REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10012319
MEDEIROS, Amanda Maria Nunes da Silva¹
COSTA, Leticia de Morais Bastos²
BARBOSA, Divina Gomes Costa³
Resumo
Hanseníase é uma doença crônica, transmissível, infectocontagiosa e de evolução lenta, transmitida pelas vias aéreas superiores através de gotículas de saliva e tem capacidade de ocasionar lesões neurais severas, acometendo pessoas de ambos os sexos e idade. O objetivo do estudo foi analisar o papel do enfermeiro frente a estratégia de saúde da família na unidade básica de saúde. O estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, o principal problema discutido na pesquisa foi o abandono do tratamento pelos pacientes, que acaba diminuindo a eficácia dos medicamentos. A respeito da estratégia visamos destacar a atuação do enfermeiro para melhoria deste problema, onde atuam desde a prevenção ao tratamento e conscientizar a população a dar continuidade ao tratamento para que venha diminuir esse problema de saúde pública na sociedade, um dos objetivos é manter o controle da busca ativa para diagnosticar precocemente e tratar de forma correta para reduzir o índice da prevalência da hanseníase no Brasil. Concluímos com esse estudo que o papel do enfermeiro no programa de saúde da família é indispensável na unidade básica de saúde, pois o enfermeiro é o principal responsável em se destacar nas estratégias a serem desenvolvidas.
Palavras chaves: Hanseníase; Enfermeiro; Unidade Básica de Saúde; Estratégia.
Abstract
Leprosy is a chronic, transmissible, infectious and slow-growing disease, transmitted through the upper airways through droplets of saliva and has the capacity to cause severe neural damage, affecting people of both sexes and ages. The objective of the study was to analyze the role of the nurse in the face of the family health strategy in the basic health unit. The study is bibliographical research, the main problem discussed in the research was the abandonment of treatment by patients, which ends up reducing the effectiveness of medicines. Regarding the strategy, we aim to highlight the role of nurses to improve this problem, where they work from prevention to treatment and raise awareness of the population to continue the treatment so that it will reduce this public health problem in society, one of the objectives is to maintain control of the active search for early diagnosis and correct treatment to reduce the leprosy
prevalence rate in Brazil. We conclude from this study that the role of the nurse in the family health program is essential in the basic health unit, as the nurse is primarily responsible for excelling in the strategies to be developed.
Keywords: Leprosy; Nurse; Basic health Unit; Strategy.
1. INTRODUÇÂO
Segundo dados estatísticos do Ministério da saúde, a Hanseníase designa-se como uma enfermidade de caráter crônico conhecida desde os primórdios como “lepra”, os indivíduos infectados com a mesma eram excluídos da sociedade e mantidos isolados longe do contato com demais pessoas (BRASIL, 2022). Em suma, a Hanseníase é uma doença tratável e curável, entretanto quando não há uma atenção voltada ao diagnóstico precoce a mesma afeta o sistema nervoso periférico e a pele deixando sequelas e deformidades (BRASIL, 2022).
O Brasil, em 2018, ocupava o segundo lugar na relação de países com maior número de casos de hanseníase no mundo nessa perspectiva estratégias vêm sendo adotadas com intuito de reverter esse quadro, dessa forma entre as estratégias salienta-se a descentralização das ações de combate a hanseníase para toda a rede básica de saúde, tendo em consideração a relevância estratégica dos programas de saúde preconizadas pelo sistema único de saúde, ou seja as intervenções em saúde são ferramentas significativas para apoiar a formulação e implementação de políticas públicas (MENDONÇA et al, 2022).
A hanseníase é considerada um grave problema de saúde pública em todo o mundo. Exige vigilância para interromper a cadeia de transmissão, baseada em ações preventivas, promocionais e curativas efetivas, bem como evitar o abandono do tratamento pelo paciente. A atuação da equipe de enfermagem deve prever ações que levem à transformação do comportamento do indivíduo. O enfermeiro tem papel fundamental no tratamento, diagnóstico e prevenção da hanseníase. Nesse contexto, o enfermeiro é o profissional da atenção primária vinculado à população. O enfermeiro é responsável por executar com excelência os programas de saúde instituídos pelo Ministério da Saúde voltados para a atenção primária (SILVA et al, 2014).
