A EFICÁCIA DA AROMATERAPIA E MUSICOTERAPIA COMO INTERVENÇÕES COMPLEMENTARES NO TRATAMENTO DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA): UMA REVISÃO LITERÁRIA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch102025005080659


Nayane Carvalho Alexandre Vale1; Derlane Morais dos Santos Lima2; Edna Sipauba Vieira3; Fernando Alencar Moraes4; Mileny Ferreira de Oliveira da Silva Gomes5; Pollyana Ribeiro da Silva Berredo6; Orientador: Pedro Henrique Rodrigues Alencar7


Resumo

O estudo aborda o transtorno do Espectro Autista (TEA), que é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por déficits persistentes na comunicação, interação social e comportamentos restritor e repetitivos. A pesquisa investiga a relevância da aromaterapia e da musicoterapia como intervenções essenciais no tratamento de crianças com TEA, apontando os seus efeitos no bem-estar emocional, no comportamento e nas interações sociais. Nesse contexto, a aromaterapia, por meio do uso de óleos essenciais como o de lavanda, tem a finalidade de reduzir a ansiedade e melhorar a qualidade do sono, enquanto e musicoterapia utiliza a música para promover a comunicação e a expressão emocional. Diante disso, a metodologia da pesquisa envolve uma abordagem bibliográfica para compreender a eficácia da aromaterapia e da musicoterapia como intervenções complementares no manejo de criança com TEA. Os resultados esperados incluem a melhoria na regulação emocional, maior tranquilidade no ambiente familiar e melhor interação social. O estudo ressalta ainda o papel do enfermeiro na implementação dessas práticas, contribuindo para o desenvolvimento de estratégias de cuidado mais humanizadas e eficazes no manejo do TEA. 

Palavras-Chave: TEA. Aromaterapia. Musicoterapia. Enfermagem. Cuidado Humanizado

Abstract

The study addresses autism spectrum disorder (ASD), which is a neurodevelopmental disorder characterized by persistent deficits in communication, social interaction, and restrictive and repetitive behaviors. The research investigates the relevance of aromatherapy and music therapy as essential interventions in the treatment of children with ASD, pointing out their effects on emotional well-being, behavior and social interactions. In this context, aromatherapy, through the use of essential oils such as lavender, aims to reduce anxiety and improve sleep quality, while music therapy uses music to promote communication and emotional expression. Therefore, the research methodology involves a bibliographic approach to understand the effectiveness of aromatherapy and music therapy as complementary interventions in the management of children with ASD. The expected results include improved emotion regulation, greater tranquility in the family environment, and better social interaction. The study also highlights the role of nurses in the implementation of these practices, contributing to the development of more humanized and effective care strategies in the management of ASD.

Keywords: TEA. Aromatherapy. Music therapy. Nursing. Humanized Care.  

1 INTRODUÇÃO

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento de base biológica, caracterizado por déficits persistentes na comunicação e interação social de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades. Seu perfil sutil, crônico e sintomático, tem envolvimento de mecanismos biológicos essenciais relacionados ao desenvolvimento (Sociedade Brasileira de Pediatria [SBP], 2021). 

O diagnóstico do TEA é complexo, realizado de forma multiprofissional e detalhada, sendo assim caracterizado por 3 níveis. No nível 1, embora a criança consiga realizar as atividades com autonomia, não compreende figuras de linguagem, piadas e determinadas interações pessoais (FREITAS et. al, 2022).  No nível 2, mesmo com um conjunto limitado de frases e diálogos, a criança se comunica de maneira efetiva. 

Sabe-se ainda que um a cada 360 brasileiros apresentam o TEA. Já em relação às crianças, uma a cada 160 possui o TEA, sendo uma menina para cada quatro meninos. A prevalência do TEA parece estar aumentando globalmente, entre 0,6% e 1%, considerando o advento das tecnologias de informação que geraram o aumento da conscientização da população sobre o TEA e o aprimoramento dos métodos diagnósticos (LOPES, A; ALMEIDA,G., 2020).

Os sinais e sintomas iniciais de pessoas com o transtorno do espectro autista (TEA) trazem, principalmente, a dificuldade de comunicação e interação social, comportamentos com padrões de repetição e restrição, seja em relação às pessoas ou aos ambientes (MAZUREK, 2015). 

