REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10241021504
Michellene da Costa Machado¹
Resumo
O suor é fundamental para manter a temperatura corporal do nosso organismo, no entanto, em algumas pessoas, ocorre uma hiperatividade das glândulas sudoríparas, resultando em sudorese excessiva, o que é conhecido como hiperidrose. Essa condição pode afetar homens e mulheres entre 16 e 41 anos de idade, gerando sérios problemas sociais, psicológicos e ocupacionais, afetando significativamente a qualidade de vida dessas pessoas. Para tratar a hiperidrose, a toxina botulínica tem se mostrado um tratamento eficaz, inibindo a liberação de acetilcolina e reduzindo a estimulação das glândulas sudoríparas. Esta revisão de literatura teve como objetivo avaliar a eficácia da toxina botulínica no tratamento da hiperidrose, destacando sua técnica e efeitos. A pesquisa foi realizada utilizando diversas plataformas virtuais de artigos científicos, como Scielo, Google Acadêmico e Pubmed. Atualmente, a toxina botulínica tem sido amplamente utilizada no tratamento da hiperidrose, com uma taxa de eficácia de cerca de 75%, além de apresentar baixo risco de complicações.
Palavras-chave: Glândulas. Sudorese. Suor. Toxina botulínica. Tratamento.
Introdução
O estudo realizado por Hashimoto et al. (2018) no Brasil mostrou que 2,07% da população pesquisada relatou sudorese excessiva, sendo que 74,5% desses casos foram diagnosticados como hiperidrose após avaliação médica. A maioria dos diagnosticados foi do sexo feminino, possivelmente porque as mulheres são mais propensas a relatar o problema. A hiperidrose é um distúrbio fisiológico que resulta na produção excessiva e constante de suor pelas glândulas sudoríparas écrinas, interferindo nas atividades diárias e no fator emocional dos pacientes. Essa condição pode ter origem primária (focal), indicando possível correlação genética, ou secundária (generalizada), decorrente de alguma doença, como infecções, doenças neurológicas ou metabólicas (HAGEMANN; SINIGAGLIA, 2019). O suor, apesar de necessário, quando excessivo, pode gerar constrangimentos e interferir nas atividades sociais, de lazer e trabalho dos pacientes.
Há, no corpo humano, diversas glândulas sudoríparas, essas as quais ajudam a regular a temperatura corporal. Há presentes na derme dois tipos: as glândulas écrinas e as apócrinas, as glândulas écrinas se abrem direto na superfície da pele, liberando suor nas axilas. Além disso, a derme possui nervos e vasos sanguíneos que se responsabilizam pela liberação de cerca de 60% dos fluidos compostos de água e diversos sais. Já as glândulas apócrinas apresentam estimulação através das emoções, estando “dormentes” até que o indivíduo atinja a puberdade, o momento no qual as glândulas começam a liberação de secreções lipídicas (DRAELOS, 2012).
A hiperidrose caracteriza-se por excessiva secreção de suor ou transpiração que determinado indivíduo apresenta, mesmo estando em repouso. Isso acontece pelo fato das glândulas sudoríparas dos indivíduos se caracterizarem como hiperfuncionais. A hiperidrose ocorre em cerca de 3% da população, tendo a incidência em homens e mulheres na faixa entre 18 anos.
A hiperidrose pode ocorrer em muitas partes corporais: como face, axilas, couro cabeludo, palmas das mãos, virilha, planta dos pés. Pode manifestar-se de maneira localizada, sendo apenas áreas do corpo específicas afetadas, ou então de maneira geral, podendo ocorrer em todo o corpo do indivíduo. Além disso, ela pode ser diferenciada como hiperidrose primária ou secundária (DEMARCHI, et al., 2019).
