REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202410130919
Michel Santos da Silva1
Leonardo Guimarães de Andrade2
Ariane Masiero da Costa3
RESUMO: O gerenciamento de resíduos sólidos em laboratórios de análises clínicas é essencial para garantir a segurança dos trabalhadores, a saúde pública e a preservação ambiental. O farmacêutico tem um papel fundamental nesse processo, sendo responsável pela supervisão da segregação, armazenamento e descarte adequado de resíduos biológicos, químicos e perfurocortantes. Além disso, ele deve implementar protocolos de biossegurança, capacitar a equipe e monitorar indicadores de desempenho relacionados ao manejo de resíduos. Entre os principais desafios enfrentados estão a falta de infraestrutura para o descarte de resíduos perigosos e a necessidade de maior conscientização entre os profissionais. A atuação do farmacêutico no gerenciamento de resíduos contribui para a conformidade com as regulamentações vigentes e para a sustentabilidade dos serviços de saúde.
Palavras chave Gerenciamento de resíduos sólidos, laboratórios de análises clínicas, biossegurança, atuação do farmacêutico
Abstract: The management of solid waste in clinical laboratories is essential to ensure the safety of workers, public health, and environmental preservation. Pharmacists play a key role in this process, being responsible for overseeing the segregation, storage, and proper disposal of biological, chemical, and sharps waste. In addition, they must implement biosafety protocols, train the team, and monitor performance indicators related to waste management. Among the main challenges faced are the lack of infrastructure for hazardous waste disposal and the need for greater awareness among professionals. The pharmacist’s role in waste management contributes to compliance with current regulations and the sustainability of healthcare services.
Keywords: Solid waste management, clinical laboratories, biosafety, pharmacist’s role
O gerenciamento de resíduos sólidos em laboratórios de análises clínicas é um aspecto crucial tanto para a saúde pública quanto para a preservação ambiental, especialmente diante do crescimento exponencial da demanda por exames laboratoriais nos últimos anos. Esses resíduos, frequentemente classificados como perigosos, incluem materiais biológicos, produtos químicos e objetos perfurocortantes, que se não forem gerenciados de maneira adequada, podem representar sérios riscos à saúde dos profissionais de laboratório, da população e do meio ambiente. Segundo a Resolução da ANVISA RDC nº 222/2018, os resíduos gerados em serviços de saúde são classificados em diferentes grupos, de acordo com suas características e potenciais riscos, sendo necessária a adoção de medidas rigorosas de biossegurança para seu manejo.
A atuação do farmacêutico nesse contexto é fundamental para garantir a correta segregação, acondicionamento, transporte e destinação final desses resíduos, conforme as normativas vigentes. De acordo com ALMEIDA et al; (2021), o papel do farmacêutico é essencial não apenas no cumprimento da legislação, mas também na busca por práticas sustentáveis, como a reciclagem e a reutilização de materiais sempre que possível. O farmacêutico deve atuar como um gestor responsável, supervisionando todas as etapas do ciclo de vida dos resíduos, desde sua geração até a destinação final, assegurando que as normas de biossegurança sejam rigorosamente seguidas por todos os profissionais envolvidos.
Outro aspecto relevante da atuação do farmacêutico é a implementação e supervisão de protocolos de biossegurança dentro dos laboratórios. GOMES et al; (2020) afirmam que a falta de infraestrutura adequada para o tratamento de resíduos perigosos ainda é um desafio em muitas regiões do Brasil, o que reforça a necessidade de que o farmacêutico seja capacitado para enfrentar essas adversidades. O farmacêutico, além de garantir a conformidade com as normativas, deve buscar alternativas que minimizem os impactos ambientais, como sugerido por SILVA et al; (2021), que destacam a importância da esterilização dos resíduos biológicos e da substituição de produtos químicos tóxicos por alternativas mais seguras.
