REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7930840
Wesclley Franksley Gomes Lima Junior1
Omero Martins Rodrigues Junior²
RESUMO
Por mais simplória que seja uma atividade física, considera-se de grande importância o acompanhamento de um profissional que esteja capacitado para dar ao indivíduo as informações necessárias para o alcance de resultados satisfatórios. Não obstante, essas ações devem ser ainda mais discutidas por atletas que praticam profissionalmente um determinado esporte. A compreensão a respeito de uma alimentação saudável e adequada e a importância da suplementação é essencial para que não haja uma queda no rendimento físico. Pensando nisso, o objetivo do trabalho aqui apresentado é como objetivo geral discutir sobre a importância da suplementação de vitamina D para o desempenho de atletas. Para isso foi realizado um levantamento bibliográfico sobre o tema em questão utilizando plataformas digitais com materiais publicados entre os anos de 2015 e 2023. Os resultados demonstram a relevância do tema durante a formação de futuros profissionais da área bem como a necessidade do conhecimento por parte dos próprios atletas sobre a suplementação da vitamina D.
Palavras-chave: Atividade física. Esporte. Nutrição. Vitamina D.
ABSTRACT
No matter how simple a physical activity may be, it is considered of great importance to be accompanied by a professional who is able to provide the individual with the necessary information to achieve satisfactory results. Nevertheless, these actions should be further discussed by athletes who practice a particular sport professionally. The understanding of a healthy and proper nutrition and the importance of supplementation is essential to avoid a drop in physical performance. With this in mind, the objective of the work presented here is to discuss the importance of vitamin D supplementation for the performance of athletes. To this end, a bibliographical survey will be conducted on the subject in question using digital platforms with materials published between the years 2015 and 2023. The results show the relevance of the subject during the training of future professionals in the area as well as the need for knowledge by the athletes themselves about vitamin D supplementation.
Keywords: Physical activity. Sport. Nutrition. Vitamin D.
1. INTRODUÇÃO
Toda e qualquer atividade física deve ser realizada de forma sistemática seguindo as regras e com acompanhamento de profissionais específicos capazes de reconhecer e identificar as necessidades nutricionais para melhoria da performance atlética de cada indivíduo e integrando em seu discurso profissional a importância dos macronutrientes e micronutrientes no que diz respeito ao alcance de resultados satisfatórios para atletas que buscam um alto rendimento mediante a prática esportiva (DE MENESES et. al., 2018).
A Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (2015) destaca que os “Suplementos alimentares têm por finalidade complementar a alimentação de indivíduos saudáveis”. Nesse sentido, entende-se que esses elementos são peça chave para o desenvolvimento de um indivíduo desde o nascimento e podendo ser alterados mediante a falta de uma dieta considerada adequada.
De Oliveira Carvalho et al., (2018) observam que ainda que extremamente necessários, quando utilizados de forma incorreta os suplementos podem ter um quadro contrário ao desejado podendo levar a distúrbios e outros casos clínicos, como o surgimento de cálculos renais, intoxicação e outros aspectos físicos como cefaléia, má digestão entre outros.
Os autores destacam, por exemplo, que o uso de suplementos alimentares por praticantes de atividades físicas tem se tornado cada vez mais comum, especialmente entre aqueles que desejam obter resultados em curto prazo. Entre os suplementos alimentares, e aqui, destacando os micronutrientes, será abordada a vitamina D, sendo considerada de grande importância para fortalecimento de ossos, músculos e para as atividades imunológicas do corpo humano.
Quando há, por exemplo, uma deficiência desses macronutrientes e micronutrientes, é indicado por profissionais da nutrição a ingestão correta e com o índice indicado para que assim possa haver saúde e uma melhor qualidade de vida. Pensando mais especificamente em adultos praticantes de atividades físicas, destaca- se a afirmação. A insuficiência de vitamina D, também definida como hipovitaminose, pode ser caracterizada como uma relevante discussão, tendo em vista que, parte da população de países como Brasil, Alemanha e Dinamarca apresentam taxas de 50%, acometendo crianças, jovens e adultos (DOS SANTOS et al., 2020).
No que tange o desenvolvimento de atividades físicas, diversos aspectos devem ser levados em consideração e nesse trabalho será destacado principalmente a relação direta da vitamina D com a saúde e a qualidade de vida para o desempenho de atletas, independente do esporte praticado, isto porque, como destacado por Rabelo, Do Vale e Junior (2018) as concentrações consideradas adequadas dessa vitamina irão determinar não somente os benefícios do exercício físico mas o resultado possível mediante uma suplementação correta e acompanhada por profissionais específicos da área.
