A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA PARA A GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES DE PEQUENO PORTE

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11624238


Gabriela Gonçalves;
Orientadora: Janaina Alcantara Vilela.


RESUMO

O presente estudo tinha por trabalho responder a seguinte problemática: Quais as reais contribuições da Auditoria Interna como fomentadora da competitividade e sua importância na sobrevida da organização empresarial de pequeno porte? Teve como objetivo geral é descrever a importância da contabilidade interna dentro de uma organização de pequeno porte na tomada e decisões. Tomando com estudo complementar da pesquisa a conceituação de auditoria interna com finalidade de compreender o processo de auditoria interna dentro de uma organização de pequeno porte e seus resultados, identificando assim os elementos responsáveis pela aplicação de uma auditoria interna e o processo de contribuição para a tomada de decisão organizacional.

Palavras-chaves: Auditoria. Interna. Gestão. Pequeno Porte.

1 INTRODUÇÃO

Com a evolução da economia e o surgimento de novos mercados fazem com que os sistemas de auditoria interna deixem de ter uma função meramente corretiva para ter uma função de assessoramento à tomada de decisão dos Gestores, a necessidade constante de um desempenho empresarial satisfatório leva à busca da qualidade e confiabilidade das operações realizadas em uma empresa.

Assim, os gestores das empresas necessitam de mecanismos e dispositivos de segurança, que são representados pelos controles internos, os quais mantêm um crescente nível de sofisticação e avanços tecnológicos. Contudo não basta apenas implementar os controles, é preciso também ter razoável segurança de que eles estão cumprindo todas as normas e políticas da empresa.

Dessa maneira a ferramenta mais eficaz para assegurar a organização de que seus controles estão sendo seguidos e, consequentemente, seus objetivos sendo alcançados, é a auditoria interna. 

Então, diante da situação a escolha deste tema se deu devido às possíveis contribuições que a auditoria interna pode oferecer  para  a administração  empresarial e suas ações de tomada de decisão, principalmente, porque com a devida implementação de ações de fiscalização constante, o acompanhamento de resultados torna-se mais concreto e próximo da realidade operacional da empresa.

Isso é possível graças ao levantamento detalhado de dados contábeis mais específicos e confiáveis que uma vez transmitindo a real situação da empresa, demonstra facilmente o caminho a percorrer para se melhorar o investimento ou evitar o prejuízo, proporcionando mais segurança aos negócios e mais estímulo nos segmentos das políticas organizacionais.

A auditoria interna é uma excelente ferramenta de segurança contra distorções no sistema de funcionamento interno de uma empresa, especialmente se utilizada corretamente como instrumento de combate a práticas ilícitas, contudo, sua aplicabilidade deve ser constante e rotineira, deve abranger todos os departamento e setores da empresa, desde o mais baixo escalão até a presidência.

De acordo com o tema proposto, a pesquisa busca investigar as reais contribuições da Auditoria Interna como fomentadora da competitividade e sua importância na sobrevida da organização empresarial de pequeno porte. Esta análise é fundamental para entender como a Auditoria Interna pode atuar como uma ferramenta estratégica, promovendo melhorias contínuas, identificando riscos e oportunidades, e garantindo a conformidade com normas e regulamentos. Através deste estudo, pretende-se esclarecer de que maneira a Auditoria Interna pode influenciar positivamente a eficiência operacional e a sustentabilidade das pequenas empresas, assegurando sua longevidade e adaptabilidade em um mercado competitivo.

Assim, o objetivo geral da pesquisa é descrever a importância da contabilidade interna dentro de uma organização de pequeno porte na tomada e decisões. Tomando com estudo complementar da pesquisa a conceituação de auditoria interna com finalidade de compreender o processo de auditoria interna dentro de uma organização de pequeno porte e seus resultados, identificando assim os elementos responsáveis pela aplicação de uma auditoria interna e o processo de contribuição para a tomada de decisão organizacional.

A presente pesquisa justifica-se por contribuir para a difusão de uma prática que deveria ser habitual dentro da gestão de organizações empresárias de quaisquer tamanhos, especialmente as de pequeno porte (as Micro e Pequenas Empresa),  sendo uma ferramenta de extrema utilidade para a tomada de decisões, ainda não tem sua funcionalidade totalmente explorada.

Assim, esse material de estudo fornece fonte de inestimável conhecimento, juntando-se a outros artigos de igual importância para reforçar a importância da auditoria interna e seus relatórios dentro de uma possível tomada de decisões por seus gestores de pequeno porte que não contam com grande apoio técnico para a suas decisões de mercado.

Para o setor empresarial de pequeno porte é relevante por fornecer uma boa ideia de um processo de fiscalização que poderá ser realizado em qualquer empresa que deseje tal procedimento realizado em seu meio de trabalho com finalidade de erradicar as perdas por diversos fatores que tornam o sistema de gestão com menos eficiência e competitivo.

