A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NO PÓS OPERATÓRIO DE LCA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202504141502


Ananias Coimbra De Almeida Neto
Ronier Luciano Da Silva
Orientador: Profº Msc. Emanuel Osvaldo de Sousa


RESUMO

O processo de reabilitação pós-operatória após a cirurgia de reconstrução do LCA é uma etapa fundamental para garantir o retorno pleno às atividades diárias e esportivas. A fisioterapia desempenha um papel essencial neste processo, uma vez que contribui significativamente para a recuperação da amplitude de movimento, força muscular, resistência e estabilidade articular. Este trabalho visa analisar a importância da fisioterapia na reabilitação pós-operatória de lesões no LCA, destacando os principais exercícios de recuperação e a relevância da intervenção fisioterapêutica para um resultado funcional satisfatório e sustentável. A abordagem escolhida para fundamentar este estudo e atingir os objetivos, optou-se pelo método da revisão da produção bibliográfica da literatura. Como critério de inclusão adotaram-se artigos no recorte temporal de 10 anos (2014-2024) e foram excluídos artigos maiores de 10 anos de publicação, artigos pagos, teses, dissertações, artigos por repetição e artigos não disponíveis para download nas bases de dados. Conclui-se que a reabilitação fisioterapêutica no pós-operatório de ligamento cruzado anterior deve levar em consideração a individualidade de cada paciente a ser tratado e a escolha do tratamento fisioterapêutico depende da lesão, grau e extensão do trauma, podendo ter duração longa ou curta, com protocolos terapêuticos específicos e diversificados para a fase vigente da lesão no momento da anamnese/avaliação. A fisioterapia desempenha um papel crucial na reconstrução e na reabilitação pós-operatória de lesões do ligamento cruzado anterior, pois é essencial para garantir uma recuperação completa e eficaz, proporcionando ao paciente uma melhor qualidade de vida e desempenho físico ao longo da vida a, sendo necessários protocolos de tratamento, recursos, métodos ou técnicas mais adequadas e adaptados a cada paciente.

Palavras-chave: Lesão de ligamento cruzado anterior. Fisioterapia. Pós-operatório.

ABSTRAT

The postoperative rehabilitation process after ACL reconstruction surgery is a fundamental step to ensure a full return to daily and sports activities. Physiotherapy plays an essential role in this process, as it contributes significantly to the recovery of range of motion, muscle strength, endurance, and joint stability. This study aims to analyze the importance of physiotherapy in the postoperative rehabilitation of ACL injuries, highlighting the main recovery exercises and the relevance of physiotherapeutic intervention for a satisfactory and sustainable functional result. The approach chosen to support this study and achieve the objectives was the method of reviewing the bibliographic production of the literature. As inclusion criteria, articles in the 10-year time frame (2014-2024) were adopted, and articles published more than 10 years ago, paid articles, theses, dissertations, articles by repetition, and articles not available for download in the databases were excluded. It is concluded that physiotherapy rehabilitation in the postoperative period of anterior cruciate ligament injuries should take into account the individuality of each patient to be treated and the choice of physiotherapy treatment depends on the injury, degree and extent of the trauma, and may be of long or short duration, with specific and diversified therapeutic protocols for the current phase of the injury at the time of the anamnesis/evaluation. Physiotherapy plays a crucial role in the reconstruction and postoperative rehabilitation of anterior cruciate ligament injuries, as it is essential to ensure a complete and effective recovery, providing the patient with a better quality of life and physical performance throughout life, requiring treatment protocols, resources, methods or techniques that are more appropriate and adapted to each patient. 

Keywords: Lesion anterior cruciate ligament. Physiotherapy. Postoperative.

1 INTRODUÇÃO

A articulação do joelho desempenha um papel essencial na mobilidade humana, sendo responsável por suportar os movimentos diários e realizar atividades físicas com eficiência. Sua estrutura complexa, composta por ossos, ligamentos, cartilagem, músculos e meniscos, permite que ela execute uma grande variedade de movimentos, como flexão, extensão e rotação. Entre as várias estruturas que compõem o joelho, o Ligamento Cruzado Anterior (LCA) se destaca como um dos principais responsáveis pela estabilidade articular, atuando como um estabilizador crucial para a articulação durante movimentos que envolvem aceleração, desaceleração e rotação (Silva, 2020). Sua função primordial é restringir a instabilidade anterior e a rotação interna da tíbia, além de proporcionar a estabilização durante atividades de alto impacto e movimentos rápidos (Duarte, 2017).

O Ligamento cruzado anterior é particularmente vulnerável a lesões, sendo uma das lesões ligamentares mais comuns e debilitantes, especialmente entre atletas e indivíduos jovens e ativos. As rupturas do LCA podem ocorrer devido a movimentos abruptos, como os realizados em esportes que exigem mudanças rápidas de direção, saltos ou desaceleração repentina (Temponi, 2015).

Neste mesmo sentido Araújo e Pinheiro (2015), afirmam que essas lesões são frequentemente associadas a entorses traumáticos que podem causar dor intensa, instabilidade e perda de função do joelho, comprometendo tanto a mobilidade quanto a qualidade de vida do paciente. Quando a lesão é total, a única solução é a reconstrução cirúrgica do LCA, realizada, na maioria das vezes, por meio da artroscopia, onde o ligamento rompido é substituído por um enxerto.

O processo de reabilitação pós-operatória após a cirurgia de reconstrução do LCA é uma etapa fundamental para garantir o retorno pleno às atividades diárias e esportivas. A fisioterapia desempenha um papel essencial neste processo, uma vez que contribui significativamente para a recuperação da amplitude de movimento, força muscular, resistência e estabilidade articular. Segundo Pinheiro (2023), a fisioterapia não se limita ao controle da dor e do edema, mas também é responsável por promover a recuperação funcional, evitando complicações e acelerando o processo de cicatrização.

