A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE LINFEDEMA PÓS MASTECTOMIA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202411241928


Denise Carneiro Aragão; Fernanda Mancilla de Castro Rafael; Nathaly dos Santos Cordeiro; PROFESSOR RESPONSÁVEL Prof. Laura de Moura Borges e Fabricio Vieira Cavalcante


RESUMO

O linfedema é uma complicação muito comum em pacientes do sexo feminino que realizaram a cirurgia de mastectomia devido ao câncer de mama; ele con- siste no acúmulo excessivo de linfa no espaço intersticial, decorrente de uma linfadenectomia ou esvaziamento axilar; o papel da fisioterapia durante o tra- tamento é estimular a circulação linfática e assegurar que a paciente mantenha a funcionalidade do membro. Para isso o tratamento fisioterápico consiste na realização da Terapia Descongestiva Complexa (TDC), que é o conjunto de procedimentos que tem por objetivo diminuir o excesso de líquidos retidos, sendo eles, drenagem linfática, cuidados com a pele, automassagem, exercí- cios miolinfocinéticos e compressão por meio de enfaixamento, meias ou luvas. Nesta revisão da literatura foram selecionados 6 artigos científicos publicados entre 2010 e 2022, com o objetivo de informar sobre esta complicação, e com- provar a eficácia destes tratamentos; os estudos indicaram melhora na funcio- nalidade do membro superior afetado após os cuidados fisioterapêuticos, bem como redução da perimetria quando o tratamento é iniciado de imediato após a cirurgia.

Palavras-chave: linfedema; neoplasias mamárias; linfedema técnica de fisiote- rapia; drenagem linfática mecânica; terapia por estimulação elétrica.

1. INTRODUÇÃO

1.1 Apresentação do tema

O linfedema é um possível efeito do câncer de mama, além de ser uma das complicações mais temidas após a cirurgia de mastectomia, a causa é multifatorial, sendo causada por retirada total ou parcial dos linfonodos, co- nhecida como linfadenectomia ou esvaziamento axilar. O sistema linfático é responsável por eliminar o excesso de líquido acumulado entre os espaços intersticiais, isso ocorre através de uma rede de vasos que coletam e condu- zem o líquido até os linfonodos, funciona como um filtro removendo partículas estranhas e evitando que estas entrem no sistema circulatório, além de produ- zir células de defesa do sistema imunológico. E se os linfonodos são tão im- portantes, por que é necessário retirá-los no diagnóstico do câncer de mama? Isso acontece porque os linfonodos podem ser uma via de disseminação do tumor e é importante detectar se há a presença de metástase (células tumo- rais) nos linfonodos. É realizado uma biópsia do linfonodo sentinela, a sua de- tecção tem o objetivo de falar o estado dos linfonodos e evitar o esvaziamento axilar nos pacientes sem comprometimento metastático, quando ocorre o comprometimento de tal estrutura, é realizado a linfadenectomia. Na mastec- tomia quando ocorre a linfadenectomia total ou parcial, a evacuação dos líqui- dos fica comprometida naquele membro, causando um edema excessivo e progressivo com aumento significativo da perimetria, segundo dados obtidos no Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2010) ”mulheres são afetadas com maior frequência e corresponde por 22% dos casos novos a cada ano.

Os recursos e técnicas fisioterápicas utilizadas no tratamento são compostos por alongamento, fortalecimento muscular e relaxamento, sendo de forma passiva, ativo-assistida, autopassiva, e ativa contra a ação da gravida- de. As drenagens linfáticas manuais, que associadas à massagem objetivam o relaxamento e o aumento da absorção do fluxo linfático superficial. A conten- ção elástica e o enfaixamento compressivo promovem uma modificação na hemodinâmica em nível venoso, linfático e tissular. Dá ênfase no tratamento do linfedema, pensando nas atividades do dia a dia do paciente, um tratamen- to que ajude a manter uma vida funcional, o uso de exercícios miolinfocinéti-cos para a auto-drenagem e ganho de mobilidade e amplitude de movimento, meias e bandagens de compressão como mecanismos de contenção e acom- panhamento multiprofissional.

A fisioterapia é de extrema importância na recuperação funcional do membro superior, fazendo com que haja uma recuperação mais rápida, dimi- nuindo a dor, atuando na manutenção das amplitudes articulares e fazendo-as se sentir mais seguras. Com um objetivo específico para cada fase de trata- mento, que se divide em pré-operatório e pós-operatório, a fisioterapia previne e diminui o edema pós cirúrgico. A conduta do fisioterapeuta inclui avaliação físico-funcional para traçar estratégias, tanto no pré-operatório e pós- operatório, traçando assim objetivos e condutas visando o retorno dos movi- mentos e o alívio das dores da paciente, treinamentos miolinfocinéticos e res- piratórios, gradativamente a fisioterapia permite o retorno às suas atividades diárias e até ao trabalho

1.2  Justificativa

O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvi- dos. Cerca de 2,3 milhões de casos novos foram estimados para o ano de 2020 em todo o mundo, o que representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas nas mulheres. As taxas de incidência variam entre as diferentes regiões do planeta, com as maiores taxas nos países desenvol- vidos. Para o Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. O câncer de mama também ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, com taxa de mortalidade ajustada por idade, pela população mundial, para 2021, de 11,71/100 mil (18.139 óbitos). As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil (Dados obtidos pelo MINISTÉRIO DA SAÚDE).

