REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202501142028
Maria das Mercês Preste Leão
Orientadora: Dra. Jaqueline Mendes Bastos
RESUMO
A didática é a ferramenta que possibilita o professor a adequar seus alunos no processo de ensino aprendizagem, visto que esse processo precisa ser considerado como um momento de interação e muito aprendizado, nesse sentido, é crucial que o professor permita os alunos a participarem de didáticas que priorizem suas especificidades, as brincadeiras e as atividades lúdicas são fundamentais na vida de qualquer criança, o estudo vem fazer uma abrangente abordagem a respeito da participação das didáticas de brincadeiras e da ludicidade no processo de desenvolvimento da aprendizagem. A pesquisa traz como objetivo geral, discutir a importância da ludicidade e as atividades recreativas nas séries iniciais; entender como as atividades lúdicas estimulam e facilita a alfabetização e letramento a seguinte problemática: de que maneira as atitudes lúdicas e recreativas contribuem para a alfabetização e letramento? O estudo busca fazer uma abordagem qualitativa tendo como formação uma pesquisa bibliográfica voltada para a análise de diversas literaturas que giram em torno do tema.
Palavras-chave: Práticas Educativas. Ludicidade. Educação infantil.
Abstract
Didactics is the tool that enables the teacher to adapt their students in the teaching-learning process, since this process needs to be considered as a moment of interaction and a lot of learning, in this sense, it is crucial that the teacher allows students to participate in didactics that prioritise their specificities, games and playful activities are fundamental in the life of any child, the study comes to make a comprehensive approach regarding the participation of didactics of games and playfulness in the process of learning development. The general objective of the research is to discuss the importance of playfulness and recreational activities in the early grades; to understand how playful activities stimulate and facilitate literacy and the following problem: in what way do playful and recreational attitudes contribute to literacy and literacy? The study seeks to take a qualitative approach, using bibliographical research to analyse the various literatures that revolve around the theme.
Keywords: Educational practices. Playfulness. Early childhood education.
INTRODUÇÃO
O ato de brincar e se divertir é uma especificidade de toda criança, essas características se fazem presentes em todas as fases desse sujeito, o que é possível afirmar que esse aluno, também leva para sala de aula esse gosto pela brincadeira e pela diversão. Nesse sentido o professor pode usufruir desse gosto dos alunos pelo brincar para imergir os conteúdos a serem trabalhados no dia a dia escolar.
Sendo assim, a pesquisa vem abordar a importância da metodologia das brincadeiras para o desenvolvimento educacional da criança. Podemos perceber em uma abordagem abrangente, quais os desafios e realidade das didáticas de lúdicas e interativas no convívio escolar das crianças das primeiras séries do ensino fundamental.
Tomando como contexto o processo de leitura, escrita e cálculo deste aluno é possível trazer a seguinte problemática: de que maneira as atitudes lúdicas e recreativas contribuem para a alfabetização e letramento? Sendo primordial adequar os melhores mecanismos metodológicos para se chegar a resposta do problema.
No sentido de melhor compreender nosso caminho de estudo foram definidos os seguintes objetivos: discutir a importância da ludicidade e as atividades recreativas nas séries iniciais; entender como as atividades lúdicas estimulam e facilita a alfabetização e letramento; apresentar a realidade da escola Aurélio Buarque de Holanda; refletir sobre os percalços dificuldades enfrentadas pelos professores das séries iniciais no interior da Amazônia.
É de suma importância para mim como futuro professora entender os mecanismos teóricos e práticos das diversas didáticas que abrangem a educação fundamental em específico do 2º ano, assim como é importante também que professores que já estão atuando, conheçam a relevância do tema para atingir seus objetivos no dia a dia escolar. A formação de um currículo adequado é primordial para construir um bom processo de ensino aprendizagem de acordo com a realidade da turma, da criança e da disciplina.
Com relação à metodologia, o estudo busca fazer uma abordagem qualitativa tendo como formação uma pesquisa sendo executada uma análise abrangente a respeito das diversas literaturas que tratam das brincadeiras lúdicas no dia a dia da turma do ensino fundamental aos iniciais.
