A IMPORTÂNCIA DE INCENTIVAR AS CRIANÇAS AO HÁBITO DA LEITURA NO ENSINO FUNDAMENTAL DE UMA ESCOLA DO INTERIOR PAULISTA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202502181748


Carina dos Santos Ramiro Sergio¹; Driele P. Joaquim Munhoz²; Elaine Rodrigues de França³; Priscila Laura Aranda Sangaletti⁴; Reani de Souza da Silva⁵; Tatiana Carneiro Rodrigues Fernandes⁶.


RESUMO 

O objetivo desse projeto é apresentar possíveis soluções para um problema que vem se agravando no interior das salas de aula, em qualquer fase escolar: o desinteresse produzido pelas crianças em relação à leitura. Um impasse que se não for solucionado durante a infância, se estenderá pelo decorrer da vida. Será possível perceber como a ausência da leitura na pré-escola e nos primeiros anos do ensino fundamental afeta diretamente o processo de alfabetização, a evolução das funções psíquicas e o desenvolvimento dessas crianças como cidadãs. Apontaremos a importância dos pais nesse processo fazendo com que a união escola-família possa auxiliar na resolução dessa questão. Levando em consideração a seriedade e a complexidade do fato de que já não há mais interesse pela leitura dentro e fora das escolas, a ideia é propor atividades aos alunos no espaço escolar, que de alguma forma este aluno seja avaliado e que ainda, em casa, eles também tenham a participação dos pais na produção dessa atividade avaliativa. Como resultado, compreendemos a reação dos alunos por meio dessas propostas inseridas em sala de aula e o posicionamento dos pais sobre a experiencia de se ter a leitura aplicada ao cotidiano de seus filhos. Concluímos que estratégias lúdicas são ótimas aliadas aos professores, no que cante os processos de ensino e aprendizagem.

PALAVRAS-CHAVE: Educação Fundamental; Práticas e Estratégias de leitura; Hábito de leitura; Literatura. 

1 INTRODUÇÃO 

Seja no processo de escolarização ou nas vivências cotidianas com a família, a leitura, sejam por meio dos livros ou mesmo a “leitura do mundo” (Freire,1989), brinquedos ou de objetos, a contação de histórias estimula o desenvolvimento da criatividade e de outras habilidades nas crianças, em especial o desenvolvimento cognitivo. O desenvolvimento e aprimoramento da linguagem, o estímulo à ampliação do vocabulário e a descoberta de um mundo novo e diferente são inspirações proporcionadas pelos livros. É na leitura que encontramos ferramentas importantes para interagir com o meio em que vivemos e para uma maior compreensão do mundo, é preciso apresentar ainda na fase infantil o livro como um objeto de recreação e diversão e não como obrigação.  

A educação infantil e posteriormente nas próximas fases de formação, é um importante momento de formação e desenvolvimento das habilidades de leitura, auxiliando no desenvolvimento cognitivo e social do indivíduo. As autoras Silva et al (2016) defendem que trabalhar as habilidades de leitura desde a educação infantil visa, grosso modo, incentivar a imaginação, criatividades e percepção dos estudantes, de forma a contribuir com a formação de concepções de mundo diferentes e subsídios argumentativos para lidar com os problemas de seu cotidiano, em perspectiva crítica e transformadora.  

A familiarização com os livros desde os primeiros anos de vida das crianças é primordial para o seu desenvolvimento como indivíduo, para a sua alfabetização e aprendizado, pois é nessa fase que se criam leitores assíduos, que se tornam curiosos e passam a almejar conhecimentos, melhorar a comunicação e a embasar argumentos. O incentivo à leitura parte do princípio de que pais leitores têm filhos leitores, a participação da família é de grande importância para que se crie esse hábito, colocar as crianças em contato com livros e histórias, faz com elas aumentem seu interesse em ler.  

A concorrência de aparatos tecnológicos para com os livros é desleal, smartphones, computadores, tablets e vídeo games lhes permitem acessar um mundo infinito de diferentes informações e possibilidades, isso tudo faz com que cada vez menos as crianças em fase escolar tenham apego e contato com os livros seja em casa ou na escola. É possível encontrar diversos aplicativos nos dias de hoje, que contam histórias infantis narradas por uma pessoa, como se fossem aúdiobooks ou na tradução, livros de áudio, que antigamente eram muito utilizados por pessoas deficientes visuais, impedindo que a criança tenha o contato físico com as páginas dos livros e com as imagens eles trazem. 

Como lidar com essa concorrência e superar o conceito digital que está instituído entre todos nós, uma vez que entre os jovens é muito comum revisar resumos de obras literárias através de vídeos do que ler propriamente a obra, é normal a busca por informações rápidas e em tempo real de fatos e acontecimentos da atualidade ou mesmo históricos, mas não há mais a busca de dados em livros, enciclopédias ou catálogos como antigamente. Tudo está a um clique na palma de nossas mãos.  

