THE ACTING OF THE PHYSICAL THERAPIST IN PRIMARY HEALT CARE IN THE CONTEXT OF BRAZIL’S FAMILY HEALT STRATEGY
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202411161823
Ana Iara Nascimento Soares1; Gabriela Santos Azevedo3; Iraci Lima Rodrigues2; Medéia dos Santos Carvalho4; Naiane Silva Magalhães5; Tarcísio Viana Cardoso6; Nathalia Bernardes7
RESUMO
O fisioterapeuta vem se inserindo gradativamente na Estratégia de Saúde da Família (ESF), atuando de forma relevante na rede de atenção à saúde nacional. O objetivo do presente estudo foi investigar, por meio de revisão integrativa de literatura, as evidências científicas sobre a atuação do fisioterapeuta na atenção primária no contexto da Estratégia de Saúde da Família do Brasil. A busca pelo referencial teórico foi realizada na base de dados Google acadêmico, Pubmed, Scientific Eletronic Library Online (SciElO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências em Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e Periódicos CAPES, foram incluídos 45 artigos no estudo levando em consideração os publicados entre 2014 e 2024. Dessa forma, a análise dos estudos demonstrou que a inserção do fisioterapeuta na ESF juntamente com a equipe multidisciplinar é imprescindível para proporcionar um cuidado e atenção integral ao individuo prestando uma assistência eficiente. Considera-se que a atuação do fisioterapeuta na Atenção Primária é de extrema importância na saúde pública, no qual esses profissionais podem contribuir na promoção, prevenção e recuperação da saúde individual e coletiva, além de devolver funcionalidade, proporcionar qualidade de vida e contribuir para reduzir filas de espera por atendimento no Sistema Único de Saúde. A ampliação da presença de Fisioterapeuta na Atenção primária, especificamente na Estratégia Saúde da Família, além de ser algo positivo para a população, é algo que valoriza a atenção humanizada e a funcionalidade, para tanto, além das evidências, é necessário o reconhecimento e investimento dos gestores.
Palavras- Chaves: Estratégia de Saúde da Família. Fisioterapia. Fisioterapeuta. Atenção Primária à Saúde da Família.
ABSTRACT
The physical therapist has been gradually integrated into the family health strategy (FHS), acting in a relevant role in the national healthcarenetwork. The objective of this studywas to investigate, through an integrative literature review, scientific evidence on the role of physical therapists in primary care within the context of the FHS. The literature search was conducted in the Google Scholar database, Pubmed, Scientific Electronic Library Online (SciElO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências em Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) and Periódicos CAPES databases. A total of 45 articles published between 2014 and 2024 were included in the study.. The analysis of the studies demonstrated that the integration of physical therapists into the FHS, alongside the multidisciplinary team, is essential to providing comprehensive care and individualized attention, ensuring efficient assistance.. The study concludes that the role of physical therapists in Primary Health Care is of great importance to public healthgreat importance to public health, as these professionals contribute to the promotion, prevention, and recovery of both individual and collective health, restoring functionality, enhancing quality of life, and helping to reduce waiting times for care in the Unified Health System.. The expansion of the presence of physical therapists in Primary Care, specifically in the Family Health Strategy, is not onlybeneficial for the population but also enhances humanized care and functionality. Therefore, in addition to acknowledging the evidence, there is a need to recognize and support investments from health managers.
Keywords: Family Health Strategy. Physiotherapy. Physical therapist. Primary family health care.
1 INTRODUÇÃO
Em 1994, foi implementado o Programa de Saúde da Família (PSF), com o objetivo de reorganizar os serviços de saúde, ampliando o acesso inicial e a cobertura no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2006, o programa passou por modificações com a aprovação da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), que definiu a Estratégia de Saúde da Família (ESF) como modelo de reorganização, fortalecimento e consolidação da Atenção Primária à Saúde (APS) (Brasil, 2006).
De acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde a importância da APS é destacada como fundamental para garantir o acesso dos usuários ao SUS. A APS compreende um conjunto de medidas que envolvem promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados e vigilância da saúde, onde, essas ações são desenvolvidas por intermédio de práticas de cuidado individual, familiar e coletivo, de forma integrada com um sistema de gestão qualificado e multiprofissional (Brasil, 2017).