A reabilitação fisioterapêutica busca restaurar a funcionalidade do joelho, melhorar a propriocepção e garantir que o paciente possa retornar às suas atividades cotidianas e esportivas com segurança e eficiência (Borges, 2022).

A abordagem fisioterapêutica inicial no pós-operatório é crucial para o sucesso da reabilitação. Silva (2020) ressalta que a intervenção precoce, preferencialmente já no dia seguinte à cirurgia, ajuda na redução da dor e do edema, além de promover a mobilização precoce e a carga progressiva sobre o joelho operado. Nesse mesmo sentido, essa intervenção inicial ajuda a prevenir a fibrose da fossa intercondilar femoral e outras complicações que podem surgir devido à imobilização prolongada, como a perda de amplitude de movimento e a atrofia muscular. Nesse contexto, a realização de exercícios específicos para o fortalecimento do quadríceps e a mobilidade nas primeiras semanas após a cirurgia, como destacado por Figueira e Silva (2022), é essencial para evitar a hipotrofia muscular e garantir a estabilidade articular necessária para a recuperação.

Pinheiro (2023) enfatiza que a fisioterapia no pós-operatório de LCA deve focar em múltiplos objetivos terapêuticos, como o controle inflamatório, o alívio da dor, a cicatrização das estruturas envolvidas e o fortalecimento muscular. Para isso, é fundamental o uso de recursos como a crioterapia, a eletroterapia e a cinesioterapia. Estes, combinados com exercícios de alongamento, fortalecimento e propriocepção, ajudam a otimizar a recuperação e a prevenir novas lesões. A crioterapia, por exemplo, é eficaz para reduzir a inflamação e o edema logo após a cirurgia, enquanto a eletroterapia pode ser utilizada para estimular a musculatura enfraquecida e acelerar a recuperação funcional (Ramos et al.,2019).

A reabilitação fisioterapêutica após a cirurgia de LCA também deve considerar a individualidade do paciente, já que fatores como idade, nível de atividade física e o tipo de esporte praticado podem influenciar no tempo de recuperação e nas estratégias de tratamento. A abordagem terapêutica deve ser adaptada a essas variáveis, levando em conta as necessidades específicas do paciente e suas condições pré-existentes. Assim, é fundamental que o fisioterapeuta desenvolva um protocolo de reabilitação personalizado, respeitando as limitações do paciente e garantindo um retorno seguro às atividades diárias e ao esporte (Pimenta, 2012).

A importância da fisioterapia no pós-operatório de LCA não se limita apenas à recuperação funcional, mas também à prevenção de complicações a longo prazo. Como destacam Souza e Lançoni (2022) em seus estudos, a reabilitação adequada é crucial para evitar a degeneração articular precoce, que pode ocorrer se a instabilidade do joelho não for adequadamente tratada. O fortalecimento muscular, especialmente dos músculos ao redor do joelho, como o quadríceps, é fundamental para garantir a estabilidade da articulação e prevenir o desenvolvimento de osteoartrite em longo prazo (Cavanellas, 2020).

Além disso, a reabilitação fisioterapêutica tem um papel crucial no retorno seguro ao esporte. Para atletas, a capacidade de realizar os movimentos esportivos com a mesma eficiência e segurança do que antes da lesão é um dos principais objetivos do tratamento pós-operatório. 

Com base nos avanços da medicina e da fisioterapia, é possível constatar que o tratamento pós-operatório de lesões no LCA, quando bem conduzido, proporciona uma melhoria significativa na qualidade de vida dos pacientes, permitindo-lhes retomar suas atividades habituais com confiança e sem limitações. A compreensão da importância da fisioterapia nesse contexto é essencial, pois ela desempenha um papel crucial na prevenção de complicações, na promoção de um retorno ágil e eficaz às atividades diárias e na garantia de um futuro livre de dor e limitações funcionais (Ferreira et al., 2014).

Este trabalho visa analisar a importância da fisioterapia na reabilitação pósoperatória de lesões no LCA, destacando os principais exercícios de recuperação e a relevância da intervenção fisioterapêutica para um resultado funcional satisfatório e sustentável. A combinação de técnicas fisioterapêuticas adequadas, como a crioterapia, eletroterapia, cinesioterapia e exercícios específicos, aliada a uma abordagem personalizada que leve em conta as necessidades individuais de cada paciente, é crucial para um retorno seguro e eficaz às atividades diárias e esportivas.

Dessa forma, a fisioterapia não apenas acelera a recuperação, mas também previne complicações a longo prazo, promovendo a qualidade de vida e a funcionalidade do paciente (Borges, 2022). A abordagem fisioterapêutica adequada, portanto, é uma peça-chave na reabilitação pós-operatória de LCA, contribuindo para a estabilidade e o sucesso a longo prazo da articulação do joelho.

2 METODOLOGIA

Este estudo consiste em uma pesquisa de abordagem qualitativa. De acordo com Minayo (2007), dela faz parte à obtenção de dados descritivos mediante contato direto e interativo do pesquisador com a situação objeto de estudo. Nesse tipo de pesquisa, é comum que o pesquisador busque compreender os fenômenos a partir da perspectiva dos participantes envolvidos na situação analisada.

Existem vários tipos de pesquisa, mas a abordagem escolhida para fundamentar este estudo e atingir os objetivos, optou-se pelo método da revisão da produção bibliográfica da literatura, que é um processo de análise e síntese de publicações sobre um determinado tema específico, com objetivo de identificar, avaliar e sintetizar as evidências já existentes.

Para Gil (2008), a pesquisa bibliográfica “é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”, ou seja, para coordenar a revisão, utilizou-se bases de dados tais quais: Medline/ PubMed, PEDro, Cochrane Library, Scielo, LiLACS e ainda em periódicos que veiculam artigos voltados à área da saúde, notadamente sobre fisioterapia pós-operatória.