Por tudo isso, a intenção desse trabalho é a partir da literatura e elaboração de plano de aula, destinado promover hábito de leitura junto aos estudantes, diante da problemática identificada entre os alunos do segundo ano do ensino fundamental da Escola Municipal Professora Lélia Cecília Torrezan Galdino Lucato em Ribeirão Bonito – SP. Isto buscando  fazer com que, através de distribuição de livros físicos, que serão levados para casa semanalmente, o aluno entregue um fichamento do livro, que deverá ser feito junto à família, com a participação de seus tutores, e por meio de sorteio uma vez na semana um aluno apresentará a história que leu para os demais alunos em sala.  

Através da dificuldade apresentada pela professora Vera, pretende-se incluir um projeto de leitura semanal e apresentação posterior em sala de aula por cada aluno para toda a turma, levando em consideração que essa atividade contará como forma avaliativa, fazendo parte da nota final do aluno. A intenção é envolver os alunos com uma leitura cotidiana acompanhada pela companhia de seus tutores, de forma que semanalmente eles leiam um livro diferente e tomem gosto pela leitura, a fim de ser tornar um hábito. A ideia é promover a leitura cotidianamente com o apoio dos pais em casa e posteriormente, como forma avaliativa em sala de aula, para que haja a retomada da atividade feita, ocorra a explanação do aluno de acordo com a sua percepção do que foi lido.  

Dessa forma, defendemos a premissa de Villardi (1999, p.11), quando nos lembra que “há que se desenvolver o gosto pela leitura, a fim de que possamos formar um leitor para toda vida”, e para tanta, enquanto professoras da educação básica, temos uma função importante nesse processo de formação leitura em nossos alunos, contribuindo desde a mais tenra idade no desenvolvimento destas habilidades.  

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Objetivos 

O objetivo desse trabalho é promover estratégias para o desenvolvimento do hábito de leitura em crianças com idade entre 6 e 8 anos que estão cursando o segundo ano do ensino fundamental da Escola Municipal Professora Lélia Cecília Torrezan Galdino Lucato em Ribeirão Bonito – SP. 

Para tanto, os objetivos específicos serão: Identificar estratégias para promoção de leitura na educação fundamental na literatura especializada; e por fim, desenvolver e aplicar um plano de aula com as principais estratégias e recursos junto à turma selecionada. 

2.2 Justificativa e delimitação do problema

A visita ao contexto escolhido pelo grupo, Escola Municipal Professora Lélia Cecília Torrezan Galdino Lucato em Ribeirão Bonito – SP, foi importante para conhecermos e identificarmos problemáticas que se faziam presentes, isto a partir de conversas com agentes escolares. Uma grande variedade de possíveis problemas foram identificados, tais como o atraso na alfabetização, a dificuldade de relacionamentos interpessoais entre os estudantes etc. Para além destes, o que nos chama atenção, vista ao projeto integrador, foi a falta de interesse dos estudantes pela leitura, pela figura do livro.   

Ao identificarmos o problema durante a visita à escola e a conversa com a Prof. Vera, surgiu a questão: como incentivar as crianças ao hábito da leitura mediante a falta de interesse pelos livros? Sendo que que este hábito é primordial para o processo de alfabetização e o desenvolvimento infantil. O incentivo proposto em sala de aula e junto à biblioteca que está à disposição deles, não é suficiente para que os alunos se interessem pelos livros, pois estes estão cada vez mais sendo deixados de lado substituídos por celulares, videogames entre outros aparelhos eletrônicos.  

Por meio dessa atividade espera-se inserir nas crianças o amor pela leitura mostrando a elas como é agradável, divertido, lúdico e cheio de emoções folhear as páginas de um livro. Para além disso, ressalta-se as contribuições do trabalho, considerando promover interação entre estudantes e pais em processos formativos; apresentação e desenvolvimento de estratégias para inspirar outros docentes que se deparam com essa problemática em sala de aula, desenvolvimento da fala e do vocabulário e a interação escola-família. Por fim, promover ensino pautado em uma pluralidade metodológica e diversa em sala.  

2.3 Fundamentação Teórica

Ler implica numa prática básica e fundamental para o aprendizado. Nada pode substituir a leitura, ainda que nos encontremos em uma época com uma enorme variedade de recursos tecnológicos e audiovisuais (ABRAMOVICH, 2012). Nesse aspecto a leitura se mostra fundamental nos mais variados níveis educacionais e logo deverá ter início ainda no princípio da alfabetização e sua continuidade deverá ser assegurada nos mais variados níveis de ensino. Para além disso, importa ressaltar que, vivemos em uma sociedade letrada e que para catividades cotidianas, sejam profissionais ou pessoais a leitura e escritas se tornam imprescindível, e os que não desenvolveram tais habilidades, são muitas vezes preteridos e negligenciados.  

Para que aconteça a alfabetização é preciso uma série de situações que irão garantir a conotação positiva ao ato de ler e de escrever. É preciso a realização de atividades diárias envolvendo letras, palavras e textos evidenciando todo um universo rico de informações onde a criança pode explorar inúmeras possibilidades no transcorrer de seu processo de aprendizagem. É importante que se crie situações didáticas possibilitando o exercício do pensamento sobre a escrita assim como é necessária muita atenção em relação a especificidades como o trabalho realizado com letras, palavras e textos. Ocorre que os objetivos são diferentes, mas compartilham o mesmo nível de importância. 