O papel da enfermagem é crucial no período do diagnóstico para que o paciente venha entender do que se trata e como vai funcionar o tratamento, sendo alertado sobre as medicações assistidas, que é um dos motivos para que esse paciente retorne a unidade básica de saúde, deve ser alertado quanto ao contágio e a disseminação dessa doença caso o tratamento seja interrompido, sabemos que a Hanseníase é um problema de saúde pública e por esse fato devemos conscientizar através de palestras, vigilância sanitária, visitas frequentes dos agentes de saúde e alertar sobre os sinais e sintomas para que o paciente venha reconhecer o problema.
2. Fundamentação Teórica
2.1. Hanseníase
A hanseníase é uma doença infecto contagiosa cuja evolução é lenta que se manifesta através de sinais e sintomas, entende-se que é uma infecção causada pelo agente etiológico Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, é um parasita intracelular obrigatório que tem uma alta infectividade e uma baixa patogenicidade, ou seja, infecta muitas pessoas, mas, no entanto, poucas adoecem (BRASIL, 2017).
A doença também pode ser classificada de duas formas, em indeterminada (paucibacilares) onde ocorre a fase inicial da doença e presença de paciente precisa comparecer à unidade de saúde para ser realizada e alertar sobre sinais e sintomas da hanseníase.
Em alguns casos a hanseníase não pode ser totalmente prevenida, nas formas mais disseminadas, é aplicada a vacina BCG, que é ofertada aos contatos mais próximos do paciente de forma a evitar que sejam infectados. A implementação do diagnóstico precoce é essencial, o tratamento oportuno e a investigação de contatos visam identificar a fonte de contágio e detectar casos novos entre os contatos domiciliares do doente, pelo fato de evita a evolução da enfermidade gerando as incapacidades e deformidades físicas, além da contaminação de mais pessoas (FIOCRUZ, 2019).
A patologia em questão pode estar fortemente associada a condições econômicas, sociais e ambientais, a doença indica distribuição heterogênea no país, com notáveis concentrações principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, grandes áreas de transmissão da doença. Assim sua alta endemicidade acaba acarretando a interrupção da cadeia de transmissão, no entanto tornando-se essencial a inclusão de ações estratégicas que garantem o atendimento adequada para pessoas acometidas pela doença (BRASIL,2022).
É importante destacar que ainda há relatos de desistência do tratamento mesmo sendo ofertado gratuitamente pelo SUS, e neste estudo buscamos alguns motivos que levam os pacientes a abandonar o tratamento que são, reações adversas do tratamento, preconceito do próximo ou de si mesmo, negação da doença, depressão, dificuldade para se deslocar até a unidade básica de saúde, uso de álcool, duração longa do tratamento. Com esse abandono o paciente pode estar desenvolvendo resistência aos antibióticos, pode aumentar a cadeia de transmissão da hanseníase que havia sido interrompida com o início do tratamento medicamentoso e desenvolver incapacidades físicas e deformidades.
2.2. Justificativa
A hanseníase no Brasil apresenta-se como um problema de saúde pública, a falta de tratamento adequado interfere na interrupção da cadeia de transmissão da doença, justifica-se que este estudo pretende contribuir bem como formulações na estratégia saúde da família, podendo subsidiar a importância do papel do enfermeiro diante o tratamento e ações para combater os agravos e controle da hanseníase no âmbito da saúde pública.
Até cinco lesões de pele como manchas com bordas mal delimitadas não há comprometimento nervoso. Hanseníase tuberculóide (paucibacilar) pode se manifestar através de manchas com bordas elevadas e com perda total de sensibilidade. Hanseníase dimorfa (multibacilar), pode se manifestar por várias manchas de pele avermelhadas ou esbranquiçadas, com bordas elevadas, mal delimitadas, há perda de sensibilidade. Hanseníase virchowiana (multibacilar) é considerada a forma mais contagiosa da doença, apresenta-se avermelhada, seca, infiltrada, cujos poros apresentam-se dilatados (aspecto de “casca de laranja”), é comum aparecer nódulos, (BRASIL,2017).
No entanto, a qual acomete principalmente a pele e sistema nervoso periférico, como também pode afetar os olhos e órgãos internos, podendo se multiplicar. Ademais, se o indivíduo não realizar o tratamento adequadamente na forma inicial o quadro clínico da doença evolui em geral, podendo apresentar sequelas como incapacidades físicas e provocando deformidades devido a sua alta complexidade (BRASIL, 2017).
