THE IMPORTANCE OF USING SCREENING INSTRUMENTS IN CHILD CARE CONSULTATIONS FRONT OF EARLY DETECTION OF AUTISM IN PRIMARY CARE
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7921223
Ana Larissa Torres De Brito
Rayssa Júlia Souza Cavalcante
Orientadora: Prof.ª Emmily Fabiana Galindo de França
Resumo
INTRODUÇÃO: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio que afeta o neurodesenvolvimento da criança, apresentando alterações no âmbito familiar, social e cognitivo. Através dos instrumentos utilizados nas consultas de puericultura que são realizadas na atenção básica, a criança poderá ter um diagnóstico precoce e as alterações em seu desenvolvimento podem ser mínimas. A forma como o paciente é diagnosticado à família, muitas vezes influência no processo de adaptação e aceitação familiar, visto que as crianças autistas muitas vezes não criam laços afetivos com seus familiares. OBJETIVO: Identificar a relevância da utilização de instrumentos de triagem referente a identificação do autismo nas consultas de puericultura. MÉTODO: O presente estudo fez um levantamento de artigos científicos, utilizando as seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Utilizando alguns descritores e o operador booleano AND. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram analisados 12 artigos, subdivididos em quatro linhas de raciocínio, sendo elas: Atenção Primária a Saúde e Puericultura, Histórico e Detecção Precoce do Autismo, Método Alternativo e Qualidade de Vida e por fim Preparamento Familiar Para o Diagnóstico. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As consultas de puericultura têm um papel importante no acompanhamento da criança, e através das mesmas que alterações são detectadas precocemente, exigindo dos profissionais conhecimento acerca do autismo e dos instrumentos de triagem que são disponibilizados pelo SUS.
PALAVRAS-CHAVES: Cuidados de enfermagem, Transtorno do Espectro Autista, Atenção Primária a saúde, Puericultura e diagnóstico precoce.
Summary
INTRODUCTION: Autism Spectrum Disorder (ASD) is a disorder that affects the child’s neurodevelopment, presenting alterations in the family, social and cognitive spheres. Through the instruments used in childcare consultations that are carried out in primary care, the child may have an early diagnosis and the changes in his development may be minimal. The way the patient is accepted by the family often influences the process of adaptation and family acceptance, as autistic children often do not create emotional bonds with their family members. OBJECTIVE: To identify the sorority of the use of screening instruments related to the identification of autism in childcare consultations. METHOD: The present study surveyed scientific articles, using the following databases: Virtual Health Library (VHL), Latin American and Caribbean Health Sciences Library (LILACS) and Scientific Electronic Library Online (SciELO). Using some descriptors and the Boolean AND operator. RESULTS AND DISCUSSION: Twelve articles were analyzed, subdivided into four lines of thought, namely: Primary Health Care and Childcare, History and Early Detection of Autism, Alternative Method and Quality of Life and, finally, Family Preparation for the Diagnosis. FINAL CONSIDERATIONS: Childcare consultations play an important role in monitoring the child, and it is through them that alterations are detected early, observing the knowledge of professionals about autism and the screening instruments that are made available by the SUS.
KEYWORDS: Nursing care, Autism Spectrum Disorder, Primary Health Care, Childcare and Early Diagnosis.
INTRODUÇÃO
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por um distúrbio de neurodesenvolvimento, que não apresenta mudanças nas características físicas, mas que é evidenciado por alteração no desenvolvimento social, familiar e comunicativo da criança, apresentando também comportamentos restritos, repetitivos e estereotipados (BONFIM, et al., 2020). Sendo mais frequente diagnosticar na primeira infância e tem uma prevalência maior no sexo masculino (CORRÊA; GALLINA; SCHULTZ, 2021).
Em 2012 foi sancionada a Lei que garante os direitos da pessoa autista, sendo assegurado que aquele paciente tenha direito e acesso ao diagnóstico precoce, tratamentos, terapias pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e uma vida digna com educação, lazer e proteção contra os preconceitos (MAGALHÂES, et al., 2020). Em 2014, o Ministério da Saúde divulgou as diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com TEA com o objetivo de tornar os profissionais da saúde capacitados para identificar alterações apresentadas nos indicadores comportamentais do (TEA) (CORRÊA; GALLINA; SCHULTZ, 2021).
Neste sentido, o enfermeiro ao ter conhecimento acerca de um quadro de TEA, intervenções imediatas e planejamentos podem ser significativos, identificando os sinais precocemente, e oferecendo um acompanhamento multiprofissional e qualificado para aquele paciente e orientando o meio familiar quanto aos cuidados à criança com TEA (FERREIRA; FRANZOI, 2019). É através das diretrizes da atenção à reabilitação da pessoa com transtorno de espectro autista, que será oferecido ao paciente e a família uma assistência multiprofissional, desde o acolhimento, diagnóstico, acompanhamento psicossocial, cuidados nutricionais até os métodos alternativos de terapia (BRASIL, 2014).