Na comunidade acadêmica a pesquisa contribui como material para futuras obras do gênero, gerando novas ideias na área científica da auditoria e fomentando a literatura já existente sobre o tema discutido, sendo fonte de conhecimento voltado ao crescimento da prática de formação de docentes e discentes nas áreas de estudo que a pesquisa abrange.

A pesquisa será desenvolvida no intuito de abranger e enriquecer o conhecimento de profissionais de gestão, estudantes e profissionais docentes da área, perante um tema em auditoria interna. Os métodos e as técnicas constituem um instrumento de pesquisa indispensável ao seu andamento. Segundo Asti Vera (1989, p.8), o método é definido como “um procedimento ou conjunto de procedimentos que serve para alcançar os fins da investigação”, sendo geral, ao passo que as técnicas, além de particulares, “são os meios auxiliares que concorrem para a mesma finalidade.” 

Segundo Marconi e Lakatos (2009), métodos e procedimentos são as etapas mais precisas da investigação. Com isso, implica na elaboração do presente trabalho assumir caráter investigativo. Na busca pela resposta ao problema, o pesquisador utiliza-se de métodos e técnicas selecionados de acordo com a questão a ser compreendida. 

Para responder à questão a qual está pesquisa se propõe identificar como se aplica a Auditoria Interna na gestão de pequenas empresas e os procedimentos tecnicos utilizados em uma execução, este estudo se caracteriza-se pelo tipo de pesquisa de Revisão Bibliográfica, em formato de artigo e objetiva proporcionar maior familiaridade com o problema, tornando-o mais claro. 

2 REFERENCIAL TEÓRICO

A origem da auditoria está fortemente associada com a história da contabilidade, onde surgiu da necessidade de controle e verificação dos registros das informações encontradas. Os primeiros registros de auditoria da história ocorrem por volta do século XIV. Segundo Sá (2018) dados históricos a auditoria surgiu primeiramente na Inglaterra por volta do ano de 1.314 era utilizada periodicamente para controle das contas públicas. Já sua evolução está diretamente ligada ao desenvolvimento econômico, ao crescimento do mercado e consequentemente da concorrência que trouxe com ela a necessidade das empresas de aperfeiçoamento dos seus controles e procedimentos internos.

Segundo Almeida (2015) o conceito moderno de auditoria contábil emerge com os fracassos financeiros e econômicos das sociedades nascidas da revolução industrial, na segunda metade do século XVIII. A falta de seriedade e profissionalismo, na época, causaram a falência de muitas empresas. E esta situação levou a imposição de revisões tácitas e subsequentemente legais da situação financeira das empresas privilegiadas pelos serviços prestados pelos contadores independentes.

A Inglaterra foi o precursor e máximo expoente das técnicas de auditoria no período em questão. Isso é devido a duas causas de suma importância: o alto nível de desenvolvimento industrial e financeiro do país e os organismos precursores da corrente de associações profissionais de auditores (ATTIE, 2018). 

Porém segundo Barreto (2018) começando em 1862, com a aprovação da lei britânica das Corporações, a auditoria como profissão foi oficialmente reconhecida. Esta lei estabeleceu a necessidade de um sistema regulatório contábil para obter, em primeiro lugar, informações contábeis adequadas e, em segundo lugar, prevenir atos fraudulentos. Além disso, a lei enfatizou a necessidade de revisões periodicamente independentes do controle de pequenas e grandes empresas.

Em 1900 está profissão foi introduzida nos Estados Unidos, onde seu raio de ação expandiu-se consideravelmente por toda região, ajudando a promover e desvendar detecções de fraudes. E no decorrer do século, os objetivos da auditoria foram evoluindo, como consequência do desenvolvimento e técnica dos processos, do desenvolvimento social, do desenvolvimento econômico dos países, do crescimento das empresas e expansão das atividades, atribuindo com isso maior complexidade na administração dos negócios e das práticas financeiras (BORINELLI, 2016).

No Brasil a auditoria surgiu significativamente após a Segunda Guerra Mundial, quando as multinacionais começaram a se instalar no país. E com essa chegada, vários escritórios de auditoria surgiram, vindos também do exterior, para que pudessem prestar seus serviços. Hoje, dentre as várias definições para auditoria, se pode inferir que através do processo de auditoria, o auditor (ou grupo de auditores) irá verificar que todas as contas da empresa, refletidas nas demonstrações financeiras estão corretas e se foram preparadas em conformidade com a estrutura de relatórios financeiros regulamentares aplicáveis. Essas estruturas têm que estar de acordo com o IFRS (Normas Internacionais de Contabilidade) e a NBC (Normas Brasileiras de Contabilidade) (CAMARGO, 2015).

As empresas devem sempre se esforçar para manter os custos operacionais o mais baixo possível, sem sacrificar a produtividade. A auditoria contábil analisa os objetivos e metas financeiras da empresa para determinar se as políticas e práticas estabelecidas pela empresa estão sendo executadas conforme o planejado. Os auditores sugerem como a empresa pode fazer ajustes em suas práticas e políticas para criar resultados que se alinhem com essas metas e objetivos (CASTRO, 2015).