Torna-se transmissível e pode atingir pessoas de qualquer sexo ou idade, inclusivamente as crianças e idosos, o homem é reconhecido como sua única fonte de infecção (reservatório), a transmissão pode ocorrer por meio das vias aéreas superiores, e por meio de contato próximo e prolongado ao indivíduo contaminado (BRASIL, 2017). O aparecimento da doença nas pessoas infectadas pelo bacilo e suas diversas manifestações clínicas pode ocorrer após um período de longa incubação.
2.3. Diagnóstico
Os casos de hanseníase são diagnosticados por meio do exame físico geral dermatológico e neurológico. Casos com suspeita de envolvimento neural, sem lesão de pele, devem ser encaminhados para unidades de saúde de maior complexidade para confirmação diagnóstica. Também devem ser encaminhados aqueles que apresentarem área com alteração sensitiva e/ou autonômica duvidosa e sem lesões cutâneas evidentes (BRASIL,2017).
Para ser considerado portador da doença o paciente deve ter um ou mais sintomas, presença de bacilos M. leprae comprovadas pelos exames de baciloscopia de esfregaço intradérmico ou biópsia de pele, lesões ou áreas da pele com sensibilidade, espessamento de nervos periféricos, além das alterações sistêmicas que podem atingir mucosas, trato respiratório alto, olhos, linfonodos, medula óssea, vísceras abdominais e testículo, as manifestações clínicas estão ligadas a dois aspectos que devem ser observados para determinar qual conduta terapêutica escolher que são as infecções e reações hanseníase (BRASIL,2016).
Em suma, o diagnóstico precoce da doença é um fator extremamente importante no tratamento e na interrupção da barreira de contágio, portanto, sabe-se que a hanseníase é uma doença curável e quanto mais prévia o diagnóstico e tratamento mais rápido o paciente está curado.
2.4. Tratamento
O acompanhamento acontece em unidades básicas de saúde, onde o paciente vai ter todo o tratamento realizado através do sistema único de saúde (SUS). O tratamento medicamentoso é de três antimicrobianos – rifampicina, dapsona e clofazimina, a qual denominou de Poliquimioterapia Única (PQT U). Essa combinação vai diminuir a resistência medicamentosa do bacilo, se não houver o uso dessas três medicações o tratamento pode perder a eficácia. A duração do tratamento vai depender de qual forma clínica o paciente apresenta, paucibacilar (PB) a duração é de seis meses e para pacientes com hanseníase multibacilar (MB) a duração é de doze meses. Durante as consultas mensais o paciente recebe uma nova cartela de PQT-U e sendo assistido por um profissional de saúde, faz uso da dose supervisionada.
- Quando o paciente completa a gravidez e o aleitamento materno não contraindicam o uso de PQT-U;
- Pessoas com peso inferior a 30 kg devem ter as doses ajustadas;
- O uso de anticoncepcionais orais reduz sua ação pelo uso da rifampicina;
- Caso haja necessidade de esquemas substitutivos à PQT-U, o SUS também disponibiliza esses medicamentos de forma gratuita;
- É importante que os contatos de pacientes com hanseníase também sejam avaliados por um profissional de saúde.
- Tratamento medicamentoso com regularidade, isto é, fez o uso correto de todas as doses de medicamentos dentro do prazo estipulado (seis ou doze meses), inclusive as supervisionadas, e tendo sido bem avaliado na última consulta médica, o paciente recebe a alta por cura (BRASIL, 2022).
2.5. Estratégias do Enfermeiro no programa Saúde da Família
Diante do Protocolo Clínicas e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Hanseníase publicadas pelo ministério da saúde, as principais estratégias para o enfrentamento à doença são a detecção precoce e o tratamento de caso com início imediato e a avaliação de contatos. Essas medidas são extremamente importantes para a quebra da cadeia de transmissão da doença e para a prevenção de incapacidades físicas (BRASIL, 2022).
A estratégia de saúde da família é uma proposta de reorientação do modelo de atenção à saúde, baseado na atenção primária, e em consonância com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Muitas práticas têm sido desenvolvidas por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS) com equipes de Saúde da Família (eSF). (ARANTES, et al,2015).
O papel do enfermeiro é fundamental nessa estratégia porque juntamente com a equipe da unidade básica de saúde vai buscar e diagnosticando os pacientes para que não deixe o abandono do tratamento acontecer, no entanto o enfermeiro vai planejar, gerenciar e executar ações no âmbito da saúde individual e coletiva, supervisionar a assistência direta à população, realizar ações de promoção, prevenção, cura e reabilitação, articular ações intersetoriais, gerenciar os serviços de saúde, desenvolver.