Tendo a preocupação em apresentar diferentes conceitos de leitura, seguindo uma metodologia de ensino e sempre diversificando os métodos usados que conseguimos atingir o interesse das crianças, apresentando histórias infantis, contos de fadas, quadrinhos, aventuras, entre outras. Desse modo atingimos o público desejado havendo o envolvimento com a leitura. 

É na fase da infância que a magia se encontra presente em todas as circunstâncias e momentos da vida da criança, quando ela imagina coisas, inventa brincadeiras, cria histórias e a todo momento brinca de faz-de-conta. Os contos infantis têm grande influência nesse comportamento e aguçam ainda mais o imaginário das crianças, uma vez que são repletos de magia e de histórias encantadoras. Além de promover o despertar da imaginação, os contos infantis trazem benefícios importantes como a estimulação da linguagem oral, o enriquecimento do vocabulário da criança e a ampliação de competências linguísticas, apropriando-se dos recursos expressivos que se encontram à disposição. Com relação a essa questão, é dever do educador viabilizar esse encontro (COELHO, 2012).  

Verifica-se que a compreensão do professor em relação à leitura deve ser prévia ao início do trabalho que ele irá executar com seus alunos uma vez que quanto mais precoce for a compreensão da criança e seu contato com histórias, livros infantis e com o mundo da fantasia e do imaginário, seu desenvolvimento será mais satisfatório e a mágica da leitura acontece. O hábito da leitura tem se tornado raro em nossa realidade. Alunos que não leem ou tem pouco interesse nos livros e são apontados como principais culpados os avanços tecnológicos que, em tese, são mais atraentes e práticos.  

A pedagoga sueca Inger Enkvist, que atua há mais de quatro décadas na área de educação, em entrevista ao site El País, faz críticas ao novo método de ensino usado nas escolas, segundo ela, é importante que vejam que há algumas regras, que o professor é a autoridade e que é preciso respeitar tanto ele como os colegas. Ela defende a necessidade de voltar a uma escola mais tradicional, sem celulares, tendo como destaque a disciplina, o esforço e a autoridade do professor.  Durante a entrevista ela menciona que “O novo desafio é controlar o acesso ao celular. As escolas fazem bem em proibi-lo e os pais devem vigiar seu uso em casa.

Devem saber dizer ‘não’”. Para além disso, Enkvist fala sobre a importância de boas bibliotecas nas escolas e o desenvolvimento dos professores nas atividades semanais de leitura, onde o aluno semanalmente possa escolher o livro a ser levado para casa e na outra semana ele apresente para a sala o seu entendimento. Outro modo é desenvolver brincadeiras e gincanas de leitura. 

Na busca da formação de leitores pode haver métodos falhos de incentivo, como é o caso da leitura por recalque ou leitura por obrigação que, ao invés de apresentar a cultura do livro para o aluno, pode traumatizá-lo quando feita de maneira desconexa com o contexto social. Através da autonomia dada ao professor de língua portuguesa, pode-se ter formas mais atraentes de se introduzir o aluno no mundo da leitura, não necessitando se utilizar a obrigação, por exemplo, por mais necessária e obrigatória que seja determinada atividade, cabe ao professor formular sua aula para que a leitura possa parecer agradável para seus alunos, tornando a atividade, tanto da escrita quanto da leitura, verdadeiramente prazerosas.  

Baseado, nos autores Ezequiel Theodoro da Silva (1995) e Regina Zilberman (org./1985), sabe-se que a leitura, durante o processo de alfabetização é capaz de oportunizar uma escrita melhor e uma ampliação de vocabulário, dentre diversas outras vantagens. Entretanto, em alguns momentos dentro da sala de aula, o professor obriga seus alunos a realizarem determinada leitura, tratando-a como obrigatória, o que pode fazer com que o aluno perca o gosto pela mesma e, tampouco, possa realizar as atividades propostas corretamente. As consequências causadas pela leitura obrigatória, tem um paralelo entre a crise na leitura. Podese pensar que a leitura de recalque faz com que o leitor não sinta interesse pelo que foi mandado ler e passe a ter essa prática como vilã, o que não deve ser desconsiderado. 

Porém, aqui será abordado o porquê o educando é “forçado” a ler, julgando a já existência da crise. Criou-se uma cultura em que o valor social da leitura é menosprezado, fazendo com que mais crianças cresçam desestimuladas a ler e, quando chegam à escola, fase de aprender, não se adaptam com a forma com que é trabalhado esse hábito. Nesse momento de “apresentação” entre o aluno e o livro, o professor tem papel importante, pois é através de sua forma de trabalhar com a leitura que poderá ou não criar um leitor.  

O escritor Neil Gaiman (2013) argumenta que a leitura também pode ser importante para o desenvolvimento da criatividade e da imaginação infantil. Ele acredita que a leitura ajuda as crianças a desenvolverem uma visão de mundo única e a explorarem novas ideias e perspectivas. Em resumo, a leitura é uma habilidade fundamental que pode ajudar as crianças a desenvolverem tanto habilidades cognitivas quanto sociais e emocionais. Incentivar as crianças ao hábito da leitura é, portanto, uma tarefa importante para pais e educadores.  

