusão.
3.1.10 Complicações de saúde adquiridas aos portadores do DM
Para a SBD (2019, p. 12), existem algumas evidências de que pacientes com DM sem controle médico tenham uma tendência maior em desenvolver complicações do que os portadores de DM que possuem controle médico, no entanto, em algumas circunstâncias, as complicações do diabetes são encontradas mesmo antes da hiperglicemia, evidenciando a grande heterogeneidade desse distúrbio metabólico.
Os indivíduos que são portadores do DM, podem desenvolver, complicações como vasculares, neurológicas e infecciosas, onde as complicações vasculares compreendem as doenças coronárias aceleradas, doença cerebrovascular, vascular periférica, retinopatia e doença renal e os distúrbios neurológicos se apresentam como perdas sensoriais, com alterações e ulcerações gangrenosas nos dedos das mãos e pés, e as infecções são devido à capacidade imunológica diminuída, estando, frequentemente, os pacientes diabéticos propensos a infecções de pele, trato urinário e manifestações bucais (AGUIAR, 2011).
Observa-se, ainda, que o DM além das complicações observadas na figura 2, pode-se dizer que também tem sido o maior contribuinte de agravos direto ou indiretamente de problemas com o sistema musculoesquelético, no sistema digestório, na função cognitiva e na saúde mental, além de ser associado a diversos tipos de câncer, no entanto, infelizmente tem sido dado pouca atenção ás tendências globais das complicações do diabetes e ao modo como as características da morbidade associada ao diabetes têm mudado o que leva a ocorrência de uma enorme quantidade de pessoas com essa morbidade (SBD, 2019, p. 14).
3.1.11 Evolução estatística da ocorrência do DM no Brasil
Um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística em 2019, por meio da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), estimou os seguintes índices de diabetes Mellitus, conforme a Região do Brasil; o gênero e a faixa etária, apresentados por meio dos gráficos 1, 2 e 3: Em se tratando das ocorrências do DM por Regiões do Brasil, observa-se que a maior prevalência está no Sudeste, com um índice de 8,5. Assumindo a segunda posição encontra-se o Sul com 7,9. Em terceiro encontra-se a Região Nordeste e Centro-oeste, com 7,2 respectivamente e em quarto lugar encontra-se o Norte com 5,5, sendo este o menor índice de ocorrência.
Gráfico 2 – Ocorrência do DM em pessoas acima de 18 anos por gênero
Fonte: elaborado pelo autor, adaptado do IBGE (2019).
No que se refere as ocorrências do DM em pessoas acima de 18 anos, conforme o gênero, observou-se a prevalência do gênero feminino, assumindo um índice de 8%, enquanto os gêneros masculinos atingem um percentual de 7%.
Gráfico 3 – Ocorrência do DM em pessoas acima de 18 anos por faixa etária
Fonte: elaborado pelo autor, adaptado do IBGE (2019).
No que se refere as ocorrências do DM em pessoas conforme a faixa etária, observou-se que os pacientes de 65 a 74 anos, assumem a primeira posição no ranking com 22%, na segunda posição estão os pacientes da faixa etária de 75 anos ou mais, com um percentual de 21% e numa condição menor se encontra a faixa etária de 18 a 29 anos, com um índice de 1%.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 APORTE NUTRICIONAL EM PORTADORES DE DM
Com a globalização, a era tecnológica e por consequência a competividade empresarial, o ser humano adquiriu novos hábitos e entre esses encontram-se os de alimentação, que precisam ser rápidas para acompanhar o mundo mercadológico, o que tem preocupado profissionais da área da saúde, haja vista, que o mundo capitalista acarreta principalmente o sedentarismo e a alimentação inadequada, fator este responsável por inúmeras doenças, incluindo principalmente o DM (COSTA, 2011).