O profissional enfermeiro atuante da atenção básica possui uma conduta extremamente significativa na assistência voltada para o paciente com diagnóstico de hanseníase e aos familiares e contatos próximo, executando ações de combate desde a prevenção a detecção da forma mais contagiosa da doença na fase inicial do tratamento, evitando assim que se instalam deformidades sem que ocorra a intervenção terapêutica adequada e precoce, podendo levar a piora do quadro (CABRAL, et al,2016).
3. Metodologia
Este estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que tem como foco a estratégia do enfermeiro aos portadores de hanseníase assistidos pelo programa saúde da família. A revisão integrativa é um método, que tem como finalidade sintetizar resultados obtidos em pesquisas sobre um tema ou questão, de maneira sistemática, ordenada e abrangente (SOUSA, OLIVEIRA e ALVES 2021).
Para a realização desse estudo foram incluídos materiais científicos investigativos acerca da problemática aqui ressaltada, como levantamentos de dados presentes no ministério da saúde e os protocolos e diretriz, artigos científicos publicado em bases de dados presentes como tese de doutorado na revista FIOCRUZ, educação em saúde e educação permanente, bem como conduzir essas equipes. (BRASIL,2017).
Os critérios de inclusão foram utilizados, diretrizes do ministério da saúde e protocolos, artigos completos em português publicados entre o período de 2014 a 2022. Como critérios de exclusão serão destacados artigos descritos que não estão voltados ao tema da pesquisa.
Foram utilizados e analisados 29 artigos científicos para este estudo, destes 29 foram usados 12 artigos para ser realizada esta pesquisa, sendo assim os 17 artigos não foram selecionados por não conterem as informações necessárias para serem realizadas as pesquisas de dados.
4. Resultados e discussões
Ao decorrer da busca de artigos científicos, foram analisados criteriosamente 29 artigos, destes 29 foram intimidados 12 artigos que correspondiam aos objetivos.
Tabela 1 – Frequência e porcentagem de estudos sobre a atuação do enfermeiro aos portadores de Hanseníase presentes na atenção primária entre os anos de 2014 e 2022, segundo o ano de publicação dos periódicos.
Ano de Publicação | Frequência | % |
2014 | 1 | 8,33% |
2015 | 1 | 8,33% |
2016 | 1 | 8,33% |
2017 | 2 | 16,67% |
2018 | – | – |
2019 | 1 | 8,33 |
2020 | – | – |
2021 | 2 | 16,67% |
2022 | 4 | 33,34% |
Total | 12 | 100% |
Fonte: Autores
A tabela 1 apresenta os periódicos segundo o ano de publicação, nota-se que os anos 2014, 2015 e 2016 obtiveram a mesma frequência de publicação com 24,99% das amostras utilizadas, no ano de 2018 e 2020 não obteve resultados esperados em relação ao conteúdo, em 2022 obteve a maior frequência de publicação dos que foram pesquisados e analisados.
A maioria dos artigos publicados foi no ano de 2022, e houve uma redução nos anos 2014, 2015 e 2016. Nota-se uma falta de publicação nos anos 2018 e 2020. Logo as autoras concluem que referentes a este assunto observaram que há uma problemática em relação a isso, pois a hanseníase ainda é um assunto pouco discutido na atenção primária e um grande problema de saúde pública, onde a sociedade não reconhece a gravidade do problema e nós como enfermeiros devemos fazer uma busca ativa, acolhimento, visitas domiciliares com intuito de orientar a população para reconhecer e tratar a doença precocemente para não haver a disseminação.
Gráfico de dados 1 – Sequência e porcentagem de estudos sobre a atuação do enfermeiro ao portador de Hanseníase na estratégia da saúde da família entre os anos de 2014 e 2022, segundo os dados abaixo.
Fonte: Autores
De acordo com as bases de dados utilizados no gráfico foram utilizados na pesquisa 10 bibliografias como amostra para o estudo, somando o total de 100% de materiais eletrônicos. Em nossa pesquisa, avaliamos que a base de dados que mais obtivemos sucesso nas pesquisas e estudos foi o google acadêmico que representa 83%, após ele Scielo 9% e Caderno Fucamp com 8% de resultados obtidos e trazendo informações de grande relevância para a pesquisa, evidenciando e desenvolvendo os objetivos almejados.