As buscas nos bancos de dados foram guiadas utilizando descritores específicos tais como “fisioterapia”, “lesão de LCA, “reabilitação”, “pós-operatório”. Para tanto, estabeleceu-se como critérios de inclusão e exclusão utilizando um recorte temporal de 10 anos (2010-2024). Isso se deve ao fato de dispor de publicações relevantes que discutissem o assunto, fazendo a triagem dos textos essenciais para a execução da pesquisa.

Como critério de inclusão adotaram-se artigos no recorte já mencionado, nas línguas portuguesa e inglesa, textos completos, originais e não pagos e artigos disponíveis na íntegra para download em suporte eletrônico. A predileção por esse recorte temporal comprova-se pelo fato de esta revisão basear-se em uma literatura atualizada, considerando que as informações veiculadas em mídias informatizadas circulam atualmente com maior rapidez.

Já os critérios de exclusão foram adotados os seguintes preceitos: (1) Artigos maiores de 10 anos de publicação, artigos pagos, revisão sistemática com metanálise, teses, dissertações, (2) artigos por repetição e (3) artigos indisponíveis para download nas bases de dados. Assim, envolveu atividades de busca, identificação, fichamento de estudos, mapeamento e análise.

Logo, foram descartados do escopo da revista documentos que não se incluíam na área da pesquisa em estudo, ou seja, fora do recorte temporal ou que não estavam diretamente relacionados ao objetivo proposto. Assim, a amostra se deu com a leitura dos artigos encontrados que responderam ao problema e aos objetivos da pesquisa. Com isso, os artigos lidos tinham texto completo em suporte eletrônico e que se encaixaram nos critérios de inclusão e exclusão. Com essa busca, identificaram-se um total de 30 publicações que versavam sobre a importância da fisioterapia no pós-operatório de LCA; após aplicação dos critérios de inclusão, foram excluídas 20 por não atenderem aos critérios dessa pesquisa, permanecendo 10 que foram utilizadas para a discussão, sendo estes apresentados no Quadro 1.  

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Essa pesquisa agrega, analisa e discute informações a partir dos mais relevantes estudos originais de revisão que demonstram resultados referentes à importância da fisioterapia na reabilitação pós-operatória em pacientes com lesão de LCA. Assim, as categorias apresentadas no decorrer do trabalho apresentam o desfecho acerca dos fatores de riscos que subsidiam o tema em debate, haja vista que muitas são as variáveis relacionadas a importância da fisioterapia para a melhora desse paciente devido a esse tipo de lesão.