ATIVIDADE RECREATIVAS X ATIVIDADE LÚDICAS: PONTO DE INFLEXÃO
A infância é algo muito importante para se determinar um sujeito desenvolvido, seja cognitivamente, seja fisicamente e socialmente, a moldagem do ser humano começa na infância, isso permite dizer que o processo de ensino, começa da infância, ou melhor dos primeiros anos que o ser humano passa na escola. Uma das especificidades do ser humano na sua infância é a vontade de brincar, estabelecer elo entre a diversão e o prazer. Nesse sentido a escola precisa se apropriar desse gosto para imergir nos alunos metodologias e didáticas com inúmeras atribuições.
Dentro desse paradigma é possível salientar a importância dessa brincadeira no desenvolvimento cognitivo e educativo dos alunos nos primeiros anos de ensino, uma vez que:
O ato de brincar contribui para um melhor desenvolvimento da criança em todos os aspectos físico, afetivo, intelectual e social. Brincando, a criança organiza e constrói seu próprio conhecimento e conceitos, relaciona ideias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral e corporal, reforça as habilidades sociais e reduz a agressividade. (MARINHO et al, 2007, p. 88).
Segundo o autor, brincar vai além da diversão; é um processo fundamental de aprendizado e formação que engloba várias dimensões do desenvolvimento humano. Durante as brincadeiras ativas, como correr, pular ou dançar, a criança aprimora sua coordenação motora grossa e fina. A prática de movimentos regulares contribui para a saúde geral, fortalecendo músculos, ossos e o sistema cardiovascular.
É elementar perceber que a visão de Aristóteles sobre a recreação reflete a importância de equilibrar momentos de lazer com atividades mais sérias e produtivas. Para ele, a recreação não era vista apenas como um momento de descontração, mas como uma ferramenta essencial para a recuperação física e mental. Essa pausa estratégica permitia ao indivíduo retomar suas obrigações com mais energia e clareza (VOLPATO, 2017).
O conceito aristotélico se alinha à ideia de que o ser humano necessita de descanso para atingir seu pleno potencial em atividades consideradas mais nobres, como o trabalho, a contemplação filosófica e a busca pela excelência (areté). Assim, a recreação, ao promover o descanso necessário, desempenha um papel fundamental no equilíbrio da vida humana, evidenciando sua relevância desde os tempos antigos até os dias atuais (VOLPATO, 2017). Porém, foi a partir do século XX que estudiosos começaram a expandir o pensamento em torno desse tema, indo além das discussões sobre sua utilidade.
Na atualidade o sentido do brincar é muito trabalhado na escola, uma vez que esse conceito emerge grandes possibilidades de aprendizado para esta criança, as brincadeiras são estímulos para que essas crianças possam absorver com mais fluidez os conteúdos repassados pelos professores. Para Vygotsky, (1984, 1984, p. 27):
É na interação com as atividades que envolvem simbologia e brinquedos que o educando aprende a agir numa esfera cognitiva a criança comporta-se de forma mais avançada do que nas atividades da vida real, tanto pela vivência de uma situação imaginária, quanto pela capacidade de subordinação às regras.
É possível perceber que o trato com a recriação tem muito a ser relacionado com as especificidades da criança de brincar e se divertir, manter momentos recreativos pode ser fundamental para despertar no aluno interesse ao assunto e flexibilizar apropriações de atribuições cognitivas para este sujeito.
O brincar simbólico e o uso de brinquedos desempenham um papel fundamental no desenvolvimento cognitivo e social das crianças, conforme apontado por teóricos como Vygotsky. Ele destacou que, ao participar de brincadeiras simbólicas, as crianças alcançam um nível de desenvolvimento superior ao que conseguem em atividades cotidianas.
As atividades, por sua vez, são fundamentais para o desenvolvimento da Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), conceito também de Vygotsky, que descreve como a criança, ao receber suporte de adultos ou pares mais experientes, pode realizar tarefas mais complexas do que faria sozinha.