Diante do exposto, a auditoria constitui uma ferramenta de controle e supervisão que contribui para a criação de uma cultura da disciplina da organização e permite descobrir falhas em estruturas ou vulnerabilidades existentes na organização. Apesar dos anos e do desenvolvimento alcançado pela profissão, a finalidade para a qual a auditoria foi criada, consiste na detecção de fraudes e manutenção dos controles internos em empresas de grande porte hoje em dia.

Com a ampliação do mercado e da concorrência surge também produção em massa e a necessidade de a empresa ampliar seus espaços e serviços investir em tecnologia e aprimorar os controles e procedimentos internos tendo em vista à redução de custos e, portanto, tornando mais competitivos seus produtos e serviços do mercado (VICENTE, 2015).

No início as auditorias eram denominadas corretivas, com objetivo de detectar fraudes e erros, assegurando aos administradores o controle exato das contas, atingindo todas as operações e registros contábeis. Atualmente sua função vai muito além sendo ela fundamental para auxiliar os administradores até mesmo nas tomadas de decisões e futuros investimentos (BARRETO, 2018).

Conforme afirma Vicente (2015), a auditoria é o procedimento utilizado pelo auditor para se assegurar da veracidade das demonstrações contábeis, através da auditoria examina se os procedimentos adotados na demonstração e se estes estão condizem com os princípios e normas da contabilidade.

Sá (2018) destaca um dos princípios da auditoria no qual afirma que a auditoria é um artifício da contabilidade onde examina-se minuciosamente os registros e demonstrativos em busca de conclusões críticas e orientações sobre o patrimônio da empresa que já tenham ocorrido ou até mesmo os planejados e diagnosticados. 

A auditoria é uma especialização na área da contabilidade que testa a eficiência do controle patrimonial, é uma técnica utilizada para analisar e validar as informações contábeis da uma empresa afim de demonstrar a realidade financeira da mesma. Desempenha a função necessária de assegurar que uma empresa não apenas esteja sendo verdadeira em seus relatórios financeiros, mas também que as operações da empresa estejam funcionando conforme o esperado. Os auditores podem trabalhar dentro da empresa, realizando uma auditoria interna ou para outra organização, realizando uma auditoria externa (CAVALCANTE, et al, 2015).

Segundo Willian Attie (2018) o conceito de auditoria consiste em: “A auditoria é uma especialização contábil voltada a testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado.”

A auditoria é uma avaliação independente dos registros financeiros da empresa. E é, à medida que as empresas e as organizações enfrentam cada vez mais escrutínio sobre suas finanças, os auditores contábeis são responsáveis ​​pela revisão dos registros financeiros para garantir que sejam precisos e compatíveis.

A auditoria contábil não examina apenas se as demonstrações financeiras de uma empresa são precisas, mas também testa se os sistemas da empresa estão operando como deveriam. Os sistemas que um auditor examina incluem os controles internos da empresa ou as medidas tomadas para reduzir ou eliminar erros contábeis ou fraudes. Com base nos resultados de uma auditoria contábil, os auditores recomendam mudanças que a empresa deve fazer em seus processos ou sistemas para eliminar problemas e reduzir erros futuros (CHIAVENATO, 2013).

Segundo Constante (2015) o relatório de auditoria também aponta possíveis brechas nos controles internos da empresa que permitiriam que um funcionário cometesse fraudes e potencialmente não fosse descoberto. Ou seja, ela pode ser um processo com foco na redução de riscos e na identificação de áreas onde a redução de custos pode ser feita. Alternativamente, os auditores podem ser especialistas independentes que conduzem auditorias nas contas das empresas.

A auditoria difere de outras rotas financeiras, já que a natureza da responsabilidade financeira significa que se deve trabalhar com prazos rigorosos, com atenção aos detalhes e disposição para desafiar o status quo (o atual estado das coisas). Dessa forma, considera-se que um contador irá fornecer aconselhamento e apoio em declarações fiscais, escrituração contábil e fluxo de caixa, ou seja, um auditor contábil se aprofunda nos registros olhando retrospectivamente para as contas de uma organização (COSTA, 2015).

De forma bastante simples, pode-se definir auditoria como o levantamento, estudo avaliação sistemática das transações, procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações financeiras de uma entidade” (GREPALDE, 2015).

A contabilidade de auditoria também difere de funções como gerenciamento de ativos e banco de investimento, pois se concentra em objetivos que envolvem governança e conformidade, em vez de aumentar as finanças de uma empresa. É tudo uma questão de garantir que os números se acumulem por meio de uma análise e administração cuidadosas (COSTA, 2014). 

Em face do exposto, para empresas de grande porte, a auditoria contábil cumpre a função necessária de assegurar que uma empresa não está apenas contando a verdade em seus relatórios financeiros, mas também que as operações da empresa estão funcionando como pretendido. Os auditores podem trabalhar dentro da empresa e realizar uma auditoria interna, ou para outra organização, e realizar uma auditoria externa.