Buscando responder o seguinte problema: De que forma a suplementação de vitamina D pode contribuir com o desempenho, processos de lesão, recuperação de atletas em desenvolvimento de atividades físicas? O estudo tem como objetivo geral discutir sobre a importância da suplementação de vitamina D para o desempenho de atletas. Quanto aos objetivos específicos, busca-se realizar um levantamento bibliográfico referente às características da Vitamina D; descrever a relação entre suplementação de vitamina D com o desempenho no que diz respeito à obtenção de força muscular e identificar de que forma a vitamina D contribui nos processos de lesão e recuperação dos praticantes de esportes.
Desta forma, justifica-se esta pesquisa considerando a importância de novas discussões no âmbito acadêmico para futuros profissionais sobre temas referentes ao controle e suplementação vitamínica e nutricional, assim como, a necessidade de fazer com que os praticantes de esportes compreendam o papel de instrutores e nutricionistas antes, durante e após os processos avaliativos e a realização dos exercícios físicos.
O estudo será apresentado em seções, sendo a primeira uma introdução geral do conteúdo com apresentação dos principais pontos, como objetivo geral e específicos, a justificativa e problema de pesquisa. A segunda seção será faz uma discussão do tema por meio de um referencial teórico configurado nos seguintes tópicos: Micronutriente vitamina D: especificidades e características gerais e a importância da suplementação em vitamina D para atletas. A terceira seção descreve os métodos utilizados para o desenvolvimento do material, a quarta seção, as considerações finais seguida das referências.
2. VITAMINA D: CARACTERÍSTICAS GERAIS
Como destacado pelo Guia alimentar para a população Brasileira (GAPB) (2014), muitos dos conhecimentos gerados a respeito de um determinado grupo de substância orgânica ou inorgânica se dão por estudos experimentais ou clínicos no qual indicam revisões integrativas e outras recomendações sobre a alimentação. À medida que esses trabalhos são realizados, tem-se tentado compreender que forma esses componentes interagem com a fisiologia e o metabolismo do corpo humano, bem como, de outros organismos vivos.
Dentre os diversos progressos os efeitos da interação entre nutrientes e outros compostos com atividade biológica sendo uma área de importantes descobertas científicas. É graças a essas inúmeras pesquisas que hoje se sabe sobre as várias funções dos nutrientes no organismo humano. Pesquisas têm demonstrado a existências desses elementos nos alimentos e sua relação com compostos químicos com atividade biológica, compostos com propriedades antioxidantes e anti- inflamatórias em alimentos como frutas, legumes, verduras, castanhas, nozes e peixes (GAPB, 2014).
Pesquisas são realizadas diariamente para a definição e apresentação de compostos que são essenciais para o funcionamento do corpo humano. Dentre esses, destacam-se as vitaminas, que são micronutrientes que devem constituir parte de uma dieta e que são ingeridos através da alimentação ou por meio de outras formas de suplementação. No sentido funcional, o principal papel da vitamina D no organismo humano está nos processos metabólicos e na mineralização óssea (COAN; BITTENCOURT, 2019).
O conceito “vitamina D” surgiu a partir de pesquisas que indicavam duas moléculas que apresentavam diferença na sua estrutura e origem. A primeira, sendo a vitamina D2 ou Ergocalciferol formada pela ação dos raios em contato com esteróide ergosterol nas plantas e a vitamina D3, no qual é gerada na pele dos animais superiores pela exposição aos raios ultravioleta da luz solar a partir do 7- dehidrocolesterol. Há ainda a possibilidade de suprir as demandas desta vitamina através da alimentação, tendo em vista alguns alimentos que são ricos em vitamina D, como ovos, alguns peixes marinhos como a sardinha, o atum, leite, manteiga, cogumelos. Independentemente da origem da vitamina D circulante (alimentar, cutânea ou farmacológica), durante a sua passagem pelo fígado, esta é hidroxilada no 25 (VÁSQUEZ-AWAD et al., 2022).
Galli Coimbra (2020) utilizando como base as proposta apresentadas pela Sociedade Endócrina dos EUA, afirma que “A vitamina D é um hormônio que é produzido pelos rins e que age diretamente no controle do cálcio no sangue afetando o sistema imunológico Essa vitamina também é conhecida como Calcitriol, Ergocalciferol, Calcidiol e Colecalciferol.
Dentre esses, o Calcidiol é a forma que os médicos mais costumam focar ao medir os níveis de vitamina D no sangue. Ainda, conforme discutido pelo autor, a vitamina D ajuda o corpo a absorver o cálcio, resultando em níveis de cálcio no sangue. Isso promove a mineralização óssea, necessária para ossos fortes e saudáveis. No entanto, esta é apenas uma das funções do hormônio.