A primária é possível ser observada na infância ou adolescência, sendo mais frequente a ocorrência nas axilas, pés e mãos. Essa ocorrência pode ocorrer de maneira hereditária, onde diversos membros de uma mesma família apresentam o caso, porém, nesta circunstância, a transpiração não acontece quando o indivíduo se apresenta em repouso. Entretanto, a hiperidrose secundária, surge em todo o corpo, isso ocorre em decorrência de hipertireoidismo, menopausa ou obesidade, ou também sendo efeito colateral de algum medicamento, ocorre na fase adulta, tendo ocorrência de transpiração, mesmo que o indivíduo esteja em repouso ou dormindo (REIS, et al., 2011).
Embora não seja considerada uma enfermidade grave, a hiperidrose apresenta uma série de impactos negativos na vida do indivíduo, afetando sua saúde física, psicológica, social, afetiva e profissional. Dentre os transtornos causados pela condição, podemos destacar a umidade constante das mãos, que torna difícil cumprimentar outras pessoas, ler, escrever e manusear objetos ou veículos; manchas nas roupas, odor desagradável e risco de infecções por fungos ou bactérias
devido à umidade excessiva. A hiperidrose craniofacial ainda pode levar o portador a limitar sua apresentação em público, já que o suor em excesso pode ser interpretado como falta de segurança pelo interlocutor (FIORELLI et al., 2011).
O desconforto que é causado pelo excesso de suor, pode atingir a vida social, relacionamentos ou bem-estar físico e emocional do indivíduo afetado pela patologia em questão. Podendo tornar-se incapacitado devido à insegurança e a ansiedade provocada pela hiperidrose (CARDOSO, 2009).
O diagnóstico da hiperidrose é baseado em exame clínico, com a necessidade de obtenção de informações sobre o histórico familiar e anamnese do paciente. Uma vez feito o diagnóstico, o plano de tratamento pode ser tanto clínico quanto cirúrgico, sendo a escolha baseada no consenso dos especialistas e nas necessidades do paciente.
Os tratamentos para a hiperidrose podem ser caracterizados em tratamentos paliativos ou definitivos, onde podem ocorrer diversos efeitos colaterais, hemorragias ou alergias. Entretanto, na última década, a toxina botulínica foi introduzida como tipo A no tratamento para a hiperidrose, se mostrando muito eficaz nos seus resultados. A toxina botulínica é sintetizada a partir da bactéria anaeróbia Clostridium botulinum, a qual também origina outros seis sorotipos (B, C, D, E, F e G).
Sendo reconhecida como uma proteína, a toxina botulínica age como um neuroparalítico, deste modo, impedindo a liberação de neurotransmissores que são responsabilizados pela contração da musculatura, assim, sendo inibida a exocitose de acetilcolina na fenda pré-sináptica (PAVONE; LUVISSETO, 2010).
A bactéria responsável pela produção da toxina botulínica é um bacilo gram- positivo, anaeróbio, que produz esporos, os quais são habitualmente encontrados em verduras, no colo, em legumes e até em fezes dos seres humanos (CERESER, et al., 2018). Sabendo que todos medicamentos existentes possuem seus efeitos colaterais, sabe-se que com a toxina botulínica não é diferente, entretanto, possuem baixa relevância clínica. Os sintomas presentes na literatura são fraqueza muscular, dor no local onde a toxina foi aplicada, cefaléia, náuseas e diminuição ou inexistência de saliva. Há contra indicação do uso da toxina em pacientes que possuam alergia, são gestantes/lactantes, crianças menores de dois anos de idade ou idosos de 65 anos de idade (QUEIROZ, 2012).
Botox® é como a toxina botulínica é popularmente conhecida, é produzido pela marca que mais estuda a toxina botulínica hoje em dia: Allergan, Inc. Encontra- se disponível há mais de uma década, sendo utilizado por milhares de indivíduos no procedimento de inúmeras patologias, sendo utilizado por diversas especialidades encontradas dentro da medicina, como: oftalmologia, urologia, neurologia, dermatologia, dentre outras (KOPERA, 2011).