1.3  Objetivos

Comprovar a eficácia do tratamento pós câncer de mama com o fisio- terapeuta, e conscientização da drenagem linfática e seus benefícios. Com auxílio de exercícios miolinfocinéticos e a auto drenagem linfática que pode ser ensinada ao paciente para ser realizada diariamente. A prevenção ajuda as mulheres a manterem uma vida ativa e funcional pós e durante o tratamen- to para câncer de mama, discutimos a influência das abordagens metodológi- cas empregadas nos resultados observados.

1.3.1 Objetivos gerais

Essa revisão tem como objetivo informatizar e dar a devida importân- cia para o linfedema e tratá-lo.

1. METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão literária de artigos e estudos, sobre linfedema pós câncer de mama, com o auxílio da fisioterapia no pós imediato e tardio. Os pacientes selecionados para tal estudo eram do sexo feminino, com indicação para tratamento de linfedema decorrente de radioterapia e cirurgias do câncer de mama. O tempo de estudo entre os artigos variaram de 1, 3 e 6 meses; uti- lizando recursos como drenagem linfática manual e mecânica, exercícios mio- linfocinéticos, meias compressivas, bandagens e cuidados com a pele.

2.1 Características do estudo

Esta é uma revisão da literatura; foram avaliados artigos publicados de 2010 a 2022, em inglês e português.

2.2  Critérios e caracterização da busca

Foram selecionados artigos científicos do portal Scielo, RBC Revista Brasileira de Cancerologia, PEDro e Pubmed. Utilizamos palavras chaves: lin- fedema, neoplasias mamárias, linfedema técnica de fisioterapia, drenagem linfática mecânica, massagem linfática manual, terapia por estimulação elétri- ca, reabilitação, kinesioterapia e neoplasias.

2. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A revisão analisada indica que a linfadenectomia axilar, a radioterapia em cadeias de drenagem são fatores que aumentam o risco de linfedema. Po- rém, a ocorrência do linfedema não é totalmente explicada, pois também há um fator de gênese multifatorial envolvida na estase linfática. São de suma importância estudos de seguimento que contemplem outras explicações, as- sim como as condições do sistema linfático e sanguíneo. As variáveis foram comparadas seguindo fatores relacionados aos pacientes; ao tratamento onco- lógico; e ao tumor. A etnia, tabagismo e a presença de comorbidades parecem não influenciar no surgimento do linfedema, há resultados divergentes entre os autores.

O tempo após o tratamento do câncer, apresentou associação com linfedema. É provável que, quanto maior o tempo, maior será o risco de linfedema. Para uma melhor definição da incidência de linfedema nos diferentes momentos após o tratamento do câncer de mama, é necessário uma realização de estu- dos de longo prazo. O tamanho do tumor, sua localização, o comprometimento dos linfonodos axilares e o estadiamento não foram associados ao linfedema na maioria dos artigos.

Segundo esses artigos analisados, concluímos a veracidade das complicações que ocorrem após a cirurgia de câncer de mama, como, dor, diminuição da amplitude de movimento, linfedema e a dificuldades de exercer as tarefas da vida diárias e a qualidade de vida. Portanto, prioriza a necessidade de cuidados específicos e o acompanhamento da mastectomia, com o objetivo de tratar a curto e a longo prazo as complicações, e minimizar os déficits causados pela cirurgia, melhorando a qualidade de vida.

A fisioterapia desempenha um papel crucial no manejo desta condição e utiliza diversas abordagens.Vamos analisar cada uma dessas modalidades e seus efeitos segundo os artigos analizados.

1. Exercícios

Os exercícios físicos são fundamentais na reabilitação do linfedema. O fortalecimento dos músculos, especialmente da região do membro afe- tado, pode ajudar a promover a circulação linfática e venosa. Os benefí- cios dos exercícios incluem:

  • Melhora da circulação: Exercícios ajudam a aumentar a contração dos músculos, promovendo a movimentação do líquido linfático.
  • Redução do inchaço: A prática regular pode levar a uma diminuição do volume do membro afetado.
  • Aumento da amplitude de movimento: Exercícios também contribuem para a recuperação da funcionalidade do membro.

2. Bandagens

A bandagem compressiva é uma técnica eficaz para controlar o linfede- ma. O uso de bandagens elásticas e compressivas ajuda a:

  • Reduzir o volume do membro: A pressão externa ajuda a prevenir o acúmulo de linfa no tecido intersticial.
  • Proteger a pele: Além de reduzir o inchaço, a bandagem pode proteger a pele de lesões.
  • Apoiar a função muscular: A compressão pode auxiliar na função mus- cular e na estabilização das articulações.

