A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA CRIANÇAS COM TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10185708


Joana Josiane Andriotte Oliveira Lima Nyland1, Flávio Penteado de Souza2, Melquisedeque da Silva Moraes3, Cilda Feitoza Amaral4, Gabriela Camargo da Silva Oliveira5, Edivania Pedro da Costa6, Susany Pedro da Costa7, Marcelo Rodrigues Ribeiro dos Santos8, Lucimara Alves Pereira da Silva9, Rosa Carolina Silva de Gouveia10, Gabriel Antonio Ogaya Joerke11


RESUMO
Este artigo aborda o tema sobre a Importância da Psicomotricidade na Educação Infantil para Crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, aborda uma pesquisa bibliográfica, tem objetivo de averiguar a importância do conhecimento de crianças com TDAH, bem como suas características de impulsividade, dificuldade de prestar atenção e hiperatividade, causando prejuízos no desempenho escolar e social, como também a reflexibilidade na atividade motora, sendo possível identificar que o TDAH não é visto como uma dificuldade de aprendizagem, porém trata-se de um transtorno de atenção, sendo importante realizar um trabalho flexível, incluindo a Psicomotricidade com a finalidade de a criança receber estímulos de noção de tempo, espaço e lateralidade, proporcionando um ambiente prazeroso e reforçador para adquirir a coordenação psicomotora.

Palavras-Chave: Criança. Psicomotricidade. TDAH. Escola. Maturidade.

ABSTRACT

This article addresses the topic of the Importance of Psychomotricity in Early Childhood Education for Children with Attention Deficit Hyperactivity Disorder, a bibliographic research, and aims to ascertain the importance of knowledge of children with ADHD, as well as their impulsive characteristics. , difficulty in paying attention and hyperactivity, causing impairments in school and social performance, as well as reflexivity in motor activity, being possible to identify that ADHD is not seen as a learning disability, but it is an attention disorder, being It is important to perform a flexible work, including Psychomotricity with the purpose of the child receiving stimuli of notion of time, space and laterality, providing a pleasant and reinforcing environment to acquire psychomotor coordination.

Keywords: Child. Psychomotricity. ADHD School. Maturity.

1 INTRODUÇÃO 

Este trabalho apresenta como tema A importância da Psicomotricidade na Educação Infantil para crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Assim, para que a criança com TDAH desenvolva sua Psicomotricidade é necessário que seja motivada e estimulada desde bebê até a fase escolar, oportunizando a desenvolver sua capacidade física, intelectual e social, sendo essenciais para o progresso acadêmico.

Dessa forma, é importante que a escola compreenda o conceito de TDAH reforçando os comportamentos adequados, porém quando a atividade é prazerosa e incentivadora, a criança tem probabilidade de lidar com seus medos, angústias e frustrações, melhorando sua qualidade de vida.

É necessário inserir a Psicomotricidade no ambiente escolar, sendo assim, estão inseridos neste trabalho os objetivos como: o Conhecimento do Conceito do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, o Conceito de Psicomotricidade e a Psicomotricidade com a criança TDAH na Educação Infantil.

A criança com TDAH deve ser respeitada suas dificuldades, onde a escola deve levar em consideração a história individual e social da criança, colocando a afetividade como um fator principal no desenvolvimento psicomotor, estabelecendo um vínculo afetivo, através do diálogo e confiança, para que a criança aprenda alcançar sua aprendizagem.

2 DESENVOLVIMENTO 

2.1 Conceito sobre Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH

Na década 80 o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) teve destaque no ambiente familiar e os profissionais da saúde mental, sendo diagnosticado como um distúrbio de ordem psicológica em criança, sem ênfase na divulgação. Atualmente, com os avanços tecnológicos, o transtorno é divulgado e o diagnóstico passou a ser realizado com maior cuidado e as crianças a receber o tratamento corretamente (CARVALHO, et, al. 2012).

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é fundamentado por três características como: impulsividade, dificuldade em prestar atenção e hiperatividade, porém cada indivíduo apresenta sintomas de forma diferenciada. Sendo dividida em TDAH com desatenção, TDAH com sintomas de Hiperatividade e TDAH com três sintomas combinados (LUIZÃO, SCICCHITANO, 2014).

O TDAH depende da carga genética de familiares é uma síndrome heterogênea, causando prejuízos no desempenho da atenção, a reflexibilidade e atividade motora, assim, a evolução do TDAH é considerada precoce e crônica. A criança desatenta apresenta comportamentos de não atentar a detalhes, dificuldades em focar atenção, parece ser surda, não consegue seguir regras e instruções, é desorganizado e apresenta comportamento resistente para realizar tarefas escolares e esquece com freqüência de realizar atividades cotidianas (SENO, 2010).