Hodiernamente está sendo muito estudada no tratamento de muitas doenças, dentre elas a hiperidrose. Esta patologia não se relaciona ao tônus muscular, porém acredita-se que ao injetar a toxina botulínica, a inibição sináptica que ocorre após a aplicação, causa atrofia muscular e regressão das glândulas sudoríparas (ALVES, GOULÃO e BRANDÃO, 2013).
O TRATAMENTO DE HIPERIDROSE
Observa-se que a toxina botulínica teve diversos usos ao longo da sua história, inclusive sendo cogitada como arma biológica durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), mas esse projeto foi abandonado pelos Estados Unidos devido à facilidade de tratamento da toxina com antitoxina botulínica, ciproflaxina e outros antibióticos (SILVA, 2012). Atualmente, a toxina botulínica é empregada no tratamento de diversas condições, como blefaroespasmo, estrabismo, distonia cervical ou torcicolo espasmódico, espasticidade, tremor, desordens vocais, paralisia cerebral em crianças, desordens gastrointestinais, tensão, cefaleia e controle da hiperidrose (TING; FREIMAN, 2004; SILVA, 2012).
Nos últimos dez anos, a substância botulínica tem sido amplamente empregada como uma das principais formas de tratar a sudorese excessiva. Reconhecida pela sua segurança e facilidade de aplicação, essa medicação foi autorizada para ser injetada nas axilas, mãos ou pés, com o intuito de bloquear temporariamente a transpiração como forma de tratar a hiperidrose (DRAELOS, 2012).
É imprescindível que o procedimento seja realizado por profissionais habilitados. Utiliza-se uma agulha extremamente fina para injetar a substância em intervalos de 1,5 cm a 2,0 cm, podendo ser realizado um bloqueio anestésico (por
meio de cremes ou gelo). A quantidade média de aplicação é de 75U a 150U por região, diluída em soro fisiológico 0,9%, devendo ser administrada com intervalos entre 7 a 16 meses. Para o armazenamento, é necessário mantê-la em congelador (-5 graus) até sua diluição e, posteriormente, em refrigeração (2 a 8 graus) por até 5 dias (SILVA, 2012).
Outras opções de tratamento para hiperidrose são consideradas menos invasivas, como os antiperspirantes, que visam reduzir ou inibir a sudorese e o odor, e os medicamentos anticolinérgicos, que ajudam a bloquear a estimulação das glândulas sudoríparas. Embora pouco prescritos devido aos efeitos colaterais, betabloqueadores ou benzodiazepínicos também podem reduzir a transpiração causada pelo estresse. A iontoforese é um método simples e bem tolerado que utiliza uma corrente elétrica leve para temporariamente desativar as glândulas sudoríparas. É mais eficaz no tratamento da hiperidrose palmar e plantar, embora possa causar efeitos colaterais raros, como queimaduras e rachaduras na pele (DRAELOS, 2012).
No entanto, em situações mais graves nas quais os pacientes não respondem bem aos tratamentos clínicos ou anteriores não são satisfatórios, existem opções invasivas disponíveis, como a simpatectomia torácica. Esse procedimento cirúrgico definitivo é realizado por um cirurgião torácico ou vascular, sob anestesia geral, por meio de duas incisões (axilar ou submamária), e geralmente requer uma internação hospitalar de 24 a 36 horas. Embora seu principal efeito colateral seja a sudorese compensatória, há outra opção menos invasiva de tratamento, que é a curetagem e/ou lipossucção. Nesse método, algumas glândulas sudoríparas e gordura localizadas na derme são removidas ou destruídas, reduzindo a sudorese. O procedimento é geralmente realizado em um consultório ou ambulatório, e os principais efeitos colaterais são hematomas e seromas (CARDOSO, 2009).
Dos diversos tratamentos apresentados anteriormente, nenhum demonstrou ser tão seguro e eficaz quanto o uso da toxina botulínica. Isso proporciona ao paciente o controle de “parar a sudorese quando desejar” simplesmente reaplicando o tratamento, o que antes não era possível. No entanto, a dor no local da aplicação é um inconveniente principal (TRUONG, 2012).
