A EPILEPSIA E GRAVIDEZ: REPERCUSSÕES E PROGNÓSTICO

EPILEPSY AND PREGNANCY: REPERCUSSIONS AND PROGNOSIS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7652806


Fernando José de Morais Silva1
Rebeca Ferreira Nery2
Bruno Teixeira Marcos Moraes3
Ane Kassia de Carvalho Barbosa4
Brenda de Moura Meneses5
Thyago Layron Sampaio de Abreu6
Kamilla da Silva de Galiza7
Bianca Vieira de Sousa8
Maria Lúcia Silva Sousa9
Marília Sousa dos Reis10
Myrella Evelyn Nunis Turbano11
Monalyza Pontes Carneiro12
Manuella Oliveira Costa13
Emanuelle Maria da Silva14


Resumo

INTRODUÇÃO: A epilepsia é uma doença neurológica frequente nas gestações, caracterizada por uma predisposição para a ocorrência das crises epilépticas. Tais crises geram repercussões materno fetais. OBJETIVO: Descrever as complicações provocadas pela epilepsia na gravidez e suas repercussões materno fetais. MÉTODOS: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, foi realizado um levantamento bibliográfico de caráter descritivo e exploratório, através das bases de dados: SciELO, Medline e Lilacs, utilizando os descritores: Epilepsia OR Epilepsy OR Epilepsia”, “Gravidez OR Pregnancy OR Embarazo” e “”Complicações na Gravidez” OR “Pregnancy Complications” OR “Complicaciones del Embarazo””. RESULTADOS: A epilepsia é considerada prevalente na população, acometendo cerca 0,3% a 0,4% das gestantes. Ademais, cerca de 1/4 das mulheres com epilepsia encontra-se em idade fértil. As consequências desta patologia durante a gestação decorrem do risco inerente ao tratamento, e devido às próprias crises convulsivas. Ocasionando, assim, complicações para a mulher e para o feto, como malformações congênitas, transtornos do comportamento no período neonatal e defeitos morfológicos. CONCLUSÃO: Diante disso, nota-se a importância da prevenção de crises convulsivas durante a gestação, sendo importante promover uma assistência pautada no equilíbrio entre o manejo das crises e o potencial de teratogenicidade dos medicamentos.

Palavras-chave: epilepsia, gravidez, complicações na gravidez.

Abstract

INTRODUCTION: Epilepsy is a frequent neurological disease in pregnancies, characterized by a predisposition to the occurrence of epileptic seizures. These seizures have maternal and fetal repercussions. OBJECTIVE: To describe the complications caused by epilepsy in pregnancy and its maternal and fetal repercussions. METHODS: This study is an integrative literature review, a descriptive and exploratory bibliographic survey was carried out using the following databases: SciELO, Medline, and Lilacs, using the descriptors: Epilepsy OR Epilepsy OR Epilepsy”, “Pregnancy OR Pregnancy OR Embarazo”, and “Pregnancy Complications” OR “Pregnancy Complications” OR “Complications of Embarazo”. RESULTS: Epilepsy is considered prevalent in the population, affecting about 0.3% to 0.4% of pregnant women. Moreover, about 1/4 of women with epilepsy are of childbearing age. The consequences of this pathology during pregnancy result from the risk inherent to the treatment, and due to the seizures themselves. This causes complications for the woman and the fetus, such as congenital malformations, behavioral disorders in the neonatal period, and morphological defects. CONCLUSION: In view of this, the importance of preventing seizures during pregnancy is evident, and it is important to promote assistance based on a balance between seizure management and the potential teratogenicity of drugs.

Keywords: epilepsy, pregnancy, pregnancy complications.

1.Introdução

  A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais comuns na gravidez, afetando cerca de 0,3% a 0,4% das gestantes1. Podemos classificar as epilepsias quanto a sua etiologia, tipos de crise, idade do início das crises, manifestações clínicas, topografia das descargas elétricas e achados eletroencefalográficos. Atualmente usamos a classificação proposta pela liga internacional de Epilepsia, baseando se na clínica e no padrão eletroencefalográfico, dessa forma, são classificadas como: crises parciais ou focais, decorrentes de uma descarga neuronal excessiva em uma região especifica do córtex, geralmente tônico-clônicas, podendo ser subdivididas em parciais simples, parcial complexa e parcial com generalização secundária; crises generalizadas, que envolvem de forma simultânea todo o córtex, e crises inclassificáveis, quando não em possível fazer sua diferenciação entre focal ou generalizada utilizando os elementos clínicos e laboratoriais disponíveis2; 3.