As atividade lúdicas provocam inúmeros benefícios para o desenvolvimento do aluno em diversos aspectos, pois em quase todo os momentos as crianças se motivam quando as brincadeiras são lúdicas e buscam aguçar, nesse sentido:
As atividades lúdicas na educação têm sido consideradas não apenas como facilitadoras do relacionamento e das vivências dentro da sala de aula, como também como ferramentas fundamentais na formação de crianças e jovens, considerando-se que são perceptíveis os resultados positivos no ensino quando este é realizado de forma lúdica. Isso porque a ludicidade pode colaborar para diminuir a ansiedade, e assim tornar a aquisição dos conteúdos mais apropriada, possibilitando o aluno a adquirir novas experiências (RUFINO, 2014 p. 10).
O autor apontou um aspecto crucial sobre a importância das atividades lúdicas na educação! A ludicidade não apenas torna o aprendizado mais envolvente, mas também desempenha um papel significativo no desenvolvimento integral dos alunos. A ludicidade envolve os alunos emocionalmente e cognitivamente, facilitando a compreensão e a retenção dos conteúdos. Ao relacionar conceitos abstratos a atividades práticas e divertidas, o aprendizado torna-se mais concreto e relevante.
LÚDICO E AS ATIVIDADES RECREATIVAS
Rocha (2013) considera que o uso do lúdico como estratégia de ensino e aprendizagem possibilita a contextualização do conhecimento científico, bem como, facilita o processo de assimilação do conhecimento por parte dos alunos, incentivando sua participação direta nas atividades propostas e colocando os alunos no papel de protagonistas de seu próprio conhecimento.
Segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da educação) (1996), todos têm o direito a uma educação de qualidade e as oportunidades devem ser igualitárias também. Seguindo nesse paradigma temos em mente a necessidade de o colégio organizar e planejar aulas que vão oferecer bem-estar para esses alunos além de uma formação de qualidade desde a educação infantil, oportunizar esse estudo para o aluno logo na educação infantil, significa criar alicerces para a construção posteriores desse aluno.
É de suma importância que o professor reconheça os atributos e especificidades de cada criança dentro de sua turma, a pensar em brincar pode ser um momento que o professor tem para imergir sua metodologia e seus conteúdos em meio a distração. Moyles (2006), deixa claro que: “O comportamento de brincar é uma maneira útil de a criança adquirir habilidades desenvolvimentais sociais, intelectuais, criativas e físicas”.
Isso remete a pensar que a brincadeira faz parte do cotidiano da criança e ele leva esse espírito para a sala de aula, logo o professor precisar abarcar essa questão e inserir suas aulas através de mecanismos variados, como a ludicidade. O aluno do ensino fundamental menor precisa fazer a relação com seu cotidiano, logo é necessário manter essa relação nas aulas, pois o profissional precisa saber que as brincadeiras lúdicas são fundamentais para tal questão, tornando a aula prazerosa para as crianças e objetivada para o professor.
Na infância o faz de conta tem uma importância tamanha no desenvolvimento da criança cognitivo e é reflexo para sua vida, levam tal característica para seu momento na escola, quanto a isso (CORSINO 2009, P.39), cita:
O faz de conta constitui-se numa atividade em que crianças sozinhas ou em grupo procuram compreender o mundo e as ações humanas, devendo ser concebida no cotidiano de uma proposta educativa para as crianças pequenas, como inerente ao processo de construção de conhecimento, de comunicação, de trocas e de experiência de cultura.
É importante ressaltar que como essas crianças estão em pleno desenvolvimento é direito dos infantes possuírem esses direitos tanto no espaço de sua casa, quanto em sua escola. Com a determinação do (PNE) Plano Nacional de Educação Lei Nº 10.172/2001, que demonstra as mudanças do ensino fundamental, a criança passou a ter mais tempo na escola, logo há a necessidade de levar seu conviver de casa para o espaço escolar e assim a escola fazer parte do crescimento dessa criança.