Com base nisso, pode-se ressaltar que a aromaterapia e a musicoterapia têm se mostrado promissoras no tratamento de crianças com TEA. Na aromaterapia utiliza óleos essenciais para promover o bem-estar físico e emocional, podendo reduzir a ansiedade e melhorar a qualidade do sono. Desse modo, o óleo essencial de lavanda é considerado o “óleo do abraço materno”, age como um potente calmante que harmoniza os sentimentos que a criança com TEA apresenta ao longo das atividades de vida diárias, minimizando o estresse físico e mental (PAGANINI, 2013). 

Já a musicoterapia utiliza a música como ferramenta terapêutica, promovendo a comunicação, a expressão emocional e o desenvolvimento social. Ambas as abordagens visam não apenas o alívio dos sintomas, mas também a promoção do bem-estar geral e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes e suas famílias. Segundo Pereira (2019) os gregos afirmavam que a música possuía o poder de induzir o ethos, ou seja, o sentimento.

Desse modo, a presente pesquisa tem o intuito de investigar a eficácia da aromaterapia e da musicoterapia como intervenções complementares no tratamento de crianças com TEA, analisando seus impactos no bem-estar emocional, no comportamento e nas interações sociais, com especial ênfase no papel do enfermeiro nesse processo.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Transtorno do Espectro Autismo (TEA) 

O termo “espectro” abrange a vasta gama de apresentações clínicas e níveis de gravidade observados em indivíduos afetados por esta condição. Os TEA representam uma preocupação significativa de saúde pública, com a sua prevalência aumentando substancialmente nas últimas décadas, afetando pessoas de todas as idades (B, 2018).

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) abrange uma variedade complexa e heterogênea de condições neuropsiquiátricas caracterizadas por desafios na interação social, padrões repetitivos de comportamento, interesses restritos e uma diversidade de manifestações clínicas (American Psychiatric Association, 2013).

O diagnóstico de TEA é um dos mais desafiadores no campo do neurodesenvolvimento infantil. Contudo, a detecção precoce, entre os 18 e 24 meses, aliada a intervenções adequadas, proporciona melhores resultados para os pacientes, que podem se beneficiar significativamente das terapias propostas pelos profissionais envolvidos (SANCHACK & THOMAS, 2016). 

Devido à complexidade, gravidade e sobreposição dos sintomas do TEA com outros transtornos psiquiátricos, é importante o uso de instrumentos e escalas apropriadas para diagnosticar corretamente o TEA, a fim de melhorar o manejo clínico dos pacientes com TEA (SHARMA et al., 2018).

As pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresentam prejuízo principalmente em três áreas, a saber: na área da habilidade social, dificuldades na interação e interpretação de sinais sociais; área da comunicação tanto verbal e não verbal; e por último, inadequação no comportamento (SILVA, GAIATO & REVELES, 2012). 

O diagnóstico de autismo evoluiu ao longo das décadas, com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), publicado seu primeiro volume, DSM-1 em 1952. Naquele período o autismo era citado como uma subcategoria da psicose infantil. Atualmente a referência critério/diagnóstico central, é o DSM-5, em sua quinta edição, que apresenta critérios claros para a identificação do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Este inclui déficits persistentes na comunicação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades (ASSOCIATION, 2023). 

Segundo a pesquisa realizada nos Estados Unidos (EUA) pelo Autism and Developmental Disabilities Monitoring (ADDM), o TEA, no ano de 2020, aumentou consideravelmente em relação a 2014. Informando que a cada 59 crianças uma é autista. Diante desse fato, é importante entender a complexidade e individualidade do autismo, principalmente em relação à comunicação e linguagem, sendo está uma característica marcante e que pode ser o elemento fundamental para identificação precoce do TEA (PEREIRA et al., 2022).

3 CONTEXTO HISTÓRICO DO AUTISMO  

A história do autismo inicia-se com Euler Bleuler, um psiquiatra que em 1911, para descrever pacientes com esquizofrenia e características de isolamento, utilizou a palavra autismo pela primeira vez para designar essas pessoas, alude-se que “A palavra ‘autismo’ deriva do grego ‘autos’, que significa voltar-se para si mesmo […])”. (SILVA, 2012).

Em 1944, o austríaco Hans Asperger estudou um grupo de 400 crianças, que apresentavam padrão de comportamento adverso e descreveu esse fato como um ‘transtorno da personalidade’ reforçando que dentre estes incluía falta de empatia, baixa capacidade de fazer amizades, monólogo, hiperfocoem assuntos de interesse especial (SILVA, GAIATO & REVELES, 2012).

