A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA O CIDADÃO E SEUS REFLEXOS NA ECONOMIA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12701997


Flávio Vinícius Sousa Leite
Iana Maria Pimentel Barboza
Luís Henrique Veloso de Sousa
Thayany de Sousa Alves
Ricardo Araújo Lima


RESUMO

Esse estudo tem como objetivo geral elucidar a relevância da educação financeira, identificando também os reflexos dessa educação sobre a economia. A educação Financeira pode ser compreendia como uma forma correta e sensata de administrar os recursos financeiros, através de um processo de mudança de hábitos e costumes adquiridos há várias gerações. a pesquisa propõe-se ainda a responder a seguinte questão: qual a importância da educação financeira para o cidadão e quais os reflexos dessa educação sobre a economia? Para esse trabalho foi utilizada a metodologia caracterizada como uma pesquisa qualitativa e bibliográfica e ainda de cunho exploratória e explicativa. Assim, conclui-se que, mais do que nunca, a educação financeira é um requisito essencial para a vida atual e implica em gerir de forma consciente e responsável a vida financeira pessoal, evitando gastos e desperdícios com o dinheiro que, futuramente pode fazer falta diante de uma necessidade. 

Palavras-chaves: Educação Financeira. Hábitos conscientes. Consumo. Cidadão. 

INTRODUÇÃO

O tema Educação Financeira vem ganhando espaço cada vez mais e tendo maior destaque tanto no cenário nacional quanto internacional por se tratar de um dos requisitos mais relevantes para que se tenha qualidade de vida e plena consciência sobre hábitos e consumo. A educação Financeira pode ser compreendia como uma forma correta e sensata de administrar os recursos financeiros, através de um processo de mudança de hábitos e costumes adquiridos há várias gerações, e certamente, não se trata de algo que pode ser modificado na vida humana de forma repentina, mas deve ser visto como um processo que necessita de que se se compreenda as vantagens que ele oferece. 

No cenário atual do Brasil, infelizmente não é considerado um costume realizar o planejamento financeiro tanto em âmbito familiar quanto pessoal, muito menos tratar de dinheiro, haja vista que a maior parte da população do país atravessa crises financeiras e dificuldades sendo assim, parte considerável das famílias brasileiras consideram que esse tipo de educação não é um assunto pertinente, porém, as discussões sobre o tema têm mostrado que há muitas questões para serem debatidas e de grande relevância social para proporcionar melhores condições de vida nesse sentido, a educação financeira não significa somente ensinar os filhos a economizar, mas a aprender corretamente como realizar o manejo do dinheiro em busca de uma vida mais próspera assim, em um cenário delicado de muitas famílias que sofrem com dificuldades financeiras para custear a vida em suas mais primárias necessidades, a educação financeira se torna mais do que pertinente e por isso se percebe o quão é importante dar início a um trabalho de educação financeira de conhecimento das verdadeiras necessidades da vida de forma que essa educação torne as pessoas mais responsáveis com maior controle sobre suas finanças. 

Esse estudo tem como objetivo geral elucidar a relevância da educação financeira, identificando também os reflexos dessa educação sobre a economia e de forma específica, o estudo propõe-se a caracterizar a educação financeira no atual cenário nacional, reconhecer ações, atitudes e comportamentos relevantes para manutenção da educação financeira e planejamento na vida cidadã, identificar de que forma a educação financeira impacta na educação. 

Nesse sentido, considerando tal objetivo, a pesquisa propõe-se ainda a responder a seguinte questão: qual a importância da educação financeira para o cidadão e quais os reflexos dessa educação sobre a economia?

Esse artigo encontra-se organizado em três seções, sendo que a primeira delas trata do conceito de educação financeira, o segundo aborda a importância da educação financeira na vida cidadã e por fim, apresenta os hábitos e consumos conscientes que levam a educação financeira, promovendo a consciência do consumo necessário, seguido das considerações finais e referencias que nortearam o trabalho. 

Para esse trabalho foi utilizada a metodologia caracterizada como uma pesquisa qualitativa e bibliográfica e ainda de cunho exploratória e explicativa. Define-se a metodologia como sendo a aplicação de procedimentos e técnicas que devem ser observados na construção do conhecimento, a fim de que se possa com essa metodologia comprovar a validade de um estudo e sua utilidade em diversas áreas da sociedade. nesse sentido, a pesquisa científica se trata da realização de um estudo planejado, cujo método de abordagem do problema é o que caracteriza o aspecto científico da investigação (PRODANOV E FREITAS, 2013). 

