REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10140195
Santos Cleciane do Nascimento1
Melo Élida Maria dos Santos2
Souza Maria Clara Porfírio de3
Macêdo Leiliane Patrícia Gomes4
RESUMO
A COVID-19 é uma doença causada pelo SARS-Cov-2, pertencente à família do segundo coronavírus humano, que causa alteração no trato respiratório. Surgiu em dezembro de 2019 em Hubei, China e em março de 2020 a Organização Mundial de Saúde (OMS) declara pandemia e consequentemente houve impacto no sistema público de saúde e economia. Diante da alta disseminação do contágio viral, os indivíduos infectados apresentam sintomas como a fadiga, cefaléia, dispnéia, tosse, ageusia, anosmia, entre outros. E esses sintomas podem ser prolongados, sendo caracterizados por sequelas pós-COVID-19 durante 4 até 12 semanas após a infecção e acima de 12 semanas definida como síndrome pós-COVID-19. A fisioterapia atua na reabilitação em casos de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou durante os sintomas persistentes que podem ser apresentados em casos leves, moderados ou agudos. As principais disfunções são musculoesqueléticas, cardiovasculares, respiratórias, neurológicas e cognitivas. O presente estudo trata-se de uma revisão exploratória da literatura, com a finalidade de observar protocolos de reabilitação fisioterapêuticos com resultados satisfatórios na funcionalidade e qualidade de vida nas principais sequelas da síndrome pós-COVID19. Fazem-se necessários mais estudos sobre a avaliação funcional, especificar as técnicas e eficácia do tratamento relacionado ao prognóstico clínico e mais abordagens nas sequelas neurológicas nessa condição clínica.
Objetivo: Identificar na literatura os principais procedimentos e técnicas utilizadas pela fisioterapia. Na reabilitação das disfunções decorrentes da síndrome pós-COVID-19. Método: Sendo caracterizado por uma revisão exploratória da literatura, publicados no período de 2017 a 2022, nos idiomas português, inglês e espanhol. Nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde), BVSalud (Biblioteca Virtual em Saúde), PUBMED/MEDLINE (Medical Literature Analysis And Retrieval System Online I), SCIELO (Scientific Electronic Library Online), PeDro (Physiotherapy Evidence Database), SCIENCE DIRECT e revistas científicas da área. Resultados: Foram selecionados 07 (sete) artigos que utilizaram abordagens fisioterapêuticas para o tratamento de pacientes infectados pelo SARS Cov-2 e que evoluíram com os sintomas prolongados. Entre os benefícios encontrados, ressaltaram sua eficácia na recuperação funcional do paciente. Conclusão: Baseado nos estudos descritos nesta revisão, a finalidade foi observar protocolos de reabilitação fisioterapêuticos com resultados satisfatórios na funcionalidade e qualidade de vida nas principais sequelas da síndrome pós-COVID-19. No tratamento foram utilizados procedimentos já existentes, porém fazem-se necessários mais estudos sobre a avaliação funcional, especificar as técnicas utilizadas aos pacientes infectados em casos leves, moderados ou agudos em relação a eficácia do tratamento relacionado ao prognóstico clínico de indivíduos com a síndrome pós-COVID-19. E mais abordagens nas sequelas neurológicas nessa condição clínica.
Palavras chaves: COVID-19; Modalidades de Fisioterapia; Reabilitação; Unidade de Terapia Intensiva; Qualidade de Vida.
ABSTRACT
Objective: To identify in the literature the main procedures and techniques used by physical therapy. In the rehabilitation of dysfunctions resulting from the post-COVID-19 syndrome. Method: Being characterized by an exploratory literature review, published from 2017 to 2022, in Portuguese, English and Spanish. In the databases LILACS (Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences), BVSalud (Virtual Health Library), PUBMED/MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online I), SCIELO (Scientific Electronic Library Online), PeDro (Physiotherapy Evidence Database), SCIENCE DIRECT and scientific journals in the field. Results: 07 (seven) articles were selected that used physiotherapeutic approaches for the treatment of patients infected by SARS-Cov-2 and who evolved with prolonged symptoms. Among the benefits found, they highlighted its effectiveness in the functional recovery of the patient. Conclusion: Based on the studies described in this review, the purpose was to observe physiotherapeutic rehabilitation protocols with satisfactory results in functionality and quality of life in the main sequelae of the post-COVID-19 syndrome. Existing procedures were used in the treatment, but more studies are needed on the functional evaluation, specifying the techniques used for infected patients in mild, moderate or acute cases in relation to the effectiveness of the treatment related to the clinical prognosis of individuals with the postpartum syndrome. -COVID-19. And more approaches in the neurological sequelae in this clinical condition.
