A IMPORTÂNCIA DA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO PEDIÁTRICA NOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: ESTUDO BASEADO EM EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS

THE IMPORTANCE OF PEDIATRIC RISK CLASSIFICATION IN URGENCY AND EMERGENCY SERVICES: STUDY BASED ON SCIENTIFIC EVIDENCE

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10144252


Jhonny Lima de Freitas1; Beatriz Ferreira Monteiro2; Rafaela Silva de Souza3; Bruno Silva de Souza4; Priscila Gonçalves Jacinto Figuerêdo5; Adriano Figuerêdo Neves6; Jonatas de Souza Queiroz7; Edilson Silva Albuquerque8; Rodrigo Pedroza Silva Santos9; Cristianne Bressan Vital de Souza10


RESUMO

O Acolhimento com a Classificação de Risco (ACCR), é bastante utilizado durante o atendimento nas urgências e emergências das unidades de saúde. O protocolo de classificação permite uma abordagem segura, levando sempre em consideração o relato do paciente e a avaliação clínica realizada pelo profissional da saúde, com grande destaque o profissional enfermeiro. O presente trabalho tem por objetivo identificar a importância da classificação de risco pediátrica nos serviços de urgência e emergência, a partir de uma revisão de literatura, disponíveis na biblioteca virtual em saúde. Onde, pôde se observar a importância da classificação de risco em pediatria, pois possibilita a contribuição com a redução no número de internações e óbitos na população pediátrica, fazendo-se necessário uma abordagem que contemple as necessidades do paciente.

PALAVRAS-CHAVE: Classificação de Risco. Enfermagem. Assistência de pediatria. Enfermagem em Emergência.

1 INTRODUÇÃO

Os serviços de urgência e emergência buscam atender constantemente as demandas de saúde das pessoas que diariamente adentram as unidades, esse atendimento acorre por 24 horas ininterruptas, de forma organizada, com foco no atendimento imediato e realizado por equipe multidisciplinar (BRASIL, 2013).

Diante das mais diversas demanas, é frequente o tratamento voltado ao público pediátrico, sendo esses acompanhados de pais ou responsáveis. A agilidade e precisão na classificação é essencial para uma assistência humanizada e de qualidade (GUEDES, et al. 2019).

Mediante isso, faz-se necessário que o profissional responsável pelo primeiro atendimento, que ocorre logo na classificação de risco, tenha domínio do conhecimento científico, além atitudes e habilidades que colaborem para que a avaliação aconteça de maneira coerente, precisa e assertiva (CARAPINHEIRO, et al. 2020).

As maiores complicações e agravos de saúde em pediátria observadas na classificação de risco, são de prevalência de doenças associadas ao trato respiratório, quadros febris, e por causas externas como quedas e acidentes domésticos, o que leva a grande demanda nas unidades de saúde (MAGALHÃES, et al. 2018).

Ao analisar as demandas de atendimento pediátrico na classificação de risco, observa-se que muitos dos atendimentos são relacionados a demandas de saúde que poderiam ser evitadas, assim como, a necessidade de que se tenha uma equipe multidiciplinar qualificada para realizar esses atendimentos, afim de classificar essas crianças e jovens de maneira correta, evitando mais agravos de saúde (NASCIMENTO, et al. 2019).

Apesar de muitos profissionais atuarem no atendimento de urgência e emergência, vale ressaltar que a classificação de risco é realizada por um profissional da enfermagem, como nível superior e não consiste em realizar um diagnóstico prévio, e sim, avaliar as queixas do paciente, observar seus sinais clínicos e classfica-lo de acordo com os relatos e achados, para posteriormente direcioná-lo ao profissional médico (SOARES, et al. 2018).

Mediante a isso, este estudo justifica-se pela necessidade de compreender a importância da classificação de risco pediátrica diante da urgência e emergência nas unidades de saúde, realizando um levantamento na qual poderá se alcançar um parâmetro literário do atual cenário estudado e buscando ofertar ideias para melhora da assistência e conhecimento sobre a temática. Portanto, este trabalho tem por objetivo identificar na literatura científica qual a importância da classificação de risco pediátrica na urgência e emergência das unidades de saúde.