Ademais, a conscientização da equipe de trabalho é uma das responsabilidades do farmacêutico, que deve promover treinamentos contínuos e campanhas de conscientização sobre o manejo adequado de resíduos. COSTA; LIMA, (2023) ressaltam que o treinamento regular da equipe, especialmente daqueles que lidam diretamente com os resíduos, é uma das formas mais eficazes de prevenir acidentes e minimizar os riscos associados ao manejo de resíduos perigosos. O farmacêutico, portanto, não se limita a uma função técnica de supervisão, mas também exerce um papel pedagógico, liderando a equipe e garantindo que os procedimentos de descarte sejam seguidos à risca.
Diante desses desafios, a atuação do farmacêutico no gerenciamento de resíduos sólidos em laboratórios de análises clínicas se torna imprescindível para garantir não só a saúde e segurança dos trabalhadores, mas também a conformidade com as legislações ambientais e de saúde pública. Ao adotar uma postura proativa, o farmacêutico contribui significativamente para a sustentabilidade das operações laboratoriais e para a proteção do meio ambiente, promovendo uma gestão de resíduos eficiente e segura.
O objetivo geral deste artigo é analisar e descrever a atuação do farmacêutico no gerenciamento de resíduos sólidos em laboratórios de análises clínicas, destacando suas responsabilidades na implementação de boas práticas de biossegurança, no treinamento de equipes e na supervisão dos processos de descarte adequado de resíduos perigosos, visando minimizar riscos à saúde pública e ao meio ambiente.
3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Identificar as principais responsabilidades do farmacêutico no gerenciamento de resíduos sólidos em laboratórios de análises clínicas, com foco na segregação, armazenamento e descarte de resíduos biológicos, químicos e perfurocortantes.
- Analisar a eficácia dos protocolos de biossegurança adotados nos laboratórios clínicos sob a supervisão do farmacêutico, avaliando seu impacto na redução de riscos ocupacionais e ambientais.
- Investigar os desafios operacionais enfrentados pelos farmacêuticos na implementação das normas de gerenciamento de resíduos sólidos, incluindo infraestrutura, custos e adesão dos colaboradores.
- Avaliar a contribuição do farmacêutico para a sustentabilidade ambiental nos laboratórios, através de práticas como a reciclagem e substituição de materiais tóxicos por alternativas mais seguras.
- Propor melhorias nas práticas de gerenciamento de resíduos sólidos, visando aumentar a segurança dos profissionais e a conformidade com as regulamentações vigentes.
4. JUSTIFICATIVA
O gerenciamento adequado de resíduos sólidos em laboratórios de análises clínicas é fundamental para garantir a segurança dos trabalhadores, minimizar os impactos ambientais e cumprir as regulamentações de biossegurança. O farmacêutico desempenha um papel essencial nesse processo, coordenando a segregação, o armazenamento e o descarte seguro de resíduos, além de promover a conscientização e o treinamento contínuo da equipe. No entanto, a falta de infraestrutura adequada e os custos elevados para o descarte de resíduos perigosos, conforme observado por GOMES et al;. (2020), representam desafios que limitam a eficiência dessas práticas.
Este estudo se justifica pela necessidade de explorar o papel do farmacêutico no gerenciamento de resíduos sólidos, identificando tanto as boas práticas quanto as dificuldades enfrentadas, para que possam ser propostas soluções que promovam a sustentabilidade e a segurança nos serviços de saúde. ALMEIDA et al; (2021) destacam a relevância da reciclagem e substituição de materiais tóxicos, o que reforça a importância de práticas inovadoras e sustentáveis no manejo de resíduos clínicos.
5. METODOLOGIA
O trabalho utilizou uma abordagem qualitativa e exploratória, iniciando com uma revisão bibliográfica em artigos científicos, legislações e diretrizes sobre a gestão de resíduos sólidos em laboratórios de análises clínicas. Foram analisados estudos de caso de diferentes laboratórios para identificar práticas e desafios. Também foi feito um levantamento de dados secundários a partir de relatórios e documentos de saúde. As entrevistas com farmacêuticos e especialistas complementaram a análise. Ao final, foi desenvolvido e validado um protocolo de gerenciamento de resíduos sólidos aplicável aos laboratórios.
