A CONDUTA DO ENFERMEIRO OBSTETRA NO MÉTODO NÃO FARMACOLÓGICO PARA ALÍVIO DA DOR NO PARTO

THE OBSTETRIC NURSE’S CONDUCT IN THE NON-PHARMACOLOGICAL METHOD FOR PAIN RELIEF IN BIRTH

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10558646


Claudenir Viana Vieira
Rosineide Padilha Lopes
Maria Beatriz Lyra dos Santos
Neuzilene da Silva Ximenes


Resumo: O presente estudo tem como objetivo sintetizar a produção científica acerca das condutas do enfermeiro obstetra no método não farmacológico para alívio da dor no parto, em periódicos on-line, no período de 2018 a 2022. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada através da base de dados SciElo. Foram empregados os seguintes descritores: Parto humanizado, Analgesia não farmacológica, Enfermeiro obstetra, Assistência ao parto. Foram selecionados cinco trabalhos que atendiam aos critérios de inclusão. Após análise criteriosa da literatura, constatamos que as práticas das condutas do enfermeiro obstetra no método não farmacológico para alívio da dor no parto podem ocorrer dentro e fora de ambientes hospitalares com grande eficácia. A conduta é regulamentada e eficaz quando realizada de forma correta, trazendo autonomia ao profissional e à parturiente. Espera-se que, através desta revisão integrativa, possamos discutir formas de acolhimento e métodos não farmacológicos para alívio da dor atuais, respeito à parturiente e o recém-nascido e criação e execução de políticas públicas em prol dessa assistência.

Palavras-chaves: Parto humanizado, Analgesia não farmacológica, Enfermeiro obstetra, Assistência ao parto.

INTRODUÇÃO

O presente estudo aborda as condutas do enfermeiro obstetra no método não farmacológico para alívio da dor no parto. Tem por objetivo analisar o quantitativo de publicações científicas compreendido entre os anos de 2018 e 2022 que abordam opções de analgesias alternativas na hora do trabalho de parto.

A gravidez e o parto são fatos sociais que agregam a vivência reprodutiva de homens e mulheres. Este é um processo especial no universo da mulher e de seu parceiro, além de envolver suas famílias e a comunidade. A gestação, o parto e o puerpério constituem uma experiência afetuosa das mais significativas, com forte potencial positivo e enriquecedor, para todos aqueles que dela participam (BRASIL, 2001).

Antigamente, a assistência ao parto era uma atividade exclusivamente feminina, onde mulheres ajudavam outras mulheres no nascimento de seus filhos, havia parteiras e todos os envolvidos não possuíam conhecimento científico, mas possuíam experiência por anos e eram consideradas muito habilidosas para tal prática, diferente de hoje em dia que possuímos enfermeiros especializados em obstetrícia para o cuidado específico de parturientes, ao bebê e em procedimentos específicos como o parto em si e a amamentação. (LEAS; CIFUENTE, 2016).

Os autores Garcia, Lippi e Garcia (2010) nos fala sobre a importância do enfermeiro obstetra  

justificado pelo fato do parto, na maioria das vezes, constituir evento encarado como fisiológico, onde há necessidade do uso de tecnologias pode ser vista como exceção, aliado à preocupação crescente de humanização deste evento, incentiva-se o parto em ambiente acolhedor, sem medicalização ou procedimentos rotineiros, com suporte individualizado a cada cliente é assistido por enfermeira obstetra e não por médico.

Para Leas e Cifuente (2016) o enfermeiro obstetra é aquele especializado no atendimento à gestante, ao parto e pós parto e é um profissional que possui grandes responsabilidade no momento do parto. O profissional se encontra diretamente com a paciente, presta assistência e apoio e pode atuar tanto como cuidador como alguém que sana as dúvidas, responde questionamentos e conduz a gestante para um momento calmo e para que a mesma esteja preparada para o momento do nascimento de seu filho.

