A GAMETERAPIA NO TRATAMENTO DO DÉFICT DE EQUILÍBRIO E COORDENAÇÃO MOTORA EM PACIENTES PÓS-AVC: REVISÃO SISTEMÁTICA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102411172221


Andreyna Catarina Simplicio Da Silva
Edivano Tavares Da Silva
Henrique Ribeiro Mota
Orientador(a): Prof. Esp. Daiane Tavares Soares


O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma condição que interrompe o fluxo sanguíneo ao cérebro, levando à morte de células nervosas e resultando em perdas motoras e cognitivas que afetam a independência dos pacientes (Tyson et al., 2006). Aproximadamente 80% dos sobreviventes enfrentam dificuldades motoras, demandando programas de reabilitação (OMS). A gameterapia, uma técnica terapêutica desenvolvida no Canadá em 2006, utiliza videogames, como Nintendo Wii e Xbox Kinect, para facilitar a reabilitação física e cognitiva. Essa abordagem aumenta a motivação dos pacientes e promove a prática repetitiva essencial para a recuperação, além de oferecer feedback em tempo real, o que melhora a adesão ao tratamento (Ribeiro, 2023; Thomson et al., 2014; Peters DM et al., 2013). O objetivo deste estudo é investigar a eficácia da gameterapia na reabilitação de pacientes pós- AVC, avaliando seus impactos nas funções motoras, cognitivas e na qualidade de vida. A pesquisa se justifica pela necessidade de métodos de reabilitação mais atrativos e motivadores, já que as abordagens tradicionais costumam ser repetitivas e desestimulantes (Andrew NE et al., 2009). A metodologia adotada é uma Revisão Sistemática, com levantamento de dados em bases como Scielo, Lilacs e Medline, resultando na seleção de 43 artigos relevantes. O AVC é uma das principais causas de incapacidade, frequentemente associado a hemiplegia e complicações de equilíbrio e coordenação motora. A fisioterapia é essencial para promover a independência funcional e a aceitação do paciente, sendo fundamental para o sucesso da reabilitação (Ferla et al., 2015; Stokes, 2000). A gameterapia pode complementar técnicas tradicionais, melhorando a adesão e potencializando os resultados. Assim, a gameterapia se apresenta como uma intervenção promissora, capaz de melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes e tornar a reabilitação mais acessível e motivadora.

Palavras-Chaves: Gameterapia. Tratamento. Acidente Vascular Cerebral (AVC). Reabilitação. Fisioterapia. Equilíbrio. Coordenação Motora.

Stroke is a condition that interrupts blood flow to the brain, leading to the death of nerve cells and resulting in motor and cognitive losses that affect patients’ independence (Tyson et al., 2006). Approximately 80% of survivors face motor difficulties, requiring rehabilitation programs (WHO). Gametherapy, a therapeutic technique developed in Canada 2006, uses video games, such as Nintendo Wii and Xbox Kinect, to facilitate physical and cognitive rehabilitation. This approach increases patient motivation and promotes the repetitive practice essential for recovery, as well as offering real-time feedback, which improves treatment adherence (Ribeiro, 2023; Thomson et al., 2014; Peters DM et al., 2013). The aim of this study is to investigate the effectiveness of gametherapy in the rehabilitation of post-stroke patients, assessing its impact on motor and cognitive functions and quality of life. The research is justified by the need for more attractive and motivating rehabilitation methods, since traditional approaches tend to be repetitive and discouraging (Andrew NE et al., 2009). The methodology adopted is a Systematic Review, with data collected from databases such as Scielo, Lilacs and Medline, resulting in the selection of 43 relevant articles. Stroke is one of the main causes of disability, often associated with hemiplegia and complications with balance and motor coordination. Physiotherapy is essential to promote functional independence and patient acceptance, and is fundamental to successful rehabilitation (Ferla et al., 2015; Stokes, 2000). Game therapy can complement traditional techniques, improving adherence and boosting results. Thus, gamma therapy appears to be a promising intervention, capable of significantly improving patients’ quality of life and making rehabilitation more accessible and motivating.

