REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10085393
Emmily da Costa de Oliveira1
Rosileide Alves Livramento2
RESUMO
Introdução: A asma é uma doença respiratória crônica que acomete os pulmões devido uma inflamação nos brônquios, causando cansaço, dificuldade para respirar, tosse e em alguns casos presença de secreções, sintomas os quais podem ser aparentes de forma isolada ou em conjunto. Objetivo: Reduzir a falta de ar, proporcionar um conforto respiratório, fortalecer a musculatura respiratória, melhorar o condicionamento físico e cardiorrespiratório. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura cuja base de dados encontrados foram artigos publicados em jornais e revistas virtuais, scielo, portal acadêmico e medline. Resultados: Foram encontrados 26 artigos que discorreram sobre o tema, dentre eles 16 foram identificados que atendiam os critérios de inclusão que foram os recursos mais utilizados no tratamento. Considerações Finais: a fisioterapia trabalha atuando com intervenções individuais ou associadas para promover uma qualidade de vida para o paciente de forma positiva, visando sempre entender as possíveis consequências da patologia.
Palavras-chaves: Asma, Fisioterapia, Inflamação, Mecânica respiratória.
ABSTRACT
Introduction: Asthma is a chronic respiratory disease that affects the lungs due to inflammation in the bronchi, causing tiredness, difficulty breathing, coughing and in some cases the presence of secretions, symptoms which can be apparent alone or together. Objective: Reduce shortness of breath, provide respiratory comfort, strengthen respiratory muscles, improve physical and cardiorespiratory conditioning. Methodology: This is a literature review whose database was found in articles published in online newspapers and magazines, Scielo, academic portal and Medline. Results: 26 articles were found that addressed the topic, among them 16 were identified that met the inclusion criteria, which were the resources most used in treatment. Final considerations: Physiotherapy works with individual or associated interventions to promote a positive quality of life for the patient, always aiming to understand the possible consequences of the pathology.
Keywords: Asthma, Physiotherapy, Inflammation, Respiratory mechanics.
1. INTRODUÇÃO
A asma é uma doença que evolui ao longo do tempo apresentando crises de um agravamento súbito inflamatório dos brônquios que quando contraídos ocorre os broncoespasmos, porém pode ocorrer de forma discreta cujo os sintomas não são devidamente percebidos em alguns casos, como também podem ser perceptíveis e apresentar sinais como: crises de falta de ar, tosse (seca, com pouca secreção ou após ter contato com alegremos, perfumes e fumaças), chiados e apertos no peito. Afetando cerca mais de 10 milhões da população brasileira. (Silva et.al; 2017).
Existem fatores que podem fazer com que ocorra o agravo da patologia dificultando seu controle como: sinusite crônica, rinite alérgica, apneia do sono, distúrbios hormonais, obesidade e psicopatologias, sabendo disso, Melotte; Crefito15, relata sobre a importância de reconhecer e evitar os fatores que agravam ou desencadeiam o controle da asma resultando na diminuição da necessidade do uso excessivo de medicamentos.
Em seus estudos, Albrecht BN, et al..,2019, afirma que, é mais comum o diagnóstico ser feito a partir dos 2 (dois) anos de idade, mas a doença pode ser manifestada em qualquer idade e momento quando entrando em contato com os fatores irritantes tornando a via respiratória hiper-reativa desencadeando os sintomas. A asma é uma doença complexa cuja fisiopatologia é caracterizada de uma obstrução reversível da via aérea (responsáveis por transportar ar para os pulmões ocorrendo a troca gasosa fazendo a oxigenação do sangue) resultante da contração do músculo liso bronquial (presente desde a traqueia até os bronquíolos) devido a algum gatilho ou infecção da via aérea superior cuja função é filtrar o ar. Segundo estudos o principal componente do processo da doença é a inflamação mediada por citocinas Th2 (atopia)
O estímulo de produção de IgE (anticorpos produzidos para combater substâncias geralmente associadas a doenças alérgicas ou infecções por parasitas), basófilos, eosinófilos e mastócitos é desencadeado pelas interleucinas quando se ligam em seus receptores fazendo a liberação de histamina, leucotrienos e prostaglandinas. Terapias que inibem a ação de mediadores específicos (IgE e IL-5) interrompem a via inflamatória. (Barnes, 2017).
Fonseca.2013, fala da infecção respiratória que está presente em metade das infecções agudas considerando o processo inflamatório das vias aéreas, uma infecção viral está interligada com a patogênese da asma e é detectada em cerca de quase 60% das crises asmáticas suja fatores está vinculado de forma hereditária ou com exógenos (urbanização, poluição, hábitos de vida, alimentação).