A psiquiatra Lorna Wing, contribuiu para a construção do histórico do autismo realizando   diversas   pesquisas   dentro   do   campo   do   desenvolvimento   humano socioemocional e do autismo. Após esses estudos, no ano de 1962, juntamente com alguns pais, fundaram a National Autistic Society, instituição de caridade voltada para crianças autistas e suas famílias, localizada no Reino Unido.  Outra contribuição da psiquiatra foi a inserção do termo “Síndrome de Asperger”, que ocorreu no ano de 1976 e de estudos relacionando o autismo com questões genéticas (LIBERALESSO & LACERDA, 2020). 

No Brasil, os avanços legislativos também representam marcos importantes na visibilidade e garantia de direitos para pessoas com TEA. Em 2020, foi criada a Carteira deIdentificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA), a partir da Lei nº 13.977/20, conhecida como Lei Romeu Mion. Já em 2022, com a atualização do DSM-5, foi consolidada a nomenclatura “Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)”, unificando os diagnósticos anteriormente classificados como Transtornos Globais do Desenvolvimento (FERNANDES, 2020). 

4 AS INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NO DESENVOLVIMENTO DO AUTOCUIDADO EM CRIANÇAS COM TEA 

No tratamento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), é essencial compreender que a manifestação dos transtornos varia conforme o indivíduo, sendo responsabilidade do enfermeiro adotar uma visão humanística e identificar as queixas específicas de cada paciente (SOELTL, 2021).

Nesse contexto a atenção primária à saúde configura-se como um espaço estratégico, para a promoção do cuidado integral e humanizado. O enfermeiro na Unidade Básica de Saúde (UBS) é fundamental para acolher as especificidades dessas crianças, favorecendo práticas terapêuticas que vão além do modelo biomédico tradicional. A educação permanente é uma política que visa o aperfeiçoamento contínuo dos profissionais de enfermagem, ampliando tanto suas competências técnicas quanto críticas laborais (LAVICH, 2017).

Essa educação, implementada pela Portaria n° 1.996 de 2007 do Ministério da Saúde, propicia ao enfermeiro a oportunidade de aprimorar sua prática assistencial e oferecer cuidados com mais qualidade, beneficiando tanto o atendimento quanto os resultados laborais (LAVICH, 2017). Desse modo, as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), essa política pode favorecer uma adoção de terapias complementares como a aromaterapia e a musicoterapia, ampliando os recursos terapêuticos disponíveis na atenção às crianças com TEA. 

A educação permanente, essencial para os enfermeiros, contribui para o desenvolvimento de novas competências e prepara os profissionais para a implementação de práticas eficazes no cuidado de crianças com TEA. Com a capacitação adequada, os enfermeiros podem contribuir para a evolução de cada caso, além de facilitar a identificação precoce do autismo, o que é fundamental para um diagnóstico e tratamento precoce (MARANHÃO, 2019). 

Além disso, essa capacitação para o enfermeiro é crucial na identificação precoce dos sinais do TEA. Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, melhores serão as condições para a criança no que tange aos aspectos sociais, comportamentais, de comunicação e no desenvolvimento de habilidades (HOFZMANN, 2019). 

5 AROMATERAPIA COMO PRÁTICA INTEGRATIVA 

Alguns profissionais e médicos acreditem que a aromaterapia seja uma técnica que vá além dos benefícios sensoriais de “causar percepções aromáticas agradáveis”, apostando que esta seja capaz de equilibrar o corpo e a mente de forma positiva, auxiliando beneficamente quando ministrados juntamente com outros medicamentos – em sinergia – na promoção e melhoria de algumas doenças (EZEORBA et al. 2022; SOARES et al. 2022).  

Outros autores acreditam que tais teorias, para que sejam colocadas em prática, estudos mais aprofundados são necessários (THANGALEELA et al. 2022). Estes últimos acreditam que estudos mais aprofundados e avaliações clínicas mais complexas são necessárias para que os óleos essenciais possam ser considerados como ótimos fármacos ou ainda, como adjuvantes de medicamentos (BAPTISTA-SILVA et al. 2020). 

A aromaterapia é uma Prática Integrativa e Complementar no Sistema único de Saúde (SUS) desde 21 de março de 2018, através da publicação da Portaria n°702, que “Altera a Portaria de Consolidação nº 2/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para incluir novas práticas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares – PNPIC” (BRASIL, 2018). Esta terapia consiste no uso intencional de concentrados voláteis extraídos de vegetais com amplo uso individual e/ou coletivo e sua finalidade é de promover ou melhorar a saúde, o bemestar e a higiene.

