REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7287683
Amanda Elisa Bessa Farias1
Joyce Viana de Sousa Marins1
Francisca Marta Nascimento de Oliveira Freitas2
RESUMO
Introdução: Este estudo tem como objetivo relatar a importância da dietoterapia em pacientes dialíticos recorrentes na Doença Renal Crônica (DRC). Atualmente o número de casos de pacientes idosos com DRC e que tem o agravamento da doença necessitando de diálise, tem aumentado consideravelmente. Os indivíduos que realizam hemodiálise, vão ter mudanças sendo elas indiretas ou diretas no contexto social, ocupacional e familiar. Essas mudanças têm relação com a dietoterapia e também com a própria hemodiálise que envolve mudança de rotina e adaptação. A aderência dos pacientes com a nova dieta é imprescindível para que se alcance as metas de melhora deles. Pacientes que tiveram acompanhamento nutricional mais especializado mostraram mais sinais de melhora e de aceitação da dieta. Dessa forma, estratégias de intervenção educacional podem promover uma maior aceitação das restrições, maior adaptação ao tratamento e consequentemente maior adesão da dietoterapia. Sendo assim, conclui-se que os pacientes geriátricos que realizam diálise com intervenção nutricional, feita pelo profissional nutricionista, têm melhor acolhimento ao tratamento.
Palavras-chave: Diálise, dieta, idosos
ABSTRACT
Introduction: This study aims to report the importance of diet therapy in recurrent dialysis patients in Chronic Kidney Disease (CKD) . Currently, the number of cases of elderly patients with CKD who have the aggravation of the disease requiring dialysis has increased considerably. Individuals undergoing hemodialysis will experience changes, whether indirect or direct in the social, occupational and family context. These changes are related to diet therapy and also to hemodialysis itself, which involves routine change and adaptation. Patients’ adherence to the new diet is essential to achieve their improvement goals. Patients who had more specialized nutritional monitoring showed more signs of improvement and acceptance of the diet. Thus, educational intervention strategies can promote greater acceptance of restrictions, greater adaptation to treatment and, consequently, greater adherence to diet therapy. Therefore, it is concluded that geriatric patients who undergo dialysis with nutritional intervention, performed by the nutritionist, have a better reception to the treatment.
Keyword: dialysis, diet, seniors
1. INTRODUÇÃO
Atualmente o número de casos de paciente com doença renal crônica e que tem o agravamento da doença necessitando de diálise, tem aumentado consideravelmente. O número total estimado de pacientes em julho de 2020 foi de 144.779 (uma variação de ± 5% = 137.527 para 152.038), 3,6% superior a julho de 2019. A tendência observada nos últimos anos em direção a um aumento no número dos pacientes em diálise continuou em 2020. A taxa de prevalência de pacientes em diálise também continuou a aumentar, de 665 em 2019 para 684 por milhão população (pmp) em 2020, consistente com a tendência observada nos últimos anos (NERBASS, 2021).
A Infecção Renal Crônica (IRC) ocorre quando há uma lesão nos rins levando ao mau funcionamento deles de forma progressiva e irreversível. Quando a doença está na sua fase terminal faz-se necessário o uso de diálise. A diálise consiste em um tratamento para manter a pessoa acometida da doença em um estado estável ou que se agrave de forma bem mais lenta. Ao longo dos anos a efetividade desse tratamento se mostrou cada vez mais proeminente devido a novas tecnologias e o avanço da sociedade. Ainda assim, o tratamento para Doença Renal Crônica é visto como complexo por poder proporcionar, dependendo de como for, a sobrevivência a longo prazo ou gerar o risco de complicações (JÚNIOR, 2004).
Os indivíduos que realizam hemodiálise, vão ter mudanças sendo elas indiretas ou diretas no contexto social, ocupacional e familiar. Dentre as mudanças, estão aquelas relacionadas ao tratamento dietoterápico. Por ter impacto direto com a saúde do paciente, a intervenção nutricional é considerada a principal fonte para a manutenção da qualidade de vida. Sendo assim, quanto melhor a adaptação do paciente, melhor se tornará seu estado nutricional e diminuirá o risco de intercorrências na saúde (SILVA, 2009).