Com a falta de treinamentos e utilização de instrumentos de rastreio para diagnosticar precocemente os sinais indicativos de autismo, tem se tornado frequente o diagnóstico tardio das crianças. Devido a alta demanda encontrada nos serviços de saúde, passa despercebido aos olhos dos profissionais os indicadores relevantes e muitas vezes pode estar interligado ao despreparo por parte dos profissionais, levando em consideração que quanto mais cedo a criança for diagnosticada, maior será a chance de minimizar as manifestações graves ao longo do seu desenvolvimento e melhorando o seu prognostico (STEYER; LAMOGLIA; BOSA, 2018).
Todas as mudanças geram um estresse familiar e até a forma como o diagnóstico é passado para os cuidadores influenciam no processo de aceitação e adaptação familiar, pois por muito tempo crianças autistas foram denominadas como incapazes de gerar laços de afetividade a seus familiares, não demonstrando as suas emoções, devido as alterações afetivas e sociais (CORRÊA; QUEIROZ, 2017).
Através das consultas de puericultura realizada pelo enfermeiro da unidade, pode ser aplicado questionários visando identificar alterações no desenvolvimento da criança, seguindo o relato da mãe observado no comportamento contínuo. Essa avaliação ocorre de acordo com os marcos por idade, um sendo aplicado na faixa etária de 6 aos 18 meses e outro de 18 até os 24 meses, identificando e comparando os indicadores do desenvolvimento infantil (CORRÊA; GALLINA; SCHULTZ, 2021).
É no contexto desse debate, que surgiu o questionamento: qual a importância de utilizar instrumentos de triagens durante as consultas de puericultura, frente as alterações do Transtorno do Espectro Autista? Assim, o presente estudo tem como objetivo geral identificar a relevância da utilização de instrumentos de triagem frente a identificação precoce do autismo nas consultas de puericultura na atenção básica.
O estudo consiste em uma revisão de literatura integrativa, de natureza qualitativa e transversal, e tem como finalidade analisar evidências científicas direcionadas ao tema estabelecido.
Como critérios de inclusão, foram utilizados artigos de cunho científico e diretrizes, que abordam a temática proposta, disponíveis por meio eletrônico, publicados nos idiomas português, inglês e espanhol, nos períodos de 2012 a 2022. Os critérios de exclusão se deram através de artigos e publicações que não estejam no período selecionado e artigos que não abordaram o tema proposto.
A coleta de dados foi realizada através de artigos de cunho científico, utilizando o operador booleano AND no banco de dados: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Base de dados em Enfermagem (BDENF) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). As buscas foram efetuadas através dos seguintes descritores baseados no DECS: Cuidados de enfermagem, Transtorno do Espectro Autista, Atenção Primária à saúde, Puericultura e diagnóstico precoce. Após a leitura foi realizada uma análise que contribuiu para reflexão e discussão do tema proposto.
Fluxograma 1 – Categorização dos artigos e diretrizes conforme a coleta de dados, 2023.
DESENVOLVIMENTO
O quadro a seguir apresenta os dados obtidos na pesquisa, caracterizando quanto ao número, autor/ano de publicação, título do artigo, os resultados e a discussão. O trabalho apresenta ao longo do seu desenvolvimento quatro subtópicos importantes e que abordam sobre: Atenção Primária à Saúde e Puericultura; Histórico e detecção precoce do autismo; Método alternativo e qualidade de vida e o preparamento familiar para o diagnóstico.
Quadro 1. Descrição dos artigos quanto ao autor, ano, título, resultados e desfecho.