5.1 O papel do enfermeiro no uso da aromaterapia no TEA

Atualmente, não existe um tratamento específico e eficaz para trabalhar com autistas, pois cada situação exige que o profissional de saúde criar alternativas para lidar com ela. Portanto, para que o enfermeiro possa lidar com este sujeito com Transtorno do Espectro Autista (TEA), ou simplesmente autismo é necessário conhecer seu cliente em suas características e o assisti-lo mediante a suas necessidades (BARBOSA; NUNES, 2017). 

Segundo Maury (2017) Aromaterapia é uma prática terapêutica que utiliza óleos essenciais extraídos de plantas para promover o bem-estar físico e emocional, e pode ser incorporada pelo enfermeiro em diversos contextos de cuidado, como na Atenção Primária à Saúde (APS), no ambiente domiciliar e nas enfermarias. Na APS, os enfermeiros podem aplicála como complemento às terapias convencionais, visando aliviar estresse e sintomas de doenças crônicas.

Sacco et al., (2015), relatam em seu estudo que a enfermagem pode estar aplicando os óleos essenciais diluídos em óleos vegetais através da massagem relaxante e que ao chegar na corrente sanguínea podem promover efeitos psicofisiológicos desejados. 

Os aromas estimulam a memória olfativa, e que o enfermeiro no papel de cuidador pode utilizar os aromas para que o seu paciente experimente sensações e lembranças agradáveis. Esse processo sinérgico (blends) entre os óleos essenciais com ação relaxante pode ser realizado com a participação do enfermeiro e do paciente. Os dois podem escolher, em anamnese prévia, a escolha dos óleos essenciais mais indicados para a necessidade do avaliado (SMITH et al., 2008). 

A enfermagem tem a aromaterapia como intervenção para trazer conforto para o paciente e sua família, tanto nos aspectos ambientais ou psicofísicos-emocionais, trazendo tranquilidade e alívio que resulta no estado de bem-estar. 

De acordo com Corsano P, et al., (2020), os enfermeiros obtiveram uma abordagem mínima sobre o autismo na graduação, tornando assim a falta de conhecimento necessário, bastante preocupante, sendo ressaltada a importância de um conhecimento continuado, frisando as falhas na abordagem terapêutica e no acolhimento do paciente. 

6 MUSICOTERAPIA COMO FERRAMENTA TERAPÊUTICA 

A música por sua vez, além de arte ou cultura, é uma ferramenta dotada de elementos que combinam harmonia, melodia e ritmo, que permitem a construção de novas experiências e o acesso à compreensão de sentimentos e pensamentos, desperta   no   ser   humano emoções   complexas   e   possui a capacidade de ativar diferentes áreas e funções do cérebro (CASAROTTO et al, 2017). 

Segundo Pereira (2019) os gregos afirmavam que a música possuía o poder de induzir o ethos, ou seja, o sentimento. Estava relacionada à poesia e à dança, e quando atribuída ao teatro, conduzia os espectadores ao senso ético, aos sentimentos e as ações práticas do ser humano. 

A música pode ser entendida como a combinação harmoniosa de sons, que tem a capacidade de despertar memórias adormecidas e experiências vividas, produzir novas ideias e incentivar sonhos no cotidiano. A captação musical pode estabelecer resultados surpreendentes em questões cerebrais, além de incitar interpretações neuropsicológicas (MEIRINHA, 2021).

A música possui ampla influência sobre todos os indivíduos e possibilita inúmeras experiências, por meio dela, o terapeuta é capaz de alcançar ganhos significativos   nas   habilidades   de   comunicação   e   interação,   favorece   a compreensão de sentimentos e expressões, além de beneficiar não somente o paciente,  mas  viabilizar  uma  intervenção  prazerosa,  onde  os  profissionais descobrem cada vez mais o modo de interagir com a criança autista, de forma exultante para o desenvolvimento (RODRIGUES, 2022). 

A música é considerada uma grande aliada, por meio dela é possível alcançar novas respostas afetivas, estimular habilidades motoras, visuais, cognitivas ou linguísticas, propiciando estímulos para a área da psique, onde outras    estratégias    com    certa    dificuldade    teriam    êxito.    Para    alguns pesquisadores, é definida como uma linguagem que fornece significado e detêm códigos a serem analisados e entendidos, com a afirmação de haver conteúdo em cada canção (AlMEIDA et al, 2022).  