A asma é uma doença prevalente que prejudica a qualidade de vida e tem o índice alto quando relacionamos a saúde pública. Em estudos que, Forte.et.al;2018 fez relatam que a prevalência e a gravidade da patologia são maiores em mulheres adultas, uma pesquisa de campo realizada entre março e dezembro de 2013 com 198 pacientes asmáticos relata que dentre eles 162 (81,8%) são do sexo feminino e 36 (18,2%) do sexo masculino. Foi constatado também que dentre a variável referente ao tabagismo: 138 (69,7%) nunca fumou e 60 (30,3%) eram ex-fumantes. Na classificação GINA (iniciativa mundial de informações e diretrizes da asma)foram 23 (11,6%) de grau leve, 31 (15,7%) grau moderado, 144 (72,7%) grau grave. Na classificação de controle: 52 (26,3%) é bem controlado, 28 (14,1%) parcialmente controlado e 118 (59,6%) não é controlado. Falando de estado nutricional: 43 (21,7%) estavam no peso normal, 72 (36,4%) indicaram sobrepeso e 83 (41,9%) estavam no nível de obesidade.
Entre diversas intervenções a fisioterapia é de grande relevância e são muitas as possibilidades no tratamento, não é um meio farmacológico porém possui os objetivos de ajudar na diminuição da dispneia e do desconforto respiratório, melhorar a mecânica e a força muscular respiratória quando há sinais de fraqueza e um condicionamento cardiorrespiratório logo promovendo a melhora da qualidade de vida para o paciente que possui um acompanhamento médico juntamente com o tratamento medicamentoso correto. Lanza,2017 mostra que dependendo do caso clínico e da fisiopatologia o acompanhamento fisioterapêutico tem por meios de tratamento: exercitar, treinar, reabilitar e quando necessário realizar técnicas de higiene brônquica.
Desta forma, a justificação deste trabalho visa a contribuição da fisioterapia respiratória em doenças crônicas como a asma, discorrendo sobre a atuação no tratamento e reabilitação em condições que acometem o sistema respiratório.
Mediante isto, o objetivo através da mediante pesquisa é mostrar a importância do conhecimento da patologia e seus impactos e salientar de forma clara os benefícios e a importância que a fisioterapia tem na reabilitação para o público asmáticos, trazendo como objetivo principal no tratamento da asma em adultos o controle para prolongar o espaçamento entre as crises, melhorar a mecânica e o fortalecimento respiratório, promover a mudança de hábitos para a restauração das atividades de vida diárias (AVD’s).
É de extrema importância lembrar da orientação aos familiares para auxiliar com: apoio, incentivo e ter compreensão com o paciente durante o processo.
2. METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão de literatura, onde foi efetuado pesquisas de artigos com o assunto principal “Asma” e “Reabilitação com fisioterapia para asma” cuja base de dados utilizadas foram publicações relevantes nas seguintes plataforma: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Google Acadêmico, Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Revistas, Jornais e Bibliotecas digitais. Foram selecionados artigos científicos publicados nos últimos 10 anos (2013-2023), em português, inglês ou espanhol. A pesquisa foi relacionada à Asma, Fisioterapia e Tratamentos abordados na fase adulta. Os artigos foram analisados através da leitura, organizando dados de forma textual para obtenção dos resultados relacionados ao tema, dito isto, dentre os artigos encontrados foram 26 ao todo sendo 16 no critério de inclusão e 10 em critério de exclusão os quais não contemplavam de forma abrangente a respeito do tema e publicados anteriormente ao ano de 2013.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O trabalho buscou trazer estudos já realizados referente ao tratamento fisioterapêutico em adultos com asma, onde proporciona resultados positivos para o indivíduo com a patologia que segue as orientações recomendadas.
Seguindo uma conduta, os exercícios respiratórios proporcionam de forma geral uma respiração tranquila pois faz com que ocorra o aumento de CO2 reduzindo os broncoespasmos auxiliando na diminuição do esforço respiratório e da dispneia. Benalia, Taciane;2022 relatam que o paciente com asma possui um aumento de FR (frequência respiratória) quando ocorre a piora da obstrução brônquica reduzindo a ventilação, ocorrendo no dito popular as famosas crises. Conclui-se que houve resultados satisfatórios com os exercícios para o tratamento da asma, porém, entre os estudos Letieri, Rebeca; 2021 concorda relatando a dificuldade de indicar ou negar tipos de exercícios ou tempo de intervenções em pacientes adultos. A reabilitação é um valioso método para que haja recuperação das crises reduzindo a frequência e a intensidade dos episódios agudos.
Santino.et.al;2020 e Martijn, Spruit.et.al;2013 discorrem sobre os testes realizados para constatar a eficácia dos exercícios respiratórios e viram que apresentou melhora nos sintomas de hiperventilação pulmonar quando realizaram um teste de função pulmonar (% do VEF1 previsto), um aparelho que auxilia o paciente na prática dos exercícios de forma visual é o inspirômetro fazendo assim com que o paciente realize com êxito e tenha percepção da evolução. É notório que, com a predominância das inspirações lentas e profundas, apresentam evidências na melhora da qualidade de vida no controle da asma em adultos.
