A HIDROTERAPIA COMO TRATAMENTO COM ÊNFASE NA ARTROSE DE JOELHO DA PESSOA IDOSA

HYDROTHERAPY AS A TREATMENT WITH AN EMPHASIS ON KNEE ARTHROSIS IN THE ELDER PERSON

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10095395


Orientador: Felipe Eden Souza De Oliveira¹, Dayana Sariny Aguiar Vieira2, Fernanda Oliveira Pinheiro3, Francisco Tiago Sousa Dos Santos4, Raquel Sifra Souza Gomes5, Thalia Martins Conrado6


RESUMO 

INTRODUÇÃO: A osteoartrose é uma degeneração que ocorre nas cartilagens por  consequência da diminuição do espaço articular.Causando sintomas como rigidez  articular, fraqueza muscular e diminuição da mobilidade articular. É muito comum em  pessoas idosas acima de 60 anos. OBJETIVO: Esta revisão bibliográfica visa  descobrir mais sobre o tratamento fisioterapêutico através da  hidroterapia. METODOLOGIA: Esta revisão foi feita através de artigos publicados  entre 2010 e 2023, em bancos de dados como: Google acadêmico, SciELO, PubMed,  Livros de Anatomia e Fisioterapia aquática. CONCLUSÃO: Conclui-se que a  hidroterapia tem sido muito eficaz para diminuir o quadro álgico e melhorar a qualidade  de vida do paciente que possui essa doença crônica. 

Palavras-chaves: Artrose, hidroterapia, fisioterapia aquática, tratamento  fisioterapêutico. 

INTRODUÇÃO 

O Brasil detém atualmente um total de 31,23 milhões de pessoas idosas, isto  é, pessoas na faixa dos 60 anos ou mais, o que representa um aumento de 4,8 milhões  comparados a estimativa do ano de 2017, sendo assim um total percentual de 16,7%  da população brasileira; deste modo a comunidade idosa no país representam  pessoas de idade a partir dos 60 anos ou mais1

Os cuidados com a saúde e bem estar nesta fase da vida são cruciais  mediante a delicadeza que esta etapa da vida pode apresentar na saúde física.  Mediante estes fatores o aumento de doenças crônicas degenerativas, tornam-se  comuns, por serem elementos ligados a incapacidade funcional dos Idosos2

A artrose é o exemplo a ser explanado neste estudo como uma destas  patologias comumente atribuída à idosos. Esta é uma doença degenerativa que afeta  as cartilagens da articulação e também o osso subcondral, sendo, porém, mais  agressiva no Joelho, este que por sua vez é responsável pela sustentação dos  membros superiores e por ser uma região caracteristicamente constituídas por  ligamentos, que sustentam os membros superiores, e consequentemente fadada a  sofrer grandes esforços e apresentar lesões ou sobrecarga articular 3.  

Existem vários recursos fisioterapêuticos que ajudam a amenizar os sintomas  deste distúrbio físico, dentre estes está o método da Fisioterapia aquática, que  segundo Neves et al, proporciona uma relativa analgesia nas dores, reduzindo a  rigidez e o impacto articular, pois também fortalece as regiões musculares4.  

Neste estudo, mediante o exposto abordaremos os conceitos e a importância  deste tratamento hidroterápico, que se apresenta como o mais indicado para estes  casos, por oferecer significativas melhoras, devido as propriedades aplicadas e os  efeitos fisiológicos apresentados após o tempo de aplicação deste 5 

Diante do exposto, o intuito desta pesquisa é analisar a efetividade dos  métodos de fisioterapia aquática e os benefícios promovidos por este tratamento em  paciente idosos acometidos por esta enfermidade incomoda.

JUSTIFICATIVA 

 A hidroterapia é um recurso fisioterapêutico que tem sido cada vez mais  utilizado visando a recuperação mais rápida e melhora dos pacientes com problemas  ortopédicos, devido possuir vastas vantagens decorrentes das propriedades físicas e  dos efeitos fisiológicos propiciados pelo meio aquático que tal prática propicia.  

A hidroterapia é um processo que proporciona atividades confortáveis para  pacientes com osteoartrose de Joelho em especial Idoso, além de contribuir para  analgesia diminuição de edema, conservação da força muscular. Este tratamento é  bastante comum para as articulações que desempenham o suporte do peso corporal,  como o caso dos joelhos. A água aquecida reduz o impacto que até então acarretaria  um desconforto se realizado em solo, em um primeiro momento.  

Diante do exposto este estudo visa analisar o tratamento fisioterapêutico em  pacientes idosos que desenvolvem osteoartrose de joelho, utilizando o método já  citado, por este beneficiar na melhora da força muscular, funcionalidade, equilíbrio  postural, redução da dor, enfim proporciona uma melhor qualidade de vida ao  indivíduo acometido pela doença. 

OBJETIVO GERAL: Evidenciar o tratamento pelo método de Hidroterapia no intuito  de propiciar a amenização dos sintomas patológicos consequentes do aparecimento  da Artrose de Joelho.  

OBJETIVO ESPECÍFICO:  

• Analisar os impactos e resultados alcançados pela prática dos Exercícios da  Hidroterapia. 

• Reduzir o quadro álgico, propiciando a diminuição do edema. 