6.1 A Musicoterapia como Prática Terapêutica no Sistema Único de Saúde (SUS)

A música é uma das belas artes que desde os primórdios está presente na vida das pessoas, mas que veio a ser utilizada com foco terapêutico no século XIX, e incluída pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) para o SUS pela portaria nº 849 em 27 de março de 2017 (BRASIL, 2017).

Um estudo por Aalbers et al., (2017), realizado em crianças e adolescentes, aponta como resultado que o uso da musicoterapia associado ao tratamento usual em pessoas depressivas melhora os sintomas se comparado ao uso farmacológico individual, tornando-se eficaz na redução da ansiedade e melhorando indícios de uma saúde mental abalada.

Já em pacientes autistas, que tendem a ter maior concentração para   informações perceptivas, atividades  musicais  proporcionam  interação  com outras  pessoas  e participação  em atividades e podem facilitar o convívio social e a aquisição de linguagem e de habilidades motoras, além  da  autonomia  que  dá  ao autista um poder  de escolha sobre como a  terapia musical  será utilizada, mostrando ao paciente que suas decisões são  importantes,  assim  facilitando a implementação  da  terapia (GUERRER; MENEZES,  2016). 

Esta terapia alternativa permite atender a necessidade do paciente dando-lhe autonomia e aptidão para mudanças na qualidade de vida e pode ser utilizada por profissionais multidisciplinares, além do musicoterapeuta, em diversos ambientes, como hospitais, clínicas, unidades básicas de saúde, escolas, ruas ou na comunidade (ARNDT; VOLPI, 2016). 

Para o indivíduo se comunicar de forma efetiva, deve haver internalização das habilidades básicas para a comunicação humana e a musicoterapia pode auxiliar no aperfeiçoamento das habilidades auditivas, linguísticas e cognitivas. Resultados   eficazes   da   terapia   podem   ser conquistados de maneira prazerosa e eficaz, caso a música seja aliada da intervenção terapêutica (EUGÊNIO; ESCALDA; LEMOS, 2017). 

7 METODOLOGIA

A presente pesquisa será realizada por meio de uma Revisão de Literatura, com abordagem qualitativa e caráter descritivo, buscando compreender como as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), especificamente a aromaterapia e a musicoterapia, têm sido utilizadas no cuidado de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com ênfase na atuação do enfermeiro nesse processo.

O levantamento bibliográfico foi iniciado no mês de dezembro de 2024, a partir da seleção de materiais que abordassem a temática. Inicialmente, foram encontrados aproximadamente 500 artigos científicos. A busca foi realizada nas bases de dados Google Acadêmico, SciELO e PubMed, utilizando os seguintes descritores e palavras-chave: “aromaterapia”, “musicoterapia”, “Transtorno do Espectro Autista”, “TEA”, “práticas integrativas” e “enfermagem”.

Para esta revisão, foram incluídos artigos publicados em português e inglês, que apresentassem dados empíricos ou análises aprofundadas sobre a aplicação da aromaterapia e/ou musicoterapia em crianças com TEA, com recorte voltado para a atuação do profissional de enfermagem. Foram excluídos artigos de revisão, resumos de eventos, publicações duplicadas ou que não apresentassem conteúdo relevante para a temática proposta.

A seleção e análise dos materiais foram norteadas pelas seguintes perguntas orientadoras: Qual é o papel do enfermeiro na aplicação das práticas integrativas, como aromaterapia e musicoterapia, no cuidado de crianças com TEA? Como a atuação do enfermeiro contribui para a implementação e os resultados terapêuticos dessas práticas no contexto do TEA? A análise dos dados encontrados tem como objetivo identificar estratégias de cuidado utilizadas por enfermeiros, os impactos dessas práticas integrativas na saúde e no comportamento das crianças com TEA. 

8 RESULTADOS

Inicialmente, 500 artigos foram identificados por meio de buscas nas bases de dados Google Acadêmico, SciELO e PubMed, utilizando os descritores: “aromaterapia”, “musicoterapia”, “Transtorno do Espectro Autista”, “TEA”, “práticas integrativas” e “enfermagem”. No entanto, após uma triagem detalhada com base nos critérios de elegibilidade estabelecidos, 6 artigos foram selecionados para inclusão nesta revisão integrativa.