2 METODOLOGIA

Quanto ao tipo de pesquisa, trata-se de estudo de desenvolvimento metodológico pautado na Revisão Integrativa de Literatura que visa sintetizar o conhecimento e elencar os resultados da área pesquisada (SOUZA, et al., 2020). Sendo um método que se constitui por 6 etapas: Identificação do tema ou questão norteadora; amostragem da literatura, categorização dos estudos; avaliação dos estudos inseridos, interpretação do resultado e sintese do conhecimento (MOHER, et al., 2015)

O local da busca bibliográfica foi no portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando o seguinte agrupamamento de descritores e operadores booleanos (‘’classificação de risco’’ AND ‘’enfermagem’’ OR ‘’assistência de pediatria’’), sendo incluídos apenas trabalhos publicados nos últimos 10 anos e em língua portuguesa. Como critérios de inclusão foram selecionados os trabalhos que melhor se adequaram ao objetivo desta pesquisa, e foram excluídos os estudos que não estivessem em português, aqueles que não constavam nas bases de dados, material duplicado, estudos de casos, editoriais e cartas.

Figura 1: Fluxograma de busca e seleção de artigos

Fonte: Elaborado pelo autor, 2023.

Adotado a análise de conteúdo temática, para a categorização dos estudos, após a realização a leitura dos artigos selecionados na íntegra, prosseguiu-se para a análise e organização das temáticas, com a intenção de descrever e classificar os resultados, de forma a evidenciar o conhecimento produzido sobre o tema em questão.

 4. RESULTADOS

Foram encontrados 86 artigos e após a leitura e análise dos assuntos foram excluídos um total de 80 artigos, e selecionados um total de 06 amostra para inclusão no estudo. Estes artigos foram encontrados nas bases de dados LILACS, MEDLINE e SciELO, conforme figura 1.

Quadro 1 – Distribuição dos artigos analisados segundo Título, periódico, Autoria, Ano, Desenho, Objetivo e Principais Resultados.