• Melhorar a mobilidade articular e ganho de força, proporcionando qualidade de  vida. 

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 

1 – ANÁLISE ESTRUTURAL E FUNCIONAL DO JOELHO 

Este estudo visa analisar a doença de Artrose de joelho em idosos, com isto,  para o desenvolvimento e melhor entendimento desta doença, quanto ao seu  surgimento (Gênese) e tratamento, torna-se necessário compreender alguns  conceitos estruturais e funcionais da região citada, sendo eles a Anatomia do Joelho  a Fisiologia, e a Biomecânica. 

1.1 – Anatomia do Joelho. 

O conceito geral de Anatomia Humana, é descrito como uma ciência que  estuda os sistemas do corpo humano assim como a parte fisiológica de cada membro  quanto as suas respectivas funções6

A região do joelho, é uma localidade estrutural anatomicamente complexa, seu  mecanismo extensor é formado pelos ossos do fêmur, patela e tíbia, também pelo  ligamento cruzado anterior (LCA), o ligamento cruzado posterior (LCP), o ligamento  colateral fibular (LCF) e o ligamento colateral tibial (LCT) são importantes estruturas  estabilizadoras, ou seja estas divisões estruturais, trabalham funcionalmente entre si  para desempenharem a função da articulação do joelho, desempenhando esforços  estáticos e dinâmicos, ou seja, de modo análogo, sustentam e permitem a  movimentação do Corpo7

O joelho é uma articulação em mecanismo de dobradiça, formada pela  articulação Tibiofemoral, e a articulação Patelofemoral. A articulação Tibiofemoral  encontra-se localizado entre os côndilos lateral e medial da extremidade distal do  Fêmur e o Platô tibial, estes são revestidos por uma camada espessa de cartilagem  hialina.8 

More et al, propõem que o Joelho é a maior articulação do Corpo humano,  além de ser mecanicamente a mais solicitada, estas ações com o passar dos anos,  promovem o surgimento de vastas lesões, dentre os quais podem ocorrer, rompimento  parcial ou total dos Ligamentos, fissuras e lesões nos meniscos, fraturas, lesões  osteocondrais etc9

1.2 – Fisiologia do Joelho 

Este ramo estuda o conceito funcional de cada elemento estrutural de um  corpo6. Silverthorn define a Fisiologia como o estudo dos funcionamentos de um  organismo e de suas partes, além de todos os processos físicos e químicos10.  

Em termos específicos, o joelho possui papel funcional de vasta importância,  de certo que, este é frequentemente submetido à ação do peso corporal, ou  significativamente aos estresses biomecânicos diariamente, entretanto esta região  está constantemente ligada a lesões, principalmente por atletas de alto rendimento8 

Segundo Oliveira et al, primariamente o joelho possui a função de estabilização  do estresse em valgo, que consiste no esforço de curvatura comum realizada pelo  corpo humano, também possui a função de suportar os estresses rotacionais exigidos  sendo a análise deste último, de extrema importância para análise de lesão  ligamentar, que servirá de orientação ao Fisioterapeuta para a definição adequada de  tratamento específico11

1.3 – Biomecânica do Joelho 

A Biomecânica é uma ciência da área de biológicas que analisa por meios  Físico – Matemáticos os movimentos e esforços mecânicos dos sistemas biológicos,  deste modo, promove o estudo das análises físicas dos movimentos do corpo  humano12.  

Estes movimentos que naturalmente ou não, sujeitam o joelho a determinados  esforços, o tornam um dos membros mais solicitados do corpo humano e um dos mais  afetados, devido aos esforços mecânicos que podem estar sendo aplicados por ser  uma região que fisiológica e funcionalmente, possui a tarefa de suportar os membros  superiores do corpo humano5.  

A Região do Joelho, possui movimentos e estabilidade, esta realiza a união  entre a extremidade distal do fêmur e proximal da tíbia, formando a articulação  femorotibial; é uma articulação sinovial em dobradiça entre o fêmur e o osso da tíbia  com alinhamento em 10° em geno valgo (Curvatura Normal). Diante disto, quanto a  sua Biomecânica, realiza movimentos que podem ser: Flexão ocorrendo no plano  sagital e angulação próxima dos 120° na região entre compreendida entre os côndilos  do fêmur e da tíbia; Movimento de angulação de 120° com o quadril estendido, angulação de 140° com o quadril flexionado; angulação de 10° medial e 30° Lateral;  deste modo este sistema forma a complexa articulação do joelho13.  