Por mais que algumas mulheres com diagnóstico de epilepsia tenham gestações sem complicações e com fetos saudáveis, existe comprovação de dificuldades durante o período gestacional, provocando até mesmo morte materna e prejuízos aos bebês4. Apesar disso, muitas mulheres desconhecem os riscos envolvidos e por esse motivo não procuram ajuda médica5. As crises tônico-clônicas generalizadas apresentam com potencial de maior risco ao feto, isso ocorre, pois, a convulsão reduz a perfusão útero-placentária, além de aumentar a necessidade de oxigênio materna, o que em conjunto leva a hipoxia fetal, além disso a movimento brusca pode levar ao deslocamento placentário ou desencadear a contratilidade uterina1. As convulsões maternas no segundo e terceiro trimestres estão associadas à restrição do crescimento fetal e sofrimento fetal e comprometimento cognitivo e retardo do desenvolvimento 6; 7. O diagnóstico da epilepsia é na sua totalidade clínico, através de um exame físico neurológico e psiquiátrico detalhado, sendo importante se ater a eventos pré e perinatais, bem como frequência e idade de início das crises.8 

O cuidado clínico de mulheres com epilepsia deve começar desde o desejo de engravidar, buscando prevenir que as pacientes sofram convulsões durante o período gestacional1; 9. Mulheres com diagnóstico de epilepsia durante a gestação devem receber um tratamento que busque o equilíbrio entre manter as convulsões maternas estáveis e controlar os possíveis efeitos adversos das drogas antiepilépticas no feto10. No entanto, o uso de medicamentos anticonvulsivantes na gravidez guarda relação com bebês pequenos e com perímetro cefálico reduzido para a idade gestacional, devendo o médico ter cautela na hora da prescrição4. Nesse sentido, esse estudo tem como objetivo descrever as complicações provocadas pela epilepsia na gravidez e suas repercussões materno fetais, de modo a contribuir com para o estabelecimento de procedimento que garantam melhor qualidade de vida às pacientes.

2.Metodologia

O presente estudo trata -se de uma revisão integrativa da literatura, que se utiliza de uma metodologia exploratória e descritiva. (PEREIRA, et al., 2018).

Inicialmente, foram pesquisados estudos nas bases de dados eletrônicas: Literatura Latino – Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs); Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline).

Inicialmente foram selecionados os seguintes descritores: “Epilepsia OR Epilepsy OR Epilepsia”, “Gravidez OR Pregnancy OR Embarazo” e “”Complicações na Gravidez” OR “Pregnancy Complications” OR “Complicaciones del Embarazo””. Utilizando o operador booleano “AND”. Os dados foram organizados durante a revisão de literatura de forma a elencar os estudos relacionados à temática em questão, a filtragem dos artigos encontrados teve como critério de inclusão, artigos nos últimos 5 anos (2017 a 2022), nos idiomas: português, inglês e espanhol, sendo os tipos de documentos: estudo observacional; Relatos de caso; estudo de incidência; fatores de risco; ensaio clínico controlado; estudo de prevalência; estudo prognóstico; pesquisa qualitativa; estudo de etiologia e relato de casos; e como critério de exclusão artigos em outros idiomas, textos antes de 2017, e artigos de revisão .  Após essa filtragem ficou disponível 202 artigos, sendo que após leitura dos títulos e resumos, foram selecionados 20 artigos que mais se encaixavam na proposta desse estudo para compor a presente revisão, ademais foi realizado e excluído textos em duplicação. Para melhor compreensão, os métodos foram esquematizados na Figura 1.  A distribuição dos dados da pesquisa por ano e base de dados estão apresentados no Quadro 1.

Figura 1 –Fluxograma esquematizando a metodologia do estudo

Diagrama
Descrição gerada automaticamente
Fonte: Autor

Quadro 1-Distribuição dos dados da pesquisa em relação à base de dados e ano da publicação. 

ArtigoBase de dadosAno de publicação
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Fonte: Autor

3.Resultados

3.1 Complicações materno fetais

Problemas obstétricos e perinatais são mais comuns em mulheres com epilepsia do que na população em geral.  As gestantes com epilepsia possuem maior risco para desenvolverem pré-eclâmpsia, complicações infecciosas, deslocamento prematuro da placenta, além de aumento da mortalidade. Por outro lado, o feto possui maior chance de nascerem prematuros, apresentarem síndrome do desconforto respiratório e desenvolver malformações congênitas.11 Outrossim, existe um risco aumentado de convulsão em neonatos e filhos de mães tratadas com antidepressivos durante a gravidez.12 As crises tônico-clônicas generalizadas são as que apresentam maior chance de trazer complicações ao feto e a gestante. São pequenas as reinternações por convulsões, sendo que quando ocorre é devido eclampsia, sendo que a identificação precoce e prevenção com pré-eclâmpsia e eclampsia podem significar diminuição das convulsões pós-parto, se atentando a mulheres com fatores de risco associados a complicações por convulsões.13