Keywords: Gametherapy. Treatment. Stroke. Rehabilitation. Physiotherapy. Balance. Motor Coordination.

1.  INTRODUÇÃO

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) resulta da interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro, o que leva à morte das células nervosas na área afetada. Essa condição pode ser causada por uma obstrução nos vasos sanguíneos, conhecida como AVC Isquêmico (Ministério da Saúde, 2015).

Pessoas que sofreram um derrame enfrentam impactos tanto cognitivos quanto físicos, resultando na perda de habilidades essenciais para suas atividades diárias (Tyson et al., 2006). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% dos casos de derrame registrados anualmente em todo o mundo, resultam em dificuldades motoras. Essas pessoas frequentemente necessitam de um programa de reabilitação motora abrangente para reintegrar-se às suas rotinas diárias.

Originada no Canadá, em meados do ano de 2006, a gameterapia é uma técnica que utiliza os videogames como recurso de tratamento fisioterapêutico (Ribeiro, 2023). Ainda de acordo com Ribeiro, 2023, essa técnica também é conhecida como reabilitação visual, pois é usado alguns sensores de movimentos para registrar as ações que são refletidas na tela, fazendo assim com que o paciente interaja com a terapia.

Os videogames que utilizam sensores de movimento, como o Nintendo Wii e o Xbox Kinect, estão se tornando um complemento cada vez mais frequente na fisioterapia. Esses dispositivos demonstram um grande potencial como opções de tratamento eficazes e viáveis para a reabilitação de pacientes pós-AVC (Thomson, et al., 2014).

A natureza envolvente de uma abordagem baseada em jogos pode aumentar a motivação dos pacientes e promover a prática repetitiva, o que é fundamental para a reabilitação (Peters DM, et al., 2013). Segundo Peters DM, et al., 2013, a diversidade de atividades oferecidas possibilita a prática de uma gama de tarefas que são desafiadoras tanto do ponto de vista físico quanto cognitivo.

As tecnologias de reabilitação possuem o potencial de intensificar e aumentar a carga da terapia, melhorar o acesso aos tratamentos, aliviar a carga de trabalho dos terapeutas, medir e fornecer feedback sobre o desempenho e a recuperação, além de envolver e motivar os pacientes (XU, et al., 2021).

Este trabalho tem como objetivo principal investigar a eficácia da gameterapia como intervenção terapêutica na reabilitação de pacientes que sofreram acidente vascular cerebral (AVC), analisando seus efeitos na melhoria das funções motoras, cognitivas e na qualidade de vida desses indivíduos.

2.  JUSTIFICATIVA

Acidente Vascular Cerebral é uma das principais causas de incapacidade no mundo, provocando danos motores, cognitivos e funcionais que podem levar à perda de independência do paciente. A reabilitação após um AVC é crucial para recuperar a função perdida e funcional para reintegrar o paciente à sociedade. (Andrew NE, et al., 2009).

Embora os métodos tradicionais de reabilitação sejam eficazes, a natureza repetitiva e em muitos casos desestimulante da terapia leva os pacientes a serem lentos em aderir. O termo desenvolvido nos últimos anos e expressa a prática de exercitar atividades com o uso de dispositivos eletrônicos. significa uma intervenção promissora para complementar a terapia regular para acidente vascular cerebral. É com base em aplicativos de videogames, utilização de consoles de videogames, o dispositivo da Nintendo Wii, para o propósito das terapias relacionadas à saúde (Yavuzer, G., et al., 2008).

Portanto, a principal razão pela qual este estudo é justificado é a de explorar novas formas de aumentar a adesão ao legado e acelerar a recuperação, enquanto melhorar a qualidade de vida dos pacientes pós-AVC. Como um campo emergente, a gameterapia tem o potencial de revolucionar a reabilitação e trazer quantidades significativas de benefícios clínicos e sociais. Essa justificativa também destaca a relevância da gameterapia como uma alternativa moderna promissora para a recuperação pós-AVC, reconhecendo seus benefícios em termos de aplicação, adesão e eficácia terapêutica. (The Cochrane Library 2013, edição 11)