Para Aquino (2021) a função biomecânica do Joelho é regida pela interação  entre o conjunto de componentes que contribuem para o correto funcionamento desta  região, sendo eles a patela a porção distal do Fêmur, os músculos, meniscos, as  cartilagens articulares, cápsula sinovial, ligamentos colaterais, os ligamentos  cruzados e a porção proximal da tíbia; Caso um destes elementos sejam sujeitos a  um dano, poderá comprometer ou ocasionar um desequilíbrio da biomecânica natural  do joelho e assim acarretar na degradação de todo o sistema articular limitando a  movimentação do membro14

2 – FISIOPATOLOGIA, OSTEOARTROSE DE JOELHO 

A Fisiopatologia é um termo cientifico usado para descrever uma análise  comportamental de um corpo, quando este está submetido à alguma anormalidade,  estes fatores estão ligados a uma origem, e este ramo da ciência procura estudar  distúrbios funcionais e seus significados clínicos ou seja a natureza desta patologia,  deste modo tais análises são fundamentais para que se possa clinicamente obter o  prognóstico exato (evolução e /ou o desfecho da doença no paciente) ou seja se será  necessário internar, dar alta ou até mesmo diagnosticar um óbito.15  

Dentro destes conceitos de fisiopatologia, a Osteoartrose, (OA), também  conhecida como Osteoartrite, ilustra o exemplo de doenças patológicas, que afetam a  articulação, esta que por sua vez possui origem multifatorial para o seu surgimento.16 

A osteoartrite é uma afecção das articulações caracterizada por fortes dores  que incide pela insuficiência de cartilagem, e está associada a uma variedade de  atributos patológicos, podendo ser, sobrecarga mecânica, alterações bioquímicas da  cartilagem, membrana Sinovial, além do fator genético também influir em sua  Gênese17

Pode-se descrever a Osteoartrose (OA) como uma doença crônico degenerativa, que afeta as articulações sinoviais, sendo o joelho a mais afetada.  Caracteriza-se por dor, rigidez articular, perda de força muscular, influenciando na  funcionalidade.18

Esta enfermidade não somente afeta a cartilagem hialina, mas também  prejudica as estruturas periarticulares como o osso subcondral, consequentemente  ocasiona na diminuição da produção do líquido sinovial e ainda, acomete também os  osteófitos centrais ou marginais, deste modo, status que se apresenta, é de um quadro  inflamatório crônico com esclerose articular19.  

Um dos fatos curiosos é que devido as características da osteoartrite de Joelho,  que são as alterações e erosão das superfícies cartilaginosas articulares, levavam os  profissionais de saúde antigamente, a optarem por intervenções cirúrgicas e a  procedimentos fisioterapêuticos que não constavam como cogitados, devido às  limitações de informações para a época.20  

3 – FATORES ETIOLÓGICOS PARA A GÊNESE DA OSTEOARTROSE DE JOELHO

De acordo com Borges et al , A Osteoartrose de Joelho é caracterizada por ser  uma doença Crônica, ou seja, desenvolve-se ao longo dos anos, além de não possuir  tratamento curativo; O joelho acometido pela artrose, traz consigo os seguintes  sintomas patológicos tais como, dores constantes no ato de movimentação, rigidez  articular (Limitação ou dificuldade em realizar os movimentos comuns da articulação),  crepitações (Estalos na articulação afetada) diminuição da mobilidade articular e  fraqueza muscular.21 

Os fatores etiológicos que estimulam o surgimento da Artrose de Joelho, esta  que se configura como uma patologia crônico degenerativa, estão fortemente  relacionados ao estilo de vida intenso e comprometedor do indivíduo, por meio da  exposição a atividades Funcionais específicas e de grande esforço ao longo do tempo  além da obesidade, da velhice e ainda também pode estar ligada a traumas oriundos  de algum esporte.22.  

Quanto aos fatores de risco que ocasionam a AO, Gama e Silva, relatam que os fatores de risco da osteoartrose no joelho, são ocasionados pela obesidade,  atividades ocupacionais repetitivas, períodos prolongados em posição agachada e  ajoelhada, lesões de meniscos e ligamentos e atividades esportivas de alto nível  competitivo (que impõem grande impacto sobre o membro inferior). 23 

Segundo Olej et al, a obesidade é uma das principais influências  fisiopatológicas culminantes para o surgimento da osteoartrite, uma vez que o aumento do índice de massa corpórea está altamente ligado ao surgimento da doença  nas articulações do Joelho24;  

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade, doença  crônica, complexa e multifatorial alcançou status com proporções epidêmicas  preocupantes no mundo, isto fez com que está patologia tenha se tornado uma  questão a nível de saúde pública. Mesquita e Cunha, afirmam que o Brasil ocupa o  quinto lugar em números de pessoas obesas em um período de 60 anos, o que  coincide em paralelo com o aumento dos casos de OA no mundo ao longo desse  tempo.20,25 

4 – A OSTEOARTROSE DE JOELHO EM IDOSOS. 

O envelhecimento é um forte elemento que ocasiona a OA fator de foco deste  presente estudo, possui o intuito de promover a informação e a indicação dos  tratamentos adequados para esta doença em Idosos. Por ser crônica e incurável, os  profissionais de fisioterapia precisam ter cautelas com esses tipos de pacientes pois  deve-se levar em consideração, que fase da vida exige grandes cuidados e delicadeza  para a preservação da saúde e integridade física do mesmo20

As dores crônicas em idosos, são recorrentes em pacientes acometidos por  doenças reumáticas como a artrose, este fato evidentemente transforma-se em um  incômodo de alta relevância por limitar o enfermo na execução de determinadas  atividades, diante disto para alívio destes sintomas a fisioterapia apresenta-se como  uma alternativa significativa no auxílio do combate a doença, por este motivo é um  dos meios mais procurados ou indicados26 