TítuloPeriódicoAutoria e ano de publicaçãoDesenhoObjetivoPrincipais resultados
1Classificação de risco em um serviço pediátrico: avaliação da estrutura, processo e resultado  REBEn    CABRAL, K. B. et al. 2022  Estudo transversal, descritivo e exploratório, em que dados qualitativos complementam os resultados. Dados coletados por observação não participante, entrevista e consulta a prontuário.Avaliar um serviço de avaliação e classificação de risco pediátrico nos aspectos de estrutura, processo e resultadoForam observados 204 atendimentos. O serviço funciona em sala improvisada e sem privacidade. Os enfermeiros não usaram vários materiais/equipamentos disponíveis para a avaliação, raramente realizaram exame físico, usaram a entrevista quase sempre e não consultaram o protocolo. Pais/acompanhantes não receberam informação, e os prontuários mostraram registros incompleto
2Classificação de risco de crianças e adolescentes: prioridade do atendimento na emergência  REBEn      MAGALHÃES,F. J. et. al.   2020Estudo transversal, com 200 participantes. Utilizou-se instrumento embasado no Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco em Pediatria, usando para análise a razão de chancesAvaliar as condições clínicas e o risco de urgência de crianças e adolescentes atendidos em emergência hospitalar, conforme o Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco.Predominaram pacientes do sexo masculino, na primeira infância, em creche ou que não estudam. Como condições clínicas, verificou-se maior frequência de alterações dos sinais vitais (24,5%) e respiratórias (20,0%), sendo que a maioria (57,5%) negou dor, 35,5% foram classificados como urgentes e 45,0% como não-urgente. Evidenciou-se maior chance de serem classificados como maior urgente (laranja) quando comparados com o não-urgente (azul)
3Avaliação da classificação de risco na emergência pediátrica: utilização de um protocolo validado      Repositorio UFSC  VIEIRA, T. T. 2020Trata-se de um estudo transversal, prospectivo e descritivo, de abordagem quantitativaAvaliar a aplicabilidade do Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco em Pediatria em um Serviço de Emergência PediátricaResultados foram obtidos um manuscrito e um produto. Sendo que, o manuscrito apresentou o perfil sociodemográfico de crianças e adolescentes no serviço de emergência pediátrica
4Protocolo de acolhimento com classificação de risco em pediatria: confiabilidade interobservadores  Acta Paul Enferm.  MAGALHÃES, F. J. Et al   2017Estudo metodológico, desenvolvido por meio da confiabilidade interobservadores de dois Enfermeiros Classificadores Interobservadores Treinados (ECIT) e de dois ECI Não Treinados (ECINT) com a pesquisadora, totalizando 400 classificações.Analisar a confiabilidade interobservadores da segunda edição do protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco em Pediatria, na prática clínica de urgência/emergência.Predomínio de 80,0% de pacientes classificados como menor urgência (verde-50,7%) e não urgente (azul-29,3%); revelou-se substancial “quase perfeita” concordância entre os enfermeiros e a pesquisadora (Kappa entre 0,62 e 1,0). Houve “quase perfeita” concordância entre ECIT-2 e pesquisadora (Kappa 1,0)
5Sistema de Triagem de Manchester: principais fluxogramas, discriminadores e desfechos dos atendimentos de uma emergência pediátrica  Rev. Latino-Am. EnfermagemAMTHAUER, C. CUNHA, M. L. C.   2016Estudo quantitativo transversal. Os dados referentes à classificação de risco foram obtidos por meio de uma pesquisa ao registro informatizado de dados dos prontuários dos pacientes atendidos na emergência pediátrica no período de um anoCaracterizar os atendimentos realizados por meio da classificação de risco pelo Sistema de Triagem de Manchester, identificando dados demográficos (idade, sexo), principais fluxogramas, discriminadores e desfechos na emergência pediátrica.Foram realizados 10.921 atendimentos na emergência pediátrica, em sua maioria do sexo masculino (54,4%), com idade entre 29 dias e dois anos (44,5%). Houve prevalência da categoria de risco urgente (43,6%). O principal fluxograma utilizado nos atendimentos foi pais preocupados (22,4%) e o discriminador mais prevalente foi evento recente (15,3%).
6Protocolo de Acolhimento com Classificação de risco em urgência e emergência pediátrica: Relato de Experiência.Repositorio UFSCRODRIGUES, S. B. G. 2014Relato de experiênciarelatar a experiência da implantação do protocolo de classificação de risco em uma unidade de urgência e emergência pediátrica e do desenvolvimento de uma oficina com a equipe multiprofissionalOs resultados permitiram estimular a discussão sobre a reorganização do processo de trabalho e identificar as potencialidades e fragilidades do sistema propondo melhorias que garantam a efetivação da qualidade da atenção prestada à população.

4.1 Estrutura do Atendimento

O Ministério da Saúde, através da portaria 2.048, dispõe sobre o processo de implementação dentro das unidades de urgências e emergências o que é denominado de triagem classificatória de risco, ou mais conhecida junto a assistência como a classificação de risco (BRASIL, 2013).

Esta etapa do atendimento deve ser realizada por um profissional da saúde que tenha nível superior, após passar por treinamento específico de como utilizar os protocolos pré-estabelecidos e as possíveis demandas no atedimento, de forma a avaliar com precisão as queixas dos pacientes, e os colocando em ordem de prioridade para o atendimento na unidade de saúde (MAGALHÃES, et. al.2020).

O atendimento a partir do Acolhimento com a Classificação de Risco (ACCR), foi um grande instrumento reorganizador, criado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de modo a melhorar a qualidade e consolidar o sistema de saúde do Brasil, pois além de permitir mudanças na forma de atender, permite também, mudanças no resultado do atendimento aos usuários, tornando-os mais humanizados (CABRAL, et al. 2022).

