A EXPLICAÇÃO CIENTÍFICA POR TRÁS DOS DITADOS POPULARES

THE SCIENTIFIC EXPLANATION BEHIND POPULAR SAYINGS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202411222043


Manuela Cristine Cardone 1
Priscila de Souza Iglesias2


RESUMO

Esse trabalho visa o conhecimento técnico que podemos obter com os ditados populares, além do que já nos ensinam. As explicações químicas por trás dessas falas comuns são pouco vistas, mas ainda assim existentes. Ao longo do desenvolvimento você verá sobre os seguintes ditados: “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”; “Onde há fumaça, há fogo”; “Quem ama o feio, bonito lhe parece”;” Filho de peixe, peixinho é”; “Melhor prevenir do que remediar”. Com base em comprovações cientificas, esses provérbios serão explicados de uma maneira totalmente diferente, provando mais uma vez sua importância.

PALAVRAS-CHAVE: Água, Conhecimento, fogo, fumaça, hormônio.

ABSTRACT

This work is aimed at the technical knowledge we can gain from popular sayings, in addition to what we are already taught. The chemical explanations behind these common sayings are little seen, but nonetheless exist. Throughout the course, you’ll learn about the following sayings: “Water soft on hard stone, it both hits and pierces”; “Where there’s smoke, there’s fire”; “Whoever loves the ugly, looks beautiful”; “Son of a fish, is a fish”; “Better safe than sorry”. Based on scientific evidence, these proverbs will be explained in a totally different way, proving their importance once again.

KEYWORDS: Water, knowledge, fire, smoke, hormone.

INTRODUÇÃO

Todos os dias ouvimos frases que estão basicamente no piloto automático, e não falo do “Oi tudo bem?” Ou do “Como vai seu dia?” estou falando das clássicas frases que usamos quando alguém faz alguma burrada, aquele tipo de frase que alguém um dia disse e todo mundo acabou por copiá-lo, um legitimo “quem não sabe fazer, copia mesmo” como já dizia Laura Seraphim. São a partir deles, entretanto, que adquirimos um conhecimento sem igual, já que ao ouvirmos um desses ditados, é bem rápido o tempo até decorá-lo, mas também para entender seu verdadeiro significado, a sua importância em decisão futuras. Porém, alguns ditados possuem uma explicação para além da filosófica, existe também um saber químico, biológico e geográfico por trás deles, uma maneira científica de ver as coisas que tanto são comuns no dia a dia. É sobre isso que trataremos neste trabalho, a interpretação por trás dos ditados tão ouvidos pelas pessoas.

Desenvolvimento

   Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.

Se existe uma coisa muito falada pelos mais velhos é esse tão conhecido ditado. É muito usado para mostrar que a perseverança para conseguir as coisas, fará com que elas cheguem um dia. No entanto, nem todos devem conhecer a explicação química por trás dele.

A água possui muitas facetas, ela é útil para todo tipo de coisa, desde a limpeza que traz com os pingos da chuva escorrendo pela janela, até ajudar dentro de seu próprio corpo. Ela pode limpar, filtrar ou até sob alta pressão, causar a erosão no solo.

Além do mais, a água quando bem concentrada e em extrema pressão pode ser até mesmo um risco para a saúde. Em manifestações muito agitadas e que as forças de seguranças perdem o controle da multidão, são usadas mangueiras de incêndio. Como é necessário que essas mangueiras espichem muita água ao mesmo tempo, elas funcionam com a mesma pressão que é usada para apagar o fogo, ou seja, essas pessoas serão atingidas com extrema força por elas, por essa razão é comum ocorrerem feridos por conta disso.

““Com alta velocidade, a água pode, além de dissolver, quebrar materiais ou pedras por impacto”, diz o especialista. As aplicações são numerosas: “Cortar com água é vantajoso porque não aumenta a temperatura do material cortado”. A fibra de vidro, por exemplo, pode quebrar se for cortada por um material que esquenta”. “E ainda dá para reaproveitar a água”, completa.” (Oliveira, Carlos, publicação Janeiro de 2019, página 1).