Para Costa (2011), a ingestão alimentar inadequada de macronutrientes, o aumento no consumo de produtos industrializados ricos em conservantes, sódio, açúcares e gorduras caracterizam o estado nutricional da sociedade contemporânea, associado ao sedentarismo há um elevado crescimento no desenvolvimento e na incidência do DM2.
O cuidado nutricional em diabetes mellitus (DM) é uma das partes mais desafiadoras do tratamento e das estratégias de mudança do estilo de vida. A relevância da terapia nutricional no tratamento do DM tem sido enfatizada desde a sua descoberta, bem como o seu papel desafiador na prevenção, no gerenciamento da doença e na prevenção do desenvolvimento das complicações decorrentes (SBD, 2019) e segundo Souza e Silvestre (2013, p. 542) apontam que o aspecto nutricional do paciente diabético deve ser trabalhado tanto a nível preventivo quanto no tratamento da doença. Neste sentido, é fundamental que haja a orientação do profissional nutricionista ao paciente para que este possa seguir a dieta recomendada às suas necessidades.
Assim, os profissionais de nutrição possuem um papel essencial na prevenção, no tratamento e no controle do DM, principalmente no que se refere ao incentivo de tomarem as decisões necessárias a mudanças nos seus hábitos alimentares e que atuam de forma a indicar planos de dietas, incluindo escolhas de alimentos que se encaixam no seu estilo de vida (FRANZ, 2018) e que de acordo com a Early (2018), a participação de um profissional nutricionista é eficaz para melhora dos resultados médicos, qualidade de vida e controle de custos.
4.1.1 As dietas anti-inflamatórias e antioxidantes no DM
A ingestão de dietas ricas em gorduras saturadas e açúcar e deficiente em compostos antioxidantes ingestão de dietas com alto teor de gorduras saturadas e açúcar, mas deficientes em compostos antioxidantes é o maior contribuinte de acúmulo de tecido adiposo e podem levar ao aumento de marcadores inflamatórios no sangue e tecidos (SOUZA, 2014, p. 6).
Segundo Pinho et al (2018, p.4), entre os mais diversos padrões de alimentos que podem ser usados pelos pacientes de DM, tem destaque a dieta DASH (Abordagens Dietéticas para impedir a hipertensão). Esse tipo de dieta é uma abordagem dietética nutritiva e equilibrada, além de ser considerado um plano alimentar sustentável que pode melhorar o número dos parâmetros de saúde incluindo: hipertensão, resistência à insulina, hiperlipidemia, sobrepeso e obesidade. Pessoas com diabetes têm um risco maior de desenvolver hipertensão do que pessoas sem diabetes.
De acordo com Esposito et al (2016), o maior consumo de alimentos de alta qualidade podem ativar o sistema imunológico inato, reduzindo a produção de citocinas pró-inflamatórias e aumentando as citocinas anti-inflamatórias. Isso pode melhorar a sensibilidade à insulina e a função endotelial a nível vascular, em última análise, atuando como uma barreira para síndrome metabólica.
Para Bertonhi e Dias (2021) a dieta é um dos pontos fundamentais no controle e tratamento do DM. Neste contexto, um tratamento nutricional adequado deve ter os seguintes objetivos:
1) Fornecer energia através dos nutrientes para manter ou melhorar o estado nutricional do indivíduo;
2) Manter e/ou reduzir a glicemia próxima aos níveis adequados, através de uma alimentação balanceada e farmacológica com a utilização de hipoglicemiantes orais e/ou insulina;
3) Atingir os níveis adequados de lipídeos séricos, reduzindo o risco de morbidades associadas como as DCVs (Doenças Cardiovasculares);
4) Prevenir e tratar as complicações agudas e crônicas;
5) Promover educação em DM, explicando como é importante a mudança de hábitos para melhora na qualidade de vida;
6) Manter um estado nutricional adequado;
7) manter o peso ideal e evitar problemas com outras morbidades; e
Lembrando, que essas dietas devem ser acompanhadas por profissionais de saúde e devem sempre ser acompanhadas de atividades físicas para que possa contribuir para uma melhor qualidade de vida, mesmo sendo portador do diabetes.