Na visão de Knobel, Radunz e Carraro (2005) o trabalho de parto compreende quatro fases: latente, ativa, transição e expulsão do feto. 

O processo fisiológico da dor na parturição está associado à evolução do trabalho de parto. Inicialmente, na fase latente, o padrão da contração uterina é menor e a dor é menos intensa. Na fase ativa, o padrão da contração uterina aumenta determinando desconfortos maiores, na região abdominal, na região lombar e na região púbica. Na fase de transição, o padrão da contração uterina aumenta ainda mais, para promover a etapa final de descida do feto pela pelve. A parturiente começa a sentir a pressão do pólo cefálico sobre a região perineal e tem a sensação de que irá ocorrer a expulsão do feto. Nesta fase a dor é mais intensa, devido à potência das contrações, necessárias à expulsão do feto.

Tanto a dor como a ansiedade e o consequente aumento da secreção de cortisol e de catecolaminas podem afetar a contratilidade e o fluxo sanguíneo uterinos. Uma vez diagnosticado o trabalho de parto e a regularidade das contrações, a dor pode e deve ser aliviada, pois pode ser prejudicial tanto à mãe quanto ao feto, principalmente quando incide sobre um organismo materno com patologia associada ou uma unidade feto placentária com baixa reserva (BRASIL, 2001).

Segundo Knobel, Radünz e Carraro (2005), há um número crescente de pessoas que desejam um trabalho de parto e um parto menos medicalizados, com menor interferência na fisiologia. Atualmente, tanto as parturientes como os profissionais procuram alternativas mais fisiológicas, confortáveis e seguras para o parto e o nascimento.

O parto humanizado é uma expressão muito usada quando queremos nos referir a esse procedimento de uma forma mais natural. Para Castro e Clapis (2005) “Em relação ao significado de parto humanizado observa-se, através do DSC, que as enfermeiras entendem ser uma mudança de paradigma, onde o processo de gestação, parto e pós-parto deve respeitar a mulher e a família, não só no aspecto biológico, mas também no aspecto psicológico, social e cultural”.

Para Russo et al (2019) o parto humanizado vem sendo objeto de estudos e se caracteriza por 

Tendo se transformado em um importante núcleo da modificação na maneira de dar à luz para um conjunto significativo de mulheres, configurando um movimento social que se expressa publicamente contra o parto hospitalar tradicional, além de difundir-se massivamente nas redes sociais. Esse movimento propõe mudanças que visam desestimular o “parto medicalizado” e incentivar o uso de práticas “humanizadas” que seriam mais adequadas à fisiologia do parto.

O processo de humanização durante o trabalho de parto requer o acompanhamento do parceiro, de familiares ou de amigas, mas também intervenções não farmacológicas associadas às informações recebidas pelas parturientes no preparo para o parto (DAVIM; TORRES, 2008).

Para Davim e Torres (2008) a humanização da assistência implica:

Na atuação do profissional de saúde com respeito aos aspectos da fisiologia do parto, sem intervenções desnecessárias e reconhecendo se os aspectos sociais e culturais do nascimento. O suporte emocional à mulher e à família desta é necessário para facilitar a formação dos laços afetivos familiares e do vínculo mãe-bebê. São importantes também: a autonomia da mulher durante todo o processo; a elaboração de um plano de parto que seja respeitado pelos profissionais que a assistem; a presença de um acompanhante de sua escolha; as mulheres serem informadas sobre todos os procedimentos a que serão submetidas e terem respeitados os seus direitos de cidadania.

Dias et al (2018) nos fala que o uso da analgesia não farmacológica é importante por aliviar a dor, além de acarretar menos intervenções e retornar à essência da fisiologia que o parto representa para a mãe e a criança. A analgesia deste modo está profundamente comprometida com as políticas de humanização do decurso do nascimento, proporcionam às mulheres a diminuição do medo, autoconfiança e satisfação.