Sendo assim, essa pesquisa, do ponto de vista da forma de abordagem do problema classifica-se como qualitativa uma vez que considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, ou seja, há um vínculo indissociável entre eles e a interpretação dos fenômenos bem como a atribuição de significados são essenciais no processo de pesquisa e não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas e tem como principais focos de abordagem o processo e seu significado (PRODANOV E FREITAS, 2013). 

Por outro ado, esse estudo é exploratório porque tem como objetivo trazer mais informações sobre o tema investigado, permitindo definição e delineamento do assunto e assume, em geral, a forma de pesquisa bibliográfica. Explicativa porque o pesquisador busca explicar o porquê das coisas mediante analise e classificação e interpretação dos fenômenos, buscando ainda identificar os fatores que são determinantes ou que podem contribuir para a ocorrência dos fenômenos (PRODANOV E FREITAS, 2013). E de acordo com Gil (2010, p. 28) se trata de um estudo em que “aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o porquê das coisas.”

Por fim, do ponto de vista dos procedimentos técnicos, se trata de uma pesquisa bibliográfica uma vez que é construída a partir de material já publicado, constituído de livros, revistas e publicações em artigos científicos e periódicos, monografias, dissertações e teses, cuja finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre o tema (PRODANOV E FREITAS, 2013).

1 EDUCAÇÃO FINANCEIRA: CONCEITOS

Das muitas definições que a literatura vigente traz sobre a educação financeira pode-se destacar aqui a definição apresentada por Lucci et al (2006, p.4) quando fiz que a EF refere-se a todas as atividades relacionadas ao dinheiro na vida cotidiana das pessoas. Assim, o uso de cartões de crédito, decisões de investimento, cheques, compra, venda faze parte da vida financeira das pessoas e estão dentro do que se chama finança que se vincula a vida de todo ser humano.  

Por sua vez, a definição proposta por Gallery. (2011, p.288), afirma que a educação se trata da “competência de realizar medidas inteligentes e decisões efetivas em relação ao uso e gestão do dinheiro”. Vista sob tal ortiva, a educação financeira faz jus ao termo educação em que pese o uso consciente e devido do dinheiro sem desperdícios e endividamento. Por outro lado, a definição trazida por Lelis (2006), explica que esse tipo de educação tem grande importância no fornecimento de informações e modos de como aumentar a própria renda, diminuindo, em contrapartida, a quantidade de despesas e gerenciando fundos emergenciais. nesse contexto, a EF é vista como uma ferramenta para gerir os recursos financeiros de maneira a tomar decisões sabias diante de diversas circunstancias impostas pelo mercado. 

Modernell (2011) em sua conceituação sobre a EF diz que ela se trata de um método de estudo que ensina como organizar a vida financeira de uma pessoa dentro do padrão econômico que esta vive, de forma que nesse conceito, se aceita a ideia de que este sujeito exclui as despesas desnecessárias, aproveitando as oportunidades, valorizando e multiplicando o próprio capital  e fazendo de sua renda um gerador de dinheiro, movimentando sempre em seu favor para que este dinheiro aumente e que com o seu acumulo haja mais renda do que despesa, de modo que se viva com independência financeira. 

Felisbino (2021) pontua que são muitas as pessoas que pensam que a educação financeira é uma corrida acelerada atras de riqueza e fortuna, o que implica pensar que tal pensamento se configura como a real falta de compreensão do que, de fato, venha a ser a educação financeira. Na visão de Modernell (2011), educação financeira é um conjunto amplo de conduta, habilidades e atitudes adequadas no planejamento dos recursos financeiros pessoais, fato que atualmente, é escasso na vida dos sujeitos, pois, o consumismo imediato, a busca pelo atendimento a padrões sociais impostos fazem com que as pessoas desenfreadamente busquem consumir aquilo que não podem e nem obrigativamente necessitam, mas para alimentar o prazer e posições sociais, contrariando o consumo consciente e com sabedoria que ajuda a viabilizar a segurança da vida financeira e o preparo para lidar com situações inesperadas.  