Alimentos | Caracterização do alimento |
Beterraba | A beterraba é um alimento repleto de antioxidantes e inclui uma vasta quantidade de nutrientes que ajuda a reparar os danos celulares causados pela inflamação por meio de betalaína que é anti-inflamatório, rica também em ferro, atua no controle sanguíneo e possui uma série de benefícios. |
Açafrão | A curcumina é um composto do açafrão, está entre os mais potentes agentes naturais anti-inflamatórios conhecidos. |
Vegetais verdes | Os vegetais de folhas verdes frondosas, como agrião, acelga, couve, couve de Bruxelas, espinafre, escarola e rúcula são obrigatórios em qualquer dieta saudável. |
Salmão | O salmão é um dos alimentos mais ricos em ômega-3, que é uma das substâncias anti-inflamatórias capaz de reduzir a necessidade de medicamentos anti-inflamatórios. |
Brócolis | Os brócolis são elementos valiosos para qualquer dieta e seu valor anti-inflamatório é inestimável. Brócolis concentra potássio e magnésio, particularmente eficientes como anti-inflamatórios. |
Aipo | Estudos farmacológicos mostraram os benefícios do aipo na dieta por suas características antioxidantes e anti-inflamatórias. Ele é um bom exemplo de equilíbrio mineral vinculado à inflamação é a mistura adequada de sódio e potássio. |
Nozes e Castanhas | Além da carne de salmão, as nozes e as castanhas são excelentes fontes de proteína e ômega-3. |
Abacaxi | O abacaxi traz bromelina, uma enzima digestiva com capacidade de regular a resposta imune do corpo que, muitas vezes, cria inflamação indesejada e desnecessária. |
Óleo de coco | Tanto quanto nos componentes de açafrão, os altos níveis de antioxidantes presentes no óleo de coco virgem foram responsáveis por reduzir a inflamação e artrite, segundo um estudo realizado na Índia. |
Gengibre | O gengibre é outro elemento que ajuda a reduzir a inflamação e pode ser facilmente introduzido na alimentação diária. Ele pode ser usado fresco, seco, como extrato ou em forma de suplemento. |
Linhaça | A linhaça (para a alegria dos vegetarianos) também é uma excelente fonte de ômega-3 e fito nutrientes. |
Fonte: Elaborado pelo autor (2022).
Os vegetais são um grupo de alimentos composto por frutos, folhas, flores, raízes, tubérculos e caules, e são fontes de vitaminas e minerais essenciais para uma alimentação saudável e equilibrada. Eles fazem bem para todo mundo, mas se tem um público que se beneficia do consumo de vegetais são as pessoas com diabetes. Os vegetais também atuam na prevenção de doenças cardiovasculares (DCV), devido ao seu potencial de proteção e controle dos níveis de colesterol, de glicemia e de insulina, e ainda na redução do risco de obesidade(VICEDOMINI, 2021).
4.1.3 Os energéticos
Manter o peso no ideal, é uma prevenção e tratamento de qualquer tipo de DM, assim um bom planejamento de estratégias direcionado ao estilo de vida adequado necessita ser conduzido de forma intensa e possuir uma assistência continuada para reduzir substancialmente o peso e impactar de forma positiva nos resultados clínicos. Diminuir o consumo do valor calórico da dieta e mudar o estilo de vida podem favorecer pessoas acima do peso com DM2 (PINHO et al, 2018, p.6).
4.1.4 Os carboidratos
O carboidrato é um nutriente essencial, que representa a maior fonte de energia para a manutenção do nosso organismo. Desempenha várias funções como a regulação do metabolismo proteico, funcionamento do sistema nervoso central (SNC), função estrutural para as células, fornecimento de energia aos músculos entre outras (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2019).
