REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202410231011
Gabriella Viana Fagundes; Giovana Valério Simanavicius; Heloísa Ximenes de Paiva; Luara Fernandes de Lima; Orientador(a): Leticia Signori de Castro.
RESUMO
A fisioterapia em casos de luxação de patela em cães é uma abordagem terapêutica essencial que visa não apenas aliviar a dor, mas também restaurar a funcionalidade e prevenir futuras complicações. A luxação de patela pode resultar em desconforto significativo e dificuldade de locomoção, afetando a qualidade de vida do animal. A intervenção fisioterapêutica é projetada para abordar essas questões através de um conjunto de técnicas que incluem exercícios de fortalecimento muscular, que ajudam a estabilizar a articulação do joelho, e alongamentos, que melhoram a flexibilidade e a amplitude de movimento. A hidroterapia, por exemplo, é frequentemente utilizada para permitir exercícios de baixo impacto, reduzindo o estresse nas articulações enquanto promove o fortalecimento muscular. Além disso, a terapia manual pode ser aplicada para aliviar a tensão muscular e melhorar a circulação sanguínea na área afetada. A fisioterapia não só acelera a recuperação pós-cirúrgica, quando a cirurgia é necessária, mas também pode ser uma alternativa eficaz para o manejo conservador em casos menos graves. Ao adaptar os protocolos de tratamento às necessidades específicas de cada cão, a fisioterapia contribui significativamente para a reabilitação e o bem-estar geral dos animais, destacando-se como uma parte fundamental do tratamento multidisciplinar da luxação de patela.
Palavras chaves: Fisioterapia, Luxação de Patela, Cães, Ortopedia Veterinária.
ABSTRACT
Physical therapy in cases of patellar luxation in dogs is an essential therapeutic approach that aims not only to alleviate pain but also to restore functionality and prevent future complications. Patellar luxation can result in significant discomfort and difficulty in locomotion, affecting the animal’s quality of life. The physiotherapeutic intervention is designed to address these issues through a set of techniques that include muscle strengthening exercises, which help stabilize the knee joint, and stretching, which improves flexibility and range of motion. Hydrotherapy, for example, is often used to allow low-impact exercises, reducing stress on the joints while promoting muscle strengthening. Additionally, manual therapy can be applied to relieve muscle tension and improve blood circulation in the affected area. Physical therapy not only accelerates post-surgical recovery when surgery is necessary but can also be an effective alternative for conservative management in less severe cases. By tailoring treatment protocols to the specific needs of each dog, physical therapy significantly contributes to the rehabilitation and overall well-being of the animals, standing out as a fundamental part of the multidisciplinary treatment of patellar luxation.
Keywords: Physical Therapy, Patellar Luxation, Dogs, Veterinary Orthopedics.
1. INTRODUÇÃO
Caracterizada pelo deslocamento da patela, a ocorrência de luxação de patela em cães representa um quadro comum na prática cotidiana de traumatologia e ortopedia veterinária (Roush, 1993), que resulta em instabilidade femoro-tibiopatelar e é uma das causas mais frequentes de claudicação em cães. Essa condição pode variar desde uma instabilidade leve, sem sinais clínicos evidentes, até uma luxação completa e permanente, causando claudicação severa.
Distingue-se principalmente em formas intermitentes, laterais, mediais, traumáticas, congênitas ou evolutivas, sendo a luxação medial mais comum em raças pequenas e predominantemente em fêmeas, levando a diferentes graus de claudicação (Slatter, 1998; Hulse, 1981; Hayes et al., 1994; Piermattei, 2009). A classificação da luxação patelar baseia-se na severidade e tipo de anormalidades, variando de graus I a IV, com os graus I e II sendo recorrentes e os graus III e IV permanentes.
A condição é frequentemente considerada congênita, associada a anormalidades no desenvolvimento do membro que levam ao desalinhamento do complexo quadríceps, resultando em luxações recorrentes (Piermattei, 2009). Anormalidades anatômicas como retroversão femoral, alterações angulares, rotação e encurvamento do fêmur, sulco troclear raso, entre outras, têm sido associadas à luxação patelar medial congênita (Denny, 2006). A gravidade das alterações esqueléticas pode variar amplamente, assim como o prognóstico, que tende a ser mais reservado em casos de luxação lateral em raças grandes ou gigantes, comparativamente rara em raças pequenas (Slatter, 1998; Piermattei, 2009). A luxação traumática, que pode ocorrer em qualquer raça, geralmente resulta de um trauma direto no joelho (Padilha Filho, 2005).
O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico, dependendo de vários fatores, incluindo a frequência das luxações e a idade do paciente, com o prognóstico para correção cirúrgica de luxações de grau I a III sendo geralmente excelente, enquanto para luxações de grau IV é mais reservado (Piermattei, 2009; Denny, 2006; Fossum, 2008). A fisioterapia pós-operatória é crucial para a recuperação, focando na correção de atrofias, retorno das funções normais, prevenção de aderências e auxílio na cicatrização (Fossum, 2008). A escolha do tratamento cirúrgico é recomendada para jovens e adultos sintomáticos, frequentemente requerendo uma combinação de técnicas para estabilizar a patela.