Quadro 1: Extração de dados

Autores/AnoTipo de EstudoCaracterísticas da Amostra Tipos de IntervençãoPrincipais Variáveis AnalisadasResultados Significativos
 Da Silva Souza, J.E., & de Oliveira Neto, M. D.15 (2023).Revisão narrativa de literatura Paciente que se apresenta em pós-operatório de lesão do ligamento cruzado anterior através da utilização da cinesioterapia, eletroterapia e crioterapia Utilizando diversos métodos de atendimento como cinesioterapia, eletroterapia, crioterapia Contribuições da fisioterapia para promoção da qualidade de vida ao paciente que passou pelo procedimento cirúrgico de ligamento cruzado anterior. Fisioterapia desempenha um papel fundamental na recuperação de pós-operatório de ligamento cruzado anterior através de suas mais diversas técnicas
 Figueira, V. L. G., & da Silva Júnior, J.A7 (2022). Revisão integrativa Expor e analisar a importância da fisioterapia imediata no pós-operatório de ligamento cruzado anterior. dentro de 48 horas.Reabilitação de pacientes submetidos à cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior. Comparar métodos no pós-operatório imediato de ligamento cruzado anterior., visto que sua utilização melhora os sinais e sintomas gerados para o procedimento cirúrgico A recuperação do paciente de reconstrução de ligamento cruzado anterior, além demais rápida, e mais eficaz com prognósticos mais favoráveis, previne a síndrome do imobilismo, lesões irreversíveis e calcificações e que a fisioterapia imediata é eficaz nos pós cirúrgicos de ligamento cruzado anterior dentro de 48 horas após a cirurgia.
 Almeida, G. P. L;Arruda, G. Oliveira; Marques, Amélia Pasqual16 (2014)Estudo de casoPaciente do sexo feminino, 28 anos de idade, 1,72 m,62 kg, praticante de muay-thai e handebol recreacional, que participa de competições amadoras de ambos esportes.Paciente foi tratada conservadoramente com fisioterapia, com foco no fortalecimento de quadríceps e isquiotibiais, estabilização do tronco, pliometria, treino sensório motor e, no final, treino de retorno ao esporteDescrever o efeito do tratamento conservador com fisioterapia em um caso de lesão bilateral do ligamento cruzado anterior em momentos diferentes. Os achados deste estudo de caso mostram o efeito dafisioterapia no tratamentoconservador após a lesãobilateral do ligamento cruzado anterior, possibilitando oretorno à atividade físicadesenvolvida antes das lesões sem precisar se submeter à cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior.
Barbosa, Luan Rodrigues; Rosa, Carlos Gustavo Sakuno17 (2022) Revisão sistemática Tratamento fisioterapêutico quando possível deve ser iniciada antes do procedimento cirúrgico, denominado tratamento pré-operatório, cujo objetivo principal é diminuir os efeitos deletérios causados nos sistemas envolvidos e maximizar os resultados do pós-operatório.  O tratamento deve ser iniciado de preferência desde o pré-operatório até o pós-operatório, assim diminuindo as perdas musculares e amplitude de movimento Verificar as principais formas de tratamento no Pós-Operatório de pacientes com lesão de ligamento cruzado anterior e aumentar o conhecimento de mecanismo de lesão, possibilitar condutas preventivas e apresentar a importância da Fisioterapia na recuperação desses atletas.A fisioterapia possui um papel de suma importância no tratamento do pós-operatório de ligamento cruzado anterior, uma vez que, a mesma possibilita um retorno rápido e seguro para as atividades praticadas pelo paciente. O tratamento deve ser iniciado de preferência desde o pré-operatório até o pós-operatório, assim diminuindo as perdas musculares e amplitude de movimento.
 Santos, Gustavo Bessa; Ferreira, Tairo Vieira18(2022)Pesquisa   bibliográfica Abordar os  protocolos de atuação do fisioterapeuta para tratamento  e recuperação pós-operatória  do rompimento  total do ligamento cruzado anterior em jogadores de futebol profissionaisProtocolos  de  atuação  do fisioterapeuta para tratamento e recuperação pós-operatória do rompimento total do ligamento cruzado anteriorDefinir  o  protocolo  fisioterapêutico  ideal  para  reabilitação  do atleta profissional  de futebol após cirurgia de correção do rompimento do ligamento cruzado anterior Diferentes protocolos podem  ser  aplicados  com  o  intuito  de  reabilitar  o  atleta  de futebol  profissional,  a definição  do tratamento  ideal  devem  considerar  a gravidade  da  lesão,  se  há outras  lesões  associadas,  as  limitações do paciente e as indicações médica, devendo assim ser definido um protocolo individual e diferenciado para  cada  caso visando  a  melhor  resposta  e  a  retomada  do  mesmo  à  prática  esportiva 
 Noia, Alisson Lourenço Freitas et al19 (2021)Revisão  bibliográficaPacientes que utilizaram  as cadeias cinéticas aberta  e  fechada como  base  de  tratamentoNo pós-operatório de reconstrução do ligamento cruzado anterior, a literatura preconiza tratamento em cadeia  cinética aberta  e  cadeia  cinética  fechadaComparar  os  efeitos  dos  exercícios  de  cadeia  aberta  e  fechada  no pós-operatório de reconstrução do ligamento cruzado anteriorNa reabilitação do pós-operatório de ligamento cruzado anterior, os efeitos dos exercícios em cadeia cinética fechada são mais satisfatórios quando comparados aos da cadeia cinética aberta no que diz respeito ao alívio da dor, ganho de amplitude de movimento, melhora da função e principalmente na proteção e preservação deste no ligamento, pois exercícios em cadeia cinética fechada evitam a translação anterior da tíbia que é um movimento prejudicial para o enxerto do ligamento cruzado anterior. 
Santos, Caio Eduardo Sousa; De Oliveira Neto, Manoel Dias20 (2023)Revisão bibliográfica narrativaDestaca a complexidade da articulação do joelho, a anatomia do ligamento cruzado anterior e os impactos das lesões nesse ligamento Abordagem fisioterapêutica personalizada, considerando ângulos de proteção, tensionamento do enxerto em exercícios de cadeia cinética aberta e fechada.  A prevenção de lesões é abordada, enfatizando a importância do treinamento neuromuscular e funcional Mostra a importância dos ângulos de proteção na flexão e extensão total do joelho, tensionamento sofrido pelo enxerto nos exercícios de cadeia cinética aberta e cadeia cinética fechada, durante o tratamento Enfatiza a necessidade de compreender a biomecânica complexa da articulação do joelho e a importância do tratamento adequado para garantir a saúde e funcionalidade, especialmente em contextos de lesões do ligamento cruzado anterior A fisioterapia desempenha um papel fundamental na reabilitação pós-operatória de lesões do ligamento cruzado anterior, com a necessidade de protocolos de tratamento adaptados a cada paciente. Exercícios isométricos, treinamento funcional e abordagens de treinamento sensório-motor podem ser cruciais para a recuperação bem-sucedida 
 SOBRAL, Raiane De Farias; GUIMARÃES, João Eduardo Viana21 (2024)Revisão  bibliográfica  sistemática Atletas  e pessoas fisicamente ativas, para quem a retomada da plena funcionalidade do joelho é crítica não  apenas  para  a  prática esportiva, mas também  para  a  qualidade  de  vida. O tratamento fisioterapêutico, incluindo  técnicas  de  cinesioterapia,  eletroterapia  e crioterapia,  é  eficaz na  redução de dor, aumento da amplitude de movimento e fortalecimento muscular, contribuindo para  um   retorno  seguro   às   atividades físicas. Identificar  as  melhores práticas   de   reabilitação  pós-operatória   do  LCA,  com   foco   nas   intervenções fisioterapêuticas que 
promovem  fortalecimento  muscular,  mobiliário e do  suporte  fisioterapêutico desde  a fase  aguda  até  a  reabilitação  funcional, abordando  também  a  colaboração  entre profissionais    de saúde para    um tratamento integrado. 
 A reabilitação pós-operatória do LCA, realizada de forma estruturada e com intervenções bem direcionadas, tem um impacto positivo na recuperação funcional do joelho e na qualidade de vida dos pacientes e a colaboração   entre fisioterapeutas, cirurgiões e outros profissionais da saúde é crucial para garantir uma abordagem multidisciplinar e integrada, que contribua para a recuperação funcional do joelho e reduza os riscos de reincidência de lesões. 
DA SILVA, Vinicius Henrique Ximenes; DA COSTA RODRIGUES, Andrette; DE CASTRO, Frederico Augusto Vieira22 (2021)Revisão de literatura integrativa descritivaUtilizar a cinesioterapia no pós-operatório de ligamento cruzado anterior utilizando a técnica cadeia cinética fechada como tratamento reabilitador.Técnica da cadeia cinética fechada no tratamento pós-operatório do ligamento cruzado, embasando sua técnica e aplicabilidade.Apresentar e dissertar sobre a fase pós-operatória do LCA, abordando a cinesioterapia como forma de tratamento, utilizando a técnica CCF, destacando seus principais pontos e seus benefícios, forma de ação e aplicabilidade.Os exercícios em cadeia cinética fechada são eficazes na reabilitação da reconstrução do LCA, proporcionando amplitude de movimento, ganho de força muscular, maior funcionalidade e diminuição de quadro álgico, além de causar menos carga ao enxerto e permitir um retorno mais rápido às atividades diárias. 
DE SOUSA, Julianna Lyssa de Azevedo et al.23 (2024)Relato de experiênciaAcompanhamento de um paciente em fase pós-operatória de uma ruptura do ligamento cruzado anterior, decorrente de uma lesão sem contato físico direto em uma clínica  de Fisioterapia, COEPHYSIO (Clínica Ortopédica Esportiva e Pilates  Acompanhamento do atendimento do Fisioterapeuta desde a anamnese até a realização dos procedimentos de reabilitação dentre essas intervenções, como a Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea(TENS) e o Alongamento PassivoBenefícios da  fisioterapia no  tratamento  da  ruptura  do ligamento cruzado anterior desde   o   pré-operatório   ao   pós-operatório  para  a abordagem  terapêutica dessa  lesão,  no  contexto  de gerenciamento  do  edema, promoção da flexibilidade, realinhamento neuromuscular, analgesia e prevenção de sequelasA fisioterapia Traumato Ortopédica,   visa   tratar   e reabilitar   problemas musculoesqueléticos, como traumas, cirurgias ortopédicas e lesões, incluindo os casos de ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA), com  o  objetivo  de  promover  a recuperação gradual dos indivíduos que são acometido por essas complicações.