Os métodos não farmacológicos para alívio da dor durante o trabalho de parto são tecnologias que envolvem conhecimento estruturado quanto a sua prática. Podemos citar algumas como: banquinho, banho quente, massagem, musicoterapia, óleos essenciais e cavalinho. (GAYESKI; BRÜGGEMANN, 2010).

Segundo Orange, Amorim e Lima (2003), os métodos não farmacológicos podem reduzir a percepção dolorosa no alívio da dor de parto, sendo considerados não invasivos. Esses métodos podem ser aplicados de forma combinada ou isolada, e, além de proporcionarem alívio da dor de parto, reduzem a necessidade de utilização de métodos farmacológicos. 

Com o intuito de contribuir na ampliação do conhecimento relativo às condutas do enfermeiro obstetra no método não farmacológico para alívio da dor no parto, julgou-se oportuna a realização deste presente estudo, para que se possa trazer opções mais acessíveis e alternativas sem o enfermeiro e a parturiente ficarem sob as decisões única e exclusivamente do profissional médico.

DESENVOLVIMENTO

Trata-se de um estudo de revisão integrativa. Para seu curso, seis etapas foram realizadas: estabelecimento do problema de revisão; seleção da amostra; categorização dos estudos; análise dos resultados; apresentação e discussão dos resultados; e, por fim, apresentação da revisão.

O estudo teve como objetivo levar o quantitativo de publicações sobre intervenções de enfermagem não farmacológicas no alívio da dor no parto nos quatro últimos anos: qual o conhecimento científico produzido, nos últimos quatro anos, que retrata as condutas do enfermeiro obstetra no método não farmacológico para alívio da dor no parto? Para a busca dos artigos, utilizou-se a base de dados: SciElo. Empregaram-se os seguintes descritores: parto humanizado, analgesia não farmacológica, enfermeiro obstetra, assistência ao parto. Os critérios de inclusão para a seleção da amostra foram os artigos científicos nacionais, publicados em português, durante o período de 2019 a 2022, com textos na íntegra disponíveis na base de dados selecionada que retratam a temática em estudo. Foram excluídos artigos disponíveis com apenas resumo simples, livros, monografias, dissertações e teses. Para análise dos dados, elaborou-se um instrumento contendo informações relativas ao tema, aos autores, ao periódico e ao ano de publicação. A análise e discussão dos resultados fundamentou-se no diálogo com os autores que discutem a temática.

No respectivo período definido foram identificados 19 estudos que apresentavam como tema métodos não farmacológicos no alívio da dor no trabalho de parto. Na leitura do título e do resumo, foram excluídas 14 publicações que não atendiam aos critérios de inclusão determinados: 4 por se tratar de trabalhos monográficos, 2 por serem artigos apresentados em anais na forma de resumo simples e 8 não atendiam aos objetivos deste estudo. Foram analisados, portanto, 5 artigos, conforme Quadro 1, abaixo.

Quadro 1. Artigos selecionados para estudo.

ARTIGOAUTORPERIÓDICOANO
Atuação da enfermagem no uso de métodos não farmacológicos para o alívio da dor durante o trabalho de partoSANTOS,  Amanda Carla de Moura et alBrazilian Journal of Development2021
Conhecimento e aplicabilidade dos métodos não farmacológicos utilizados pelos enfermeiros obstetras para alívio da dor no trabalho de parto.CAMACHO,  ElyadeNelly Pires Rocha et alNursing     (SãoPaulo),2019
Estratégias do enfermeiro obstetra para diminuição dos métodos intervencionistas durante o parto normalCAVALCANTE, Larissa Gonçalves et alResearch,Society       andDevelopment2021
Utilização demétodos         não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de partoKLEIN, Bruna Euzebio; 
GOUVEIA, Helga Geremias
CogitareEnfermagem2022
Parto normal, dor e métodos não farmacológicos: uma revisão integrativa.TARINI, Isabela Soares et al.RevistaPubSaúde2021

Fonte: Quadro elaborado pelos autores da pesquisa (2022)

Dentre os artigos selecionados, podemos observar que o ano de 2021 foi o que mais teve publicações referente ao tema proposto deste trabalho de pesquisa, perfazendo um percentual de 40%.