De acordo com Forouhi et al (2018), antes que a insulina fosse desenvolvida como terapia, reduzir a ingestão de carboidratos foi o principal tratamento para o diabete.
Recomenda-se que as fontes de carboidratos consistam de cereais, leguminosas e vegetais (carboidratos complexos, na forma de amido); leite e frutas (lactose, frutose, sacarose e glicose de composição destes alimentos). Estes alimentos devem ser distribuídos em quantidades equilibradas ao longo do dia (MARQUES, 2018).
A ingestão de carboidratos totais no DM deve representar de 45 a 60% do valor calórico total (VCT) e sua ingestão mínima deve ser de 130 gramas por dia. O diabético deve ser orientado a reduzir o consumo de alimentos fonte de carboidratos simples da dieta e aumentar o consumo alimentos ricos em fibras, pois estes normalmente têm um menor índice glicêmico (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2019, p. 100).
4.1.6 Os lipídeos
No que se refere aos lipídeos, segundo Pinho (2015), a presença da hiperglicemia atua no desequilíbrio de lipídios no sangue, isso ocorre porque a resistência à insulina viabiliza um metabolismo impertinente na síntese desses lipídios, assim, é essencial que a conduta adequada baseada no controle dos níveis glicêmicos com novos hábitos que envolvem a prática de atividade física, alimentação correta e devida utilização de fármacos com ação hipoglicemiantes resultam em melhora da dislipidemia em pessoas com diabetes mellitus tipo 2.
As principais diretrizes internacionais não se fundamentam exclusivamente na recomendação alimentar baseada no percentual de gorduras da dieta, mas sugerem o seguimento de padrões alimentares saudáveis. Estes contemplam a retirada de ácidos graxos trans, a inclusão de alimentos fontes de ácidos graxos monoinsaturados (MONO) e poli-insaturados (POLI) e o controle no consumo de ácidos graxos saturados, priorizando o consumo de carnes magras, leite desnatado e consumo mínimo de carnes processadas (SBD, 2019, p. 103).
As recomendações devem estar baseadas nos objetivos individuais, observando-se o tipo de gordura e restringindo-se a ingestão de gordura saturada para menos de 10% do VET. Em pacientes portadores de diabetes, obesos, e outros com risco a dislipidemia, um menor consumo de gordura contribuirá para reduzir a ingestão calórica total e para a perda de peso, principalmente se combinada com atividade física (MARQUES, 2018).
A distribuição de lipídeos na dieta do diabético deve ser individualizada e sempre priorizar a qualidade do lipídeo, com preferência às gorduras mono e poli-insaturadas. Os lipídeos devem representar de 25 a 35% do VCT, sendo no máximo 300 miligramas de colesterol por dia, 7% de ácidos graxos saturados (AGS), de 5 a 15% de ácidos graxos monoinsaturados (AGMI) e 10% de ácidos graxos poli-insaturados (AGPI) e 2% de gordura trans (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2019, p.103).
4.1.7 As proteínas
As proteínas são indispensáveis ao nosso organismo, pois desempenham funções estruturais como ajudar no processo de criação de novas células e tecidos, regulação do metabolismo (principalmente de hormônios), atuação do sistema imunológico entre outras (SOUZA; SILVESTRE, 2013).
Não há evidências de que a ingestão proteica usual para a maioria dos indivíduos (1 a 1,5 g/kg de peso corporal/ dia), representando de 15 a 20% da ingestão total de energia, precise ser modificada para aqueles com diabetes e função renal preservada. O ideal é que o consumo proteico seja distribuído nas refeições para diminuir o IG e priorizar fontes saudáveis, como leite, iogurte e queijos com pouca gordura, peixes ricos em ômega, frango, ovos e carnes magras. A qualidade da proteína consumida também é importante, e as fontes ricas em aminoácidos essenciais, sobretudo com leucina, podem compensar a perda muscular, promover balanço positivo de proteína e reduzir a sarcopenia (SBD, 2019, p. 102).