Keywords: COVID-19; Physiotherapy Modalities; Rehabilitation; Intensive care unit; Quality of life.
INTRODUÇÃO
A COVID-19 é uma doença causada pelo vírus SARS-Cov-2, sendo esse vírus pertencente à família do segundo coronavírus humano que causa alteração no trato respiratório. Os primeiros casos foram identificados em Hubei, China, no final de 2019 como uma pneumonia desconhecida. Em janeiro de 2020 a Organização Mundial de Saúde (OMS) nomeou como a doença do novo Coronavírus 2019 e a partir do surgimento da doença, o mundo tem enfrentado um novo cenário no sistema público de saúde e economia, em decorrência dos elevados números de casos confirmados (LIU et al., 2020; BERNAL-URETRA et al., 2021; GONZALES-GEREZ et al., 2020).
O contágio tem por sua característica a rápida disseminação do vírus, que pode ocorrer através do contato físico ou respiração e diante da situação a OMS anunciou pandemia em março de 2020 e foram desenvolvidas medidas para a população de cuidados e isolamento social para prevenção de novos casos, declarando emergência internacional (GONZALES GEREZ et al., 2020).
A infecção ocorre em estágios leves, moderados ou agudos. Os casos graves são os mais preocupantes, devido à manifestação clínica mais comum associada à infecção do vírus, pneumonia bilateral, causada pela Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA). Nesses casos os indivíduos infectados são internados, com o objetivo de reverter as disfunções respiratórias com a utilização da Ventilação Mecânica Invasiva (VMI) (RAZUMOV; PONOMARENCO; BADTIEVA, 2020).
O tratamento é multidisciplinar e a fisioterapia ocorre desde os estágios iniciais no ambiente intensivo, prevenindo as complicações do COVID-19 decorrente aos distúrbios no funcionamento fisiológico do transporte de oxigênio. Os números de pacientes infectados são elevados, porém os que recebem alta hospitalar e cura da infecção em casos leves ou mais acentuados, estão atingindo um marco considerável. Em consequência do SARS-CoV-2, os pacientes apresentam distúrbios funcionais músculo esqueléticos, respiratórios, circulatórios, alterações no Sistema Nervoso Central (SNC), Sistema Nervoso Periférico (SNP), físicos, emocionais, dentre outras (MASIERO; ZAMPIERI; DEL FELICE, 2020).
As sequelas podem permanecer de forma prolongada desde os sinais clínicos primários, como a fadiga, cefaleia, dispneia, tosse e atingem todos os domínios da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), que desencadeiam a diminuição das funções estruturais e corporais, participação social, das atividades, com influência nos fatores pessoais e ambientais (ZHU et al., 2020).
O tempo médio de recuperação após a internação dos pacientes moderados a críticos é de 3 a 6 semanas e em casos mais leves, o tempo médio de recuperação é de 2 semanas. Nesses casos, normalmente, os pacientes realizam os cuidados domiciliares, sem contato hospitalar para prevenção da evolução pela infecção (GONZALES-GEREZ et al., 2020). Nos casos de tratamento hospitalar, desde a UTI, é benéfico na melhoria das condições respiratórias, funcionais e de resistência, favorecendo a redução do tempo de internação do paciente, levando a um quadro com menos sequelas adquiridas (ZHU et al., 2020; MASIERO; ZAMPIERI; DEL FELICE, 2020).
REFERENCIAL TEÓRICO
O SARS-CoV-2 trata-se de um vírus de RNA (Ácido Ribonucleico), fita positiva com maior genoma encontrado, que tem por sua característica uma maior probabilidade de variações e recombinação do vírus nas células dos hospedeiros intermediários. Desta forma, compreende-se umas das principais razões pela alta disseminação e riscos de infecção a partir do contágio. O vírus pertence ao gênero Beta-coronavírus, coronavírus zoonótico, comum em animais e transmissível para humanos (TEIXEIRA et al., 2021; STRAUSS et al., 2021).