A respeito do Treinamento Muscular Respiratório é realizado através de exercícios cujo objetivo tem de trabalhar a força e a resistência da musculatura, seguindo essa linha de pensamento Siqueira;2018 diz que as adaptações orgânicas causadas pelo treinamento da musculatura afetam positivamente o aumento da capacidade nas realizações de atividades cotidianas do paciente. Devido aos estudos promissores feitos foi concluído a possível diminuição de diferentes distúrbios crônicos em adultos, tendo isto em vista, atualmente o treinamento da musculatura respiratória também é realizado de forma rotineira em adultos saudáveis no meio do desempenho esportivo e da promoção da saúde.
Dessa forma, Lanza.et.al;2017 relata um estudo já realizado, onde é detectado a redução da força dos músculos respiratórios através do teste feito com o manovacuômetro indicando a pressão inspiratória máxima (Plmax), é realizado o treinamento muscular quando o resultado do teste é geralmente menor do que 70% do valor previsto. O Threshold, uma espécie de válvula portátil com carga de 10 a 40 cmH2O e o Power Breathe, que possui uma resistência imposta através de uma válvula eletrônica são dispositivos usados que geram resistência em exercícios com o intuito de ter ganho de força da musculatura. No geral, 113 adultos asmáticos foram analisados em um ensaio clínico cujo treinamento era realizado com carga entre 40% a 60% Plmax variando intervenções de 3 a 12 semanas, o resultado foi positivo para aumento de força dos músculos inspiratórios e alguns dos pacientes relataram redução na dispneia.
O autor anterior ressalta também que os corticosteróides são um dos medicamentos utilizados no tratamento de exacerbação da asma, porém, é um fator que demonstra risco quando se fala de redução da força de músculos esqueléticos respiratórios.
Zhenzhen Feng.et.al;2021 corrobora com Loeve, Emily;2021 um outro fator, para que ocorra a melhora dos sintomas da asma é a reabilitação pulmonar que possui intervenções baseadas em evidências para a melhora do paciente com doenças respiratórias crônicas apresentando a melhora psicológica e do condicionamento físico. Eles falam que quando envolve treinamento físico é trabalhado: resistência, força, flexibilidade entre outros. A reabilitação pulmonar é por mudança de hábitos, e que vai além dos exercícios físicos, assim como o acompanhamento nutricional e as demais orientações são de extrema relevância no caso. Estudos realizados através de esportes como: futebol, basquetebol, corrida e natação tendo como finalidade o treino aeróbico, pois mostraram resultados benéficos apresentando a melhora no volume de oxigênio máximo e nos testes cardiopulmonar realizados.
As manobras de higiene brônquica são utilizadas por fisioterapeutas no auxílio de prevenir complicações referente ao acúmulo de secreção nas vias aéreas, tendo dito isto, é de extrema importância a comunicação com os pacientes asmáticos pois apesar de não ser muito comum, na presença de infecção pulmonar pode sim ocorrer a presença de secreção nesse público alvo e torna algo preocupante pois poderá agravar os quadros de dispnéia segundo Lanza.et.al;2017. Contribuindo, Benalia, Taciane;2022 completa falando da utilização das técnicas de higiene brônquica como: vibrocompressão, hiperinsuflação, drenagem postural, mobilização motora, entre outros, diz que com essas manobras tem o objetivo de melhorar a complacência pulmonar, reduzir a falta de ar, fornece a expulsão das secreções através do escarro e a melhora na troca gasosa.
Rodrigues, Marcos;2021 fala que é evidente a fisioterapia atuando de forma preventiva ou como parte do tratamento dessas manobras tanto de forma individual quanto associada a outras técnicas para efeito positivo na asma. Em concordância como mostra um estudo que Pereira, et, al;2021 citou no qual foi realizado em pacientes com asma, onde utilizaram a técnica de higiene brônquica e cinesioterapia associadas no tratamento mostrando a obtenção de sucesso relacionando capacidade de exercício do paciente e o controle das crises respiratórias do mesmo.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A fisioterapia vem ganhando visibilidade em diversas especialidades, e nos últimos anos foi evidente a importância da fisioterapia respiratória para qualidade de vida, mas é notório que ainda existe uma deficiência de conhecimento da população sobre a eficácia para o tratamento da asma e vale ressaltar também que de uma certa forma também é escarço o conhecimento sobre o desencadeamento da patologia já na fase adulta.
A asma é uma doença crônica bem comum e conhecida fornecendo baixa qualidade de vida e altos custos médicos, a fisioterapia não é um tratamento farmacológico e só pode ser iniciado as intervenções após o paciente procurar o acompanhamento de um médico regularmente e receber a medicação adequada à suas condições, seguindo as orientações corretamente o fisioterapeuta começa atuar com intervenções necessárias e corretas que promovam a redução de dispneia e a intolerância ao esforço físico ao decorrer do tratamento.
REFERÊNCIAS
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1Acadêmica do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Fametro.
2Professor orientador curso de Fisioterapia do Centro Universitário Fametro.