ID | AUTOR/ANO | TÍTULO | RESULTADOS | DESFECHO | |
01 | BRASIL, 2014. | Diretrizes de atenção à reabilitação da pessoa com Transtorno do espectro do Autismo | A diretriz apresentou pontos importantes a serem observados quanto à criança com o TEA, como é o desenvolvimento, os indicadores comportamentais, os instrumentos que podem ser utilizados, e a importância da avaliação diagnóstica. | Uma avaliação sistemática deve ser realizada para facilitar o processo de reabilitação do paciente, levando em consideração a forma que o paciente se relaciona com o meio social que está inserido, a capacidade de interagir, o autocuidado diário, entre outros fatores que serão determinantes para a ampliação do cuidado e atenção à pessoa autista. | |
02 | BRASIL, 2015. | Linhas de cuidado para atenção as pessoas com transtornos do espectro autismo e suas famílias na rede atenção psicossocial do sistema único de saúde. | A linha de cuidado para atenção às pessoas com TEA apresenta o cuidado de maneira integral, desde o acolhimento no Sistema único de saúde, até as estratégias voltadas tanto para a criança quanto para a família. | Algumas linhas de cuidados ofertadas pelo SUS contam com uma equipe multiprofissional capacitada para prestar assistência a pessoa autista e a sua família, oferecendo uma linha de cuidado de acordo com a singularidade de cada indivíduo, conforme o seu contexto de vida. | |
03 | BRASIL, 2012. | Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. | O caderno de saúde da criança apresenta toda a assistência que é prestada a criança quanto ao seu crescimento e desenvolvimento. | É necessário ter uma base para poder acompanhar o processo de crescimento e desenvolvimento, sendo assim avaliando se a criança está evoluindo de acordo com a sua idade ou se apresenta algum atraso. | |
04 | CANDIDO, L.A.P; ARAOZ, S.M.M, 2019. | Práticas integrativas e complementares em saúde (PICS): uso comum dentro da comunidade autista. | Esse estudo constatou que a pesquisa foi realizada em crianças de 3 a 13 anos e teve uma predominância no sexo masculino, e que os pais fazem o uso de pelo menos uma das PICS nas crianças com TEA. | Crianças autistas apresentam alterações no neurodesenvolvimento, onde foi associado no tratamento terapias não farmacológicas e obtiveram um resultado positivo. | |
05 | CORRÊA, I,S.P; GALLINA,F; SCHULTZ, L,F, 2021. | Indicadores para triagem do espectro autista e sua aplicabilidade na consulta de puericultura: conhecimento das enfermeiras. | Foi observado a falta de conhecimento sobre o TEA por parte dos enfermeiros, onde caracterizam o autismo como um transtorno, déficit, outros não sabiam definir e alguns falaram sobre a importância do diagnóstico precoce | Tendo em vista o despreparo dos profissionais, podemos mencionar a importância de capacitações para os enfermeiros, que são responsáveis por realizar as consultas de puericultura e assim, obter um diagnóstico precoce na atenção básica | |
06 | FERNANDES, C.S; TOMAZELLI, J; GIRANELLI, V.R | Diagnóstico de autismo no século XXI: evolução dos domínios nas categorizações nosológicas. | Foi realizado uma pesquisa onde apresentou a evolução do diagnóstico do TEA, mostrando alguns critérios do diagnóstico do autismo no século XXI e os seus níveis de gravidade, envolvendo a interação social, comunicação e padrões restritos e repetitivos de comportamento | Através de alguns critérios de diagnóstico e do auxílio de alguns instrumentos é possível diagnosticar o autismo, observando o comportamento daquela criança e a forma que ela se envolve no ambiente que está inserido. | |
07 | MAGALHÃES, J.M. et al, 2020. | Assistência de enfermagem à criança autista: revisão integrativa. | O estudo observou que é fundamental o enfermeiro ter conhecimento teórico-prático, para prestar uma assistência de qualidade e de forma empática e holística para a criança e a família. | A assistência prestada pelo enfermeiro deve ser baseada em uma série de fatores, entre eles: uma escuta qualificada e um olhar holístico entre a equipe multidisciplinar, criança e família. Contudo, alguns fatores como dificuldade de coordenar o cuidado e falta de diretrizes, acabam dificultando esse processo. | |
08 | MAS,2018 | Transtorno do espectro autista-história da construção de um diagnóstico | O presente estudo mostra algumas versões utilizadas no Brasil para classificação de transtornos mentais incluindo o autismo. | Através da comparação de opiniões entre os profissionais conclui-se que o autismo tem particularidades bem semelhantes ao que o psiquiatra Leo Kanner acreditava, porém o autismo é um rótulo amplo onde cada paciente possui sua individualidade. | |
09 | MAPELLI, L.D. et al, 2018. | Criança com transtorno do espectro autista: cuidado na perspectiva familiar. | O estudo mostrou que o cuidado principal é da mãe, e que foi observado pelas mesmas situações em que as crianças não gostavam, como lugares com muito barulho e tumultuado, e que a aceitação do diagnóstico ajuda no desenvolvimento do comportamento da criança. | Através desse acompanhamento diário das mães, se for discutido mais nas consultas de puericultura acerca de alterações no comportamento ou desenvolvimento é possível ter um diagnóstico precoce. | |
10 | SANTOS, C.E.R.A.P, et al, 2021. | Caracterização das crianças atendidas em puericultura na atenção primária à saúde. | O estudo apresentou que através das consultas de puericultura é possível identificar precocemente possíveis patologias. | Diante do exposto é relevante que a equipe de saúde da APS esteja preparada para identificar os sinais e sintomas indicativos de patologias e assim melhorando no prognóstico e a criança tendo qualidade de vida e sem agravos. | |
11 | VASCONCELLOS; RAHME; GONÇALVES,2020 | Transtorno do espectro autista e práticas educativas na educação profissional | o estudo faz uma análise da escolaridade de estudantes com TEA, como uma forma de investigar a efetividade do trabalho colaborativo. | Nessa perspectiva evidenciamos a importância de haver uma adequação para que esses estudantes com TEA tenham um melhor desempenho, através disso podemos incluir um suporte escolar individual, serviços de apoio e atividades que desenvolvam suas habilidades para que cada vez mais eles ocupem seu papel de estudante e tenham um melhor desenvolvimento em sala. | |
12 | VIANA, A.L.O. et al, 2020. | Práticas complementares ao transtorno do espectro autista infantil. | O estudo retratou que através das práticas integrativas e complementares às crianças com transtorno autístico apresentaram um bom desenvolvimento na comunicação, interação social e uma evolução positiva quanto ao físico e motor. | As PICS atuam de forma positiva no prognóstico do autismo com atividades de musicoterapia, ludoterapia, psicomotricidade, cinoterapia, etc … Assim possibilitando que a criança tenha mais autonomia, além de melhorar no bem-estar físico e mental. |
Fonte: elaborado pelas autoras, 2023.