4.1.5 Micronutrientes e Macronutrientes
Em se tratando dos nutrientes sabe-se que alguns tem sido destaque na capacidade de modular o metabolismo ósseo e com isso manter o controle glicêmico, bem como, atuam ainda na redução dos índices de osteoporose e entre eles possuem destaque o fósforo, selênio, magnésio e zinco (BRAGA et al. 2015), sendo importante ressaltar que os macronutrientes são os principais componentes das dietas e fonte de energia para o corpo e que podem ou não ser usados inter-relacionados e são constituídos de carboidratos, proteínas e gorduras (Li et al, 2017).
Segundo Rogério, Castro e Tirapegui (2013), não mais importante que os outros, existe outro macronutriente importante na dieta do portador do DM , que é a proteína, pois, elas são polímeros complexos e que se caracterizam pela presença de nitrogênio em sua estrutura química e que se apresentam em cadeias de tamanho e de várias formas que são ligadas por vinte aminoácidos diferentes, fator este que pode justificar a diversidade de moléculas proteicas presentes no organismo e que ainda possuem diversas funções nas vias metabólicas, sendo extremamente necessária a dieta do portador de DM.
Dentre os micronutrientes que possuem ação favorável sobre o controle glicêmico e, consequentemente, sobre as complicações da diabetes, em especial, as doenças de cunho osteo metabólicas e que segundo alguns autores, merecem destaque, são apresentados no quadro 4:
Micronutrientes | Efeitos |
Selênio | A maioria possui função enzimática redutora via selenocisteína, o que promove atividades catalíticas ou antioxidantes (WANG et al., 2016). |
Zinco | Mineral com versatilidade físico-química, por isso apresenta diversas funções no organismo, como atuação no metabolismo de macronutrientes, ácidos nucléicos e de tolerância a glicose (OEI et al., 2013). |
Magnésio | O magnésio é um cofator essencial para mais de 300 enzimas. Também é associado a distúrbios ósseos e alterações no metabolismo da glicose (HUANG; CHENG; WU, 2015). |
Cálcio | O cálcio constitui outro micronutriente com importante participação no metabolismo ósseo juntamente com a vitamina D e o fósforo. O cálcio também possui atuação na secreção e na sensibilidade a insulina. Para que ocorra a liberação da insulina é necessário um aumento no influxo de cálcio que gerará uma despolarização da célula e a liberação das vesículas contendo o hormônio (HUANG; CHENG; WU, 2015). |
Vitamina D | A vitamina D aumenta a absorção intestinal de cálcio e fósforo, regula a atividade de osteoblastos e osteoclastos e combate a hipersecreção de PTH, promovendo a formação óssea e prevenção/tratamento da osteoporose e outras desordens ósseas (CÂNDIDO; BRESSON, 2014). |
As vitaminas A, C e E | Demonstraram que a suplementação de vitaminas antioxidantes e vitaminas do complexo B em pacientes com DM2 melhorou a imunidade, aumentou significativamente os níveis plasmáticos de vitamina E e reduziu a homocisteína (GARRIBALLA ET AL. (2013). |
Fonte: Adaptado de Braga (2015)
Os macronutrientes são os principais componentes da dieta e fontes de energia para o corpo, podendo ou não ser usados inter-relacionados (LI et al., 2017). Este grupo de nutrientes é constituído pelos carboidratos, proteínas e gorduras.
Outro macronutriente que exerce influência sobre o controle glicêmico e o metabolismo ósseo é a proteína. Apresentam cadeias de tamanho e configuração variadas formadas pela ligação de vinte aminoácidos diferentes, o que justifica a diversidade de moléculas proteicas presentes no organismo e suas variadas funções nas vias metabólicas (ROGÉRIO; CASTRO; TIRAPEGUI, 2013).