Nos anos de 2003 e 2012, houveram epidemias com esse tipo de coronavírus e foi desencadeada a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), respectivamente. Comparado ao novo coronavírus, o genoma tem semelhança cerca de 80%. Diante dos novos casos do SARS-CoV-2, foi alegado que o vírus proliferou em um Mercado Atacadista de Frutos do Mar na província de Hubei, China, com provável derivação do coronavírus de morcegos (TEIXEIRA et al., 2021).
Indivíduos previamente saudáveis podem contrair o vírus, porém são necessários maiores cuidados em relação a gravidade da infecção e aos grupos de maiores riscos como idosos, obesos, mulheres grávidas, indivíduos com comorbidades como Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e diabetes ou processos patológicos pulmonares, renal crônico, neurológicos, cardiovasculares e imunocomprometidos (VEHAR et al., 2021; BERNAL-URETRA et al., 2021).
Na fase aguda da infecção há um maior comprometimento do sistema imunológico no qual desencadeia um aumento excessivo das citocinas inflamatórias, causando danos nos tecidos e disfunções de órgãos e sistemas. O vírus SARS-CoV 2 tem como característica morfológica uma coroa, sentido positivo e possui um envelope que permite o contato com uma enzima conversora de Angiotensina 2 (ACE2), presente nas células epiteliais humanas, com a função receptora e que podem ser encontradas no tecido alveolar das vias áreas, como também no coração e rins. Após o contato com a enzima, o vírus passa por um processo de cinco ciclos: fixar, penetrar, realizar a biossíntese, maturação e por fim é expelida (TEIXEIRA et al., 2021; WANG et al., 2020).
O diagnóstico e avaliação clínica podem ser realizados através de exames complementares ou laboratoriais. Permitem a apresentação do estado clínico do paciente em relação a infecção ou sequelas pós-COVID-19. Nos exames de imagem, o mais comum é a radiografia de tórax ou tomografia computadorizada, podem ser observadas alterações fibróticas ou sinais de pneumonias. Referente aos testes laboratoriais o mais comum é a Reação em Cadeia Polimerase (PCR) que serve para avaliar o material genético do vírus e Swab nasofaríngeo, que avalia o material e é considerado como teste rápido (VANICHKACHORN et al., 2021; WAHLGREN et al., 2022).
Os sintomas primários prolongados da COVID-19 podem durar 4 semanas, para casos leves e em casos agudos de 60 dias até 6 meses, após o diagnóstico. O prolongamento dos sintomas foi denominado pelo Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados (NICE) como síndrome pós-COVID-19, que se caracteriza como a persistência de sintomas físicos, cognitivos e psicológicos (VEHAR et al., 2021; PARKIN et al., 2021).
As principais sequelas da síndrome são os sintomas, como a artralgia e fadiga, respiratórias, como a dispneia, alterações cardiovasculares como angina e palpitações, neurológicas como disfunções cognitivas, cefaleia, anosmia e parestesias. Os cuidados voltados aos aspectos emocionais e cognitivos podem auxiliar em melhores resultados (MAYER et al., 2021).
A intervenção deve ser multidisciplinar e estão incluídos os médicos, responsáveis pelas avaliações voltadas à funcionalidade do paciente e prescrição do tratamento, enfermeiros que realizam avaliação física do paciente e cuidados, psicólogos, que são cruciais nos cuidados emocionais como ansiedade, depressão e alterações cognitivas, terapeutas ocupacionais para promover o retorno das atividades diárias diante das limitações após infecção (VANICHKACHORN et al., 2021). Fonoaudiólogos e nutricionistas, por serem desencadeados sintomas como anosmia, ageusia e disfagia, principalmente no ambiente hospitalar, pelo comprometimento da ingestão oral, necessitando da avaliação da consistência alimentar e ingestão nutricional (WIERTZ, et al., 2021).Na reabilitação fisioterapêutica o principal objetivo após infecção nos estágios leves e acentuados, é a promoção para uma melhor qualidade de vida, mediante as variáveis dos sintomas crônicos prolongados (VANICHKACHORN et al., 2021).