A maioria dos atendimentos na classificação de risco é realizado por um profissional enfermeiro, por atender umas das exigências do protocolo de orientação, que é ter ensino superior, acompanhado do profissional técnico de enfermagem, entretanto, é possível identificar que alguns desses profissionais não recebem treinamento de orientação antes de atenderem na classificação, assim como, aprendem sobre os protocolos de atendimento durante a execução do mesmo. ( MAGALHÃES, et. al.2020 & VIEIRA, 2020)

Quanto ao espaço físico onde é realizada a classificação, observa-se que os atendimentos são feitos em locais improvisados e sempre perto da recepção da unidade, o que muitas vezes acaba influenciando no trabalho realizado pelo profissional que está classificando, devido ao barulho excessivo, e falta de privacidade, que dificulta a realização do exame físico e uma conversa com mais detalhes (RODRIGUES, 2014).

As observações clinicas realizadas no paciente durante a classificação de risco, deve sempre comtemplar: a queixa principal, o início, a evolução e o  tempo da doença, de modo geral o estado físico do paciente, a escala de dor e a escala de Glasgow, a classificação de gravidade, quais medicações o paciente faz uso em sua rotina, ou tomou antes de chegar a unidade de saúde, quais são as comorbidades pré-existentes, quadros alérgicos e principalmente os sinais vitais, contemplando os valores de pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória, saturação e temperatura basal (MAGALHÃES, et al. 2017).

É comum o relato de queixa por parte dos profissionais enfermeiros quanto a falta de materiais mais complexos e dinâmicos para a realização de uma classificação de qualidade, levando a imprecisão do verdadeiro risco que acomete o paciente no momento em que é atendido. Embora, o setor tenha materiais considerados básicos, é observado a falta de monitores, glicosímetros, eletrocardiógrafos, ambu e material para entubação (CABRAL, et al. 2022 & AMTHAUER, 2016).

A organização e estrutura da classificação de risco, está totalmente associada a uma assistência de qualidade, prover o mínimo de insumos aos profissionais que atuam nesta etapa importante do atendimento assistencial é insuficiente, quando comparado as grandes demandas e complexidades dos atendimentos realizados (AMTHAUER & CUNHA, 2016).

4.2 Classificação de Risco em Pediatria

Há inúmeros motivos que levam uma criança ou adolescente aos serviços de saúde, principalmente os de emergência, e entre esses motivos destacam-se as condições clínicas relacionadas ao sistema respiratório, digestivo e as doenças prevalentes na infância, essa procura muitas das vezes é acompanhada pelos pais e/ou responsáveis, o que colabora para que o atendimento também seja direcionado a família (MAGALHÃES, et al. 2020).

Conforme o que a ACCR já preconiza como padrão durante a classificação de risco, o protocolo voltado ao atendimento pediátrico também dispõe de cinco cores para classificar a ordem de prioridade no atendimento, onde: Vermelho representa o atendimento imediato, o laranja representa o atendimento em até 15 minutos e reavaliação pelo(a) enfermeiro (a), a cada 1 minuto, o amarelo onde o tempo de espera pode ser de até 30 minutos, ou reavaliação a cada 30 minutos, o verde, onde o tempo de espera é de até uma hora e o azul sendo a classificação não urgente, podendo aguardar mais tempo pelo atendimento, ou pode receber o encaminhamento para ser atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) (CABRAL, et al. 2022 & MAGALHÃES, et al. 2017).

Diferentemente da classificação de risco padrão, a pediátrica pode ser utilizada por dentistas, médicos, enfermeiros, estudantes de medicina e enfermagem, nutricionistas, fisioterapeutas,  psicólogos, conselhos municipais e estaduais, policia rodoviária, ministério público, policiais civil e militar, bombeiros, e até mesmo o serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU), dentre outros profissionais com o intuito de assegurar a qualidade do atendimento a crianças e adolescentes, assim como, evitar agravos nas condições de saúde desse público (MAGALHÃES, et al. 2017).