Onde a fumaça, há fogo.

Se for um incêndio, uma fogueira, uma vela acesa ou uma panela no fogão, haverá fogo. E às vezes, esse fogo quer dizer confusão. O conselho por trás desse provérbio fala que onde a indícios de suspeita, normalmente possui algum fundo de verdade, sendo assim um motivo real de perigo. Encontrando a fumaça, acha o fogo.

“Então essa é a fumaça característica do fogo: uma coluna que expande e sobe. A parte mais extensa e que pode ser vista à distância é formada por vapor de água. Já a parte escura próxima das chamas é composta por partículas, como fuligem, e variam conforme o material queimado. Ou seja, fogo sempre acompanha fumaça, sim.” (Oliveira, Carlos, publicação Janeiro de 2019, página 1).

Em resumo, para esse ditado não existe um sem o outro. Contudo, existe fogo que não tem fumaça. É o caso do fogo azul, encontrado nos fogões.

“Talvez você nunca tenha reparado, mas a chama que aquece seu almoço possui coloração azul, esta cor significa combustão completa (reação total com o oxigênio). Ela é produzida pela junção do combustível – gás liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido como gás de botijão – com o comburente (oxigênio do ar).” (Souza, Líria Alves de, publicação não encontrada, página 1).

Quem ama o feio, bonito lhe parece.

Um clássico da vida de qualquer adolescente, essa sentença remete as paixões, mas também ao afeto entre pais e filhos. Uma série de hormônios atuam no nosso corpo e são eles os responsáveis pela forma como vemos as pessoas.

“Há uma série de hormônios que atuam no nosso sistema nervoso central e modulam os comportamentos sociais.” (Bortolini, Maria Cátira, publicação Janeiro de 2019, página 1).

Isso também se reflete, dentro de nós, com reações químicas ocorrendo simultaneamente e liberando grande nível de sensações para nosso corpo, isso provoca sentimentos e nos dá uma perspectiva sobre as pessoas conosco.

“Na prática, há substâncias no nosso corpo que influenciam como agimos e como tratamos determinados membros de nossos grupos. Alguns exemplos de neuro-hormônios são endorfina, dopamina e oxitocina. “É a ação deles que faz que as mães e os pais tenham comportamento de cuidar dos filhotes até estes terem sua vida independente. Mesmo que esses filhotes não sejam bonito aos olhos dos outros”, diz.” (Bortolini, Maria Cátira, publicação Janeiro de 2019, página 1).

Ao longo de nossas vidas somos expostos a muitos tipos de hormônios, quando ocorre uma reação de atração, não são liberados apenas hormônios de afeição, existe também os hormônios do estresse, que exposto durante grandes períodos de tempo pode ser fatal.

“Segundo o pesquisador holandês, que participou do estudo, o aumento do hormônio do estresse diante de uma mulher desconhecida e atraente chegou a 18%. Em excesso, este hormônio pode provocar infarto, diabetes, hipertensão e até mesmo impotência. O Saudável é não ficar estressado por muito tempo.” (Teixeira, Mônica, publicação Agosto de 2010, página 1).

   Filho de peixe, peixinho é.

Esse ditado também poderia ser entendido como “Você é a cara do seu pai” ou “Puxou a mãe com certeza”, ninguém se surpreende ao ver as semelhanças entre pais e filhos. Porém, antes da documentação da hereditariedade por Gregor Mendel, não se existia um dado comprovado sobre isso, se tratava mais de uma questão de terem o mesmo sangue, mas não se tinha comprovação própria.

No entanto, tudo mudou com a descoberta de Mendel. Graças as suas pesquisas foi possível afirmar que existia um fundamento nesse provérbio, além do fato de ser dito pelos mais velhos.