Com intuito de ampliar as ações da APS foi criado em 2008 o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), para qualificar e tornar mais resolutiva a atuação da Atenção Básica (AB). Segundo o Ministério da Saúde, o NASF é constituído por uma equipe multiprofissional, cuja composição é determinada pelo gestor municipal, juntamente com as equipes de AB, baseando-se nas necessidades identificadas, perfil epidemiológico e condições socioeconômicas da população (Brasil, 2008). Dessa forma, a inserção da fisioterapia no NASF contribui com ações que envolvem qualidade de vida da população e melhoria da funcionalidade, ocorrendo uma redução na demanda de tratamento em níveis de maior complexidade de atenção à saúde (Souza & Santos, 2017).
O Ministério da Saúde afirma que atualmente o fisioterapeuta integra as equipes multiprofissionais na APS (E-MULTI). Essas equipes são constituídas por profissionais de saúde de várias áreas e categorias, atuando de maneira complementar e integrada com outras equipes na APS (Brasil, 2023).
Segundo Véras et al. (2013) o fisioterapeuta atua na ESF com recuperação, prevenção de incapacidades e promoção de saúde, trabalhando em conjunto com contextos sociais, culturais, ambientais e econômicos que podem vir associados com o processo saúde-doença do indivíduo e da sua família. Nesse sentido, a inclusão do fisioterapeuta na ESF, garante níveis de atenção à saúde, não se restringindo apenas para as capacidades físicas do indivíduo, mas sim, baseado no modelo biopsicossocial. Para isso é importante a participação da equipe multidisciplinar para promover uma melhor assistência à comunidade.
Em conformidade com a Lei 14.231/2021 os profissionais fisioterapeuta e terapeuta ocupacional foram inseridos na ESF, onde cada gestor fica responsável por incluir a participação conforme as necessidades de saúde dos habitantes. No entanto, essa lei não assegura colaborações financeiras para este fim, destacando que a inserção deve estar conforme as diretrizes da APS (Brasil, 2021).
Dessa forma, é de extrema importância estudos que elucidem o papel do fisioterapeuta na atenção primária na saúde da família. O objetivo do presente estudo foi investigar por meio de revisão integrativa da literatura, a atuação do fisioterapeuta na atenção primária no contexto da ESF.
2 METODOLOGIA
Este estudo trata-se de uma revisão integrativa de literatura. Conforme os autores Souza, Silva e Carvalho (2010), as etapas de desenvolvimento dessa revisão, foram: a) elaboração da pergunta norteadora; b) busca na literatura; c) análise crítica dos estudos incluídos; d) discussão dos resultados; e) apresentação da revisão integrativa.
Inicialmente foi elaborada a pergunta norteadora: “como ocorre a atuação do fisioterapeuta na atenção primária no contexto da estratégia de saúde da família?”
Os dados pesquisados foram coletados entre os meses de março e abril de 2024 nas seguintes bases de dados: Public/Publisher Medline (PubMed) (encontrados: 133 e selecionados: 9); Scientific Eletronic Library Online (SciELO) (encontrados: 48 e selecionados: 9); Literatura Latino – Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) (encontrados: 88 e selecionados: 23); Google Acadêmico: (encontrados: 567 e selecionados: 29); Periódicos CAPES (encontrados: 35 e selecionados: 8); MedLine (encontrados: 37 e selecionados: 2). Foram utilizados os descritores contidos no DeCS/MESH (Descritores em Ciências da Saúde/Medical Subject Headings): “Fisioterapeutas”; “Fisioterapia”; “Atenção primária à saúde”; “Saúde da Família”, “Physiotherapy”; “Family Health Strategy”, onde foram pesquisados no idioma inglês e associados pelo booleano “AND”.
Quadro 1: Registro das bases de dados, estratégia de busca e número de artigos, 2024.