Fonte: Autor (2025)

As categorias foram elaboradas considerando e dividindo os assuntos tratados durante a pesquisa. Cada categoria foi analisada e dividida em conformidade com os objetivos específicos do estudo.

3.1 Tipos de lesões da articulação do joelho

Nessa categoria enfatizou-se sobre a anatomia do joelho para entender sobre os tipos de lesões que acometem a articulação do joelho, sendo esta uma das mais complexas e mais suscetíveis a lesões, especialmente em atividades esportivas ou traumáticas.

A articulação do joelho é uma das mais complexas do corpo humano, o que a torna suscetível a lesões. Tal como a articulação do ombro, o joelho é vulnerável a impactos e movimentos que excedem sua capacidade funcional. Essa articulação é frequentemente acometida por lesões, especialmente em modalidades esportivas como o futebol, que, segundo os autores, “popularmente um dos esportes mais populares no mundo”. As lesões no joelho são especialmente comuns entre atletas, pois o futebol envolve intenso contato físico, mudanças rápidas de direção e saltos, fatores que elevam o risco de lesões nessa região (Almeida et al., 2013).

A anatomia do joelho compreende uma complexa interação de ossos, ligamentos, cartilagem, músculos e meniscos. Como afirmam Araújo e Pinheiro (2015), “a articulação do joelho é considerada uma estrutura complexa, que proporciona estabilidade e mobilidade”, evidenciando a importância da harmonia entre seus componentes. Cada um dos três ossos que formam a articulação fêmur, tíbia e patela possui funções específicas que são cruciais para o funcionamento adequado do joelho.

Além dos ossos, os ligamentos desempenham um papel vital na estabilidade do joelho. Segundo Pinheiro (2015), “estão presentes quatro ligamentos na articulação do joelho que ligam o fémur e a tíbia, e contribuem na estabilidade da articulação do joelho”. Esses ligamentos, incluindo o ligamento colateral medial, o colateral lateral, o cruzado anterior e o cruzado posterior, têm funções específicas que controlam o movimento e mantêm a estabilidade articular. A vulnerabilidade de ligamentos, especialmente o ligamento cruzado anterior (LCA), é frequentemente observada em lesões esportivas.

Os meniscos, que são tipos de cartilagem localizados entre os côndilos da tíbia e do fêmur, também têm um papel crucial. Horita (2019) destaca que “os meniscos são um tipo de cartilagem que fazem parte da articulação do joelho”, com funções essenciais como a absorção de impactos e a estabilização do joelho. Cruz e seus colegas (2017) enfatizam que os meniscos servem como “amortecedores dos impactos que o complexo articular do joelho sofre”, contribuindo para a lubrificação e propriocepção dessa articulação.

Ademais, a musculatura ao redor do joelho, incluindo músculos como o reto femoral e os vastos lateral, intermédio e medial, é fundamental para o suporte e a estabilidade do joelho. A fraqueza muscular pode aumentar a vulnerabilidade a lesões, tornando o fortalecimento desses músculos uma prioridade, especialmente para atletas (Horita, 2019).

A biomecânica do joelho também é um aspecto importante a ser considerado. Um estudo descreveu a articulação como do tipo dobradiça, permitindo principalmente flexão e extensão, além de um movimento rotacional acessório. A amplitude de movimento varia de acordo com o condicionamento físico de cada indivíduo, sendo que práticas regulares de exercícios contribuem para a força e flexibilidade da articulação (Silvério, 2022).

O LCA por ser uma das estruturas mais críticas para a estabilidade do joelho, é frequentemente acometido por lesões, especialmente em atividades esportivas.

Araújo e Pinheiro3 afirmam que “o LCA é um dos principais responsáveis de proporcionar estabilidade a esse complexo articular do joelho”, destacando a importância desse ligamento na funcionalidade do joelho. Quando ocorre uma lesão no LCA, podem surgir consequências significativas, como a instabilidade articular e limitações nas atividades diárias (Figueira, 2022).

O mecanismo de lesão do LCA pode ser traumático ou não traumático, geralmente resultando de movimentos que aplicam pressão excessiva sobre a articulação do joelho. O movimento de pivô é o mais característico na ocorrência dessa lesão, o que pode gerar sintomas como edema, dor imediata e perda de função do membro acometido (Silvério, 2022).

A instabilidade anterior do joelho é um resultado comum, onde a tíbia se desloca sobre os côndilos femorais, ocasionando sérios comprometimentos. Logo, pode-se dizer que a entorse de joelho é o mecanismo mais comum de lesão de LCA, e diga-se de passagem que a grande maioria ocorre em atividades esportivas, ou seja, praticadas por sujeitos jovens e ativos (Gomes, 2018).