Constata-se que dentre os gêneros afetados que mais buscam o sistema de  saúde por motivo de OA, são mulheres idosas, ou seja, o gênero feminino é o mais  suscetível a serem acometidas por esta doença; dado ao fato de mudanças hormonais  que estas sofrem ao longo da vida, principalmente após a menopausa, uma vez que  corporalmente estas sofrem mudanças extrema e o sistema hormonal atua em  baixa.20 

O Envelhecimento é um processo natural ao qual todo ser vivo está fadado a  presenciar; consiste em uma alteração Fisiológica que se apresenta no decorrer dos  anos; este por sua vez, apresenta grande protagonismo fatorial para a gênese da osteoartrose, ou seja, para o surgimento da doença, sendo assim, configura-se como  um problema Fisiopatológico comum em indivíduos idosos com idade entre 60 anos,  na maioria dos casos;27.  

De acordo com Feitosa et al, a OA possui grande incidência em 20% da  população idosa do mundo, entre indivíduos a cima dos 60 anos, sendo a maioria dos  casos em Mulheres. Contudo, estima-se que esta possa se tornar a sétima morbidade  de maior ocorrência no mundo até 2020.19 

4.1 – Prognóstico  

Antes de avançar no estudo deste tópico, é necessário compreender a  definição de prognóstico para uma melhor compreensão do conteúdo; O prognóstico  de uma doença é um termo médico utilizado para analisar as consequências e status  de evolução de uma doença em um paciente; Isto promove um leque de informações  que ilustram se a enfermidade uma vez estabelecida, acarretará a pessoa enferma,  limitações funcionais que podem desestabilizar a rotina, aparecimento de dores e até  mesmo uma estimativa de vida deste indivíduo dependendo da enfermidade.28 

Poucas informações existiam sobre a origem e o tratamento da AO, até então  a solução eram tratamentos por meio de intervenções cirúrgicas e não o apelo a  fisioterapia; o que já é sabido, é que esta patologia não possui uma cura efetiva, porém  a medicina contemporânea, dispõe de tratamentos e métodos intensivos que somente  proporcionam principalmente o alívio das dores.29 

Diante disto, o profissional de fisioterapia, deparado a estes casos,  principalmente deparado a delicadeza em que se encontra uma pessoa idosa, caberá  a este buscar os melhores métodos que por meio de exames extraídos e análises, e  optar pela melhor forma aplicada ao paciente para ajudá-lo. Com isto, vários recursos  hoje em dia estão disponíveis como ideais, e as possibilidades podem variar, desde o  método convencional, (por meio de tratamentos medicamentosos, desde que aliados  também a medidas de emagrecimento), quanto a exercícios fisioterápicos com foco  em aumento da força, propriocepção de flexibilidade e de amplitude de movimento.30

4.2 – Questão Fisioterapêutica para o Tratamento 

Para fins metodológicos, a Fisioterapia Aquática aparece como um meio  bastante eficaz para o tratamento da Osteoartrose de Joelho, não somente para  idosos mas na maioria dos pacientes em geral. Uma vez que este estimula o  fortalecimento e o alongamento dos grupos musculares afetados, proporcionando  também a redução da rigidez, alívio da dor, além da correção da postura, ou seja,  ajuda a impedir a progressão da enfermidade influenciando positivamente no  prognóstico do paciente que lhe possibilita a convivência sem muitas inconveniências  com a doença em seu dia a dia.31 

No caso do paciente idoso, a hidroterapia surge como um tratamento ideal para  auxílio na convivência da patologia no dia a dia 2. Ainda como embasamento indicativo  para tratamento, Belmonte et al afirmam que: “O exercício terapêutico aquático  apresenta-se como uma das principais intervenções terapêuticas no tratamento da  OA”.18 

Para Oliveira et al, a Hidroterapia, quando bem aplicada, apresenta-se como o  método mais adequado e efetivo para o tratamento da OA em Idosos, pois este  promove o bem estar o conforto, alívio das dores, devolução das funções articulares,  mobilidade física etc. Em outras palavras proporciona a devolução da qualidade de  vida do indivíduo idoso.11 

4.3 – Protocolos para a Iniciação ao tratamento (Informações Gerais). 

Para a iniciação de qualquer tratamento em um indivíduo, incialmente é  necessário coletar informações específicas para estabelecer os parâmetros dos  processos a serem programados, nortear o grau de acometimento da comorbidade,  definir objetivos terapêuticos além de tudo investigar se o paciente é adaptado ao meio  líquido, pois sabe-se que 50% dos pacientes que iniciam a reabilitação aquática não  estão adaptados ao meio líquido.Para todo esse processo auxilia o fisioterapeuta,  para que este profissional defina um tratamento assertivo e preciso, respeitando  minuciosamente os procedimentos, afim de propiciar garantia e segurança ao  paciente e demais pessoas ao redor; após estas pré-análises o paciente recebe a  solicitação do Médico para a aplicação da Fisioterapia aquática agendando uma  avaliação com a enfermagem, nesta etapa o enfermo, não pode apresentar lesões de  pele, doenças infectocontagiosas etc32.