A fisioterapia atua de forma complementar ao tratamento cirúrgico ou conservador, promovendo a reabilitação através de técnicas que melhoram a mobilidade articular, fortalecem a musculatura e reduzem o tempo de recuperação. O uso de exercícios terapêuticos, eletroterapia e hidroterapia tem demonstrado eficácia na redução da dor e no restabelecimento da função locomotora (Carvalho et al. ,2020). Dessa forma, a inserção da fisioterapia no manejo de cães com luxação de patela se mostra essencial, não apenas para otimizar os resultados clínicos, mas também para melhorar a qualidade de vida dos animais.
Portanto, o presente trabalho tem como objetivo discutir os benefícios da fisioterapia em cães com luxação de patela, tanto como coadjuvante no pós-operatório quanto como uma abordagem conservadora, avaliando sua eficácia na melhora da função motora, redução da dor e qualidade de vida dos animais afetados.
2. Luxação de Patela
A luxação patelar ocorre quando a patela se desloca de sua posição anatômica, resultando em instabilidade na articulação femoro-tibiopatelar, sendo uma das causas mais comuns de claudicação em cães. O grau do distúrbio pode variar desde uma instabilidade sem sintomas clínicos evidentes até uma luxação completa e irreversível, levando à claudicação severa. A luxação pode se manifestar de forma intermitente, ser lateral ou medial, e pode ter origem traumática, congênita ou ser adquirida ao longo do tempo (Slatter, 1998).
Considerada como o maior osso sesamoide, a patela executa função crucial na biomecânica da articulação femoro-tíbio-patelar, auxiliando na estabilidade e proteção do ligamento patelar (Roush, 1993). Em cães sua fisiopatogenia ainda não está plenamente esclarecida, em razão da falta de dados objetivos que correlacionem as deformidades predisponentes e aquelas que são resultantes do descolamento patelar (Heather et al., 2005; Souza et al., 2010; Junior Villanova e Caron, 2010). Ainda que a luxação possa ocorrer devido a traumas, a maioria dos casos é congênita, associada a deformidades do fêmur e da tíbia (L’Eplattenier e Montavon, 2002).
Alterações na articulação coxofemoral, como coxa vara e coxa valga, e variações no ângulo de anteversão femoral também são implicadas na patogênese da luxação patelar (Hulse, 1993; Olmstead, 1993; Kaiser et al., 2001; Campbell e Pond, 1972). Essas deformidades influenciam o crescimento ósseo e resultam em alterações de conformação e torção, características da luxação de patela em raças de pequeno porte (Piermattei et al., 2006). O mal alinhamento proximal-distal da patela, incluindo patela alta e baixa, pode aumentar o risco de luxação (Mostafa et al., 2008; Johnson et al., 2002; Johnson et al., 2006). Nos cães de grande porte, o deslocamento proximal da patela pode influenciar a luxação medial, embora não esteja claro se é uma causa ou um efeito da luxação crônica (Johnson et al., 2006).
2.1 Sinais Clínicos
Os sinais clínicos da luxação de patela em cães irão variar conforme a gravidade da condição. Em casos menos graves, os cães podem apresentar claudicação intermitente, levantando ocasionalmente o membro afetada ao caminhar. Em situações mais severas, observa-se claudicação constante, dificuldade para se levantar, dor ao manipular a articulação e postura anormal das patas traseiras. Uma marcha saltitante, onde o cão evita apoiar o membro afetado, também é comum. Em casos crônicos, pode ocorrer atrofia muscular devido ao uso reduzido do membro afetado (Piermattei et al., 2006; Hulse, 1981).
A avaliação da instabilidade femoro-tíbio-patelar é avaliada com o animal em decúbito lateral. A extensão e flexão do membro permitem identificar dor, crepitação, sons anormais e deslocamento patelar (Nogueira & Tudury, 2002).
De uma maneira breve, algumas observações devem receber atenção na avaliação da articulação do joelho quando do exame físico (Piermattei,2009): instabilidade em direção medial ; presença de crepitações ; grau de rotação da tuberosidade tibial ; rotação do membro ou angulação ; incapacidade de redução da patela; localização da patela na tróclea ; incapacidade de estender o membro em ângulo normal de estação (em filhotes com grave contratura acompanhando a ectopia patelar).
2.2 Diagnóstico
O diagnóstico é feito através do exame de inspeção, do caminhar e, em seguida, do exame físico e da palpação das articulações. No exame físico é possível perceber a tensão muscular, alinhamento do eixo, instabilidade patelar, rotação femoral e tibial. O diagnóstico da luxação patelar é através do exame físico, junto com o exame de imagem, a radiografia pode definir as alterações morfológicas e o grau da luxação.
No momento da palpação o médico veterinário vai posicionar-se caudalmente ao paciente, a patela deve ser isolada entre o polegar e o dedo indicador de uma mão enquanto a outra mão agarra a tíbia e levanta o membro do chão, executando movimentos que oscilam entre a flexão, extensão, e rotação interna e externa. Em paralelo a essa manipulação, é exercida uma pressão sobre a patela em direção lateral e medial que vai conceder a classificar a direção e o grau da luxação. (KowaleskiI et al., 2018). O membro em posição estendida deve ser rotacionado internamente enquanto se tenta empurrar a patela medialmente através de pressão digital (Piermattei, 2009; Nogueira & Tudury, 2002). Numa articulação normal, um pequeno movimento pode ser normal, desde que a patela não ultrapasse os limites do sulco troclear (Slatter, 1998; Nogueira & Tudury, 2002).