Quando os resultados desejados não são alcançados, a falha na ação da toxina pode ser temporária devido à ineficácia do tratamento ou permanente, impedindo que a primeira ou futuras aplicações tenham efeito clínico desejado. É recomendado o uso da menor dose efetiva para evitar o desenvolvimento de imunorresistência ao tratamento, aumentando assim o intervalo entre as aplicações (TRUONG, 2012).
A efetividade do tratamento com toxina botulínica varia de paciente para paciente, e é influenciada por fatores como idade, sexo, presença de outras doenças e formação de anticorpos. Os efeitos clínicos do tratamento podem ser observados entre 24 e 72 horas após a aplicação, e duram de 6 semanas a 6 meses. Cada preparação da toxina botulínica tem um peso molecular diferente, o que afeta a intensidade da sua ação e a sua difusão pelos tecidos. A toxidade da TBA depende da atividade catalítica da cadeia L e da ligação dissulfídrica. A cadeia H se liga às proteínas da membrana sináptica, permitindo a entrada da cadeia L na célula e a clivagem de uma proteína específica. Se a ligação dissulfídrica for quebrada antes da internalização da toxina na célula, a cadeia L não consegue penetrar na membrana sináptica e não há efeito da TBA.
Apesar de ser um procedimento seguro que não requer hospitalização, permitindo que o paciente possa voltar às suas atividades normais no mesmo dia, o tratamento com toxina botulínica apresenta como desvantagem o seu efeito temporário, com uma média de duração de 7 meses, o que exige a reaplicação de doses de reforço com um custo elevado e algum desconforto. Entretanto, como vantagens, tem-se a redução parcial e temporária da sudorese, melhora do estado emocional e autoestima dos pacientes, além do retardo do reaparecimento dos sintomas em alguns casos. Segundo Sposito (2004), outras vantagens incluem a facilidade de acesso a músculos específicos, efeito sustentável e reversível e a ausência de efeitos sensoriais nociceptivos.
A aplicação da Toxina Botulínica do tipo A oferece aos pacientes resultados positivos com baixo risco de complicações e efeitos adversos. Entre os efeitos colaterais descritos por Queiroz (2012 apud HAGEMANN; SINIGAGLIA, 2019, p. 95) estão: cefaleia, fraqueza muscular, dor no local da aplicação, náuseas e diminuição ou ausência de saliva. No entanto, é importante ressaltar que a toxina é contraindicada para pacientes alérgicos, gestantes e lactantes, crianças menores de 2 anos e idosos com mais de 65 anos.
Os autores Reis, Guerra e Ferreira (2011, p. 584) afirmam que o tratamento cirúrgico apresenta riscos significativos, efeitos colaterais permanentes e complicações como hiperidrose compensatória, pneumotórax, hemotórax, síndrome de Horner, hematomas e assimetrias nos resultados, além da satisfação variável dos pacientes. Eles destacam a importância de informar o paciente sobre os riscos e eficácia da cirurgia, visto que há outras opções terapêuticas disponíveis para controlar os sintomas da hiperidrose primária. Portanto, é fundamental que o cirurgião plástico avalie cuidadosamente qual é o melhor tratamento para cada paciente, explicando os riscos, complicações e possíveis efeitos colaterais temporários ou permanentes dos procedimentos, bem como a necessidade de intervenção adicional com base nos resultados obtidos.
EFEITOS COLATERAIS E CONTRA INDICAÇÕES
Ao receber o paciente na clínica biomédica, é essencial realizar uma anamnese completa. Isso inclui obter informações básicas do paciente, como nome completo, sexo, idade, endereço e telefone de contato. Em seguida, é importante coletar informações sobre as queixas e razões que levaram o paciente à clínica, a fim de entender melhor suas necessidades e orientar a terapia de forma adequada. Com base nessas informações, podemos determinar o perfil do paciente e escolher o tratamento mais apropriado para suas necessidades individuais. Somente após essa entrevista e conversa com o paciente é possível realizar a avaliação da região a ser tratada.