A auditoria é um meio de avaliar a eficácia dos controles internos de uma empresa. A manutenção de um sistema eficaz de controles internos é vital para alcançar os objetivos de negócios de uma empresa, obter relatórios financeiros confiáveis ​​sobre suas operações, evitar fraudes e apropriação indevida de seus ativos e minimizar seu custo de capital (MAXIMIANO, 2010). 

As informações contábeis, independentemente do porte da empresa, devem ser completas e confiáveis, além de estarem preparadas de acordo com os princípios e conceitos básicos geralmente aceitos. Os auditores avaliam o risco de distorção relevante nos relatórios financeiros de uma empresa (MARION, 2011). 

Para certificar as informações contábeis e dar credibilidade às contas da empresa, é necessário realizar periodicamente uma auditoria contábil. Além disso, em uma situação de crise econômica generalizada, torna-se ainda mais necessário fornecer informações financeiras transparentes e úteis para a tomada de decisões, a fim de prevenir ou alertar sobre situações de risco (NOGAMI, 2012).

Para Maximiano (2010) as análises de auditoria, devido seu processo ser composto por exames detalhados de cada lançamento contábil, tinha um alto custo, acarretando inúmeros prejuízos para as entidades; assim houve a necessidade da criação de um sistema de controle interno para que as fraudes e erros fossem detectados com mais facilidade, corrigindo as distorções ocorridas nas entidades. Com isso a função do auditor muda, passando da busca de erros dos demonstrativos, para o exame do sistema e teste de evidências, com emissão de relatórios mais precisos das Demonstrações Contábeis.

O principal benefício da auditoria para empresas de grande porte é autenticar a integridade e confiabilidade das informações contábeis e financeiras, expressas através das contas anuais. Os auditores são profissionais independentes que lidam com essa verificação, que detalham no relatório ou parecer de auditoria (PAULA, 2012).

O parecer técnico da auditoria sobre as demonstrações contábeis é um documento específico que deve ser emitido pelo auditor de acordo com um formato padronizado estabelecido pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON) e as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) (VICENTE, 2011).

Segundo Attie (2018) em termos de conteúdo, incluirá, pelo menos, os seguintes dados, além daqueles exigidos pelos regulamentos que regem a atividade de auditoria:

  • Identificação da entidade auditada
  • Uma descrição geral do escopo da auditoria realizada.
  • Um parecer técnico sobre o acordo ou não do relatório de gestão com as contas. 
  • Data e assinatura do auditor ou auditores sobre o que fizeram.

Às vezes, o relatório de auditoria inclui uma opinião desfavorável do auditor como resultado de que há uma série de circunstâncias significativas que não lhe permitem emitir um parecer favorável ou preferem abster-se por causa de incertezas e limitações de escopo. E este documento, então pode vir incluído de ressalvas (VIEIRA, 2016).

Segundo Vicente (2015) os quatro tipos de opinião na auditoria contábil são:

1. Opinião favorável ou favorável: as demonstrações financeiras foram preparadas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável;

2. Parecer com qualificações:  pode ter sua origem em algumas das seguintes situações:

  • Limitações ao alcance. Ocorrem quando o auditor não é capaz de realizar qualquer teste de auditoria de contas que considere relevante para estabelecer sua opinião.
  • Erros ou violação de princípios e regras contábeis.
  • Omissões de informações necessárias.
  • Incertezas. Surgem devido a situações em que o auditor não pode, com os dados disponíveis, avaliar seu impacto nas contas anuais;

3. Opinião desfavorável: o auditor declara que as contas anuais, no seu conjunto, não apresentam uma imagem fiel dos ativos, da situação financeira, dos resultados das operações ou de alterações na situação financeira da entidade auditada, em conformidade com o os princípios e normas contábeis geralmente aceitos;

4. Opinião Negada: quando o auditor não obteve as evidências necessárias para formar uma opinião sobre as contas anuais tomadas em conjunto, deve declarar em seu relatório que não é possível expressar uma opinião sobre elas.

No final de um exercício, as empresas devem verificar se são ou não obrigadas a realizar a auditoria contábil para determinadas características da empresa. E, as diferentes circunstâncias em que é obrigatório auditar as contas anuais de uma empresa. 

As empresas de grande porte, alvo do estudo em questão, são obrigadas a submeter suas demonstrações financeiras à análise de auditores independentes, de acordo com a Lei n° 11.638/2007. Ou seja, há a obrigatoriedade de publicação das demonstrações financeiras das empresas limitadas de grande porte (as sociedades com ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões), a serem realizadas por auditoria independente por auditor registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) (ATTIE, 2018).

Em meio a esta busca pelo diferencial no nicho de mercado de empresas é preciso haver também uma boa gestão empresarial, de forma breve o termo gestão pode ser definido como sendo

[…] uma atividade complexa, envolvendo a combinação e a coordenação de recursos humanos, físicos e financeiros, por forma a que se produzam bens ou serviços que sejam simultaneamente procurados e que possam ser oferecidos a um preço que possa ser pago, tornando ao mesmo tempo agradável e aceitável o ambiente de trabalho de todos os envolvidos (MIRANDA, 2015, p. 10).