A suplementação de vitaminas e minerais não é indicada para o controle do diabetes por falta de evidências científicas. O consumo de uma dieta equilibrada e variada, na maioria das vezes, é suficiente para oferecer quantidades adequadas de micronutrientes. Todavia, os pacientes devem ser submetidos a uma minuciosa anamnese clínica com o objetivo de diagnosticar possíveis perturbações, visto que estas tendem a ser comuns em indivíduos com diabetes. As principais causas são perdas excessivas na urina, diminuição da capacidade intestinal de absorção e baixa ingestão dietética (SBD, 2019, p. 104).
4.1.6 Alimentos funcionais
Os alimentos funcionais são substâncias que contêm componentes ativos, que além de suas funções nutricionais básicas, podem exercer efeitos fisiológicos e/ou metabólicos e/ou benefícios à saúde. Muitos alimentos funcionais estão sendo investigados, destacando-se a soja, o tomate, os peixes, os óleos de peixe, a linhaça, o alho, a cebola, as frutas cítricas, o chá verde, as uvas, os cereais, os probióticos e os probióticos, entre outros (MARQUES, 2018).
A modulação do estresse oxidativo por antioxidantes parece ter resultado positivo, mas estudos de intervenção não recomendam suplementação de antioxidante com o único propósito de prevenir o DM2. Uma alimentação rica em frutas, hortaliças e oleaginosas pode proporcionar melhor combinação de antioxidantes. Ademais, a suplementação rotineira de antioxidantes não é aconselhável, pela falta de evidências sobre a eficácia e pela preocupação relacionada com a segurança em longo prazo (A). Finalmente, suplementos à base de ervas não são recomendados a indivíduos com diabetes129 e podem apresentar interações medicamentosas. Aqueles disponíveis no mercado não são padronizados e variam em quantidade de ingredientes ativos (SBD, 2019, p. 104).
4.1.7 Compostos bioativos
Os compostos bioativos podem ser definidos como moléculas produzidas por vegetais, e são grande parte derivados de produtos do metabolismo das plantas produzidas como proteção aos fatores agressores da natureza, bem como para atrair seus polinizadores. Eles atuam na neutralização dos radicais livres produzidos pelo estresse oxidativo, todavia a ingestão de alimentos fonte de compostos bioativos promove a redução do risco de doenças e agravamento a saúde (GONÇALVES; SILVA; CARLOS, 2019).
Alguns autores em seus estudos, afirmam que o composto bioativo, atua diretamente na prevenção e no próprio tratamento do DM e abaixo no quadro 5, são mostrados alguns compostos e seus efeitos (SHARIFUDDIN et al., 2015, GOTHAI et al., 2016, ADINORTEY et al., 2019).
Esses compostos contribuem para a prevenção e o tratamento de doenças, como câncer e diabetes. Dessa forma, podem ser usados na composição de fármacos ou ingeridos por meio da alimentação (c) e no caso do Diabetes, Pinho (2015, p 12), destaca como fonte o mirtilo. Essas espécies são predominantes na América do Norte, mas atualmente são produzidos em quase todos os países, incluindo Austrália, Nova Zelândia e Países Europeus.
Composto bioativo | Alimentos | Efeito |
Ômega-3 | Peixe, algas marinhas | Aumento da afinidade de ligação do receptor de insulina -Diminuição dos triglicerídeos e lipoproteína de baixa densidade. |
Quercetina | Chá, maçãs, frutas vermelhas, cebola roxa | Proteção de disfunção endotelial e redução de TNF-α e PCR. |
Kaempferol | Feijão, alho-poró, tomate e vegetais crucíferos. | Efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios, antidiabéticos e neuro protetores. |
Cinamaldeído | Canela | Diminuição da resistência à insulina e aumento da taxa de glicogênese hepática |
Resveratrol | Cascas, sementes da uva, vinhos tintos | Melhora a sensibilidade à insulina, diminui a produção de glicose hepática por meio da ativação de SIRT1 |
Catequina | Chá verde | Aumento da captação de glicose e a translocação de GLUT4 |
Cúrcuma | Açafrão | Inibição da gliconeogênese hepática. -Ação anti-inflamatória com redução TNF-α, e antilipolítica diminuindo níveis circulantes de ácidos graxos livres |
Fonte: elaborado pelo autor (2022)
Os achados na literatura enfatizaram o uso dos compostos bioativos: resveratrol, cúrcuma, quercetina, catequina, no controle da hiperglicemia do diabetes mellitus por diferentes mecanismos.