Raffaelli et al. (2015) referem-se a vitamina D como sendo um elemento essencial para a manutenção das reações metabólicas, sendo indispensável para a manutenção do tecido ósseo, assim como para a manutenção da homeostase do cálcio e do fósforo. Segundo os autores há vários indícios de que as vitaminas atuam diretamente com outras funções tais como […]a proliferação celular, secreção hormonal, e também atuando no sistema imune e em diversas doenças crônicas não transmissíveis […] (RAFAELLI, et al., 2015, p. 334).
A realização de inúmeras pesquisas tem levado à descoberta de novas funções, como destacado por Vásquez-Awad et al. (2022).
Nos últimos anos, a vitamina D tem estado no centro das atenções dos investigadores e clínicos médicos, uma vez que a sua deficiência tem sido associada a efeitos adversos na saúde óssea e mineral e a outras doenças graves como o cancro, doenças autoimunes, diabetes, síndrome metabólica, hipertensão, doenças cardiovasculares e deficiências cognitivas. (VÁSQUEZ- AWAD et al., 2022, p. 141 tradução nossa).
Para Moreira (2018) a importância da vitamina D, também está na resposta imunológica, tendo em vista que vitamina seus metabólitos induzem a produção de peptídeos antimicrobianos contra vírus e bactérias e estimulam a resposta antimicrobiana inata.
De acordo com Borges et al. (2020) em pesquisas atuais a vitamina D já está relacionada com funções específicas ao aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis como a hipertensão. Com essa descoberta novos estudos têm sido realizados a fim de entender como este elemento atua de fato no organismo.
Como descrito por Catarino, Claro e Viana (2016):
A vitamina D tem como efeito biológico principal a promoção da mineralização óssea e a regulação da homeostasia do metabolismo cálcio-fósforo. A vitamina D atua como uma hormona regulando a expressão de mais de 200 genes em diferentes tipos de células com os receptores específicos. A sua função biológica extra esqueleto tem sido amplamente estudado e o seu défice associado a risco aumentado para diversas patologias, nomeadamente autoimunes, neoplásicas, cardiovasculares e neurológicas, entre outras (CATARINO; CLARO; VIANA, 2016, p. 345).
Kratz, Silva e Tenfen (2018) ao realizarem uma revisão de literatura referente a deficiência de vitamina D, identificaram a necessidade de trabalhos que enfatizaram mais fortemente a importância desse elemento em casos mais específicos, como a própria nutrição esportiva, em virtude do próprio desenvolvimento das atividades. Uma característica que muito tem se discutido em diferentes trabalhos é a importância da vitamina D no processo de divisão celular, no qual sugere uma justificativa na relação com neoplasias.
Para os autores essa descoberta é de extrema significância pois irá auxiliar em pesquisas futuras, com o intuito de compreender os mecanismos de inúmeras doenças, bem como, a forma mais adequada de tratá-la. De qualquer modo, é indicado ainda as necessidades diárias das vitaminas enquanto participantes ativos que são absorvidos tanto pela luz solar quanto pela alimentação. Os fatores que estão associados à deficiência da vitamina D nos organismos é o uso excessivo de protetor solar, radiação solar limitada, em crianças e idosos.
Machado e Artioli (2022) afirmam que a descoberta da vitamina D ocorreu em 1920 por um fisiologista britânico chamado Edward Mellanby. Após sua descoberta muitos outros estudos científicos foram realizados a fim de compreender suas especificidades e funções essenciais que este micronutriente desempenha para a biologia dos animais superiores. Conforme destacado pelos autores, ainda que chamada de vitamina D, muitos pesquisadores a consideram como um pró-hormônio podendo ser encontrada na natureza em forma de vitamina D2 (Ergocalciferol) e vitamina D3 (Colecalciferol).
O Guia prática para alimentação da população brasileira, documento que norteia os aspectos necessários para saúde, qualidade de vida e bem-estar da população destaca que os alimentos que são de origem animal são além de ótimas fontes de proteína, ricos em e das vitaminas e minerais que o corpo necessita para realizar suas principais funções. Dentre os alimentos listados no guia que são fontes ricas para obtenção de vitaminas no geral, estão, feijão, arroz, legumes no geral, carnes, peixes e ovos.
A Figura 1 representa a estrutura química das vitaminas supracitadas.
Figura 1. Estrutura química da Vitamina D2
Figura 2. Estrutura química da Vitamina D3.