4.4 – Avaliação em Idosos 

Pacientes idosos precisam de atenção e procedimentos específicos, dado a  delicadeza proporcionada a esta fase da vida; Dentre os pontos a serem avaliados  estão as medidas de desempenho físico, para que se possa estimar o desempenho e  grau de fadiga que poderá ocorrer com o paciente; a avaliação dos sinais vitais, pois  sabe-se que na fase idosa é comumente atribuído a isto as alterações de pressão  arterial e cardiopatias, diante do exposto, havendo assim um diagnóstico ou até  mesmo uma hipótese diagnóstica de uma cardiopatia, o enfermo deverá ser orientado  a avaliações por um médico cardiologista dando a aval para a liberação deste paciente  ao tratamento aquático.33 

4.5 – Cuidados com a Pele. 

Os profissionais que trabalham em piscinas principalmente ao ar livre, estão  sujeitos ao surgimento de lesões de pele, queimaduras e até câncer de pele; mediante  a isto alguns cuidados devem ser tomados, tanto os profissionais quanto os pacientes;  dentre estes cuidados estão a utilização de protetor solar contra incidência dos raios  Ultra violetas (UV) com FPS 30 de amplo espectro (UVA e UVB), utilizar sempre meia  hora antes das atividades aquáticas quando houver exposição ao sol, quanto a esta  exposição o ideal é evitar entre as 10 e 16h. Ainda neste mesmo conceito, precisa-se  tomar cuidados com pacientes portadoras de doenças sistêmicas como diabetes,  possuem maior tendência a apresentar pele ressecada e contraírem infecções  cutâneas, inclusive micoses, estes devem ser orientados a realizarem exames  médicos periódicos.34 

4.6 – Temperatura 

Em termos físicos o Calor específico é a quantidade de energia ideal para que  1grama (1 g) de água tenha a elevação de temperatura em 1° C. Seguindo-se deste  princípio a perda de calor da água é 25 a do ar, está perda pode ocorrer por meio de  condução, através do movimento de energia térmica de algo mais quente para o frio,  ou por convecção que é a perda de calor ocasionada pelo movimento da água contra  o corpo, mesmo que ambos estejam na mesma temperatura, ou seja se o paciente  adentrar a água, este perderá calor quando submerso, com o tempo os músculos  serão afetados e este por consequência virá a sentir frio; Deste modo então os  exercícios vigorosos em água fria geram uma queda da temperatura corporal central, logo a temperatura ideal para as atividade do paciente devem variar entre 32 a 35° C.  32 

5 – HIDROTERAPIA. 

A Hidroterapia (do Grego: “hydor” = água e “Therapeia” = tratamento), é um  dos recursos fisioterápicos mais antigos existentes, e que usa a água com um meio  terapêutico para o auxílio com doenças.2 

De acordo com França et al, este método hidroterápico tornou-se  constantemente recomendado por profissionais de Fisioterapia, para auxílio no  tratamento de pacientes com diagnóstico de Osteoartrose de Joelho, pois este,  proporciona maior segurança ao paciente que por estar em um ambiente fechado,  oferecendo deste modo menos riscos de quedas e demais sinistros em relação a  atividades em solo.35  

Também conhecida como Fisioterapia aquática ou hidrocinesioterapia, de  modo geral, é uma especialidade da Fisioterapia que se utiliza da piscina terapêutica  com a água aquecida e que permite a acessibilidade para tratamento em diversas  áreas e níveis de saúde; este método se utiliza da técnica de Mecânica dos  Movimentos e dos Fluidos.36  

A Hidrocinesioterapia apresenta-se como o tratamento mais indicado a  pacientes com osteoartrose de joelho, especialmente pessoas idosas, pois tratam-se  de atividades proporcionadas pela Hidroterapia, ocorrendo estes em tanques e  piscinas com água aquecida, proporcionando menos impactos agressivos ao paciente  devido às propriedades físicas da água.37  

No contexto atual, para o controle e tratamento em Idosos diagnosticados com  Artrose de joelho, a Hidroterapia é a Metodologia que apresenta os melhores  resultados, e efetivos sinais de melhora no controle da dor, uma vez que a água  aquecida estimula um melhor desempenho do sistema circulatório  musculoesquelético, água quando aquecida, proporciona terapeuticamente a  dilatação dos vasos, proporcionando assim com que haja o relaxamento das fibras  musculares. 38,39

6 – TÉCNICAS APLICADAS À HIDROTERAPIA 

Segundo Rodrigues et al, no âmbito do método hidroterápico, outras técnicas  também podem ser implementadas e associadas ao tratamento, no entanto diante dos  resultados alcançados e melhorias fisiológicas significativas, destacam-se assim três  métodos mais comuns utilizados, sendo eles o Bad Ragaz, o método Halliwick e o  watsu.2 

6.1 – Anéis de Bad Ragaz 

Bad Ragaz é uma cidade da Suíça, o que justifica o nome deste método é o  fato de que esta técnica surgiu em banhos termais nesta cidade por volta de 1960 e  1975. Seu conceito trata-se de uma modalidade terapêutica que tem como princípio a  resistência, realizado um a um (Fisioterapeuta Tratando um paciente), por meio de  anéis flutuadores apoiados ao pescoço, quadril e tornozelos, realizando assim uma  terapia de movimento no intuito de promover a melhora das funções corporais.40 