O exame radiográfico, nas projeções craniocaudal, lateral e “skyline”, geralmente não é essencial para confirmar a presença de luxação patelar, mas é útil para avaliar a gravidade das deformidades ósseas no fêmur e na tíbia, o nível de degeneração articular e a profundidade do sulco troclear (Slatter, 1998; Maria et al., 2001; Tilley & Smith, 2003).
Os diagnósticos diferenciais incluem necrose avascular da cabeça do fêmur, luxação coxofemoral, entorses ligamentares e musculares (Fossum,2008), A avaliação minuciosa da articulação do quadril é fundamental, pois alguns pacientes com luxação patelar também podem apresentar necrose asséptica da cabeça do fêmur ou displasia coxofemoral. O encurtamento do membro causado pela luxação do quadril pode resultar em relaxamento do mecanismo do quadríceps, favorecendo a ocorrência de luxação patelar em determinados casos.
2.3 Fisioterapia nos graus de Luxação: Tratamento Cirúrgico vs.Conservador
A luxação de patela em cães é classificada em quatro graus, conforme sua gravidade. No Grau I, a patela pode ser deslocada manualmente, mas retorna à posição normal ao ser solta, com sinais clínicos mínimos ou ausentes. No Grau II, a patela luxa espontaneamente, podendo permanecer fora da tróclea por algum tempo, mas pode ser reposicionada manualmente ou pelo movimento do próprio animal, resultando em claudicação intermitente. No Grau III, a patela permanece luxada na maior parte do tempo, podendo ser reposicionada manualmente, mas volta novamente conforme o movimento do animal, causando claudicação constante e dificuldade para se levantar. No Grau IV, a patela está permanentemente luxada e não pode ser reposicionada manualmente, resultando em claudicação severa e possíveis deformidades ósseas (Singleton, 1969; Putnam, 1968).
O tratamento irá variar conforme o grau da condição e a gravidade dos sintomas. Em casos de luxações de Grau I e em alguns casos de Grau II são geralmente tratados de forma conservadora, utilizando a fisioterapia, controle de peso, anti-inflamatórios, analgésicos e exercícios específicos para fortalecer os músculos. Já as luxações de Grau III e IV, bem como casos de Grau II que não respondem ao tratamento conservador, requerem intervenção cirúrgica. As técnicas cirúrgicas incluem a transposição da crista tibial, sulcoplastia e realinhamento dos tecidos moles, visando corrigir a anatomia da articulação e prevenir futuras luxações (Piermattei et al., 2006; Hulse, 1981).
A cirurgia é recomendada para jovens ou adultos sem comorbidades e, também pode ser indicada para pacientes que apresentam a claudicação severa, levando a uma rápida deterioração da deformidade esquelética, comprometendo completamente sua mobilidade. O principal objetivo da cirurgia para luxação de patela é realinhar o mecanismo extensor da articulação do joelho, melhorar a congruência da articulação patelofemoral, restaurar a biomecânica normal do joelho e reduzir o trauma mecânico repetitivo na cartilagem articular (Wangdee et al., 2013; KowaleskiI et al., 2018).
Neste caso, o principal objetivo é recuperar a função do membro afetado e prevenir seu desgaste, retardando ou impedindo sua progressão e evitando possíveis lesões secundárias a curto prazo. A fisioterapia é indicada especialmente em casos onde os sinais clínicos são sutis e a claudicação não é recorrente (Denny; Butterworth, 2006). É fundamental incentivar exercícios que visam desenvolver e manter o tônus muscular do quadríceps (Denny; Butterworth, 2006). A fisioterapia desempenha um papel importante como tratamento conservador, visando melhorar o grau de atrofia muscular já presente e fortalecendo-o para garantir maior estabilidade.
3. Fisioterapia
A fisioterapia é uma ciência que inclui uma variedade de técnicas diferentes que abrangem conceitos biomecânicos, físicos e fisiológicos para promover a saúde ou prevenir doenças. Abrange tudo, desde os aspectos mais simples, como o movimento adequado, até reabilitação e controle da dor, com foco no bem-estar do paciente em todos os momentos (Formenton, 2011).
A principal indicação para fisioterapia é o tratamento pós-operatório de animais submetidos à cirurgia ortopédica ou neurológica. No entanto, também é útil antes da cirurgia para ajudar a combater a dor, reduzir a inflamação e preparar o animal fisicamente para a cirurgia (RivièreI, 2007) A reabilitação e a fisioterapia andam de mãos dadas, com o objetivo de retornar um sistema afetado ao funcionamento, de modo que o principal objetivo da fisioterapia é melhorar ou manter a qualidade da vida de um paciente, sendo assim, o exercício terapêutico é um componente chave de qualquer programa de reabilitação e deve ser incluído como parte do atendimento simultâneo de qualquer paciente São definidos objetivos diferentes para cada paciente, dependendo da patologia ou disfunção presente (Formenton. 2011; Saunders, 2007).