Existem outros pressupostos para os quais uma empresa qualquer que não seja de grande porte (e que possua ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões) é obrigada a realizar uma auditoria contábil anual: se os membros o solicitarem. 

A prerrogativa principal da Auditoria é conferir todos os valores dos balanços e demonstrativos dos procedimentos gerenciais e financeiros, afim que coincidir se a empresa está ou não tendo algum problema de ordem não compatível ao parâmetro proposto para a empresa. Contribuindo assim, para evitar perdas desnecessárias e se os processos internos da empresa estão de acordo com os princípios de contabilidade e tem seu valor garantido junto a confiabilidade da empresa. (SÁ, 2002).

A auditoria interna é uma atividade de avaliação independente e objetiva para agregar valor e melhorar as operações contábeis, financeiras e administrativas de uma organização, ajudando-a a alcançar seus objetivos, por meio da avaliação e melhoria da eficácia de seus processos, proporcionando assim um serviço eficaz aos mais altos níveis de administração.

De acordo com Sá (2002, p.25), Auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático exame dos registros, demonstrações e de quais quer informes ou elementos de consideração contábil, visando a apresentar opiniões, conclusões, críticas e orientações sobre situações ou fenômenos patrimoniais da riqueza aziendal, pública ou privada, quer ocorridos, quer por ocorrer ou prospectados ou diagnosticados.

As organizações entendem que a auditoria tem como principal foco a proteção contra fraudes e de evitar multas fiscais, perdendo o foco do objeto da auditoria que é a busca pela eficiência e eficácia. Assim a auditoria é uma forma de buscar garantir a empresa uma defesa de seu patrimônio através de processos pré-determinado e pessoal qualificado. (ATTIE, 1998).

Inicialmente a auditoria se restringia à verificação dos registros contábeis, visando observar se eles eram exatos, os registros têm a capacidade de demonstrar para os administradores, a integridade e veracidade de tais demonstrações. Uma bem aplicada auditoria interna pode ser vital para a sobrevivência das empresas, pois, somente conhecimento empírico não resolve problemas internos, sendo efetivamente necessário empregar tempo e dinheiro para compreender a real dimensão do problema de uma empresa, que podem ser constatados. (ARAUJO, 2010).

Segundo Attie (2008, p.25), entendem que “a auditoria é uma especialização contábil voltada a testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado”.

Desta forma pode se conceituar a auditoria sendo o levantamento, o estudo e a avaliação rigorosa das transações, processos, operações, rotinas e das ações financeiras de uma organização, o sistema de uma organização, que circunda o plano de organização, os deveres e responsabilidades e todos os métodos e medidas adotados na empresa para resguardar seus ativos, verificar a exatidão e fidelidade dos dados contábeis, desenvolverem a eficiência nas operações e estimular o seguimento das políticas administrativas prescritas. 

Uma das principais vantagens da Auditoria Interna é a devida transparência da realidade da empresa que a mesma resultara, disponibilizando em relatórios gerenciais concisos para seus gestores, que por sua vez podem expor esses resultados para o público exterior ao da empresa, assim sendo, a empresa torna-se mais solida aos olhos do mercado e sua credibilidade aumentada também para potenciais investidores e renderão bons negócios futuros. (PADOVEZE, 2010).

A auditoria estabelece uma função de apoio à gestão além de ser muito importante, tornou-se fundamental no mundo empresarial atualmente. Por meio da auditoria pode-se avaliar, mensurar, verificar os métodos se foi corretamente escriturado, podendo corrigi-los caso necessário, envolve obtenção e avaliação de evidências a respeito das demonstrações contábeis de uma organização para emissão de seu parecer, em conformidade com os princípios da contabilidade.

Outro ponto forte da Auditoria Interna e para eliminar problemas de dentro da empresa tais como roubos, desvios de matérias e manipulação de informação de caráter decisório o gestor nunca trará lucro real a organização. A informação mais rápida e, portanto, terá uma ação também mais rápida na solução e em suas tomadas de decisão interno a organização e ao mercado externo. (BRANDI, 2007).

O auditor interno desenvolve o seu trabalho no âmbito do cumprimento das normas internacionais para o exercício profissional da auditoria interna, o que confere segurança e confiança ao Conselho de Administração, que o seu trabalho e o resultado disso serão de valor e aplicabilidade para a melhoria dos controles e resultados da entidade (CREPALDI, 2009).

O responsável pelo departamento de auditoria interna deve depender de uma pessoa com alto nível hierárquico dentro da organização, o que lhe permite independência de seu trabalho e não tem limitações em seu desempenho; o departamento de auditoria interna, portanto, deve estar dentro do organograma, a um nível que permite total autonomia no trabalho para desenvolver e tomar decisões e relatórios fornecem.

Segundo Florentino (1987), O Auditor Interno tem um papel diferenciado dentro da empresa em que atua, dentro do seu trabalho e acima de todos os outros funcionários, o auditor deve observar um rigor maior aos regulamentos internos da empresa, tornando-se ele um espelho para os demais empregados, tendo sempre um comportamento moral e funcional exemplar.