Nosso patrono da educação, Paulo Freire (1981) em seu clássico trabalho intitulado “A importância do ato de ler” discute a importância da leitura na formação cultural dos indivíduos e no desenvolvimento da sociedade como um todo. Para o autor, a leitura é uma ferramenta fundamental para a compreensão do mundo, e uma forma de libertar as pessoas da ignorância e da alienação cultural. Ele afirma que a leitura não deve ser vista como um mero processo mecânico de decodificação das palavras, mas sim como uma atividade crítica, que exige reflexão e análise por parte do leitor.   

Além disso, o autor argumenta que a leitura não é uma atividade neutra e desinteressada, mas sim uma forma de intervenção no mundo. Segundo ele, quando lemos, estamos sempre fazendo escolhas e tomando posições políticas, sociais e culturais. Por isso, é fundamental que os indivíduos tenham acesso a uma educação que valorize a leitura crítica, seja capaz de analisar e refletir sobre o que foi lido e construir uma visão de mundo mais ampla e crítica.  

Freire (1981) é uma obra fundamental para quem deseja compreender a relação entre a leitura e a formação cultural, política e social dos indivíduos. As reflexões de Paulo Freire estão mais relevantes do que nunca, em um mundo onde a velocidade da informação muitas vezes nos impede de refletir sobre o que estamos lendo e de compreender o mundo de forma mais crítica e profunda. O autor destaca que a leitura não se restringe apenas à decifração dos códigos linguísticos, mas envolve o exercício da reflexão, da interpretação e da análise dos textos e do mundo que nos cerca. Ele também defende que a leitura deve ser uma atividade coletiva, capaz de promover o diálogo e a troca de experiências e saberes entre os leitores. Assim, corroboramos com Freire que o ato de ler é uma ferramenta fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e equilibrada, pois possibilita o acesso ao conhecimento e ao poder de transformação da realidade. 

Este trabalho visa a importância de incentivar as crianças ao hábito da leitura no ensino fundamental de uma escola no interior Paulista, que por sua maioria encontram-se desinteressadas pela leitura. Entendemos que a distribuição de novos livros oferece a escolha de leitura, dessa forma os alunos têm a oportunidade de buscar a história que mais lhe interessar. Para Souza e Filho (2008) a parceria entre família e escola é importante para o desenvolvimento educacional. 

Com a participação da família em casa e a leitura regular junto aos pais, é permitido que as crianças expandam seu vocabulário e aprimorarem suas habilidades linguísticas podendo ainda, ser um momento agradável e de conexão entre todos, fortalecendo o vínculo familiar.

Conforme a autora SOARES (2016), na disciplina “A relação família escola na construção de uma aprendizagem significativa da leitura e da escrita nos 1º e 2º anos do ensino fundamental I.

2.4 Aplicação das disciplinas estudadas no projeto integrador

 No início do 1° bimestre e no decorrer dos demais, pudemos perceber a importância que a leitura, a escrita e a alfabetização têm e os problemas encontrados para o desenvolvimento e aplicação desses aprendizados. A partir disso elaboramos nosso projeto, nos baseando nas aulas das disciplinas estudas a seguir para nos orientar quanto ao problema identificado em nossa ida ao contexto, pensar soluções e aplicar, cumprimento assim, a tríade “Ouvir, criar e implementar: 

A disciplina de Leitura e Produção de Texto, na primeirasemana “Funções sociais da leitura”, vimos na obra clássica de Paulo Freire “Pedagogia do Oprimido” (1968), que é dedicada atenção especial a leitura no processo de alfabetização, no seu prefácio escrito por Ernani Maria Fiori (1987, p20) em que este afirma: “Aprender a ler é aprender a dizer a sua palavra.” Em sua obra “A importância do ato de ler”, Freire (1982) expõe suas ideias centrais a respeito da leitura, explicita a sua compreensão critica acerca da alfabetização nas suas interrelações com a leitura da palavra e leitura do mundo. O autor ainda descarta a possibilidade de uma educação neutra e enfatiza a necessidade de uma compreensão crítica do ato de ler. 

Na sua visão, a alfabetização deve-se constituir em aprender a ler o mundo, a compreender o texto e o contexto, surgindo aí a celebre afirmação: “A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente.”  (2001, p.11) Seguindo com a aula, nos fora apresentado o vídeo curto que se chama “Vida de Maria”, no qual é contada a história de uma criança, assim como todos os demais da sua linhagem passada, levam a uma vida humilde, de miséria e ignorância por não irem à escola, sem conhecimento, sem saber ler e escrever. Este curta mostra a importância da leitura e da escrita como ferramentas de formação do cidadão. 