6. A IMPORTÂNCIA DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS EM LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS
Os resíduos gerados em laboratórios de análises clínicas são classificados conforme a Resolução da ANVISA RDC nº 222/2018 nos grupos A (biológicos), B (químicos) e E (perfurocortantes). Cada grupo apresenta riscos específicos que demandam uma gestão adequada. Resíduos biológicos, por exemplo, podem conter agentes patogênicos que, se não forem devidamente tratados, representam uma ameaça à saúde de trabalhadores e da comunidade. Já os resíduos químicos, como reagentes, requerem neutralização ou descarte especializado para prevenir a contaminação de solos e corpos d’água.
A gestão eficaz de resíduos transcende a simples conformidade legal. SANTOS; OLIVEIRA, (2022) apontam que um sistema de gerenciamento bem estruturado previne a contaminação cruzada no ambiente de trabalho, diminui o risco de acidentes e fortalece a imagem positiva do laboratório. A sustentabilidade também é um aspecto relevante, pois a redução e o tratamento correto dos resíduos minimizam impactos ambientais, promovendo práticas mais sustentáveis no setor de saúde.
Nos laboratórios de análises clínicas, os resíduos gerados incluem materiais biológicos, como sangue e urina, produtos químicos, como reagentes e solventes, e objetos perfurocortantes, como agulhas e lâminas. Esses resíduos são considerados perigosos devido ao seu potencial de contaminação e poluição ambiental, tornando essencial um manejo e descarte corretos, desde a segregação até a destinação final.
De acordo com a Resolução da ANVISA RDC nº 222/2018, o gerenciamento de resíduos sólidos em serviços de saúde abrange etapas como segregação, armazenamento, coleta, transporte e destinação final. Essas etapas exigem a adoção de práticas rigorosas de biossegurança. Nesse contexto, o farmacêutico exerce um papel central, liderando o processo e garantindo a conformidade com as regulamentações, além de proteger a equipe e a população.
7. A ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
7.1 SUPERVISÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE PROTOCOLOS DE BIOSSEGURANÇA
A supervisão dos protocolos de biossegurança é uma das responsabilidades centrais do farmacêutico, que deve assegurar o cumprimento rigoroso dos procedimentos para garantir que os resíduos sejam segregados corretamente em suas categorias (biológicos, químicos e perfurocortantes) e manipulados de maneira segura.
Conforme MOREIRA et al; (2020) a implementação de protocolos de biossegurança eficazes reduz significativamente a incidência de acidentes de trabalho relacionados a resíduos perigosos, como os perfurocortantes, que apresentam alto risco de transmissão de doenças. Além disso, cabe ao farmacêutico monitorar o uso correto de contentores apropriados, garantir a rotulagem adequada e supervisionar a destinação final conforme as normas vigentes.
A adoção de práticas modernas de gerenciamento de resíduos é também fundamental. Medidas como o uso de autoclaves para esterilização de resíduos biológicos e a substituição de produtos químicos tóxicos por alternativas mais seguras são essenciais. Essas ações não só protegem os trabalhadores, mas também reduzem os impactos ambientais, conforme destacado por SILVA et al; (2021).
No papel de gestor de resíduos em laboratórios de análises clínicas, o farmacêutico é responsável por supervisionar todas as etapas do processo, desde a segregação adequada dos resíduos até sua destinação final. Ele deve garantir que os resíduos sejam devidamente classificados como biológicos, químicos ou perfurocortantes e descartados de acordo com a legislação.
A implementação de protocolos de biossegurança é um aspecto crucial nessa função. MARQUES et al; (2020) ressaltam a importância do uso correto de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), a desinfecção dos ambientes e a manipulação segura dos materiais. O farmacêutico tem o papel de promover continuamente essas práticas preventivas para minimizar riscos de acidentes e contaminações.
7.2 TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO DE EQUIPES
O treinamento contínuo das equipes é fundamental para assegurar o manuseio e descarte corretos dos resíduos sólidos gerados no laboratório. O farmacêutico desempenha um papel crucial na liderança desse processo de capacitação, organizando cursos e treinamentos regulares sobre as normas de biossegurança, o uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e os procedimentos corretos para descarte de resíduos.