No tratamento também estão incluídos os medicamentos, para reduzir a evolução dos sintomas da COVID-19. Dentre as diversas medicações, as principais são os antibióticos que diminuem os riscos da resistência antimicrobiana no organismo (LANGFORD et al., 2021). Anticoagulantes para diminuir o risco de doença inflamatória como tromboembolismo venoso, no qual foi observado altos índices devido ao aumento das coagulações (OBESH.; TRUJILLO., 2021). Os corticosteróides que atuam como anti-inflamatórios principalmente em casos mais graves como SDRA (MONEDERO et al., 2021). E os analgésicos nos alívios das dores dos sintomas do SARS-Cov-2 (DONATO et al., 2021).
Além da fisioterapia, equipe multidisciplinar, existem as estratégias de prevenção como as vacinas que oferecem a redução da propagação do vírus e foram desenvolvidas com o principal objetivo em proteger a população promovendo a imunidade, reduzindo a gravidade de infecção do SARS-Cov-2 e suas variantes. Em 5 de abril de 2021 alguns tipos de vacinas foram aprovadas para uso da população e as principais são as que foram baseadas em RNA como a Pfizer-BioNTech, as baseadas no vírus do SARS-Cov-2 inativados como CoronaVac, as baseadas com vetores virais como Oxford-AstraZeneca e Johnson & Johnson e as baseadas de subunidades de proteína como a EpiVacCorona, dentre outros tipos (CAI et al., 2021).
OBJETIVO
Identificar na literatura os principais procedimentos e técnicas utilizados pela fisioterapia, na reabilitação das disfunções decorrentes da síndrome pós-COVID-19.
MÉTODO
O presente estudo caracteriza-se por uma revisão de literatura de caráter exploratório e para o desenvolvimento do estudo foi formulada a seguinte questão: Qual a importância da reabilitação fisioterapêutica em pacientes pós-COVID-19, decorrente das disfunções causadas pelo SARS-Cov-2?
Após a definição da problemática, foram coletados artigos científicos publicados entre 2017 a 2022, nos idiomas português, inglês e espanhol. Nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde), BVSalud (Biblioteca Virtual em Saúde), PUBMED/MEDLINE (Medical Literature Analysis And Retrieval System Online I), SCIELO (Scientific Electronic Library Online), PeDro (Physiotherapy Evidence Data base), SCIENCE DIRECT e revistas científicas da área.
Os artigos foram consultados pelo conectivo AND e pelas palavras chaves cadastradas nos Descritores em Ciências da saúde (DeCs). Termos em português: COVID-19; Modalidades de Fisioterapia; Reabilitação; Unidade de Terapia Intensiva; Qualidade de Vida. Termos em inglês: COVID-19; Physical Therapy Modalities; Rehabilitation; Intensive Care Units; Quality of Life. Termos em espanhol: COVID-19; Modalidades de Fisioterapia; Rehabilitación; Unidades de Cuidados Intensivos; Calidad de Vida.
Os critérios de inclusão adotados nesta pesquisa foram artigos que abordam a importância da fisioterapia nas sequelas da síndrome pós-COVID-19, estudos em adultos idosos. Foram excluídos artigos incompletos.
Os artigos coletados foram analisados através de estudo comparativo dos dados neles contidos referente a fisioterapia na reabilitação da síndrome pós-COVID-19.
RESULTADOS
Os descritores foram cruzados da seguinte forma: COVID-19 AND Physical therapy AND Rehabilitation, COVID-19 AND Rehabilitación AND Calidad de Vida, COVID-19 AND Rehabilitation AND Physical Therapy, COVID-19 AND Rehabilitation AND Quality of Life, COVID-19 AND Reabilitação, COVID-19 AND Intensive Care Units AND Physical Therapy, nos idiomas português, inglês e espanhol.
Na combinação de descritores foram encontrados 2.783 artigos, após leitura de títulos e resumos foram eliminados 2.477 artigos por fuga ao tema e eliminados 240 artigos devido a duplicação de conteúdo. Por fim, foram selecionados 07 artigos para constituir a estrutura deste estudo e os dados obtidos estão descritos na figura 1.
Figura 1. Fluxograma de pesquisa e seleção dos estudos.
Os artigos científicos selecionados foram agrupados e apresentados destacando suas características, objetivos, metodologia e a conclusão da intervenção, detalhados no quadro 1
Quadro 1. Relação dos artigos por autor, objetivo, método e conclusão.