Na análise percebe-se uma unanimidade em enfatizar que os métodos não farmacológicos são eficazes e entre eles os métodos mais utilizados e destacados nos estudos selecionados foram a utilização de banhos, tanto o de imersão quanto o de chuveiro; as técnicas de relaxamento, destacando-se a de respiração; além da deambulação, musicoterapia, acupuntura, aromaterapia e a utilização da bola suíça. (SANTOS et al, 2021).

Já no estudo de Camacho et al (2019) foram citados os métodos “massagem lombossacral, exercícios respiratórios, banho de imersão citados por todos os entrevistados, seguidos do uso da bola suíça, deambulação, movimentos pélvicos (cavalinho), musicoterapia, e aromaterapia”.

Para Tarini et al (2020) a dor que uma gestante sente no parto geralmente é ocasionada e intensificada de acordo com as fases de trabalho de parto em que a mulher se encontra e pode ser ocasionada por diversos fatores anatômicos, emocionais e psicológicos e que se tornam fatores negativos para o momento que a gestante está passando. O enfermeiro obstetra desempenha um papel importante por realizar métodos que promovam conforto e calma na paciente, minimizando a dor e ajustando o processo do parto para que seja algo tranquilo. Outro fator super importante é o conhecimento da gestante sobre os métodos que ela pode utilizar para evitar a dor sem recorrer a fármacos, podendo contribuir muito para o momento e tendo controle do que acontece (KLEIN; GOLVEIA, 2020).

Dos métodos não farmacológicos mais utilizados para o alívio da dor na hora do parto, podemos mostrar a importância do enfermeiro e sua autonomia em métodos como cita Tarini et al (2020) que aponta que o banho quente é um dos métodos mais favoráveis que o enfermeiro obstetra pode utilizar por promover a redistribuição do fluxo sanguíneo da musculatura e liberação de endorfinas ocasionando na paciente a sensação de conforto, redução da dor, melhora no metabolismo e a elasticidade de alguns tecidos por meio da água aquecida, podendo ser adicionado ainda o banquinho U, para o banho no chuveiro, ajudando ainda mais no conforto dessa paciente.

Além disso, Klein e Golveia (2020) apontam ainda sobre o banho quente que o mesmo proporciona aceleração do período de expulsão, melhora do bem estar neonatal e maior satisfação materna, podendo ser prescrito pelo enfermeiro desde o início do trabalho de parto, contanto que seja de imersão em banheira ou de aspersão em chuveiro. Associado ao banho, vem a deambulação, onde durante a deambulação a posição verticalizada de maneira natural já auxilia nesses aspectos citados anteriormente por a mesma se encontrar de forma favorável a gravidade (SANTOS et al, 2021)

Um segundo método que é muito utilizado e aparece em todos os materiais pesquisados é a massagem lombossacral, que é um método de relaxamento super importante para o alívio da dor e promove relaxamento por meio do toque diminuindo o stress, liberando ocitocina e aumentando o fluxo sanguíneo e consequentemente a oxigenação. Essa prática pode ser realizada tanto pelo profissional enfermeiro que assiste ao parto quanto pelo acompanhante sendo orientado pelo enfermeiro obstetra. É um método simples em que se coloca a mão espalmada sobre fundo uterino da mulher e a outra mão, também espalmada, sobre a região lombossacral, onde é realizado movimentos circulares, até o término de cada contração (CAMACHO et al, 2019).