De acordo com a Constituição Federal, Capítulo III, Da Educação, Da Cultura e Do Desporto, Seção I, Da Educação, o Art. 205 menciona que: a educação, direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Nas aulas da disciplina de Políticas Educacionais e Estrutura da Educação Básica, vimos a crise que afeta o sistema da educação brasileira, incluindo a falta de estrutura e materiais de ensino para professores e alunos. Temos escolas com bibliotecas pobres e decadentes e muitas que nem possuem uma, assim não dão o devido incentivo e a importância necessária para os alunos desenvolverem o hábito da leitura.

Na disciplina de Projetos e Métodos para a Produção de Conhecimento, tivemos conteúdos sobre organização de trabalho científico, tiramos como base todos as etapas trilhadas por nós até agora. Teve grande importância nos caminhos para pesquisa desde os princípios básicos lá no início com os levantamentos de dados, as análises, quais seriam os métodos utilizados, teorias e temas, até os mais complexos com o início das pesquisas do levantamento bibliográfico, quais são as fontes seguras, como e onde pesquisar. Foi de grande auxílio para podermos desenvolver o Projeto Integrador.

2.5 Metodologia 

Por meio de um contato com a diretora, Sra. Edna W. Lopes Chiavoloni, da Escola Municipal Professora Lélia Cecília Torrezan Galdino Lucato em Ribeirão Bonito – SP em 03 de março de 2023 por meio das alunas Elaine e Reani, foi solicitado a autorização para dar início ao projeto, posteriormente, foi feita uma nova visita para ter uma conversa com a Profª Vera em 06 de março de 2023. 

Mesmo havendo outras instituições de ensino em Ribeirão Bonito, a facilidade de acesso e do contato na “Lélia” como é popularmente conhecida, permitiu uma maior abertura e receptividade para desenvolver este projeto integrador. A sala na qual a Profª. Vera atua como docente, é segundo ano do ensino fundamental, que atualmente possui 18 alunos. A escola municipal “Lélia” hoje, possui em torno de 83 crianças no período da manhã e 80 crianças no período da tarde. É uma escola de porte médio, mantida pela Prefeitura de Ribeirão Bonito – SP. 

Dessa forma, foi possível ouvir, analisar e encontrar as maiores dificuldades enfrentadas pelos docentes no contexto escolar, e, assim surgiram diversas coisas que os afligiam, dentre tantas, a dificuldade em instituir o hábito da leitura entre as crianças. Diante de toda a conversa com a Profª. Vera diversos temas foram apresentados, contando sobre algumas das dificuldades encontradas pelos alunos do segundo ano, mas o principal dentre todos esses temas está o fato de as crianças não apresentarem interesse pelos livros e pela leitura, pois a professora alega o fato de que os celulares hoje em dia tomaram os lugares dos livros, as redes socias e mídias digitais se tornaram companheiras “inseparáveis” dos alunos e as maiores concorrentes dos educadores, foi possível dizer até que os celulares agora são quase uma “parte do corpo humano”.  

Entende-se que esse problema se dá em tempos pós pandemia no qual, os aparelhos celulares foram sendo utilizados em demasia para que houvesse o entretenimento das crianças “enjauladas” em casa, para comunicação com amigos, parentes e para as aulas e atividades escolares, tornando – o assim, de uso cotidiano e comum. Diferentemente dos livros, que se instalaram nas bibliotecas e estantes das casas, ficando lá esquecidos e abandonados, sendo dispensados e trocados por vídeos no Youtube, TIK TOK, games, entre outros.  

 O hábito e o interesse pela leitura e pelos livros vem se desfazendo há tempos, mesmo até antes da pandemia, mas isso precisa ser revertido já que a leitura e a literatura fazem parte do contexto escolar, tema norteador do PI que deverá ser apresentado por nós à UNIVESP. Por meio do que foi exposto pela Profª. Vera, pretende –se construir um planejamento de inserção dos alunos à leitura e uma maior aproximação aos livros, de forma que, através da aplicação do método do fichamento, e posterior apresentação para toda a turma sobre o que foi lido, seja possível, incentivar este hábito na rotina das crianças. Temos como base uma avaliação formativa que possamos incentivar aos alunos, por meio de atividades extras a “APRENDEREM” o gosto pela leitura, sem serem forçados ou obrigados e sim com técnicas que façam terem interesse. 

De acordo com nossa pesquisa escolhemos como técnica inicial e teste, fazer uma exposição de livros, alguns doados por nós do grupo de PI e outros da biblioteca da escola, para que os alunos escolham e levem para casa por uma semana, junto com uma linda sacola que fizemos para que eles levem os livros para casa com um cuidado especial, não simplesmente guardar o livro na mochila. Na sacola haverá o livro escolhido com uma folha para fichamento do livro, contendo algumas perguntas simples, com o nome do livro, autor, ilustrador, entre outras. Pediremos que na semana seguinte, os alunos entreguem os formulários preenchido e um aluno será sorteado para apresentar o seu livro e o que entendeu sobre ele. 

Por fim, após a devolutiva/correção do plano de aula preliminar (solução inicial) procedemos com o processo de depuração do plano e realizamos as aulas planejadas de acordo com o plano de aula construído. A implementação da versão final do plano de aula será descrita no próximo tópico. 