As autoras concluem que o Programa de Saúde da Família atua de forma sistematizada nos processos de trabalho na unidade básica de saúde com o objetivo de desenvolver ações de combate à hanseníase e como prevenir e tratar a doença, sendo assim garantindo cuidados de acordo com as necessidades dos pacientes na unidade básica de saúde.
Através destas pesquisas observa-se que a Hanseníase ainda é pouco conhecida e discutida, sendo assim torna difícil uma abordagem aos pacientes para fazer um diagnóstico preciso. Com esse estudo buscamos enfatizar a importância da capacitação do enfermeiro frente essa problemática para atuar nas ações voltadas para prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação desenvolvida pela equipe multidisciplinar, onde deve estar capacitada e habilitada para atender as demandas deste público, pois é uma doença de notificação compulsória onde se recomenda o controle pelo ministério da saúde.
Gráfico de Dados 2 – Gráfico relacionado a porcentagem de artigos dos anos de 2014 a 2022 que citaram a atuação do enfermeiro em relação aos pacientes com hanseníase e como deve acontecer todos os cuidados.
Fonte: Autores
No entanto foi concluído que no ano de 2022 obteve uma maior frequência de artigos publicados com um percentual de 40% dos artigos totais, observamos que no ano de 2016 e 2019 ocorreu um menor percentual de artigos publicados com 10% de cada. Observou-se que em 2014 e 2015 não ocorreu nenhuma publicação o que mostra uma grande falta.
5. Conclusão
O estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica que permitiu uma análise pautada da estratégia dos enfermeiros aos portadores da hanseníase, os dados foram reunidos a partir de artigos entre os anos de 2014 e 2022, com o objetivo principal de descrever a importância da atuação do enfermeiro frente aos portadores de hanseníase assistido pelo programa saúde da família.
Em vista que a atuação do enfermeiro na unidade básica de saúde é primordial na detecção precoce da doença, assim, podendo dar início ao tratamento adequadamente acarretando o controle da cadeia de transmissão e buscando incentivar a realização do acompanhamento preconizado para poder reduzir a cadeia de transmissão, evitando o abandono do tratamento e sequelas.
As autoras do presente estudo afirmam que o problema de pesquisa foi respondido, todavia, durante a realização dessa pesquisa observou-se que o enfermeiro é a peça chave principal em gerenciar as etapas de cada processo e o responsável em desenvolver as estratégias a serem executadas, exercendo assim o seu papel com excelência de forma holística, qualificada, humanizada e assistencial, garantindo que o paciente mantenha uma qualidade de vida adequada e otimizada mesmo sofrendo as sequelas físicas.
Sendo assim, não só os enfermeiros, mas toda a equipe e gestão pública deve estar preparada e ter um olhar especial para esse público em relação a essa patologia, realizando uma reeducação para haver a redução de casos e a hanseníase não ser um problema de saúde pública como está na atualidade, mesmo sendo pouco conhecida muitas pessoas são acometidas.
Com esse estudo buscamos enfatizar que o enfermeiro participa de todas as ações que envolvem esse tipo de organização, gestão pública e administração do programa de controle da hanseníase fazem parte também das atribuições do profissional da enfermagem na sua rotina no programa de saúde da família.
O objetivo foi analisar o papel do enfermeiro na identificação precoce dos sinais e sintomas da hanseníase, diante desse contexto o objetivo foi alcançado com excelência de acordo com os artigos utilizados, visando analisar atuação do enfermeiro frente aos portadores da doença, na busca da implementação e detecção dos sinais e sintomas e avaliando o impacto gerado ao abandono do tratamento.
Dessa forma, a importância desse estudo é extremamente fundamental para os profissionais enfermeiros e acadêmicos de enfermagem, com objetivo de contribuir para melhorar o atendimento e formulação de estratégias voltadas a promoção e prevenção da saúde, com um olhar mais holístico para as necessidades que cada usuário apresenta, tornando o profissional com capacidades de realizar condutadas adequadas frente a estratégia saúde da família.
6. Referências Bibliográficas
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¹Graduanda em Enfermagem, UNITPAC, Araguaína/TO.E-mail: amandameds91@gmail.com
²Graduanda em Enfermagem, UNITPAC, Araguaína/TO. E-mail: leticiamoraisbastos@gmail.com
³Professora do curso de Enfermagemm, da IES UNITPAC. Mestrado em Meio Ambiente pela Universidade CEUMA. E-mail: divina.barbosa@unitpac.edu.br