AUTOR/ANO | OBJETIVO | METODOLOGIA | CONCLUSÃO |
MAYER, K. P. et al., 2021 | Fornecer apresentação clínica e o manejo do fisioterapeuta para um paciente com síndrome pós-COVID. | Relato de caso. Uma mulher de 37 anos testou positivo para SARS CoV-2 e desenvolveu doença leve de COVID 19, mas não necessitou de oxigênio suplementar ou hospitalização. O paciente apresentou sintomas persistentes, incluindo dispneia, dores de cabeça e nevoeiro cognitivo. | A reabilitação da síndrome pós-covid-19 possui poucos artigos científicos. No tratamento fisioterapêutico na função cognitiva e emocional devem ser considerados. |
NAMBI, G. et al., 2021 | Encontrar e comparar os efeitos clínicos e psicológicos em homens idosos da comunidade com sintomas de sarcopenia pós-COVID-19. | Ensaio de controle randomizado. Homens na faixa etária de 60 a 80 anos com sarcopenia pós-COVID-19. Avaliando o treinamento aeróbico de baixa intensidade e alta intensidade combinado com o treinamento de resistência. | Treinos aeróbicos com baixa intensidade são consideravelmente benéficos na melhora clínica. |
TURAN, Z.; TOPALOGLU, M.; OZDEN, O. T., 2021 | Investigar se a telereabilitação supervisionada é superior ao programa de exercícios domiciliares em relação à distância percorrida e secundariamente à força muscular, resistência muscular, qualidade de vida, nível de atividade física e incapacidade respiratória percebida. | Ensaio clínico randomizado de controle, duplo cego; Em cento e vinte e dois sobreviventes, divididos em grupos | Protocolo eficaz utilizando um programa de reabilitação. |
VANICHKACHORN, G. et al., 2021 | Descrever as características de uma série de pacientes que relataram sintomas prolongados após uma infecção por doença de coronavírus 2019 (COVID-19). | Estudo de coorte. Descreve o Programa de Reabilitação de Atividades COVID-19 multidisciplinar, estabelecido na Mayo Clinic para avaliar e tratar pacientes com pós e Síndrome COVID e relata as características clínicas dos primeiros 100 pacientes que receberam avaliação e gerenciamento durante o período de 1º de junho de 2020 e 31 de dezembro de 2020. | Sintomas como fadiga, alteração cognitiva e mudanças no humor, está associado ao impacto nas atividades funcionais e ocupacionais em pacientes com a síndrome pós COVID-19 |
BLANCHARD, Marc et al.,2022 | Estudar os requisitos e recursos de um novo aplicativo de saúde móvel (mHealth) entre pacientes com a síndrome pós COVID-19. | O uso de um aplicativo é avaliado por meio de questionários de experiência do usuário, grupos focais e análise de dados clínicos. | Um novo aplicativo foi adaptado para avaliação e reabilitação dos indivíduos com a síndrome pós COVID-19 |
SEANG, S. et al., 2022 | Relatar a experiência clínica com pacientes ambulatoriais não graves confirmados de COVID 19 que se queixam de sintomas persistentes. | Estudo observacional envolvendo pacientes ambulatoriais (≥18 anos) com COVID-19 não grave confirmado, durante 6 meses. | Visto uma taxa de recuperação alta em 6 meses entre os pacientes ambulatoriais. |
WAHLGREN, C. et al., 2022 | Identificar achados patológicos persistentes relacionados ao COVID 19. Radiologia de tórax e/ou cérebro (quando clinicamente indicado). . | Estudo de coorte ambidirecional em 745 indivíduos de uma das 21 regiões de saúde suecas. | Achados patológicos consideráveis para a necessidade de uma avaliação holística em indivíduos hospitalizados, em relação às necessidades persistentes de reabilitação. |
DISCUSSÃO
Estudos apontam que pacientes com sintomas leves e do sexo feminino, em sua maior prevalência, apresentam um número significativo de sintomas persistentes e destacam a importância da fisioterapia nos procedimentos e técnicas durante a reabilitação.
Seang et al (2022) em um estudo observacional, afirma que a síndrome pós-COVID-19 é caracterizada por sequelas persistentes acima de 12 semanas, diferente dos sintomas ainda presentes após infecção pelo vírus, considerada como sintomática aguda ou contínua no período de 4 até 12 semanas.