Base de dados | Estratégia de busca | Resultados |
PubMed | (Physiotherapy) AND (Family health strategy) | 133 |
Scielo | (Atenção Primária à Saúde) AND (Fisioterapia) | 48 |
Lilacs | (Atenção Primária à Saúde) AND (Fisioterapia) | 88 |
Medline | (Fisioterapia) AND (Atenção Primária a Saúde) | 37 |
Google Acadêmico | (Estratégia Saúde da Família) AND (Fisioterapeuta) | 567 |
Periodícos Capes | (Fisioterapia) AND (Atenção Primária) AND (Estratégia de Saúde da Família) | 35 |
Total | 908 |
Os critérios de inclusão foram: artigos originais, estudos nacionais, tempo de publicação entre os anos de 2014 a 2024, artigos em bases indexadas e que tivessem relação direta com o objetivo do estudo. O critério de exclusão foi utilizado para artigos duplicados por ser uma pesquisa a partir de revisões em literaturas pré-existentes.
Vale ressaltar que não houve necessidade de submissão desse trabalho ao Comitê de Ética em Pesquisa, já que tratou-se de estudos de revisão e de domínio público.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Figura 1 apresenta o fluxograma contendo as etapas envolvidas na busca e escolha dos artigos incluídos nesta revisão. Inicialmente foram encontrados 908 artigos, em que a partir da leitura do título e resumo foram selecionados 85 artigos utilizando os critérios de inclusão, contudo, foram descartados 32 por não se adequarem com o tema, resultando em 53 artigos para leitura completa. Posteriormente, utilizando o critério de exclusão de duplicidade, foram incluídos 45 artigos relacionados ao objetivo desse estudo.
Figura 1: Fluxograma do processo de seleção dos artigos incluídos no estudo.
Os estudos analisados revelaram um aumento significativo no número de artigos publicados durante a pandemia, relacionados à atuação do fisioterapeuta na atenção primária na Estratégia de Saúde da Família, entre 2020 e 2022. Entretanto, em 2023 e 2024 houve uma redução, que pode estar relacionada também com o desenvolvimento dos estudos (Figura 2).
Figura 2: Análise de estudos selecionados por série histórica 2014-2024.
Considerando o presente estudo foi construído um quadro de revisões (Quadro 2) com o objetivo de integrar e sistematizar os artigos selecionados:
Quadro 2: Apresentação dos artigos selecionados para o estudo.
Fonte: elaboração própria.
O objetivo do presente estudo foi investigar a atuação do fisioterapeuta na AP no contexto da ESF para elucidar o papel da fisioterapia na saúde, identificando as áreas de atuação na comunidade e a importância desse profissional no contexto multidisciplinar da ESF. Neste contexto, após a revisão da literatura (Quadro 2), foi possível notar que o fisioterapeuta na APS é relevante, pois, conforme Leal, Santos e Leite (2014), em um estudo de revisão narrativa, comprovou que a participação do fisioterapeuta na AB e na saúde pública é imprescindível em todos os níveis de atenção, quer seja ele primário, secundário ou terciário, visto que esse profissional se encontra habilitado e capacitado para desenvolver ações de promoção, prevenção e educação em saúde, sem perder sua credibilidade e relevância durante a reabilitação.
Segundo Bispo (2010), o fisioterapeuta tem um papel importante na comunidade, promovendo a participação da população nas questões relacionadas à saúde. Ademais, é sua função incentivar o desenvolvimento de hábitos de vida saudáveis, como a prática regular de atividades físicas, a adoção de uma alimentação saúdavel, o combate ao tabagismo, ao consumo de álcool e drogas ilícitas, além de oferecer educação sexual para jovens e adultos. O fisioterapeuta também deve promover a valorização da saúde individual e coletiva, contribuindo, dessa forma, para a promoção da saúde.
Ainda, Nascimento et al. (2015) pontuam, em seu estudo de revisão sistemática, que a inserção da fisioterapia dentro do NASF com a ESF contribui tanto para atividades de intervenção em saúde pública quanto para padronização de procedimentos multiprofissionais e auxílio na formação de cursos e atividades educacionais, que estão diretamente voltadas para necessidades de populações específicas e atendimentos domiciliares, fazendo com que haja uma desmistificação da fisioterapia como somente uma profissão reabilitadora, mas ampliando e demonstrando a sua importância como porta de entrada para o SUS.