2.1. Atenção Primária à Saúde e Puericultura
A atenção primária à saúde como conceito surgiu através do relatório de Dawson, criado pelo ministério de saúde do Reino Unido como um dos primeiros arquivos documentais que utilizou o termo atenção primária à saúde. No Brasil a APS foi adotada em 1990 com o objetivo de enxergar os serviços de saúde de uma forma prioritária e qualificada da atenção básica (PORTELA, 2017).
De acordo com o Ministério da Saúde (2017), a APS é compreendida como um nível de atenção à saúde diversificado e que tem como principal porta de entrada a ESF (estratégia de saúde da família), que abrange a promoção, proteção, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e a manutenção da saúde, tendo como objetivo realizar ações de forma integral e que impacte positivamente na saúde da sociedade.
A APS organiza o fluxo de atendimentos desde os de baixa complexidade até o encaminhamento para alta complexidade de acordo com os princípios do SUS e a necessidade daqueles pacientes, tendo como foco nas consultas de enfermagem: acolhimento, citologia, pré-natal, curativos, vacinas, visitas domiciliares e puericultura (BRASIL, 2017).
Em 2014 foi instituída no SUS a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da criança, que tem como objetivo qualificar a assistência prestada na primeira infância, sendo realizada por meio de cuidados integrais e que visam o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança, imunização, aleitamento materno, higiene, prevenindo doenças e diminuindo o nível de morbimortalidade infantil, assim atendendo as necessidades no âmbito familiar, social e cultural (BRASIL, 2015).
Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2012) cada idade tem um marco de desenvolvimento específico, através desses pode-se identificar alterações ou atrasos significativos no desenvolvimento da criança, e isso ocorre por meio das consultas de puericultura realizadas com o profissional de enfermagem na APS. A partir do segundo ano de vida, o bebê começa apresentar o desenvolvimento cognitivo e emocional, envolvendo a sua interação com o meio, seja familiar ou até mesmo no ambiente escolar.
O acompanhamento da criança é periódico, sendo preconizado pelo ministério da saúde que no 1 ano de vida sejam realizadas 7 consultas, no segundo duas consultas e após essa idade as consultas sejam anuais, tendo como o principal objetivo analisar os fatores do processo saúde-doença, garantindo o crescimento saudável e prevenindo de doenças (SANTOS; et al, 2021)
Na puericultura o enfermeiro tem como objetivo avaliar o crescimento e desenvolvimento da criança desde o nascimento até o terceiro ano de vida. É através das consultas de puericultura que o enfermeiro pode detectar precocemente as possíveis alterações no desenvolvimento neuropsicomotor daquela criança e assim repercutindo positivamente com diagnóstico precoce e aumentando a qualidade vida do indivíduo e o meio que ele está inserido (CORRÊA; GALLINA; SCHULTZ, 2021).
Levando em consideração o que é preconizado pelo SUS e pelo Ministério da Saúde o enfermeiro da estratégia de saúde da família deve responsabilizar-se para que a criança tenha o calendário das consultas de puericultura atualizado, desde o seu nascimento e assim para que haja o cumprimento de serem realizadas no mínimo sete consultas no primeiro ano de vida , tendo em vista, que consultas de puericultura são uma grande ferramenta para o cuidado infantil, pois permite que haja a execução das estratégias de vigilância e com o cuidado integral para o crescimento e desenvolvimento da criança (VIEIRA et al, 2018).
2.2 Histórico e detecção precoce do autismo
O diagnóstico do autismo surgiu através do médico psiquiatra Leo Kanner, o mesmo descreveu ser uma síndrome comportamental e que possuía múltiplas etiologias. Foi observado 11 crianças que apresentavam no quadro clínico uma deficiência auditiva e não conseguiam reagir aos sons, tendo um HD (hipótese diagnóstica) de surdez; porém, através de um exame de triagem foi observado que o transtorno afetava a capacidade cognitiva das crianças e excluiu a possibilidade diagnóstica de surdez (MAS, 2018).