Fonte: Champe; Harvey; Ferrier (2006).a
Catarino, Claro e Viana (2016) apresentam as formas mais comuns de vitamina D, sendo o Ergocalciferol, Colecalciferol, Calcidiol, Calcitriol (Figura 3).
Figura 3. Formas de vitamina D.
Corroborando com as afirmações acima, Dima e Dima (2020) destacam que a fisiologia da vitamina D está diretamente associada com o Colecalciferol que se caracterizada como o hormônio regula a homeostase do cálcio, com grande influência com as paratireoides, rins e intestinos.
Gali Coimbra (2020) afirma que a vitamina D é produzida pelo corpo por meio de uma reação química no qual a luz do sol atinge a pele. Essa reação produz Colecalciferol, convertida pelo fígado em Calcidiol. Os rins convertem a substância em Calcitriol. O Calcitriol é a forma ativa do hormônio no corpo.
Nesse mesmo sentido, Silva diz que:
[…] A vitamina D3 ou Colecalciferol é sintetizada na pele humana pela ação da radiação UVB a partir do 7 Dehidrocolesterol, além de ser encontrada em certos alimentos, como óleo de peixe e gema de ovo. A vitamina D2 ou Ergocalciferol é formada a partir de um esteróide fúngico, o ergosterol, sendo pouco disponível naturalmente nos alimentos, mas usada como suplemento alimentar. Uma vez ingerida ou sintetizada na pele, a VD é transportada até o fígado, onde sofre a primeira hidroxilação no carbono 25, convertendo-se a 25-hidroxi-vitamina D (25(OH)VD) (SILVA et al., p. 483).
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia traz algumas considerações a respeito das mudanças nos valores de vitamina D no corpo, baseado nas premissas apresentadas pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML). Segundo a nota publicada pela SBPC/ML até então o valor normal era acima de 30 ng/mL, no entanto, atualmente estão sendo aceitos valores a partir de 20 ng/mL.
A ausência desse elemento pode inferir em diversas questões relacionadas ao desenvolvimento do organismo, como já destacado pelos autores supracitados. Ferrarini e Machado (2015) nesse contexto corroboram que a deficiência de vitamina D na população mundial tem aumentado devido a diversos fatores relacionados ao cotidiano moderno, principalmente no que diz respeito à alimentação.
Catarino, Claro e Viana (2016) destacam que há muitas controvérsias no que diz respeito à relação de causa efeito entre a hipovitaminose e patologias esqueléticas, doença esta que também pode acometer muitos atletas. Os autores apresentam alguns dos alimentos ricos em Vitamina D e seus percentuais, apresentados na Figura 4.
Figura 4. Principais fontes de vitamina D
Fonte: Catarino, Claro e Viana (2016) Adaptado de Tang JY, et al.
Nota-se dessa forma uma relação direta entre a vitamina D e o surgimento de diversas doenças, incluindo as autoimunes, as ósseas, cardiovasculares e endócrinas. Por essa razão faz-se necessário a reposição deste elemento para mitigar, por exemplo, quadros clínicos das doenças. Considerar o uso adequado com teores indicados por profissionais é fundamental, tendo em vista também a possibilidade de intoxicação que pode causar aumento da absorção intestinal de cálcio e fósforo, causar hipocalcemia, hipercalcemia e hiperfosfatemia e consequentemente resultando em fraqueza, calcificações de tecidos moles, incluindo- se vasculares, nefrolitíase, algumas vezes coma e até óbito (FRANCEZ et al., 2021).
2.1 Importância da suplementação em vitamina D para o desempenho de atletas
A alimentação por meio de uma dieta balanceada pode indicar e auxiliar o desempenho do atleta. Para isso, o acompanhamento nutricional esportivo é tão
importante, havendo a necessidade de planejamento alimentar adequado e considerando diversos fatores, tais como adequação energética da dieta, a distribuição dos macronutrientes e o fornecimento de quantidades adequadas de vitaminas e minerais (SÁ et al., 2015).
Pensando na discussão realizada até aqui, serão destacados neste tópico a importância da vitamina D mais especificamente no desempenho de atletas e outros praticantes de atividades físicas. Câmara et al. (2021) afirma que é de suma importância a conscientização da população acerca dos impactos ocasionados no corpo devido a carência da vitamina D, tendo em vista que, os processos advindos desse micronutriente são essenciais para uma saúde adequada e por consequência melhor qualidade.
A educação alimentar no esporte também é pauta de discussão nos processos formativos de profissionais da área de nutrição. Compreender as especificidades de cada elemento é essencial para o rendimento do esportista. Assim, entender o papel da suplementação no desenvolvimento de atividades físicas e outros esportes é um dos fatores que podem adequar e possibilitar resultados obtidos.
