A IMPORTÂNCIA DA ENFERMAGEM FRENTE AOS PACIENTES NOS CUIDADOS PALIATIVOS EM UTI, ADULTO.

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8011933


Catarina Bayma Maciel;
Jéssica Vitória Félix de Souza.


RESUMO:

O presente estudo tem como intuito aprimorar o conhecimentos acerca dos cuidados paliativos de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva, relacionar as ações dos profissionais da saúde quanto a atenção da equipe multidisciplinar e os familiares diante de doenças em fase terminal, que por meio da inserção desses cuidados ocorre a possibilidade de amenizar o sofrimento, no tratamento da dor, além do mais sem os devidos cuidados outros sintomas podem afligir a natureza física, de maneira psicossocial ou espiritual. Durante esse processo, a dor e outros sintomas devem ser gerenciados e sensibilidade, como também a conexão familiar devem ser fornecidos.

Palavras-chaves: Cuidados Paliativos; Paciente; Equipe de Enfermagem.

ABSTRACT

The present study aims to improve knowledge about palliative care for patients hospitalized in the Intensive Care Unit, to relate the actions of health professionals regarding the attention of the multidisciplinary team and family members in the face of terminal illnesses, which through insertion this care offers the possibility of alleviating suffering, in the treatment of pain, in addition, without proper care, other symptoms can afflict the physical nature, in a psychosocial or spiritual way. During this process, pain and other symptoms must be managed and sensitivity as well as family connection must be provided. Keywords: Palliative care; Patient; Nursing team.

1. Introdução

Em meados do ano de 1967, através de pesquisas realizadas comentase acerca do surgimento da antiguidades, a respeito dos significados que elencam o cuidar e proteger, contudo, a filosofia paliativa ganhou notoriedade anos após, a aprtir do momento em que a enfermeira, a assistente demonstrando, o primeiro serviço destinado a aliviar a dor e o sofrimento psíquico, atualmente o CP configura-se como um dos serviços essenciais, bem como para a saúde da medida (ANCP, 2019).

Todavia, a UTI, denominada como estágio terminal tem como incubencia o atendimento a enfermos que possuem um quadro clínico irreversível coduzido por um modelo que permitido assistir ao enfermo, o curativista, cartesiano de maneira humanizada. Endossa Carli et al., (2018), que a sala de UTI, esta prontamente organizada, dispondo dos materiais tecnológicos e classificado como ambiente que passa ao paciente que necessitam dos devidos cuidados especificos, no geral, vulneráveis à doenças severas e em condições críticas.

Sabe-se que, a devida atenção aos Cuidados Paliativos é de responsabilidade de toda equipe médica, que precisa está apta a conduzir a situações físicas e motoras, desde a psicológica e integridade social e emocional do paciente. Segundo Fontes (2011), o cuidado paliativo fundamenta-se ortotanásia que designa-se a partir da morte, em razão do seu tempo natural, amenizando os indícios de manifestações clínicas. É nesta fase, que diversos profissionais como, médicos e psicologos, que interagem com o paciente e a familia lhe assegurando conforto.

Para Markus et al. (2017) os empases encontrados para os profissionais em linha de frente, para a execução desses cuidados estão em: a comunição enterupta, a falta de conhecimento para o CP, o trabalho excessivo, bem como a ausencia de materiais, espaço e medicamentos necessarios.

2 Revisão da literatura

2.1 Conceitualização dos Cuidados Paliativos

Os cuidados paliativos se trata de uma abordagem multidisciplinar que visa melhorar a qualidade de vida das pessoas que são acometidas com doenças graves, crônicas ou terminais, bem como de seus familiares.

O conceito central dos cuidados paliativos é oferecer o alívio dos sintomas, controle da dor e do sofrimento, além de favorecer o suporte emocional, social e espiritual. Em 1967, em Londres começou um movimento que se denominou, o que conhecemos atualmente como o St. Christopher´s Hospice, que se trata por ser o primeiro serviço a oferecer suporte absoluto aos pacientes, desde a inspeção dos sintomas e alívio da dor até o sofrimento psíquico (GOMES, 2016; INSTITUTO PALIAR, 2019).

O cuidado é designado como a essência da enfermagem, sendo prestados por um gama especialistas prontamente aptos em atender o paciente. Os profissionais da saúde trabalham em conjunto para controlar a dor e outros sintomas que demonstrem informações claras acerca do tratamento do enfermo.