O auditor interno é dependente da empresa em que trabalha e é responsável por seus atos somente perante a empresa em que exerce suas atividades têm por objetivo a avaliação e investigação dos demonstrativos contábeis a fim de possibilitar a emissão de um parecer ou opinião sobre as mesmas.  O Auditor deve ser profissional, jamais revelando o conteúdo de suas investigações, ou utilizando-se dessas informações para proveito próprio, quando em suas analises detectar divergências só reportar fatos que possam ser comprovados através de documentação licita e que não possa ser contestada. (FLORENTINO, 1987).

Essas regras, devido à sua natureza geral, aplicam-se a todo o processo de exame e estão basicamente relacionadas ao comportamento funcional do auditor como pessoa humana e regulam os requisitos e aptidões que devem ser cumpridos para atuar como auditor (CREPALDI, 2009).

A complexidade das operações atualmente realizadas por empresas, e a concorrência que enfrentam, independentemente do tamanho ou dinheiro, exige que seus gerentes de recorrer ao apoio oferecido pelo Contador Público pela auditoria interna (ALMEIDA, 2012). Algumas vezes a função de vigilância é realizada por pessoas que realizam outras atividades dentro da organização, o que as torna juízas e parte. 

Para o funcionamento de uma empresa, é necessária uma administração que atue para atingir os objetivos para os quais foi criada. No entanto, também é importante criar um órgão que monitore suas operações e as ações da própria administração. 

Por esta razão, o trabalho de vigilância é reconhecido em todos os lugares e cada vez mais se torna mais importante em face da necessidade de proteger os proprietários da má gestão que poderia ser feita pela administração, e que na empresa há um órgão que é responsável por garantir a veracidade das atividades jurídicas e financeiras do mesmo (GOUVEIA, 2010).

O objetivo da auditoria interna é fornecer a administração um serviço de assistência construtiva, a fim de melhorar a condução das operações e obter maior benefício econômico para a empresa ou um cumprimento mais eficaz de seus objetivos institucionais. A auditoria internada pode fornecer informações importantíssimas para o processo decisório junto aos gestores em todos os departamentos da empresa, localizando as discrepâncias que esteja causando problemas nos sistemas contábeis, operacionais e administrativos do PMEs. (PINHEIRO, 2005).

A função de auditoria interna é uma atividade que não pode deixar de estar presente nas organizações de pequeno porte, com base nos benefícios que ela pode trazer para os gestores dessas empresas, através da prevenção e da eliminação das inconsistências nos procedimentos, políticas e controles, permitindo otimizar, assim, a proteção de seus ativos, suas operações e, consequentemente, seu desenvolvimento, crescimento e resultados financeiros.

Assim, a auditoria interna como conhecedora da realidade, das normas, das vulnerabilidades da empresa, torna-se um instrumento de assessoria a administração, tendo como resultado a redução dos riscos, da exposição desnecessária da imagem empresarial e viabilizando a concretização do poder decisório da gestão em momento de incerta e crise. (PINHEIRO, 2005).

Cabe a auditoria interna, orientada e de responsabilidade da alta administração deve examinar cada parte das suas funções e departamentos em períodos determinados, a fim de investigar a coerência das suas práticas e políticas com relação a legislação e a eficiência operacional. Bem como tem por objetivo também assegurar o controle e segurança das operações. 

Para Mourão (2012), A auditoria interna tem sua vantagem também na obtenção dos dados obtidos no processo de auditoria que constituem organizacionalmente todos os setores da empresa, uma fonte de solução a problemas causadores do rompimento de produtividade, fraudes, erros administrativos e operacionais e até mesmo há perda de potencial tomada de poder gerencial, sendo, isto muito sério do ponto de vista decisório para o presente e futuro da empresa no competitivo mercado consumidor.

Em geral, a auditoria, ciente de seu compromisso com a organização, de oferecer serviços eficientes, eficazes, econômicos e oportunos, deve ser orientada para o planejamento da auditoria com a visão do controle permanente da execução de estratégias de negócio (FRANCO, 2011).

A partir da auditoria interna, os administradores podem obter dados mais exatos a respeito da situação contábil da empresa, sobretudo no que diz respeito ao patrimônio e às finanças, para o auxílio no planejamento e na tomada de decisões. Além disso, a auditoria também auxilia na verificação dos problemas nos cumprimentos das obrigações acessórias, bem como fraudes pontuais ou mais gerais, e dessa forma, ela também contribui para a transparência e segurança dos estados correntes dos negócios frente a potenciais investidores.

A inclusão da auditoria interna nas empresas hoje está sendo muito discutida entre os empresários de empresas, médio e grande porte devido à busca da eficiência e eficácia nas empresas para melhor poder econômico no mercado competitivo. (BRANDI, 2007).

No ambiente interno da empresa também existem outros fatores que tendem a considerar que o trabalho dos auditores internos é atualmente mais importante do que nunca. Planejamento estratégico, as dimensões básicas dos negócios modernos e a reengenharia de mudanças podem ser identificadas como as principais.