Os sinais do TEA podem ser identificados a partir dos 6 meses de vida de acordo com o comportamento da criança, por isso é importante haver um acompanhamento periódico com o enfermeiro nas consultas de puericultura para identificar precocemente as alterações. Nas consultas será observado: se a criança demonstra pouco interesse por outras pessoas, se responde a chamados, se possui comportamentos repetitivos, observa-se o desenvolvimento sensorial, motor, fala e o aspecto emocional (CORRÊA; GALLINA; SCHULTZ, 2021).
O diagnóstico do autismo é clínico e também pode ser realizado através de instrumentos de triagem, sendo válidos no Brasil o Modified checklist for autism in toddlers, onde é aplicado um questionário aos pais da criança, apresentando os indicadores clínicos de risco para o desenvolvimento infantil (IRDI), sendo necessário observar e avaliar o comportamento e interação da criança, ambos podem ser aplicados por algum profissional da saúde (BRASIL, 2014).
Por meio desses instrumentos de triagem é possível detectar sinais relativos e que são indicativos do TEA, porém o diagnostico só é dado através de um profissional especialista. Entre esses instrumentos tem o IRDI, que é de uso livre para os profissionais da saúde, podendo ser usado nas consultas de puericultura, contendo 31 indicadores distribuídos em 4 faixas etárias de idade validando de 0 a 18 meses, observando e perguntando a mãe ou cuidador da criança (BRASIL, 2014).
Outro instrumento de rastreamento utilizado é um indicador do TEA chamado Modified checklist for autism In toddlers (M-Chata), correspondendo a um questionário de 23 perguntas e que pode ser aplicado por qualquer profissional da saúde também, sendo realizado na faixa etária de 18 a 24 meses, incluindo pergunta relacionadas ao contato visual da criança, interação social, brincadeiras repetitivas, os gestos e assim podendo identificar sinais precoces do TEA (BRASIL, 2014).
É bem comum que até os três anos de idade a criança apresente sinais indicativos de autismo, sendo eles: dificuldade de interação social, não conseguir prestar atenção ou falar, ausência de gestos em resposta de alguma ação do adulto, pode apresentar também a repetição de palavras e sensibilidade aos sons. Identificando alterações precocemente a criança irá receber os cuidados necessário e assim terá uma qualidade de vida, conseguindo se desenvolver de forma adequada, porém, para ter um diagnóstico fechado, é necessário que o paciente seja encaminhado para um profissional especialista. (BRASIL, 2014).
Os critérios para o diagnóstico do autismo passaram por muitas mudanças com o passar dos anos, tendo como principal mudança a classificação do TEA como uma doença mental. A síndrome de Asperger também causa prejuízo na parte cognitiva da criança e interfere na sua relação social, isso dificulta o diagnóstico do autismo pois, por ser semelhante pode-se ser confundido e gerar um falso diagnóstico (FERNANDES; TOMAZELLI; GIRIANELLI, 2020).
2.3 Método alternativo e qualidade de vida
As Práticas Integrativas e Complementares (PICS) são métodos não farmacológicos que proporcionam ao paciente alívio e relaxamento, além de melhorar a qualidade de vida. São vários os tipos de PICS, entre elas estão: musicoterapia, cinoterapia, ludoterapia, arteterapia e outras atividades que melhoram a questão cognitiva. Para que essas atividades possam ser desenvolvidas a equipe deve estar preparada para fornecer esse tipo de serviço após a confirmação do diagnóstico (VIANA, et al, 2020).
Para a criança reduzir os sintomas como irritabilidade e agitação que são causados por esse transtorno, é imprescindível o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar composta por profissionais de diversas áreas da saúde. Além do tratamento farmacológico, muitas famílias estão adotando medidas complementares conhecidas como práticas integrativas e complementares à saúde para auxiliar no tratamento (VIANA, et al, 2020).
Indivíduos com TEA, tendem a ter uma grande dificuldade para se comunicarem com pessoas do seu convívio, além de não conseguirem expressar seus sentimentos e emoções, podem apresentar também comportamentos agressivos, e que através dos métodos alternativos é possível favorecer aquele paciente a ter uma melhor interação com a sociedade, ajudando-o a expressar suas emoções, evoluindo no ambiente familiar, de amigos ou até mesmo educacional (CÂNDIDO; ARAOZ, 2019).
Para assistir os pacientes com sofrimento psíquico, foi criado os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) e dentro dele existe o Centro de Atenção Psicossocial infantojuvenil (CAPSi) que é o atendimento voltado para crianças e adolescentes, tendo assistência de enfermagem em oficinas, visitas domiciliares e até mesmo atividades em grupo (FRANZOI, 2016).