A fisioterapia veterinária tem se consolidado como uma prática eficaz na reabilitação de diversas condições ortopédicas, incluindo a luxação de patela em cães. Essa técnica terapêutica visa restaurar a funcionalidade motora e melhorar a qualidade de vida dos pacientes por meio de métodos que incluem exercícios terapêuticos, alongamentos, eletroterapia, hidroterapia e massoterapia. A fisioterapia desempenha um papel essencial na recuperação pós-cirúrgica, acelerando a cicatrização tecidual, reduzindo a dor e a inflamação, além de melhorar a força muscular e a amplitude de movimento (Zink ; Van Dyke, 2013).
Nos casos de luxação patelar, a fisioterapia é frequentemente indicada tanto no período pós-operatório quanto como uma alternativa conservadora em situações menos severas, como os graus I e II da afecção, em que o tratamento cirúrgico pode não ser necessário. A reabilitação fisioterapêutica ajuda a fortalecer o mecanismo extensor do joelho, reduzindo a reincidência da luxação e melhorando a estabilidade articular (Oliveira et al. 2018). Além disso, a fisioterapia permite que o animal retome suas atividades cotidianas de maneira mais rápida e eficiente, evitando a atrofia muscular causada pela imobilidade prolongada. Estudos demonstram que, por meio da fisioterapia, é possível reduzir a atrofia muscular, acelerar o tempo de recuperação e melhorar o prognóstico clínico dos cães (Lopes et al., 2017).
A hidroterapia, em especial, tem mostrado excelentes resultados na reabilitação de cães com luxação de patela, pois permite a realização de exercícios com menor impacto nas articulações, favorecendo o fortalecimento muscular de forma controlada e sem sobrecarga (Costa et al., 2018). A eletroterapia, por sua vez, auxilia no controle da dor e da inflamação, contribuindo para a redução da dor pós-operatória e para a recuperação de tecidos danificados (Martins; Souza, 2016).
A fisioterapia não só melhora a mobilidade dos cães afetados pela luxação de patela, como também diminui o risco de recidiva da condição (Oliveira et al. 2019).Isso ocorre por meio do fortalecimento do quadríceps, o que estabiliza a articulação do joelho e diminui a chance de novos episódios de luxação. Portanto, a fisioterapia se apresenta como uma ferramenta fundamental no manejo da luxação patelar, especialmente quando associada a outros tratamentos, sejam eles cirúrgicos ou conservadores.
3.1 Termoterapia
Modalidade terapêutica amplamente utilizada na fisioterapia veterinária, que consiste na aplicação controlada de calor sobre regiões específicas do corpo do animal. Seu principal objetivo é promover benefícios fisiológicos que auxiliam na recuperação de diversas condições musculoesqueléticas e neuromusculares (Silva & Oliveira, 2020). Na prática veterinária, a termoterapia pode ser aplicada de diversas formas, incluindo compressas quentes, bolsas térmicas, laser de baixa intensidade e banhos quentes.
Os principais efeitos da termoterapia envolvem o aumento da temperatura local dos tecidos, o que resulta em vasodilatação e, consequentemente, maior fluxo sanguíneo na área tratada. Esse aumento do fluxo sanguíneo facilita a entrega de oxigênio e nutrientes essenciais para os tecidos, além de auxiliar na remoção de metabólitos e substâncias inflamatórias, promovendo a redução da dor e da rigidez muscular. De acordo com Ferreira et al. (2017), a termoterapia também contribui para a melhora da elasticidade dos tecidos conjuntivos, o que é fundamental para a reabilitação de lesões musculares e articulares.
Além disso, a termoterapia pode ser utilizada para preparar os músculos antes de sessões de exercícios terapêuticos, aumentando a flexibilidade e diminuindo o risco de lesões durante a atividade física. No contexto da luxação patelar em cães, por exemplo, a aplicação de calor pode ajudar a relaxar a musculatura ao redor da articulação do joelho, facilitando os movimentos e reduzindo a tensão muscular que pode contribuir para a instabilidade articular (Silva & Oliveira, 2020).
É importante ressaltar que a termoterapia deve ser aplicada de maneira adequada e controlada, levando em consideração a espécie, o tamanho e a condição clínica do animal, para evitar queimaduras ou superaquecimento dos tecidos. A frequência e a duração das sessões de termoterapia variam conforme a necessidade individual de cada paciente, sempre sob a orientação de um profissional de fisioterapia veterinária qualificado.
Em síntese, a termoterapia é uma ferramenta valiosa na fisioterapia veterinária, oferecendo múltiplos benefícios que contribuem para a recuperação funcional e o bem-estar dos animais. Sua aplicação adequada pode acelerar o processo de reabilitação, reduzir a dor e a inflamação, e melhorar a mobilidade das articulações, sendo especialmente relevante em tratamentos de condições como a luxação patelar em cães.