Cavalcante et al (2021) cita em seu estudo que um método comumente utilizado pelos enfermeiros no hospital ou na casa da parturiente é o chamado “cavalinho” e este método consiste em um banco cuja utilização visa o relaxamento, diminuição da dor e aumento da dilatação. É um banco semelhante a uma cadeira com o assento invertido, onde a gestante apoia o tórax e os braços jogando o peso para frente e aliviando as costas (CAMACHO et al, 2019). A cerca dos métodos citados acima, Cavalcante et al (2021) explana que 

para tal, é interessante que a gestão pública das unidades de saúde invista na inserção de cursos profissionalizantes referentes às novas tecnologias e novos métodos não intervencionistas, contribuindo assim para a diminuição dos dados estatísticos referentes à grande quantidade de procedimentos evitáveis durante o parto normal e da morbimortalidade materna infantil. Existem um leque de possibilidades que o enfermeiro obstetra pode fazer uso na sua assistência ao parto normal que auxiliem este processo de parturição, como aromaterapia e musicoterapia. Todavia, estes métodos precisam ser implementados no cotidiano, visto que ainda há grande apego aos métodos tradicionais de parto.

Santos et al (2021) corrobora com a pesquisa de Cavalcante et al (2021) onde cita ainda que “outras práticas que se mostram efetivas na redução dos níveis de estresse durante o trabalho de parto é a musicoterapia e a aromaterapia. Sendo que, os estudos especificam a aromaterapia quando citam que a mesma atua através da aplicabilidade dos óleos essenciais, visto que esses têm um alto poder de absorção que pode ocorrer tanto por via tópica como inalatória”.

Existem ainda infinitas técnicas e métodos não farmacológicos usados pelo enfermeiro obstetra para o alívio da dor no parto. Muitos estão em evolução e precisam ser estudados e validados através de estudos e portarias das secretarias de saúde, porém mesmo assim, o enfermeiro obstetra se mostra hoje em dia um profissional com grande autonomia de atuação e decisão no dia a dia de sua profissão.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 A partir da análise dos estudos selecionados, pode-se chegar à conclusão que o enfermeiro obstetra tem papel primordial na utilização de métodos não farmacológicos para o alívio da dor durante o trabalho de parto. O enfermeiro atua em todos os processos e momentos do início do trabalho de parto até os cuidados pós nascimento. É um profissional que possui muita autonomia para executar suas ações de prestação de cuidados e está em contato direto com a gestante e sua família no momento do parto, facilitando sua comunicação, atuação e intervenções.

 Os estudos mostram que as parturientes se sentem mais confortáveis com a presença de um profissional enfermeiro obstetra no acompanhamento da evolução do parto, uma vez que já estão acostumadas com a presença do enfermeiro desde o pré-natal onde são realizadas consultas de enfermagem. São passadas orientações desde as consultas sobre o parto e principalmente métodos que podem ser utilizados para diminuir o tempo de trabalho de parto e a dor, deixando essas pacientes mais tranquilas e confiantes. 

 Apesar da atuação benéfica do enfermeiro obstetra no trabalho de parto e sua autonomia para aplicar práticas que auxiliam no alívio da dor sem intervenções farmacológicas, o enfermeiro ainda atualmente se depara com dificuldades para implementar certas ações e assim uma pequena parcela de profissionais conseguem utilizar métodos em benefício da paciente.

Os métodos mais utilizados são a utilização de banhos, tanto o de imersão quanto o de chuveiro, as técnicas de relaxamento com massagem lombossacral e respiração, além da deambulação, movimentos pélvicos (cavalinho), musicoterapia e aromaterapia. Algumas dessas dificuldades são falta de estrutura física em maternidades, excesso de trabalho e carga horária, porém mesmo com empecilhos, o enfermeiro obstetra consegue atuar de forma direta e com autonomia de práticas eficazes para o alívio da dor de forma não farmacológica no momento do parto, evitando procedimentos desnecessários, diminuição da dor e assim humanizando e respeitando o parto, parturiente e recém-nascido.