Borges e Mendes (2012), ao cuidar dos pacientes gravemente enfermos, é necessário ter agilidade para auxiliar e promover a sucesso e qualidade na assistência, como também amplia as ações que se objetivam a estruturar os impactos causados por esse processo.Segundo Brasil (2020), os órgãos nacionais e internacionais de saúde orientam que há a necessidade da elaboração questões políticas, que designam as evidências, valorizando a importância ao paliativismo a atenção em relação aos cuidados na saúde.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), os cuidados paliativos configuram-se por meio um curso de ação ativo e integral pessoas que apresentam doenças irreversíveis e suas famílias. Durante esse processo, a dor e outros sintomas devem ser gerenciados e sensibilidade, como também a conexão familiar devem ser fornecidos. Descrever as perspectivas da equipe da UTI sobre o cuidado de pacientes terminais. Com base nos dados fornecidos, foram criadas as seguintes categorias: enfrentando questões éticas na fase final, os obstáculos enfretados a enfermagem na prática de cuidados paliativos em UTI, enfermeiros enexperientes a exercer certas funções em assisti-los, em virtude de ações personalizadas que caracterizam apoio, conforto e alívio da dor aos doentes terminais e aos entes queridos.

Vale ressaltar que abordagem tem a vantagem de contar com a expertise de profissionais com experiência na área, que podem proporcionar uma compreensão mais ampla,e com isso propor os princípios e a prática dos cuidados paliativos. Independentemente do modelo escolhido, o objetivo é proporcionar maior segurança e satisfação ao prestar assistência em cuidados paliativos na UTI.

2.2 Assistência da enfermagem ao paciente acometido em estágio avançado

Os autores Carvalho e Arantes (2008), ressaltam que na Unidade de Terapia Intensiva ao que se refere aos pacientes que estão acometidos com doenças aguda ou crônicas, precisam de assistência em razão do alto risco e mortalidade, apesar da demanda e controle contínuo.

Salienta Moritz, et al., (2008), acerca do CP aos enfermos em estágio terminal na UTI ocorrem quando não há mais o que fazer, havendo a precariedade de inúmeras medidas de atendimento, e cuidados em curativos se tornem inviáveis. É preciso oferecer o bem-estar ao paciente, e com isso possibilitando morte tranquila, e assim acalmando a família.

Em consoante com as autoras Jorge e Paula (2014), acentua que o momento em que o paciente passar a estar nos cuidados paliativos, não significa que não terá mais os devidos cuidados, pelo contrário, passará a receber um atendimento específico, com intuito de não ocorrer erros, e assim visando lograr êxito. Goi; Oliveira endossa que:

Os profissionais de enfermagem são considerados parte importante do sucesso dos cuidados paliativos porque são os maiores responsáveis pelo acompanhamento da situação clínica do cliente, ou seja, avaliam constantemente a dor, os resultados obtidos com o tratamento e a presença de efeitos colaterais, de modo a detectar Informações relacionadas à reorganização do processo analgésico e outros efeitos não medicamentosos foram coletadas quando necessário (GOI; OLIVEIRA, 2018).

Dessa forma, compreende-se que os cuidados paliativos não se configuram em questões científicas, estruturando-se em um agrupamento de conhecimento relacionando a área de atuação do profissional, contendo protocolos de intervenção, bem como terapia conforme estado clínico.

Contudo, para Menezes e Barbosa (2013) cita que as avaliações de equipes de cuidados paliativos que oferecem ajuda projetado para produzir uma “boa morte” ou “morte à sua maneira”. Para atingir esse objetivo, os profissionais devem estar orientados em conformidade aos cuidados e assistência.

Segundo os ativistas da causa, trata-se de uma mudança de paradigma na área da saúde enfermeira precisa tornar-se detentor de conhecimentos científicos de forma a prestar cuidados profissionais a doentes terminais. Orlandini e Lazzari (2012) as famílias precisam ser acolhidas e respeitadas, porque ele sofre com seus pacientes. O diálogo deve ser aberto e em linguagem simples, o paciente precisa entender sua situação e para isso o enfermeiro deve atuar como elo no grupo.

Não há mais espaço para profissionais que só dominam a tecnologia, precisam desesperadamente saber ouvir, desenvolver uma postura coerente, empatia, fomentar a intimidade e o convívio. Vaeza et al. (2020), preconiza a relevância aos cuidados ao doente, especificando também a presença do familiar, o que subsidiará a harmonização de um ambiente hospitalar mais preparado para o paciente obter uma recuperação eficaz.

