A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO PRECOCE DA FISIOTERAPIA NA AQUISIÇÃO DE HABILIDADES MOTORAS E NA QUALIDADE DE VIDA DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th1024110956


Carla Da Cruz Souza
Hosana Conceição Moura
Thaylane Monteiro Rios Melo
Orientadora: Prof.ª Graciely Lima Ferraz da Silva


RESUMO

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) caracteriza-se pelas dificuldades de socialização, comunicação e padrões de comportamento repetitivos, que afetam o desenvolvimento motor e a qualidade de vida das crianças que o possuem. A fisioterapia surge como uma intervenção importante para melhorar essas condições, contribuindo para o desenvolvimento motor e social. O objetivo desta pesquisa consiste em compreender a importância da intervenção precoce da fisioterapia na aquisição de habilidades motoras e na qualidade de vida de crianças com TEA. A metodologia utilizada baseia-se em uma revisão bibliográfica de abordagem qualitativa, que analisou estudos entre 2020 e 2024. A pesquisa foi realizada em três etapas (planejamento, busca e análise dos dados), que resultaram na seleção de nove artigos relevantes para o tema. Os resultados indicam que a fisioterapia, aliada a modalidades como equoterapia, cinesioterapia e hidroterapia, é eficaz na melhoria do equilíbrio, coordenação motora e funcionalidade, resultando em maior autonomia das crianças com TEA. Além disso, a colaboração entre pais, cuidadores e profissionais de saúde é essencial para o sucesso das intervenções. Como conclusões, infere-se que a intervenção precoce da fisioterapia é essencial para o desenvolvimento motor e a qualidade de vida de crianças com TEA. O tratamento adequado promove maior independência e integração social, além de reduzir as limitações funcionais. Além disso, políticas públicas que garantam o acesso a essas terapias e a capacitação dos profissionais envolvidos no cuidado dessas crianças são ações fundamentais para promover a inclusão e universalização dos direitos referentes ao Transtorno do Espectro Autista.

Palavraschave: Autismo. Fisioterapia no TEA. Fisioterapia para crianças com autismo.

ABSTRACT

Autism Spectrum Disorder (ASD) is characterized by difficulties in socialization, communication, and repetitive behavior patterns, which affect the motor development and quality of life of children with the condition. Physiotherapy emerges as an important intervention to improve these conditions, contributing to both motor and social development. The objective of this research is to understand the importance of early physiotherapy intervention in the acquisition of motor skills and the quality of life of children with ASD. The methodology employed is based on a qualitative literature review that analyzed studies from 2020 to 2024. The research was conducted in three stages (planning, data search, and analysis), resulting in the selection of nine articles relevant to the topic. The results indicate that physiotherapy, combined with modalities such as hippotherapy, kinesitherapy, and hydrotherapy, is effective in improving balance, motor coordination, and functionality, leading to greater autonomy for children with ASD. Furthermore, collaboration between parents, caregivers, and healthcare professionals is essential for successful interventions. In conclusion, early physiotherapy intervention is crucial for motor development and the quality of life of children with ASD. Proper treatment promotes greater independence and social integration while reducing functional limitations. Additionally, public policies that ensure access to these therapies and the training of professionals involved in the care of these children are fundamental actions to promote the inclusion and universalization of rights related to autism spectrum disorder.

Keywords: Autism. Physiotherapy in ASD. Autistic Disorder Physiotherapy.

1. INTRODUÇÃO

O TEA é uma condição que envolve uma variedade de desordens neurológicas e comportamentais que englobam alguns fatores evidentes, como a dificuldade de socialização, transtornos na comunicação ou linguagem verbal e não verbal e padrões estereotipados de comportamento repetitivos. Assim, o autismo é um déficit complexo, ou seja, um agrupamento de variações nomeado de TEA, uma contrariedade que afeta fatores da vida dos pequenos que o tem, tais como a linguagem, o diálogo e comunicação, a vida social e seu processo psiconeurológico (ABREU; SANTOS; PEREIRA, 2024).

No Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-V), o TEA é classificado em três níveis: leve, moderado e grave, com base na seriedade do transtorno. No estágio leve, a criança tem rotina normal, de ir à escola, sem necessitar de muito apoio, tem boa adaptação ao meio em que convive, no entanto, o tratamento deve existir para que desenvolvam e sejam funcionais. A criança com TEA moderado, apresenta um nível de maior comprometimento e precisam de assistência intensiva. O tratamento é feito na instituição escolar, na residência do autista e em clínicas apropriadas. Apesar do estágio mediano, a criança ainda consegue ter funcionalidade diária e adaptação ao meio. Crianças com nível grave do TEA, mesmo com todo tratamento especializado, são seres pouco funcionais e tornam-se dependentes na vida, com dificuldade para se adaptar ao meio em que se encontram. Aproximadamente 50% dos autistas apresentam complicações motoras que incluem alterações ligadas a habilidade de equilíbrio e no padrão da marcha, falta de coordenação motora em ações de motricidade fina. Essas alterações interferem nos aspectos sociais, além de comprometerem a comunicação (BATISTA; OLIVEIRA; PEREIRA, 2023).

O desenvolvimento de habilidades, a participação nas ocupações e a qualidade de vida de crianças com TEA podem ser prejudicadas devido aos desafios causados pelos problemas sensoriais. Yela-Gonzáles, Santamaría-Vazquez e Ortiz-Huerta (2021) realizaram um estudo descritivo para investigar a existência de uma relação entre a integração sensorial, o brincar e desempenho e participação nas Atividades da Vida Diária (AVD) de crianças com TEA, em comparação com crianças de desenvolvimento típico. Para tal estudo, utilizaram a Pediatric Evaluation of Disability Inventory (PEDI), que avalia as habilidades funcionais da criança para o autocuidado, mobilidade e função social, as modificações ambientais e assistência do cuidador que a criança precisa para o desempenho nas AVD; Test of Playfullness (ToP), que é uma escala destinada a avaliar o brincar de crianças de 2 a 10 anos; e o Sensory Processing Mensure (SPM), que avalia o funcionamento sensorial e comportamental da criança, bem como a participação social. Apontaram em seus resultados, que crianças com TEA apresentam mais problemas de reatividade sensorial do que crianças com desenvolvimento típico e esses problemas também estão relacionados ao pior desempenho nas duas áreas ocupacionais, brincar e AVD, bem como maior necessidade de apoio dos cuidadores e do uso de adaptações nas atividades e no ambiente (CARDOSO, 2023).

Falar em qualidade de vida é introduzir um novo conceito com múltiplos significados. Significa falar em promover bem-estar físico e emocional, relacionamento interpessoal, desenvolvimento pessoal, autodeterminação, inclusão social e direitos. Na criança com TEA é conveniente conhecer os princípios de uma vida saudável, melhorar a condição física e facilitar o acesso a oportunidades de lazer e recreação (CARMO; SILVA; ARAÚJO, 2023).

A fisioterapia desempenha um papel fundamental na melhora da progressão motora em crianças com transtorno do espectro autista TEA. As sessões terapêuticas são projetadas visando promover o desenvolvimento das habilidades motoras grossas e finas. Tendo como pressuposto que todo processo cognitivo é resultado de um bom desenvolvimento motor ao focar no aprimoramento do equilíbrio, e postura e ou destreza, a fisioterapia visa ajudar a criança no desenvolver de habilidades de práticas motoras para suas atividades de vida diárias, como vestir-se, andar, correr, brincar, e alimentar-se de forma independente (COSTA; LIVRAMENTO, p. 3121, 2023).

O objetivo desse estudo é compreender a importância da intervenção precoce da fisioterapia na aquisição de habilidades motoras e na qualidade de vida de crianças com transtorno do espectro autista (TEA).

2. METODOLOGIA

O estudo trata-se uma revisão bibliográfica da literatura com abordagem qualitativa. Conforme apontado por Azevedo (2016, p. 2), “a revisão de literatura tem como objetivo fornecer uma visão geral das fontes sobre um determinado tópico e tem características de investigação científica”.