3.  OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

  • Analisar a eficácia da gameterapia como intervenção terapêutica na reabilitação de pacientes pós-acidente vascular cerebral (AVC), avaliando seus impactos na melhora das funções motoras, cognitivas e na qualidade de vida dos pacientes.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Examinar os efeitos da gameterapia nas habilidades cognitivas, incluindo atenção, memória e funções executivas, em pacientes pós-AVC.
  • Estudar a aplicação da gameterapia em diferentes contextos clínicos e seu impacto nos resultados de reabilitação.
  • Analisar os efeitos da gameterapia na qualidade de vida dos pacientes, considerando aspectos físicos, emocionais e sociais.
  • Investigar a motivação e a adesão dos pacientes à gameterapia, avaliando como esses fatores influenciam os resultados da reabilitação
4.  FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 FISIOPATOLOGIA

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é clinicamente caracterizado como uma disfunção neurológica aguda de origem vascular, manifestando-se de forma súbita com sinais e sintomas associados ao comprometimento de áreas focais ou globais do cérebro (Barros, et al., 2014).

Ainda segundo Barros, et al., 2014, a etiologia do AVC é frequentemente relacionada a doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio, valvulopatias, arritmias, doenças cardíacas congênitas e condições sistêmicas que podem gerar êmbolos sépticos, gordurosos ou de ar. Esses fatores podem afetar a circulação cerebral, levando a um tamponamento total ou parcial.

Quando um vaso sanguíneo é bloqueado, o fluxo de sangue para a área além do bloqueio é interrompido. Em locais onde o suprimento sanguíneo é totalmente ou quase completamente cortado, a necrose isquêmica pode se desenvolver em questão de minutos (Piassaroli, et al., 2012). A manifestação clínica mais frequente nesses casos é a hemiplegia, que se caracteriza pela perda das funções motoras do lado oposto ao hemisfério cerebral afetado. Isso resulta em várias limitações funcionais e pode gerar alterações secundárias. (Ferla, et al., 2015).

A Organização Mundial da Saúde, 2006, classifica essa doença em AVC isquêmico e hemorrágico, conforme sua etiologia.

O AVC afeta principalmente adultos de meia-idade e idosos. De acordo com estimativas de 2005, essa condição foi responsável por 5,7 milhões de mortes globalmente, representando 9,9% de todas as causas de mortalidade. Mais de 85% dessas fatalidades ocorrem em pessoas que vivem em países de baixa e média renda, e cerca de um terço das mortes envolve indivíduos com menos de 70 anos (Organização Mundial da Saúde, 2006).

A incidência anual de AVCs nos Estados Unidos é de 795 mil casos, sendo 610 mil referentes a novos episódios e 185 mil a recorrências. Em média, um AVC ocorre a cada 40 segundos no país. Além disso, a incidência é maior entre as mulheres, com aproximadamente 55 mil casos a mais do que entre os homens (Costa, 2009). De acordo com Barros, et al., 2014, no Brasil, quase 100 mil pessoas perdem a vida anualmente em decorrência de AVC.

O quadro clínico varia de paciente para paciente, mas é fundamental considerar o momento em que surgem os primeiros sintomas e a velocidade com que eles progridem. A partir dessas informações, é possível identificar o tipo, a localização e a extensão da lesão, o que ajuda na definição de um tratamento adequado (Silva, et al., 2013).

4.2 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Compreender os fatores de risco para o AVC é fundamental para sua prevenção. Essa abordagem não apenas diminui os custos relacionados à reabilitação e hospitalização, mas deve ser implementada em todos os níveis de atenção, com ênfase na atenção básica (Canuto, et al, 2016). É crucial atingir principalmente aqueles que já sofreram um primeiro AVC, reduzindo assim o risco de novos episódios e complicações a longo prazo. A prevenção em saúde está intimamente ligada ao conceito de fatores de risco, pois promove uma colaboração entre os serviços de saúde e os usuários, visando a eliminação ou a redução desses riscos (Paula, et al, 2016).