3.1.1 Crioterapia
Esse método de termoterapia é empregado desde a antiguidade em diversos períodos históricos e se fundamenta na aplicação de temperaturas baixas para promover efeitos terapêuticos. Os materiais utilizados incluem gelo, sprays criogênicos, compressas frias e dispositivos de resfriamento, que costumam ser aplicados por 15 a 20 minutos ou várias vezes ao dia, conforme o método.
Os efeitos terapêuticos da crioterapia decorrem da vasoconstrição, onde o frio provoca a contração dos vasos sanguíneos, resultando na diminuição do fluxo sanguíneo, do inchaço e da inflamação. Além disso, as temperaturas baixas inibem a transmissão dos sinais de dor (Lopes, 2009). No caso da luxação de patela, a crioterapia pode ser um grande aliado no pós-operatório, auxiliando na redução do edema e das inflamações adjacentes.
3.1.2 Hipertermoterapia
Trata-se da aplicação de calor em pontos específicos do corpo, utilizando focos de alta temperatura de maneira segura, sem risco de queimaduras. Esse aumento de temperatura nos tecidos provoca um efeito analgésico, melhora a oxigenação local e fornece nutrientes essenciais para a cicatrização (Araujo, 20009). Além disso, ajuda a reduzir espasmos musculares que podem interferir na recuperação, como no caso de cirurgias de luxação de patela, promovendo também o relaxamento muscular.
3.2 Eletroterapia
A eletroterapia foi inicialmente introduzida com dispositivos que aplicavam correntes elétricas para tratamentos terapêuticos. Com o passar dos anos, essa técnica começou a ser utilizada na fisioterapia veterinária como uma forma eficaz de tratamento para animais (Sluka; Walsh, 2003). A eletroterapia envolve a aplicação de estímulos elétricos leves em músculos e membros (Millis; Levine, 2014). É amplamente empregada na reabilitação de cães e gatos com lesões musculares ou atrofias. Por exemplo, pode ser utilizada tanto no pós-operatório de luxação patelar quanto como tratamento conservador para graus mais leves da luxação, onde seu uso ajuda a prevenir a atrofia da patela, bem como dos músculos e tendões envolvidos. Devido à sua segurança, eficácia e ausência de dor, este método de tratamento é bastante utilizado (Hummel; Vicente, 2019).
Essa técnica utiliza correntes elétricas de baixa voltagem para estimular nervos específicos, aliviando a dor e acelerando o processo de cicatrização. É crucial lembrar que a eletroterapia não deve ser aplicada em casos de inflamações agudas, sendo mais apropriada para condições crônicas, o que promove uma melhoria significativa na mobilidade (Millis; Levine, 2014).
3.3 Hidroterapia
A hidroterapia tem suas origens na antiguidade, quando civilizações como os egípcios e gregos acreditavam nas propriedades curativas da água. Com o passar do tempo, essa prática evoluiu tanto na medicina humana quanto na veterinária. Atualmente, é amplamente utilizada em clínicas e centros de reabilitação, beneficiando não apenas cães e gatos, mas também equinos. Na prática veterinária moderna, a hidroterapia envolve atividades em piscinas terapêuticas e esteiras aquáticas (Ramalho et al., 2015).
Os benefícios dessa prática estão associados às propriedades físicas da água, como densidade, flutuação, viscosidade, resistência, pressão hidrostática, tensão superficial e temperatura. Esses fatores promovem respostas eficazes em diversos sistemas do corpo, incluindo os sistemas cardiovascular, respiratório e musculoesquelético. A hidroterapia se tornou uma das formas mais populares de fisioterapia em clínicas devido à baixa intensidade de impacto nas articulações, à redução do estresse e à facilidade de movimentação (Silva, 2020).
Um aspecto crucial é a manutenção da temperatura da água durante as sessões, que ajuda a reduzir rapidamente a sensibilidade das fibras nervosas e alivia a dor. Além disso, a hidroterapia facilita a aplicação de outras modalidades, como massagem manual, movimentação passiva das articulações e alongamento, sem o risco de provocar contraturas musculares associadas à dor (Silva, 2020).
No caso da luxação patelar em cães, essa abordagem fortalece significativamente os músculos, ajudando a prevenir o agravamento da luxação, uma vez que os músculos responsáveis pela estabilização do membro se tornam mais robustos (Silva, 2020).
3.4 Laser terapêutico
O uso do laser terapêutico na fisioterapia veterinária tem se destacado como uma técnica eficaz para o tratamento de diversas condições, incluindo a luxação de patela em cães. Essa modalidade terapêutica utiliza luz laser de baixa intensidade para promover efeitos biológicos benéficos, como a redução da inflamação, alívio da dor e aceleração do processo de cicatrização (Smith et al., 2018).
Na luxação de patela, o laser terapêutico pode ser particularmente vantajoso. Estudos demonstram que a aplicação do laser em áreas afetadas por luxações patelares auxilia na diminuição do edema e na modulação da resposta inflamatória, fatores que são cruciais para a recuperação funcional (Jones & Brown, 2019). Além disso, o laser estimula a regeneração tecidual, promovendo a reparação dos tecidos moles ao redor da articulação, o que é essencial para a estabilidade patelar (Williams et al., 2020).