A pesquisa qualitativa é uma metodologia de caráter exploratório e seu foco está no caráter subjetivo do objeto analisado e se dá por meio do estudo das particularidades e experiências individuais ou em grupo do pesquisador e seus pesquisados (RODRIGUES; OLIVEIRA; SANTOS, 2021).

A busca de referências ocorreu por meio do material disponibilizado em bases de dados como: BDTD, LILACS, Google Acadêmico e Periódicos Capes. Com isso, a pesquisa foi desenvolvida passando por três etapas: planejamento, busca e análise dos dados. Foram considerados apenas trabalhos científicos que atendessem aos critérios de elegibilidade.

Sendo assim, a amostra desse estudo foi constituída com artigos disponibilizados no formato completo. Foram escolhidos artigos publicados entre os anos de 2020 e 2024, onde foram utilizados nove artigos escritos na língua portuguesa e inglesa, cujo público-alvo são crianças autistas. Como métodos de exclusão foram utilizados: análises em pacientes adultos e estudos com mais de cinco anos, pois não atenderam o objetivo da pesquisa. A qualidade dos estudos foi avaliada através dos resultados obtidos por meio dos tratamentos realizados com as crianças e verificando se os objetivos foram alcançados, estimulando o desenvolvimento neuropsicomotor, propriocepção e equilíbrio. Foram utilizados os seguintes descritores: fisioterapia no TEA, autistic disorder physiotherapy e fisioterapia crianças com autismo.

Através dos resultados dos estudos foi possível elaborar um fluxograma, que definiu os critérios de inclusão e exclusão, conforme ilustrado na Figura 1. A maioria dos estudos relatou que a fisioterapia precoce proporciona melhora no desenvolvimento de habilidades motoras, propriocepção e equilíbrio.

3. RESULTADOS

As estratégias de buscas utilizadas resultaram em um total de 131 artigos que após análise, remoção por títulos, resumos e duplicidade, resumiram-se em 9 artigos, conforme exposto no Quadro 1.

Quadro 1 – Artigos relacionados à atuação da fisioterapia na aquisição de habilidades motoras de crianças com TEA