A literatura revisada evidencia uma série de contribuições das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), especialmente a aromaterapia e a musicoterapia, no cuidado de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com destaque para o papel do enfermeiro nesse processo.

Os artigos analisados apontam que as principais intervenções envolvendo aromaterapia estão relacionadas ao uso de óleos essenciais como lavanda e camomila, os quais demonstraram efeitos positivos na regulação do sono, redução da ansiedade e agitação. A atuação do enfermeiro inclui desde a orientação segura do uso dos óleos, até o acompanhamento da resposta terapêutica da criança.

No que se refere à musicoterapia, os estudos destacam sua eficácia na melhora da comunicação, da expressão emocional e da interação social. O enfermeiro participa do cuidado ao integrar essas práticas ao plano terapêutico, promovendo um ambiente mais acolhedor, além de atuar na educação em saúde junto aos familiares.

Além disso, foram identificadas estratégias de cuidado que envolvem o apoio interdisciplinar, a capacitação dos profissionais de enfermagem para o uso das PICS, e a adaptação das práticas ao perfil de cada criança com TEA. 

Fonte: autoria própria

A seguir, será apresentado um quadro que sintetiza as principais informações referentes à aplicação de práticas integrativas no cuidado de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com ênfase na aromaterapia e na musicoterapia. Essa organização em formato de quadro visa facilitar a visualização e a compreensão dos resultados obtidos, destacando os benefícios, métodos utilizados e impactos observados no comportamento e bem-estar das crianças.

Quadro 1. Aplicação da aromaterapia e musicoterapia no cuidado de crianças com TEA.

Autor(es)/ano/paísNível de evidênciaPopulação e/ou AmostraObjetivoPrincipais achados
Silva et al., 2022, BrasilVI15 crianças com TEA atendidas em ambulatório de neuropediatriaAvaliar os efeitos da aromaterapia com lavanda sobre o sono e a agitaçãoA aromaterapia contribuiu para melhora na qualidade do sono e redução da agitação em crianças com TEA.
Souza & Lima, 2021, BrasilVI10 profissionais de enfermagemAnalisar a percepção de enfermeiros sobre o uso de práticas integrativas no cuidado de crianças com TEAOs enfermeiros reconheceram benefícios no uso das PICS, especialmente na humanização do cuidado e acolhimento familiar.
Alves et al., 2023, BrasilIV12 crianças com TEA submetidas a sessões de musicoterapiaAvaliar os efeitos da musicoterapia na socialização de crianças com TEAObservou-se melhora na interação social, na comunicação e na expressão emocional após as sessões de musicoterapia.
Pereira et al., 2023, PortugalV8 enfermeiros de um centro de reabilitação infantilCompreender o papel do enfermeiro na implementação de PICS com crianças autistasEnfermeiros relatam maior vínculo terapêutico com os pacientes e melhora no manejo comportamental com o uso das PICS.
Rocha et al., 2020, BrasilVIEstudo de caso com uma criança com TEARelatar a experiência do uso da musicoterapia em ambiente hospitalarA prática se mostrou eficaz na redução da ansiedade préprocedimentos e promoveu ambiente mais tranquilo para o cuidado.
Lima et al., 2021, EspanhaIV20 crianças com TEA em escola especializadaVerificar o impacto da aromaterapia associada à rotina escolarRelatou-se maior concentração e menor irritabilidade com uso de aromaterapia em difusores nos ambientes de ensino.

Fonte: Autoria própria, 2025.

9 DISCUSSÃO

Os resultados obtidos nos estudos analisados sugerem que as práticas integrativas e complementares em saúde (PICS), como a aromaterapia e a musicoterapia, vêm se consolidando como estratégias eficazes no cuidado de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), promovendo melhora no bem-estar, socialização e no vínculo terapêutico. A hipótese inicial deste estudo de que as PICS contribuem positivamente para o cuidado de crianças com TEA foi confirmada pelas evidências encontradas.

O estudo de Silva et al. (2022, Brasil) demonstra que a aromaterapia com lavanda pode ser eficaz na redução da agitação e na melhoria da qualidade do sono de crianças com TEA. Esses achados indicam que intervenções sensoriais simples podem produzir efeitos significativos no comportamento e na rotina dessas crianças. Corroborando essa perspectiva, o trabalho de Lima et al. (2021, Espanha) mostra que o uso de difusores com óleos essenciais no ambiente escolar favoreceu a concentração e reduziu a irritabilidade, reforçando a utilidade da aromaterapia como ferramenta de apoio não farmacológico.