Considerando a relevância do conceito, destacamos a concepção apresentada pelo Conselho Federal de Nutricionista (2005) no qual destaca que os suplementos podem ser caracterizados como os alimentos que servem para complementar as bases calóricas e os nutrientes que podem estar presentes no corpo em uma quantidade insuficiente mediante a alimentação do indivíduo.
Para Abreu et al. (2018), os suplementos alimentares podem ser definidos como o consumo de nutrientes com grau de eficiência extremamente variável e que proporcionam adaptações fisiológicas e melhora do desempenho físico dos indivíduos. Por essa razão, a busca pelo uso de suplementos alimentares tem crescido consideravelmente e que isso está relacionado com a necessidade de uma vida mais saudável estruturada por uma alimentação adequada
Segundo os autores, percebe-se que o uso de suplementos alimentares tem ocorrido sem o devido acompanhamento e este aspecto passa a ser preocupante devido aos possíveis agravos já que a suplementação não ocupa o lugar de uma alimentação saudável e balanceada e mediante aos percentuais utilizados pode não suprir as necessidades do corpo de forma.
Um dos maiores problemas relacionados à prática esportiva e os suplementos é que além de estar se tornando cada vez mais comum a busca por resultados com maior rapidez, essa prática tem ocorrido sem o acompanhamento correto de um profissional.
Karkle (2015) diz que normalmente a indicação para o uso dos suplementos é indicado por amigos ou por outra pessoa que não tem uma formação específica na área e consequentemente uma ausência de conhecimento teórico-científico.
Em um contexto mais específico, destaca-se então a suplementação e controle de vitamina D para o desempenho de atletas. A utilização de suplementos pode contribuir diretamente com o desempenho físico, tendo em vista que são ergogênicos e ajudam não somente na preparação do treino, mas também como mitigadoras para evitar ou ajudar na recuperação de lesões.
3. METODOLOGIA
O estudo apresentado neste trabalho é definido como uma abordagem qualitativa, ou seja, uma abordagem na qual não necessariamente há a apresentação de resultados numéricos ou algum percentual. De acordo Godoy (1995), nesse tipo de pesquisa o orientador passa a ter um contato direto com o objeto investigado e uma de suas etapas consiste no levantamento de referenciais teóricos que irão nortear o desenvolvimento da pesquisa.
Desta forma, será realizada uma pesquisa bibliográfica norteada pelo tema abordado e tendo como instrumento de coleta de dados, bases e plataformas digitais que dispõe de artigos, livros e outros materiais. Entre elas, foram utilizadas o Google Acadêmico e Scientific Electronic Library Online (SCIELO). Os critérios de inclusão referem-se ao ano, devendo ter sido publicado entre 2015 e 2023 e em idioma português e inglês. Os descritores utilizados para a busca dos materiais utilizados foram: Nutrição. Atletas. Suplementação. Vitamina D.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O conhecimento a respeito dos macronutrientes e micronutrientes e sua relação com a qualidade durante a atividade física é fundamental para o alcance de
resultados significativos por parte dos praticantes. Para que seja possível esse alcance é necessário não somente a compressão, mas também o acompanhamento de profissionais capacitados que indiquem de forma correta os suplementos relevantes de acordo com um dado perfil.
Os profissionais da área de nutrição devem estar atentos às características dos seus pacientes a fim de garantir uma dieta condizente ao perfil identificado, considerando percentuais que auxiliem e tenham uma influência direta no desempenho atlético. O desenvolvimento de discussões que deem ênfase à saúde, bem-estar e qualidade de vida de atletas é fundamental para propor ações que possam mitigar a queda no indivíduo antes, durante e após a prática.
É válido ainda considerar a necessidade de atividades que envolvam a educação alimentar desde a formação de futuros profissionais, sejam eles voltadas para a área da nutrição geral ou para a nutrição esportiva, tendo em vista a prevalência de trabalhos que indicam uma falta de conhecimento a respeito do tema por parte de educadores físicos e outros profissionais.
Por fim, observa-se que atletas que possuem uma dieta balanceada rica em diversas substâncias orgânicas, como carboidratos e lipídeos e com uma suplementação vitamínica correta tendem a potencializar suas atividades gerando disponibilidade de energia para o corpo, ação esta que se faz necessária em atividades de grande intensidade.
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1 Graduando do Curso de Nutrição da Universidade Nilton Lins. E-mail: wescleyjunior7@gmail.com
² Farmacêutico Especialista em Docência Superior. E-mail: omeromartins.farma@gmail.com