O diagnóstico de um AVC é baseado em sintomas e critérios clínicos. Os sinais de alerta para o AVC isquêmico geralmente incluem dormência na face, braço ou perna (normalmente unilateralmente), dificuldades de comunicação, distúrbios visuais uni ou bilaterais, alterações na marcha, tontura, desmaios, perda de equilíbrio ou coordenação, e dor de cabeça sem causa aparente (Silva, 2016). Por outro lado, o AVC hemorrágico frequentemente não apresenta sinais de alerta claros. Os sintomas que podem indicar essa condição incluem dores de cabeça intensas, dor na nuca, visão dupla, náuseas e vômitos, além de perda de consciência ou até morte, devido ao aumento da pressão intracraniana (Tambara, 2006).

4.3 A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO

A hemiplegia é a manifestação clínica mais comum no AVC isquêmico, caracterizando-se pela perda das funções motoras no lado oposto ao hemisfério cerebral afetado. (Ferla, et al., 2015).

Pacientes que sofrem dessa condição frequentemente enfrentam problemas de equilíbrio, já que um equilíbrio adequado depende do funcionamento eficiente dos sistemas sensoriais como o visual, vestibular e somatossensorial, e do controle motor, que envolve força muscular, coordenação e velocidade de resposta. (Umphred, et al., 2007). Após um AVC, essas funções tendem a ser comprometidas, resultando em dificuldades de equilíbrio que impactam diretamente a capacidade funcional dos pacientes, tornando a realização de várias atividades diárias mais desafiadora. (Kim, et al., 2015).

Um controle eficiente do tronco e um equilíbrio adequado são fundamentais para que os membros superiores e inferiores do lado plégico consigam realizar atividades de forma eficaz (Helita, et al., 2009).

Helita, et al., 2009 ainda afirma que a marcha, por exemplo, depende não só da força muscular dos membros afetados, mas também do controle do equilíbrio. Portanto, é importante ressaltar a relevância do trabalho de equilíbrio e controle do tronco, pois a ausência de estabilização proximal pode prejudicar a funcionalidade dos membros.

Portanto, os principais objetivos da fisioterapia para esses pacientes são promover o máximo de independência funcional, incentivar a motivação e facilitar a aceitação, pois esses fatores são cruciais para o sucesso da reabilitação. (Stokes, 2000).

4.4 A GAMETERAPIA

Atualmente, a gameterapia está sendo utilizada como uma abordagem complementar para promover a melhora do equilíbrio. Os videogames oferecem diversos benefícios na reabilitação fisioterapêutica, como o aprimoramento da capacidade de caminhar, aumento da amplitude de movimento nas extremidades superiores e inferiores, além de auxiliar na correção da postura e do equilíbrio (PEREIRA, et al, 2018)

Os jogos empregados na gameterapia contam com sensores que detectam os movimentos do corpo do jogador e os refletem na tela, permitindo que os pacientes se movimentem completamente enquanto jogam. Entre as várias opções disponíveis, o Nintendo Wii se destaca, utilizando um controle sem fio que capta as ações do jogador e as transmite para o jogo em tempo real (BERTOCHI, et al, 2024).

Segundo Bertochi, et al (2024), o Xbox Kinect é outra ferramenta empregada na gameterapia, utilizando tecnologia de detecção de profundidade em 3D. Isso permite capturar os movimentos dos usuários sem a necessidade de um controle, possibilitando que os participantes se movimentem livremente em diversas direções e posições.

5.  METODOLOGIA

Este estudo trata-se de uma Revisão Sistemática, buscando conhecer a visão de alguns autores a respeito da gameterapia no tratamento dos pós AVC, com levantamento de dados realizado na base de dados do Scielo, Lilacs, Medlaine e PEDro, no idioma português e inglês, com intervenções educativas de fisioterapia, contribuindo assim ao profissional fisioterapeuta, atendendo dessa forma com os objetivos que foram propostos.

A pesquisa bibliográfica nas bases de dados resultou em um total de 145 artigos que foram analisados. Adotando os critérios de elegibilidade do estudo, apenas 40 artigos estão sendo selecionados para a leitura na íntegra.