Nesse panorama, o papel de um padrão alimentar saudável é muito mais complexo do que a ingestão e/ou as combinações de nutrientes. O manejo alimentar tradicional da Doença Renal Crônica (DRC) se concentra predominantemente na quantidade da dieta ao invés da sua qualidade. Com base nesse pressuposto, são necessárias modificações para tornar a dieta do tipo “Plant Based” isto é, baseada em vegetais, Estilo Mediterrâneo, vegetariano e Dietary Approach to Stop Hypertension (DASH), realista em pacientes com DRC, a fim de atender às necessidades individuais prescritos em uma restrição específica de potássio, sódio, líquidos e fósforo (CHAUVEAU et al., 2017).
A adesão dos pacientes com a nova dieta é imprescindível para que se alcance as metas de melhora deles. Elas podem variar de manutenção do equilíbrio hídrico do corpo, até a prevenção de doenças de consequência da DRC como doenças ósseas e no pulmão, elas estarão mais especificadas no decorrer do trabalho (SILVA, 2009).
Contextualizando historicamente a restrição de proteína, em especial, no tratamento conservador, a etapa anterior do tratamento dialítico, surgiram no final da década de 1800, quando os pesquisadores descobriram que a restrição de proteínas melhorou os sinais e sintomas de uremia no intuito de retardar o máximo possível o início do tratamento dialítico. Até hoje, essas medidas terapêuticas vêm sendo adotadas na prática clínica, sendo necessário, antes de tudo, avaliar a condição do paciente, qual estágio de insuficiência renal que ele apresenta e se realmente é necessário, visto que isso influencia nas escolhas alimentares e na aquisição dos mesmos (MESSA, 2020).
O objetivo desta pesquisa é relatar a importância da dietoterapia em pacientes dialíticos recorrentes na Doença Renal Crônica.
2. METODOLOGIA
2.1 Tipo de estudo
O estudo teve como base uma Revisão Integrativa da Literatura – RIL centralizado em caráter qualitativo, concretizando resultados sobre pesquisa relacionadas ao tema posposto, abrangendo de maneira ordenada e sistemática este método.
2.2 Coleta de dados
Os dados foram coletados em periódicos como: Google Acadêmico, Pubmed, Scielo, Brazilian Journal of Nephrology, livros, Diretrizes da Sociedade Brasileira, Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante ABCDT, Ministério da Saúde e afins.
Para buscas foram utilizados os seguintes descritores: Doença Renal Crônica; Terapia Nutricional do Paciente Renal; Dietoterapia do Dialítico; Avaliação Nutricional do DRC; Faixa Etária de Acometidos por DRC.
2.3 Análise de dados
Para critério serão revisados artigos acadêmicos, publicações de revistas renomadas, diretrizes, cadernos do SUS para DRC para um projeto mais completo destinado a uma revisão integrativa efetiva. Para inclusão foram utilizados apenas informações publicadas a partir de 2010 e para inclusão informações mais atualizadas.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 Envelhecimento
Mendonça, Squassoni, Zanni (2010) relatam que muitas são as transformações inerentes ao envelhecimento, entre elas, as relacionadas ao corpo, sendo caracterizadas como de difícil elaboração, ainda que possam ser aspectos relativizados.
Com a população em crescimento, os anos ainda são concebidos como parte do passar do tempo, expressados no corpo. No imaginário social, o processo de envelhecimento é apontado pelo desgaste, pelas limitações e perdas físicas e dos papéis sociais. As perdas, de maneira frequente, são vistas como problemas de saúde, manifestando-se, em grande parte, na aparência do corpo (MENEZES; LOPES; AZEVEDO, 2009).
Os idosos apresentam condições específicas que os tornam mais vulneráveis a perdas, tanto do ponto de vista funcional como emocional, social e econômico, predispondo-os, principalmente, à presença de múltiplas doenças, baixa autoestima, depressão, incapacidade para realizações e pobreza, com grandes interferências na qualidade de vida (MARIN et al., 2008).