Por fim, ainda em consonância com Felisbino (2021) a EF pode ser compreendida como uma habilidade que as pessoas tem ao fazer escolhas devidamente adequadas de como administrar suas finanças pessoais e é bem verdade que tal habilidade não nasce junto com as pessoas, sendo necessária adquiri-la e sobre ela ter domínio excluindo tudo aquilo que é desnecessário. Assim, é pertinente destacar a relevância de saber que a estabilidade financeira somente se adquire com habilidade de dominar as finanças de forma correta, sem exageros e consumo desenfreado, a partir de hábitos corretos na rotina em relação ao uso do dinheiro. 

Com base nas definições apresentadas, se percebe que a educação financeira é, a forma correta de gerir os recursos financeiros de uma pessoa e a habilidade de lidar com o dinheiro sem excessos e sem o consumo inconsciente. No cenário social atual, o que se verifica é o endividamento do sujeito, devido a não educação financeira e a falta de habilidade para gerir os recursos financeiros. Daí a relevância da EF na vida do cidadão, questão que será abordada no tópico a seguir. 

2 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA NA VIDA DO CIDADÃO

A EF existe na vida de todas as pessoas e mantem relação frequente com informações de natureza como índices, taxas de juros, inflação, impostos, e outros indicadores, que força os ser humano a viver com consequências da sua situação financeira. Nesse sentido, ter o devido conhecimento ou educação financeira é ter a base da formação do conhecimento fundamental para vida. Por isso, sempre foi muito importante conhecer o tema para assim, planejar e gerir suas rendas de forma mais adequada possível (FELISBINO, 2021). 

 A EF não se trata apenas de saber economizar e cortar gastos, poupar e acumular dinheiro, trata-se, sobretudo, de buscar melhor qualidade de vida, tanto para o dia de hoje quanto para o futuro, de forma a propiciar a si próprio segurança e garantia para eventuais imprevistos. Educaçao Financeira, é, portanto, o processo cujo sujeito busca conhecimentos para lidar com o dinheiro de modo mais consciente e inteligente (BUSS E AMORIM, 2020). 

É por meio desse tipo de educação que os consumidores e investidores aperfeiçoam o entendimento em torno dos produtos financeiros e também desenvolvem habilidades e segurança para se tornarem mais conscientes dos riscos e oportunidades financeiras, para fazerem escolares e saber onde ir buscar ajuda, aperfeiçoando com isso, a relação com as finanças. Dessa forma, ter organização na vida financeira assegura ao sujeito uma outra visão de seus custos diários e mensais de forma que faz com que haja maior cuidado ao comprar sem planejamento e com isso, ter como efeito, uma condição próspera em caráter pessoal. A EF preocupa-se em explicar o funcionamento das atividades financeiras, tais como juros, financiamentos, empréstimos, poupanças, parcelamentos, créditos entre outras fazendo com que o cidadão tome as decisões certas (BUSS E AMORIM, 2020). 

Com o decorrer dos anos, a EF se tornou um tema bastante debatido, devido se perceber um grande número de endividamento da população nacional, um fluxo maior em operações financeiras como empréstimos e financiamentos e sobre os mercados financeiros. nos dias atuais, as noções de finanças são algo essencial na vida do cidadão e com isso, buscar o conhecimento sobre o tema não pode ser restrito a um grupo de pessoas ou aquelas que necessariamente lidam com isso, mas contrariamente, é ferramenta fundamental hoje na vida de todos, para que se tenham melhor qualidade de vida. Dessa maneira, a necessidade premente de ter educação financeira, educar as pessoas para lidar de forma equilibrada com o dinheiro é requisito essencial no cenário de hoje (FELISBINO, 2021). 

A EF sempre foi importante até porque se houvesse uma preocupação maior há mais tempos atras, o desencadear das condições financeiras de muitas famílias não seria a mesma que hoje se verifica. haveria melhores condições de vida, se desde o início houvesse preocupação em se organizar financeiramente. O tema vem sendo debatido de anos, mas atualmente ganhou importância maior por dar visibilidade ao endividamento de muitas pessoas e um número muito grande de inadimplência que prova a ausência de educação financeira e habilidade para lidar com o dinheiro, valendo-se da premissa de que quanto mais se ganha mais se gasta, evidenciando com isso, o despreparo de muitos para gerir sua vida financeira. Nessa medida, a EF não se limita a ajudar as pessoas a administrar seu dinheiro por meio de uma gestão sistematizada, mas permite que todos tenham mais conhecimento e compreensão de suas próprias receitas e despesas, mais confiança no investimento, e busquem prever problemas para que não haja dificuldades futuras (FELISBINO, 2021). 