A lesão do LCA pode ser classificada em graus que variam de rupturas parciais a totais. Araújo e Pinheiro (2015) explicam que “a lesão do LCA resulta em uma ruptura parcial ou total do ligamento, sendo ele forçado a um impacto além da sua capacidade elástica”, enfatizando a gravidade que uma lesão total pode acarretar. Nesse contexto, a avaliação clínica é crucial, envolvendo testes como o de Lachman e o teste de gaveta anterior, que ajudam a determinar a extensão da lesão (Mendes, 2012).

O ligamento cruzado anterior é lesado quando forças rotacionais e de desaceleração atuam na articulação tibiofemoral, girando ou combinando-a com um movimento de hiperextensão. Essa lesão pode acontecer por traumatismo direto ou indireto quando, por exemplo, ocorre uma rotação do corpo para o lado oposto do pé de apoio com rotação externa do membro inferior com o pé fixo ao solo, hiperextensão do joelho com o pé fixo ao solo ou com o pé livre, estresse em valgo (joelho para dentro) com rotação interna ou externa da articulação tibiofemoral (Cruz, 2017).

Portanto, a Lesão do Ligamento Cruzado Anterior (LCA) se descata por ser uma das lesões mais comuns, principalmente em atletas. Isso se deve a estabilidade do joelho durante movimentos como mudanças rápidas de direção, saltos e desacelerações, podendo causar instabilidade, dor e dificuldade para caminhar.

3.2 Principais exercícios de recuperação da articulção do joelho

O rompimento do LCA é uma lesão que afeta a mobilidade do indivíduo e pode emergir riscos progressivos se não for tratado adequadamente. A ruptura do ligamento cruzado anterior está associada em grande parte a lesões concomitantes dos amortecedores do joelho – os meniscos. A lesão do menisco pode aumentar ainda mais a instabilidade dessa estrutura (Temponi, 2015).

A ruptura completa do LCA pode ser diagnosticada por meio de exame clínico, enquanto rupturas parciais muitas vezes não podem. Nesses casos, exames complementares são necessários para confirmação. O diagnóstico definitivo de uma ruptura parcial do LCA é alcançado pela combinação de achados clínicos, exames de imagem e, quando necessário, achados artroscópicos, como por exemplo, radiografias que mostram se a lesão pode estar ligada a fraturas, mesmo que não mostre lesão de LCA e a ressonância magnética que nos fornece imagens de tecidos moles, como o ligamento cruzado anterior. Porém, para fechar o diagnóstico de LCA rompido, não é necessária a realização de uma ressonância magnética (Mendes, 2012).

Assim, nos casos de rupturas parciais do LCA, é de extrema importância “avaliar a competência e a funcionalidade das fibras restantes com relação à estabilização do joelho”. Logo, o tratamento deve ser de acordo com as especificidades do paciente, ou seja, precisa ser individualizado e adequado às necessidades de cada indivíduo para fornecer orientação terapêutica ou cirúrgica (Temponi, 2015). Ainda afirma que nas estratégias de tratamento em caso de ruptura parcial do LCA, o intuito mais importante é precisar se tem fibras remanescentes presentes e se elas permitiriam estabilidade clínica caso fossem mantidas e mais ainda levar em conta os sintomas, como estalido e deslocamento do joelho e consequentemente dor, inchaço, amplitude de movimento reduzida, desconforto ao caminhar e os exames clínicos como mencionado anteriormente. 

Portanto, os tratamentos incluem os conservadores tais como imobilização, estimulação do movimento completo e sustentação progressiva, isto é, as instruções  da reabilitação para pacientes com rupturas parciais são as mesmas utilizadas para pacientes com rupturas completas. Esta reabilitação abrange exercícios para alongamento, fortalecimento muscular e treinamento proprioceptivo e adaptativo.

Como já mencionado anteriormente as lesões do LCA vem se sucedendo com maior constância e a supressão ou rompimento desse ligamento propicia instabilidade do joelho podendo limitar a capacidade funcional, as atividades de vida diária e ainda assim as atividades esportivas do sujeito (Pimenta, 2012).

Dito isto, a cirurgia do ligamento cruzado anterior é uma das indicações de tratamento bastante utilizadas atualmente e constitui-se como uma intervenção menos invasiva de “troca” do ligamento rompido/lesionado por um tecido, um tendão retirado do próprio paciente e usado para fazer um novo ligamento cruzado anterior – o enxerto – o intuito é reparar/restabelecer a função do joelho do indivíduo. Assim sendo, a cirurgia de reconstrução do LCA com o enxerto, pode-se obter um retorno positivo às atividades funcionais sem prejuízo no quadro clínico pós-operatório (Ataides, 2013).

Podemos dizer que esse procedimento utilizando um enxerto faz com que o paciente possa ter e fazer as funções do ligamento cruzado anterior preexistente. É importante aumentar a estabilidade muscular em torno do joelho para proteger a cirurgia, melhorar a cinemática da marcha, proteger contra nova lesão e limitar deterioração articular (Gonçalves, 2024).

Entende-se que sem a cirurgia o joelho poderá ficar mais móvel, desequilibrado podendo ocorrer entorses com mais frequência, impossibilitando a prática esportiva e até mesmo as AVDs. Assim sendo, a reabilitação física é a grande aliada  para  se  alcançar  um  melhor  resultado  para  os  pacientes  pós reconstrução de LCA (Horita, 2019). 

Portanto, com a cirurgia de LCA, tem como finalidade  reabilitarve reestabelecer  a  estabilidade  da articulação  do  joelho do indivíduo  e  permitir  o  retorno  às  atividades  anteriores  à  lesão.