Tendo como recursos terapêuticos a musicoterapia e arteterapia, que estimula o paciente a socializar, verbalizar e a expressar os seus sentimentos. No relato de experiência de Franzoi (2016), observou-se em atendimento 5 profissionais de saúde, onde os mesmos tinham salas temáticas e que possibilitavam a interação entre eles, aprender novas formas de brincar e explorar as atividades, assim diminuindo essa tendência de isolamento social, afastamento do contato físico e procedeu no estímulo a interação e comunicação daquelas crianças com o meio.
Através dos métodos alternativos e juntamente com o acompanhamento da equipe multiprofissional o paciente com TEA será bem assistido e pode ter um grande desenvolvimento nas dificuldades enfrentadas rotineiramente, possibilitando ao paciente uma melhor qualidade de vida e mudanças nos seus comportamentos, através de intervenções relacionadas entre a interação da mente e do corpo (CÂNDIDO; ARAOZ, 2019).
2.4 Preparamento familiar para o diagnóstico
Quando se é dado o diagnóstico do TEA é essencial que haja um preparamento familiar, pois os pais precisam acolher, orientar e ter os cuidados específicos com a criança. E para que a assistência seja qualificada, faz-se necessário que a equipe trabalhe de forma humanizada e empática, ouvindo e acolhendo a família, visto que, o diagnóstico do TEA causa uma sensibilidade na família do paciente, precisando de um preparamento psicológico aos cuidadores e orientando sobre os cuidados necessários para o acompanhamento da criança, sendo assim ofertando qualidade de vida ao paciente (BRASIL, 2014).
O SUS oferta a rede de cuidados a pessoas com TEA e que tem um papel fundamental na ampliação da assistência, sendo o transtorno progressivo ou não. Em contraponto, essa rede tem como objetivo a promoção de cuidados da fonoaudióloga até a rede de atenção psicossocial, que envolve o bem-estar físico e mental dos pacientes. Sabe-se que o preconceito familiar ainda é algo a ser desmistificado, pois quando a família não tem uma rede de apoio com profissionais que ajudem no processo de aceitação, a criança passa a não receber os cuidados que ela necessita (BRASIL, 2014).
Com a criação da constituição federal no século XX, houve a ampliação do ensino para as pessoas com deficiência e que passaram a ter direito a educação básica nas escolas, essa mudança educacional foi assegurada pela lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, visando estratégias de ensino que garantam acessibilidade e participação de todos, proporcionando a inclusão social, direitos e oportunidades igualitários (VASCONCELLOS; RAHME; GONÇALVES, 2020).
O ambiente familiar no qual o indivíduo está inserido torna-se importante para a criança encarar os desafios de aprendizagem pois permite maior participação nas atividades, desenvolvendo a parte cognitiva e a interação com os colegas (CABRAL; FALCKE; MARIN, 2021). Com o descobrimento desse transtorno o nível de estresse e ansiedade familiar aumentam, necessitando de apoio e esclarecimento de dúvidas para ultrapassar as dificuldades e compreender as particularidades da criança, que por muitas vezes não são passadas de uma forma esclarecedora (MAPELLI, et al., 2018; ANJOS; MORAIS, 2021).
A equipe de enfermagem desempenha um papel fundamental para criar um elo entre a equipe multiprofissional e a família, possibilitando uma escuta qualificada e promovendo um olhar holístico e livre de preconceitos. A abordagem aos pais tem como finalidade orientá-los quanto às suas apreensões para melhorar o enfrentamento e adaptação dos desafios futuros (MAGALHÃES, et al, 2020).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante das análises compreendidas no estudo, permitiu-se que objetivo fosse concluído, relacionando os mesmos com o propósito de aprimorar no processo de conhecimento-aprendizagem tanto dos profissionais, quanto dos estudantes e futuros atuantes de campo. Levando em consideração que diagnóstico precoce do autismo é extremamente significativo para oferecer uma assistência adequada e qualidade de vida para a criança e a família, sendo este um meio de reorganizar a aplicação de instrumentos de triagem e desenvolver novas políticas públicas de saúde direcionada ao tema.
Além de que, as consultas de puericultura têm uma grande relevância para acompanhar o crescimento e desenvolvimento das crianças, sendo possível através de instrumentos detectar precocemente alterações que sejam indicativas do TEA, que resultam negativamente no seu processo de desenvolvimento, exigindo dos profissionais conhecimento acerca do Transtorno do espectro autista e da utilização dos instrumentos de triagem.