A viabilização de se utilizar o planejamento estratégico em uma organização somente e aplicado se está pretende assumir os riscos para ser grande, pois, após os objetivos estabelecidos, haverá constantemente a necessidade de atualização e reavaliação das condições da organização frente ao desafios propostos no planejamento, os gestores estarão constantemente monitorando o desempenho com referência a  todos os quesitos propostos para atingir a meta, e são as estratégica do planejamento inicial o guia para que isso aconteça. (MIRANDA, 2005).

A estratégia definida como a determinação dos objetivos de longo prazo e objetivos básicos da empresa, a adoção de cursos de ação e a alocação de recursos necessários para atingir esses objetivos constituem um guia de ação para a gestão. Com base nas estratégias desenhadas, são adotadas medidas para adaptar a estrutura organizacional, alinhando seus papéis, sistemas e habilidades, como elementos componentes dos mesmos.

Assim, definidos as necessidades reais da organização e seus objetivos principais, entra em vigor o planejamento estratégico desenvolvido com base na proposta de crescimento e que vem delimitar duas frentes de ação, sendo, a de potencializar os pontos positivos da empresa, transformando-os em armas de oportunidade, isto é, potencializando as virtudes que a organização possui e ao mesmo tempo, trabalhando incansavelmente contra os pontos negativos que reduzem os resultados da organização frente as suas metas. (ROLLOF, 2008). Segundo Euzébio e Barbosa (2006):

É de responsabilidade da auditoria interna, auxiliar ao gestor da empresa na melhoria dos negócios, buscando mostrar problemas nas diversas áreas e sugerindo correções como apoio necessário ao desenvolvimento produtivo de toda empresa.

A organização moderna exige mudanças para que a estrutura de negócios alcance flexibilidade, eficiência, produtividade e qualidade. Nesse esforço, os processos são projetados para obter maior produtividade na relação recursos – metas, incorporando estruturalmente à qualidade total e orientando todas as atividades para o cliente.

O Planejamento Estratégico voltado a auditoria interna em organizações como Micro e Pequenas Empresas são bem mais complexo do que normalmente aparenta, tendo em vista, suas nuances quanto a espaço geográfico, capacidade de produção, concorrência predatória, capacidade de investimento e obtenção de assessoria especializada, e sem levar em consideração aspectos internos como gestores, colaboradores, fornecedores e consumidores que apresentam respeitável dificuldades de gerenciamento. (FERNANDES, 2005).

Os procedimentos que são implementados devem ser simples, flexíveis e preparados, para obter os resultados esperados com o mínimo de tarefas, aplicando o princípio da qualidade total (redução de custos, tempo e erros para um melhor resultado).

A auditoria interna e contínua e após sua aplicação é formulação irá conduzir os passos dos administradores na resolução dos problemas, onde deveram ser realizados os aperfeiçoamentos internos, porque das regras internas não estarem sendo cumpridas e reformulação dos procedimentos contábeis, operacionais e administrativos encontrados fora das normas da empresa. (JUNDI, 2001).

A auditoria interna normalmente possui um número maior de testes em função da disponibilidade de tempo do auditor na empresa. É ideal que haja integração entre os dois tipos de auditoria para que o tempo entre elas não se estenda muito, enquanto a auditoria interna baseia se em atividades relacionadas com o andamento de cada função ou departamento, examina cada ramo ou segmento para observar a eficiência dos aspectos de controle da empresa. Já os papéis da auditoria externa é a revisão completa das atividades e de maneira menos detalhada (VICENTE, 2015). 

Segundo Maximiano (2015) responde às necessidades financeiras ou administrativas da própria empresa auditada. Portanto, é realizado por um funcionário da organização, mesmo que seja um contador externo contratado para prestar serviços para o desenvolvimento deste trabalho, uma vez que também responde aos pedidos da empresa. Em termos gerais, trata-se de um processo de revisão contínua que avalia as demonstrações financeiras e a conformidade com as políticas e regulamentações da empresa, em busca de melhorias a serem aplicadas.

Os processos de negócios precisam de várias formas de controle interno para facilitar a supervisão e o monitoramento, evitar e detectar transações irregulares, medir o desempenho contínuo, manter registros comerciais adequados e promover a produtividade operacional. Os auditores internos revisam o desenho dos controles internos e propõem informalmente melhorias, e documentam quaisquer irregularidades relevantes para permitir investigações adicionais pela administração, se isso for justificado sob as circunstâncias (MELO; SANTOS, 2015).

A auditoria interna desempenha um papel importante para as empresas na prevenção de fraudes. Análises recorrentes das operações de uma empresa e a manutenção de sistemas rigorosos de controles internos podem prevenir e detectar várias formas de fraude e outras irregularidades contábeis. Profissionais de auditoria auxiliam na concepção e modificação de sistemas de controle interno cuja finalidade inclui, entre outras coisas, a prevenção de fraudes (MIRANDA, 2015).