3.3 Intervenção fisioterapêutica no pós-operatório de lca

A utilização de protocolos fisioterapêuticos é importante tanto no pré como no pós-operatório, pois espera-se melhorar a flexibilidade, a amplitude de movimento, fortalecer a musculatura e melhorar o equilíbrio e nessa fase pós-operatória objetivas e ganhar mobilidade, aliviar a dor e fortalecer a musculatura. E, para assegurar uma recuperação satisfatória e reduzir os riscos de lesões futuras, é importante o paciente seguir as orientações médicas e de reabilitação (Pimenta, 2012).

No entanto, infere-se que é necessário orientações  específicas em relação ao tratamento e aos protocolos de reabilitação voltado às especificidades de cada paciente, ou seja, o fisioterapeuta desenvolve um protocolo de atendimento individualizado, levando em consideração a idade, a mobilidade e as condições do joelho do paciente.

Conforme Souza e Lançoni (2022), entre os inúmeros protocolos de reabilitação de pós operatório de LCA disponíveis, estão as técnicas de mobilização articulares, contração isométrica, exercícios para ganho de ADM e fortalecimento muscular. Logo, exercícios de flexão e extensão do joelho, fortalecimento muscular (quadril e coxa), mobilização da patela, exercícios de propriocepção, dentre outros.

Dessa forma, reabilitar o joelho é importante para se alcançar a funcionalidade desejada pelo paciente e seu fisioterapeuta, melhorando o processo de dor, força e estabilidade articular que pode interferir nas atividades de vida diária (Souza; Lançoni, 2022).

Assim, os recursos e protocolos de reabilitação da fisioterapia são variados e podem demorar de seis a nove meses para a recuperação completa, variando com a necessidade do paciente.

Portanto, a fisioterapia tem papel fundamental na reabilitação do ligamento cruzado anterior, proporcionando alívio dos sintomas e melhora da funcionalidade, propiciando o retorno ao esporte de maneira mais rápida, segura e eficiente. A intervenção fisioterapêutica, torna-se fundamental na fase pós-operatório, pois realiza a redução do quadro álgico, prevenindo as junturas, reduzindo o tempo de recuperação e acelerando a volta da funcionalidade do paciente. Contudo, quanto mais cedo souber o diagnóstico e estabelecer a terapêutica para o caso, melhor e mais efetiva será a recuperação.

Sob esse viés, programas de reabilitação que incluam exercícios específicos de propriocepção e treinamento funcional, são essenciais para restabelecer a confiança do paciente em sua capacidade de movimento, melhorar a coordenação motora e, consequentemente, reduzir o risco de novas lesões.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que, a reabilitação fisioterapêutica no pós-operatório de LCA deve levar em consideração a individualidade de cada paciente a ser tratado, já que fatores como idade, nível de atividade física e o tipo de esporte praticado podem influenciar no tempo de recuperação e nas estratégias de tratamento.

Assim sendo, a escolha do tratamento fisioterapêutico depende da lesão, grau e extensão do trauma, podendo ter duração longa ou curta, com protocolos terapêuticos específicos e diversificados para a fase vigente da lesão no momento da anamnese/avaliação. Dessa forma, a fisioterapia desempenha um papel crucial na reconstrução e na reabilitação pós-operatória de lesões do LCA, com a necessidade de protocolos de tratamento, recursos, métodos ou técnicas mais adequadas e adaptados a cada paciente em que seja possível promover a recuperação funcional do joelho, reduzir o risco de complicações e agilizar o retorno às atividades diárias de forma precoce e satisfatória.

Por fim, fica evidente que a fisioterapia contribui significativamente na assistência, consolidando nos cuidados preventivos, para a restauração da força muscular, amplitude de movimento e estabilidade articular, além de melhorar a propriocepção e coordenação. Portanto, a intervenção fisioterapêutica é essencial para garantir uma recuperação completa e eficaz, proporcionando ao paciente uma melhor qualidade de vida e desempenho físico ao longo da vida.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA

Silva, L. R. Pós operatório de lesão de ligamento cruzado anterior (LCA): Uma revisão dos métodos empregados na reabilitação. Trabalho de conclusão de curso, FAEMA. p. 34. (2020).

Duart, A. D.; Souza, F. L. P. Reabilitação no pós-operatório de ligamento cruzado anterior através de cinesioterapia associada à eletroterapia. Pós graduação em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual Faculdade Faserra. 2017.

Araujo, A. G. S. Pinheiro, I. Protocolos de tratamento fisioterápico nas lesões de ligamento cruzado anterior após ligamentoplastia – Uma revisão, Revista Cinergis; 16(1):61-65, 2015. (Unisc).

Temponi, E. Frois et al. Partial tearing of the anterior cruciate ligament: diagnosis and treatment. Revista brasileira de ortopedia, v. 50, p. 09-15, 2015.

Pinheiro, B. Uso da eletroterapia no pós-operatório de reconstrução do ligamento cruzado anterior-uma revisão de literatura. 2023.

Borges, N. C, Veneziano, L. S. N. Benefícios da hidroterapia no pós-operatório na lesão de ligamento cruzado anterior: revisão de literatura. Revista Saúde Dos Vales, 2(1). (2022).

Figueira, V. L. G.; Silva, J. A. A Importância da Fisioterapia Imediata nos Pós-operatório do Ligamento Cruzado Anterior, S. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento., v. 11, n. 1, p. 52 – 80, 2022. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/25450.

Ramos, D. C.; Matos, F. R. F.; Cordeiro, M. J. Rocha. Protocolos para prevenção e recuperação pós cirúrgico em pacientes com rompimento de lca. 2019. Revista Multidisciplinar do Sertão, 1(1), 35-46.

Pimenta, T et al. Protocolos de tratamento fisioterápico após cirurgia do ligamento cruzado anterior. Acta biomédica brasiliensia, v. 3, n. 1, p. 27- 34, 2012.

Souza, G.L.F, Lançoni, A. atuação fisioterapêutica na lesão de ligamento cruzado anterior em atletas de futebol. Apucarana – Pr. 2022. Disponível em: <https://www.fap.com.br/banco-tc/fisioterapia/2022/FIS2022020.pdf>. Acesso em: 17 out. 2024.