3 Metodologia

O estudo em questão tem como intuito promover a abordagem qualitativa que possibilita a realização da revisão da literatura, bem como descrever A figura do Enfermeiro frente aos pacientes acometidos aos cuidados paliativos em UTI, adulto. A presente linha de estudo está estruturada em pesquisa qualitativa, e ocorrerá por meio de consultas na base de dados como Capes, Scielo e Google Acadêmico, como também artigos publicados na Língua Espanhola e na Língua Inglesa.

Consiste na metodologia, a coleta de informações que a ciência produz (livros) ou em produção (artigos e periódicos). Através deste se instigará a referenciar o trabalho de vários autores que versa sobre o tema como: Moraes (2018); ANPC (2019); Brasil (2018) e Goi & Oliveira (2018). O período para a coleta de dados ocorreu no mê de Fevereiro e Março, contemplando os seguintes termos: “uti adulto; cuidado paliativo; enfermagem; humanização e conduta”. Foram utilizados estudos na área de enfermagem, bem como os cuidados específicos observado âmbito da saúde, tendo como referencial teórico artigos a partir do ano de 2018.

Diante do exposto, no Brasil a chegada e aplicação dos Cuidados Paliativos obtiveram grande avanço, o que significa dizer que por meio da regularização do profissional da saúde designa as ações que elevam a dinamização e a atenção aos serviços, que permitiu assim conduzir o debate e elencar os critérios de formação aos órgãos competentes.

4 Resultados e Discussões

O treinamento adequado aos profissionais de saúde pode habilitar a equipe de enfermagem a compreender os princípios básicos do CP, designando as habilidades de comunicação empática, visando no aprendizado a como lidar com o sofrimento dos pacientes e seus familiares e estar preparado para tomar decisões éticas e baseadas em evidências.

Entretanto, faz-se necessário enfatizar que o treinamento aos cuidados paliativos não e substitui a especialização e o treinamento especializado em terapia intensiva. Essas duas áreas são complementares e devem ser combinadas para oferecer assistência integral e de qualidade ao paciente crítico.

No panorama dos emfermeiros, os CP relacionados à UTI estão em torno do alívio da dor, e a adequação ao banho, alteração das escaras, a inspeção de diversas queixas pela qual o paciente relata, etc. No entanto, a DC não é limitada, devendo o conceito de dor ser mais amplo.

Como já mencioado, este é um momento importante para o paciente, pois assim pode ser evidenciado a indiferença aos pacientes elegíveis para CP, e frisando as atitudes evitativas em relação aos membros da família, esta última porventura exacerbada pelo cansaço no trabalho e falta de treinamento em gerenciamento emocional. A falta de apoio emocional e espiritual compelem acerca do CP, que afeta de maneira progressiva os serviços prestados pelos profissionais de enfermagem.

4. Conclusão

Logo, as equipes de enfermagem da UTI carecem de conhecimento específico sobre os CP, o que dificulta o exercício prático neste cenário, bem como faltam protocolos adequados, comunicação multidisciplinar, processos participativos decisões e omissões sobre o estado mental do profissional, questões que poderiam ser reforçadas por uma melhor prática de CP. Os cuidados paliativos em ambientes que necessitam de cuidados intensivos reduzem os custos sem aumentar a mortalidade.

Entretanto, além do contexto pelo qual é executado os cuidados paliativos, é visto como uma necessidade que visa amparar o enfermo, assim como os familiares, e esse processo requer o conhecimento e aceitação de diversos fatores, que são conhecidos como, medo, expectativas, a falta de esperança.

Nos cuidados paliativos, é importante uma abordagem multidisciplinar (enfermagem, assistência social, fisioterapia, fonoaudiologia, dentista, nutricionista, terapia ocupacional) e multidisciplinar (medicina intensiva, cuidados paliativos, geriatria, anestesiologia, oncologia), pois afeta uma ampla variedade de sintomas em pacientes terminais.

Nesta fase a enfermagem é muito importante no âmbito da saúde, desde podendo a rede pública e particular, dessa forma, possui uma equipe de inúmeros profissionais engajados, desde auxiliares, enfermeiros e técnicos preparados para a aplicação dessas ações objetivando-se em realizar o atendimento e assistência o mais breve possível ao paciente (MORAIS, et al., 2018).

De todos os princípios que compõem os CP, o cuidado desde o diagnóstico da doença é um dos mais importantes, pois a aplicação precoce dos cuidados paliativos antecipa a ajuda que o paciente necessita, ou seja, a execução mais rápida do cuidado.

Portanto, é necessário para a equipe o devido cuidado ao paciente e darlhe conforto, preservando sua integridade, bem como assegurar as medidas consideradas eficazes para o tratamento, a qualidade de vida do paciente, o sofrimento diminui, como mostra no decorrer da pesquisa.

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