3.2 Abordagem medicamentosa

Existem poucos dados sobre a compreensão e participação de mulheres em idade reprodutiva nas decisões sobre a escolha de drogas antiepilépticas14. Os recém-nascidos quando expostos intra-útero a drogas anticonvulsivantes, podem de forma temporária apresentar sinais de depressão do sistema nervoso central, apresentando hipotonia e dificuldade para acordar, ou até mesmo sinais de retirada da drogas, como: irritabilidade, tremores e hipertonia2; 15. Dentre as malformações que ocorrem em decorrência do uso de anticonvulsivantes, podemos destacar as seguintes: fissura palatina, defeitos no tubo neural, cardiopatias e anomalias do trato urogenital, hipoplasia de falanges e unhas.16 Em um estudo observacional prospectivo envolvendo 211 grávidas com epilepsia foi possível observar 25 óbitos fetais (11,8%) e 13(6,2%) nasceram com defeitos congênitos grave, tais como: microcefalia, defeitos cardíacos, ectopia da bexiga e hérnia inguinal9; 17. Além disso, alguns medicamentos, como o Valproato de Sódio estão relacionados a diminuição do desempenho educacional dessas crianças no futuro18.

Recém-nascidos que são expostos a drogas anticonvulsivantes intra-útero podem demonstrar sintomas temporários de depressão do sistema nervoso central (dificuldade para acordar, hipotonia) ou de retirada da droga (irritabilidade, hipertonia e tremores)2. O folato é uma coenzima hidrossolúvel que ajuda no desenvolvimento do sistema nervoso central, sendo importante no primeiro trimestre da gestação. No entanto, a suplementação de ácido fólico de modo geral pode levar ao aumento da metabolização da fenitoína, diminuindo seu porte sanguíneo e favorecendo o aparecimento de crises epilépticas, dessa forma, a dose de folato depende se a mãe está ou não em uso de drogas antiepilépticas (DAE), qual o DAE e idade materna, de modo a achar um meio termo entre a prevenção de defeitos estruturais no feto e a ocorrência de crises epilépticas.14 Tomar ácido fólico durante o primeiro trimestre e não ter convulsões durante a gravidez foram fatores de proteção contra mortes fetais19; 20

4. Conclusão

Portanto, percebe-se que a epilepsia é uma enfermidade comum na gravidez, sendo importante que os profissionais de saúde tenham conhecimento adequados acerca do risco materno-fetal existente, buscando haver um equilíbrio entre o tratamento com drogas antiepilépticas, dado seu potencial de causar malformações e o controle das crises epilépticas. Dessa forma, faz-se importante a realização durante a pré-concepção de um planejamento para aquelas mulheres diagnosticadas com epilepsia e que desejam engravidar, com o intuito de buscar formas de otimizar a terapia mais segura para a gestante, a partir da gestão de uma equipe multidisciplinar, objetivando evitar complicações durante o parto e o período gestacional, reduzindo as complicações para a mãe e diminuindo as repercussões nos seus filhos. 

No entanto, é necessário a realização de mais estudo sobre essa temática, haja visto que, os estudos em sua maioria buscam analisar a epilepsia preexistente não controlada, sendo poucos os estudos que analisam o surgimento da epilepsia durante o processo da gravidez.

Em paciente com epilepsia devemos buscar diminuir as convulsões perigosas, sobretudo crises convulsivas prolongadas e durante o sono, ao passo que se assegura a menor exposição a medicamentos anticonvulsivantes.4

Referências

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4 CRAIG, J. J.; SCOTT, S.; LEACH, J. P. Epilepsy and pregnancy: identifying risks. Pract Neurol, v. 22, n. 2, p. 98-106, 2022/00 2022. ISSN 1474-7766. Disponível em: < https://dx.doi.org/10.1136/practneurol-2019-002304 >. 

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1, 4, 5, 6, 7, 11, 12Graduando em Medicina pela Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí-FAHESP-Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba-IESVAP, Parnaíba-PI, Brasil.

2Graduanda em Enfermagem pela Faculdade São Francisco da Paraíba, Cajazeiras, Paraíba, Brasil

3, 8Graduando em Medicina pelo Centro Universitário Barão de Mauá. Ribeirão Preto-SP, Brasil.

9, 10Graduando em Medicina pelo Centro Universitário Inta – UNINTA.Sobral – CE, Brasil.

13Graduanda em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas do Pará. Marabá, Pará, Brasil.

14Biomédica pela Universidade Federal de Pernambuco Recife, PE, Brasil.