Ademais, Ferretti et al. (2015) abordam, em seu estudo qualitativo, que a inclusão da fisioterapia nas equipes de saúde da família, juntamente com uma abordagem interdisciplinar, são passos fundamentais para garantir uma atenção integralizada e eficaz aos usuários, sendo vista como uma maneira de melhorar o acesso ao serviços prestados, especialmente para aqueles com dificuldades de locomoção ou recursos financeiros limitados, fazendo com que esses profissionais contém com uma variedade de perfis socioeconômicos, demográficos e educacionais, mostrando ser reconhecida por muitos por seu papel de prevenção de doenças e promoção à saúde.
Contudo, Ribeiro e Soares (2014) apontam que, apesar da abrangência e diversidade da atuação do fisioterapeuta dentro da saúde pública, ainda existe uma lacuna na oferta de serviço de fisioterapia para a população investigada e atendida na ESF, o que sugere que a inserção da mesma poderá trazer inovação e inclusão as políticas de saúde, onde possibilitará que os municípios mantenham a integralidade funcional e promova qualidade de vida à população, mesmo que em situações de agravos e doenças, podendo reduzir a necessidade de atendimentos mais complexos de atenção à saúde.
Corroborando com esse estudo, Sales (2016) relata que a atuação do fisioterapeuta na USF é composta por visitas e atendimentos à domicílio, dando preferência aos critérios de demandas de condições de saúde identificadas, cuidados especiais e individuais, requeridos em cada caso, estabelecendo uma relação de cuidado contínuo, bem como manutenção e garantia de prevenção de agravos, por meio de uma prática interdisciplinar e integral à saúde. Dessa forma, o autor Soares et al. (2016) afirma, em sua pesquisa, que as principais atribuições do fisioterapeuta dentro do NASF não se limitam ao tratamento individual, mas se estendem à educação, promoção e prevenção à saúde, baseando-se nos conceitos de interdisciplinaridade e multiprofissionalidade.
Outrossim, Veras (2018) aponta que o fisioterapeuta, mediante as suas novas abordagens, tem evidenciado mudanças significativas no seu campo de atuação, onde atualmente, o mesmo traz consigo um novo conceito de saúde, oferecendo um acesso integral à população aos serviços de saúde. Assim sendo, Silva et al. (2023) concluíram, em seus estudos de revisão de literatura, a relevância da equipe multidisciplinar, a troca de conhecimento que existe entre os profissionais e os inúmeros benefícios que contribuem para a saúde integral dos pacientes.
Ademais, Zarile e Dias (2020), em seu estudo, destacaram sobre a importância da inclusão do fisioterapeuta no NASF, uma vez que este desempenha um papel fundamental de promoção e prevenção à saúde, contribuindo para qualidade de cuidado dos usuários, por meio de recuperação da saúde, através do tratamento geral e específico, tendo como enfoque principal um atendimento preventivo e melhoria na qualidade de vida desses pacientes.
Santos (2020) enfatiza que, com a inserção do fisioterapeuta na APS, após a implantação do NASF-AB, foi possível ter resultados satisfatórios na construção da promoção à saúde. Nesse sentido, Braghini, et al. (2016), afirma que a atuação do fisioterapeuta no NASF consiste em ações de educação em saúde e prevenção de enfermidades, organização do fluxo e manejo dos usuários com demanda por reabilitação, prevenção e tratamento de doenças ocupacionais, além do desenvolvimento de práticas integrativas e complementares.
Moreira e Neto (2023) falam que as condutas do fisioterapeuta dentro do ambiente domiciliar, juntamente com a equipe na UBS, trazem diversos benefícios aos pacientes idosos, uma vez que estes poderão realizar atividades em sua residência, de modo que o profissional em fisioterapia irá elaborar um plano de tratamento que vise atender as necessidades específicas de maneira individualizada, tendo como objetivo reabilitar, melhorar funcionalidade e promover qualidade de vida através de exercícios que envolvam prevenção e respeito aos idosos. Paralelamente, Souza e Santos (2017), em seu estudo qualitativo, verificou a distribuição de demandas de trabalho do fisioterapeuta no NASF em que 100% foram para pacientes neurológicos e 83% para atividades com os idosos.