Conforme observado por COSTA; LIMA, (2023) um treinamento eficaz é uma das melhores estratégias para prevenir acidentes envolvendo materiais biológicos e químicos. Profissionais que lidam diretamente com resíduos, como os técnicos de laboratório, devem ser continuamente atualizados sobre as melhores práticas, garantindo que todos os resíduos sejam manipulados e descartados conforme as regulamentações.
Além de supervisionar o gerenciamento de resíduos, o farmacêutico tem a responsabilidade de treinar a equipe que atua no laboratório. A educação continuada é essencial para que todos os profissionais compreendam a importância de uma segregação adequada dos resíduos, do uso correto dos EPIs e do descarte seguro.
Segundo COSTA; LIMA, (2023), o treinamento regular dos colaboradores é uma das principais formas de evitar acidentes com resíduos perigosos, como perfurocortantes e materiais biológicos. O farmacêutico é responsável por coordenar esses treinamentos e monitorar o cumprimento rigoroso dos protocolos de segurança estabelecidos.
7.3 GESTÃO DE RESÍDUOS QUÍMICOS
O monitoramento dos indicadores ambientais é essencial para medir a eficácia do sistema de gerenciamento de resíduos. O farmacêutico deve acompanhar métricas como a quantidade de resíduos gerados, o percentual de materiais reciclados e a conformidade com os prazos para coleta e destinação final.
De acordo com ALMEIDA et al; (2021), a implementação de práticas de reciclagem e o reaproveitamento de materiais, como frascos de reagentes, podem reduzir significativamente tanto o impacto ambiental quanto os custos operacionais dos laboratórios. Por isso, o farmacêutico deve buscar continuamente otimizar a sustentabilidade no processo de gerenciamento de resíduos.
Os resíduos químicos, como reagentes e solventes utilizados em testes laboratoriais, requerem cuidados especiais devido ao seu potencial tóxico. O farmacêutico é responsável por garantir que esses materiais sejam devidamente segregados e armazenados, evitando riscos de contaminação ambiental ou à saúde pública. SILVA et al; (2022) destacam que a correta destinação desses resíduos, por meio de empresas especializadas no tratamento de materiais perigosos, é fundamental para prevenir impactos ambientais negativos.
7.4 MONITORAMENTO E CONTROLE DE INDICADORES AMBIENTAIS
O farmacêutico desempenha um papel fundamental no monitoramento de indicadores de desempenho no gerenciamento de resíduos sólidos, como a quantidade total de resíduos gerados, a taxa de reciclagem, e a conformidade com os prazos de coleta e destinação final. Esse monitoramento é essencial para garantir a eficiência dos processos de manejo de resíduos, possibilitando a identificação de falhas ou gargalos operacionais e promovendo a implementação de soluções que visam a melhoria contínua. Além disso, o acompanhamento constante desses indicadores permite ao farmacêutico avaliar o impacto ambiental gerado pelo laboratório e propor medidas corretivas ou preventivas.
De acordo com ALMEIDA et al; (2021) o farmacêutico também tem a responsabilidade de promover práticas de sustentabilidade dentro dos laboratórios, incluindo a redução do uso de materiais perigosos, a substituição de produtos tóxicos por alternativas mais seguras e a implementação de programas de reciclagem. Essas ações não apenas contribuem para a proteção do meio ambiente, mas também para a otimização dos recursos do laboratório, resultando em menor geração de resíduos e em uma operação mais econômica.
Além das práticas de reciclagem, o farmacêutico pode atuar na gestão de resíduos por meio de tecnologias que minimizem o impacto ambiental, como a utilização de sistemas de autoclaves para a esterilização de resíduos biológicos ou de equipamentos para o tratamento e neutralização de resíduos químicos. A adoção dessas tecnologias reduz o volume de resíduos destinados a aterros sanitários e diminui os riscos de contaminação ambiental. SILVA et al; (2022) ressaltam que a correta destinação dos resíduos, realizada através de empresas especializadas no tratamento de materiais perigosos, é crucial para evitar danos ao ecossistema e à saúde pública.
Além disso, o farmacêutico pode desenvolver programas de conscientização ambiental entre os colaboradores, incentivando o uso racional dos recursos, como água e energia, e a minimização da geração de resíduos no dia a dia do laboratório. Por meio de campanhas educativas, treinamentos periódicos e revisões das rotinas laboratoriais, o farmacêutico contribui para uma cultura de responsabilidade ambiental e segurança, reforçando o compromisso do laboratório com a sustentabilidade e a saúde pública.