3 RESULTADOS:

3.1 Solução Inicial

A partir do processo de levantamento bibliográfico, fundamental para conhecemos os estudos sobre a nossa temática e também construção do referencial teórico que fundamental nossa proposta de plano, construímos o plano na perspectiva de contribuir com aulas com estratégias diferentes e dinâmicas para os processos de ensino e aprendizagem na alfabetização científica.  

Em discussão como o grupo, a princípio, pensamos em selecionar algumas obras da literatura infantis, inserir letra bastão para fácil identificação das palavras, curtos e ilustrados para que, dessa forma, a atenção e o interesse das crianças sejam despertos. Será permitido que os alunos escolham seus livros dentre os que serão disponibilizados e analisados previamente, pois assim o desejo para iniciar a leitura seria espontâneo. 

Pensamos inicialmente em propor que a leitura seja realizada em casa com o auxílio e acompanhamento de seus familiares. Definiremos a elaboração de um resumo e uma apresentação oral sobre os livros. Importa ressaltar que tal atividade serão subsídios para compor a média final dos estudantes, dessa maneira as crianças desenvolverão um estímulo para realizar a leitura. 

Como hipóteses de resultados acreditamos que a promoção de práticas de leitura pode desenvolver a habilidade de leitura dessas crianças, além da busca por novos livros. Acreditamos que com a presença dos pais no processo de leitura, as crianças se manterão inseridas em um ambiente em que a leitura está presente. Em vista disso, o hábito da leitura se desenvolverá e trará consigo suas vantagens.

3.2 Solução Final

Primeira aula

Iniciamos a aula se apresentando aos alunos, explicamos para eles o nosso projeto, as atividades que seriam desenvolvidas, os livros que seriam utilizados, e a reação deles foi de curiosidade e empolgação por ser uma atividade nova que eles iriam realizar. De início, já percebemos que atividades diferenciadas incitam a criatividade, empolgação, engajamento e participação dos alunos, indo ao encontro da literatura, quando afirma que atividades lúdicas, diferenciadas podem contribuir para participação, atenção e interesse nas atividades didáticaspedagógicas. 

Figura 1 – Livros doados pelas integrantes do grupo do PI.

Em seguida, colocamos todos os livros doados sobre as mesas, informamos que a leitura é um caminho de abertura para novos mundos, e auxilia no desenvolvimento deles enquanto pessoas críticas e reflexivas. Nós escolhemos o livro A Tropa do Trapo Brincando com as Cores, no qual, os personagens são espécies de animais, e para cada página pertence a um bichinho que conta qual é a sua cor preferida e quais os objetos que são da mesma cor e como é divertido brincar com as cores. 

Figura 2 – Outros livros doados.

A integrante Priscila realizou a leitura do livro, com calma e muita oratória para que as crianças conseguissem estar atentos e compreendendo a historinha. Escolhemos esse livro por ser uma leitura fácil, verem que ler pode ser divertido, por conter bastante ilustrações e foi possível interagir bastante com as crianças. 

Figura 3 Contação de história: A Tropa de Trapo

Assim que ela terminou, pedimos para eles fazerem um desenho do personagem que mais lhes chamaram atenção. Aí veio a surpresa para nós, começaram a perguntar o nome dos personagens, a espécie de cada animal, queriam relembrar as cores, foi impressionante como eles ficaram interessados pela história e queriam desenhar cada bichinho com sua cor. Promovendo assim diálogos em que as crianças puderam expressar sua opinião, sua imaginação e criatividades, pela leitura e desenho. 

Figura 4 Ilustrando a história contada: A Tropa de Trapo.
Figura 5 Outros alunos desenhando sobre a história: A Tropa de Trapo.

A reação delas com a dinâmica foi super benéfica, pois foi possível percebemos que as práticas dinâmicas que os professores lançam mão em seus processos, promovem maior interatividade, diálogo, e interesse dos aulos pelas atividades. Assim que terminaram, dissemos que poderiam escolher um dos livros, colocar na sacola que ganharam e levar para casa. Juntamente com a sacolinha informamos aos estudantes sobre a ficha literária, na qual explicamos como deveria ser preenchida. Foi impressionante como essa integração deixou as crianças bem interessadas nas histórias e nos livros. Finalizamos deixando a atividade da ficha literária para trazerem na próxima aula sobre o livro que escolheram.

Figura 6 Alunos do Segundo ano do Ensino Fundamental I escolhendo os livros para a atividade.
Figura 7 Mais alunos do Segundo ano do Ensino Fundamental I escolhendo os livros para a atividade.
Figura 8 Ficha Literária que foi preenchida pelos alunos de acordo com o livro escolhido por eles.
Figura 9 Alunos do segundo ano com as sacolas, com os livros e as fichas dentro, prontos pra levarem pra casa e integrantes do PI.

Diante das experiências proporcionadas pela primeira aula, a implementação de jogos, brincadeiras, teatros, músicas, nas práticas pedagógicas, tornam-se recursos importantes que devem ser utilizados pelos professores nesta fase de escolarização, pois lembremo-nos de

Vygotsky (1991, apud Borba, 2007 p.55), quando diz “mais do que um fator de desenvolvimento, a brincadeira é a linha principal de desenvolvimento da criança pequena”. Diante disso, pensando no desenvolvimento das crianças, desde à cognição à socialização, acreditamos nas potencialidades da educação lúdica.