A capacidade funcional é definida como a capacidade do indivíduo executar, de forma autônoma, as atividades consideradas essenciais à sua sobrevivência e, consequentemente, na manutenção de suas relações sociais. Seu estudo tem-se tornado bastante útil para avaliar o estado de saúde nesta população. Em virtude da multicausalidade dos processos que envolvem o envelhecimento, com muitos idosos apresentando várias doenças, simultaneamente, há uma ampla variedade de transtornos na vida cotidiana. Desta forma, a capacidade funcional é a medida que melhor detecta esse quadro, minimizando os efeitos de medir saúde pelo número de patologias que o indivíduo apresenta. (MACIEL ACC et al., 2008).
3.2 Doenças Crônicas Não Transmissíveis
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) vêm se destacando como um importante desafio de saúde pública há muitos anos, principalmente pela morbidade e mortalidade que causam. Estas doenças podem provocar sérios graus de incapacidade que afetam tanto os hábitos de vida e o bem-estar do indivíduo quanto à economia do país. No entanto, possui a seguinte característica positiva: pode ser prevenida. Em contrapartida, dados provenientes da literatura existente, ainda, mostram dados consideravelmente negativos sobre esta problemática. As DCNT já eram responsáveis em 2002, por exemplo, por quase 60% de todas as mortes (MONTEIRO et al., 2005).
“As doenças crônicas não transmissíveis se caracterizam por terem etiologia múltipla, muitos fatores de risco, longos períodos de latência, curso prolongado, origem não infecciosa […]” (MOURA et al., 2011, p. 486).
Os principais fatores de risco para DCNT estão relacionados ao hábito de fumar, à alimentação não saudável, à falta de atividade física e ao etilismo, responsáveis, em grande parte, pelos elevados números de excesso de peso, pela elevada prevalência de hipertensão arterial e pelo colesterol alto (MALTA et al., 2009).
O crescente envelhecimento populacional e o aumento dos fatores de risco tradicionais, tais como hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares, projetam a doença renal crônica (DRC) como um dos maiores desafios à saúde pública mundial deste século. Estimativas indicam prevalência global de DRC (estágios 1 a 5) em 14,3% na população geral e 36,1% em grupos de risco. No Brasil, a prevalência estimada de DRC (estágios 3 a 5) em adultos é de 6,7%, triplicando em indivíduos com 60 anos ou mais de idade. (SILVA PAB et al., 2020).
3.3 Doença Renal Crônica
A Insuficiência Renal Crônica (IRC) resulta da degradação da função renal normal, por destruição progressiva e irreversível do parênquima renal. Embora a etiologia da IRC possa ser muito variada, as doenças mais frequentemente implicadas na origem da Insuficiência Renal Terminal (IRT) são glomerulonefrites, pielonefrite crônica, hipertensão arterial e nefropatia diabética (VIEIRA, 2009).
Uremia é o termo atribuído ao conjunto de sinais e sintomas associados à IRC, independentemente da sua etiologia. Com a evolução da IRC várias funções ficam comprometidas e essa progressão é geralmente acompanhada de anemia, desnutrição, alterações do metabolismo glicídico, lipídico, proteico e utilização deficiente de energia (LAZARUS; BRENNER, 1998).