8. DESAFIOS NA ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO
Apesar da relevância do farmacêutico no gerenciamento de resíduos sólidos, diversos desafios são enfrentados diariamente em sua atuação. Um dos principais obstáculos é a carência de infraestrutura adequada para o tratamento de resíduos perigosos, especialmente em regiões mais afastadas ou com menos recursos. Isso dificulta o cumprimento das normas de biossegurança e manejo seguro, elevando o risco de contaminação ambiental e impactando negativamente a saúde pública. GOMES et al; (2020) apontam que o custo elevado para a contratação de empresas especializadas na coleta e tratamento de resíduos é um dos principais entraves, afetando a capacidade de muitos laboratórios em aderir totalmente às regulamentações vigentes.
Além dos desafios financeiros e estruturais, a resistência de alguns profissionais em adotar as normas de biossegurança é uma barreira considerável. A falta de comprometimento com a segregação correta dos resíduos e o uso inadequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) podem comprometer a eficácia das práticas de descarte e aumentar o risco de acidentes laborais, principalmente no manuseio de materiais biológicos e perfurocortantes. Segundo SILVA; PEREIRA, (2023) o farmacêutico deve desempenhar um papel de liderança, utilizando treinamentos contínuos e campanhas de conscientização para educar e sensibilizar a equipe sobre a importância do cumprimento rigoroso dos protocolos de biossegurança.
Outro fator que agrava esses desafios é a constante necessidade de atualização tecnológica e normativa. O farmacêutico precisa acompanhar as mudanças nas legislações e as inovações no campo da sustentabilidade, como o desenvolvimento de novos métodos para tratamento de resíduos, o uso de materiais menos tóxicos e o avanço de tecnologias que otimizam o reaproveitamento de materiais. De acordo com SANTOS et al; (2021), laboratórios que adotam soluções tecnológicas para o gerenciamento de resíduos, como autoclaves e tratamentos químicos avançados, conseguem reduzir significativamente o impacto ambiental e aumentar a eficiência no descarte.
Por fim, é fundamental que o farmacêutico também atue na promoção de uma cultura organizacional que valorize a sustentabilidade e a segurança no ambiente de trabalho. Para isso, é necessário engajar todos os colaboradores do laboratório em uma rotina de práticas seguras e sustentáveis, incentivando a participação ativa nas políticas internas de gerenciamento de resíduos e na busca por soluções inovadoras. A liderança do farmacêutico não se limita ao cumprimento das normas, mas envolve o desenvolvimento de estratégias que inspirem a equipe a adotar práticas mais responsáveis e conscientes no manejo dos resíduos, como também reforça ALMEIDA et al; (2022).
O farmacêutico tem um papel crucial no gerenciamento de resíduos sólidos em laboratórios de análises clínicas, sendo o principal responsável por garantir a conformidade com as legislações de biossegurança e proteção ambiental. Sua atuação abrange desde a supervisão de protocolos de descarte até o treinamento de equipes e o monitoramento de indicadores ambientais.
Ao liderar o gerenciamento de resíduos, o farmacêutico contribui não só para a segurança dos colaboradores e da população em geral, mas também para a sustentabilidade ambiental, evitando que resíduos perigosos sejam descartados de forma inadequada. No entanto, sua atuação ainda enfrenta desafios, como a falta de infraestrutura e a necessidade de maior conscientização por parte das equipes.
O fortalecimento da atuação do farmacêutico no gerenciamento de resíduos sólidos depende do investimento em educação continuada, da adoção de tecnologias sustentáveis e de uma maior articulação entre os serviços de saúde e as empresas responsáveis pela destinação final de resíduos perigosos.
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1 Orientador Professor do curso de Farmácia na Universidade Iguaçu – Campus I.
2 Coorientador Professor do curso de Farmácia na Universidade Iguaçu – Campus I.
3 Aluna do curso de Farmácia na Universidade Iguaçu – Campus I.