Os critérios de inclusão utilizados foram: Pesquisas que explorem os efeitos da gameterapia em aspectos como cognição, mobilidade, socialização, bem-estar emocional, ou qualidade de vida nos pacientes pós AVC. Teses e artigos que estejam dentro do idioma determinado, estudos que utilizem gameterapia como intervenção principal. Isso inclui o uso de videogames, jogos digitais, jogos sérios e realidade virtual com fins terapêuticos ou de reabilitação. Estudos que envolvam apenas pacientes pós AVC.

Estudos que atendam a critérios mínimos de qualidade metodológica, como clareza na descrição dos métodos, tamanho amostral adequado, uso de medidas validadas, e análise de dados apropriada.

Critérios de exclusão: Pesquisas que não falem sobre intervenções utilizando jogos virtuais, estudos no qual os pacientes portassem qualquer outra patologia neurológica exceto o AVC, distúrbio psiquiátrico grave, estudos que não estão disponíveis em texto completo impossibilitando uma análise detalhada e crítica e artigos repetidos pelas plataformas.

Essa revisão irá mostrar que a gameterapia representa uma intervenção inovadora e promissora que pode complementar outras formas de terapia nos pós AVC.

Os benefícios observados na cognição, mobilidade, bem-estar emocional e socialização destacam seu potencial como uma ferramenta terapêutica valiosa. No entanto, é essencial que futuras pesquisas continuem a explorar e validar esses benefícios para fornecer uma base de evidências mais sólida e abrangente.

A integração de gameterapia em programas de tratamento pós AVC pode contribuir significativamente para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, oferecendo uma abordagem divertida e envolvente para enfrentar os desafios da atual condição.

Figura 1 – Fluxograma de Filtragem e Seleção dos Artigos para a Revisão Sistemática

6.  RESULTADOS E DISCUSÕES

A utilização da gameterapia, baseada na realidade virtual (RV), no tratamento de pacientes pós-AVC tem demonstrado efeitos positivos sobre o equilíbrio e a coordenação motora, oferecendo uma alternativa promissora à reabilitação convencional. Estudos realizados por Darekar et al. (2015) e Xu et al. (2021) sustentam que as intervenções com RV proporcionam uma recuperação mais significativa nesses pacientes ao associar componentes motivacionais e interativos à terapia.

O estudo de Lee et al. (2018), também ressalta os benefícios de um programa usando o RV, só que utilizando um treinamento específico de exercício de remo. 30 pacientes, diagnosticados há menos de seis meses, foram distribuídos aleatoriamente, 15 pacientes para o grupo o experimental e 15 para o grupo controle. Todos os participantes receberam o programa padrão de reabilitação. Além disso, o grupo experimental realizou um treinamento em realidade virtual de remo de canoa, com sessões de 30 minutos, três vezes por semana, ao longo de cinco semanas. Os participantes do grupo experimental apresentaram uma melhora significativa no equilíbrio postural e na função dos membros superiores, superior ao grupo controle, que realizou apenas a reabilitação convencional. (Lee et al., 2018).

Esse efeito positivo é corroborado por Song et al. (2012), que mostraram um aumento significativo no desempenho de equilíbrio dinâmico dos pacientes após seis semanas de treinamento em jogos de RV. Entretanto, a oscilação postural anteroposterior e mediolateral, índices de equilíbrio estático, não apresentou melhora significativa.

Já Morone et al. (2014) destaca que o uso do jogo Wii Fit demonstrou ser eficaz na melhora do equilíbrio e da independência funcional em pacientes com AVC subagudo, apresentando uma recuperação parcial na capacidade de marcha, reduzindo a necessidade de apoio e minimizando o risco de quedas durante o processo de reabilitação.

Cikajlo et al. (2020) aborda um aspecto relevante se referindo ao potencial dos exergames para motivar os pacientes durante o processo de reabilitação. A capacidade de alcançar melhores pontuações em jogos como HorseRunner e FruitCatcher gera uma motivação intrínseca nos pacientes, o que é fundamental para a adesão ao tratamento. Além disso, o feedback imediato oferecido por esses jogos (visual, auditivo e por pontuação) reforça os mecanismos de aprendizado motor e a manutenção de uma postura controlada. Morone et al. (2014) também destacam que o uso de feedbacks visuais e auditivos em exergames auxilia o paciente a ter maior engajamento e promover a adaptação sensório-motora. A estrutura de aprendizado por reforço embutida nesses jogos simula a prática de atividades reais, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades de equilíbrio dinâmico e a coordenação motora.