Segundo Waksman e Farah este método, também conhecido pela sigla MABR,  metodologicamente é aplicada por meio de anéis flutuadores como já explicado,  onde este sistema é composto pelo terapeuta uma piscina e o próprio paciente; o  terapeuta para a realização das atividades, precisa estar com a água ao nível de T8 e  T10 e manter-se com os pés separados para uma maior estabilidade; a piscina,  precisa apresentar as dimensões de 0,90 a 1,20m de profundidade e temperatura em  torno de 33,3 e 36,6 °C. 34 

6.1.1 – Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) aplicada ao Bad Ragaz 

A técnica de anéis de Bad Ragaz, possui sua matriz sistemática toda baseada  no FNP, porém existem diferenciações entre ambas; quando aplicada ao MABR, a  FNP difere-se pela presença do terapeuta como estabilizador e não o uso da  Gravidade na sustentação do paciente por meio de flutuadores que são  desestabilizados ao Movimento e pela resistência da água na maioria das vezes e  pelo terapeuta algumas vezes.32 

As técnicas da FNP aplicadas ao MABR, consistem em atividades de  fortalecimento, exercícios isotônicos e isométricos realizados pelo próprio paciente;  deste modo, estruturas corporais capazes de suportar cargas mínimas, conseguem obter a capacidade de suportar cargas maiores devido a estímulos de baixo limiar,  adaptações da tensão muscular 40 

6.2 – Método Halliwick 

Desenvolvida por James McMillan em 1949, na Halliwick School for Girls,  instituto de ensino localizado na Inglaterra, caracteriza-se por um tratamento de  caráter recreativo e enfatiza a independência para nadar aos pacientes; A metodologia  deste tratamento é baseada em quatro princípios, o primeiro é a adaptação mental,  restauração do equilíbrio, inibição e Facilitação.32 

O objetivo deste método é proporcionar ao paciente, por meio de atividades  recreativas tipo gincanas, resultados como controle da respiração, do equilíbrio e  liberdade de movimentos; com isto o participante torna-se capaz, capaz de responder  com flexibilidade a diferentes estímulos, podendo também criar movimentos com  eficiência e independência.41 

6.3 – Método Watsu 

A técnica Watsu (Water – Shiatsu), a princípio foi criado para fins de  relaxamento, mas basicamente consiste em promover isto e o tratamento de  afecções.Para Oliveira et al, a prática clínica atual, vem gerando evidências positivas,  ao que tange esse tratamento em pacientes com pouca mobilidade corporal e tensão  muscular. Este método, consiste em um trabalho corporal aquático e permanece de  forma passiva flutuando e seu objetivo principal é promover o relaxamento do corpo e  da mente;11 

6.4 – MÉTODOS 

A elaboração deste presente estudo procedeu através da realização de pesquisas de revisão revisões sistemáticas e de relatos de caso, onde buscou-se  pelos temas do âmbito Osteoartrite, Idosos e Hidroterapia, com o foco de se elaborar  a linha de argumentação necessária para a obtenção dos resultados e informações  técnicas para defesa da tese. Ainda neste contexto utilizou-se um total de 66 artigos  obtidos através das principais ferramentas acadêmicas para este fim de estudo,  destacando-se principalmente os periódicos indexados SciELO, Google acadêmico e  outros, optando-se por artigos com atualizações a partir do ano 2010 até o presente  ano; também se fez necessário a utilização de Livros para a composição dos dados catalogados neste estudo. Utilizou-se como critério de não inclusão de periódicos  nesta pesquisa, aqueles com ausência de informações básicas como a revista de  publicação, o ano as metodologias aceitáveis utilizadas e principalmente a falta de  informação de links para respaldo de sua existência e publicação oficial, resultando  assim na exclusão de 16 achados literários. 

7 – RESULTADOS 

Com os dados obtidos nesta pesquisa, chegou-se a conclusão que todos os  autores dedicados a pesquisa da aplicação da Hidroterapia no tratamento da  Osteoartrose de Joelho em idosos e suas variadas possibilidades de aplicação  técnica, defendem de forma unânime, a total eficácia deste método na melhoria do  quadro álgico e do prognóstico do paciente. A seguir explanou-se em uma tabela  contendo 10 pesquisas científicas baseadas em estudos de caso, revisões  sistemáticas, ensaios clínicos randomizados e relatos de casos cujo os resultados  fomentam a qualidade dos benefícios da Fisioterapia aquática.

Tabela 1 – Artigos referenciados na pesquisa.