Somado a isso, Silva et al. (2020) abordam, em sua pesquisa, que a fisioterapia realiza atendimento coletivo, individual e específico na UBS, onde atende diversas demandas em setores como, por exemplo, geriatria, especificamente em casos de artrose, AVE e pós-AVE, dando ênfase em seu tratamento à domicílio, objetivando a orientação ao paciente e familiares quanto ao cuidado de posicionamento, mudanças de decúbito e deambulação. Na pediatria, predominou-se o atendimento individual e ambulatorial, com atividades de ação preventiva, tendo em vista, como enfermidades mais comuns, afecções respiratórias e motoras, complicações no atraso neuropsicomotor infantil, bem como, atuação em ambientes escolares, para a resolução de queixas álgicas e alterações na postura. No que diz respeito à saúde da mulher, o profissional em fisioterapia atua com orientações posturais em grupos de gestantes, manobras de alongamento e relaxamento, exercícios favoráveis para melhorar a circulação e técnicas respiratórias. Já na saúde do homem, o atendimento, sobretudo, é mais procurado em níveis de atenção secundária ou terciária, uma vez que essa população se mostra mais tardia ao procurar serviços de saúde, buscando atendimento quando a enfermidade já está instalada e/ou avançada, dificultando ações preventivas. De maneira geral, a fisioterapia visa na APS a prevenção de agravos epromoção e recuperação à saúde, tendo em vista o modelo biopsicossocial como referência para um tratamento efetivo. Ademais, Oliveira, Bombarda e Moriguchi (2019), abordaram, em um estudo de revisão de literatura científica, as técnicas da fisioterapia que agregam nos pacientes em cuidados dentro da APS, pois as Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) como câncer, diabetes e doenças crônicas respiratórias e cardiovasculares, trazem consequências desfavoráveis para o indivíduo, como a perda gradual da funcionalidade e autonomia, prejudicando assim, sua qualidade de vida. Desse modo, a atuação do fisioterapeuta é relevante para promover assistência e cuidado a esses indivíduos, com ações de promoção, prevenção, recuperação e educação em saúde em todos os ciclos da vida.
Além disso, Silva (2019) ressalta que o fisioterapeuta pode atuar em todos os níveis de atenção à saúde, inserido na equipe interdisciplinar, e que a sua participação no PSF acrescenta de maneira positiva nos cuidados de saúde da comunidade.
No entanto, Freitas e Rodrigues (2016), em uma análise documental enfatizaram sobre as potencialidades e desafios da atuação da fisioterapia na APS, pois é uma profissão ainda vista por muitos como limitada à reabilitação, sendo necessária uma desconstrução da visão do fisioterapeuta e sua capacitação para atuar com ações de educação, promoção da saúde e prevenção de doenças, além de reabilitar quando necessário, proporcionando cuidado integral ao paciente.
Nesse contexto, Sousa et al. (2018) em seu relato de experiência, método narrativo-analítico, apresentam em seu estudo, sobre os desafios e estratégias de superação do fisioterapeuta no NASF, sendo que a falta de recursos e materiais para os atendimentos, demanda muito grande e poucos profissionais, número crescente de pacientes acamados, ausência de um transporte específico para realização de visitas domiciliares, tudo isso são desafios que dificultam o desenvolvimento da atuação do fisioterapeuta na saúde pública.
Em visão complementar, Camelô et al. (2021) ressaltam que, além do déficit de infraestrutura básica e materiais de apoio terapêutico, há também uma incompreensão por parte dos usuários, funcionários e gestores em relação aos atendimentos individuais domiciliares tradicionais, gerando dificuldade para que os profissionais possam realizar outras atividades, podendo comprometer a qualidade de assistência oferecida. Assim, salienta ainda o quanto é imprescindível o reconhecimento que a prática da fisioterapia contempla não somente reabilitação, mas abrange promoção, prevenção e recuperação de saúde.
Prosseguindo, Fonseca et al. (2016) trazem, em seu estudo, sobre a importância da inclusão da fisioterapia na ESF. Para isso, é essencial que os gestores adotem medidas que garantam recursos para a atuação do profissional, visando aprimorar o cuidado oferecido para a população. Reforça ainda que, apesar das dificuldades encontradas, todos os trabalhos desenvolvidos por fisioterapeuta na APS tiveram resultados satisfatórios, reafirmando o quanto é necessário sua inserção no ambiente junto à equipe multiprofissional.