Baseado nisso, Kiyosaki (2017, p. 64) mostra que nesse cenário, a falta de EF deve ser preenchida, deve-se mudar de concepção introduzindo nas pessoas a necessidade da EF, uma vez que histórica e culturalmente as pessoas não estão preparadas e não desenvolvem conhecimentos financeiros com antecedência, não há planejamento, mas consumo desenfreado e com efeito, o endividamento. Em vez disso, o autor citado crer que, no geral, as pessoas confundem fins e meios considerando que: 

As pessoas se preocupam excessivamente com dinheiro e não com sua maior riqueza, a educação. Se as pessoas estiverem preparadas para ser flexíveis, mantiverem suas mentes abertas e aprenderem, se tornarão cada vez mais ricas durante essas mudanças. Se pensarem que o dinheiro resolverá seus problemas, receio que terão dias difíceis. A inteligência resolve problemas e gera dinheiro. Dinheiro sem inteligência financeira desaparece depressa. 

A expressão educação financeira é importante porque se deve ter dinheiro, mas com disciplina, pois conquistar algo que se deseja nem sempre é tão necessário e isso requer habilidade para lidar psicologicamente com a pessoa de ter algo papara alimentar o prazer e não uma necessidade. Lidar com dinheiro é importante para que não se confunda ter dinheiro com condições ilimitadas ou com a ideia de que ele não acaba, porque acaba e provoca nas pessoas o sentimento de que somente o dinheiro é capaz de resolver problemas. é preciso mais do que nunca, ter maturidade para compreender que o dinheiro não é a solução de tudo e se confirma o que o citado acima diz quando afirma que uma pessoa inteligente resolve problemas e gera dinheiro e não resolve problemas com dinheiro, porque se não houver inteligência e habilidade, e sobretudo, maturidade, para planejar considerando o futuro, o dinheiro rapidamente desaparece. 

Sob a ótica do pensamento de Kiyosaki (2017, p.19), se afirma ainda que também se trata de uma questão de segurança, uma vez que o conhecimento promove a audácia e com ela a possiblidade de experimentar e testar sem medo de novo, o risco ou arrependimento futuro porque “com Educação Financeira, seus riscos diminuem, seus lucros aumentam e seus impostos caem. A questão é que você não deve seguir conselhos tradicionais ou investir de maneira tradicional”. 

De acordo com o Banco Central do Brasil (BACEN, 2012), o processo de EF na sociedade tem grande influência cultural de região para região, pois  

Há alguns fatores culturais e psicológicos que geram limitações à Educação Financeira, tais como “o comportamento arraigado, a contabilidade mental, a impulsividade, a falta de interesse em aprender e a avaliação superestimada que as pessoas fazem sobre seu conhecimento financeiro, somados à eventual regulação insuficiente de um fraco sistema de proteção ao consumidor”. Dessa forma, não basta apenas fornecer informações e ferramentas financeiras aos consumidores, mas sim realizar esforços no sentido de motivá-los a superar as barreiras comportamentais para se empenharem e aprenderem como fazer uma melhor gestão financeira. 

Atualmente, na vida cotidiana das pessoas, o conceito de finanças e a EF tornaram-se relevantes, sendo, portanto, compreensível que o conhecimento financeiro não esteja limitado a pessoas que atuam no mercado financeiro, mas que está disponível a todos como ferramentas básicas na vida de qualquer cidadão e que permitem que as pessoas planejem sua vida financeira de acordo com sua situação e não para projetar algo que não possa adquirir dentro de suas condições. 

Desse modo, um dos passos iniciais para estar atento a vida financeira é desenvolver o habito de controlar, anotar todas as receitas e despesas pessoais e fazer o acompanhamento mensal de tudo a ser pago. Somado a isso, disciplina e determinação em pesquisar e estudar avaliar e analisar os conceitos e dicas valiosas que são essenciais para a EF a fim de que tenha decisões mais acertadas de investimentos, sejam tomadas de forma consciente permitindo, assim, uma receita segura. 