Outro dos benefícios da gameterapia está relacionado à plasticidade cerebral. Como descrito por Galvão et al. (2015), a RV permite que circuitos cerebrais intactos sejam estimulados para substituir as funções de circuitos lesados, promovendo a reabilitação por meio de atividades cognitivas e motoras integradas. Esse fenômeno, conhecido como plasticidade cerebral, é essencial para o tratamento de distúrbios motores e cognitivos pós-AVC, já que as diferentes funções emergem de interações neurais que podem ser adaptadas em resposta ao treinamento intensivo (Darekar et al., 2015). Ao proporcionar feedback sensorial contínuo e uma interface interativa, a gameterapia cria um ambiente de aprendizado motor repetitivo e motivacional, o que aumenta significativamente a adesão dos pacientes ao tratamento e fortalece os processos de reabilitação.

Outro fator motivacional observado em exergames é a presença de recompensas e pontuações, que incentivam os pacientes a se superarem. Cikajlo et al. (2020) relataram que o progresso dos participantes em jogos como FruitCatcher e AnimalHurdler aumentou sua motivação intrínseca, favorecendo o engajamento constante e a adaptação às atividades propostas. Essa abordagem contrasta com tratamentos tradicionais, nos quais a repetitividade das atividades pode desencorajar a participação ativa dos pacientes, comprometendo os resultados (Galvão et al., 2015; Darekar et al., 2015).

A capacidade de ajustar o centro de gravidade em resposta a diferentes cenários e desafios no ambiente virtual promove um aprendizado motor significativo. As tarefas motoras forçadas e repetitivas, moduladas por informações visuais, favorecem a adesão ao tratamento, conforme observado na experiência dos participantes, que passaram a se preocupar mais com suas pontuações do que com o risco de quedas (Silva et al., 2015). Essa mudança de perspectiva é um indicativo da integração social e da consciência corporal que a gameterapia pode proporcionar, fatores essenciais para a recuperação funcional.

Além disso, a literatura aponta que a gameterapia pode melhorar não apenas o equilíbrio estático e dinâmico, mas também a percepção visual e o controle postural, como já dito anteriormente. Os participantes de um estudo demonstraram ganhos significativos na percepção corporal e mobilidade funcional após treinamento com dispositivos de RV, corroborando a eficácia dessa abordagem no tratamento de sequela do AVC (Silva et al., 2015). A experiência com jogos de realidade virtual estimulou a consciência corporal, um componente motor crítico para a realização de atividades do dia a dia.

A comparação entre grupos de pacientes com AVC e indivíduos hígidos revelou diferenças significativas em várias medidas de desempenho funcional, como velocidade de caminhada e equilíbrio (Moreira et al., 2021). Os resultados indicam que, enquanto a gameterapia oferece um novo recurso terapêutico, a adaptação e o progresso dos pacientes podem ser limitados por suas condições pré-existentes e pela fase da reabilitação em que se encontram (Eichinger et al., 2020). Essa variável deve ser cuidadosamente considerada ao desenvolver e implementar protocolos de intervenção com gameterapia.

Apesar dos avanços e dos benefícios observados na gameterapia para a reabilitação de pacientes pós-AVC, diversos estudos apontam limitações que precisam ser abordadas para otimizar sua eficácia na prática clínica. Xu et al. (2021) ressaltam a necessidade de maior diversificação nos jogos disponíveis, uma vez que a monotonia durante tratamentos prolongados pode reduzir o envolvimento e a adesão dos pacientes. A falta de uma gama variada de jogos pode tornar a experiência de reabilitação menos estimulante, o que é fundamental para manter a motivação dos indivíduos que enfrentam longos períodos de tratamento.