Segundo a National Kidney Foundation, que apresenta as mais atuais guidelines no âmbito da Nefrologia, KDOQI: Clinical Practice Guidelines for Chronic Kidney Disease, (dados expostos na tabela 1) existem 5 estágios na insuficiência renal crônica:
Tabela 1 – Estágios da Insuficiência Renal
GRÁFICO | TFG |
1 – Em que se verifica ligeira lesão renal | 60 – 90 ml/min/1,73 m2 |
2 – Insuficiência renal com ligeira redução da TFG | 60 – 90 ml/min/1,73 m2 |
3 – Insuficiência renal com moderada redução da TFG | 35 – 59 ml/min/1,73 m2 |
4 – Insuficiência renal com severa redução da TFG | 15 – 29 ml/min/1,73 m2 |
5 – Falência renal | ≤ 15 ml/min/1,73 m2 |
Pela tabela podemos analisar que conforme a patologia se agrava, a Taxa de Filtração Glomerular diminui. Esses são os dados que a equipe multidisciplinar utiliza para avaliar o tipo de conduta médica e nutricional que o paciente vai precisar para o seu tratamento
Para Bastos et al. (2011) 12, os benefícios de avaliar funcionalmente o rim pela filtração glomerular não se limitam somente à previsão dos pacientes que, ao longo do curso da doença, necessitarão de terapia renal substitutiva, mas também incluem a identificação daqueles que apresentam risco aumentado de perda acelerada da função renal associada à morbimortalidade. Quanto menor o valor dessa filtração apresentada por um paciente maior é a probabilidade de ele vir a precisar de diálise ou transplante renal.
3.4 Dietoterapia
A dietoterapia em HD tem vários objetivos que vão desde a melhoria ou manutenção do peso à prevenção de algumas situações clínicas nefastas. Pode dizerse que os cuidados nutricionais pretendem também melhorar ou manter as proteínas viscerais, o estado vitamínico, hidroeletrolítico e de minerais; melhorar os sintomas urêmicos e minimizar ou evitar efeitos secundários ao desequilíbrio hídrico, mineral e eletrolítico, como doença óssea e edema agudo do pulmão e ainda minimizar ou evitar níveis elevados de lipídeos séricos (MARTINS, 2005).
Dieta é o conjunto das substâncias alimentares que constitui o comportamento nutricional dos seres vivos. O conceito provém do grego díaita, que significa “modo de vida”. A dieta é, portanto, um hábito e representa uma forma de viver. Por vezes, o termo é usado para fazer referência aos regimes alimentares especiais para perder peso ou para combater determinadas doenças, ainda que estes casos representem alterações da dieta e não propriamente a dieta em si. (CARUSO, 2011)
Segundo o Manual de dietas ICESP a Dietoterapia significa tratamento através da dieta, de uma alimentação adequada, considerando-se não apenas a doença, mas todas as condições em que se encontra o indivíduo. A finalidade da dietoterapia é ofertar ao organismo debilitado os nutrientes adequados, adaptando-os da melhor forma à doença, às condições físicas, psicológicas e nutricionais em que se encontra o paciente a fim de favorecer a recuperação de sua saúde e de seu adequado estado nutricional. São dietas destinadas a terapias (tratamentos), onde são necessárias alterações dos nutrientes presentes, reduzindo sua quantidade (DIETA HIPOPROTEICA = poucas proteínas), aumentando (DIETA HIPERPROTEICA = muitas proteínas) ou ainda excluindo alguns nutrientes (DIETA APROTEICA = sem proteínas) (MARTINS, 2009).
O sucesso da HD depende de quatro fatores: restrição de líquidos, recomendações dietéticas, prescrição medicamentosa e cumprimento das sessões de HD (DENHAERYNCK et al., 2007).
Fundamental e imprescindível na dietoterapia é o papel do dietista na educação dos doentes, família e/ou pessoas envolvidas (cuidadores), visando a adesão de uma dieta mais adequada a cada situação em particular (RIELLA; MARTINS, 2001).
De um modo geral, em HD a dieta é limitada em sódio, potássio, fósforo e líquidos, representando o seu consumo excessivo perigo para o doente (Riella & Martins, 2001; Wilkens, 2000). A não adesão ao tratamento pode levar a náuseas, fraqueza, patologia do metabolismo ósseo, paragem cardíaca e até morte (CHAN; GREENE, 1994).