“A partir destes experimentos, Mendel chegou à conclusão de que os filhos herdam características dos seus pais por meio dos genes. Quando da fecundação do óvulo pelo espermatozoide, há a formação do zigoto que carrega informações genéticas do pai e da mãe. Os filhos herdarão dos pais apenas 1 gene de cada característica, podendo ocorrer a manifestação apenas da característica dominante.” (Moraes, Paula Louredo, publicação não encontrada, página 1).

É melhor prevenir do que remediar

Quem nunca teve que sair de casa e levou um casaco debaixo do braço mesmo o dia estando ensolarado? Mesmo não tendo certeza de que ele será usado, ainda assim você o leva consigo. É o mesmo princípio da vacina, você não sabe se vai ficar doente, talvez o vírus não passe nem perto de você, mas o não saber faz com que se previna.

“Quando nos vacinamos, apresentamos ao nosso corpo um antígeno até então desconhecido. O corpo passa, com isso, a produzir anticorpos contra ele. Nesse primeiro momento, a produção de anticorpos é relativamente lenta. Além da produção de anticorpos, o organismo produz células de memória, ou seja, células que, ao serem expostas novamente ao mesmo antígeno, serão capazes de produzir anticorpos mais rapidamente.” (Santos, Vanessa Sardinha dos, publicação não encontrada, página 1).

Ele se refere também a prevenir outros problemas futuros, como possíveis crises financeiras, um problema de saúde, ou coisas fora do nosso planejamento.

Eles seguem o mesmo sentido do casaco, é possível prevenir problemas, talvez não todos, mas alguns com certeza podem ser resolvidos. No entanto, é bom relembrar que se preocupar é bom, mas apenas com o que você pode resolver.

CONCLUSÃO

Desde a Antiguidade são usados ditados, como forma de aprendizado e passagem de sabedoria através das gerações. Os mais comuns são os usados como forma de repreensão, mas também como forma de não serem facilmente esquecidos. Isso é algo presente nos conhecimentos científicos também, que estão sempre no dia a dia e dessa forma podem ser lembrados muitas vezes. Ao longo de muitas comprovações expostas com o auxilio de químicos e pesquisadores, é possível ver que os ditados são sim importantes, eles trazem a memória muito do que ela já esqueceu e ajudam as pessoas a aprenderem algo novo todos os dias.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

OLIVEIRA, Carlos. Clique Ciência: O que há de verdade científica nos ditados populares?”. 2019. In: Tilt UOL. Disponível em: https://www.uol.com.br/tilt/ultimas-noticias/redacao/2019/01/23/clique-ciencia-o-que-ha-de-verdade-cientifica-nos-ditados-populares.htm?cmpid=copiaecola. Acesso em 03 de Abril de 2024.

SOUZA, Líria Alves de. “Fogo que não produz fumaça”. 2019. In: Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/fogo-que-nao-produz-fumaca.htm#:~:text=Existe%20fogo%20que%20n%C3%A3o%20produz,rea%C3%A7%C3%A3o%20total%20com%20o%20oxig%C3%AAnio. Acesso em 05 de Abril de 2024.

TEIXEIRA, Mônica. “Pesquisa mostra que mulheres bonitas causam estresse nos homens”. 2010. In: G1. Disponível em: https://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2010/07/pesquisa-mostra-que-mulheres-bonitas-causam-estresse-nos-homens.html. Acesso em 06 de Abril de 2024.

MORAES, Paula Louredo. “Lei de Mendel“. In: Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/lei-mendel.htm. Acesso em 9 de Junho de 2024.

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. “Importância da vacinação“. In: Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/importancia-vacinacao.htm. Acesso em 13 de Junho de 2024.


1 Aluna do Ensino médio do Colégio Centro Educacional Crandon manuelaccardone@hotmail.com
2 Professora da Disciplina de Química do colégio Centro Educacional Crandon iglesias_priscila@yahoo.com.br