É importante evitar a administração de TBA em pacientes grávidas e aqueles com transtornos emocionais, como pacientes dismórficos, que podem não ficar satisfeitos com os resultados. Pacientes com alergias a TB, esclerose lateral amiotrófica, miastenia gravis, esclerose múltipla e síndrome de Eaton Lambert também são contra-indicados para o tratamento, devido à possível piora da transmissão neuromuscular dessas doenças em resposta aos efeitos sistêmicos da TBA. Além disso, a aplicação de TBA não é recomendada em conjunto com certos medicamentos, como aminoglicosídeos, ciclosporinas, D-penicililamina, quinidina, sulfato de magnésio, lincosamidas e aminoquinolonas, devido às interações medicamentosas que podem interferir na transmissão neuromuscular ou neuroglandular.
De acordo com Duarte (2015), a aplicação da Toxina Botulínica tipo A pode gerar efeitos colaterais como hematomas no local de aplicação, dormência ou queimação nas mãos e dedos, além de dor crônica e redução da força muscular. Reis, Guerra e Ferreira (2011) mencionam a necessidade de um reforço da aplicação após dois meses da primeira sessão de tratamento. Apesar de temporário e ter um custo elevado, a aplicação da toxina tem proporcionado resultados satisfatórios para pacientes que não conseguiram sucesso com antitranspirantes, reduzindo parcial e temporariamente a sudorese e melhorando o bem-estar emocional, autoestima e qualidade de vida.
As complicações são geralmente leves e transitórias, e sua ocorrência depende da habilidade técnica do profissional. No entanto, esses efeitos colaterais podem causar desconforto e insatisfação tanto para o médico quanto para o paciente, levando a preocupações de ambas as partes. Entre as possíveis complicações e efeitos adversos estão a dor, vermelhidão, inchaço, hematomas, dores de cabeça, náuseas, risco de infecção e outros efeitos decorrentes da ação do medicamento, como alterações musculares e assimetrias (HEXSEL et al., 2011).
CONCLUSÃO
A hiperidrose é uma condição crônica caracterizada por transpiração excessiva em determinadas partes do corpo, como mãos, pés, axilas e região inguinal, que persiste por mais de seis meses sem uma causa aparente. Isso pode causar perturbação emocional no paciente, afetando seu relacionamento social e profissional. A origem da hiperidrose é desconhecida na maioria dos casos, mas pode ter origem primária ou secundária, sendo que as glândulas são estimuladas por fatores emocionais e coordenadas pelo hipotálamo. Um estudo realizado com um paciente masculino de 20 anos mostrou que o tratamento psicológico associado com a aplicação de TBA nas regiões axilares aliviou a depressão e a fobia social. O tratamento com TBA é seguro, eficaz e relativamente fácil de executar, melhorando a qualidade de vida dos pacientes, embora a duração limitada e o alto custo sejam suas principais desvantagens. Estudos retrospectivos mostraram uma diminuição na sudação na primeira semana pós-tratamento, mantendo-se por 16 a 26 semanas.
O tratamento com TBA pode ser bastante eficaz e bem-sucedido, embora tenha um custo elevado e possa levar à redução de seus efeitos em algumas situações devido à imunização. Os efeitos colaterais relatados geralmente não são graves e podem estar relacionados à reação inflamatória ou à inativação da toxina. É importante que cada paciente seja submetido a uma avaliação individual para determinar o tratamento mais apropriado, minimizando os riscos potenciais. Como a TBA é relativamente nova, mais pesquisas são necessárias para entender melhor os possíveis efeitos colaterais a longo prazo. Em geral, a TBA tem sido bem recebida tanto para fins estéticos quanto terapêuticos, e pode melhorar significativamente a qualidade de vida de muitas pessoas, desde que seja aplicada de acordo com as diretrizes e em dosagens seguras por um profissional treinado e qualificado.
REFERÊNCIAS
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1 Biomédica. michellenemachado@outlook.com