Após o diagnóstico é possível observar que os pacientes ambulatoriais incluídos nos estudos, não apresentaram estado grave, as avaliações dos sintomas prolongados foram divididas em duas fases e 79% dos pacientes foram do sexo feminino. As primeiras avaliações foram através de visitas em um setor de doenças infecciosas por meio de questionários. Visto a necessidade, os pacientes foram encaminhados para a fisioterapia e equipe multidisciplinar. A segunda fase foi após 6 meses por meio telefônico e foram vistos que houveram dois sintomas prolongados, a dispneia e mialgia (SEANG et al., 2022).
Analisando o estudo de coorte de Vanichkachorn et al (2021) o objetivo foi avaliar as principais características para determinar os sintomas da síndrome pós-COVID-19, através de um programa de reabilitação e a fadiga foi correspondente a 80%, alterações respiratórias 59%, a dispneia como a queixa respiratória mais frequente 49%, cefaleia como um dos sintomas neurológicos mais comum, equivalente 20%, outros sintomas como alterações cognitivas, insônia, disfunção olfatória e do paladar não foram relatados com frequência.
No estudo, 100 pacientes participaram do Programa de Reabilitação de Atividades COVID-19 (CARP) e 68% foram do sexo feminino e 75% dos pacientes não foram hospitalizados e no programa utilizaram intervenções baseadas nas infecções anteriores causadas pela SDRA, MERS e síndrome da fadiga crônica. No CARP as intervenções ocorreram através de três objetivos importantes. O primeiro foi avaliar as condições associadas e descompensações no início do tratamento, o segundo foi favorecer a melhoria funcional através da fisioterapia e equipe multidisciplinar, o terceiro foi tornar o tratamento eficaz para retorno das atividades de vida diária (VANICHKACHORN et al., 2021).
Em casos da síndrome da fadiga crônica, é pertinente iniciar a reabilitação fisioterapêutica com a monitoração dos sinais vitais (pressão arterial, FC e SPo2), o teste de caminhada de 6 minutos (TC6) é considerável para observar o esforço e dispneia, para seguir com o objetivo de tratamento a partir do teste e pode ser desenvolvido um programa holístico de fortalecimento e condicionamento (VANICHKACHORN et al., 2021).
Vista anteriormente a relação entre a fadiga crônica, alterações no condicionamento e respiratório na síndrome, (NAMBI, et al., 2021) em um ensaio clinico prospectivo, randomizado, simples-cego, apenas com idosos do sexo masculino, devido uma restrição cultural. Foram utilizados treinos aeróbicos com os pacientes diagnosticados com a sarcopenia, um dos comprometimentos significativos, a ser tratado pela equipe fisioterapêutica pós COVID-19. O treinamento foi conduzido por um fisioterapeuta e o estudo dividido em dois grupos.
O primeiro, realizou exercícios aeróbicos de baixa intensidade e o segundo, no estudo ressalta que a sarcopenia é. A força do punho, quantidade muscular, cinesiofobia e qualidade de vida foram algumas medidas observadas antes e após as sessões (NAMBI, et al., 2021). Foi utilizado 40%-60% da FC máxima, as sessões iniciaram com aquecimento, esteira e cicloergômetro variando de 10 a 20 minutos. Em seguida alongamentos estáticos de membros inferiores e superiores, treino de resistência por 15 minutos e finalizando com alongamentos para reduzir a tensão muscular e técnicas de expansão pulmonar (NAMBI, et al., 2021)
No segundo grupo, realizou exercícios aeróbicos de alta intensidade associados com resistência. O treino foi baseado na avaliação da força e de forma subjetiva. Foi utilizado nos pacientes por 4 dias por semana durante 8 semanas. Concluiu-se que os treinamentos com baixa intensidade foram mais eficazes na melhoria das medidas avaliadas diante da sarcopenia pós COVID-19 (NAMBI, et al., 2021).
Turan; Topaloglu; Ozden (2021) em um ensaio clínico randomizado, comparou dois grupos que realizaram exercícios domiciliares (presenciais) e o outro grupo através de telereabilitação (virtual), em pacientes com síndrome pós-hospitalar, utilizados exercícios aeróbicos, flexibilidade, fortalecimento para ambos os membros e exercícios respiratórios, avaliados durante 6 e 12 meses após a infecção.