4.1.7 Resumo das recomendações alimentares para os portadores de DM
O tratamento do DM, tem sua principal base na redução e no controle dos níveis glicêmicos, seja com uso de medicamentos para redução da concentração de glicose no sangue ou por meio de hábitos alimentares. Contudo, a maioria dos medicamentos possuem efeitos colaterais, dessa forma compostos naturais desempenham um importante papel como tratamento alternativo. (TRAN; PHAM; LE, 2020).
A SDB (2020), estabelece algumas orientações sobre a alimentação para o paciente de DM:
Carboidratos | Proteínas | Lipídeos | Fibras |
45 – 60 % do EER | 15 – 20 % do EER | 20-35 % do EER | Mínimo de 14/1000 kcal. DM2: 30 – 50 g/dia |
Fonte: SBD (2020)
Enfim, segundo a SBD (2020), a educação nutricional deve ser a ferramenta que o portador do DM tem para que esta seja controlada e com otimize a sua aderência cada vez mais as terapias nutricionais em prol de uma qualidade de vida melhor, sendo necessário que se tenha conhecimento da influência e da importância que tem os alimentos na homeostase glicêmica e na prevenção de complicações a curto e longo prazo.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao se tratar do assunto Diabetes Mellitus, a pesquisa objetivou a conscientização da importância de se prevenir, ou até mesmo dos cuidados necessários e essenciais para quem já é portador do DM, para que assim evite esta patologia, bem como, possa-se identificar antecipadamente a gravidade da patologia e com isso tratar e obter uma qualidade de vida melhor.
Conforme a pesquisa, podemos observar que existem dois tipos comuns de DM, que são a DM1 e a DM2, e que a do tipo 2, tem sido a maior responsável pelo percentual alto de ocorrências desta patologia, assumindo um percentual de 90% dos casos e 10% sendo as ocorrências da DM1.
Observou-se, ainda, que a nutrição é o maior influenciador da DM2, haja vista que o sobrepeso e a obesidade são considerados os maiores fatores de risco de obtenção da DM2, assim, a alimentação equilibrada tanto em macronutrientes como também em micronutrientes exerce um papel essencial para o bom controle glicêmico, bem como, previne outras patologias.
Assim, o estudo mostrou que segundo as recomendações da SBD de macronutrientes são: 45 a 60% de carboidratos das necessidades energéticas, não devendo ser inferiores a 130 gramas diários, 15 a 20% de proteínas, 20 a 35 % de lipídeos e 30 a 50 gramas de fibras por dia.
Diante do exposto, concluímos que a educação nutricional é a maior ferramenta que o indivíduo tem para prevenir ou tratar a DM, assim, propomos que haja mais estudos que tratam de desse tema e que envolva a saúde pública, visando com isso, conscientizar as autoridades competentes da importância de políticas públicas para o controle do diabete, abordando inclusive sobre a alimentação inadequada.
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1José Carlos de Sales Ferreira, Mestre, Orientador do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. e-mail: jcarlos.sales@gmail.com.
2 Rebeca Sakamoto, Mestre, Co-orientadora do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. e-mail rebeca.figueiredo@fametro.edu.br.
3 Francisca Marta Nascimento de Oliveira Freitas, Mestre, Co-orientadora do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO. e-mail