Ao participar de atividades, as crianças recriam situações e papeis do cotidiano, interpretando e experimentando o funcionamento do mundo ao seu redor. Uma vez que, elas aprendem sobre valores, normas e interações sociais, desenvolvendo a capacidade de empatia e entendimento do ponto de vista do outro. Brincadeiras de faz de conta frequentemente incluem narrativas, o que também estimula a organização do pensamento e a expressão verbal (CORSINO 2009).
Dentro da construção de conhecimentos, é importante ressaltar que o faz de conta permite que as crianças explorem problemas e soluções, incentivando o raciocínio lógico e criativo, onde por meio da imaginação, elas expandem seu repertório de ideias e conceitos, conectando novos aprendizados a experiências anteriores. Ao criar cenários e interagir com outras crianças, elas aprimoram a linguagem oral, aprendem novas palavras e desenvolvem habilidades de negociação e cooperação.
Quando o professor utiliza a ludicidade, reflete aspectos culturais, pois as crianças costumam imitar comportamentos e práticas observadas em seu ambiente social. Esse tipo de atividade é um espaço onde a criança constroi sua identidade e reconhece o lugar dos outros na sociedade, assim como, promove a socialização, ajudando as crianças a trabalhar em equipe, respeitar turnos e resolver conflitos de maneira construtiva (TEIXEIRA 2012).
Assim como a presença do jogo e da ludicidade também ocupa muito tempo da infância das crianças, a imaginação regada de muita aventura e prazer formam o crescimento físico e psicológico de qualquer criança, quanto ao Lúdico, (TEIXEIRA 2012, p. 72), repõe que:
Jogos e brincadeiras lúdicas sempre ocuparam um lugar importante na vida de toda criança, exercendo um papel fundamental no desenvolvimento. Desde os povos mais primitivos aos mais civilizados, todos tiveram e ainda têm seus instrumentos de brincar. Em qualquer país, rico ou pobre, próximo ou distante, no campo ou na cidade, existe a atividade lúdica
Nesse viés é de suma importância que se faça a relação com o lúdico dentro de diversas metodologias no dia a dia dos alunos, principalmente nas brincadeiras, para que possa manter o interesse e identidade cultural das crianças. Jogos e brincadeiras lúdicas são essenciais para o desenvolvimento integral das crianças, incluindo aspectos físicos, emocionais, sociais e cognitivos. Essas atividades transcendem barreiras culturais, geográficas e econômicas, sendo uma linguagem universal da infância.
Além disso, o brincar não está apenas ligado à diversão, mas também à construção de identidade e aprendizado sobre o mundo. Enquanto, que na fase dirigida há a presença das brincadeiras como atividade cujo objetivo específico é o de promover a aprendizagem de um determinado, conceito, ou seja, além de serem marcados pela intencionalidade do educador.
Em um segundo momento a pesquisa conseguiu abordar a importância do lúdico como estratégia pedagógica, especialmente na educação infantil e no ensino fundamental, destacando sua capacidade de contextualizar o conhecimento científico, facilitar a assimilação pelos alunos e fomentar a participação ativa das crianças.
O uso de jogos e brincadeiras lúdicas no ensino é essencial para criar um ambiente de aprendizado mais significativo e prazeroso. Segundo Rocha (2013), a ludicidade permite a contextualização do conhecimento e coloca os alunos como protagonistas do próprio aprendizado. A LDB e o PNE garantem que todas as crianças tenham direito a uma educação de qualidade. Para isso, o texto enfatiza que o planejamento pedagógico deve considerar o bem-estar e as especificidades de cada criança, especialmente em sua fase de desenvolvimento inicial.
METODOLOGIA
O presente trabalho tem como instrumento de pesquisa a importância da leitura na educação infantil e os reflexos desse ensino no futuro educativo e social destes alunos. A realização deste estudo é proveniente de uma inquietação que serviu de estímulo e interesse vivenciada durante o Curso de Pedagogia e o tema buscou aprofundar acerca da importância da leitura dentro da sala de aula. Durante os quatro anos de formação, travamos dentro da academia diversos debates no interior do curso para um novo entendimento que vem se materializando na atualidade. O que possibilitou observar mais de perto as contribuições e questões que ainda não recebiam tanto cuidado ou prioridade.