A dificuldade para se lidar com esses pacientes decorre da complexidade de seus problemas, da necessidade de uma equipe interdisciplinar, do reconhecimento do status funcional e da aferição da qualidade de vida para uma melhor abordagem. Para tanto, a avaliação geriátrica ampla deve ser utilizada, posto que é sempre multidimensional, frequentemente interdisciplinar e tem, como objetivos principais, determinar as deficiências, incapacidades e desvantagens apresentadas pelo idoso, visando, com isso, o planejamento do cuidado e o acompanhamento em longo prazo. (FRANCO, FERNANDES, 2013).
Conforme demonstrado na Tabela 2, observa-se os principais benefícios da Dietoterapia abordando opiniões diversas de autores importantes.
Tabela 2 – Principais benefícios da dietoterapia em pacientes idosos que realizam hemodiálise
Autor (Ano) | Estudo | Benefícios |
Silva. (2009) | Estudo transversal com abordagem qualitativa, realizado no Serviço Especializado em Hemodiálise de um hospital da região metropolitana de Goiânia- Goiás com indivíduos adultos e idosos. | Pacientes estudados revelaram melhor adesão quando não eram “proibidos” de comer algum alimento, mas eram orientados em como fazer boas escolhas na nova dieta e na maioria das vezes se sentiam menos mal seguindo a orientação dietoterápica da nutricionista. |
Koehnlein et al. (2009) | Foram realizados Avaliações Nutricionais Subjetiva Global modificada, avaliação antropométrica, bioquímica e da ingestão alimentar. | Pacientes que tiveram acompanhamento nutricional mais especializado mostraram mais sinais de melhora e de aceitação da dieta. Também se observou que pacientes seguindo a dieta conforme prescrição, estavam com níveis adequados de vitaminas e minerais. |
Vello et al. (2021), | Foi feita uma coleta de dados através de uma tabela com informações gerais e um questionário composto por perguntas sobre a alimentação individualizada do paciente. | Pacientes que tiveram piora no estado nutricional depois de iniciar a diálise e passaram a ter acompanhamento nutricional apresentaram melhoras no quadro clínico. |
Viera. (2009) | Trata-se de um estudo transversal, exploratório quantitativo e correlacional, não experimental, com um momento de avaliação, que consiste na aplicação dos questionários de autopreenchimento. | Estratégias de intervenção educacional podem promover uma maior aceitação das restrições, maior adaptação ao tratamento e consequentemente maior adesão. |
Fernandes. (2012) | Estudo não experimental, analítico e transversal numa amostra de 150 idosos e os dados foram coletados através de um questionário. | Pacientes idosos foram os que mais se mostraram dispostos a aceitação de dieta quando bem aplicada e tiveram melhor qualidade de vida. |
Diversos estudos vistos na tabela mostram que são inúmeros os benefícios da Dietoterapia do paciente com DRC, por tanto a falta desse acompanhamento deixa o tratamento ainda mais difícil, pois com o tratamento certo auxilia na evolução positiva do paciente.
4. CONCLUSÃO
Conforme os dados apresentados e discutidos, conclui-se que os pacientes geriátricos que realizam diálise com acompanhamento nutricional têm melhor adesão ao tratamento. Isso vale não somente para o tratamento nutricional, mas também da própria hemodiálise que passa a ser mais efetiva uma vez que o paciente está com a alimentação adequada para sua comorbidade.
Fica claro também a importância e a necessidade de um acompanhamento dietoterápico intensivo para os idosos que realizam hemodiálise, visto que os dados mostram que com o tratamento de forma multidisciplinar, o paciente se recupera muito mais rapidamente e adquire uma melhor qualidade de vida.
REFERÊNCIAS
ALCÂNTARA, Fernanda. et al. Consumo Alimentar de Pacientes Renais Crônicos Submetidos à Diálise Peritoneal e Fatores Associados. Saúde e Pesquisa, Espírito Santo, v. 13, p. 63-72, 2020.
ANES, Eugenia; FERREIRA, Pedro. Qualidade de Vida em Diálise. Revista Portuguesa de Saúde Pública, 67-82, 2009.
AUGUSTO ALP, ALVES DC, MANNARINO IC, GERUDE M. Terapia Nutricional. São Paulo: Atheneu.