Segundo o autor, o TDAH tipo impulsivo apresenta uma variabilidade de comportamentos como: dificuldade em manter sentado, movimenta sem função, inquietude em mexer pés e mãos, impulsividade para falar interrompem assuntos com freqüência numa discussão. Já o tipo combinado a criança se enquadra em dois conjuntos de critérios estabelecidos como desatento e impulsivo.

É possível identificar que o TDAH não é visto como uma dificuldade de aprendizagem e trata-se de um transtorno de atenção e comportamento que pode ou não comprometer a aprendizagem, sendo necessário realizar um trabalho pedagógico flexível com a criança e modificar positivamente o ambiente, onde a escola deve criar estratégias para que a criança tenha acendido ao conhecimento e progresso em sua aprendizagem (LUIZÃO, SCICCHITANO, 2014). 

De acordo com as autoras, há um comportamento típico na criança com TDAH e hiperatividade, sendo percebida a dificuldade de concentração e movimento excessivo na parte física. Como o TDAH é um transtorno com vários tipos de causa é necessário que o diagnóstico seja realizado com ética e qualidade, porém um tratamento adequado para orientar sobre os efeitos do transtorno, levando em consideração os seguintes aspectos: levantamento da história de vida tanto da criança quanto de seus familiares, testes padronizados para medir o nível de inteligência, consulta médica, avaliação do progresso escolar, interação da criança com os pares no ambiente escolar, verificando o comportamento no ambiente escolar e familiar. 

O TDAH é predominante em 3 a 5% das crianças, numa proporção maior em meninos do que meninas, aproximadamente de 3 por 1. É um transtorno neuropsiquiátrico mais diagnosticado na infância, prosseguindo até a fase adulta. Quanto ao uso de medicamentos causa tranqüilidade e aumento no período de atenção e às vezes sonolência. Assim, o médico avalia cada caso e prescreve a dose necessária do medicamento e após ter sido encontrada a dose ideal que deve ser mantida (SENO, 2010).

O TDAH é considerado um transtorno de comportamento e não se enquadra uma deficiência, assim, a escola deve adaptar as atividades físicas, podendo proporcionar uma melhora significativa no quadro de sintomas, reforçando os comportamentos adequados e orientando a criança a controlar seus comportamentos hiperativos (CARVALHO, et, al. 2012).

Para realizar um diagnóstico correto, faz necessário a criança ser encaminhada para o atendimento interdisciplinar com profissional psicopedagogo, psicólogo, neuropediatra e analisar os relatos do professor, porém é na escola que a criança começa a manifestar com freqüência os comportamentos de TDAH (LUIZÃO, SCICCHITANO, 2014).

A criança TDAH com nível de inteligência superior à média esperada apresenta benefícios sobre as crianças TDAH com a inteligência abaixo da média, porém o professor deve repensar no planejamento pedagógico e propiciar estratégias para os problemas de atenção, impulsividade ao comportamento hiperativo da criança, reforçando os comportamentos adequados, pois quando as atividades é prazerosa e incentivadora, a criança tem possibilidades de vencer seus medos, suas angústias, suas frustrações, sendo eficazes para manter a qualidade de vida da criança (CARVALHO, 2012).

O comportamento inadequado da criança com TDAH no ambiente escolar, muitas vezes, é definido como indisciplina ou deficiência da capacidade cognitiva, assim, a probabilidade da evasão e o fracasso escolar aumenta, é necessário que a escola desde a Educação Infantil esteja atenta como a criança se interage com seus colegas, se consegue realizar as atividades conforme o tempo proposto e qual a sua dificuldade de concentração e entendimento, trabalhando com respeito e aceitando a diversidade, possibilitando a criança o direito pela educação (TIRELLO, 2019).

2.2 Conceito sobre Psicomotricidade

Depois da Segunda Guerra Mundial, na década 70 no Brasil, a psicomotricidade tem a finalidade de recuperar e reabilitar a auto-estima do corpo mutilados na guerra, sendo uma base no trabalho desenvolvendo a coordenação motora, o equilíbrio, localização e organização temporal, espacial e lateralidade, dando início ao movimento da educação no Brasil (FONTANA, 2012).

A criança desde bebê depende do meio social para emitir comportamentos com gestos sincréticos e gestos de sobrevivência, sendo fundamental para a modulação tônica e emocional para se ajustar ao meio que vive. Também a maturação neurológica é necessária para o desenvolvimento social como as experiências social e cultural que determina a inteligência na criança desenvolvendo sua psicomotricidade (FONSECA, 2008).