Em consideração a isso, o trabalho contribui propagando conhecimento aos profissionais e estudantes através da realização de estudos científicos e pesquisas publicadas, porém, ainda há uma insuficiência de artigos que abordem essa temática. Há uma grande necessidade da realização de capacitações para os profissionais de enfermagem da Atenção Primária à Saúde, pois os mesmos precisam ter conhecimento sobre as possíveis alterações do TEA e a forma que devem utilizar os instrumentos de triagem que são disponibilizados pelo sistema único de saúde.
REFERÊNCIAS
ANJOS, B.B; MORAIS, N.A. As experiências de família com filhos autistas: uma revisão integrativa da literatura. Ciência. Psicologia (on-line). v. 15, n. 1, 01 jun. 2021. Disponível em: http://www.scielo.edu.uy/scielo.php?pid=S1688-42212021000101203&script=sci_abstract&tlng=pt Acesso em: 07 set. 2022.
BONFIM, T.A. et al. Vivencias familiares na descoberta do Transtorno do Espectro Autista: implicações para a enfermagem familiar. Revista Brasileira de enfermagem, v. 73, n. 6, p. 1-9, 23 abr. 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reben/a/cpkwQJQP8kccvs8zN4LgHCH/?lang=pt&format=pdf Acesso em: 05 set. 2022.
BRASIL. Ministério da saúde. Diretrizes de atenção à reabilitação da pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Brasília- DF, 2014. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes atencao_reabilitacao_pessoa_autismo.pdf Acesso em: 03 set. 2022.
BRASIL. Ministério da saúde. Linha de cuidados para a atenção as pessoas com transtornos do espectro autismo e suas famílias na rede atenção psicossocial do sistema único de saúde. Brasília-DF, 2015. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/linha_cuidado_atencao_pessoas_transtorno.pdf Acesso em: 03 set. 2022
BRASIL, Ministério da saúde. Portaria N° 1.130 de 05 ago. 2015. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2015/prt1130_05_08_2015.html Acesso em: 10 out. 2022.
BRASIL, Ministério da saúde. Portaria N° 2.436 de 21 set. 2017. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html Acesso em: 03 set. 2022.
BRASIL. Ministério da saúde. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. Brasília- DF , 2012. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_crescimento_desenvolvimento.pdf Acesso em: 03 set. 2022
CABRAL, C.S; FALCKE, D; MARIN, A.H. Relação família-escola-criança com Transtorno do Espectro Autista: percepção de pais e professoras. Revista Brasileira de educação especial [online], v. 27, p. 493-508, 2020. Disponível em: SciELO – Brasil – Relação Família-Escola-Criança com Transtorno do Espectro Autista: Percepção de Pais e Professoras Relação Família-Escola-Criança com Transtorno do Espectro Autista: Percepção de Pais e Professoras Acesso em: 07 set. 2022.
CANDIDO, L.A.P.; ARAOZ, S.M.M. Práticas integrativas e complementares em saúde (PICS): uso comum dentro da comunidade autista. South American Journal of Basic Education, Technical and Technological, [S. l.], v. 6, n. 1, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufac.br/index.php/SAJEBTT/article/view/2269. Acesso em: 07 set. 2022.
CORRÊA, I.S.P; GALLINA, F.; SCHULTZ, L.F. Indicadores para triagem do espectro autista e sua aplicabilidade na consulta de puericultura: conhecimento das enfermeiras. Revista de Atenção Primária à Saúde, Salvador, v. 24, n. 2, p. 282-295, 5 nov. 2021. Disponível em: http://dx.doi.org/10.34019/1809-8363.2021.v24.32438 Acesso: 02 set. 2022.
CORRÊA, M.C.C.B; QUEIROZ, S.S. A família é o melhor recurso da criança: análise das trocas sociais entre mães e crianças com transtorno do espectro do autismo. Ciências e cognição, v. 22, n. 1, p. 41-62, 30 jun. 2017. Disponível em: http://www.cienciasecognicao.org/revista/index.php/cec/article/view/1382/pdf_87 Acesso em: 27 set. 2022.
FERNANDES, C.S; TOMAZELLI, J; GIRANELLI, V.R. Diagnóstico de autismo no século XXI: evolução dos domínios nas categorizações nosológicas. Piscologia USP-2020, v. 31, n.2, p. 1-10, 22 set. 2022. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pusp/a/4W4CXjDCTH7G7nGXVPk7ShK/?format=pdf&lang=pt Acesso em: 29 set. 2022.
FERREIRA, A.C.S.S.; FRANZOI, M.A.H. Conhecimento de estudantes de enfermagem sobre os transtornos autísticos. Revista de enfermagem UFPE on-line, v. 13, n. 1, p. 51-60, jan. 2019. Disponível em: file:///C:/Users/Dell/Downloads/237856-132212-1-PB.pdf Acesso em: 02 out. 2022.