Dessa forma, este estudo de pesquisa teve por finalidade levantar questões sobre condutas do enfermeiro obstetra no método não farmacológico para alívio da dor no parto. A conduta é regulamentada e eficaz quando realizada de forma correta, trazendo autonomia ao profissional e à parturiente. Espera-se que, através desta revisão integrativa, possamos incentivar pesquisadores sobre a relevância do tema e discutir formas de acolhimento e métodos não farmacológicos para alívio da dor atuais, respeito à parturiente e o recém-nascido e criação e execução de políticas públicas em prol dessa assistência.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticos de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher/ Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Área Técnica da Mulher. – Brasília: Ministério da Saúde, 2001.

CAMACHO, E. N. P. R. et al. Conhecimento e aplicabilidade dos métodos não farmacológicos utilizados pelos enfermeiros obstetras para alívio da dor no trabalho de parto. Nursing (Säo Paulo), p. 3193–3198, 2019.

CASTRO, J. C. de; CLAPIS, M. J. Parto humanizado na percepção das enfermeiras obstétricas envolvidas com a assistência ao parto. Revista LatinoAmericana de Enfermagem, v. 13, p. 960-967, 2005.

CAVALCANTE, L.G. Estratégias do enfermeiro obstetra para diminuição dos métodos intervencionistas durante o parto normal. Research, Society and Development, v. 10, n. 2, e49510211896, 2021.

DAVIM, R. M. B.; TORRES, G. V. Avaliação do uso de estratégias não farmacológicas no alívio da dor de parturientes. RENE: Revista de Enfermagem do Nordeste, Fortaleza, v. 9, n. 2, p. 64-72, abr./jun, 2008.

DIAS, E. G. et al. Eficiência de métodos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto normal. Enfermagem em Foco, v. 9, n. 2, 31 out. 2018.

GARCIA, S. A. L.; LIPPI, U. G.; GARCIA, S. A. L. O parto assistido por enfermeira obstetra: perspectivas e controvérsias. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, v. 23, n. 4, p. 380-388, 2010.

GAYESKI, M. E.; BRÜGGEMANN, O. M. Métodos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto: uma revisão sistemática. Texto & Contexto – Enfermagem, v. 19, n. 4, p. 774–782, dez. 2010.

KLEIN, B. E.; GOUVEIA, H. G. UTILIZAÇÃO DE MÉTODOS NÃO FARMACOLÓGICOS PARA ALÍVIO DA DOR NO TRABALHO DE PARTO. Cogitare Enfermagem, v. 27, n. 0, 12 ago. 2022.

KNOBEL, R.; RADÜNZ, V.; CARRARO, T. E. Utilização de estimulação elétrica Transcutânea para alívio da dor no trabalho de parto: um modo possível para o Cuidado a parturiente. Texto & Contexto Enfermagem, Florianópolis, v. 14, n. 2, p. 229-236, abr./jun. 2005.  

LEAS, R. E.; CIFUENTES, D. J. Parto humanizado: contribuições do enfermeiro obstetra. Revista Ciência & Cidadania, v. 2, n. 1, p. 74, 2016.

ORANGE, F. A.; AMORIM, M. M. R.; LIMA, L. Uso da eletroestimulação transcutânea para o alívio da dor durante o trabalho de parto em uma maternidade-escola: ensaio clínico controlado. Revista Brasileira de Ginecologia & Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 25, n. 1, p. 45-52, jan./fev. 2003. 

RUSSO, J. et al. Escalando vulcões: a releitura da dor no parto humanizado. Mana, v. 25, n. 2, p. 519–550, ago. 2019.

SANTOS, AC de M.; NASCIMENTO, CD do; CAMPOS, TC de; SOUSA, NNAG de. Atuação de enfermagem no uso de métodos não farmacológicos para o protocolo de trabalho durante o trabalho de parto Revista Brasileira de Desenvolvimento , [S. l.] , v. 7, n. 1, pág. 9505-9115, 2021.

TARINI, I. S. et al. Parto normal, dor e métodos não farmacológicos: uma revisão integrativa. Pubsaúde, v. 5, p. 1–9, 2021.