Autor – AnoObjetivoBase de dadosMetodologiaConclusão
Costa (2021)Elaborar e avaliar o efeito de um programa de intervenção fisioterapêutica, baseado em atividade psicomotora associada com estratégias comportamentais.BDTDTrata-se de um estudo de intervenção com caso controle, de caráter descritivo e comparativo.O protocolo de intervenção fisioterapêutica elaborado nesse estudo, baseado na psicomotricidade com a utilização de estratégias comportamentais foi eficaz para melhora do desenvolvimento infantil.
Cunha, Ibiapina e Canto (2022)Demostrar como a fisioterapia pode contribuir para o desenvolvimento motor de crianças com TEA no campo da neuropediatria.LILACSFoi realizada uma revisão bibliográfica através do levantamento de dados.A fisioterapia auxilia no aspecto psicomotor, na melhora da interação social, na coordenação motora e equilíbrio das crianças com TEA.
Gaia e Freitas (2022)Destacar a importância e os benefícios da intervenção fisioterapêutica em crianças diagnosticadas com o TEA.Google AcadêmicoTrata-se de uma revisão bibliográfica do tipo explicativa, alcançada por consultas em diversas bases de dados conceituados na área da saúde.A fisioterapia possui influência positiva no acompanhamento e tratamento da criança com TEA. Ainda, destaca-se a importância de discutir trabalhos referentes ao tema abordado.
Batista, Oliveira e Pereira (2023)Descrever a importância da abordagem fisioterapêutica no tratamento de crianças com TEA.Google AcadêmicoTrata-se de uma revisão bibliográfica através de levantamento de dados sobre a importância da fisioterapia no desenvolvimento de crianças com TEA.A fisioterapia associada ao apoio da família, e escolha de terapêutica adequada é essencial na intervenção precoce no TEA.
Cardoso (2023)Investigar os efeitos da Terapia de Integração Sensorial de Ayres nas atividades de vida diária e participação de crianças brasileiras, em idade pré-escolar, diagnosticadas com TEA.BDTDEstudo quase-experimental, com linha de base múltipla não concomitante entre sujeitos, realizado com 9 crianças diagnosticadas com TEA, com idades de 3 a 6 anos.É possível concluir que o uso da terapia de ISA pode contribuir para a melhora da participação e desempenho nas atividades de vida diária de crianças com TEA.
Carmo, Silva e Araújo (2023)Revisar a literatura sobre a importância da intervenção fisioterapêutica no tratamento em crianças com TEA.Periódicos CapesTrata-se de uma revisão de literatura nas principais bases de dados, compilando artigos científicos que tratassem acerca da temática.Conclui-se que a fisioterapia contribui para melhorar a independência funcional.
Costa e Livramento (2023)Demonstrar por meio de uma revisão de literatura a relevância da atuação da fisioterapia nos déficits psicomotores.Periódicos CapesTrata-se de uma revisão de literatura nas principais bases de dados, compilando artigos científicos que tratassem acerca da temática.A fisioterapia é importante no tratamento de crianças com TEA, pois proporciona independência e qualidade de vida.
Silva (2023)Relatar e descrever a importância e eficácia da fisioterapia para desenvolvimento da psicomotricidade em crianças com TEA.  Periódicos CapesO presente estudo consiste em uma revisão de literatura descritiva, com intuito de elucidar o tema abordado através de levantamentos bibliográficos.O tratamento fisioterapêutico em crianças com TEA pode ser realizado através de diferentes condutas para obter o melhor resultado.  
Abreu, Santos e Pereira (2024)Avaliar as repercussões psicomotoras na aplicação de condutas fisioterapêuticas em crianças com TEA.Periódicos CapesTrata-se de uma revisão bibliográfica através de levantamento de dados sobre a importância da fisioterapia no desenvolvimento de crianças com TEA.No processo de reabilitação de crianças com TEA, a fisioterapia, tem evidenciando melhorias no funcionamento neurológico, cognitivos, afetivos e motores.

Fonte: Elaboração dos autores, 2024.

4. DISCUSSÕES

O presente estudo buscou realizar uma revisão bibliográfica qualitativa para compreender a importância da intervenção precoce da fisioterapia na aquisição de habilidades motoras e na qualidade de vida de crianças com transtorno do espectro autista (TEA).

O transtorno do espectro autista (TEA) é a designação dada a um conjunto de transtornos do neurodesenvolvimento que interferem nos três principais pilares da estruturação do indivíduo, quais sejam, a interação social, a comunicação e o comportamento (ABREU; SANTOS; PEREIRA, 2024).

Segundo Abreu, Santos e Pereira (2024), o fisioterapeuta tem um papel crucial no processo de desenvolvimento das crianças autistas, principalmente nas habilidades motoras, contribuindo, assim, para uma melhor interação e comunicação social, trabalhando nos aspectos cognitivos e evitando limitações funcionais.

Batista, Oliveira e Pereira (2023), ressaltam que a fisioterapia contando com a colaboração dos pais/e ou cuidadores, dentro de uma melhor escolha do tratamento apresenta-se como essencial na intervenção precoce no TEA, podendo aderir dentre as diversas modalidades (equoterapia, cinesioterapia, game terapia, hidroterapia) como tratamento, pois envolve a força muscular, o equilíbrio e estímulos sensoriais, para que o aspecto físico e motor sejam funcionais, e com isso resulte na melhora da qualidade de vida do paciente.

 Cardoso (2023), realizou um estudo que sugere que o uso da terapia de ISA pode contribuir para a melhora da participação e desempenho nas atividades de vida diária de crianças com TEA. Este estudo acrescenta à literatura sobre a os efeitos da terapia de ISA no tratamento do autismo e, ainda, adiciona novas informações, pela indicação de efeitos positivos para os diferentes graus de TEA, com crianças mais novas e a uma possível nova área de estudo e pesquisa dentro do campo da ISA, com a associação dos princípios da terapia a práticas centradas na família.