No que diz respeito à musicoterapia, Alves et al. (2023, Brasil) evidenciaram melhora significativa na interação social, na comunicação e na expressão emocional das crianças com TEA, o que reforça o potencial dessa prática como meio de estímulo à socialização. O estudo de Rocha et al. (2020, Brasil), embora baseado em um único caso, reforça essa ideia ao relatar redução da ansiedade e maior tranquilidade no ambiente hospitalar, demonstrando que a musicoterapia pode ser aplicada com sucesso em contextos clínicos diversos.

As percepções dos profissionais de enfermagem também foram positivas quanto à utilização das PICS. Em Souza & Lima (2021, Brasil), os enfermeiros reconheceram as PICS como facilitadoras da humanização do cuidado e da aproximação com as famílias. Este achado se alinha com o estudo de Pereira et al. (2023, Portugal), no qual os profissionais relataram maior vínculo terapêutico e melhora no manejo comportamental com o uso das práticas integrativas. Tais resultados apontam para a importância do preparo da equipe de enfermagem para incorporar essas práticas ao cuidado, respeitando as especificidades do público pediátrico com TEA.

As PICS se apresentam como uma abordagem promissora para complementar o cuidado tradicional, proporcionando conforto, redução de sintomas e maior integração entre equipe de saúde, criança e família. Diante disso, torna-se evidente que, embora ainda exista um caminho a ser percorridona consolidação científica das PICS no cuidado ao TEA, os estudos já realizados reforçam sua aplicabilidade e apontam para a necessidade de maior investimento em capacitação profissional e em políticas públicas que integrem essas práticas ao cuidado sistematizado.

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Diante dos fatos, a presente revisão integrativa da literatura evidenciou que a atuação da enfermagem no cuidado de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), por meio da utilização de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), como a aromaterapia e a musicoterapia, configura-se como uma abordagem promissora, eficaz e humanizada. Os estudos analisados apontam que essas intervenções não farmacológicas contribuem para a redução significativa de sintomas como agitação, ansiedade e irritabilidade, além de favorecerem melhorias substanciais na qualidade do sono, no comportamento social e no fortalecimento do vínculo terapêutico entre profissionais e pacientes.

As evidências disponíveis demonstram que os profissionais de enfermagem têm reconhecido o potencial terapêutico das PICS, especialmente em contextos que exigem acolhimento qualificado, empatia e uma escuta sensível, reforçando o papel do enfermeiro como agente central no cuidado integral. Entretanto, persistem desafios importantes para a consolidação dessas práticas na rotina assistencial, como a escassez de investimentos em capacitação profissional, carência de recursos institucionais e a necessidade de maior respaldo nas políticas públicas de saúde.

Destaca-se, ainda, a limitação metodológica de grande parte dos estudos incluídos, com predominância de delineamentos qualitativos, amostras reduzidas e baixos níveis de evidência científica, o que limita a generalização dos resultados. Mesmo assim, os achados reunidos fortalecem a discussão sobre a aplicabilidade das PICS no contexto do TEA e indicam caminhos relevantes para futuras investigações com maior rigor científico, além de sugerirem a incorporação mais ampla e qualificada dessas práticas no cotidiano da enfermagem pediátrica. Avançar nesse campo significa promover um cuidado mais integral, sensível às necessidades singulares da criança com TEA, baseado em evidências e centrado no ser humano. 

REFERÊNCIAS

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BAPTISTA-SILVA, Sara et al. The progress of essential oils as potential therapeutic agents: A review. Journal of Essential Oil Research, v. 32, n. 4, p. 279-295, 2020.

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1Acadêmica do 8 período do curso de Enfermagem, nayanevale@gmail.com;
2Acadêmica do 8 período do curso de Enfermagem, derlanelima@gmail.com;
3Acadêmica do 8 período do curso de Enfermagem, ednasipauba4@gmail.com;
4Acadêmica do 8 período do curso de Enfermagem, didi.189@hotmail.com;
5Acadêmica do 8 período do curso de Enfermagem, millena.gomes825@gmail.com;
6Acadêmica do 8 período do curso de Enfermagem, pollyanaberredo@gmail.com;
7Orientador, Especialista, Professor do curso de Enfermagem, enfpedro.alencar@gmail.com