Sumarizando, os artigos selecionados abrangem publicações de 2014 a 2024, discutindo principalmente a atuação do fisioterapeuta na APS, enfatizando a ESF e o NASF em diferentes tipos de artigos. Os resultados demonstraram o aumento da inserção da fisioterapia na APS, abordando ações de promoção, prevenção e reabilitação. No entanto, desafios como a falta de estrutura, a visão limitada do fisioterapeuta como exclusivamente reabilitador e a necessidade de reestruturação dos currículos de formação são recorrentes nos estudos. A literatura destaca a importância da integração multiprofissional e da reorientação das práticas fisioterapêuticas, com ênfase em ações preventivas e educacionais para atender às demandas do SUS.
Embora os artigos apresentem uma evolução na atuação do fisioterapeuta na APS, ainda há limitações, principalmente relacionadas à capacitação profissional, falta de recursos e o reconhecimento da importância da fisioterapia além da reabilitação. Sugerindo a necessidade de novas pesquisas e políticas que fortaleçam a presença dos fisioterapeutas no contexto da saúde pública.
4 CONCLUSÃO
Notou-se, a partir de extensa revisão, que as ações executadas pelos fisioterapeutas na Atenção Primária no Brasil são de extrema importância para a construção efetiva da saúde pública, pois esses profissionais podem contribuir na promoção, prevenção, recuperação da saúde e devolvem funcionalidade aos indivíduos. Outro ponto relevante é a necessidade de entender a relevância do Fisioterapeuta atuando de forma interdisciplinar e integrada, visando o atendimento integral e de excelência.
Nesse sentido, o fisioterapeuta atua na Estratégia de Saúde da Família de forma ampla e as experiências revisadas demonstram que o Fisioteapeuta pode e deve agir neste âmbito, colaborando para melhor resolutividade da atenção prímária à saúde.
É preciso destacar a autonomia profissional para trabalhar em diversas áreas, como pediatria, geriatria, fisioterapia respiratória, saúde da mulher, saúde do homem e neurologia, dentre outras, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira e a redução das filas de espera no SUS, proporcionando atendimento multidisciplinar e tratamentos mais resolutivos.
Portanto, é necessária uma inserção mais efetiva do fisioterapeuta na Estratégia de Saúde da Família no Brasil. As experiências pelo Brasil vem aumentando gradativamente e é preciso pensar, refletir e agir de forma a valorizar o Fisioterapeuta como profissional fundamental em todos os níveis de atenção à saúde, sobretudo, na atenção primária e na tecnologia leve. Destarte, é fundamental que os gestores reconheçam proporcionalemnte o valor dos trabalhos e suas diversas áreas de atuação, visando principalmente à saúde da população e desmistificando a ideia de que a fisioterapia é uma profissão voltada apenas à reabilitação.
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1 Discente do Curso Superior de Fisioterapia. UNIFG Campus São Sebastião. e-mail: anaiarasoares@outlook.com
2 Discente do Curso Superior de Fisioterapia. UNIFG Campus Sâo Sebastião e-mail: iracilima609@gmail.com
3 Discente do Curso Superior de Fisioterapia. UNIFG Campus São Sebastião e-mail: gabrielasazevedo2@gmail.com
4 Discente do Curso Superior de Fisioterapia. UNIFG Campus São Sebastião e-mail medeiacarvalho@gmail.com
5 Discente do Curso Superior de Fisioterapia. UNIFG Campus São Sebastião e-mail: naianemagalhaes.fisio@gmail.com
6 Docente do Curso Superior de Fisioterapia . UNIFG Campus São Sebastião. Mestre em Saúde Coletiva. e-mail: tarcisio.cardoso@ulife.com.br.
7 Docente do Programa de Stricto Sensu em Educação Física da Universidade São Judas Tadeu. USJT Campus Mooca. Doutora em Ciências, Faculdade de Medicina da USP. e-mail: prof.n.bernardes@usjt.br