A eficácia do laser terapêutico está relacionada à sua capacidade de penetrar profundamente nos tecidos, atingindo diretamente as células afetadas e promovendo a bioestimulação celular. Isso resulta em um aumento na produção de ATP, melhorando a função celular e acelerando a recuperação (Garcia & Lopez, 2021). Em cães com luxação de patela, essa técnica pode ser integrada a um protocolo de reabilitação mais amplo, que inclui exercícios de fortalecimento e alongamento, para otimizar os resultados terapêuticos (Silva, 2020).
Portanto, o laser terapêutico representa uma ferramenta valiosa na fisioterapia veterinária, oferecendo uma abordagem não invasiva e eficaz para o manejo da luxação de patela em cães. Sua aplicação, quando realizada por profissionais qualificados, pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos animais, reduzindo o tempo de recuperação e minimizando o desconforto associado à condição (Thompson et al., 2022).
3.5 Magnetoterapia
A magnetoterapia tem emergido como uma técnica promissora na fisioterapia veterinária, oferecendo benefícios significativos no tratamento de condições ortopédicas, como a luxação de patela em cães. Esta modalidade terapêutica utiliza campos magnéticos pulsados para promover a regeneração tecidual, reduzir a inflamação e aliviar a dor, sendo uma opção não invasiva e segura para a reabilitação animal (Johnson et al., 2019).
No contexto da luxação de patela, a magnetoterapia pode desempenhar um papel crucial na recuperação dos cães afetados. Estudos indicam que a aplicação de campos magnéticos pulsados na área da articulação patelar ajuda a melhorar a circulação sanguínea local, o que é essencial para a redução do edema e a aceleração do processo de cicatrização (Martinez & Silva, 2020). Além disso, a magnetoterapia pode contribuir para a estabilização da articulação ao promover o fortalecimento dos tecidos moles circundantes, como ligamentos e tendões, que são fundamentais para manter a patela em sua posição correta (Anderson et al., 2021).
A eficácia da magnetoterapia está associada à sua capacidade de influenciar processos celulares e moleculares, estimulando a produção de colágeno e a atividade osteoblástica, o que pode ser particularmente benéfico em casos de luxação de patela, onde a integridade estrutural da articulação é comprometida (Garcia & Thompson, 2022). Quando integrada a um protocolo de reabilitação abrangente, que inclui exercícios terapêuticos e outras modalidades fisioterapêuticas, a magnetoterapia pode otimizar os resultados clínicos e melhorar a qualidade de vida dos cães (Silva, 2020).
Portanto, a magnetoterapia representa uma abordagem valiosa na fisioterapia veterinária, oferecendo uma alternativa eficaz para o manejo da luxação de patela em cães. Sua aplicação, quando realizada por profissionais qualificados, pode reduzir significativamente o tempo de recuperação e minimizar o desconforto associado à condição, proporcionando uma recuperação mais rápida e eficiente (Brown et al., 2023).
3.6 Massagem
Técnica amplamente utilizada na fisioterapia veterinária, reconhecida por seus múltiplos benefícios no tratamento de condições ortopédicas, como a luxação de patela em cães. Esta prática terapêutica envolve a manipulação dos tecidos moles, promovendo o alívio da dor, a redução da tensão muscular e a melhoria da circulação sanguínea, fatores essenciais para a recuperação funcional dos animais (Smith et al., 2018).
No caso específico da luxação de patela, a massagem pode ser particularmente eficaz. Estudos demonstram que a aplicação de técnicas de massagem na área ao redor da articulação patelar ajuda a relaxar os músculos tensos, que muitas vezes contribuem para o desalinhamento da patela (Johnson & Lee, 2019). Além disso, a massagem estimula o fluxo sanguíneo e linfático, facilitando a remoção de toxinas e a redução do edema, o que é crucial para o processo de cicatrização e recuperação (Martinez et al., 2020).
A massagem também desempenha um papel importante na reabilitação póscirúrgica de cães que passaram por correção cirúrgica da luxação de patela. Ao promover a flexibilidade e a mobilidade dos tecidos, a massagem pode acelerar a recuperação e prevenir a formação de aderências, que podem limitar o movimento articular (Garcia & Thompson, 2021). Quando combinada com outras modalidades de fisioterapia, como exercícios de fortalecimento e alongamento, a massagem pode otimizar os resultados terapêuticos e melhorar a qualidade de vida dos cães afetados (Anderson et al., 2022).
Portanto, a massagem representa uma abordagem valiosa na fisioterapia veterinária, oferecendo uma técnica não invasiva e eficaz para o manejo da luxação de patela em cães. Sua aplicação, quando realizada por profissionais qualificados, pode reduzir significativamente o tempo de recuperação e minimizar o desconforto associado à condição, proporcionando uma recuperação mais rápida e eficiente (Brown et al., 2023).
4. Tratamento Fisioterapêutico: Importância da Orientação ao tutor
A orientação e educação dos tutores sobre o tratamento fisioterapêutico veterinário são essenciais para o sucesso da reabilitação dos animais. A compreensão do processo terapêutico deve ser transmitida de forma clara e adaptada aos tutores, de modo que compreendam tanto os aspectos básicos do tratamento quanto os benefícios que podem ser alcançados ao longo dele. Além disso, é fundamental destacar a importância das avaliações iniciais e das reavaliações periódicas para monitorar a evolução clínica do paciente (Ferreira et al., 2018).