Vale ressaltar que a ACCR pediátrica, não tem como objetivo fazer o diagnóstico do paciente, mas tem o intuito de classificar a gravidade de saúde, a partir da análise das condições clínicas do mesmo, para assim, classificá-lo de maneira correta. Não se trata, portanto, de um processo de exclusão, mas sim, a organização assistencial, com a construção de fluxos claros fazendo o processo acontecer de forma objetiva e adequada (RODRIGUES, 2014).

Atender o público infantil e jovem, é um grande desafio que os profissionais da saúde tendem a enfrentar, devido as inúmeras particularidades presentes durante essa faixa etária. O enfermeiro, possui um papel de destaque durante a classificação desses pacientes, isto acontece, por que o primeiro contato do paciente será diretamente com a equipe de enfermagem, a grande responsável por realizar a classificação de risco nas unidades de saúde, permitindo a construção de vínculo, de acordo com a forma de realização do atendimento (MAGALHÃES, et al. 2017 & MAGALHÃES, et al. 2020).

4.3 Principais achados na Classificação de Risco em Pediatria

Mesmo a ACCR tendo um protocolo padrão a ser seguido, quanto as orientações sobre a forma de atendimento nas unidades de saúde, quanto e quais aos profissionais e quais profissionais podem realizar a classificação de risco, ainda assim, pode ser observado situações que fogem a regra (MAGALHÃES, et al. 2017).

A demora pode influenciar em ainda mais agravos na condição de saúde das crianças e jovens, e até mesmo em situações de óbito, tornando-se óbvio que o tempo entre os sinais e sintomas, até o atendimento médico, pode direcionar o sucesso ou não, da terapêutica a ser utilizada (CABRAL, et al. 2022)

Pesquisas mostram que muitos materiais e equipmanetos disponíveis para a avaliação do paciente, neste caso, em crianças, não são utilizados pelo enfermeiro responsável, a exemplo disso, o esfigmomanômetro e o estetoscópio, assim como o oxímetro de pulso, os estudos também evidenciam que tanto a pressão arterial, quanto dados referentes a altura das crinças não constavam em nenhum dos prontuários analisados, o que acarreta diretamente a uma avaliação incorreta, e dados importantes sendo excluídos (VIEIRA, 2020 & CABRAL, et al. 2022).

Por mais que o protocolo da ACCR recomende junto ao Ministério da saúde, a verificação dos sinais vitais das crianças e adolescentes, muitos profissionais deixam de verificar no momento da classificação, colocando suas experiências de modo a interferir sobre a gravidade da situação, levando a uma classificação não confiável (RODRIGUES, 2014).

Ao trabalhar com a ACCR pediátrico, os profissionais da saúde devem passar por constantes direcionamentos quanto as atualizações dos protocolos de atendimento, e formações continuadas a cerca das principais doenças atendidas dentro da rotina na classificação de risco, entretanto, é perceptível por parte de alguns profissionais certa resistência em participar das formações continuadas sobre a temática em questão (CABRAL, et al. 2022 & AMTHAUER, 2016).

5. CONCLUSÃO    

A Classificação de Risco em urgência e emergência é hoje o principal protocolo utilizado durante o atendimento aos usuários de saúde do Sistema Único de Saúde, o SUS. Sua importância vai além de um protocolo que classifica a ordem de atendimento dentro das unidades, já que é capaz de dinamizar o atendimento, priorizar a assistência e realizar uma abordagem clínica segura, através de uma avalição precisa e confiável.

A classificação de risco em pediatria, possibilita o atendimento diferenciado tanto em crianças, quanto em adolescentes, pois além contemplar as principais doenças prevalentes na infância, contribui na redução dos índices de internação em enfermarias pediátricas, assim como também a redução no número de óbitos.