Bastos MG, Andriolo A, Kirsztajn MG. Dia Mundial do Rim albuminúria e creatinina: testes simples, baratos e essenciais no curso da DRC. J. Bras.Nefrol. São Paulo, 2011; 33:1.
BIAVO, Bárbara. et al. Aspectos nutricionais e epidemiológicos de pacientes com doença renal crônica submetidos a tratamento hemodialítico no Brasil, 2010. Brazilian Journal of Nephrology, 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jbn/a/npFSWgB8HNhfFCNCp8b6dTF/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 3 de maio de 2022.
BORGES, Daniela; COSTA, Tainara. PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA E O ESTADO NUTRICIONAL. Revista Científica 1 (1), 2019.
CABRAL, Poliana; DINIZ, Alcides; ARRUDA, Ilma. Avaliação nutricional de pacientes em hemodiálise. Scielo, 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rn/a/SxJm5jwcR6MFC9pS9QN9ctx/abstract/?lang=pt. Acesso em: 15 de abril de 2022.
CARUSO, L., SILVA, ALND, SIMONY, RF. Manual de Dietas Hospitalares. São Paulo: Atheneu 14 Conceito de. Conceito de Dieta. Conceito de., 2011. Disponível em: https://conceito.de/dieta. Acesso em: 11 de maio de 2022.
CARUSO, L., SILVA, ALND, SIMONY, RF. Manual de Dietas Hospitalares. São Paulo: Atheneu 14 Conceito de. Conceito de Dieta. Conceito de., 2011. Disponível em: https://conceito.de/dieta. Acesso em: 11 de maio de 2022.
CHAUVEAU, F.,et al (2017). Mediterranean diet as the diet of choice for patients with chronic kidney disease. Nephrol Dial Transplant.Canada. 1 (1), 1-11. https://doi.org/10.1093/ndt/gfx085
CUPPARI, Lilian. et al. Avaliaçäo nutricional em pacientes renais crônicos em programa de hemodíalise: estudo multicêntrico. Biblioteca Virtual em Saúde. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-83243. Acesso em: 30 de maio de 2022.
Denhaerynck K, Manhaeve D, Dobbels F, Garzoni D, Nolte C, De Geest S. Prevalence and Consequences of Non Adherence to Hemodialysis Regimens. American Journal of Critical Care [internet]. 2007[cited 2015 Sep10];16(3):222-35 Available from: http://ajcc.aacnjournals.org/content/16/3/222.long
FELIX, Laura; MEDEIROS, Valeska; MOLINA, Viviane. Análise do conhecimento e consumo de alimentos fontes de fósforo por pacientes portadores de insuficiência renal crônica em tratamento dialítico. BRASPEN, v. 33, n. 1, p. 15-20, 2018.
FRANCO, Marcia; FERNANDES, Natália. Diálise no paciente idoso: um desafio do século XXI – revisão narrativa Dialysis in the elderly patient: a challenge of the XXI century – narrative review. J Bras Nefrol 2013;35(2):132-141
FRANCO, Márcia; FERNANDES, Natália. Diálise no paciente idoso: um desafio do século XXIrevisão narrativa. Brazilian Journal of Nephrology, v.35 n. 2, p. 132-141, 2013.
IKIZLER TA, Greene JH, Wingard RL. Spontaneous dietary and protein intakeduring progression of chronic renal failure. J Am Soc Nephrol 1995; 6:1386-91.
JAVERA, Vanessa; SALADO, Gersislei. Orientações Nutricionais para Pacientes em Programa de Hemodiálise. Revista Contexto e Saúde, Unijuí, v. 1, n. 3, 2009.
JÚNIOR, João. Doença Renal Crônica: Definição, Epidemiologia e Classificação. Brazilian Journal of Nephrology, 2004. Disponível em: https://www.bjnephrology.org/en/article/doenca-renal-cronicadefinicaoepidemiologia-e-classificacao/. Acesso em: 18 de abril de 2022.