A diferença entre uma e outra auditoria é a parte que a chama e o escopo de cada uma delas. O interno é de controle organizacional e tem como principal objetivo a melhoria do mesmo; O externo, por outro lado, busca avaliar a confiabilidade das informações financeiras da empresa. No entanto, em ambos os casos, o procedimento de análise e avaliação permanece o mesmo.

Segundo Muller; Oliveira (2015) todas as auditorias devem fornecer um relatório detalhado das irregularidades e deficiências encontradas no sistema contábil da entidade em exame, indicando a origem das mesmas e, se possível, algumas recomendações para corrigi-las. As não-conformidades comumente encontradas são: 

  • Violação dos estatutos da empresa. 
  • Erros ou omissões nos processos de registro contábil. 
  • Não cumprimento de disposições legais e fiscais. 
  • Sistemas de contabilidade ruins. 

Em maior medida, existem fraudes ou manobras que visam o desfalque da empresa ou a violação de encargos fiscais. Deve ficar claro que não é um ramo da contabilidade, apenas mede e avalia a integridade e os resultados dos processos contábeis de um negócio, a fim de qualificar e detectar quaisquer irregularidades que possam ocorrer. De fato, é possível auditar todas as áreas de uma organização, para que a auditoria possa ser considerada como uma atividade de revisão e avaliação completamente independente (NEVES, 2015).

Deste modo, entende-se que uma auditoria interna é projetada para analisar os principais riscos enfrentados pelo negócio e como o negócio está gerenciando esses riscos com eficiência, resultando normalmente em recomendações para melhorias nos departamentos. No entanto, no que diz respeito a auditoria externa, está enfoca as finanças e os principais riscos associados aos negócios financeiros da empresa.

Tendo em conta os fatores do ambiente interno e externo, que influenciam o desenvolvimento da empresa, é necessário conhecer e ter clareza sobre o objetivo da auditoria interna como elemento fundamental para o bom desenvolvimento do mesmo, bem como o escopo. 

3 CONSIDERÇÕES FINAIS

O trabalho de auditoria não é mais privilegio das grandes corporações, pois, nos tramites atuais mesmo empresas de Micro e de Pequeno Porte podem contratar empresas especializadas em auditar praticamente todo o setor de uma empresa.

Então, respondendo à questão problema a atuação da auditoria mais especificamente em Micro e Pequenas Empresas através do seguinte questionamento, mas, afinal, quais as reais contribuições da Auditoria Interna como fomentadora da competitividade empresarial e sua importância na sobrevida da organização de pequeno porte?

Assim, através da revisão bibliográfica a qual o artigo propôs ser realizado, concluiu-se afirmar que essas auditorias tem o objetivo de fornecer ao tomador de decisões da empresa a contribuição necessária a sua tomada de decisões baseando-se numa clara e verdadeira realidade dos demonstrativos físicos e contábeis da instituição, desde que respeitados os limites legais da lei e autorizados pelas normas brasileiras de auditoria, e que sua realização não é somente para fins de aparência e sim de sobrevivência no mercado competitivo.

Auditoria é o ato de constatar a licitude de títulos jurídicos e das convenções da empresa no âmbito de seu funcionamento ou de suas relações com fornecedores e clientes. Em síntese, pode-se definir que a auditoria é uma comparação entre o que está regrado e o que está explícito. Já a perícia, é uma verificação de dados. É muito comum ainda na atualidade pensarmos em perícias e lembrarmos do judiciário. Contudo, a cada novo dia as organizações têm visto no perito um diferencial de ganho para sua empresa.

O futuro da auditoria é condicionado, em grande parte, pelos três elementos fundamentais, tais como: sua relevância, seus desafios e seu conhecimento, e pela inter-relação existente entre eles. A redução das disparidades entre as empresas, exigirá da indústria uma mudança na forma como ela se comunica com o resto da sociedade, de modo que, sem perder o seu rigor, ser capaz de tirar partido das novas tecnologias que os usuários e administrações os percebam mais próximos e mais sensíveis às suas necessidades de transparência. 

Mas este esforço na melhoria do conhecimento só será eficaz se ao mesmo tempo as técnicas e regulamentos permitir que o progresso da auditoria em curso, com base em uma abordagem retrospectiva financeira, baseada estritamente em números, tenha um enfoque global e integral, baseada em riscos e que permita emitir uma opinião baseada em números e textos. Ao mesmo tempo, é necessário apostar claramente nas regras que favorecem que o relacionamento com o cliente, até agora pontual, se torne contínuo.

Em relação ao objetivo principal proposto que é estudar os modelos aplicáveis em auditoria para Micros e Pequenas Empresas com ênfase na Auditoria Interna demonstrou-se que tem muito a agregar no crescimento da empresa, pois sua aplicação não restringe-se somente a fiscalizar e demostrar os erros ou ações danosas, mas também viabilizar recomendações para correção de tais riscos encontrados, então, cada auditoria interna dentro daquilo que é possível ser realizado e do objeto proposto pela gestão da empresa, contribui para que o procedimento passe não somente de fiscalização, mais principalmente para consultoria voltada ao crescimento empresarial e de uma melhor gestão de negócios.

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