É igualmente importante que os tutores possam observar, na prática, as melhorias na qualidade de vida de seus animais, refletindo diretamente na recuperação e manutenção da saúde. Além disso, educar os proprietários sobre a prevenção de lesões futuras e a promoção de um envelhecimento saudável por meio da fisioterapia faz parte de um atendimento integral ao paciente (Silva; Oliveira, 2020).
A colaboração e o comprometimento dos tutores durante o tratamento são fatores cruciais para o bom andamento do processo terapêutico. Ensinar exercícios simples que possam ser realizados em casa, quando apropriado, contribui para a agilidade dos resultados e capacita os tutores a reconhecer sinais de melhora ou agravamento da condição do animal (Costa et al., 2019).
Essas orientações são fundamentais para garantir que os tutores estejam bem informados e preparados para apoiar seus animais durante a fisioterapia, aumentando assim as chances de sucesso na recuperação.
5. MATERIAIS E MÉTODOS
Este trabalho teve como finalidade uma análise detalhada e fundamentada sobre a importância da fisioterapia em casos de luxação patelar em cães. Compreendeu a análise de artigos científicos, livros, teses e dissertações publicados até o ano de 2023. Os critérios de inclusão foram: estudos que abordassem a fisioterapia para cães com luxação patelar, estudos clínicos e revisões sistemáticas. Foram excluídos artigos que não apresentassem relevância direta ao tema. Os critérios de seleção incluíram cães de diferentes raças, sexo e idades, com diagnóstico confirmado de luxação de patela e que passaram por um período mínimo de dois meses de fisioterapia. A coleta de dados foi realizada através de prontuários médicos, entrevistas com veterinários fisiatras e relatos de caso publicados.
6. CONCLUSÃO
A fisioterapia tem se mostrado uma ferramenta indispensável no tratamento e reabilitação de cães com luxação patelar, contribuindo significativamente para a recuperação funcional e a qualidade de vida dos animais. A luxação de patela, especialmente em raças de pequeno porte, é uma condição ortopédica comum que pode resultar em dor, claudicação e instabilidade articular. O presente trabalho destacou a relevância das técnicas fisioterapêuticas, como hidroterapia, exercícios de fortalecimento muscular e alongamento, que atuam não apenas no tratamento póscirúrgico, mas também como uma abordagem conservadora em casos de menor gravidade.
Os benefícios da fisioterapia incluem o alívio da dor, a redução da inflamação, a restauração da mobilidade e a prevenção de futuras recidivas, evidenciando a importância de sua inclusão no plano de tratamento de cães afetados por essa condição. A reabilitação física, quando aplicada de forma precoce e adequada, acelera o processo de cura e minimiza as complicações associadas à luxação patelar.
Dessa forma, conclui-se que a fisioterapia é uma prática essencial e deve ser amplamente recomendada por veterinários no manejo da luxação patelar em cães, oferecendo uma abordagem complementar que promove resultados mais eficazes e duradouros.
Referências Bibliográficas
SLATTER, D. Manual de Cirurgia de Pequenos Animais. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008
FITZPATRICK, N.; CASSON, P. J. Management of patellar luxation in dogs: A review. Journal of Small Animal Practice, v. 51, n. 10, p. 1-10, 2010.
ARAUJO, M. A. Termoterapia. In: PEDRO, C. R; MIKAIL, S. Fisioterapia Veterinária. Barueri: Manole. 2°ed., 2009. Cap. 10, p. 76-88.
SILVA, M. R. Eficácia da fisioterapia na reabilitação de cães com luxação de patela. 2015. 120 f.
MARTINS, F. J.; OLIVEIRA, R. S. Abordagens fisioterapêuticas na luxação de patela em cães. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINAVETERINÁRIA,019, São Pnais […]. São Paulo: CBMV,
ALAM, M. R. et al. Frequency and distribution of patellar luxation in dogs. Vet. Comp. Orthop. Traumatol., v.20, n.1, 2007. p. 59–64.
AMARAL, A. B. Cinesioterapia. In: PEDRO, C. R; MIKAIL, S. Fisioterapia Veterinária. Barueri: Manole 2°ed., 2009. Cap. 6 , p. 49-61 .
BOMBONATO, P.; MORAES, V.V.; OLIVEIRA, M.A.R.G.; Biomecânica canina. In: MIKAIL, S. PEDRO, C. R. Fisioterapia veterinária. São Paulo: Manole, 2005. p.13- 17.
HULSE A. D. Luxação patelar medial no cão In: BOJRAB, M. J. Mecanismos da moléstia na cirurgia de pequenos animais. 2.ed. São Paulo: Manole, p.938 – 947. 1996.
PIERMATTEI, D. L. & FLO, G. L. Manual de ortopedia e tratamento das fraturas dos pequenos animais. 3. ed. São Paulo: Manole, 2009. 638-661 p.