Com a pesquisa bibliográfica, fica evidente que diz a respeito às possibilidades do trabalho com a leitura durante o desenvolvimento da criança, sabemos que a leitura é muito importante na vida de uma criança quando começa a prestar atenção nas coisas, por quê? Porque ela estimula a criatividade, trabalha a imaginação, exercita a memória, contribui com o crescimento do vocabulário e a melhora na escrita, além de outros benefícios, pois ela é um ato de grande importância para a aprendizagem do aluno.
A leitura além dela favorecer o aprendizado de conteúdos específicos no aluno ela propicia na criança a conquistar novos desafios, conhecimentos, recreação e interação necessária ao ato de ler ela valoriza muitas coisas como, a autonomia intelectual e social, a leitura é um grande privilégio dentro ou fora da sala de aula, pois ela promove reflexões, favorece um raciocínio claro e faz com que a criança tenha um bom aprendizado.
Um dos aspectos mais importantes para alcançar as informações e/ou conhecimentos pertinente ao objeto de estudo proposto é a caracterização do campo de pesquisa, nesta perspectiva, adotamos a pesquisa qualitativa Minayo (1994), a pesquisa qualitativa permite trabalhar com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes dos professores escolhidas como sujeitos da pesquisa, o que possibilita analisar os conhecimentos presentes na prática pedagógica dos envolvidos na pesquisa.
A pesquisa qualitativa possui características e procedimentos particulares, onde o pesquisador é o ator principal para a coleta e análise de dados, o que possibilita a busca por dados direto na fonte. Como aponta Antônio Chizzotti (2006, p. 82), na pesquisa qualitativa o pesquisador é parte fundamental e este deve “despojar-se de preceitos, predisposições para assumir uma atitude aberta a todas as manifestações que observa, sem adiantar explicações nem as conduzir pelas aparências imediatas, a fim de alcançar uma compreensão global dos fenômenos”.
Como processo coerente ao seguimento do estudo e busca por seus objetivos será feita a materialização dessas etapas, faremos a coleta, a sistematização dos dados e, consequentemente, realizaremos sua análise a partir do referencial teórico do estudo. Tais referências utilizadas no contexto serão citadas e referenciadas no decorrer do texto.
Segundo Minayo e Sanches (2003), a coleta de dados é um processo importante, porque gera informações sobre acontecimentos, devendo estes ser avaliados e analisados, para que se possam alcançar resultados. O estudo científico traz em seu mecanismo de investigação os pressupostos teóricos que dão alicerces para a composição e preparação da justificativa do estudo, entretanto, absorve os dados teóricos referente ao tema proposto é fundamental para sua construção, os dados bibliográficos são relevantes.
Em virtude disso, a pesquisa vem trazer diversos materiais que tratam com evidência a participação dos alunos e do professor no processo de ensino aprendizagem, assim como de atribuir a esses os mecanismos funcionais para elevar a leitura na vida escolar destes alunos, desde sua educação infantil. Ruiz (2009, p. 57) aponta a importância de uma busca bibliográfica para a construção do projeto científico:
Qualquer espécie de pesquisa, em qualquer área, supõe e exige pesquisa bibliográfica prévia, quer a maneira de atividade exploratória, quer para o estabelecimento de status quaestionis, quer para justificar os objetivos e contribuições da própria pesquisa.
A pesquisa bibliográfica é uma etapa indispensável e transversal a qualquer área do conhecimento. Ela desempenha diversos papeis fundamentais no processo de investigação. Logo, a pesquisa bibliográfica não é apenas um requisito formal, mas uma etapa estratégica que alinha o estudo com o conhecimento pré-existente, conferindo rigor científico e credibilidade ao trabalho.