K/DOQI clinical practice guidelines for chronic kidney disease: evaluation, classification, and stratification. Kidney Disease Outcome Quality Initiative. Am J Kidney Dis. 2002;39:S1-246. [PMID: 11904577]
KOEHNLEIN, Eloá. et al. Avaliação do estado nutricional de pacientes em diálise peritoneal ambulatorial contínua (DPAC) ambulatorial contínua (DPAC)ambulatorial contínua (DPAC) ambulatorial contínua (DPAC). Paraná, 2019.
LAZARUS, J. M., & BRENNER, B. M. (1998). Insuficiência renal crónica. Em A. S. Fauci, E. Braunwald, K. J. Isselbacher, J. D. Wilson, J. B. Martin, D. L. Kasper, S. L. Hauser, & D. L. Longo (Eds.), Harrison – Medicina Interna (14ª ed., Vol. II) (pp.1613-1620). Rio de Janeiro: McGrawHill.
MACIEL, Álvaro Campos Cavalcante. Limitação funcional e sobrevida em idosos de comunidade. Revista da Associação Médica Brasileira; 54(4): 347-52, agosto 2008.
MALTA, D. C., et al. Prevalência de fatores de risco e proteção de doenças crônicas não transmissíveis em adolescentes: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), Brasil, 2009. Ciência & Saúde Coletiva, 15(Supl. 2):3009-3019, 2010.
MANUAL DE DIETOTERAPIA – São Paulo – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – 2017 – 1_86. GONZÁLEZ, Isabel; CONCEPCIÓN, Délia; PÉREZ, Troadio. Manual de dietoterapia. La Habana, Cuba: Editora Ciências Médicas, 2001.
MARIN, Maria José Sanches et al. Diagnóstico de enfermagem de idosas carentes de um Programa de Saúde da Família. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 278-84, jun. 2008.
MARTINS C, Pecoits-Filho R, RIELLA MC. Nutrition for the post-renal transplant recipientes.
Transplant Proc 2004; 36:1650-4.
MARTINS, C. et al. Manual de dietas hospitalares, Nutro Clínica, 2009.
MARTINS, Marielza; CESARIANO, Claudia. Qualidade de Vida de Pessoas com Doença Renal Crônica em Tratamento Hemodialítico. Scielo, 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rlae/a/drsDTYfs89HRdTbLfnWNcGK/?lang=pt. Acesso em: 22 de abril de 2022.
MATTEDI, C. M. S. R, et al. Manual de dietas orais. 2015.
MENDONÇA, Maria Pontes; SQUASSONI, Carolina Elisabeth; ZANNI, Karina Piccin. Envelhecer e aprender: um modelo de atuação com enfoque na educação em saúde. Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento. Porto Alegre, v. 15, n. 1, p. 99-115, 2010. Disponível em: http://seer.ufrgs.br/RevEnvelhecer/article/view/11437
MENEZES, Tânia Maria de; LOPES, Regina Lúcia Mendonça; AZEVEDO, Rosana Freitas. A pessoa idosa e o corpo: uma transformação inevitável. Revista Eletrônica de Enfermagem [Internet], Rio e Janeiro, v. 11, n. 3, 2009. Disponível em: <htpp://www.Fen.ufg.br/revista/v11n3a17.htm.>
MESSA, P., (2020). Dietary Habits, Vitamin and Mineral Supplements in Patients with Chronic Kidney Disease (CKD). Nutrients. Espanha. 12 (1), 1-4. https://doi.org/10.3390/nu12123817.
MONTEIRO C. A.,et al. Surveillance of risk factors for chronic diseases through tele-phone interviews. Revista Saúde Pública, 39(1):47-57, 2005.
MONTENEGRO, Marcela. et al. Correlação dos Métodos de Avaliação Nutricional de Pacientes Submetidos à Hemodiálise. Saúde e Pesquisa, Maringá, v. 8, n. 2, p.267- 275, setembro de 2015.
MOURA, E. C., et al. Fatores de risco e proteção para doenças crônicas: vigilância por meio de inquérito telefônico, VIGITEL, Brasil, 2007. Cad. Saúde Pública, 27(3):486-496, Rio de Janeiro, mar. 2011.