Além disso, a dificuldade de adaptar os níveis de dificuldade dos jogos às capacidades individuais de cada paciente pode prejudicar os resultados (Song et al., 2012). Esta limitação é especialmente importante considerando que a reabilitação deve ser personalizada para maximizar os benefícios para cada paciente. Embora muitos estudos tenham mostrado melhorias no equilíbrio dinâmico, o equilíbrio estático frequentemente não apresenta resultados significativos com a gameterapia, o que sugere que essa abordagem pode não ser suficiente por si só e deve ser complementada por técnicas convencionais de reabilitação (Morone et al., 2014; Lee et al., 2018).

Para que a gameterapia se torne uma prática amplamente implementada na reabilitação de pacientes pós-AVC, são necessários mais estudos que abordem as limitações atuais e explorem novas direções de pesquisa. Em primeiro lugar, é fundamental expandir a gama de jogos disponíveis, criando ambientes de treinamento mais dinâmicos e atraentes. A diversificação de jogos não apenas ajudaria a evitar a monotonia, mas também poderia facilitar a personalização das intervenções, ajustando-as às necessidades e preferências individuais dos pacientes (Xu et al., 2021).

Outra área a ser explorada é a implementação de módulos de registro de dados de treinamento que permitam uma análise mais aprofundada do progresso dos pacientes ao longo do tempo. A utilização de ferramentas de avaliação mais precisas, como a estabilometria, pode fornecer dados quantitativos valiosos sobre o equilíbrio, facilitando a comparação entre diferentes metodologias de reabilitação (Morone et al., 2014). Além disso, futuras pesquisas devem investigar os efeitos a longo prazo da gameterapia sobre a neuroplasticidade e a recuperação funcional em diferentes fases do processo de reabilitação, buscando entender melhor as condições ideais para seu uso eficaz.

Estudos futuros também devem considerar a relação entre os componentes cognitivos e sensoriais envolvidos nos jogos e a reabilitação do controle motor e postural dos pacientes. A investigação sobre como diferentes tipos de aprendizagem, como a aprendizagem processual, afeta o desempenho em tarefas de RV é crucial para otimizar a experiência de reabilitação (Lee et al., 2018). Além disso, a exploração das diferenças nos efeitos entre jogos de RV que enfatizam posturas dinâmicas e estáticas é relevante para entender melhor quais aspectos do equilíbrio são mais beneficiados pela gameterapia.

Finalmente, é essencial realizar investigações que integrem a gameterapia com técnicas de reabilitação tradicionais, potencializando assim os resultados da reabilitação. A combinação de abordagens pode proporcionar um tratamento mais abrangente e eficaz, maximizando a transferência de ganhos funcionais para as atividades da vida diária dos pacientes. A continuidade desse trabalho investigativo é vital para que a gameterapia se estabeleça como uma ferramenta valiosa e amplamente aceita na reabilitação pós-AVC.

Tabela 1 – Características dos Estudos Selecionados

7.  CONCLUÇÃO

A gameterapia é um recurso que deve ser levado em consideração para ser utilizado como maneira alternativa nos tratamentos fisioterapêuticos, pois se mostra tanto um recurso eficaz quanto um meio de estímulo ao paciente pós AVC, que se sente atraído pela dinâmica dos games de realidade virtual, o que os leva a uma aceitação e adesão mais rápida ao tratamento, entre os benefícios atingidos com esta modalidade de tratamento, se apresenta o aumento do equilíbrio, da velocidade da marcha, amplitude de movimento das extremidades superiores e inferiores, correção da postura, aumento da autoestima e confiança para atividades diárias além de muitos outros, através desta pesquisa podemos identificar a eficácia da gameterapia que, por diversas vezes, se comparou aos métodos tradicionais da fisioterapia.

Apesar de a gameterapia ainda ser uma área com poucos estudos extensivos, para os pacientes pós AVC é se mostra ter um grande potencial, uma ferramenta multifacetada para melhorar a qualidade de vida. A contínua pesquisa e desenvolvimento nessa área serão cruciais para validar e expandir essas aplicações.

8.  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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