Sendo que a importância da leitura precisa a todo tempo ser evidenciada pelo educador, e é preciso que eles tenham uma maior conscientização na hora de ensinar a leitura. Enfim, a pesquisa teve a conclusão de que também os livros também são importantes para ajudar a formular e organizar uma linha de pensamento na hora da leitura.
Eles têm a capacidade de formar cidadãos ativos na organização de uma sociedade mais consciente e crítica, por isso é necessário que a criança se familiarize com os livros desde o seu primeiro ano de vida. Então durante esse trabalho falar de leitura é muito subjetivo, pois ela está inteiramente ligada a gostos pessoais e na vida cotidiana de cada ser humano sendo criança ou adulto.
RESULTADOS
O texto aborda de forma ampla e fundamentada a relevância das atividades lúdicas e do ato de brincar no processo de ensino-aprendizagem, especialmente nos primeiros anos de escolarização. Para os autores revisados, o brincar não é apenas uma atividade espontânea; é um mecanismo essencial para o desenvolvimento físico, afetivo, social e intelectual das crianças. Essa visão corrobora teorias clássicas, como a de Vygotsky, que considera o brincar uma forma avançada de aprendizagem que transcende as experiências cotidianas e potencializa o desenvolvimento da criança.
Ficou evidente com a pesquisa que a escola, ao incorporar práticas lúdicas, amplia sua capacidade de engajamento com os alunos. Essa abordagem pode reduzir a ansiedade e tornar o ambiente de aprendizagem mais acolhedor. Relaciona conceitos abstratos a práticas concretas, facilitando a assimilação do conteúdo. Assim como promove novas experiências e estimula o interesse dos alunos pelas aulas.
O conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), introduzido por Vygotsky, é crucial nesse contexto. Ele indica que as atividades lúdicas, mediadas por adultos ou pares mais experientes, permitem que as crianças realizem tarefas além de suas capacidades atuais, expandindo suas habilidades e conhecimentos.
O texto também resgata a perspectiva histórica do brincar, citando Aristóteles e Karl Gross, que apontaram sua utilidade para descanso e preparo para a vida adulta. No entanto, destaca que no século XX, o brincar ganhou um sentido mais profundo, sendo compreendido como essencial para o desenvolvimento humano em diferentes dimensões, especialmente no contexto educacional. A citação de Rufino (2014) reforça a ideia de que metodologias lúdicas promovem uma aprendizagem significativa, engajando os alunos emocionalmente e tornando os conteúdos mais acessíveis.
O texto evidencia que o ato de brincar e as atividades lúdicas não são meros complementos à educação, mas componentes essenciais para o desenvolvimento integral e o aprendizado significativo. O desafio para educadores e gestores é incorporar essas práticas de maneira sistemática, alinhando-as aos objetivos pedagógicos e às necessidades das crianças.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a finalização da pesquisa foi possível perceber que o processo de criação da didática está relacionado com diversos fatores que envolvem o desenvolvimento educacional. Nesse sentido, é de suma importância que o professor conheça a realidade de acordo com a sua faixa etária. O que faz promover a brincadeira como uma das principais didáticas que precisam ser utilizadas na construção de uma educação abrangente dentro das primeiras séries do ensino fundamental.
É relevante citar a grande participação que a escola e as políticas públicas têm no processo de formação de metodologias e didáticas, uma vez que, o professor necessita de estrutura física e pedagógica para criar suas ferramentas metodológicas, a participação de cursos de educação continuada, onde pode oferecer a este professor mecanismos para aprimorar a formação de suas didáticas.
Porém, é fundamental que tal estudo possa ter continuidade uma vez que, outras turmas e outras escolas podem imergir as metodologias diferenciadas para determinadas séries e essa diferença torna o tema mais abrangente e fundamental para a construção de uma formação completa. Portanto, a ludicidade e as brincadeiras, que fazem parte da realidade das crianças, precisam ser inseridas na sala de aulas, tornando o espaço mais familiar para que o sujeito possa fortalecer de sua educação e preparar seu cognitivo para séries futuras.
REFERÊNCIA
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