FRANZOI, M.A.H. Intervenção musical como estratégia de cuidado de enfermagem a criança com transtorno do espectro do autismo em um centro de atenção psicossocial. Elaborado a partir de trabalho de conclusão apresentado ao curso de especialização em linhas de cuidado- Área Atenção Psicossocial, do departamento de enfermagem e programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)- 2016, v. 25, n. 1, Disponível em: https://www.scielo.br/j/tce/a/XYSRFmZdj4CKVpyfv87QcHn/abstract/?lang=pt# Acesso em: 07 set. 2022.
HOFZMANN, R.R. et al. Experiência dos familiares no convívio de crianças com Transtorno do espectro autista (TEA). Enfermagem em Foco, v. 10, n. 2, p. 64-69, 13 fev. 2019. Disponível em: http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/1671/521 Acesso em: 05 out. 2022
MAGALHAES, J.M. et al. Assistência de enfermagem à criança autista: revisão integrativa. Enfermería. global, Murcia, v. 19, n. 58, p. 531-559, 2020. Disponível em: https://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1695-61412020000200017 . Acesso em: 20 set. 2022.
MAGALHÃES, J.M. et al. Diagnósticos e intervenções de enfermagem em crianças com transtorno do espectro autista: perspectiva para o autocuidado. Revista Baiana de Enfermagem, Salvador, v. 36, n. 1, p. 1-10, 28 abr. 2022. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/enfermagem/article/view/44858/26636 Acesso em: 04 set. 2022.
MAPELLI, L.D. et al. Criança com transtorno do espectro autista: cuidado na perspectiva familiar. Revista de enfermagem, v. 22, n. 4, p. 1-9, 23 nov. 2018. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/2177-9465-ean-2018-0116. Acesso em: 15 set. 2022.
MARIANO, A.M; ROCHA, M.S. Revisão da literatura: apresentação de uma abordagem integradora. XXVI Congresso internacional AEDEM, p. 427-443, 4/5 set. 2017. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Ari-Mariano/publication/319547360_Revisao_da_Literatura_Apresentacao_de_uma_Abordagem_Integradora/links/59beb024aca272aff2dee36f/Revisao-da-Literatura-Apresentacao-de-uma-Abordagem-Integradora.pdf Acesso em: 07 out. 2022.
MAS, N.A. Transtorno do Espectro Autista- história da construção de um diagnóstico. p. 1-103, São Paulo, 2018. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-26102018-191739/publico/mas_me.pdf Acesso em:07 out. 2022.
PORTELA, G.Z. Atenção primária à saúde: um ensaio sobre conceitos aplicados aos estudos nacionais. Physis: Revista de Saúde coletiva (on-line)– RJ, v. 27, n. 2, p. 255-276, jan-mar. 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/physis/a/GRC4bkWgdyGnGfcvczDByNh/?lang=pt# Acesso em: 10 out. 2022.
SANTOS, C.E.R.A.P, et al. Caracterização das crianças atendidas em puericultura na atenção primária à saúde. Revista Nursing, v. 24, n. 283, p. 6846-6851, 30 nov. 2021. Disponível em: https://revistas.mpmcomunicacao.com.br/index.php/revistanursing/article/view/2113/2621 Acesso: 10 out. 2022.
STEYER, S; LAMOGLIA, A; BOSS, C.A. A importância da avaliação de programas de capacitação para identificação dos sinais precoces do Transtorno do Espectro Autista- TEA. Tendências em psicologia [online]. v. 26, n. 3, p. 1395-1410, set. 2018. Disponível em: SciELO – Brasil – A Importância da Avaliação de Programas de Capacitação para Identifi cação dos Sinais Precoces do Transtorno do Espectro Autista – TEA A Importância da Avaliação de Programas de Capacitação para Identifi cação dos Sinais Precoces do Transtorno do Espectro Autista – TEA Acesso em: 10 out. 2022
VASCONCELLOS, S.P; RAHME, M.M.F; GONÇALVES, T.G.G.L. Transtorno do Espectro Autista e Práticas Educativas na Educação Profissional. Revista Brasileira de Educação Especial (on-line) 2020, v. 26, n. 4, p. 555-566. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbee/a/DvgMGqGJyHFNmmLyM699XyN/# Acesso em: 12 out. 2022.
VIANA, A.L.O. et al. Práticas complementares ao transtorno do espectro autista infantil. Enfermagem em Foco, v. 11, n. 6, p. 1-9, 23 jun. 2020. Disponível em: file:///C:/Users/Dell/Downloads/3258-24650-1-PB%20(1).pdf Acesso em: 09 out. 2022.
VIEIRA, D.S. et al. A prática do enfermeiro na consulta de puericultura na estratégia de saúde da família1. Apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), apresentada em 2017. Texto & Contexto – Enfermagem [online]. v. 27, n. 4, p. 1-10. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tce/a/kRzgT5Z6WNVpwF8F5xcV4cH/?lang=pt# Acesso em: 10 out. 2022.