Cavanellas, S.; Silveira, C. A.; Fortino, F. J. Atuação do Fisioterapeuta com jogadores que Tiveram Lesões no Ligamento Cruzado Anterior. Perspectiva: Ciência e Saúde, Osório, v. 5, n.3, p. 96 – 104, dez. 2020.

Ferreira et. al. A hidroterapia na reabilitação da lesão do ligamento cruzado anterior: revisão bibliográfica. Revista Amazônia Science & Health, Palmas, v. 2, n.3 p. 4449, Jul/Set. 2014.

Minayo, M. C. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 25. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

Gil, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. – São Paulo: Atlas, 2008.

Silva Souza, J. E.; Oliveira, N. Manoel Dias. Fisioterapia no pós-operatório de lesão do ligamento cruzado anterior. Research, Society and Development, v. 12, n. 14, p. e63121444579-e63121444579, 2023.

Almeida, G.; Arruda, G. O.; Marques, A. P. Fisioterapia no tratamento conservador da ruptura do ligamento cruzado anterior seguida por ruptura contralateral: estudo de caso. Fisioterapia e pesquisa, v. 21, p. 186-192, 2014.

Barbosa, L. R.; Rosa, C. G. S. Atuação da fisioterapia no pós-operatório de reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA). Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Fisioterapia), 2022.

Santos, G. B.; Ferreira, T. V. Atuação da fisioterapia no pós operatório do rompimento total do ligamento cruzado anterior em jogadores profissionais de futebol. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 8, n. 5, p. 1430-1441, 2022.

Noia, A. L.; Freitas et al. Efeitos da cinesioterapia em pacientes no pós-operatório de reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA). Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 7, n. 8, p. 874-887, 2021.

Santos, C. E. S..; Oliveira Neto, Manuel Dias de . Atividade do fisioterapeuta na amplitude de movimento no pós-operatório do ligamento cruzado anterior. Pesquisa,

Sociedade e Desenvolvimento , [S. l.] , v. 14, pág. e40121444510, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i14.44510. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/44510. Acesso em: 24 mar. 2025.

Sobral, R. F.; Guimarães, J. E. V. Reabilitação no pós-operatório de ligamento cruzado anterior: cuidados e suporte do fisioterapeuta. Revista Saúde Dos Vales, v. 12, n. 1, 2024.  [citado  31º  de  março  de  2025];12(1).  Disponível          em: https://revista.unipacto.com.br/index.php/rsv/article/view/3156

Silva, V. H. X.; Costa Rodrigues, A.; Castro, F. A. V. Cinesioterapia no pós-operatório de ligamento cruzado anterior utilizando a técnica cadeia cinemática fechada. Ciência Atual–Revista Científica Multidisciplinar do Centro Universitário São José, v. 17, n. 2, 2021.

Sousa et al. Fisioterapia na ruptura do ligamento cruzado anterior: Um Relato De Experiência. Revista CPAQV-Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida, v. 16, n. 1, p. 6-6, 2024.

Almeida. P. S. M.; Scotta, A. P.; Pimentel, B. M.; Júnior, S. B.; Sampaio, Y. R. Incidência de lesão musculoesquelética em jogadores de futebol. Revista Brasileira de Medicina no Esporte. Belém, PA, Brasil, v. 19, n.º 2, p. 112-115, 2013.

Pinheiro, A.; Sousa, C. V. Lesão do Ligamento Cruzado Anterior. Rev. Port. Ortop. Traum. Lisboa, v. 23, n. 4, p. 320 329, dez. 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbort/a/hnjKLG3ZHFxfGjwShFyY9fy/ .

Cruz, R. S et. al., Compreendendo as lesões das raízes posteriores dos meniscos: da ciência básica ao tratamento, revista brasileira de ortopedia ;52(4): 463–472. 2017. (Scielo).

Horita, S.A. Biomecânica do Joelho, 2019. Disponível em:<https://www.medicofisiatra.com.br/post/biomec%C3%A2nica-do-joelhoaspectosanat%C3%B4micos#:~:text=Os%20meniscos%20s%C3%A3o%20cartil agens%20presentes,ambos%20localizados%20acima%20da%20t%C3%ADbia.>

Silvério, J. P. O.; Veneziano, L. S. N. Fatores intrínsecos e extrínsecos na lesão de ligamento cruzado anterior feminino: revisão bibiliográfica Intrinsic and extrinsic factors in female anterior cruciate ligament injury. Brazilian Journal of Health Review, 5(4), 12946-12959, (2022).

Gomes, L. S.; Joner, C. A importância dos treinos proprioceptivos no tratamento de lesões do ligamento cruzado anterior. (2018).

Mendes, B. M. C. Prevenção e reabilitação fisiátrica na lesão do ligamento cruzado anterior, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Serviço de Ortopedia e Traumatologia, p.1-31, 2012. (Clínica Joelho ombro).

Ataides et al. Resultados clínicos e funcionais da cirurgia de reconstrução do LCA contralateral em médio prazo. Universitas: Ciências da Saúde, v. 11, n. 1, p. 19-28, 2013.

Gonçalves, N.; Batista, B. B. Reabilitação muscular pós-cirurgia de LCA: revisão de literatura. Revista Contemporânea, v. 4, n. 10, p. e6085-e6085, 2024.

Borges, N. C.; Veneziano, L. S. N. Benefícios da hidroterapia no pós operatório na lesão de ligamento cruzado anterior:: revisão de literatura. Revista Saúde Dos Vales, v. 2, n. 1, 2022.

Araujo, A. G. S.; Pinheiro, I. Protocolos de tratamento fisioterápico nas lesões de ligamento cruzado anterior após ligamentoplastia – Uma revisão, Revista Cinergis;16(1):61-65, 2015. (Unisc).