Considera-se que uma má educação financeira tem reflexos na vida das pessoas, dificuldades para honrar compromissos, endividamento e consumo exagerado. Nesse sentido, tratar da EF é mais do que relevante, é necessito para melhorar a qualidade de vida das pessoas, e desde jovem é preciso alimentar esse tipo de formação para ter êxito na vida e expectativas que possam ser superadas dentro das condições e limites financeiros de cada um buscando sempre conforto e estabilidade financeira, emocional e social. Assim, a escola também é parte importante dessa educação, já que neste espaço sistematiza o conhecimento e fomenta a EF sendo relevante que faça isso logo nos anos iniciais e com isso, Secco (2014) pontua sobre a escola que:  

[…] indiretamente, o currículo escolar tem como objetivo preparar cidadãos para a vida. Mas por ser tradicionalista, esqueceu-se de levar em consideração que o pobre trabalhador precisa saber um pouco sobre economia, sobre os juros que paga ao comprar algo à prestação, sobre as armadilhas de se abrir um crediário, com os juros bancários, com orçamento e economia doméstica, etc. São coisas que não são ensinadas na escola (SECCO, 2014, p. 11).

A EF tem sido uma proposta de implantação nas escolas cuja finalidade é o preparo das crianças para lidar de forma correta com os recursos financeiros dentro dos limites de cada família. nesse ponto, se torna pertinente enfatizar que é preciso que a escola adote uma postura de preparar as pessoas para o mundo, conhecer o mercado financeiro que o espera fora daquele espaço. a EF precoce é importante, pois ainda que não saibam lidar com o dinheiro, mas deve aprender para desenvolver habilidades importantes nesse tocante e se torna pertinente para alimentar a curiosidade e interesse sobre o tema.  

3 HÁBITOS E CONSUMOS CONSCIENTES 

No contexto global, vive-se hoje em preferencias por bens e serviços que soa instigados pelas influências do mercado. com isso, todos os dias, se pratica o comportamento de consumir desde aquilo que é essencial, tal como a alimentação, o transporte, o lazer, como aquilo que é desnecessário, supérfluo como celulares, musicas, computadores, alimentando assim, o desejo de possuir algo novo que alimente o ego. É de extrema importância pontuar que o ato de consumir traz junto a si consequências positivas ne negativas. Nem tudo que se oferece no mundo atual, faz parte da necessidade humana primária, imediata, mas muitos artefatos produzidos pelo home, são apenas para influenciar e induzir ao consumo, pois mais do que nunca, os seres humanos se tornaram consumidores inconscientes (FELISBINO, 2021). 

 O ato de consumir não afeta apenas o consumidor, mas também o meio ambiente, a economia e a sociedade como um todo, daí se enfatiza a relevância de refletir acerca dos hábitos de consumo e estar atento se aquilo que se deseja é uma necessidade para se realizar um consumo sustentável ou apenas uma forma de satisfazer o prazer imediato de ter algo impostos por padrões sociais. 

O consumo consciente diz respeito a ideia de que existe noção de qual impacto isso pode gerar ao planeta, a necessidade de ter ou não algo e se o que cada pessoa consome serve para si, para sua vida, ou apenas são prazeres momentâneos. perceber isso no ato de consumo não é tarefa fácil, mas complexa, contudo, necessária. e assim, se pode então, afirmar que o consumo é responsável quando se faz o mesmo com a intenção de reduzir custos e impactos que esse consumo pode trazer. 

Compreende-se que o consumo consciente é o ato de adquirir e usar bens e consumo seja de alimentos, e quaisquer outros recursos naturais de modo a não exceder as necessidades, bem como ainda não comprometer a capacidade de reposição natural. além do fato de se uma questão de cidadania, as atitudes de consumo consciente ajudam a preserva o meio ambiente.   

Hábitos são ações que os seres vivos reptem de forma regular e que se trata de um comportamento que se aprende e se repete, tornando-se uma forma de se comportar diariamente. quando os hábitos de um consumo insaciável se tornam frequentes, pode-se tornar um desperdício, gerando um consumo de algo prejudicial a saúde. Por sua vez, o desperdício é comandado em especial, pelo intenso ritmo de produção e consumo acentuado que gera, por sua vez, gasto de dinheiro, oposto a renda que possui e aponta que o sonho de se consumir algo em primeiro lugar por produtos que não são necessários, e aponta que os sonhos são colocados em primeiro lugar, e que a opção por produtos e pro, mas inúteis a sobrevivência se ajusta conforme o padrão de vida de cada um (MOTTA; ROSSI, 2013). 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho teve como objetivo elucidar a relevância da educação financeira, identificando também os reflexos dessa educação sobre a economia e assim, a pesquisa fez uma abordagem sobre o tema da EF, cuja finalidade foi mostrar o quão esta educação é importante na vida de cada cidadão, como forma de aprender a conviver com o dinheiro sem causar danos na vida financeira e individual e em família. 