Segunda aula

Neste dia, conforme combinado, boa parte das crianças trouxeram a ficha literária preenchida. Acreditamos que as fichas preenchidas foram construídas em colaboração com algum integrante da família, o que nos deixou bastante entusiasmados com esse resultado, pois defendemos, assim como vários teóricos, que a participação familiar no desenvolvimento escolar da criança é imprescindível.  Outros estudantes não trouxeram a ficha. Não saberíamos afirma qual ou quais os reais motivos, mas ao pensar no contexto social dos estudantes etc., podem girar em torno da falta de participação de famílias na formação da criança, e tal situação, é em decorrência de outros inúmeros fatores sociais como, pais que trabalham o dia inteiro etc. 

Outro fator interessante percebido pelo grupo foi a empolgação e ansiedades para entregar as fichas para a Prof. Vera e a integrante Elaine, que estava disponível para realizar essa segunda aula. De forma aleatória, cada uma no seu tempo, fez a apresentação do livro que leu; ficaram um pouco tímidos no começo mais depois começaram a se soltar e gostar de apresentar. Explicaram o que entenderam, qual foi a parte mais difícil do livro, se gostou da leitura fizeram a apresentação das fichas com os seus desenhos. 

Figura 10 Segunda aula: Crianças apresentando as histórias lidas.

A aplicação da aula, especialmente nas atividades propostas e realizadas em sala com os alunos nos proporcionou entender, de forma mais prática, que há diversos contextos, histórias, e realidades dos estudantes. Percebemos que muitos ainda têm dificuldades em aspectos de socialização e questões de aprendizagens. O estudante Matheus*, escolheu para leitura em casa com a família o livro intitulado “Você já sorriu hoje?”, uma obra infantil que ratifica de forma ilustrada e divertida sobre a importância de hábitos bucais diários, especialmente, escovar os dentes. Em sua apresentação, Matheus de forma clara realizou apresentação da historinha aos demais colegas, informou que realizou o preenchimento da ficha literária sozinho e, segundo o estudante, “não gostou porque prefere livros com personagens e ações, aventuras”. 

Já a estudante Lara, em sua apresentação, contou aos coleguinhas a história do livro “Uma aventura no céu” de forma empolgante. O conta a história de um ratinho que ao ver os pássaros voando, deseja voar. Lara disse que o pai a ajudou no preenchimento e leitura do livro. Ao final de sua apresentação, estudando disse que gostou muito da história, e convidou os demais coleguinhas para ler o apresentado.  

Por fim, foi deixado que eles interagissem trocando suas fichas, conversando e vendo o desenho de cada amiguinho, trocaram entre eles os livros. Abrimos esse espaço para interação entre os alunos, pois acreditamos que essa partilha mais detalhada, sem a pressão da apresentação, favoreceu ainda mais as aprendizagens dos estudantes. Importante registrar que essa parte da aula foi bem animada e deu para perceber os resultados que conseguimos obter.

Em nossa perspectiva, mesmo ainda apresentando timidez, os estudantes realizaram a apresentação de seu livro e da história lida, desenvolvendo habilidade social, cultural, oratória etc. 

Figura 11 Segunda aula: Crianças apresentando as histórias lidas.

Conseguimos explorar diferentes objetivos pedagógicos, tais como: aprimorar a compreensão de textos, desenvolver a capacidade crítica, estimular a criatividade, incentivar a interpretação e produção de textos, entre outros. O modo leve e livre, fizeram com que as crianças se divertissem, pois em todos os momentos pedagógicos, objetivamos desenvolver as estratégias de forma leve, para que os estudantes não compreendessem como obrigação, mas um momento de troca, compartilhamento e aprendizagem, se divertindo. 

Figura 12 As crianças querendo mais livros para levar para casa.

As crianças ficaram motivadas a levarem mais livros para uma nova atividade, pois percebemos também que o despertar de ler um livro pela criança é o tipo de livro escolhido, estavam de acordo com que gostam mais de ler. Conseguimos fazer uma avaliação das fichas, conforme as apresentações, após, elas ficaram expostas na biblioteca para todos verem os trabalhos feitos.

Figura 13 Fichas Literárias preenchidas e prontas

No final agradecemos as crianças pela participação, criatividade e empenho. Ficamos muito felizes pelo resultado do nosso projeto e foi gratificante ver a interação das crianças e a alegria com que elas ficaram em realizar a nossa aula. E mais, essa experiência foi recheada de aprendizagem para as integrantes do grupo, pois foi possível trazermos para a sala de aula, as leituras realizadas e os conhecimentos adquiridos nas disciplinas. Ou seja, conseguimos colocar em prática e refletir sobre essa prática, com a aplicação das teorias, metodologias etc. 

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tomamos como objetivo para este trabalho promover estratégias para o desenvolvimento do hábito de leitura em crianças com idade entre 6 e 8 anos que estão cursando o segundo ano do ensino fundamental da Escola Municipal Professora Lélia Cecília Torrezan Galdino Lucato em Ribeirão Bonito – SP, a partir das visitas realizadas, as quais proporcionaram a identificação do problema pesquisa. 