NERBASS, Fabiana. et al. Brazilian Dialysis Survey 2020. Brazilian Journal of Nephrology, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jbn/a/3Jts9Jdpcy5vc5MFjdMwV3g/?format=pdf&lang=en. Acesso em: 16 de maio de 2022.
NEVES, Precill. et al. Censo Brasileiro de Diálise: análise de dados da década 2009- 2018. Brazilian Journal of Nephrology, 2020. Disponível em: https://www.bjnephrology.org/en/article/censobrasileiro-de-dialise-analise-de-dadosda-decada-2009-2018/. Acesso em: 15 de maio de 2022.
PERUSSO, Felipe; et al. Alimentação e Hábitos de Vida na Doença Renal Crônica. Revista Caderno de Medicina. Vol 2, Número 2. Pág. 123 – 133, 2019.
PINTO, Denise. et al. Associações entre ingestão energética, proteica e de fósforo em pacientes portadores de doença renal crônica em tratamento hemodialítico. Nome do site, ano. Disponível em:https://www.scielo.br/j/jbn/a/kTTJgVbH43mqY3HpcCfYrVQ/abstract/?lang=pt&format=html. Acesso em: 22 de abril de 2022.
ROCHA, Maria; BARATA, Rosinete; BRAZ, Letícia. O bem-estar de pacientes renais crônicos durante o tratamento com hemodiálise e diálise peritoneal. Revista Eletrônica Acervo Saúde, p. 670-670, 2019.
SANTOS, Ana. et al. Associação entre qualidade de Vida e Estado Nutricional em Pacientes Renais Crônicos em Hemodiálise. Scielo Brasil, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.5935/01012800.20130047. Acesso em: 27 de abril de 2022.
SANTOS, Felipe; VALADADRES, Gláucia. Conhecendo as estratégias de ação e interação utilizadas pelos clientes para o enfrentamento da diálise peritoneal. Escola Anna Nery v. 17, p.423431, 2013.
Silva PAB, Silva LB, Santos JFG, Soares SM. Política pública brasileira na prevenção da doença renal crônica: desafios e perspectivas. Rev Saude Publica. 2020;54:86.
SILVA, Leilane; BUENO, Caroline. Adesão ao tratamento dietoterápico sob a ótica dos pacientes com doença renal crônica em hemodiálise, 2009. Biblioteca Virtual em Saúde. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-737287. Acesso em: 15 de abril de 2022.
THOMÉ, Fernando. et al. Inquérito brasileiro de diálise crônica 2017. Brazilian Journal of Nephrology V. 41, p. 208-214, 2019.
VASCONCELOS, Moisés. et al. Nutrição e doença renal crônica (DRC): Apresentação das novas recomendações e padrões alimentares conforme as últimas evidências científicas. Research Society and Development, v. 10, n. 6, maio de 2021.
VELLO, Ana; BARROS, Maria. Avaliação do perfil nutricional de idosos em hemodiálise em um hospital público de Brasília. UniCEUB, 2021.
VIEIRA, Inês. Adesão à Dietoterapia em Doentes Renais Crónicos em Hemodiálise. 2009. 201. Mestrado em nutrição clínica – Universidade de Coimbra Faculdade de Medicina, Coimbra, 2009.
VIEIRA, Inês. Adesão à Dietoterapia em Doentes Renais Crónicos em Hemodiálise. 2009. 201. Mestrado em nutrição clínica – Universidade de Coimbra Faculdade de Medicina, Coimbra, 2009.
ZAMBRA, Bianca; HUTH, Adriane. Terapia Nutricional em Pacientes Portadores de Insuficiência Renal Crônica em Hemodiálise. Revista Contexto e Saúde, Unijuí, v. 10, n. 19, p.67-72, junho de 2013.
1Graduandas do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO.
2Orientadora do TCC, Doutora em Biotecnologia pela Universidade do Federal do Amazonas. Docente do Curso de Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário FAMETRO