Entretanto, se faz necessário o conhecimento por parte dos profissionais que realizam a classificação, sobretudo a equipe de enfermagem, para que possam realizar uma avaliação que efetue a verificação dos sinais vitais, entrevista e exame físico, assim como, a utilização de todos os aparelhos disponíveis na unidade, para a realização da classificação e a busca por conhecimento a cerca das atualizações referente ao protocolo da ACCR.

6. REFERÊNCIAS

AMTHAUER, C. CUNHA, M. L. C. Sistema de Triagem de Manchester: principais fluxogramas, discriminadores e desfechos dos atendimentos de uma emergência pediátrica. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2016. DOI: 10.1590/1518-8345.1078.2779

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Manual instrutivo da Rede de Atenção às Urgências e Emergências no Sistema Único de Saúde (SUS) / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

CABRAL, K. B. et al Classificação de risco em um serviço pediátrico: avaliação da estrutura, processo e resultado. Rev Bras Enferm. 2022;75(1):e20210022.  https://doi.org/10.1590/0034-7167-2021-0022

CARAPINHEIRO, G. et al. Os enfermeiros e o Manchester: reconfiguração do processo de trabalho e do cuidado em emergência? Rev Bras de Enfermagem, v.74, n.1, p.56, 2020.

GUEDES, H. et al. Classificação de risco: retrato de população atendida num serviço de urgência brasileiro. Rev. de Enf. Referência, v.1, n.1, p.26, 2019.

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MAGALHÃES, F.J. et al. Classificação de risco de crianças e adolescentes: prioridade do atendimento na emergência. Rev Bras Enferm. 2020;73(Suppl 4). http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2019-0679 e20190679

MAGALHÃES, F. J. et al. Protocolo de acolhimento com classificação de risco em pediatria: confiabilidade interobservadores. Acta Paulista de Enfermagem, . 2017. v. 30, p. 262-270.

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NASCIMENTO, E. R. P. et al. Acolhimento com classificação de risco: avaliação dos profissionais de enfermagem de um serviço de emergência. Rev. eletrônica de enfermagem, v.7, n.8, p.98, 2019.

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RODRIGUES, S. B. G. Protocolo de Acolhimento com Classificação de risco em urgência e emergência pediátrica: Relato de Experiência. Repositorio UFSC. 2014

Secretaria Municipal de Saúde de Bauru. Protocolo de Classificação de risco em pediatria. (2023) Bauru: Secretaria Municipal de Saúde.

SOUZA, M. T. et al. Integrative review: what is it? How to do it? Einstein (São Paulo). 2010. 8(1):102–6.

VIEIRA, T. T. Avaliação da classificação de risco na emergência pediátrica: utilização de um protocolo validado. Repositorio UFSC. 2020


1Graduado em Enfermagem (CEULM/ULBRA)
Especialista em Urgência e Emergência (FAVENI)

2Graduada em Enfermagem (CEULM/ULBRA)
Especialista em Gestão e Docência (Singular Educacional)

3Graduada em Enfermagem (CEULM/ULBRA)
Mestranda em Enfermagem em Saúde Pública (UEA)

4Graduando em Enfermagem (UNINORTE)

5Graduada em Enfermagem ( CEULP ULBRA)
Mestre em Ciências Ambientais e Saúde (PUC/GO) Doutoranda em Imunologia Básica e Aplicada (UFAM)

6Graduado em Enfermagem (CEULP ULBRA)
Mestre em Ciências Ambientais e Saúde (PUC/GO)

7Graduado em Enfermagem (CEULM/ULBRA)
Mestrando em Imunologia Básica e Aplicada (UFAM)

8Graduado em Enfermagem 
Especialista em Obstetrícia (Escola de Enfermagem – UFAM)
Mestrando em Enfermagem em Saúde Pública ( UEA)

9Graduado em Enfermagem (Estácio de Sá)
Especialista em Enfermagem Obstétrica, UTI Neonatal e Saúde Pública com ênfase em Saúde da Família

10Graduada em Enfermagem ( CEUMA)
Mestre em Saúde Pública ( FIOCRUZ)