AUTOR/ANOOBJETIVOMETODOLOGIA
Amorim e Soares/  2021Sintetizar qual a função da  Hidroterapia no processo de  redução desses riscos, bem  como na condução dos  exercícios em IdososPesquisa de campo por meio de  entrevistas individuais
Sá et al/ 2021A visão atual sobre os efeitos  da Hidroterapia em pacientes  com osteoartrose e como  este tratamento se reflete na melhora dos sintomasRevisão sistemática.
Mattielo et al/ 2012Fornecer evidências  
relacionadas ao efeito de  exercícios terapêuticos sobre  o equilíbrio de mulheres com  osteoartrite (OA) de joelho
Revisão sistemática.
Cunha e Mesquita/  2021Buscar abordagens que  possam ser aplicadas na  prática clínica baseada em  evidênciasRelatos de Casos
Aveiro et al/ 2013Avaliar o impacto da  
Fisioterapia Aquática e da  Fisioterapia Terrestre na  capacidade funcional de  idosos com diagnóstico de  OA de joelho
Estudo de Caso
Cordeiro et al/2010Revisar a literatura científica  acerca da efetividade da  fisioterapia aquática na  população idosa e  
institucionalizada
Revisão Sistemática.
Rodrigues et al/  2021Propor um protocolo de  intervenção para  
osteoartrose de joelho  
utilizando exercícios em solo  e em água
Ensaios Clínicos Randomizados
Belmonte et  
al/2017
Analisar os efeitos do  
exercício terapêutico  
aquático na dor, aptidão  física e funcionalidade de  joelho de mulheres com  diagnóstico clínico de  
osteoartrose de joelho.
Ensaios Clínicos Randomizados
Vendrusculo et al/  2010Analisar o efeito de um  programa de  
hidrocinesioterapia no  
comportamento da força  muscular e da flexibilidade  em idosas sedentárias.
Estudo de Caso.
Azevedo et al/  
2012
Verificar a eficácia de um  programa de exercícios  aquáticos juntamente com a  crioterapia em uma portadora  de gonartroseEstudo de Caso Clínico
Fonte: Autoria Própria

8 – FLUXOGRAMA 

Figura 2 – Fluxograma de elaboração da Pesquisa

Fonte: Autoria Própria

9 – DISCUSSÕES.

Conforme os estudos na Tabela 1 apresentados os autores Amorim e Soares,  relatam em seus estudos uma análise de estudo de campo com 10 idosos, sendo 9  homens e 1 mulher portadores de osteoartrose de joelho em tratamento com  Hidroterapia por meio de entrevistas com cada paciente, os relatos adquiridos  retratam que estes pacientes buscaram o método hidroterápico para fins de lazer,  entretanto passaram a apresentar, a melhora da qualidade de vida, melhora no desempenho do condicionamento físico, alívio das dores, diminuição da  Sintomatologia advinda da doença, como dores, perdas funcionais e dificuldades na  marcha.42 

Sá et al, apresentam um estudo baseado em uma análise de dados sobre o  tema Hidroterapia no tratamento de Osteoartrose de Joelho por meio de 14 Artigos  que apontam a intervenção Fisioterapêutica por meio da Cinesioterapia, (atividades  lúdicas em solo), além do uso específico da Hidroterapia no tratamento da OA. Os  resultados destes estudos mostram que os pacientes submetidos a ambos os  tratamentos (Hidrocinesioterapia) apresentam os melhores resultados, quando  submetidos em uma ou outra individualmente. Sendo assim, com esta combinação de  métodos os pacientes passam a obter melhora em seu quadro álgico, muitos relatam  a melhora da qualidade do sono, obtenção de força muscular e de movimentos  funcionais comuns .43 

Os autores Mattielo Et al, buscaram por meio de uma revisão metodológica  analisar 20 artigos dentre os quais somente 9 abordam integralmente a utilização do  tema Hidroterapia como o método de intervenção fisioterapêutica mais indicado para  a Osteoartrose de Joelho. Estes estudos apontaram principalmente a melhora e  apresentação de ótimos resultados em mulheres. Sendo assim os resultados  satisfatórios encontrados nestes pacientes foram, a melhora da qualidade de vida,  pois estas puderam voltar a desempenhar as atividades normais do dia a dia,  obtiveram ganho de força muscular, ganho de resistência e melhora no equilíbrio,  todos estes resultados foram obtidos em média, após 6 ou 8 semanas de tratamento.44 

Quanto aos estudos de Mesquita e Cunha, apresentam uma abordagem focada  nos tratamentos Hidroterápicos em idosos com OA, neste estudo buscaram a análise de 268 artigos com a mesma temática deste presente estudo, resultando assim, em relatos de casos com apresentação satisfatória ao tratamento citado. Ou seja, o uso  da hidroterapia em idosos, promoveu a melhora do bem estar, independência  funcional, diminuição das dores; ainda neste conceito os autores afirmam também  quanto aos resultados satisfatórios na melhora da marcha, fortalecimento muscular  das regiões inferiores em especial o joelho e concluem que a hidroterapia é o método  mais indicado para o tratamento da osteoartrose de joelho em idosos.45 

Aveiro et al, apresentam em suas pesquisas, um estudo de caso onde  realizaram o acompanhamento de 15 voluntários idosos entre 60 e 80 anos,  diagnosticados com osteoartrose de joelho. Dentre os resultados obtidos concluíram  que os estudos avaliados atestam de modo unânime a eficácia do tratamento  hidroterápico; pacientes submetidos ao tratamento apresentaram melhora da marcha  casual e usual, como. Subir e descer escadas, e melhora da capacidade funcional,  autores ainda afirmam que o tratamento por vias hidroterápicas se apresenta muito  mais eficazes nos resultados do que as atividades realizadas em solo.46 