Segundo o autor, o desenvolvimento psicomotor é uma análise sobre a criança e o jovem, onde a ontogênese e a filogênese psicomotora como: tônicas, posturais e práxicas resultam na interação psicoambiental do desenvolvimento tanto da criança quanto do adulto.

A assimilação significa aplicar o que já se conhece e adquiriu, ou seja, interpretamos o mundo exterior (objetos, situações e eventos) em termos do que mentalmente podemos dispor para lidar com tais dados. A criança pequena pode fingir que um pedaço de madeira é um avião, porque o “assimila” ao seu conceito mental de avião, isto é, incorpora o objeto dentro da estrutura de conhecimento que possui de aviões (FONSECA, 2008, p. 77)

A psicomotricidade é vista como uma ciência que tem finalidade de estudar o homem no processo de maturação, através de seu corpo em movimento e também sua interação ao agira com outro e com seu mundo interno e externo, no qual, é no corpo que acontecem aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas, envolvendo o pensamento e a emoção propiciando o melhor domínio de seu corpo, sendo fundamental para o desenvolvimento da linguagem verbal, movimentos corporal e global da criança (FONTANA, 2012).

A evolução do bebê acontece por meio da afetividade, onde os adultos experientes reforçam o comportamento do bebê a emitir gestos e movimentos que satisfaçam as suas necessidades, estabelecendo relações de interação recíproca, no qual os comportamentos psicomotores serão desenvolvidos. O desenvolvimento psicomotor acontece de maneira organizada e integrada, quando a criança recebe uma classe de estímulos, para o progresso das condições maturacionais básicas para a manifestação das pré aptidões cognitivas das aprendizagens simbólicas. É pelo comportamento perceptivo motor que a criança aprende a interagir com o ambiente (FONSECA, 2008).

Segundo o autor citado acima, o afeto é essencial para a formação de vínculo entre os pares, o comportamento do adulto interfere na relação afetiva, a postura, o tom de voz, alegrias e as frustrações são sentidos no corpo da criança e filtrados pelo tônus, porém as emoções e os movimentos são comportamentos articulados com tonicidade, como principal para maturação neuromuscular, proporcionando o aperfeiçoamento das posturas, das atitudes e dos gestos que entusiasmam o desenvolvimento da afetividade e da inteligência como também na construção da identidade e autonomia.

A psicomotricidade desenvolve diversas formas da criança interagir e demonstrar conhecimento que ela é capaz, sendo primordial para aprendizagem. Quando a criança é privada de estímulos psicomotor, ela poderá deparar com dificuldades na leitura e escrita, pensamento lógico e abstrato, porém, o desenvolvimento psicomotor está articulado com aspectos intelectual, emocional, comunicativo, expressivo e motor. A criança com maturidade psicomotora terá maior habilidade para enfrentar suas dificuldades escolares, colocando seus desejos e necessidade de expressar as dificuldades diárias proporcionando estratégias para buscar soluções aos problemas cotidianos (OLIVEIRA, 2019). 

A maturação tônica revela-se primeiro ao nível da cabeça, da coluna e do tronco, posteriormente dirige-se para as extremidades (mãos e pés), obedecendo a um processo dialético neuroevolutivo próximo distal, do centro para a periferia, consubstanciando uma mielinização primeiro das vias corticais mais curtas e depois das vias mais longas (FONSECA, 2008, p. 43).

A criança com TDAH necessita receber estímulos de estruturação temporal, onde conseguirá organizar os acontecimentos passados e presentes e perceber que pode planejar um tempo para efetivar as atividades diárias com melhor qualidade, como também efetuar suas atividades corporais, fazendo planos nas tomadas de decisões futuras. A educação psicomotora engloba dois pontos de análise como: a prevenção dos problemas motores e a reeducação psicomotora são as dificuldades e atrasos (FONTANA, 2012).

Segundo a autora, quando a criança ainda não frequenta a escola, a educação psicomotora é iniciada no ambiente familiar com pais ou cuidadores, em seguida acontece na fase escolar, assim a educação psicomotora necessita de profissionais habilitados para direcionar essa habilidade na educação. O profissional psicomotricista orienta na reabilitação motora, onde sua função é levantar hipóteses, analisar o ambiente que a criança com TDAH está inserida e diagnosticar as dificuldades como também criar estratégias para solucionar o problema, sendo mediador a buscar melhorias, facilitando seu desenvolvimento na aprendizagem. Sendo importante na Educação Infantil ser trabalhada atividades lúdicas, proporcionando à criança um momento prazeroso de divertimento e brincadeira.