Inicialmente, os exercícios foram baseados na fase de aquecimento, importante para predispor o sistema músculo esquelético, cardiovascular e respiratório, com o intuito de reduzir a dispneia, intensificar maior flexibilidade e melhor expansão torácica. Foram incluídos exercícios respiratórios, de equilíbrio e postura de forma leve entre 5 a 10 minutos. A fase de condicionamento auxiliou no treino de resistência e fortalecimento, contribuindo na capacidade aeróbica. A intensidade do exercício de resistência variou entre 60% a 80% da velocidade média atingida no TC6. A intensidade foi observada e adaptada pela escala de Borg de percepção de esforço e dispneia, FC e SPo2 a cada sessão (TURAN; TOPALOGLU; OZDEN, 2021).
O intervalo do treinamento teve duração de 10 a 20 minutos com proporção de 1:2, nas primeiras semanas, segundas semanas 1:1 e nas últimas duas semanas 2:1. Os exercícios de fortalecimento com o objetivo de melhorar a estabilidade corporal, força das extremidades de ambos os membros e favorecer melhor a função muscular. Na fase de desaquecimento, os exercícios de flexibilidade foram realizados com baixa intensidade durante 5 a 10 minutos (TURAN; TOPALOGLU; OZDEN, 2021).
O grupo de exercícios domiciliares realizou os mesmos exercícios, sem auxílio do terapeuta, durante 3 dias semanais por 10 semanas, duração de 1 hora. A primeira sessão foi em um hospital para treinar os exercícios com os pacientes, atendimento individualizado e automonitorização da intensidade dos exercícios através da escala de Borg e oxímetro de pulso. Semanalmente o fisioterapeuta poderia alterar a conduta de tratamento, de acordo com os relatos preenchidos pelos pacientes em um material disponibilizado para o estudo, relatando as sessões, séries ou dificuldades presentes (TURAN; TOPALOGLU; OZDEN, 2021).
O grupo de telereabilitação realizou o programa de exercícios remotamente com a supervisão fisioterapêutica, via um portal de telessaúde disponível no hospital para que houvesse a relação paciente e fisioterapeuta. A cada sessão os registros foram preenchidos pelo profissional. Conclui-se que os dois tipos de reabilitação foram eficazes e a telereabilitação foi um diferencial devido ao cenário de pandemia e favoreceu mais segurança aos pacientes. Observados melhores resultados no TC6 e capacidades funcionais (TURAN; TOPALOGLU; OZDEN, 2021).
No relato de caso de Mayer et al (2021) foi abordado o manejo fisioterapêutico em uma paciente diagnosticada com a síndrome pós-COVID-19, infecção leve e sintomas persistentes após 6 meses. Foram observadas as alterações de condicionamento, dispneia, fraqueza, déficits na função cognitiva e na saúde emocional.
O protocolo aconteceu em 15 sessões com duração de 40 a 80 minutos, o treinamento aeróbico foi baseado no TC6, bicicleta ergométrica, esteira, corrida, evoluindo na sétima sessão de 15 minutos para 45 minutos, o treinamento de força baseados no MRPE, 10 a 15 repetições por 20 minutos, treino respiratório em 4 sessões supervisionadas e em um planejamento à domicílio foi incluído caminhada, treino resistido com auxílio da faixa elástica, entre outros. Concluiu-se que além da reabilitação motora e funcional, é necessário a atenção à função cognitiva e emocional, para melhores resultados nos déficits da infecção. (MAYER et al., 2021).
A reabilitação fisioterapêutica na síndrome pós-COVID-19 em pacientes com disfunções neurológicas apresentam baixo evidências científicas. Em contrapartida, no estudo descritivo de coorte e ambidirecional os pacientes foram avaliados através de acompanhamento clínico, diante dos sintomas prolongados que continuavam presentes 5 meses pós-alta hospitalar e suas principais necessidades para o tratamento. Dentre as disfunções como fadiga e alterações respiratórias, os sintomas neurológicos apresentados foram a hipestesia, parestesia, dor nociceptiva mais frequente que a neuropática, como a cefaléia (WAHLGREN et al.,2022). Ainda no ambiente intensivo, a fisioterapia iniciou a reabilitação nos pacientes 3 sessões semanais, durante 3 semanas e visto melhora da força muscular respiratória, independência, qualidade de vida e o TC6 com melhores resultados alcançados. Referente a fadiga, relatou que não mostrou ter relação com a idade, e sim com a dispneia e ansiedade. Enfatizou a importância dos exercícios respiratórios, por ser importante e estar relacionado com as capacidades funcionais e o tratamento precoce reduz a possibilidade de se tornar problemas crônicos (WAHLGREN et al.,2022).