O estudo trouxe uma definição de educação financeira a partir da ajuda de diversos autores mediante a pesquisa bibliográfica com o objetivo de elucidar que, é, para que serve e os benefícios oriundos de educação financeira trabalhada e com o devido conhecimento para gerir os recursos financeiros de uma pessoa.  

Destacou ainda a relevância do tema na vida do cidadão. uma vez que mostrou que o devido conhecimento não muda somente o presente, mas também o futuro, a partir de uma vida financeira tranquila, estável, fazendo com que ele tenha mais cautela nas decisões mediante gastos, podendo também ponderar aquilo que é viável e necessário e aquilo que é supérfluo

Na prática, a relevância da educação financeira reside no fato de que uma pessoa pode definir de forma mais adequada como lidar com seu dinheiro, como gerir este recurso de forma responsável, consciente. mostrou que educação financeira não se trata de não gastar, mas adquirir o que precisa com responsabilidade sendo coerente entre o que precisa e aquilo que é desnecessário e assim, se evidencia que fazem com que uma pessoa perceba que a educação financeira está para além de um simples ato de economia, mas envolve também a consciência das oportunidades que pode adquirir gerindo de modo responsável o dinheiro.  

Por fim, o artigo apresentou uma descrição da importância de se adquirir hábitos consciente de consumo para saber quais efeitos isso acarreta ao sujeito.  Assim, conclui-se que, mais do que nunca, a educação financeira é um requisito essencial para a vida atual e implica em gerir de forma consciente e responsável a vida financeira pessoal, evitando gastos e desperdícios com o dinheiro que, futuramente pode fazer falta diante de uma necessidade. 

REFERÊNCIAS

BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN). Estratégia Nacional de Educação Financeira – ENEF. Brasília, 2012.

BUSS, Larissa da Silva; AMORIM, Gabriela Vicente de. EDUCAÇÃO FINANCEIRA: a importância da sua inclusão no processo de ensino aprendizagem desde o ensino fundamental.  UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA, Tubarão, SC, 2020

FELISBINO, David Lucas Salerno.  IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇAO FINANCEIRA NO BRASIL. Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Goiânia, GO, 2021. 

GALLERY, N.; GALLERY, G.; BROWN, K.; PALM, C. Financial literacy and pension investment decisions. Financial Accountability &Management.EUA, v. 27, n. 3, p. 286-307, 2011.

KIYOSAKI, Roberto T. Pai rico, pai pobre. Rio de Janeiro: Alta Books, 2017

LELIS, M. G. Educação financeira e empreendedorismo. Centro de Produções Técnicas, 2006.

LUCCI, C. R.; ZERRENNER, S. A.; VERRONE, M. A. G.; SANTOS, S. C. A influência da educação financeira nas decisões de consumo e investimento dos indivíduos. In: Seminário em Administração, 9, 2006, São Paulo. Anais. Disponível em:.Acesso em: 08 set. 2013.

MODERNELL, Álvaro. Por que educação financeira para crianças? Disponível em: <http://www.maisativos.com.br/index.php?ac=leiamais&ar=50>. Acesso em: 19 setembro de 2023.

MODERNELL, A. Educação Financeira. 2011. Ucho.Info. Disponível em https://ucho.info/2011/09/08/afinal-o-que-e-educacao-financeira/. Acesso em: 5 set. 2023.

MOTTA, Sérgio Luís Stirbolov; ROSSI, George Bedinelli. A influência do fator ecológico na decisão de compra de bens de conveniência: um estudo exploratório na cidade de São Paulo. Revista de Administração, 201338(1), 46-57.

SECCO, Renata Lima. Importância da Educação Financeira na infância: uma revisão de literatura. 2014. Disponível em: https://ideas.repec.org/a/erv/observ/ y2014i20314.html. Acesso em: 5 out. 2020.