A imitação é o ponto principal para o processo da interiorização psicomotora, no qual, os gestos simbólicos têm significantes e significados, conforme os gestos surgem o processo cognitivo e o gesto simbólico torna-se a própria linguagem. A criança aprende a imitar interagindo com os adultos, dando origem a psicomotricidade, porém o desenvolvimento psicomotor não é visto como social, mas também é o resultado da interação ativa da criança no mesmo contexto onde acontece o progresso de maturação sensorial, neuronal e motora (FONSECA, 2008).

Segundo o autor, a imitação é muito importante para a criança conseguir diferenciar o seu próprio comportamento. Quando ela aprende a imitar os movimentos, consegue ampliar sua autonomia, circuito sensório perceptivos motores mais precisos e completos, sendo fundamental para descartar os gestos inapropriados e inserir gestos favoráveis para a aprendizagem. A imitação acontece através do aspecto lúdico, é útil para a formação do sujeito como um ser social, necessário para o progresso cognitivo, afetivo e intelectual, como também na participação da elaboração estrutural funcional do cérebro. 

2.3 A utilização da psicomotricidade em criança com TDAH na Educação Infantil como ferramenta no processo ensino-aprendizagem

Na Educação Infantil as brincadeiras, os jogos e as interações estão presentes diariamente entre as crianças, porém viver e crescer no ambiente lúdico e prazeroso desenvolve a segurança e confiança, onde a criança começa a entender por inteiro seu corpo, mente e as emoções e a importância de interagir, brincar e explorar seus direitos fundamentais para aprendizagem. É através do corpo que a criança conhece o mundo e as sensações e função que seu corpo desempenha, identificando suas potencialidades e seus limites (PARANÁ, 2018).

O desenvolvimento do cérebro se dá de acordo com uma organização progressiva ascendente e uma complexidade estrutural. Inicialmente a atividade motora é indiferenciada, estereotipada e rígida, por ser baseada em reflexos e automatismos primitivos controlados pelos centros cerebrais inferiores. A medida que o cérebro vai se organizando, a atividade motora, como instrumento de aprendizagem fundamental torna-se mais diferenciada, variada e flexível, pressupondo o controle de centros cerebrais intermediários e superiores, daí a importância da motricidade como componente elaborativo das estruturas neuroevolutivas que subjazem ás aprendizagens mais complexas como as escolares (FONSECA, 2008, p. 232).

A Educação Infantil é a principal contribuinte para o processo psicomotor, tanto a criança com TDAH, quanto a criança sem esse transtorno deve ser estimulada através de jogos e exercícios relacionados à psicomotricidade, proporcionando um momento prazeroso e reforçador para adquirir a coordenação psicomotora, o domínio do corpo, a lateralidade com esquema corporal e noção espacial e temporal (BARBIERI, 2019).

Segundo a autora, muitas vezes, o fracasso escolar está articulado com a defasagem psicomotora da criança TDAH, na medida em que acontece a inserção do trabalho psicomotor, passa a contribuir para a evolução da aprendizagem e também previne o fracasso escolar, onde a criança aprende a organizar aos poucos seu mundo interior e exterior, observando seu próprio corpo.

A criança como todo indivíduo, é um sujeito que traz uma organização familiar, social e histórica, é através do meio social que se desenvolve, construindo seu conhecimento. Assim, a instituição de Educação Infantil deve tornar um ambiente acessível para todas as crianças que freqüentam, levando em consideração sua cultura, proporcionando brincadeiras para desenvolver a psicomotricidade e o conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais e éticas, na finalidade de construir uma formação de crianças autônomas e saudáveis (BRASIL, 2001).

A afetividade é um fator principal no desenvolvimento psicomotor, é através dela que o aluno e professor estabelecem um vínculo afetivo de diálogo e confiança, é na relação afetiva recíproca que acontece a construção individual e sociocultural, onde a criança com TDAH compreende que o professor é flexível e está aberto para orientar e motivar a criança a aprender e alcançar sua aprendizagem (DIAS, 2019).

Quando a criança está envolvida no ambiente apropriado o desenvolvimento neuropsicomotor ocorre. Se uma criança for criada em um ambiente privado da linguagem, ela não aprenderá a falar, assim, a criança desde a gestação já apresenta motricidade fetal até a maturidade plena para o momento do parto, onde o movimento faz parte das estruturas integrativas do ser humano. Porém, para cada fase do movimento psicomotor tem o processo maturativo enriquecendo o sujeito com o ambiente (FONSECA, 2009).