3. Drenagem Linfática Manual (DLM)

A drenagem linfática manual é uma técnica especializada que visa esti- mular o sistema linfático:

  • Promoção do fluxo linfático: A DLM ajuda a mover a linfa acumulada nos tecidos.
  • Redução da dor e sensação de peso: Muitas pacientes relatam alívio imediato após sessões de DLM.
  • Efeito relaxante: Esta técnica também proporciona relaxamento e pode ajudar na redução do estresse emocional associado ao câncer.

4. Acupuntura

A acupuntura, embora menos comum no tratamento do linfedema, tem sido explorada como uma opção complementar:

  • Regulação da dor: Pode ajudar a aliviar a dor e desconforto associados ao linfedema.
  • Melhora da circulação: Alguns estudos sugerem que a acupuntura pode promover a circulação sanguínea e linfática.
  • Efeito psicológico: A acupuntura pode ajudar na redução de ansiedade e estresse, que muitas vezes acompanham diagnósticos de câncer.

Comparativos

Embora cada uma dessas abordagens tenha suas próprias vantagens, a combinação delas pode potencializar os resultados no tratamento do lin- fedema. Vários estudos sugerem que a fisioterapia que incorpora múlti- plas técnicas é mais eficaz do que intervenções isoladas.

  • Evidências clínicas: A combinação de exercícios com drenagem linfática e bandagens é frequentemente considerada o padrão-ouro no manejo do linfedema.
  • Abordagem individualizada: A escolha da melhor combinação de técni- cas deve ser baseada nas necessidades individuais de cada paciente, considerando fatores como o estágio do linfedema e preferências pes- soais.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos concluir que a reabilitação fisioterapêutica é recomendada para melhorar a condição física da paciente mastectomizada e reduzir o risco de complicações no período pós-operatório, atuando efetivamente em conjunto na mobilidade articular e na flexibilidade.

Segundo artigos analisados, uma vez instalado, o linfedema pode ser controlado, porém, não curado. O linfedema pode ser muito reduzido na primeira semana de tratamento, porém, após a terceira semana, a redução pode ocorrer de maneira menos efetiva. A partir desse momento, o tratamento entra na fase de manutenção da redução já alcançada anteriormente, colaborando para reduzir a incidência de infecções e para melhora da qualidade de vida. Conclui-se que os resultados mais satisfatórios são obtidos quando o tratamento é iniciado assim que os primeiros sinais de linfedema ocorra, pois nessa fase, ainda não há fibrose e o tecido elástico é funcional.

Independente da fase de tratamento, são recomendados cuidados com a pele que incluem mantê-la limpa, hidratada e elástica; atenção com corte de unha e depilação; evitar qualquer tipo de ferimento e infecções; usar luvas de borrachas para serviços de cozinha, costura e jardinagem; evitar contato com produtos químicos abrasivos e banhos quentes. Esses cuidados necessitam ser seguidos ao longo da vida. A literatura aponta os seguintes recursos fisioterapêuticos como forma de tratamento para o linfedema: terapia complexa descongestiva (TCD), compressão pneumática (CP), estimulação elétrica de alta voltagem (EVA) e laserterapia.

O tratamento para o linfedema com a TCD, que vem sendo muito utilizado, é composto de duas fases: fase intensiva e fase de manutenção. Na primeira fase, cujo objetivo é a redução máxima do volume do membro com melhora estética e da funcionalidade, aplica-se à DLM, enfaixamento compressivo funcional e exercícios. Na segunda fase, os recursos aplicados são a automassagem, exercícios, uso da braçadeira (contensão elástica). Seu objetivo é manter pelo máximo de tempo as reduções obtidas na fase intensiva. Os cuidados diários com a pele devem ser realizados nas duas fases. O enfaixe compressivo não só mantém como incrementa a absorção linfática e, em conjunto com a cinesioterapia, estimula o funcionamento linfático. Concluiu- se que a laserterapia para redução do linfedema apontou as seguintes hipóteses para seus efeitos: restauração da drenagem linfática axilar por estimulação de novas vias linfáticas, amolecimento do tecido fibroso e da cicatriz cirúrgica, efeitos sistêmicos relacionados ao volume de fluido extracelular e redução de fluido tissular acumulado por mudanças no fluxo sanguíneo. A aplicação da laserterapia ainda oferece efeito analgésico. O conjunto de todo tratamento, elevação, massagem terapêutica, exercícios, compressão e medicamentos, é mais eficiente quando é composto por uma equipe interdisciplinar, sendo a cirurgia para recanalização linfática utilizada quando o tratamento conservador é ineficaz.

4. REFERÊNCIAS

Acadêmicas do 8º termo do curso de Fisioterapia no Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Araçatuba. 2 Acadêmicas do 8º termo do curso de Fisioterapia no Centro Universitário Católico Salesiano Au- xilium de Araçatuba. 3 Fisioterapeuta, Mestre em Fisiologia Geral e do Sistema Estomatognático pela Universidade de Campinas – UNICAMP. Coordenadora e docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitá- rio Católico Salesiano Auxilium de Araçatuba. https://fisiosale.com.br/assets/a-atua%C3%A7%C3%A3o-da- fisioterapia-no-tratamento-do-c%C3 %A2ncer-de-mama-e-as-principais- complica%C3%A7%C3%B5es-no-p%C3%B3s-operat%C3%

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