Para Cordeiro et al o estudo procedeu partindo-se da obtenção de dados  científicos por meio da análise de 17 artigos contendo os critérios necessários para  base de dados, os autores apesar de focar em suas pesquisas no tratamento do idoso,  relatam que nenhum dos estudos que apesar dos satisfatórios resultados alcançados  pelos pacientes foram realizados ou focados na pessoa idosa acometida pela OA. Diante disto os autores afirmam a necessidade de se realizarem mais estudos para  esta população em específico que por mais que para efeitos de comparação utilizar  estes estudos em pessoas mais jovens, os cuidados com o idoso neste tratamento  devem ser aprimorados. 47 

Os estudos de Rodrigues et.al, apontaram que a aplicação da Hidroterapia em  pacientes com diagnóstico favorável para AME foram de ótimos resultados nestes  indivíduos, pois a correta aplicação dos métodos ou técnica pelo fisioterapeuta e a  assertiva análise antes de submeter essas pessoas ao tratamento tornam-se altas as  chances de se obter sucesso neste tratamento, sendo assim ainda neste estudo os  pacientes que seguiram todos os parâmetros acompanhados pelo profissional da  Fisioterapia apresentaram melhoras no quadro álgico, fortalecimento muscular  melhoras funcionais e por fim impediram a atrofia dos músculos. 48 

Os Belmonte et al, buscaram em sua tese abordar o tema aonde realizaram um  ensaio com 28 indivíduos divididos em dois grupos, o grupo composto por 15 indivíduos submetidos a intervenção Fisioterapêutica e grupo 2 por meio de Controle composta de 13 pessoa, Isto resultou que o grupo que foram submetidos aos  tratamentos por Fisioterapia aquática, apresentaram os melhores resultados que  consistiram no alívio das dores, melhoras nas funções do joelho afetado, obtenção de  força muscular e resistência aeróbica; porém o grupo 2 (Controle), resultaram  somente no alívio das dores dos indivíduos.49 

Vendrusculo et.al, realizaram um estudo sobre efeitos da hidrocinesioterapia  que também faz parte das técnicas hidroterápicas; Os autores realizaram as análises  com 23 idosas sedentárias com independência funcional e que não realizaram  cirurgias nos últimos 3 anos, após 8 semanas de tratamento as pacientes tiveram  bruscas melhoras no aumento de força muscular nos membros inferiores e tronco,  além de melhora de flexibilidade; os autores propõem que o tratamento não seja uma  mera reabilitação e sim uma alternativa para ganho ou manutenção das variáveis dos  processos de envelhecimento.37 

Azevedo et al, promoveram um estudo de caso com uma paciente de 44 anos  de idade com histórico de sedentarismo tabagismo e acima do seu peso ideal e  apresentando um diagnóstico de gonartrose desde 2010 na época, (uma vez que esta  pesquisa foi realizada em 2012). Após ser submetida a 16 semanas de tratamento  hidroterápicos a paciente passou apresentar perda de peso, pois antes das atividades  apresentava 84 kg, e após 80 kg, uma perda de 4 quilogramas; apresentou também  diminuição da circunferência do joelho afetado aumento da força e analgesia das  dores correntes da doença.50 

 Mediante aos dados avaliados nestes estudos de campo, é válido salientar  que todos os autores afirmam a grande eficácia dos tratamentos hidroterápicos, para  pacientes idosos ou mais jovens, pois estudos de caso comprovam resultados  positivos; além dos benefícios adquiridos após o tratamento, levando-se em  consideração uma doença que não possui cura e traz consigo bastante empecilhos para a rotina da pessoa diagnosticada.

9 – CONCLUSÃO 

A aplicação da Hidroterapia é fomentada perante os achados literários como o  método totalmente ideal para tratar a pessoa idosa com Osteoartrose de Joelho,  mediante os resultados obtidos por alguns autores que acompanharam em suas  análises os pacientes deste público em tratamento, contudo, a busca por estudos  focados neste tema ainda é bastante escasso, pois utilizou-se de alguns autores que  também realizaram suas teses de modo geral e não de modo específico para idosos, o que comprova o quão necessário ainda é que mais aprofundamentos e pesquisas  possam ocorrer sobre o tema. 

Idosos enfrentam naturalmente as barreiras naturais que esta fase da vida pode  proporcionar de incômodos, e esta doença por não possuir cura, além de trazer dores  e limitações físicas, tornam-se um grande empecilho para a sua qualidade de vida ,  porém a hidroterapia surge como a opção de ajuda e auxílio, que além de ajudar esta  pessoa a continuar a sua vida convivendo com a doença, porém sem se preocupar  com as suas reações, também acrescenta ao paciente idoso uma prática de atividades  físicas que poderá resultar a este a retomada de atividades diárias simples como  andar ou realizar caminhadas diárias leves, além deste método também promover  saúde física geral em caso de pacientes com histórico de sedentarismo. 

Diante do exposto, a hidroterapia é o método fisioterapêutico mais indicado no  combate da evolução da Osteoartrose de Joelho em Idosos mediante aos resultados  físicos que este método pode promover.

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1Fisioterapeuta pelo Centro Universitário Fametro, Especialista em Ortopedia e  Traumatologia com ênfase em terapias manuais por Biocurso Pós-Graduações;  Docente do curso de fisioterapia (UNIP)
2,3,4,5,6Graduando do Curso de Fisioterapia da Universidade Paulista (UNIP)