Carmo, Silva e Araújo(2023) realizaram um estudo que comprova que, com o tratamento fisioterapêutico precoce, possíveis complicações físicas podem ser evitadas, melhorando a saúde geral ao longo do ciclo de vida. O ganho de autonomia implica uma menor dependência familiar e social no futuro e uma melhoria na qualidade de vida familiar. A criança com TEA pode ter menos dependência das pessoas em seu ambiente. A melhora nos aspectos motores e funcionais favorecerá a habilidade na autonomia, bem como o bom controle motor.

Costa (2021) evidencia a eficácia dos programas de intervenção comportamental baseados na análise de comportamento ABA. Esse protocolo de intervenção fisioterapêutica foi elaborado e aplicado em crianças com sinais de TEA e apresentou resultados satisfatórios para o desenvolvimento infantil.

Costa e Livramento (2023) enfatiza que fisioterapia desempenha um papel fundamental na melhora da progressão motora em crianças com transtorno do espectro autista TEA. As sessões terapêuticas são projetadas visando promover o desenvolvimento das habilidades motoras grossas e finas. Tendo como pressuposto que todo processo cognitivo é resultado de um bom desenvolvimento motor ao focar no aprimoramento do equilíbrio, e postura e ou destreza, a fisioterapia visa ajudar a criança no desenvolver de habilidades de práticas motoras para suas atividades de vida diárias, como vestir-se, andar, correr, brincar, e alimentar-se de forma independente.

          Cunha, Ibiapina e Canto (2022), acentua que a utilização da fisioterapia como meio de promoção de desenvolvimento motor em crianças autistas demonstra benefícios inegáveis nos aspectos psicomotor, há promoção da melhora da interação social dessas crianças. Contudo, deve-se selecionar de maneira criteriosa as atividades que serão desenvolvidas junto as crianças o fisioterapeuta em conjunto com a equipe multidisciplinar.

           De acordo com Silva (2023), a fisioterapia tem evoluído cada vez mais aos tratamentos de crianças com TEA. Diversos estudos relatam melhoras no desenvolvimento psicomotor do indivíduo, contribuindo de forma positiva, buscando uma menor dependência e até mesmo obtendo independência no dia a dia da criança.

Para Gaia e Freitas (2022), a fisioterapia tem por finalidade concentrar-se nos comprometimentos motores que causam limitações funcionais e no aprendizado cognitivo de tarefas funcionais, visto que a estimulação de uma tarefa surge de um processo de auto-organização e adequação do sistema nervoso central às condições ambientais, da tarefa e do indivíduo.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se com este estudo científico, que é possível visualizar de forma ampla a importância da fisioterapia na intervenção precoce na aquisição de habilidades motoras e na qualidade de vida de crianças com transtorno espectro autista (TEA). Sendo assim, a fisioterapia atua desde coordenação motora, força, propriocepção e equilíbrio. A fisioterapia, além de atuar de forma direta com o paciente com transtorno espectro autista (TEA), também auxilia seus tutores de forma precisa. Além disso, a equipe multidisciplinar desenvolve papel importante no desenvolvimento das crianças com TEA.

Em virtude disso, é de suma relevância a identificação precoce do transtorno do espectro autista e a necessidade do diagnóstico diferencial, a capacitação e a atualização das técnicas dos profissionais fisioterapeutas que realizam tratamentos de pessoas com TEA. A fisioterapia é comprometida com a saúde e deve ser atuante na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação desses pacientes. Sendo assim, o governo deve garantir o acesso digno das pessoas autistas, pois o indivíduo vai precisar de auxílio no seu desenvolvimento. Com isso, deverão ser elaborados meios para construção de diretos de cidadania e inserção social.

Ações governamentais que promovam ações voltadas ao desenvolvimento destas crianças são de extrema importância, para que estas sejam incluídas na sociedade de forma não discriminatória. É importante também capacitar os genitores, pois são chaves importantes no processo do cuidado.

REFERÊNCIAS

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