PEREIRA, J. C. Luxação da patela. Disponível em:<www.nossoscaesegatos.hpg.ig.com.b > Acessado em 31 de agosto de 2024 BRINKER, W.; PIERMATTEI, D..; FLO, G. Manual de ortopedia e tratamento das fraturas dos pequenos animais. 3. Ed. São Paulo: Formato Comunicação, 1999.
RIOS, M. Fisioterapia veterinária: as diversas modalidades terapêuticas. 2016.
HULSE A. D. Luxação patelar medial no cão In: BOJRAB, M. J. Mecanismos da moléstia na cirurgia de pequenos animais. 2.ed. São Paulo: Manole, p.938 – 947. 1996.
MCGOWAN, C.; GOFF, L. Animal Physiotherapy: Assessment, Treatment and Rehabilitation of Animals. 2nd ed: Wiley & Sons, 2016.
SPRADA, A.; MINTO, B. Afecções do quadril. In: LOPES, R. ; DINIZ, R. Fisiatria em pequenos animais. 1. ed. São Paulo: Editora Inteligente, 2018.
DENNY, H.R.; BUTTERWORTH, S.J. The stifle. In: A guide to canine and feline orthopaedic surgery. 4.ed. Oxford: Blackwell Science, 2000. p.512-553. FOSSUM, T. W. Cirurgia de pequenos animais. São Paulo: Roca, 2014. 1353 a 1362p.
HUMMEL, J.; VICENTE, G. Tratado de Fisioterapia e Fisiatria de Pequenos Animais. 1ª Edição. 1. ed. São Paulo – SP: Editora Payá, 2019.
LEVINE, D.; MILLIS, D. L.; MARCELIN-LITTLE, D. J. Introdução à reabilitação física em veterinária. In: TAYLOR, R. et al. (Ed.). Reabilitação e Fisioterapia na Prática de Pequenos Animais. [S.l.]: ROCA, chp. Introdução à Reabilitação Física em Veterinária, p. 1–8, 2008.
FOSSUM, T. W. Cirurgia de Pequenos Animais. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. GIBSON, K. A. Ortopedia Veterinária: Princípios e Práticas. 3. ed. São Paulo: Roca, 2020. SLATTER, D. Manual de Ortopedia Veterinária. 4. ed. São Paulo: Manole, 1998.
SLATTER, D. Manual de Ortopedia Veterinária. 4. ed. São Paulo: Manole, 1998.
COSTA, A. L.; PEREIRA, J. C.; FARIAS, M. P. Resultados da hidroterapia em cães com afecções ortopédicas: uma revisão. Revista de Fisioterapia Veterinária, v. 3, n. 2, p. 45-50, 2018.
OLIVEIRA, T. R.; MENDONÇA, F. C.; PEREIRA, L. M. O papel da fisioterapia na recuperação de cães com luxação de patela. Revista Brasileira de Ortopedia Veterinária, v. 6, n. 3, p. 12-18, 2019.
SOUZA, A. Fisioterapia Veterinária: uma nova perspectiva no tratamento de afecções ortopédicas. Caderno de Fisioterapia Animal, v. 2, n. 1, p. 25-30, 2015.
DENNY, H.R.; BUTTERWORTH, S.J. The stifle. In: A guide to canine and feline orthopaedic surgery. 4.ed. Oxford: Blackwell Science, 2000. p.512-553. FOSSUM, T. W. Cirurgia de pequenos animais. São Paulo: Roca, 2014. 1353 a 1362p.
HUMMEL, J.; VICENTE, G. Tratado de Fisioterapia e Fisiatria de Pequenos Animais. 1ª Edição. 1. ed. São Paulo – SP: Editora Payá, 2019.
LEVINE, D.; MILLIS, D. L.; MARCELIN-LITTLE, D. J. Introdução à reabilitação física em veterinária. In: TAYLOR, R. et al. (Ed.). Reabilitação e Fisioterapia na Prática de Pequenos Animais. [S.l.]: ROCA, chp. Introdução à Reabilitação Física em Veterinária, p. 1–8, 2008.
FOSSUM, T. W. Cirurgia de Pequenos Animais. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. GIBSON, K. A. Ortopedia Veterinária: Princípios e Práticas. 3. ed. São Paulo: Roca, 2020. SLATTER, D. Manual de Ortopedia Veterinária. 4. ed. São Paulo: Manole, 1998.
SLATTER, D. Manual de Ortopedia Veterinária. 4. ed. São Paulo: Manole, 1998.
COSTA, A. L.; PEREIRA, J. C.; FARIAS, M. P. Resultados da hidroterapia em cães com afecções ortopédicas: uma revisão. Revista de Fisioterapia Veterinária, v. 3, n. 2, p. 45-50, 2018.
OLIVEIRA, T. R.; MENDONÇA, F. C.; PEREIRA, L. M. O papel da fisioterapia na recuperação de cães com luxação de patela. Revista Brasileira de Ortopedia Veterinária, v. 6, n. 3, p. 12-18, 2019.
SOUZA, A. Fisioterapia Veterinária: uma nova perspectiva no tratamento de afecções ortopédicas. Caderno de Fisioterapia Animal, v. 2, n. 1, p. 25-30, 2015.