Assim, aos nos aprofundarmos nas leituras sobre leitura na educação, foi possível nos aprofundarmos na literatura e pensarmos em estratégias que fossem significativas para a aula que aplicaríamos. Dessa forma, tivemos contato com diversas estratégias metodológicas, as quais balizaram nossas escolhas e implantações. 

Após aplicação do plano de aula junto à escola e crianças, para além de alcançar nosso objetivo, podemos inferir que a importância de incentivaras crianças ao hábito da leitura tem que ser agradável, divertido, lúdico e cheio de emoções folhear as páginas de um livro. Uma tarefa compartilhada entre pais, educadores e demais responsáveis pelas crianças. É importante que a literatura seja vista como algo prazeroso e não como uma obrigação, por isso, é necessário escolher livros apropriados e que causem interesse em cada criança. 

Que seja implantada e incentivadas desde os primeiros anos de alfabetização e também no âmbito familiar, pois os benefícios serão levados por toda a vida, desde o desenvolvimento da linguagem, escrita, cognição, cultural; uma forma de ter contato com diversos mundos e possiblidades. Isso, ocorrendo por meio dos livros, uma criança pode se tornar um adulto mais crítico, reflexivo, capaz de defender seus argumentos e aprenderá constantemente. 

O hábito da leitura é fundamental para o desenvolvimento intelectual do indivíduo e sua capacidade de compreender o mundo à sua volta. A leitura fornece informações valiosas em um vasto leque de áreas, bem como auxilia na formação de opinião e senso crítico. A disseminação desses conhecimentos e ideias pode influenciar positivamente a comunidade, ajudando a promover mudanças significativas.

Além disso, ler contribui para a preservação da cultura e da memória histórica, a literatura, especialmente, tem o poder de criar empatia e compreensão entre povos, abrindo oportunidades de diálogo e reflexão. Dessa forma, é possível dizer que o hábito da leitura tem impacto significativo na comunidade externa, contribuindo para sua formação educacional, sua interação cultural e seu desenvolvimento crítico e reflexivo.  

A realização do PI nos proporcionou a melhoria na concentração e habilidades cognitivas, desenvolvimento da criatividade e imaginação, ampliação do vocabulário científico: ler diferentes tipos de textos e gêneros enriquecendo e aprimorando a comunicação oral e escrita, compreensão de diferentes assuntos, estimulando o pensamento crítico e a interpretação de diversos pontos de vista.  

Com a visita a escola, tivemos a oportunidade de ter o contato com as crianças, que foi enriquecedor, aplicar a nossa aula e ver os resultados positivos que conseguimos com a realização dela, a alegria, a certeza da realização do curso e a gratidão que sentimos pela oportunidade que o PI. Ou seja, o projeto integrador nos proporcionou a relação teoria e prática, quando nos insere no nosso futuro campo de atuação, e possibilitando aplicar a teoria estudada em sala de aula, nas webs aulas, leituras, contexto, crianças e processos de ensino reais.


*Ao consideramos questões inerentes à pesquisa científica, em especial sobre o anonimato de nossos sujeitos,
optou-se por nomes fictícios para todas os sujeitos.

REFERÊNCIAS 

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GALINDO, Cristina. Inger Enkvist: “A nova pedagogia é um erro. Parece que não se vai à escola para estudar”. Él País, 2018. Disponível em  https://brasil.elpais.com/brasil/2018/07/17/actualidad/1531826084_917865.html?id_externo_r soc=TW_BR_CM Acesso em 20 abr 2023. 

MORAES, José. A arte de ler. Uesp, São Paulo, 1996. 

OLIVEIRA, Zilma de M. Ramos (Org). A criança e seu desenvolvimento: Perspectivas para se discutir a educação infantil. 2° edição. Cortez, São Paulo, 1997. 

ORLANDI, Eni Pulcinelli. Discurso e Leitura, 7° edição. Cortez, São Paulo, 2006. 

SOUZA, Maria Salete Daros. A conquista do jovem leitor: uma proposta alternativa 2° edição. Florianópolis: Edição da UFSC, 1998. 

SOARES, T.A. A relação família-escola na construção de uma aprendizagem significativa da leitura e da escrita nos 1º e 2º anos do ensino fundamental 1. 2016. 13f TCC   Disponível em https://portal.fslf.edu.br/wp-content/uploads/2016/12/tcc_03-2.pdff Acesso em 20 abr 2023.

SOUSA, Ana Paula; FILHO, Mário José. A importância da parceria entre família e escola no desenvolvimento educacional. Revista Iberoamericana de Educación. ISSN: 1681-5653. n° 44/7 – 10 de enero de 2008. Edita: Organización de Estados Iberoamericanos para laEducación, la Ciência y la Cultura (OEI). Universidade Estadual Paulista, Brasil. 2008. 


¹RA 2204436
²RA 2220843
³RA 1833936
⁴RA 2221708
⁵RA 2214946
⁶RA 2212570