As necessidades de reabilitação foram baseadas em 3 subescalas da Rehabilitation Complexity Scale- Extended (RCS-E) e diante dos sintomas apresentados, o impacto das alterações funcionais neurológicas e a importância do tratamento aos achados neurocognitivos e reabilitação cognitivas e que podem estar associados aos declínios funcionais em paciente hospitalizados (WAHLGREN et al.,2022).
No estudo de Blanchard et al (2022) foi desenvolvido uma interface de um aplicativo adaptado denominado como POCOS, proporcionando a avaliação de pacientes com a síndrome pós-COVID-19. A pandemia proporcionou uma modalidade de atendimento virtual e através da criação deste protótipo, as coletas dos questionários e ressalta a importância e poderiam ser avaliadas por fisioterapeutas e pela equipe multidisciplinar, no qual direciona a intervenção cognitiva, exercícios físicos e respiratórios. Os resultados foram analisados através de ensaios clínicos transversais e longitudinais.
O aplicativo mHealth serve como uma ferramenta para possíveis diagnósticos e intervenção e foi desenvolvido de forma dinâmica, com conteúdo como artigos, vídeos, podendo ser acessado pela Web ou dispositivo móvel, devido a síndrome pós-COVID-19 ser diagnosticada por meio de avaliação clínica e difícil monitoração, a coleta de resultados favorecem melhor elaboração da conduta de tratamento, a disponibilização do aplicativo estava previsto para setembro de 2021 (BLANCHARD et al.,2022).
Conclui-se que após a análise dos artigos selecionados, existem protocolos de reabilitação fisioterapêuticos com resultados satisfatórios na funcionalidade e qualidade de vida nas principais sequelas da síndrome pós-COVID-19, principalmente, músculos esqueléticos, cardiovasculares, respiratórios e mais abordagens nas sequelas neurológicas nessa condição clínica.
LISTA DE SIGLAS
ACE2. Conversora de Angiotensina 2
BVS. Biblioteca Virtual em Saúde
CARP. Programa de Reabilitação de Atividades COVID-19
CIF. Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
CoV-2 Coronavírus 2019
DECS. Descritores em Ciências da Saúde
FC. Frequência Cardíaca
FR. Frequência Respiratória
HAS. Hipertensão Arterial Sistêmica
LILACS. Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde
MERS. Síndrome Respiratória do Oriente Médio
NICE. Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados
OMS. Organização Mundial de Saúde
PCR. Reação em Cadeia Polimerase
PEDRO. Physiotherapy Evidence Data base
PUBMED/MEDLINE. Medical Literatura Analysis And Retrieval System Online I
RNA. Ácido Ribonucleico
SARS. Síndrome Respiratória Aguda Grave
SCIELO. Scientific Electronic Library Online
SNC. Sistema Nervoso Central
SNP. Sistema Nervoso Periférico
SPO2. Saturação Periférica de Oxigênio
TC6. Teste de caminhada de seis minutos
UTI. Unidade de Terapia Intensiva
VM. Ventilação Mecânica
LISTA DE SÍMBOLOS
% Percentual
REFERÊNCIAS
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1Graduanda em Fisioterapia – UNISÃOMIGUEL, Recife-PE. E-mail: clecianefisio@hotmail.com
2Graduanda em Fisioterapia – UNISÃOMIGUEL, Recife-PE. E-mail: elidamelo07@gmail.com
3Orientadora: Mestre em Engenharia Biomédica – UFPE – Professora titular da UNISÃOMIGUEL, Recife-PE. E-mail: mclarafisioterapia@gmail.com
4Co-orientadora: Graduada em Fisioterapia – Professora titular da UNISÃOMIGUEL, Recife-PE. E-mail: leilianemaacedo@gmail.com