Segundo o autor, a defasagem na motricidade intervém na inteligência antes da conquista da linguagem, quando a criança adquire percepções e movimentos, estabelece uma interação com o meio exterior, organiza a função simbólica que determina a linguagem, com a finalidade a representação e ao pensamento. Conforme as experiências vivenciadas, o aprendizado motor é um procedimento interno que produz alterações positivas no comportamento da criança, que permanece ao longo da vida, podendo ser avaliado desde o período neonatal, infância, adolescência até fase adulta.

3. CONCLUSÕES

Diante a realidade social e escolar, é importante que a criança com TDAH seja inserida e estimulada a realizar movimentos psicomotores para proporcionar a aprendizagem, visto que a criança com TDAH apresenta maiores dificuldades de aprendizagem devido à variação de comportamentos impulsivos e dificuldades para manter atenção.

A Psicomotricidade desenvolve a noção de esquema corporal, temporal e espacial e está presente em todas as fases da vida, desde o movimento fetal até a morte, sendo necessária a maturidade psicomotora, proporcionando estratégias para buscar soluções aos problemas enfrentados no cotidiano.

Assim, a escola é o primeiro ambiente social que a criança freqüenta, é preciso ser prazeroso e estimulador para o desenvolvimento infantil, oportunizando desde a Educação Infantil para o progresso da aprendizagem acadêmica, onde a Psicomotricidade seja incluído nas atividades escolares, utilizando jogos psicomotores para ajudar a criança desenvolver a aquisição da linguagem, aprender a ler e escrever com facilidade.

Também a afetividade é estímulo necessária para desenvolver a maturidade psicomotora, é necessário professor e a criança manter um elo positivo, para fortalecimento de vínculo afetivo, onde a criança sente-se segura e amparada para desenvolver sua autonomia e segurança, como também reforçando os comportamentos positivos que a criança emite no ambiente escolar.

REFERÊNCIAS 

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CARVALHO, A, Jair et al. TDAH: Considerações sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. Ver. Científica do ITPAC, Araguaína, v 5, n 3, Pub 5 de julho 2012. Acesso disponível em < https://assets.itpac.br/arquivos/Revista/53/5.pdf> Acesso em 19-09-2023.

DIAS, Adailton di Lauro. A Atuação do Professor e a Relação da Afetividade e Aprendizagem sob à Perspectiva de Piaget e Wallon. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 07, Vol. 09, pp. 64-71. Julho de 2019. ISSN: 2448-0959. Acesso disponível em < https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/afetividade-e-aprendizagem> Acesso em 19-09-2023.

FONSECA, Vitor da. Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2008.

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LUIZÃO, M, Andréia; SCICCHITANO, J, M, Rosa. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: um recorte da produção científica recente.  Ver. Psicopedag, vol 3, n° 96. São Paulo 2014.

OLIVEIRA, Caroline. Psicomotricidade e Educação Infantil. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 07, Vol. 06, pp. 56-67. Julho de 2019. ISSN: 2448-0959 Acesso disponível em <https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao-fisica/psicomotricidade-e-educacao> Acesso em 15 -09-2023.

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SENO, P, Marília. Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): O que os educadores sabem? Ver. Psicopedag. Vol.27. n° 84. São Paulo 2010. Acesso disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862010000300003> Acesso em 19-09-2023.

TIRELLO, M, Márcia. TDAH e o Cotidiano Escolar: Um Desafio da Educação Atual. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 08, Vol. 08, pp. 137-146. Agosto de 2019. ISSN: 2448-0959. Acesso disponível em < https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/tdah-e-o-cotidiano> Acesso em 15 -09-2023.


1Graduação Em Gestão Pública – Universidade De Marilia
2Mestrado Em Antropologia Social  – Universidade Federal De Mato Grosso Do Sul/Ms
3Mestrando Em Ciências Do Movimento – Universidade Federal Do Mato Grosso Do Sul/Ms
4Especialização Em Supervisão E Orientação Educacional  – Faculdade Albert Einstein/Sp
5Graduanda Licenciatura Plena Em Pedagogia – Universidade Federal Do Mato Grosso Do Sul/Ms
6Licenciatura Em História – Universidade Estadual De Mato Grosso/Mt
7Licenciatura Em Matemática – Universidade Estadual De Mato Grosso/Mt
8Mestrando Em Estudos Fronteiriços – Universidade Federal Do Mato Grosso Do Sul/Ms
9Especialização Em Dança: Arte, Esporte E Educação – Faculdades Metropolitanas Unidas Educacionais/Sp
10Doutoranda Em Linguagem-Universidade Federal Do Mato Grosso/Mt
11Doutorado Em Literatura – Centro Samarthiano De Altos Estudos Filosóficos E Histórico/RJ